C U tem padroeira R I T I B A

padroeira

Prurido Anal

O prurido (coceira) da pele em torno do ânus pode ser devido a muitas causas:
“¢ Distúrbios cutâneos (p.ex., psorí­ase e dermatite atópica)
“¢ Reações alérgicas (p.ex., dermatite de contato causada por preparações anestésicas aplicadas sobre a pele, várias pomadas ou substâncias quí­micas contidas no sabonete)
“¢ Certos alimentos (p.ex., condimentos, frutas cí­tricas, café, cerveja e refrigerantes do tipo cola) e comprimidos de vitamina C
“¢ Microrganismos (p.ex., fungos e bactérias)
“¢ Infestação por parasitas (p.ex., oxiúros) e, menos comumente, infestação por sarna (escabiose) ou piolhos (pediculose)
“¢ Antibióticos, especialmente a tetraciclina
“¢ Doenças como, por exemplo, o diabetes ou doenças hepáticas, distúrbios anais (p.ex., acrocórdons, criptite, fí­stulas secretantes) e cânceres (p.ex., doença de Bowen)
“¢ Higiene deficiente, o que permite que as fezes irritem a pele, ou o uso abusivo de sabonete e a fricção excessiva
“¢ Calor e sudorese excessivos, devidos ao uso de de meias-calças e roupas í­ntimas apertadas (especialmente as que não são de algodão), í  obesidade ou ao tempo quente
“¢ Ciclo ansiedade-prurido-ansiedade Os indiví­duos com hemorróidas externas volumosas podem apresentar prurido devido í  dificuldade de manutenção da área limpa.

Tratamento

Após a evacuação, a região anal deve ser limpa com algodão hidrófilo umedecido com água aquecida. O uso freqüente de talco para bebês ou de amido de milho combate a umidade. Os cremes de corticosteróides, os cremes antifúngicos (p.ex., de miconazol) ou os supositórios emolientes também podem ser úteis. Os alimentos que podem causar prurido anal devem ser evitados durante algum tempo, para se verificar se o quadro melhora. A roupa deve ser confortável (larga) e a roupa de cama deve ser limpa e leve. No caso do problema não melhorar e se o médico suspeitar de câncer, deve ser realizada a coleta de uma amostra de pele para exame.

Corpos Estranhos

Objetos engolidos (p.ex., palitos de dentes, ossos de galinha ou espinhas de peixe), cálculos biliares ou uma massa de fezes duras podem permanecer alojados na junção entre o ânus e o reto. Além disso, objetos podem ser inseridos intencionalmente. Cânulas de enema, termômetros e objetos inseridos para a estimulação sexual podem ficar alojados no reto. Esses objetos maiores comumente alojam-se no terço médio do reto.

Uma dor súbita e intensa durante a evacuação sugere a presença de um corpo estranho, quase sempre na junção anorretal, o qual está penetrando no revestimento interno do reto ou do ânus. Outros sintomas dependerão do tamanho e da forma do objeto, do seu tempo de permanência no local e se ele causou infecção ou perfuração. O médico pode sentir o objeto ao examinar o local com um dedo enluvado. Para certificar-se que não houve perfuração do intestino grosso, pode ser necessária a realização de uma investigação abdominal, de uma sigmoidoscopia e de radiografias.

Tratamento

Se o médico conseguir palpar o objeto, um anestésico local normalmente é injetado sob a pele e o revestimento do ânus para tornar a área insensí­vel. O ânus pode então ser dilatado com um espéculo retal e o objeto é pinçado e removido. Os movimentos naturais da parede do intestino grosso (peristaltismo) geralmente fazem com que o corpo estranho desça, permitindo a sua remoção.

Ocasionalmente, quando o médico não consegue palpar o objeto ou quando o objeto não pode ser removido através do reto, a cirurgia exploradora é necessária. O indiví­duo é submetido a uma anestesia regional ou geral, de modo que o objeto possa ser delicadamente movido em direção ao ânus ou que o intestino grosso possa ser aberto para a remoção do objeto. Após a remoção, o médico realiza uma sigmoidoscopia para verificar se houve perfuração ou qualquer outro tipo de lesão retal.

SER SANTA NÃO É FíCIL!

Circuitos Heterogêneos / Surface Tension

SURFACE TENSION – CIRCUITOS HETEROGÃ?Å NEOS – COISA PÚBLICA

– Cineton. Bruno Lechowski, Varsóvia, 1925.

A partir de meados dos anos 90 algumas novas estratégias de circuito artí­stico têm se efetivado no panorama brasileiro. Denominamos usualmente esse fenômeno como “coletivos de artistas”, “espaços alternativos” ou “arte de ativismo cultural”. Considero “circuitos heterogêneos” um termo mais apropriado, considerando essa heterogeneidade como a capacidade de afirmação coletiva de certos pensamentos, estratégias, poéticas e identidades que fogem aos critérios e valores da ordem predominante. Isso concretiza-se no sistema das artes como um compartilhamento e circulação de novas e diferentes produções, idéias, artistas e produtos. Denominações como “Circuitos autogeridos” ou “autodependentes” ou ainda “redes de trocas culturais” funcionam também como sinônimos dessa definição, incorporando reflexões pertinentes. Dentro desse ambiente da produção contemporânea – os “circuitos heterogêneos” – iniciativas como o Arquivo Bruscky (Recife), Torreão (Porto Alegre), Agora (Rio de janeiro), Capacete (Rio de Janeiro) e Galeria do Poste (Niterói) surgem como precursoras, e desde então muitas outras vem se afirmando. As revistas de arte editadas por artistas constituem-se também numa ação análoga, agregando diferentes discursos e práticas estéticas. Hoje está evidenciado que esse fenômeno é algo que ecoa mundialmente, reabrindo espaços para o exercí­cio de uma arte experimental crí­tica, envolvida com o entorno social, capaz de propor novos pensamentos sobre o mundo contemporâneo.

O que de mais importante pode se afirmar através desses circuitos artí­sticos é a potencialidade da reiterpretação dos códigos culturais e a dimensão simbólica da arte na afirmação de novas perspectivas de entendimento sobre o mundo. Através da reinvenção da linguagem artí­stica é possí­vel inserir alguma intervenção real nas práticas sociais cotidianas, é possí­vel reavaliar e até alterar alguns rumos culturais, na microestrutura social de uma cidade, por exemplo. Isso, entretanto, não é algo menor, ao contrário: a ação polí­tica é sempre situacional (Alain Badiou), ou seja, leva em consideração seu próprio tempo e espaço. “Pensar global e agir localmente”. Isso reflete uma dimensão polí­tica da arte, pois analisa-se a arte em sua dimensão cultural/polí­tica e não mais em sua perspectiva exclusivamente artí­stica/estética (Cildo Meireles/ Inserções em Circuitos Ideológicos). Assim, uma arte e um conhecimento sem fronteiras encontra sua razão de existência quando dialoga com seu próprio tempo e espaço, e pode transversalizar sua autoreferencialidade (Felix Guattari, Pierre Bourdieu, Hans Haacke), pode manifestar também suas relações de singularidade.

– Casina. Proposta de Carla Vendrami, Milão, 1992.

Certamente o atrito entre arte X cultura, estética X polí­tica, forma X conteúdo, etc, é algo que tensiona a produção artí­stica desde há muito tempo, e só para relembrarmos novamente algumas investidas nesse sentido, basta pensarmos em diferentes aspectos dessa questão inerentes í  produção dos dadaí­stas (notadamente os de Berlim), da Bauhaus, dos Construtivistas russos, do grupo Fluxus, de Joseph Beuys, Hans Haacke, André Buren, Cildo Meireles, pontuando aqui algumas experiências temporalmente mais próximas e cujas poéticas já são patrimônio da humanidade. Existem outros referencias, alguns mais distanciados na história, como Goya, ou ainda pouco conhecidos, como Bruno Lechowski e sua tenda nômade para exposições, o Cineton, com a qual o artista percorreu diversas cidades da Europa e Brasil já nos anos 20. Em Curitiba, essa ancestralidade pode ainda ser lembrada na própria passagem de Lechowski pela cidade em 1925, na radical revista de arte Joaquim, dos anos 40, nos Encontros de Arte Moderna e Art Show, nos anos 70, nos grupos Sensibilizar e Motocontí­nuo, nos anos 80.

– 31 de março de 64. Sensibilizar, Curitiba, 1984.

Uma afirmação possí­vel é a de que, quando na década de 80 o mundo viveu a derrocada de diversas perspectivas socialistas, simultaneamente a uma onda neoliberal de proporções mundiais, também no meio artí­stico isso repercutiu, com a desvaloração da arte mais experimental e crí­tica deflagrada nos anos 60 e 70, e com a retomada de uma arte da linguagem descomprometida com seu entorno social; da “volta í  pintura” í s poéticas formalistas. Obviamente o experimentalismo mais radical e crí­tico nunca deixou de ocorrer, entretanto tentou-se, de certo modo, abafá-lo enquanto perspectiva contemporânea.

– Cartazes de rua. Moto Contí­nuo, Curitiba, 1983.

O desafio no presente é identificarmos quais as atuais bases de ação para a nossa arte. Há diferenças com o que já foi feito, nosso tempo propõe outras necessidades, somos fruto de outra(s) sociedade(s). No Brasil e na América Latina, por exemplo, muito da arte de cunho polí­tico realizada nos anos 60 e 70 originava-se numa dinâmica de resistência cultural e embate com a ditadura. Hoje não há uma ditadura instituí­da, e os mecanismos de opressão encontram-se muito mais dissimulados no dia-a-dia. A questão não é também focarmos unicamente no “novo pelo novo” como sendo esse o próprio objetivo – seja isso mí­dia, linguagem, ou estratégia – mas sim, como reinterpretamos nossa sociedade pela arte e através dela contribuirmos para uma vida mais consciente, libertária, justa e criativa. Não é só a “linguagem” que está em jogo, é a própria humanidade.

– Ã?â?nibus. Paranáparapostepara. Proposta de Margit Leisner, Niterói-Curitiba-Nitrói, 2002.

Há um paralelo importante entre a “lógica e a prática” dos atuais “circuitos artí­sticos heterogêneos” com o pensamento de Alain Badiou. Uma sincronia entre arte e filosofia. Badiou considera que uma ação polí­tica possí­vel na contemporaneidade não deve contentar-se no embate direto com as lógicas do “mercado global” e do “Estado”, as quais propagam, por natureza, uma relação de homogeneização social. Não devemos nos contentar com isso porque, dentro dessa dinâmica, estarí­amos incorporando os próprios parâmetros de espaço/tempo propostos tanto pelo “Estado” quanto pelo “mercado”. Antes disso, é a proposição da heterogeneidade das coletividades dentro do fluxo social o movimento que melhor abre perspectivas de afirmação de diferentes espaços/tempos, outras formas de ver, pensar e sentir o mundo. Isso é, já na origem, o que de mais radical pode haver contra a lógica homogeneizante. Essa perspectiva é a “polí­tica heterogênea”. Há um paralelo possí­vel com o sistema das artes e seus diferentes circuitos. Não entrar na lógica, tempo, espaço e relações de poder estabelecidos pelas instituições culturais, galerias e mercado de arte, com todos os seus ví­cios de relação (e no Brasil esses ví­cios são ainda mais acentuados, visto a precariedade social em que vivemos). Entretanto, podemos pensar a possibilidade de afirmação de novas dinâmicas e parâmetros, tempos e espaços próprios. Há aí­ uma liberdade, e um posicionamento polí­tico. Isso fundamenta o conceito de “circuitos heterogêneos”. Os artistas não precisam ser autorizados por nenhuma instituição, nem mediados por nenhum outro agente cultural, para efetivar seu diálogo com o “outro”. O artista, dentro da potencialidade conceitual de seu trabalho, reinventa o próprio sistema das artes, não está submisso a ele, é ele quem afirma a arte na sociedade. Quando uma parceria institucional se apresenta como viável, isso pode ocorrer como um diálogo, troca, reconceituação; não como uma conformidade.

– Desfile de carros alegóricos em miniatura do Carnaval da Escola de Samba Unidos do Botão. Curitiba.

Além dos espaços e programações gerenciados por artistas há também as propostas que se constroem diretamente na participação criativa, proporcionando microinserções de dinâmicas artí­sticas no cotidiano das cidades. São também “circuitos heterogêneos”. Muitos trabalhos artí­sticos contemporâneos podem ser compreendidos por esse viés, a exemplo das propostas da dupla Maurí­cio Dias e Walter Riedweg (Brasil/Suí­ça), Eduardo Aquino e Karen Shanski (spmb – Brasil/Canadá), Ricardo Basbaum (Rio de Janeiro), Giordani Maia (Rio de Janeiro), Rubens Mano (São Paulo), o grupo A Revolução Não Será Televisionada (São Paulo), entre outros. Pensando ainda numa experiência “brasileira”, também nessa perspectiva há antecedentes nas poéticas de Caminhando de Lygia Clark, nos Parangolés de Hélio Oiticica, e no projeto Inserções em Circuitos Ideológicos de Cildo Meireles, Trouxas Ensangüentadas, de Artur Barrio, entre outros. Localmente alguns artistas também desenvolvem mais sistematicamente propostas focadas numa dinâmica de circuitos, participação e diálogo social, como nos trabalhos de Carla Vendrami, Laura Miranda e Denise Bandeira, Tania Bloomfield, Ana González, Hélio Leites, Octávio Camargo, Rubens Pillegi (Londrina), Cristiane Bouger, Ari Almeida, Cimples, Margit Leisner, Cleverson Salvaro. Há também as dinâmicas propostas por coletivos de jovens artistas, como o InterluxArteLivre (Paradox, Muzca, Dimaxx, Olho, Marc Bullet) e o Organismo (Guilherme Soares, Lucio Araújo, Nillow e Octávio Camargo), além dos fluxos gerados nos espaços autogeridos por artistas, como o Museu do Poste, ACT/Ciclo Multiárea, Espaço Umbigo, A Grande Garagem que Grava e Companhia do Abração, entre outros. Obviamente meu interesse e prática individuais também convergem para esse manancial poético/polí­tico dos “circuitos heterogêneos”, e venho propondo algumas ações construí­das na participação criativa (como as propostas Contatos e Remix Corpobras, por exemplo) ou em ações de inserção crí­tica (como os projetos Ocupação e Arte para Salão, entre outros). Há ainda uma outra vertente de ação, a qual denomino EPA! (Expansão Pública do Artista), minha expansão pública, no caso. Com a EPA! proponho ações de pesquisa teórica, organizo eventos, curadorias e publicações, focando sempre numa produção cultural coletiva e agenciando outros artistas e instituições como participantes e/ou parceiros. O repertório de interesse teórico da EPA! está centrado nas produções de arte crí­tica, as quais muitas vezes fogem do foco de interesse prioritário das Instituições culturais tradicionais e do mercado de arte. A EPA! busca assim contribuir para a multiplicação do pensamento crí­tico e incentivar a prática de circuitos artí­sticos autogeridos.

– Ocupação, Goto, Curitiba, 1999.

Há algo ainda que considero pertinente resgatar para nosso diálogo que se inicia, uma conceituação gerada pela dupla Eduardo Aquino e Karen Shanski, do grupo spmb. Eles vivem simultaneamente em duas cidades, São Paulo – SP (sp), Brasil, e Winnipeg – Manitoba (mb), no Canadá. Dentro da proposta da dupla há uma questão reincidente: a possibilidade de se interpretar o mundo a partir de um olhar “americano” gerado a partir de outras experiências de “América”, uma fusão de experiências americanas de origem latina, aglo-saxônica, afro, indí­gena, etc, etc. Uma alternativa de pensamento í  tradição e predominância cultural difundidas por EUA e Europa. spmb alimenta-se também das idéias de uma geografia sem fronteiras enunciadas por Guillermo Gómez-Peí±a e da inversão dos rumos do pensamento proposto por Torres-Garcí­a: “nosso norte é o sul”. Como prática, tentam “dobrar” o mapa das “Américas”, aproximando distintas experiências vivencias. No caso especí­fico, buscam misturar Canadá e Brasil, gerando poesia e reflexão. E essa é uma possibilidade muito distante das guerras diplomáticas travadas na Organização Mundial de Comércio entre Brasil e Canadá por conta de suas respectivas indústrias aeronáuticas de ponta…

– Museu do Poste. Proposta de Octávio Camargo, Curitiba, 2002

Em nosso contato BRASIL/EUA, algo dessa tensão geográfica está por se iniciar, Califórnia/Paraná. Isso é uma perspectiva instigante. Gostaria que a fala resultante desse nosso diálogo – Surface Tension – pudesse se articular como fruto de nossa própria autogestão cultural, gerando nossos próprios espaços/tempos. Proponho a nós mesmos agora o desafio de deixarmos de lado inclusive eventuais parcerias com o sistema institucional tradicional – sejam museus ou galerias comercias. E alimento também o desejo de que nosso diálogo reverbere também como uma ação prática, uma ação direta no âmbito da cidade ou de seus fluxos culturais, aqui ou aí­, ou em ambos os lugares. Uma ou mais ações fundadas em nossas distintas singularidades e em nossa troca cultural.

– Contatos. Proposta de Goto, Recife, 2002.

Em termos práticos, venho pensando numa ação de interesse coletivo e artí­stico, a qual tenho denominado de “coisa pública”, para a qual em breve (próxima semana) pretendo compartilhar um iní­cio de reflexão e participação.

Saudações,
Goto
Curitiba, 31/08/2005.

não importa o título


era uma vez um cara com piriri
quando voltava de santos não deu pra aguentar
e soltou um independencia ou morte…
josé bonifácio comentou:

QUE CAGADA


A PEDIDOS DO PAJÉ GÃ?Å 

bolhas de sabão

Fim de Desfiletlux

CARAMURU, A INVENÇÃO DO BRASIL

2005 – 1822 – 1781 – 1510
Canto I

Na primeira estrofe, o poeta introduz a terra a ser cantada e o herói – Filho do Trovão -, propondo narrar seus feitos (proposição). Na estrofe seguinte, pede a Deus que o auxilie na realização do intento (invocação), e da terceira í  oitava estrofes, dedica o poema a D. José I, pedindo atenção para o Brasil, principalmente a seus habitantes primitivos, dignos e capazes de serem integrados í  civilização cristã. Se isso for feito, prevê Portugal renascendo no Brasil. Da nona estrofe em diante, tem-se a narração. A caminho do Brasil, o navio de Diogo ílvares Correia naufraga. Ele e mais sete companheiros conseguem se salvar. Na praia, são acolhidos pelos nativos que ficam temerosos e desconfiados. Os náufragos, por sua vez, também temem aquelas criaturas antropófagas, vermelhas que, sem pudor, andam nuas. Assim que um dos marinheiros morre, retalham-no e comem-lhe, cruas mesmo, todas as partes. Sem saber o futuro, os sete são presos em uma gruta, perto do mar, e, para que engordem, são bem alimentados. Notando que os í­ndios nada sabem de armas, Diogo, durante os passeios na praia, retira, do barco destroçado, toda pólvora e munições, guardando-as na gruta. Desde então, como vagaroso enfermo, passa a se utilizar de uma espingarda como cajado. Para entreter os amigos, Fernando, um dos náufragos, ao som da cí­tara, canta a lenda de uma estátua profética que, no ponto mais alto da ilha açoriana, aponta para o Brasil, indicando a futuros missionários o caminho a seguir.Um dia, excetuando-se Diogo, que ainda estava enfermo e fraco, os outros seis são encaminhados para os fossos em brasa. Todavia, quando iam matar os náufragos, a tribo do Tupinambá Gupeva é ferozmente atacada por Sergipe. Após sangrenta luta, muitos morrem ou fogem; outros se rendem ao vencedor que liberta os pobres homens que desaparecem, no meio da mata, sem deixar rastro.

essa é pra você solda

Um fato curioso, ligado í  Marquesa de Santos, ocorreu nos Outeirinhos, sí­tio que fora de José Bonifácio, o Patriarca da Independência, í  beira-mar, fronteiro ao canal do Estuário. No local havia penhascos com risco de naufrágio aos navios veleiros que entravam e saí­am do porto e nessa perigosa formação rochosa havia uma com estranhas caracterí­sticas, mais parecendo “um sí­mbolo de antigos cultos obcenos”, segundo observa Alberto Rangel (D. Pedro I e a Marquesa de Santos). E que o povo santista havia consagrado í  marquesa aquele penhasco de forma esquisita, admitindo ainda que aquilo não passava de um “marco escandaloso”, pois representava, segundo os comentários da época, as “armas da Marquesa”. Concluindo, que os maudosos encontraram na coincidência e capricho do penhasco a celebração de mais um de seus “opróbios e chacotas”.

Tal penhasco foi totalmente arrasado por ocasião da construção do porto, naquele trecho. Posteriormente surgiu, um pouco mais além, para os lados da Bacia do Macuco, um bairro chamado de Pau Grande. (N.E.: o local, que não chegou a se tornar bairro, tem outra explicação para tal denominação: seria derivada de uma frondosa figueira ali existente).

Seu Fogo Foguinho

demonao

“D. Pedro I viveu um dos romances mais famosos do século XIX com a Marquesa de Santos, e dessa relação de sete anos nasceram quatro filhos, dos quais duas filhas sobreviveram. O casamento de D. Pedro I com D. Amélia, em 1829, pôs fim a esta ligação, e a Marquesa retirou-se para São Paulo, onde casou-se com o brigadeiro Rafael Tobias, futuro presidente da proví­ncia.

“D. Pedro escreveu numerosas cartas í  Marquesa, muitas das quais encontram-se hoje em instituições públicas como o Instituto Histórico e a Biblioteca Nacional. A maior parte já foi publicada, mas alguns textos foram omitidos por pudor ou ainda censurados pelo historiador Alberto Rangel, que estudou a correspondência no começo do século.

“O imperador assinava de diversas maneiras, desde o mais formal Imperador até Seu Fogo Foguinho, passando por O Demonão, e chamava a amante diversamente de Marquesa, Querida Marquesa, Filha etc. Esta carta inédita escapou ao crivo de Rangel e relata o que parece ter sido um susto dado í  Marquesa por seu cavalo Lagarto, que o cavalariço Ricardo deveria ter acostumado melhor ao rabixo que a Marquesa já havia usado anteriormente com ele. A carta revela o quanto os mí­nimos episódios do cotidiano de sua amante mobilizavam a atenção do Imperador”.

Simplício Maria das Necessidades

FICO

hackeado de: www.novomilenio.inf.br

Pressionado pelas Cortes Constituintes de Lisboa para que voltasse a Portugal, o que significaria esvaziar o poder da monarquia no Brasil, D. Pedro I cedeu entretanto aos pedidos brasileiros para que ficasse no Brasil. Essa decisão foi anunciada em 9 de janeiro de 1822.

Um rascunho da carta com essa decisão, escrita pelo prí­ncipe sob o pseudônimo de Simplí­cio Maria das Necessidades (acima, a última folha, com essa assinatura) é conservada no Museu Imperial de Petrópolis/RJ:

Ataque ao sete de setembro

“Desgraçado e miserável rapaz.” “Rapazinho.” Nas cortes de Lisboa, era assim que o chamavam. Corria o ano de 1822, e os dois Portugal, o de cima e o de baixo, o Portugal europeu e o outro, também chamado Brasil, eram sacudidos por idéias de reforma, agitação, impulsos contraditórios de libertarismo e autoritarismo, descentralização e centralismo. (…) Rapazinho, no sentido próprio, ele era mesmo – um menino de 23 anos, criado meio ao abandono, entre os escravos e as pessoas do povo do Rio de Janeiro.
No dia sete de setembro ele voltava de Santos para São Paulo, alvoroçado por dois motivos. Um era uma disenteria que lhe carcomia as entranhas. Outro era a pressa de encontrar dois emissários que sabia estarem chegando [sic] do Rio de Janeiro com más notí­cias. [Traziam papéis que] davam conta de resoluções das cortes que avançavam no propósito de fazer o Brasil regressar í  condição de colônia.
O que se seguiu, (…) segundo Canto e Melo; o prí­ncipe, depois de um “momento de reflexão”, afirmou: “É tempo! Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!” Segundo Belchior, dom Pedro, terminada a leitura dos documentos, perguntou: “E agora, padre Belchior?” O padre respondeu que, se dom Pedro não se fizesse logo rei do Brasil, “seria prisioneiro das Cortes e talvez deserdado por elas.” Dom Pedro caminhou alguns passos silenciosamente, prossegue Belchior, (…). De repente parou e disse: “Padre Belchior, eles o querem, terão a sua conta. As Cortes me perseguem, chamam-me com desprezo de ââ?¬Ë?Rapazinhoââ?¬â?¢ e ââ?¬Ë?Brasileiroââ?¬â?¢. Pois verão agora quanto vale o Rapazinho. De hoje em diante nada mais quero do governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal.”
Roberto Pompeu de Toledo (Ataque ao sete de setembro, Veja, 13/09/95)


Na í­ntegra: http://www.doutrina.linear.nom.br/artigos/artigos.htm#ant

braZiu

Aprenda a cantar o hino!

HIMNO NACIONAL BRASILEÂO
(música del silva de Francisco Manuel Da –
letra de duque Road de Joaquí­n Osório)
I
Habí­an oí­do hablar del Ipiranga los bordes apacibles
De una gente heroica el grito que truena
E el sol de la libertad, en rayos de los fúlgidos,
Brilló en el cielo de la tierra nativa en este instante.
Si el distrain de esta igualdad
Obtenemos para conquistar con el brazo fuerte,
En su seio, libertad del ó,
áDesafí­a nuestro pecho a la muerte apropiada!
Amó Â Nativo,
Idolatrada,
áAhorra! áAhorra!
El Brasil, de un sueí±o intenso, un rayo vivo
De amor y de esperanza a la tierra va abajo,
Si en su cielo del formoso, risonho lí­mpido y,
La imagen de los brillos de la travesí­a.
Gigante para la naturaleza apropiada,
Usted es hermoso, usted es fuerte, colossus audaz,
áE su espelha futuro este largeness!
Tierra adorada
Entre otros mil,
Usted es, El Brasil,
áAmó Â Nativo!
De los nií±os de esta tierra usted es madre gentile,
Amó la tierra nativa,
áEl Brasil!
II
Mentira perpetua en horquilla espléndida,
Al sonido del mar y a la luz del cielo profundo,
Fulguras, ó el Brasil, florão de América,
áIluminó el sol del mundo nuevo!
De eso la tierra del garrida más
Sus risonhos, los campos bonitos tienen más flores;
Nuestros bosques tienen más vida,
Nuestra vida en su seio más amors.
Amó Â Nativo,
Idolatrada
áAhorra! áAhorra!
El Brasil, del amor perpetuo es sí­mbolo
Lábaro que usted exhibe cubrió con la estrella,
E dice el verde-loro de este flammule:
áPaz en el futuro y gloria en el pasado!
Pero si usted aumento del clava de la justicia él fuerte,
Usted verá que un hijo que el tuyo no funciona lejos a la lucha,
áNi teme quién le adora la muerte apropiada!
Tierra adorada
Entre otros mil,
Usted es, El Brasil,
áAmó Â Nativo!
De los nií±os de esta tierra usted es madre gentile,
Amó la tierra nativa,
áEl Brasil!

deixa eu fazer uma pausaaqui.
antes de falar com o professor vou dar um tempo aqui.
fazer uma hora.
dizer que estou afiando um calo que pode matar a poesia
e que de qualquer forma estarei cada vez mais apta a falar sobre isso,
sobre como grito com ela todos os dias
preciso me concentrar
ela fala 8 3 25 72 44 13
preciso me concentrar
e ela se trai (e diz
que tem rido muito de mim
em conversas com a virgí­nia que fez a oitava comigo
e vai me munindo)
e começa a gritar também