“We live, as we dream – alone”

heart of darkness
Museu Oscar Niemeyer. Janeiro de 2006.
Foto: Mathieu Bertrand Struck
Creative Commons License

The Heart of Darkness (O Coração das Trevas)
JOSEPH CONRAD, 1899.


The Nellie, a cruising yawl, swung to her anchor without a flutter of the sails, and was at rest. The flood had made, the wind was nearly calm, and being bound down the river, the only thing for it was to come toand wait for the turn of the tide.

The sea-reach of the Thames stretched before us like the beginning of an interminable waterway. In the offing the sea and the sky were welded together without a joint, and in the luminous space the tanned sails of the barges drifting up with the tide seemed to stand still in red clusters of canvas sharply peaked, with gleams of varnished spirits. A haze rested on the low shores that ran out to sea in vanishing flatness.

The air was dark above Gravesend, and farther back still seemed condensed into a mournful gloom, brooding motionless over the biggest, and the greatest, town on earth.

The Director of Companies was our captain and our host. We four affectionately watched his back as he stood in the bows looking to seaward. On the whole river there was nothing that looked half so nautical.

He resembled a pilot, which to a seaman is trust worthiness personified. It was difficult to realize his work was not out there in the luminous estuary, but behind him, within the brooding gloom.

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Continue a ler este fantástico livro, baixando sua versão completa em inglês (em domí­nio público) aqui.

Não há versão online em português, mas o texto de Conrad (de ascendência polaca mas anglicizado na juventude) é considerado de fácil acesso (mais do que isso, a “crí­tica” negou a Conrad o devido valor literário por muito tempo, relegando-o í  estante de livros infanto-juvenis e congêneres – ledo engano).

Basicamente, a narrativa de Conrad é construí­da sobre elementos antipodais entre si. É o horror face a lucidez, a luz face a escuridão, a sanidade face a loucura, o ‘civilizado’ face ao ‘selvagem’.

A obra é perturbadora e emblemática da história do colonialismo europeu no continente africano (Conrad inspirou-se nas loucuras de Leopoldo II da Bélgica no Congo), retratando o processo de degeneração mental e moral de um homem branco penetrando nos confins da selva equatorial africana.

No entanto, transcendendo seu próprio contexto histórico, o livro retrata mais amplamente o processo de mergulho da alma humana em seus próprios horrores e loucuras.

A trama passa-se na subida do serpenteado Rio Congo em um navio a vapor, coisa que muitos devem lembrar na conhecida releitura cinematográfica da obra, Apocalipse Now.


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Mesa de trabalho de Joseph Conrad.
Photo by Ana Pinta – some rights reserved.

O coração das trevas é o mais intenso de todos os relatos que a imaginação humana jamais concebeu.” (Jorge Luis Borges)

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Outros livros em domí­nio público podem ser encontrados aqui e aqui.

Beyond Move 36

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Xadrez no Passeio Público, Curitiba-PR.

UNA PARTIDA DE AJEDREZ
Stefan Zweig

A bordo del transatlántico que a medianoche debí­a zarpar rumbo a Buenos Aires reinaban la habitual acucia y el ir y venir apresurado de la última hora. Se confundí­an y se abrí­an paso a codazos los allegados que acompaí±aban a los viajeros; los mensajeros de telégrafos, con las gorras terciadas, recorrí­an los salones como flechas, gritando tal o cual nombre; se arrastraban baúles y se traí­an flores; por las escaleras subí­an y bajaban nií±os movidos por la curiosidad, en tanto que la orquesta tocaba briosamente la música de acompaí±amiento de la deck show. Un poco apartado de ese tumulto, estaba yo conversando con un conocido sobre el puente de paseo, cuando a nuestro lado estallaron dos o tres agudos fogonazos de magnesio; algún personaje destacado habí­a sido entrevistado y fotografiado, al parecer, instantes antes de la partida. Mi acompaí±ante miró hacia aquel lado y sonrió:

�Llevan ustedes un tipo raro a bordo, a ese Czentovic.

Debo haber revelado con un gesto harta ignorancia ante esa noticia, pues mi interlocutor agregó en seguida a guisa de explicación:

ââ?¬â?Mirko Czentovic es el campeón mundial de ajedrez. Acaba de recorrer los Estados Unidos, de este a oeste, interviniendo en torneos, y ahora se dirige a la Argentina, en procura de nuevos triunfos.

Entonces recordé efectivamente el nombre del joven campeón mundial y aun algunos pormenores de su carrera meteórica; mi compaí±ero, un lector de periódicos más asiduo que yo, estaba en condiciones de completarlos con toda una serie de anécdotas.

Continue a ler “novela de xadrez” de Stefan Zweig, imperdí­vel.
Compre aqui, quando não estiver mais esgotado.

xadrez-espanha
Jogo de xadrez interrompido e aprisionado.
Biblioteca Miguel de Cervantes, Praça da Espanha,Curitiba-PR.

Fotos: Mathieu Bertrand Struck
Creative Commons License

In chess, a computer can do the logical thinking of thinking about all of the move and counter-move sequences and think all of the different sequences of moves 12 moves ahead and consider billions of those in a few seconds. Garry Kasparov, the chess master, was asked, “How many board positions can you think of in a second?” He said, “Well, less than one.” So how is it that he can actually compete against a machine? It’s because of pattern recognition. He looks at the board and just instantly recognizes a pattern. He sees: “This is like the board where grand master So-and-So forgot to protect his trailing pawn two years ago.” And he’s actually studied 100,000 board positions. That is how humans think, largely by recognizing patterns“.

Trefoil Knot (How I Learned to Stop Worrying and Build a Brain)

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Photo: Eddie Law – é All rights reserved

Whispers of Immortality, T.S. Eliot (1920)

Webster was much possessed by death
And saw the skull beneath the skin;
And breastless creatures under ground
Leaned backward with a lipless grin.

Daffodil bulbs instead of balls 5
Stared from the sockets of the eyes!
He knew that thought clings round dead limbs
Tightening its lusts and luxuries.

Donne, I suppose, was such another
Who found no substitute for sense, 10
To seize and clutch and penetrate;
Expert beyond experience,

He knew the anguish of the marrow
The ague of the skeleton;
No contact possible to flesh 15
Allayed the fever of the bone.
. . . . .


trefoil-knot

. . . . .

Grishkin is nice: her Russian eye
Is underlined for emphasis;
Uncorseted, her friendly bust
Gives promise of pneumatic bliss. 20

The couched Brazilian jaguar
Compels the scampering marmoset
With subtle effluence of cat;
Grishkin has a maisonette;

The sleek Brazilian jaguar 25
Does not in its arboreal gloom
Distil so rank a feline smell
As Grishkin in a drawing-room.

And even the Abstract Entities
Circumambulate her charm; 30
But our lot crawls between dry ribs
To keep our metaphysics warm.

nomm

Photo: Rein Nomm – é All rights reserved

É batata!

potato

Supõe-se em um campo e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar somente uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir í  outra vertente, onde há batatas em abundância; mas se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrerão de inanição. A paz, neste caso, é a destruição; a guerra, é a esperança. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí­ a alegria da vitória, os hinos, as aclamações. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se. Ao vencido, o ódio ou compaixão… Ao vencedor, as batatas !” – Quincas Borba, Machado de Assis.

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A batata (Solanum tuberosum L.) é originária dos Andes peruanos e bolivianos onde é cultivada há mais de 7.000 anos. Recebe diferentes nomes conforme o local: Araucano ou Poni (Chile), Iomy (Colômbia), Papa (Império Inca e Espanha), Patata (Itália), Irish Potato ou White Potato (Irlanda).

A batata foi introduzida na Europa antes de 1520 sendo responsável pela primeira revolução verde no velho continente: os ingleses incendiavam os trigais e matavam os porcos criados pelos irlandeses, levando o povo í  miséria, entretanto a batata resistia ao pisoteamento das tropas, í s geadas e ficavam armazenadas no solo.

Alguns governantes impuseram medidas para a difusão da batata na Europa: Frederico Guilherme , da Prússia, ordenou a amputação do nariz de todos os camponeses que não plantassem batatas; Luis XVI, da França, ordenou a instalação de canteiros em locais públicos com a presença da guarda armada somente durante o dia – o que vale ser guardado vale ser roubado.

A difusão da batata em outros continentes ocorreu através da colonização realizada pelos paí­ses europeus, inclusive no Brasil. Inicialmente era cultivada em pequena escala em hortas familiares, sendo chamada de batatatinha, assim como na construção de ferrovias ganhou o nome de batata inglesa, por ser uma exigência nas refeições dos técnicos vindos da Inglaterra.

Pesquisadores da história da alimentação apontam duas razões básicas para o êxito e a disseminação da batata: o valor energético / ausência de colesterol e o fato de possuir sabor e cheiro pouco acentuado, possibilitando centenas de combinações que resultam em sabores diferentes.

Nutricionistas da FAO afirmam que uma dieta composta de batata e leite poderia suprir, em caráter de emergência, todos os nutrientes de que o organismo humano precisa para se manter.

Atualmente a batata é o 4ú alimento mais consumido no mundo, após arroz, trigo e milho.

Fonte

sr.batata

Achado um Aleph em Curitiba

time machine
Time Machine
Edifí­cio Tijucas, Curitiba, Brasil.
foto: Mathieu Bertrand Struck
Creative Commons License

E sobre arte de encontro com a ciência (e vice-versa):

A Christmas Carol, Charles Dickens

The Anubis Gates, Tim Powers

The End of Eternity, Isaac Asimov.

aleph

En la parte inferior del escalón, hacia la derecha, vi una pequeí±a esfera tornasolada, de casi intolerable fulgor. Al principio la creí­ giratoria; luego comprendí­ que ese movimiento era una ilusión producida por los vertiginosos espectáculos que encerraba. El diámetro del Aleph serí­a de dos o tres centí­metros, pero el espacio cósmico estaba ahí­, sin disminución de tamaí±o. Cada cosa (la luna del espejo, digamos) era infinitas cosas, porque yo claramente la veí­a desde todos los puntos del universo. Vi el populoso mar, vi el alba y la tarde, vi las muchedumbres de América, vi una plateada telaraí±a en el centro de una negra pirámide, vi un laberinto roto (era Londres), vi interminables ojos inmediatos escrutándose en mí­ como en un espejo, vi todos los espejos del planeta y ninguno me reflejó, vi en un traspatio de la calle Soler las mismas baldosas que hace treinta aí±os vi en el zaguán de una casa en Frey Bentos, vi racimos, nieve, tabaco, vetas de metal, vapor de agua, vi convexos desiertos ecuatoriales y cada uno de sus granos de arena, vi en Inverness a una mujer que no olvidaré, vi la violenta cabellera, el altivo cuerpo, vi un cáncer de pecho, vi un cí­rculo de tierra seca en una vereda, donde antes hubo un árbol, vi una quinta de Adrogué, un ejemplar de la primera versión inglesa de Plinio, la de Philemont Holland, vi a un tiempo cada letra de cada página (de chico yo solí­a maravillarme de que las letras de un volumen cerrado no se mezclaran y perdieran en el decurso de la noche), vi la noche y el dí­a contemporáneo, vi un poniente en Querétaro que parecí­a reflejar el color de una rosa en Bengala, vi mi dormitorio sin nadie, vi en un gabinete de Alkmaar un globo terráqueo entre dos espejos que lo multiplicaban sin fin, vi caballos de crin arremolinada, en una playa del Mar Caspio en el alba, vi la delicada osadura de una mano, vi a los sobrevivientes de una batalla, enviando tarjetas postales, vi en un escaparate de Mirzapur una baraja espaí±ola, vi las sombras oblicuas de unos helechos en el suelo de un invernáculo, vi tigres, émbolos, bisontes, marejadas y ejércitos, vi todas las hormigas que hay en la tierra, vi un astrolabio persa, vi en un cajón del escritorio (y la letra me hizo temblar) cartas obscenas, increí­bles, precisas, que Beatriz habí­a dirigido a Carlos Argentino, vi un adorado monumento en la Chacarita, vi la reliquia atroz de lo que deliciosamente habí­a sido Beatriz Viterbo, vi la circulación de mi propia sangre, vi el engranaje del amor y la modificación de la muerte, vi el Aleph, desde todos los puntos, vi en el Aleph la tierra, vi mi cara y mis ví­sceras, vi tu cara, y sentí­ vértigo y lloré, porque mis ojos habí­an visto ese objeto secreto y conjetural, cuyo nombre usurpan los hombres, pero que ningún hombre ha mirado: el inconcebible universo.

As Montanhas da Lua

montanhas da lua

The Voyage of the Beagle, Charles Darwin

Chapter 2 – Rio de Janeiro

* Rio de Janeiro * Excursion north of Cape Frio * Great Evaporation * Slavery * Botofogo Bay * Terrestrial Planariae * Clouds on the Corcovado * Heavy Rain * Musical Frogs * Phosphorescent Insects * Elater, springing powers of * Blue Haze * Noise made by a Butterfly * Entomology * Ants * Wasp killing a Spider * Parasitical Spider * Artifices of an Epeira * Gregarious Spider * Spider with an unsymmetrical Web.

APRIL 4th to July 5th, 1832. — A few days after our arrival I became acquainted with an Englishman who was going to visit his estate, situated rather more than a hundred miles from the capital, to the northward of Cape Frio. I gladly accepted his kind offer of allowing me to accompany him.

April 8th. — Our party amounted to seven. The first stage was very interesting. The day was powerfully hot, and as we passed through the woods, everything was motionless, excepting the large and brilliant butterflies, which lazily fluttered about. The view seen when crossing the hills behind Praia Grande was most beautiful; the colours were intense, and the prevailing tint a dark blue; the sky and the calm waters of the bay vied with each other in splendour. After passing through some cultivated country, we entered a forest, which in the grandeur of all its parts could not be exceeded. We arrived by midday at Ithacaia; this small village is situated on a plain, and round the central house are the huts of the negroes. These, from their regular form and position, reminded me of the drawings of the Hottentot habitations in Southern Africa. As the moon rose early, we determined to start the same evening for our sleeping-place at the Lagoa Marica. As it was growing dark we passed under one of the massive, bare, and steep hills of granite which are so common in this country. This spot is notorious from having been, for a long time, the residence of some runaway slaves, who, by cultivating a little ground near the top, contrived to eke out a subsistence. At length they were discovered, and a party of soldiers being sent, the whole were seized with the exception of one old woman, who, sooner than again be led into slavery, dashed herself to pieces from the summit of the mountain. In a Roman matron this would have been called the noble love of freedom: in a poor negress it is mere brutal obstinacy. We continued riding for some hours. For the few last miles the road was intricate, and it passed through a desert waste of marshes and lagoons. The scene by the dimmed light of the moon was most desolate. A few fireflies flitted by us; and the solitary snipe, as it rose, uttered its plaintive cry. The distant and sullen roar of the sea scarcely broke the stillness of the night.

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April 9th. — We left our miserable sleeping-place before sunrise. The road passed through a narrow sandy plain, lying between the sea and the interior salt lagoons. The number of beautiful fishing birds, such as egrets and cranes, and the succulent plants assuming most fantastical forms, gave to the scene an interest which it would not otherwise have possessed. The few stunted trees were loaded with parasitical plants, among which the beauty and delicious fragrance of some of the orchideae were most to be admired. As the sun rose, the day became extremely hot, and the reflection of the light and heat from the white sand was very distressing. We dined at Mandetiba; the thermometer in the shade being 84 degs. The beautiful view of the distant wooded hills, reflected in the perfectly calm water of an extensive lagoon, quite refreshed us. As the venda [1] here was a very good one, and I have the pleasant, but rare remembrance, of an excellent dinner, I will be grateful and presently describe it, as the type of its class. These houses are often large, and are built of thick upright posts, with boughs interwoven, and afterwards plastered. They seldom have floors, and never glazed windows; but are generally pretty well roofed. Universally the front part is open, forming a kind of verandah, in which tables and benches are placed. The bed-rooms join on each side, and here the passenger may sleep as comfortably as he can, on a wooden platform, covered by a thin straw mat. The venda stands in a courtyard, where the horses are fed. On first arriving it was our custom to unsaddle the horses and give them their Indian corn; then, with a low bow, to ask the senhor to do us the favour to give up something to eat. “Anything you choose, sir,” was his usual answer. For the few first times, vainly I thanked providence for having guided us to so good a man. The conversation proceeding, the case universally became deplorable. “Any fish can you do us the favour of giving ?” — “Oh! no, sir.” — “Any soup?” — “No, sir.” — “Any bread?” — “Oh! no, sir.” — “Any dried meat?” — “Oh! no, sir.” If we were lucky, by waiting a couple of hours, we obtained fowls, rice, and farinha. It not unfrequently happened, that we were obliged to kill, with stones, the poultry for our own supper. When, thoroughly exhausted by fatigue and hunger, we timorously hinted that we should be glad of our meal, the pompous, and (though true) most unsatisfactory answer was, “It will be ready when it is ready.” If we had dared to remonstrate any further, we should have been told to proceed on our journey, as being too impertinent. The hosts are most ungracious and disagreeable in their manners; their houses and their persons are often filthily dirty; the want of the accommodation of forks, knives, and spoons is common; and I am sure no cottage or hovel in England could be found in a state so utterly destitute of every comfort. At Campos Novos, however, we fared sumptuously; having rice and fowls, biscuit, wine, and spirits, for dinner; coffee in the evening, and fish with coffee for breakfast. All this, with good food for the horses, only cost 2s. 6d. per head. Yet the host of this venda, being asked if he knew anything of a whip which one of the party had lost, gruffly answered, “How should I know? why did you not take care of it? — I suppose the dogs have eaten it.”

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Hacking original photograph by Gilson Camargo. Tupinamba feast, observed by Hans Staden (orig.1557)

“Itôs alive!”

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Fotografia Viva

Dois grupos de pesquisa norte-americanos, liderados pelos cientistas Christopher Voigt (Universidade da Califórnia) e Edward Marcotte (Universidade do Texas) modificaram geneticamente a bactéria E-coli, muito comum no trato intestinal de mamí­feros e na mais comum das mãos sujas.

O objetivo foi o de transformar as bactérias em, literalmente, pixels, por meio de um processo que adiciona – via manipulação genética – caracterí­sticas de fotossensibilização í  bactéria E-coli, tornando-a impressionável í  luz. Os pesquisadores pretendem que isso poderá representar, brevemente, o fim do uso de sais de prata e de pigmentos poluentes na ampliação/impressão de fotografias.

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Resultado dos experimentos. A foto da direita é a feita com bactérias sensí­veis í  luz.

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Biologí­a sintética: bacterias convertidas en pí­xeles
sábado 3 diciembre 2005 por Damien >> Ciencia y salud

Y yo que pensaba que la modificación genética sólo serví­a para sacar tomates del tamaí±o de una pelota del huerto”¦ que equivocado estaba. Ahora resulta que la genética, y en especial la biologí­a sintética va a cambiar el mundo del multimedia, convirtiendo bacterias E-coli en pí­xeles.

Dos grupos de investigación dirigidos por Christopher Voigt de la Universidad de California y Edgard Marcotte de la Universidad de Austin han logrado esta hazaí±a usando una bacteria de tipo Escherichia coli, que se encuentra principalmente en la suciedad y en el tubo digestivo de los bovinos.

Para que las bacterias se puedan convertir en pí­xeles, les han implantado un sistema capaz de fotosí­ntesis, un sistema de pigmentación que se bloquea a estar expuesto a la luz. Sólo nos queda por usar una plantilla de esparcir y, siguiendo el proceso de revelado fotográfico logramos el resultado siguiente…

Después de unas 12-15 horas de exposición, las bacterias expuestas salen blanco y las otras se quedan coloridas. El resultado es increí­ble ya que estamos hablando de una foto viva, con miles de bacterias programadas para reproducir una imagen. La resolución obtenido es de 15 Mpix por cm2″¦ í¿algún dí­a veremos pantallas con resoluciones bestiales y formadas por nidos de bacterias E-coli?

Fuente: Lo Blog Gadget y PC Impact

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A bactéria E-coli.

La premií¨re “photo vivante” grâce í  une bactérie
LE MONDE | 31.12.05 | 14h42 “¢ Mis í  jour le 31.12.05 | 14h42

Nicéphore Niépce, l’inventeur bourguignon de la photographie (1767-1833), en avait peut-être rêvé il y a plus d’un sií¨cle et demi. Mais ce sont des chercheurs de l’université de Californie, í  San Francisco, et de celle du Texas qui l’ont réalisée.

Le “flying spaghetti monster”, sorte de crabe í  six pattes tout droit issu de l’imagination d’un enfant, est la premií¨re photo vivante jamais produite. D’autres, comme une série de portraits d’une incroyable qualité, ont suivi.

Ces photos sont les premií¨res faites í  partir d’un matériau biologique qui tourne résolument le dos aux techniques des champions de la pellicule que sont Agfa, Fuji ou Kodak et í  celles des leaders de la photo numérique.

Oubliés les sels d’argent ainsi que les oxydes de fer et de manganí¨se, que le héros de Chalon-sur-Saône a eu tant de peine í  maí®triser pour réaliser, en 1826 ou 1827, la premií¨re photographie de tous les temps. Finis les capteurs électroniques dont la résolution ââ?¬â? le nombre de pixels ââ?¬â?, tant vantée par les vendeurs d’appareils numériques, ne cesse de progresser.

Désormais, l’heure est aux bactéries, et í  la plus connue d’entre elles : Escherichia coli. E. coli pour les intimes. Un micro-organisme présent dans l’intestin des mammifí¨res et qui, au fil du temps, est devenu le cobaye préféré des biologistes.

Cette bactérie est si petite qu’il n’est guí¨re difficile, s’amusent Chris Voigt et Anselm Levskaya, deux des pí¨res californiens de ces photos biologiques, d’obtenir avec cette pellicule vivante des résolutions de 100 millions de pixels, lí  oí¹ des appareils haut de gamme en proposent dix fois moins. Vantardise ? Certainement pas. D’ailleurs, la trí¨s sérieuse revue scientifique Nature s’est fait l’écho de cette découverte í  la fin du mois de novembre.

Pour obtenir les minuscules biopigments noirs et blancs ââ?¬â? ou plutôt beige clair et beige foncé ââ?¬â? nécessaires í  la constitution de leur photo, les chercheurs ont “manipulé” E. coli en lui injectant le gí¨ne d’une algue bleue qui favorise, plus ou moins directement, la production d’une protéine sensible í  la lumií¨re. En résulte l’apparition d’un pigment coloré, celui-lí  même qui fait les clairs et les foncés selon qu’il se manifeste ou pas. Seule contrainte ââ?¬â? et non des moindres ââ?¬â?, le temps de pose de cet appareil photo d’un nouveau genre est de plusieurs heures.

Ces biologistes espí¨rent développer le marché de ces bactéries mutantes en les transformant en de minuscules usines, les “nano-usines”, capables, une fois excitées par la lumií¨re, de produire nombre de substances chimiques ou de précipiter des métaux.
Jean-François Augereau

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“- Bactérias? Que coisa absolutamente sem pilha, sem emoção e nenhuma poética!”

“- Eu diria mais, meu caro Daguerre, não acrescenta nada, rien du tout!”

A profecia se cumpriu: Está começando!

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Macacos aterrorizam moradores de povoado na índia

da Efe, em Cheryai
da Folha Online

Centenas de macacos invadiram nesta sexta-feira o povoado de Cheryai, no Estado indiano de Jammu e Caxemira, norte do paí­s, aterrorizando os moradores que ainda tentam resistir í  invasão dos animais no local.

Ao menos 65 famí­lias fugiram de Cheryai nos últimos dois meses, mas ao menos 400 pessoas ainda estão no vilarejo, resistindo í  invasão dos macacos.

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Centenas de macacos aterrorizam moradores e invadem escola em vila na índia
Nesta sexta-feira, os macacos chegaram a invadir uma escola de Cheryai, e a machucar uma criança. Quem fica na cidade, tenta se proteger dos animais espantando-os com varas e pedaços de pau.

De acordo com reportagem publicada no site da rede de TV indiana NDTV, no último dia 7, quando a mí­dia local começou a publicar notí­cias sobre a invasão dos macacos, autoridades locais dizem que os moradores não podem sair nas ruas sem estarem “armados” com varas.

Segundo a rede de TV, “geralmente os moradores do Estado de Jammu e Caxemira fogem por medo dos terroristas. Talvez agora eles tenham uma nova razão para fugir”, em referência í  invasão dos macacos.

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Anonimato na Rede

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(Imagem ampliada)

A liberdade plena na grande rede continuará a ser uma ficção enquanto não for possí­vel a manifestação de idéias sob o escudo do anonimato, tal como acontece fora da arena virtual.

A afirmação é especialmente verdadeira quando se considera a necessidade de muitos de nossos contemporâneos combaterem os tantos regimes tirânicos e ditatoriais existentes no mundo (e que, contraditoriamente, são os maiores próceres do controle multilateral na rede, mote da recente Cúpula da Informação na Tuní­sia, organizada pela ONU).

Há outros fatores limitadores, como as recentes denúncias de que o Partido Comunista Chinês teria entrado em entendimentos com os motores de busca Google e Yahoo, para “limitar qualitativamente” (e de acordo com um Códex elaborado pelo próprio governo chinês) os resultados das buscas de homepages em tais portais. Leia mais a respeito neste site da Universidade de Harvard.

Foi pensando nesses problemas que a respeitada entidade Réporteres sem Fronteiras elaborou uma apostila para blogagem em regimes totalitários, denominada “Handbook for bloggers and cyberdissidents

A apostila, bastante interessante, pode ser acessada aqui, em Acrobat Reader.

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Handbook offers tips for cyberdissidents
By Alorie Gilbert, CNET News.com
Published on ZDNet News: September 22, 2005, 1:38 PM PT

Free-speech advocate Reporters Without Borders has published a guide for blogging in China, Iran and other countries that strictly censor the Web.

The 87-page booklet, titled “The Handbook for Bloggers and Cyber-Dissidents,” includes chapters on how to blog anonymously and on technical ways to get around censorship. Released on Thursday, the handbook is available for free online in English, French, Chinese, Arabic and Farsi.

“Bloggers are often the only real journalists in countries where the mainstream media is censored or under pressure,” Reporters Without Borders’ Julien Pain writes in the handbook’s introduction. “Only they provide independent news, at the risk of displeasing the government and sometimes courting arrest.”

At least 70 “cyberdissidents” have been imprisoned to date, according to the Paris-based group. China has jailed the most, with a total of 62 sent to prison, the group said.

Arash Sigarchi, a contributor to the handbook, may soon be one of them. The Iranian government sentenced him this year to 14 years in jail for writing critically about the regime. He is free, pending an appeal.

In addition to bloggers’ personal stories, the booklet offers technical information for dodging government censors, including tips for thwarting filtering technology that can block access to select Web pages. The book also covers e-mail encryption, online pseudonyms and anonymous proxies, discussing ethics and how to attract an audience.

“This advice is, of course, not for those (terrorists, racketeers or pedophiles) who use the Internet to commit crimes,” Pain writes. “The handbook is simply to help bloggers encountering opposition because of what they write to maintain their freedom of expression.”

U.S. journalist Dan Gillmor, Canadian specialist in Internet censorship Nart Villeneuve and U.S. blogger Jay Rosen all helped produce the book, Reporters Without Borders said.

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Links:

http://en.wikipedia.org/wiki/Anonymity
http://en.wikipedia.org/wiki/Internet_privacy
http://en.wikipedia.org/wiki/Crypto-anarchism
http://www.eff.org/Privacy/Anonymity/
http://www.governmentsecurity.org/articles/AnonymitycompleteGUIDE.php
http://www.freehaven.net/anonbib/
http://www.usatoday.com/tech/columnist/ericjsinrod/2004-09-22-sinrod_x.htm

O Poder no Paraná Descansa. Descansa?

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Assembléia Legislativa do Estado do Paraná – Sede do Poder Legislativo

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Tribunal de Justiça do Estado do Paraná – Sede do Poder Judiciário

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Palácio Iguaçu – Sede do Poder Executivo e do Poder Moderador no Estado do Paraná

Canto I da Ilíada. Com Claudete Pereira Jorge.

Ilí­ada de Homero, Canto I (tradução de Odorico Mendes)

Monólogo: Claudete Pereira Jorge
Direção: Octávio Camargo
Consultoria: Sálvio Nienkí¶tter
Porão Loquax, Wonca Bar (especializado em Porco ao molho de Ostras/Pérolas aos Porcos), Curitiba-PR, 29/11/2005.

Fotos: Mathieu Bertrand Struck

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Canto I

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O iní­cio.

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Claudete foi coberta de palmas. O pequeno porão ressoou.

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Entracte

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Claudete Pereira Jorge

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Octávio Camargo

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Do primeiro para o último plano: Claudete, Octávio e Sálvio. Triunvirato homérico.

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Octávio e Maria Célia Camargo.

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Retomada

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Sálvio Nienkí¶tter

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Agradou Gregos e Troianos
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A volta. Espectro de Páris ronda a Visconde de Nacar.

Fiz o Diabo


Em sabatina, Autran critica Gilberto Gil

MARY PERSIA
da Folha Online

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Arte: William Medeiros

Um apanhado da carreira, elogios a personalidades do teatro e crí­ticas í  polí­tica cultural. A sabatina da Folha realizada na tarde desta segunda-feira com Paulo Autran, 83, reuniu uma platéia que pôde conhecer um pouco mais da visão do ator e diretor de teatro sobre o mundo.

Entre histórias memoráveis e comentários sobre o mundo das artes cênicas, Autran não deixou de expressar sua opinião a respeito da atuação do ministro da Cultura. “O [Gilberto] Gil está ganhando muito dinheiro, tem cantado no mundo inteiro, encantado platéias. Mas, no Brasil, não sei o que ele fez. Pelo teatro, então, acho que ninguém sabe”, disparou o veterano.

A polí­tica cultural de um modo geral, e especialmente as leis de incentivo, também não foram poupadas. “Antes, quando eu fazia uma peça, ia ao banco e assinava dez notas promissórias. Pagava mês a mês, com o dinheiro da bilheteria, e ainda sobrava algum. Hoje em dia, as peças estão muito caras”, afirma Autran. “As leis de incentivo tiveram como efeito colateral o aumento do custo do teatro. Todo mundo [como equipe técnica e infra-estrutura] aumentou seu preço.”

Sua história com as artes cênicas é antiga. Autran contou que seu primeiro personagem foi encenado aos sete anos, em uma peça escrita pela irmã. “Fiz o diabo, com chifres de papelão, calção vermelho e tudo. Entrei mudo e saí­ calado”.

Cusparada

Ele, que cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (Universidade de São Paulo) em 1945, estreou em um palco (ainda amador) em 1947. Em 1967 fez seu trabalho mais substancial para o cinema, “Terra em Transe”, de Glauber Rocha. Ele integra o elenco de “A Máquina”, de João Falcão, que estréia em breve nos cinemas brasileiros. Seu último trabalho na TV foi na minissérie “Hilda Furacão”, da Globo.

Da longa carreira, colheu boas histórias, como a vez em que deu uma cusparada em Paulo Francis em defesa da amiga Tônia Carrero.

“Juntei bastante cuspe e cuspi com prazer”, recorda ele. Em outra oportunidade, tentou dar um soco no crí­tico pelo mesmo motivo, mas não foi muito bem-sucedido. “Nunca havia dado um soco em ninguém. É difí­cil, sabe? O corpo se contrai, o braço fica sem força”, revelou, bem-humorado.

Para o futuro, Autran revelou que irá ensaiar “O Avarento”, de Molií¨re, a partir de julho de 2006. Sobre o teatro, diz que não vai deixá-lo tão cedo. “Vou largar o teatro quando a natureza me tirar a voz ou o movimento das pernas. Se bem que uma peça em cadeira de rodas eu faria. Vou trabalhar até não poder mais.”

Autran é o nono entrevistado da série de sabatinas da Folha. Participaram do evento o crí­tico da Folha, dramaturgo e professor de teatro Sergio Salvia Coelho, o diretor e dramaturgo Aimar Labaki e Lí­gia Cortez, atriz e diretora da escola de teatro Célia Helena. A mediação fica a cargo do jornalista Nelson de Sá, titular da coluna “Toda Mí­dia”, da Folha, e autor de “Divers/idade – Um Guia para o Teatro dos Anos 90” (ed. Hucitec).