Organismo, qual é o pente que te penteia?

Dear Orga,

Foi mal. Perdi o batizado.

Grandes fotos, hein…Garotão!

fé4

Lista de religiõesOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

* Adventista da Promessa
* Adventista do Sétimo Dia
* Batuque
* Bramanismo
* Budismo
* Catarismo
* Candomblé
* Cientologia
* Cristianismo
* Discordianismo
* Espiritismo
* Fé Bahá’í­

fé3

* Hinduí­smo
* Igrejas do Daime
* Islão
* Jainismo
* Janelismo
* Judaí­smo
* Messiânica
* Movimento Hare Krishna
* Movimento Sannyasin de Oshoí® Rajneesh
* Quakers
* Reiyukai
* Religião de Deus (LBV)
* Religiões Nativas Americanas (Inclusive Mórmons)

fé4

* Santo Daime
* Satanismo
* Seicho-No-Ie
* Sikhismo
* Taoí­smo
* Teosofia
* Testemunhas de Jeová
* Umbanda
* Wicca
* Xamanismo
* Xintoí­smo
* Zoroastrismo

Ver também

Orientais

* Hinduí­smo (índia, 3000 ac)

fé1

Por influência do platonismo

* Espiritismo (França, 1857)

Por influência do espiritismo

* Umbanda (Brasil, 1908)
* Racionalismo cristão (Brasil, 1910)
* Ramatí­s – se consideram espí­ritas (Brasil, 1943)
* Religião de Deus, LBV (Brasil, 1950)

fé2

ombudsman

Ombudsman é uma palavra sueca que significa representante do cidadão. Designa, nos paí­ses escandinavos, o ouvidor-geral -função pública criada para canalizar problemas e reclamações da população. Na imprensa, o termo é utilizado para designar o representante dos leitores dentro de um jornal. A função de ombudsman de imprensa foi criada nos Estados Unidos nos anos 60. Chegou ao Brasil num domingo, dia 24 de setembro de 89, quando a Folha, numa decisão inédita na história do jornalismo latino-americano, passou a publicar semanalmente a coluna de seu ombudsman.

O jornal assumiu o objetivo de ter seu próprio ombudsman, um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores; realizar a crí­tica interna do jornal e, uma vez por semana, aos domingos, produzir uma coluna de comentários crí­ticos sobre os meios de comunicação -na qual a Folha deveria ser um dos alvos privilegiados.

Para exercer o cargo com independência, o jornal instituiu o mandato de um ano para cada ombudsman, com a possibilidade de apenas uma única renovação de mais um ano. Essa possibilidade, posteriormente, foi expandida, para duas renovações (três anos de mandato). O profissional não pode ser demitido durante o mandato e tem estabilidade de mais seis meses no jornal após deixar a função.

A SOCIEDADE

“Mito e rito são portanto, dentro da ontologia que estamos agora defendendo, os primeiros resultados da realidade social em sua tentativa de articular-se. A civilização e todos os seus produtos materiais e espirituais são realidades produzidas por mitos e ritos. São reais esses Fenômenos, porque são ligados, pelos mitos e ritos, í  realidade primordial da sociedade. O mundo das nossas mentes é outra camada da realidade, porque são, pelo “id”, ligados í  camada fundamental da realidade. O problema mais complexo que essa ontologia oferece é aquele proposto pela natureza. Como está ligada a natureza í  sociedade? É ela inteiramente fictí­cia, como é para a gula, ou está ela oposta í  sociedade, como o foi para a ira?
Uma análise paciente revela que a natureza é produto da sociedade.
Um produto, portanto de grau de realidade inferior í  civilização, mas não obstante produto. Tentemos ilustrar essa afirmativa tão contrária ao senso comum, mas não obstante conseqüência lógica do argumento: Consideremos, como único exemplo da nossa tese, os astros celestes. São objetos representativos da natureza. Como surgiram os astros e como têm evoluí­do? Mitos primordiais estabeleceram um “mundo” , digamos o mundo da civilização do Ocidente. Essa civilização realizou o projeto contido nesses mitos, e parte dessa realização eram deuses que caminhavam, masculinos ou femininos, mas
sempre representando a força viril, por cima da terra, essa representante da feminilidade. Esse princí­pio masculino era o que atualmente chamamos de “astros”. Novas irrupções da inveja criaram novos mitos que modificaram esse mundo. Surgiu, como ritualização desses mitos o céu estrelado dos pitagoréus e dos ptolomaios, nos
quais os astros atuais eram algo como sí­mbolos da perfeição petrificados. No renascimento e no barraco surgiram novos mitos. Os astros eram pedras. No século 18 e 19 transformaram-se em conjunto de bolinhas, as moléculas, que se ligaram entre si pelos elásticos chamados “gravitação”, cujo comportamento era matematicamente
ritualizado. Atualmente são os astros entalhes no campo gravitacional e eletromagnético curvo. O que são os astros “em si”? Pergunta falsa. Os astros não são “em si”, mas são “para a sociedade”. E assim é toda a natureza. Ela não passa de um produto da sociedade, um produto histórico que se modifica de acordo com a tensão dialética que
informa a sociedade. Natureza é produto da inveja e avareza. É realidade em grau subalterno. Voltamos a nossa atenção para uma realidade mais imediata, a saber para a civilização, que é o campo mais tangí­vel da inveja e avareza.

A RETRIBUIÇÃO
A civilização consiste de seres humanos que procuram realizar os projetos existenciais que a sociedade lhes impôs e dentro dos quais estão jogados. Esses projetos existenciais formam um multidão de flechas que se cruzam caoticamente. Quanto mais desenvolvida a civilização, tanto maior o número de projetos que oferece aos seres
humanos que dela participam. O número de projetos oferecidos pela civilização
está diretamente proporcionado com aquilo chamamos de “liberdade polí­tica, economia e social”, porque oferece escolha entre projetos. Os seres humanos participam de mais de um projeto. Todo o projeto do qual um ser humano participa é uma máscara e um
personagem que ele desempenha no palco da sociedade.
Na fonte de cada um desses projetos se esconde um mito. E a vida humana na sociedade é a tentativa, (geralmente inconsciente) de realizar os mitos que escolheu.”

FLUSSER, Vilém. A história do diabo. São Paulo: Martins, 1965.

LUSKO.FUSKO – movimento celular colaborativo duvidoso
João Debs-Giselle

testando layouts de agora em diante até as duas da manhã

Desafiatlux / Reprodução / O Pano

– perdi com a minha
prima, e você?
– eu paguei trintão
numa quebra.

– Orgulho do papai!
se formou em direito
– Mas eu queria biologia
– tá louco!!! isso é
coisa de desocupado

– Ciência da computação
é coisa de viado
– mas, pai, Eu passei
em ciência da computação!
– Ah! parabéns.

Feliz velho entre gentes venturosas.
papai sabia de tudo

O ferro-velho é o monte olimpo dos heróis de Fliperama

Alecrim dourado
que nasceu no campo
sem ser semeado

foi meu amor
que me disse assim
que a flor do campo
é o alecrim

Eis porque a palavra não apenas designa um objeto como uma entidade pronta, mas também expressa por sua entonação minha atitude valorativa em relação ao objeto, em relação aquilo que é desejável ou indesejável. Nele, e desse modo, movimenta-o em direção do que ainda está por ser determinado nele. Transforma-o num momento constituinte do evento vivo, em processo.

M magnético
A artaudianio
T transplantado
E erótico
I instalação

P pudico
O ordenado
O organismo
R renegado

A atado
M mí­dia
O oco
R real

que a luz se faça

cor
na foto
desenho
pintura
nos olhos
da vida
nos quadros
de moldura
há infinito

{carbono 14}

{
o coração acordou instável e orfão
foi levado í s pressas para a UTI
pois queria morrer
apoplexia da alma
inocência demais.

Curitiba
na noite fria
luz da cozinha apagada
ele ocupado de dois
}
exit 1);

em terra de cego quem é vesgo vê cada coisa…

MATÉRIA PRIMA

A faca que corta a natureza em fatias chama-se especialização, e o seu dever é cortar as múltiplas ligações que ligam a natureza, e transformar essas ligações cortadas e amputadas em “objetos”

o pré é con
o cei não é to
o ca não é ga
o re não é gra
o fi não é nado
o tes não é to
o x não es

queria não ter que escrever
cansado de conter o ser
ferir, fluir vermelho como a tinta.
Meu rosto de vergonha

nunca ouvi ou vi
ser o melhor ser

Je malufe, tu malufes, il/elle malufe…

Pour avoir trop “malufé”, les Maluf sont en prison
LE MONDE | 12.09.05 | 13h31 “¢ Mis í  jour le 12.09.05 | 13h31
SAO PAULO (Brésil) correspondance

caricatura-maluf
Não me deixem só!

Paulo Maluf est en prison, et ça ne fait pas les gros titres de la presse brésilienne. Pourtant, jusqu’au début des récents scandales qui touchent le Parti des travailleurs (PT, gauche) au pouvoir, l’ancien maire et gouverneur de Sao Paulo personnifiait la corruption au Brésil. Des soupçons nés en 1970 lorsque M. Maluf, alors maire nommé par la dictature militaire (1964-1985), avait offert des voitures Coccinelle Volkswagen í  chacun des joueurs vainqueurs de la Coupe du monde de football ; sans doute avec des deniers publics. “Malufer” signifiait depuis voler dans les caisses de l’Etat.

Paulo Maluf s’est rendu í  la police fédérale quelques heures avant son fils Flavio. Tous deux sont enfermés pour tentative d’intimidation de témoins. De plus, un dossier de 8 kilos les accable : corruption passive, évasion de devises, blanchiment d’argent, association de malfaiteurs.

Mapa Astral de Paulo Maluf
Mapa Astral do Brimo Salim

Cette enquête, fruit de trois années d’investigations de la police fédérale, a été remise í  la justice. Sa conclusion : M. Maluf, aidé de son fils, et son successeur, Celso Pitta, ont, entre 1993 et 2000, pillé les coffres de la capitale économique brésilienne. “Une fraude immense et sans précédent dans toute l’histoire de vol dôargent public”, a écrit le commissaire Queiroz, chargé des investigations.

Sur des dizaines de comptes í  l’étranger, aux noms de Paulo Maluf, de sa femme, de ses fils, filles et gendres, plus de 500 millions de dollars auraient circulé. Les alertes données par des banques des í®les Anglo-Normandes, suisses puis américaines ont aidé les autorités í  trouver les preuves qui manquaient.

Cabelos do Maluf
O cabelo não é do Salim, mas sim de mulher passando atrás dele.

La technique utilisée consistait í  surévaluer des contrats de travaux publics, puis í  envoyer les sommes détournées í  l’étranger via un doleiro, un vendeur de dollars, qui a cédé ses livres de comptes détaillés. Ancien candidat í  la présidence de la République, M. Maluf doit une partie de sa réputation í  ses grands travaux de voirie dans Sao Paulo.

Espetinho do maluf
Fazendo uma boquinha entre um viaduto e outro

A 74 ans, il a cependant toutes les chances de bénéficier ultérieurement d’une détention í  domicile. Déjí , les avocats du pí¨re et du fils, í  qui des amis de la communauté libanaise ont fait passer dans leur cellule commune des kibes (boulettes de viande hachée), devraient demander trí¨s rapidement un habeas corpus qui permettrait leur remise en liberté provisoire.

Annie Gasnier
Article paru dans l’édition du 13.09.05

Maluf Demagogo
O Grande Demagogo

Le reproduction

1er décembre 1959 Traité de l’Antarctique, portant sur l’interdiction d’activités militaires. États-Unis, France, Grande-Bretagne, Japon, Union sud-africaine, URSS (1960); Argentine, Australie, Chili (1961); Chine, Inde (1983).
5 aoí»t 1963 Traité portant sur l’interdiction des essais nucléaires sous-marins et atmosphí¨riques. Australie, Chine, États-Unis, France, Grande-Bretagne, Inde, URSS (1963); Chili (1965); Argentine (1986).
27 janvier 1967 Traité réglementant la découverte et l’utilisation de l’espace. Australie, États-Unis, Grande-Bretagne, URSS (1967); Argentine (1969); France (1970); Inde (1982); Chine (1983); Chili (1991).
1 février 1967 Traité de Tlatelolco interdisant les armes nucléaires en Amérique latine. États-Unis, Grande-Bretagne (1971); Chili, Chine, France (1974); URSS (1979); Argentine (1994). Australie, Inde (pas de ratification).
11 février 1968 Traité sur la non-prolifération des armes nucléaires. Grande-Bretagne (1968); Irak (1969); États-Unis, Iran, URSS (1970); Australie (1973); Chine, France (1992). Argentine, Chili, Inde (pas de ratification).
10 avril 1972 Traité sur l’expérimentation, l’utilisation et la destruction des armes bactériologiques. Iran (1973); Inde (1974); États-Unis, Grande-Bretagne, URSS (1975); Australie (1977); Argentine (1979); Chili (1980); Chine, France (1984); Irak (1991).
26 mai 1972 Traité ABM sur la limitation des systí¨mes missiles antibalistiques. États-Unis, URSS (1976).
3 juillet 1974 Traité TTBT sur la limitation des essais nucléaires souterrains d’une puissance supérieure í  150 KiloTonnes. États-Unis, ex-URSS (1990).
6 aoí»t 1985 Traité de Rarotonga sur la région dénucléarisée du Pacifique sud. Australie, Nouvelle-Zélande (1986); URSS (1988); Chine (1989); France (1996). Argentine, Chili, États-Unis, Grande-Bretagne, Inde (pas de ratification).
8 décembre 1987 Traité sur l’élimination des missiles balistiques et de croisií¨re de moyenne et de courte portée (500 í  5.500 Kilomí¨tres). États-Unis, URSS (1987).
19 novembre 1990 Traité FCE sur les forces conventionnelles en Europe. 22 pays de l’OTAN et de l’ex-Pacte de Varsovie (depuis 1990, 8 autres pays ont adhéré). Date d’entréé en vigueur prévue le 9 novembre 1992.
31 juillet 1991 Traité STARTI sur la réduction et la limitation des armes stratégiques offensives (missiles balistiques et intercontinentaux). États-Unis, ex-URSS (1994).
3 janvier 1993 Traité STARTII sur la poursuite de la réduction et de la limitation des armes stratégiques offensives (ramí¨ne le nombre total d’ogives í  un nombre entre 3.000 et 3.500). États-Unis (1996); ex-URSS (1997).
13 janvier 1993 Convention sur la guerre chimique (interdiction de la fabrication, du stockage et de l’utilisation d’armes chimiques). 150 États signataires. Entrée en vigueur: 180 jours aprí¨s la 65e ratification.
24 septembre 1996 Traité TICE d’interdiction totale des essais nucléaires. 150 États signataires. La France et le Royaume-Uni ont été les premiers États í  ratifier le traité le 6 avril 1998.

Sempé + Goscinny= Le Petit Nicolas

Intraduzí­veis e universais: Nicolas, Sempé
(Mário Sérgio Conti – 06.02.2005)

Um dos maiores sucessos editoriais do ano passado foi o livro “Histórias inéditas do Petit Nicolas”. (Não traduzi o nome do personagem porque ficaria por demais esquisito: Nicolauzinho? Nicolinha?) No dia seguinte í  chegada í s livrarias, a edição de 55 mil exemplares já havia esgotado. A nova edição, de 100 mil, foi embora em uma semana. E assim tem sido desde então.
O fenômeno é tão mais difí­cil de explicar porque, apesar do tí­tulo, as histórias de Pequeno Nicolas não eram bem inéditas. A filha de um dos autores, René Goscinny, achou numa caixa de papelão um monte de velhos jornais do interior com oitenta histórias do personagem que não haviam sido recolhidas em livro. Ela convenceu o ilustrador Jean-Jacques Sempé a juntá-las num volume.
O personagem foi inventado por Goscinny e Sempé nos anos 50. A dupla publicou suas aventuras durante seis anos e o abandonou definitivamente. As carreiras do escritor e do desenhista tomaram dimensões formidáveis. Goscinny criou a dupla Asterix e Obelix. Sempé tornou-se o ilustrador de maior projeção, depois de Saul Steinberg, da revista “The New Yorker”.
Os livros com o Petit Nicolas continuaram a ser reeditados e jamais saí­ram das livrarias. E, o que é mais surpreendente, foram traduzidos e lançados em mais de trinta paí­ses, onde também fizeram sucesso. Surpreendente porque não pode haver nada mais francês que o mundo de Petit Nicolas.

Sempé 4

(cont.) O menino tem uns sete anos, vive numa cidadezinha tranqüila do interior e a maioria de suas aventuras se passa na escola. É uma escola dos anos 50, só para meninos, onde a professora que ensina todas as matérias e o diretor enfrentam os garotos endemoniados. O pai de Nicolas sai cedo para um emprego indefinido, volta para casa no começo da noite, senta na poltrona para ler o jornal até que o jantar fique pronto. Sua mãe fica em casa cozinhando ou recebendo as amigas para o chá.

As histórias, sempre narradas por Nicolas, são curtas e engraçadas. Elas colocam em cena seus colegas: Agnan, o primeiro da classe e queridinho da professora; Alceste, que come o tempo todo e sempre tem comida no bolso; Clotaire, que chora o tempo inteiro porque não entende nada; Geoffroy, cujo pai é rico e lhe compra um monte de coisas. É um universo fechado, um universo infantil que se basta em si mesmo. Ele não é feito só de alegrias. Há o pânico com o boletim ruim no fim do mês, as brigas no recreio, as injustiças dos adultos.

Sempé 5

Já nos anos 50, ficavam do lado de fora os problemas com o trabalho e o dinheiro, os pais separados. E, agora, ficam de fora televisão (a única que existe fica na casa de Geoffroy, o riquinho,) não há videogames, preocupação com tênis e roupas, drogas etc.
Fácil supor que as “Histórias inéditas do Petit Nicolas” foram compradas por cinquentões, saudosos não só das aventuras do personagem como de suas infâncias. Ainda mais que a saí­da do livro se confundiu com o maior sucesso do cinema francês em 2004, “Os coristas”, que concorre ao Oscar de melhor filme estrangeiro. O filme também se passa numa escola, só que nos anos 40, numa França mais simples e, aparentemente, melhor que a de hoje.

Não por coincidência, o governo aproveitou a maré nostálgica para lançar mais um plano de reforma educacional. Dessa vez, ela privilegia a “disciplina” em detrimento da “criatividade”. Igualzinho como era a escola nos anos 50. Tudo ia muito bem até que vieram os especialistas, publicando artigos e dando entrevistas nos jornais. Eles comprovaram que a escola dos anos 50 não só era mais autoritária que a de hoje: ela era pior, em termos de ensino. A discussão educacional voltou então í  questão real: sem verbas (para formar professores; para equipar as escolas; para fazer com que os alunos fiquem mais tempo no colégio), a educação vai piorar.

Sempé 6

Lina não vai dormir sem ouvir uma história. Se deixar ela escolher, serão sempre as mesmas. É preciso aparecer com outras, tão ou mais atraentes. Haja livros, pois. Mas como há uma biblioteca infantil no bairro, no próprio prédio da escola dela, não há problema. O problema é que eu, assim como Drummond, tenho dificuldade em aceitar a idéia de literatura infantil. Sempre leio as histórias como um crí­tico.

à exceção das do Pequeno Nicolas. Elas são engraçadas, rápidas, cheias de supresas. O segredo é a narrativa em primeira pessoa. Ela faz com que os contos fiquem parecidos com as Conpozissõis Infãtis de Millôr Fernandes. Há, em suma, algo de muito especial nas aventuras de Nicolas: elas são tipicamente francesas, mas agradam dois brasileiros, uma menininha e um adulto.
***
O que elas têm, sobretudo, são os desenhos de Jean-Jacques Sempé. Para o meu gosto, é o maior artista francês vivo. O chato é que não dá para explicá-lo. É preciso ver os seus cartuns, ler as suas histórias. É uma pena que não o tenham traduzido no Brasil. Pensando bem, é explicável que não o tenham traduzido. Ele é francês demais, cartesiano demais, clássico demais. Ele é genial mesmo: em cartuns, álbuns e verdadeiros romances ilustrados (“A ascensão social do senhor Lambert”, “Raoul Taburin”), capta a realidade e imediatamente a transforma em nostalgia.

Fonte: No Mí­nimo – msconti@nominimo.ibest.com.br

Sempé 2

Gigio Venturelli

Olí­mpia
ígua
Da Grécia
Que em sonho
Sem clórum
Me banho-amém/
Vivo dos que já foram/
Espero pelos q já

Vêm

———————————————–)
(——————————-

Eu budista
A admirá-la
Nessa água de véspera
A banhar-se
Nua/
Sem ágora nem agora
sem ser antes ou depois
Sendo justo-minuto
de intacto silêncio
Puro/
E ela?
Ela mandrágora de mim.

______________________________) ) ______________

Mentempsicose / Blavatsky e Kardec

Todos sabemos da qualidade antoropofágica da cidade de Curitba, onde o dito “Santo de Casa…” é levado ao pé da letra. Tentando driblar este estigma, a Orquestra à Base de Sopro vai realizar neste final de semana três concertos: Um na Faculdade Espí­rita e dois na Ordem Rosa Cruz, apelando í s forças exotéricas para que auxiliem na jornada de trabalho, que já dura sete anos.

A Orquestra convidou a flautista e compositora Léa Freire para favorecer a aura do evento, que contará no programa com 12 composições dela e uma de Gabriel Schwartz (em homenagem a convidada).

Dia 16 de setembro, í s 19h30 na Faculdade Espí­rita de Curitiba. Rua Tobias de Macedo Junior 333 – Santo Inácio – entrada franca

Certos do entendimento do apelo universal, sem preconceitos, contamos com a presença de todos, vivos ou não, prestigiando um belo concerto, com muita paz e trocas de energia (boa!).

Amém,

Sérgio Albach

Similaridades (cont.)

“A Arte deve ser concebida como imitação da natureza” (Aristóteles)

Petronas

Notem a curiosí­ssima semelhança entre a segunda foto de K. Blossfeldt (abaixo) e as Petronas Towers, de Kuala Lumpur (Malásia), do arquiteto malaio Ken Yeang.

Organismo Vegetal

Blossfeldt

Karl Blossfeldt

Known for: Stark, rigorously composed, and highly detailed close-ups of botanical specimens.

Did you know … ?
“¢ His photographs were intended as guides for industrial designers and art students to demonstrate the structure and the beauty inherent in plant forms.
“¢ Blossfeldt originially printed his photographs in a silver gelatin format, which was unsuccessful. Blossfeldt then turned his botanical studies into a book of photogravures,
“Urformen der Kunst” (“Forms of Nature”).
“¢ As a young man, he apprenticed in a metal foundry.

Quote:
“My botanical documents should contribute to restoring the link with nature. They should reawaken a sense of nature, point to its teeming richness of form, and prompt the viewer to observe for himself the surrounding plant world.”

How many photographs exist?
The first printing of the book “Urformen der Kunst” was 150 in 1928-1929.

How are the photographs printed and signed?
Blossfeldt’s photogravures were not individually signed, though some signed copies of the book do exist.

Vintage:
The first edition photogravures are all vintage.

Technical Information:
The photogravure process was popular in the late 1800s and early 1900s. A descendent from the printmaking process of etching, photogravures utilize a copper plate. The result provides an almost velvety appearance to the image.

Fonte: http://www.agallery.com/Pages/photographers/blossfeldt.html

Em Curitiba

– Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí­, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser – se viu -; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão; determinaram – era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O senhor ri certas risadas… Olhe: quando é tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente – depois, então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucuia. Toleima. Para os de Corinto e do Curvelo, então, o aqui não é dito sertão? Ah, que tem maior! Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniães… O sertão está em toda a parte.