Museu Oscar Niemeyer. Janeiro de 2006.
Foto: Mathieu Bertrand Struck
The Heart of Darkness (O Coração das Trevas)
JOSEPH CONRAD, 1899.
The Nellie, a cruising yawl, swung to her anchor without a flutter of the sails, and was at rest. The flood had made, the wind was nearly calm, and being bound down the river, the only thing for it was to come toand wait for the turn of the tide.The sea-reach of the Thames stretched before us like the beginning of an interminable waterway. In the offing the sea and the sky were welded together without a joint, and in the luminous space the tanned sails of the barges drifting up with the tide seemed to stand still in red clusters of canvas sharply peaked, with gleams of varnished spirits. A haze rested on the low shores that ran out to sea in vanishing flatness.
The air was dark above Gravesend, and farther back still seemed condensed into a mournful gloom, brooding motionless over the biggest, and the greatest, town on earth.
The Director of Companies was our captain and our host. We four affectionately watched his back as he stood in the bows looking to seaward. On the whole river there was nothing that looked half so nautical.
He resembled a pilot, which to a seaman is trust worthiness personified. It was difficult to realize his work was not out there in the luminous estuary, but behind him, within the brooding gloom.
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Não há versão online em português, mas o texto de Conrad (de ascendência polaca mas anglicizado na juventude) é considerado de fácil acesso (mais do que isso, a “crítica” negou a Conrad o devido valor literário por muito tempo, relegando-o í estante de livros infanto-juvenis e congêneres – ledo engano).
Basicamente, a narrativa de Conrad é construída sobre elementos antipodais entre si. É o horror face a lucidez, a luz face a escuridão, a sanidade face a loucura, o ‘civilizado’ face ao ‘selvagem’.
A obra é perturbadora e emblemática da história do colonialismo europeu no continente africano (Conrad inspirou-se nas loucuras de Leopoldo II da Bélgica no Congo), retratando o processo de degeneração mental e moral de um homem branco penetrando nos confins da selva equatorial africana.
No entanto, transcendendo seu próprio contexto histórico, o livro retrata mais amplamente o processo de mergulho da alma humana em seus próprios horrores e loucuras.
A trama passa-se na subida do serpenteado Rio Congo em um navio a vapor, coisa que muitos devem lembrar na conhecida releitura cinematográfica da obra, Apocalipse Now.
Mesa de trabalho de Joseph Conrad.
Photo by Ana Pinta – some rights reserved.
“O coração das trevas é o mais intenso de todos os relatos que a imaginação humana jamais concebeu.” (Jorge Luis Borges)
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