Seu Fogo Foguinho

demonao

“D. Pedro I viveu um dos romances mais famosos do século XIX com a Marquesa de Santos, e dessa relação de sete anos nasceram quatro filhos, dos quais duas filhas sobreviveram. O casamento de D. Pedro I com D. Amélia, em 1829, pôs fim a esta ligação, e a Marquesa retirou-se para São Paulo, onde casou-se com o brigadeiro Rafael Tobias, futuro presidente da proví­ncia.

“D. Pedro escreveu numerosas cartas í  Marquesa, muitas das quais encontram-se hoje em instituições públicas como o Instituto Histórico e a Biblioteca Nacional. A maior parte já foi publicada, mas alguns textos foram omitidos por pudor ou ainda censurados pelo historiador Alberto Rangel, que estudou a correspondência no começo do século.

“O imperador assinava de diversas maneiras, desde o mais formal Imperador até Seu Fogo Foguinho, passando por O Demonão, e chamava a amante diversamente de Marquesa, Querida Marquesa, Filha etc. Esta carta inédita escapou ao crivo de Rangel e relata o que parece ter sido um susto dado í  Marquesa por seu cavalo Lagarto, que o cavalariço Ricardo deveria ter acostumado melhor ao rabixo que a Marquesa já havia usado anteriormente com ele. A carta revela o quanto os mí­nimos episódios do cotidiano de sua amante mobilizavam a atenção do Imperador”.

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