É batata!

Posted on by Mathieu Struck

potato

“Supõe-se em um campo e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar somente uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir í  outra vertente, onde há batatas em abundância; mas se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrerão de inanição. A paz, neste caso, é a destruição; a guerra, é a esperança. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí­ a alegria da vitória, os hinos, as aclamações. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se. Ao vencido, o ódio ou compaixão… Ao vencedor, as batatas !” – Quincas Borba, Machado de Assis.

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A batata (Solanum tuberosum L.) é originária dos Andes peruanos e bolivianos onde é cultivada há mais de 7.000 anos. Recebe diferentes nomes conforme o local: Araucano ou Poni (Chile), Iomy (Colômbia), Papa (Império Inca e Espanha), Patata (Itália), Irish Potato ou White Potato (Irlanda).

A batata foi introduzida na Europa antes de 1520 sendo responsável pela primeira revolução verde no velho continente: os ingleses incendiavam os trigais e matavam os porcos criados pelos irlandeses, levando o povo í  miséria, entretanto a batata resistia ao pisoteamento das tropas, í s geadas e ficavam armazenadas no solo.

Alguns governantes impuseram medidas para a difusão da batata na Europa: Frederico Guilherme , da Prússia, ordenou a amputação do nariz de todos os camponeses que não plantassem batatas; Luis XVI, da França, ordenou a instalação de canteiros em locais públicos com a presença da guarda armada somente durante o dia – o que vale ser guardado vale ser roubado.

A difusão da batata em outros continentes ocorreu através da colonização realizada pelos paí­ses europeus, inclusive no Brasil. Inicialmente era cultivada em pequena escala em hortas familiares, sendo chamada de batatatinha, assim como na construção de ferrovias ganhou o nome de batata inglesa, por ser uma exigência nas refeições dos técnicos vindos da Inglaterra.

Pesquisadores da história da alimentação apontam duas razões básicas para o êxito e a disseminação da batata: o valor energético / ausência de colesterol e o fato de possuir sabor e cheiro pouco acentuado, possibilitando centenas de combinações que resultam em sabores diferentes.

Nutricionistas da FAO afirmam que uma dieta composta de batata e leite poderia suprir, em caráter de emergência, todos os nutrientes de que o organismo humano precisa para se manter.

Atualmente a batata é o 4ú alimento mais consumido no mundo, após arroz, trigo e milho.

Fonte

sr.batata

7 comments

  4. “Al principio en todas partes se la llamaba con la voz quechua: papa. […] Pero luego, en alguna parte de Espana se confundiÃ?³ a la papa con la batata, y como un error suele traer a otro error, de batata se vino a decir patata. Este dobe desaguisado tuvo un gran Ã?©xito: patata es el tÃ?©rmino que pasÃ?³ tardiamente a otros idiomas europeos y que generalmente se usa en el centro y norte de EspaÃ?±a; no asÃ?­ en algunas localidas del sur de la PenÃ?­nsula, en las Islas Canarias y en toda HispanoamÃ?©rica, donde con razÃ?³n todavÃ?­a se sigue diciendo papa”.
    http://www.pasqualinonet.com.ar/Documento%20Marisa%20Adoraldo.htm

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  5. O g�ªnero Solanum, da fam�­lia Solanacea, cont�©m mais de 2.000 esp�©cies, embora somente cerca de 150 produzam tub�©rculos. A batata cultivada no Brasil pertence �  esp�©cie tetrapl�³ide Solanum tuberosum. Esta esp�©cie �© dividida em duas subesp�©cies, S. tuberosum subsp. tuberosum e S. tuberosum subsp. andigena, sendo esta �ºltima cultivada somente nas regi�µes andinas. Por outro lado, as cultivares mais modernas de batata possuem em seu genoma v�¡rias caracter�­sticas de outras esp�©cies, como S. demissun, S. chacoense e S. phureja, adquiridas atrav�©s de cruzamentos artificiais visando principalmente �  incorpora�§�£o de resist�ªncia a doen�§as.

    Uma planta normal de batata �© composta de tantas hastes quanto forem os brotos que emergirem da batata-semente, folhas compostas, flores, ra�­zes, estol�µes e tub�©rculos.

    O caule aÃ?©reo da batata Ã?© normalmente oco na sua parte superior. Tem secÃ?§Ã?£o circular, quadrangular ou triangular, podendo apresentar asas, que sÃ?£o lisas ou onduladas. Quando o caule cresce diretamente do tubÃ?©rculo-mÃ?£e ou prÃ?³ximo dele, Ã?© chamado de “rama”, que pode ou nÃ?£o se ramificar.

    As folhas s�£o compostas, sendo formadas por um pec�­olo com fol�­olo terminal, por fol�­olos laterais e, � s vezes, por fol�­olos secund�¡rios e terci�¡rios. Dependendo da cultivar, as folhas t�ªm tamanho, pilosidade e tonalidade de verde diferentes.

    As flores da batateira apresentam o corola gamopÃ?©tala com cinco pÃ?©talas, em cor que varia de branca a azulada. SÃ?£o distribuÃ?­das em inflorescÃ?ªncia do tipo cimeira. O androceu e o ginicoceu amadurecem ao mesmo tempo, facilitando a autofecundaÃ?§Ã?£o, que ocorre na maioria cultivares. Em algumas cultivares como a ‘Achat’, os botÃ?µes florais caem antes da polinizaÃ?§Ã?£o; em outras , hÃ?¡ florescimento, porÃ?©m o seu pÃ?³len estÃ?©ril nÃ?£o permite fecundaÃ?§Ã?£o. Os frutos sÃ?£o biloculares do tipo baga, de cor verde, normalmente medindo de 2 a 3 cm de diÃ?¢metro, contendo de 40 a 240 sementes por fruto.

    O sistema radicular da planta Ã?© relativamente superficial, com a quase totalidade das raÃ?­zes permanecendo a uma profundidade nÃ?£o superior a 40 – 50 cm. Entretanto, em solos argilosos fÃ?©rteis e sem camadas de obstruÃ?§Ã?£o, podem alcanÃ?§ar atÃ?© 1,0 m de profundidade. Quando o plantio Ã?© feito com batata-semente, as plantas desenvolvem raÃ?­zes adventÃ?­cias nos nÃ?³s do caule subterrÃ?¢neo, facilmente visÃ?­veis nas brotaÃ?§Ã?µes dos tubÃ?©rculos. Quando a semente verdadeira (semente-botÃ?¢nica) Ã?© plantada, forma-se uma raiz pivotante com raÃ?­zes laterais.

    Os tub�©rculos s�£o caules adaptados para reserva de alimentos e tamb�©m para reprodu�§�£o. Formam-se como resultado do engrossamento da extremidade dos estol�µes, que s�£o caules modificados, subterr�¢neos, semelhantes a ra�­zes. Entretanto, tub�©rculos a�©reos podem se formar nas axilas das folhas quando o transporte de subst�¢ncias de reserva, sintetizadas nas folhas, �© bloqueado por a�§�£o mec�¢nica ou pelo ataque de doen�§as e pragas, principalmente a rizoctoniose, que provoca o anelamento da base do caule.

    Na superfÃ?­cie dos tubÃ?©rculos as estruturas mais evidentes sÃ?£o os olhos, cada um contendo mais de uma gema, e as lenticelas. VÃ?¡rios fatores, como cultivar, tamanho do tubÃ?©rculo e condiÃ?§Ã?µes de cultivo afetaram o nÃ?ºmero de olhos por tubÃ?©rculos. Por exemplo, um tubÃ?©rculo de ‘Bintje’ de 45mm de diÃ?¢metro tem de 12 a 15 olhos distribuÃ?­dos em forma de espiral. Cada olho possui uma gema principal tambÃ?©m produz brotaÃ?§Ã?µes laterais ou estalÃ?µes.

    Quando o tub�©rculo �© cortado longitudinalmente, pode-se observar a periderme (pele),o cort�©x, o anel vascular, a medula externa e a medula interna, esta mais clara, que se comunica com os olhos. A pele ou pel�­cula da batata, formada de 5 a 15 camadas de c�©lulas, �© praticamente imperme�¡vel a l�­quidos e gases, protegendo o tecido contra o ataque de pragas e doen�§as. Quando a colheita �© precoce e o tub�©rculo ainda n�£o est�¡ maduro, a pele se solta com facilidade, favorecendo a deteriora�§�£o do tub�©rculo pela entrada de pat�³geno e perda de umidade.

    As lenticelas, que s�£o pequenos sistemas de comunica�§�£o entre a parte interna do tub�©rculo e o exterior, s�£o estruturas importantes para a respira�§�£o. Tub�©rculos produzidos em solos muito �ºmidos apresentam a lenticelose, que consiste em lenticelas abertas e de tamanho aumentado, provocada por uma rea�§�£o dos tecidos para compensar a baixa disponibilidade de oxig�ªnio. A lenticelose favorece a entrada de microrganismos fitopatog�ªnicos nos tub�©rculos.

    Quando a superfÃ?­cie do tubÃ?©rculo Ã?© ferida, logo inicia-se um processo de formaÃ?§Ã?£o de uma camada corticosa (suberizaÃ?§Ã?£o), que protege o tecido contra a perda de Ã?¡gua. Este processo Ã?© chamado de “cura”. A suberizaÃ?§Ã?£o Ã?© mais rÃ?¡pida em temperatura alta (acima de 25Ã?ºC), alta umidade relativa (cerca de 90%) e alto suprimento de oxigÃ?ªnio. Entretanto, estas condiÃ?§Ã?µes favorecem tambÃ?©m os fitopatÃ?³genos, fazendo com que a cura no armazenamento da batata (principalmente da batata-semente) deva ser feita em temperatura abaixo de 15Ã?ºC e umidade abaixo de 90%.

    O tub�©rculo passa por um per�­odo de dorm�ªncia compreendido entre a colheita e o in�­cio de brota�§�£o. N�£o existe correla�§�£o entre per�­odo de dorm�ªncia e ciclo da planta ou teor de s�³lidos sol�ºveis no tub�©rculo. Al�©m da cultivar, outros fatores que afetam o per�­odo de dorm�ªncia s�£o:

    1. maturidade do tub�©rculo na colheita: quanto mais maduro o tub�©rculo, menor ser�¡ o per�­odo de dorm�ªncia;
    2. condi�§�µes ambientais durante o cultivo: o per�­odo de dorm�ªncia dos tub�©rculos tende a ser menor quando a batata �© cultivada em dias curtos e em temperaturas altas;
    3. condi�§�µes de armazenamento: em temperaturas baixas, o per�­odo de dorm�ªncia �© maior
    http://www.batata.net/cultivo/botanica.asp

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  6. Hist�³ria da Batata

    A batata foi descoberta no Peru pelos espanh�³is em 1536. Anteriormente, os Incas, praticavam o cultivo desse nutritivo tub�©rculo que at�© ent�£o era desconhecido. Os espanh�³is levaram rapidamente a batata para a Europa onde ela foi usada como medicamento. De fato, registros da hist�³ria revelam que o Papa Pius IV recuperou-se de uma doen�§a por volta de 1570 ap�³s ter sido prescrito uma dieta de batatas rica em carboidratos.

    Os espanhÃ?³is chamaram a batata de “tartufo blanco” (tubÃ?©rculo branco). Os alemÃ?£es ainda usam a palavra “Kartoffeln”, pois acreditavam ser derivado da palavra “tartufo”.
    Tamb�©m, nessa mesma �©poca os ingleses descobriram a batata doce (Patata Dulce) no Caribe.
    No in�­cio do s�©culo XVII algumas pessoas acreditavam que a lepra, tuberculose e a s�­filis poderiam ser curadas pelas batatas.
    Especialmente na Irlanda, a batata foi usada em grande escala na produ�§�£o aliment�­cia no s�©culo XVIII. Uma desastrosa seca da batata nos plantios no s�©culo XIX causou a morte de milh�µes pela fome. mais de um milh�£o e meio de pessoas deixaram seus pa�­ses, a maioria migrou para os Estados Unidos.

    No fim do sÃ?©culo XVIII, agricultores de toda Europa comeÃ?§aram a cultivar batata. O rei da RÃ?ºssia, Frederick “O Grande” ordenou que utilizassem somente a batata na alimentaÃ?§Ã?£o. Uma guerra nos anos 1778-80 entre a PrÃ?ºssia e Ã?ustria foi conhecida como “Kartoffelkrieg” (Guerra da Batata), pois os soldados se alimentavam a base de batatas. O plantio de batata teve um grande aumento com a RevoluÃ?§Ã?£o Industrial. Hoje em dia 136 paÃ?­ses cultivam batatas. AlÃ?©m de ser um alimento nutritivo, o amido e o Ã?¡lcool da batata podem ser utilizado para outras finalidades

    Valores Nutricionais:

    Quantidade em 100g

    Energia (Kcal) – 85
    ProteÃ?­na (g) – 2,00
    Carboidrato (g) – 19,10
    Gordura total (g) – 0,10
    Gordura saturada (g) -0,03
    Gordura monoinsaturada (g) – 0.00
    Colesterol (mg) – 0,00
    CÃ?¡lcio (mg) – 11,00
    Ferro (mg) – 0,70
    Vitamina C ou Ã?¡cido ascÃ?³rbico(mg) – 13,10
    Vitamina B1 ou tiamina(mg) – 0,09
    Vitamina B2 ou riboflavina(mg) – 0,03
    Vitamina B3 ou niacina – 5,00
    Vitamina B9 ou Ã?¡cido fÃ?³lico (mcg) – 12,0
    Vitamina A (mcg) – 0,00
    Vitamina E (mg) – 0,0003
    Vitamina K (mcg) – 0,22
    SÃ?³dio (mg) – 5,1
    Fibra (g) – 1,5
    FÃ?³sforo (mg) – 50
    PotÃ?¡ssio (mg) – 391
    Zinco (mg) – 0,45
    SelÃ?ªnio (mcg) – 0,00

    Receitas:

    Pure De Batata

    Ingredientes:

    1 kg de batatas;
    75 g de manteiga;
    1,5 dl de leite;
    sal;
    pimenta;
    noz-moscada.
    Confec�§�£o:

    Descasque as batatas, coloque-as num tacho e cubra-as completamente com �¡gua. Tempere com sal e leve a cozer sobre lume forte at�© ser poss�­vel reduzir as batatas a pur�©. Escorra e passe imediatamente pelo passador.
    Ponha o pur�© num tacho e leve a secar, sobre lume muito brando, batendo energicamente com uma colher de pau.
    Adicione a manteiga, bata vigorosamente e, quando a gordura estiver completamente absorvida, adicione aos poucos o leite a ferver.
    Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.
    Sirva imediatamente.

    *Para se obter um pur�© de batata liso e sem grumos, a batata n�£o pode arrefecer entre as v�¡rias opera�§�µes da prepara�§�£o do pur�©.
    http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?PHPSESSID=62f7fcba5add1c0c1d8b8abbe66b13ee&topic=21218.0;prev_next=prev

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