O Solda já dizia:
– O que falta nesse blog é mulher pelada!
Em sua homenagem.
Guaratuba / PR – 2000
a pé no sentido sudeste-noroeste
A estátua do homem nu, em Curitiba, olhando para noroeste; ainda sem a sua companheira, em foto de Wilson Brustolin, na década de 60.
O CAMINHO DO PEABIRU
A palavra Peabiru é tupi-guarani e para ela há uma variedade de definições: “Caminho forrado”; “Caminho antigo de ida e volta”; “Caminho pisado”; “Caminho sem ervas”; “Caminho que leva ao céu”, entre outras.
A intensa ocupação humana destruiu o Peabiru, hoje restam pouquíssimos vestígios. Os mais importantes deles, até o momento, localizam-se em Pitanga / PR.
Provavelmente milenar, o Caminho foi descrito desde o século 16 como possuindo cerca de oito palmos de largura, uma profundidade de 40 cm. e forrado por gramíneas que impediam o crescimento do mato.
Ainda não é possível saber a rota exata do Caminho, mas, é possível traçar um roteiro aproximado.
O tronco paulista, que começava em São Vicente e Cananéia, seguia a direção do rio Tietê – município de Itu – rio Paranapanema – rio Itararé – nascente do rio Ribeira do Iguape.
Entrando no PR, percorria Doutor Ulisses – Cerro Azul – Castro – Tibagi – Reserva – Cândido de Abreu – Pitanga – Palmital – Guaraniaçu – Corbélia – Nova Aurora – Tupãssi – Assis Chateubriand – Palotina – Guaíra.
O tronco principal catarinense, iniciava-se provavelmente no Massiambu (Palhoça), seguindo por Florianópolis – litoral norte – rio Itapocu – Guaramirim – São Bento – Mafra. Entrava no PR por Rio Negro – Campo do Tenente – Lapa – Porto Amazonas – Palmeira – Castro, trecho usado depois pelos tropeiros.
O Peabiru deixava o estado do PR por Guaíra. Havia outra passagem por Foz do Iguaçu – usada por Alvarez Nunes Cabeza de Vaca em 1542.
O Peabiru então, seguia ao norte até a serra de Santa Luzia, perto de Corumbá / MS. Em Puerto Suarez penetrava na Bolívia. Passava por Cochabamba – Sucre – Potosí. Nesses locais existiam caminhos incas com várias opções para alcançar o Pacífico, as mais próximas eram Tacna, Montegua e Arequipa.
Os estudiosos ainda não sabem quem abriu o Caminho do Peabiru. Há três hipóteses principais:
1 – Caminho da Terra Sem Mal – A primeira hipótese supõe que o Peabiru tenha sido aberto pelos guaranis ou por povos anteriores – talvez os itararés.
Originária do Paraguai, a tribo teria se deslocado para o litoral sul do Brasil entre os anos 1000 e 1300. O Peabiru teria sido aberto nessa migração, cujo objetivo era a procura de um paraíso, a Terra Sem Mal.
2 – Caminho dos Incas – Supõe a construção da trilha como uma iniciativa inca ou pré inca. Neste caso, o Peabiru seria uma via aberta para a prospecção de territórios do Atlântico, visando o comércio com as tribos selváticas do Paraguai, MS, PR, SP e SC.
Primeiro uma estrada de comércio. Depois quem sabe, uma estrada de penetração definitiva das poderosas civilizações andinas no Atlântico sul.
Como via de mão dupla, o Peabiru permitiu a chegada dos guaranis aos Andes. Mesmo sem relações duradouras, as idas e vindas de guaranis e incas pelo Caminho deixaram vestígios de uma certa influência cultural na astronomia (leitura e uso de manchas da Via Lactea), estatística (semelhança do ainhé, cordão de cipó guarani com o quipu dos incas), música (flauta de pã), armamento (semelhança da macaná, borduna guarani com a maqana incaica), denominação de fauna e flora : sara (espiga, em guarani; milho em quêchua), cui (animal roedor, nos dois idiomas), jaguar (felino, nos dois idiomas), mandioca e ioca / iuca, suri (ema, nos dois idiomas).
3 – Caminho de São Tomé – Segundo essa versão, o Peabiru teria sido aberto por São Tomé, apóstolo de Cristo. Segundo Sérgio Buarque de Holanda, a devoção suscitada pela descoberta deste Caminho de Tomé na América no século 16 foi tal, que quase desbancou o de Santiago de Compostela. “Pouco faltaria em verdade que não apenas na India, mas em todo o mundo colonial português, essa devoção tomasse um pouco o lugar que na metrópole e na Espanha em geral… “tivera o culto bélico de outro companheiro e discípulo de Jesus, cujo corpo se julgava sepultado em Compostela”.
A passagem de Tomé pelo Novo Mundo foi mencionada por índios, padres, autoridades e colonos europeus no século 16. A versão corrente é que um homem branco, barbudo, teria chegado ao litoral brasileiro “andando sobre as águas”. Foi chamado de Sumé.
Em sua peregrinação, teria ido ao Paraguai, abrindo o Caminho. Ali foi visto e chamado de Pay Sumé. Saindo do Paraguai, a misteriosa figura teria continuado até os Andes. Os pré incas o chamaram de Kuniraya. Mais tarde, o personagem recebeu dos incas o nome de Viracocha. Após um período no Peru, ele teria ido embora, também “andando sobre as águas”.
O Caminho do Peabiru tem toda uma parte ligada a cultura indígena. Um aspecto interessante é que ele também pode ser relacionado com a astronomia indígena.
Oservando o mapa do Peabiru percebemos que ele inclui, na verdade, diversos caminhos. Vamos nos ater a um só, que foi percorrido pelo pioneiro Aleixo Garcia. Este se inicia em Florianópolis, no oceano Atlântico e vai até Potosi na Bolívia, pegando depois as estradas dos Incas e indo terminar no oceano Pacífico. Ou seja, é um caminho transcontinental pré-colombiano.
O Caminho do Aleixo – talvez o mais importante de todos – não é na direção norte-sul e nem leste-oeste, mas sim “inclinado”. Ele vai aproximadamente de sudeste para noroeste.
Ao notar essa inclinação a primeira pergunta que se coloca é a seguinte: por que os primeiros índios escolheram essa direção ao abrir a trilha? E como eles se orientaram para percorrer esse caminho?
Ã?Ë? espantoso constatar que os Guarani de Florianópolis falaram para o Aleixo Garcia que conheciam Potosí nos Andes. Que sabiam com o ir e como voltar. Isso tudo a pé, em 1524, mais de 2000 kilômetros em linha reta – naturalmente seguiam os acidentes naturais, rios e tudo o mais – mas a direção inicial-final era sudeste-noroeste.
Ao olhar para o céu, em condições propícias, vemos a Via Lactea, que é chamada pelos Guarani de Caminho da Anta (Tapirapé), ou Morada dos Deuses.
Ã?Ë? natural supor que o caminho da Terra Sem Mal, para eles era aquele caminho que estáva lá em cima, no Céu. Que é o Caminho dos Deuses, dos espíritos, é a própria Via Lactea.
Não são só os nossos índios que viam assim. Pesquisando na História notamos que egípcios, os gregos, os indianos, todos viam a Via Lactea como um caminho. Os antigos nos falavam que havia um tesouro no fim e outro no começo do arco-íris. E a gente vivia sonhando em em encontrar o começo e o fim dele. Fazendo uma comparação, os índios brasileiros e também os peruanos, queriam saber onde começava ou terminava o arco-íris celeste, ou seja, a Via Lactea.
Seguindo a Via Lactea, por terra, viam que o fim do Caminho ia dar no mar, no oceano Atlântico. E a Terra Sem Mal ficava “ali”, ou “lá”, em algum lugar. Por isso é que os índios foram í direção do mar. Por isso é que na maioria dos mitos indígenas, o profeta, o Sumé, vem do mar. Porque ele vem daquela ponta da Via Lactea í qual o índio não tem acesso.
Muito bem, pensa o índio, mas e do lado contrário do caminho da Anta, o que existe? O índio não sabe. Então ele vai procurando na terra, seguindo a Via Lactea. E acaba chegando no outro lado, que também não tem fim, chega num outro mar, o oceano Pacífico.
Então a idéia básica é essa. O Caminho que nosso índio percorreu é aquele da Via Lactea, quando está mais alta no céu. E que é também, aproximadamente o caminho que liga as posições do nascer-do-sol no verão com o pôr-do-sol no inverno. Ou, SUDESTE-NOROESTE.
Trecho da palestra do astrônomo Germano Bruno Afonso, no 1 Encontro Nacional dos Estudiosos do Caminho do Peabiru, em Pitanga / PR, em novembro de 2003.
Fonte: Cadernos da Ilha, edição número 2. Curso de Jornalismo da UFSC.
cadernosdailha@yahoo.com.br
Falando Sério
Toda nudez será castigada…
[hackeando fotografia original de Gilson Camargo]
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Parados Allegros
Praça 19 de dezembro. Curitiba / PR – 1993
Imediações de Curitiba
Arquitetura antiga nos arredores da Igreja do Juruqui, Almirante Tamandaré-PR.
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Interior de residência em Campo Magro, na divisa com Almirante Tamandaré.
Antiga escola municipal transformada em residência, habitada pelo Sr. Roque e suas cinco filhas.
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Fundos de edificação em Campo Magro, região metropolitana de Curitiba.
Antiga escola municipal transformada em residência particular, habitada pelo Sr. Roque e suas cinco filhas.
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Igreja do Juruqui. Almirante Tamandaré.
Dia de Finados de 2005.
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Por falta de tempo, vou editar o post, mais tarde, contando as andanças por lá – e algumas histórias por trás das fotos. Alguns quilômetros mais adiante dos locais das fotos há o Observatório Astronômico do Colégio Estadual do Paraná, mas não encontramos. Alguém sabe onde fica?
PEDAL!
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Sexta- feira, dia 4 as 17h no pátio da Reitoria.
bicicletada
Passeio de bicicleta organizado por Jorge Brand.
Saída: Sexta- feira, dia 4 as 17h no pátio da Reitoria.
tragam suas bicicletas, máscaras, apitos e o q mais quiserem (cores vermelhas na predominância) para um confronto entre as máquinas automotivas, poluidoras e destruidoras da harmonia social, e a ôbicicleta anarquistaô – nos encontraremos í s 17:00hs do dia 4 de novembro, sexta feira, no pátio da reitoria para tomar as ruas, questionar o sistema, provocar o caos e depois dispersar!
CLÃ?ÂSSICOS NA ESCOLA PÃ?Å¡BLICA
Patrícia Reis Braga
Peça adaptada por Sálvio Nienkí¶tter da obra tradutória de Odorico Mendes e inteiramente interpretada (vários personagens) por Patricia Reis Braga que trabalha com a obra odoricana há muitos anos. Sua primeira apresentação de Homero via Odorico se deu no Beto Batata sob a direção de Octávio Camargo em 2001.
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Jovens do Colégio Estadual Pedro Macedo
Peça juvenil escrita e dirigida por Sálvio Nienkí¶tter. Espetáculo que teve sua estréia em 2004 na Escola Estadual João Turin, onde foram feitas onze apresentações, e no SESC CENTRO onde o grupo formado naquele colégio fez sua última apresentação. Conta a história da Guerra de Tróia desde os fatos que a geraram até seu desfecho: trágico aos troianos. A peça conta com sete arautos (narradores) e vinte atores que essencialmente fazem pantomimas e evoluções estilizadas.
Estas duas peças foram montadas e exibidas dentro do evento cultural promovido pelo Colégio Estadual Pedro Macedo, no Portão, chamado “II Mostra de Vivência Cultural”, evento coordenado por Giselle Nienkí¶tter. O Cartaz do evento que já foi publicado neste blog é criação do Solda.
fotos: João Debs
Casa Rocha Pombo, Morretes, 30/10/2005
Casa Rocha Pombo, em Morretes, está em estado de ruínas. 30/10/2005.
Texto e Fotos: Mathieu Bertrand Struck.
CC 2.0 BY-NC-ND
No processo de colonização do litoral paranaense, destaca-se a cidade de Morretes, cuja fundação remonta a aproximadamente 1720. Muito embora a pequena cidade, localizada no sopé da Serra do Marumby, já tenha tido sua arquitetura original bastante degenerada, remanescem algumas construções dignas de nota.
Uma dessas construções é a Casa Rocha Pombo, que homenageia um dos mais importantes historiadores brasileiros, nascido naquela cidade. Um rápido histórico a seu respeito pode ser lido aqui.
Na Casa costumava funcionar a secretaria de cultura da cidade, mas desde um incêndio, ocorrido há alguns anos, não se usou mais o imóvel.
Em sua parte externa, a casa já não se encontra em boas condições. Os jardins estão abandonados e a maquete (1:5000) da Serra do Marumby encontra-se em estado deplorável, toda lavada pela chuva e sem qualquer identificação dos picos retratados.
Encontramos as portas da casa escancaradas e o interior completamente escuro. Não havia ninguém. Experimentamos alguns interruptores, alguns funcionavam, outros não. Na maioria dos cômodos e salões, não havia nenhum sinal de mobília, quadros ou adereços. A madeira do forro e do telhado, em muitos pontos, está em estado de podridão generalizada, com plantas trepadeiras avançando sobre as paredes.
Na sala principal, uma montanha considerável de livros (certamente da antiga biblioteca da Casa) estava amontoada em um dos cantos. O estado era igualmente deplorável, diversas pilhas de livros estavam sendo devoradas por fungos e cupins. E embora tivesse muita tranqueira, havia algumas coisas muito boas (p. ex. uma bela Enciclopédia Brasileira de 1870 +ou- e um Tratado de Paleontologia Brasileira da década de 20, além da rara coleção sobre a História da Cia. de Jesus no Brasil, em uma dezena de volumes – tudo já mofado e úmido). Se as chuvas continuarem, certamente esses livros – a julgar pelo seu estado atual – não estarão inteiros na virada do ano.
Outro dado a ser investigado é que vimos uma loja de ferragens e velharias (não muito longe dali – aliás, nada longe dali) vendendo livros estranhamente similares aos que estavam amontoados na Casa (pode ser coincidência, evidentemente). Isso pode revelar um ou mais possíveis saques locais í biblioteca pelos locais. O fato é que dois estranhos na cidade (nós) encontraram as portas da casa abertas (indicando claramente abandono) e nela ficaram sozinhos por 45 minutos, aproximadamente. Poderíamos ter levado os livros que quiséssemos. Se a Casa fica permanentemente escancarada, ajuda muito.
Em frente, uma feira local vendia artesanato aos turistas (mais de 50% dos itens vêm da Bahia e de outros estados do Nordeste e praticamente não há artesanato local – outro dado digno de nota). Ninguém viu nada? Difícil.
Residentes e comerciantes próximos sustentam que, desde o incêndio parcial da Casa, não houve qualquer moção por parte das autoridades municipais no sentido de promover uma reforma ou – no mínimo – estancar o processo de devastação, pilhagem e degradação. Mais de um deles alegou ser fato notório a liberação de vastos recursos pela Petrobrás í Prefeitura de Morretes (como compensação financeira por um vazamento de óleo ocorrido recentemente na região litorânea) e o seu “mágico” desaparecimento, na burocracia morretense. Ninguém sabe, ninguém viu. A grana, ao que tudo indica, foi liberada. (Os moradores informaram que a administração atual é do PMDB – a informação não foi verificada).
As fotos abaixo (espero que não sejam muitas) demonstram a necessidade de providências urgentes. Trata-se de patrimônio cultural do estado, tombado em 1973 e que está, rapidamente, se transformando em mais uma ruína. O populacho local não parece muito interessad0 no problema e – pior – parece até ter encontrado formas de se beneficiar dele. Embora não tenhamos sido incomodados durante nossa permanência no local, vimos mais de uma vez vendedores da feira local pegarem os raros itens de mobiliário (cadeiras, banquinhos, mesinha) para se acomodarem em suas barraquinhas. Se colocam de volta depois do uso (ou levam para suas casas para assistir o Faustão), não sei.
Do ponto de vista arquitetônico, a Casa Rocha Pombo é até simples e nem muito antiga (segunda metade do Séc. XIX e já passou por diversas intervenções posteriores). Mas a arquitetura das cidades litorâneas do Estado já foi por demais descaracterizada e acredito ser esta uma decorrência direta da inépcia, incapacidade de organização e permissividade dos residentes locais para com a destruição de seu ambiente urbano. Obs. o predinho com sacadas ao lado da Igreja de Antonina é um exemplo claríssimo (vou procurar a foto e postar em seguida).
Momento Paraná em Páginas í parte, parece-me um alerta digno a ser dado, no sentido de preservar o pouco que ainda resta do passado do litoral paranaense.
Frontispício da Casa Rocha Pombo, em Morretes-PR, Outubro de 2005.
Porta de entrada. à direita, um pé de comigo-ninguém-pode alerta o visitante mal-intencionado.
Bicicletas de feirantes estacionadas na Casa.
Mais bicicletas, porta lateral e um pé de espada-de-são-jorge(í dir.), outra planta de forte conteúdo simbólico. O que pretendiam os antigos ocupantes da Casa afastar?
Parte incendiada do teto da Casa.
Rocha-Pombo-Hera
Antigos lustres da Casa, amontoados em uma de suas salas.
Conjunção astral nos vidros da Casa Rocha Pombo, 2005.
Montoeira de livros rumo í destruição.
Maquete da Serra do Marumby.
Num grupo de turistas franceses que estava passeando ao mesmo tempo pelos jardins abandonados da Casa, ouvi a seguinte pergunta: “Isso é um mapa do Brasil? Onde está o Oceano Pacífico?”
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Outro Olhar:
Legenda: “Casa Rocha Pombo. Homenagem de Morretes ao seu grande filho, famoso historiador e político”.
Foto de Carlos Renato Fernandes, in O Paraná, Edipan, 1991
O MEDO DO GOLEIRO DIANTE DO PÃ?Å NALTI
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P O L A V R A N A F E D E R A L
E M P H O T O N O V E L L A
fotos: João Debs
POLAVRA na FEDERAL
fotos: João Debs
Agora andantes e allegros em Campinas
Foto: João Debs
(cont.) Alegoria digna de nota…
“Esse programa de computador faz parte do projeto
Harpia, que vai integrar e sistematizar as bases de dados da Receita….”
Do Aurélio:
harpia (pí) [Do grego hárpya, pelo latim harpya] S. f. 1. Monstro fabuloso, com rosto de mulher e corpo de abutre: “Aquele, que gigante inda no berço/ Se mostrava í s nações, no berço mesmo/ E já cadáver de cruéis harpias/ De malfazejas fúrias”. (José Bonifácio, Poesias, p. 160) 2. Pessoa ávida, que vive de extorsões. 3 Bras. Ave falconiforme, da família dos acipitrídeos, do México, América Central e região cisandina até o Norte da Argentina, um dos maiores gaviões brasileiros.
Vida Privada – Escritos Públicos
Cartaz de propaganda aliada da WWI alertando sobre o perigo do lado-de-lá do Reno.
“Dinossauro” da Receita vai caçar sonegador
Folha de S. Paulo, 16/10/2005
Por FíTIMA FERNANDES, CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O T-Rex, um supercomputador montado nos Estados Unidos que leva o nome do devastador Tiranossauro Rex, e o software Harpia, desenvolvido por engenheiros do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e da Unicamp e batizado com o nome da ave de rapina mais poderosa do país, são as mais novas armas da Receita Federal do Brasil para combater a sonegação fiscal e elevar a arrecadação. E os primeiros alvos já estão definidos: empresas brasileiras que importam e exportam.
A partir de janeiro de 2006, a Receita coloca em operação um equipamento capaz de cruzar informações -com rapidez e precisão- de um número de contribuintes equivalente ao do Brasil, dos EUA e da Alemanha juntos.
O projeto de aquisição e instalação do T-Rex, fabricado pela IBM e que pesa aproximadamente uma tonelada, levou seis meses. Está instalado no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), em São Paulo, desde o último dia 12 de setembro.
O novo software, em desenvolvimento desde fevereiro deste ano por pesquisadores dos dois centros paulistas de tecnologia, vai permitir que, a partir de uma técnica de inteligência artificial (combinação e análise de informações de contribuintes), sejam identificadas as operações de baixo e alto riscos para o fisco -isto é, se há ou não indícios de fraude.
Esse programa de computador faz parte do projeto Harpia, que vai integrar e sistematizar as bases de dados da Receita, além de receber informações de outras fontes, como secretarias estaduais da Fazenda, e de investigações já realizadas, como a CPI do Banestado.
Informação em segundos
“Com esse computador e software, a Receita terá uma análise do contribuinte em segundos. Processos de empresas que levam até um ano para ser analisados poderão ser concluídos em uma semana”, afirma Paulo Ricardo de Souza Cardoso, secretário-adjunto da Receita, responsável pela área de fiscalização, tecnologia e administração tributária.
Na primeira fase, o supercomputador e o novo software cuidarão da área aduaneira. O setor de comércio externo foi escolhido por causa do aumento dos negócios entre o Brasil e o exterior, do peso das exportações e das importações na economia e do grande número de fraudes envolvendo o comércio internacional.
“O Brasil utiliza automação desde 1996 nas exportações e desde 1997 nas importações para inspecionar as operações. Mas a Receita entende ser imprescindível agregar mecanismos de análise de riscos a esse modelo. Pode-se dizer que, em oito anos, a rotina automática de seleção não sofria alteração substancial, permanecendo baseada na natureza da operação registrada -e não no nível de risco identificado. Agora, vamos nos antecipar a qualquer tipo de fraude que venha a ocorrer.”
Carlos Henrique Costa Ribeiro, chefe do Departamento de Teoria da Computação do ITA, que coordena uma equipe de 20 técnicos que trabalham na elaboração do software, diz que a novidade do sistema é a capacidade que ele terá de aprender com o “comportamento” dos contribuintes para detectar irregularidades.
“A partir de informações de várias fontes, o sistema vai analisar os relacionamentos das empresas, tanto com pessoas físicas (como um advogado) como com jurídicas. Terá condição de identificar se o contribuinte negocia com “laranjas” ou empresas “fantasmas'”, afirma o pesquisador do ITA.
O novo banco de dados da Receita vai armazenar informações sobre as empresas e seus negócios, como tributos recolhidos por ela e seus sócios, exportações e importações realizadas, ocorrências de falhas nas operações de compra e venda no mercado externo e até se há envolvimento com atividades ilícitas, como contrabando de armas e narcotráfico. Esses dados vão compor um histórico de cada contribuinte.
Cardoso informa que todo o arsenal tecnológico será utilizado para combater diversos crimes -lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de armas e uso de “fantasmas” para importar ou exportar.
“É preciso ter um controle estrito sobre os fluxos cambiais. As infrações, como lavagem de dinheiro, acabam funcionando como uma espécie de incentivo a atividades criminosas, devendo ser rigorosamente combatidas.”
A Receita quer evitar, segundo Cardoso, que as empresas tragam dinheiro “sujo” para a economia, com operações super ou subfaturadas no mercado externo.
Casos como o da exportação fictícia de açúcar e de derivados de soja, que causaram rombo de cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos, como revelou a Folha, e o da Daslu, maior loja de artigos de luxo do país, suspeita de subfaturar importações, poderiam ser detectados por esse novo sistema, segundo a Folha apurou com técnicos da Receita em São Paulo.
Novos alvos
A Receita já faz cruzamento de dados, mas ainda não dispunha de um serviço “inteligente” de análise de risco de cada contribuinte. Em uma segunda etapa do projeto, a nova tecnologia será estendida a todas as pessoas físicas e jurídicas -e não só í s que operam no comércio internacional.
Serão analisadas as informações sobre a capacidade econômica das pessoas -rendimento, movimentação financeira, gastos com cartão de crédito e aquisição de bens, como imóveis, carros, aeronaves e barcos- e das empresas. Essa análise não será isolada em um determinado ano fiscal -vai considerar o histórico de informações de cada contribuinte.
“Dessa forma, será possível acompanhar de perto setores que apresentam problemas, como bebidas, cigarros e combustíveis [considerados campeões de sonegação]. Se a carga tributária de um determinado setor não for compatível com a arrecadação estimada, será possível identificar quais empresas estão com “desvio de conduta”. E a fiscalização, nesse caso, será acionada”, afirma o secretário-adjunto da Receita.
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Montadora demite 11 funcionários no ABC por fotos pornográficas em PCs
da Folha Online
A DaimlerChrysler (antiga Mercedes) demitiu na semana passada 11 funcionários da unidade de São Bernardo do Campo (SP) por terem em seus computadores fotos ou vídeos pornográficos.
Segundo Tarcísio Secoli, da comissão de fábrica, a empresa já tinha comunicado aos funcionários que não permitiria esse tipo de prática e decidiu punir há cerca de 10 dias aqueles que colocaram as imagens em sua intranet.
Os 11 funcionários não foram demitidos por justa causa. Eles foram identificados porque as imagens estavam na rede da empresa e porque cada um tinha uma senha diferente para acessar essa rede.
Secoli também afirmou que a DaimlerChrysler já marcou para novembro um novo rastreamento de imagens pornográficas, desta vez não na rede mas em todos os computadores pessoais. “Espero que quem tenha algum tipo de conteúdo desse tipo em seu computador já tenha entendido que é hora de deletar.”
Segundo Secoli, a comissão de fábrica deve conversar com executivos da empresa amanhã para tentar reverter as demissões. “Não compactuamos com esse tipo de prática. Todo mundo sabe que não pode, mas faz. Agora a também empresa foi muito dura com alguns desses funcionários”, afirmou.
A DaimlerChrysler tem em sua fábrica em São Bernardo cerca de 11.500 funcionários. A empresa nunca tinha demitido ninguém por esse motivo, segundo o sindicato.
No Brasil, não há leis que regulamentem com profundidade o direito da empresa de monitorar o conteúdo digital armazenado em programas de e-mails ou microcomputadores de funcionários por empresas.
Neste ano, em caso parecido, a Primeira Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho, a instância final da Justiça trabalhista brasileira) reconheceu o direito do empregador de obter provas com o rastreamento do e-mail de trabalho do empregado para demiti-lo com justa causa.
O procedimento foi adotado pelo HSBC Seguros Brasil S.A. depois de tomar conhecimento da utilização, por um funcionário de Brasília, do correio eletrônico corporativo para envio de fotos de mulheres nuas aos colegas.
O empregado demitido, entretanto, decidiu recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal, a instância máxima da Justiça brasileira) e ainda tem chances de reverter a decisão.
Fulltário
Soneto
Cristo morreu há mil e tantos anos;
Foi descido da cruz, logo enterrado:
Mas até aqui de pedir não têm cessado
Para o sepulcro dele os franciscanos.
Tornou Cristo a surgir entre os humanos,
Subiu da terra aos céus, lá está sentado,
E ainda í saúde dele sepultado,
Bebem (o saco o paga) estes maganos.
E cuida quem lhes dá a sua esmola,
Que eles a gastam em função tão pia?
Quanto vos enganais; oh gente tola!
O altar mor com dois cotos se alumia;
E o frade com a puta que o consola,
Gasta de noite o que lhe dais de dia.
(Filinto Elísio)
Jornada da “Estrela” II: A Ira de Khan
Macacos me mordam!
Quadros de chimpanzé arrecadam R$ 61 mil em leilão
Três pinturas abstratas feitas por um chimpanzé foram vendidas por mais de 14 mil libras (cerca de R$ 61 mil). As obras de Congo, o chimpanzé, tornaram-se mais valiosas do que a de pintores importantes do século 20 como Andy Warhol e Jake e Dinos Chapman.
Congo é o primeiro chimpanzé a ter seus trabalhos vendidos em leilão, pela casa Bonhams, em Londres.
As obras foram pintadas em 1957, quando o chimpanzé tinha apenas três anos. Especialistas acreditavam que as obras seriam vendidas por cerca de 800 libras (R$ 3,6 mil) cada uma. Mas as vendas superaram as expectativas.
“Não é apenas um chimpanzé. É o Congo. Se você possui um Congo, é como você possuir um Picasso ou um Miró”, disse Howard Rutkowski, diretor de arte moderna e impressionista da Bonhams.
O leilão dos Congos foi extenso e a casa obteve preços até 17 vezes superiores ao esperado. As obras foram arrematadas por Howard Kong, um consultor de telecomunicações da Califórnia.
O americano afirmou que estava preparado para pagar duas vezes mais.
“Dizem que o que nos torna humanos é a nossa habilidade de expressar uma idéia a partir de conceitos abstratos. O trabalho de Congo põe essa teoria por água abaixo. O trabalho dele é puro Kandinsky em sua fase inicial”, diz Kong.
História
O chimpanzé artista, que morreu em 1964, vítima de tuberculose, já havia tido os seus minutos de fama nos anos 50. Suas obras fizeram parte de uma exposição sobre arte de chimpanzés, e Picasso e Miró estariam entre os pintores célebres que possuíam alguns de seus quadros.
Estimulado pelo zoólogo e artista Desmond Morris, o chimpanzé Congo produziu um total de 400 desenhos e pinturas no fim dos anos 50.
O objetivo de Morris era “entender a capacidade dos chimpanzés de criar ordem e simetria e explorar o ímpeto por trás do desejo humano de ser artisticamente criativo”, segundo a casa de leilões Bonhams.
“Eu honestamente duvido que a arte dos chimpanzés tenha sido leiloada anteriormente”, disse Rutkowsi.
Fonte: BBCBrasil.com
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A melhor frase do artigo é “o trabalho dele é puro Kandinsky em sua fase inicial”…
Stadtplanung in Curitiba
Geographische Situation der Stadt Curitiba
Die Stadt Curitiba, mit vollem Namen “Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus de Pinhais“, liegt im Bundesstaat Paraná, dem ní¶rdlichsten der drei zum Süden Brasiliens gerechneten Staaten. Etwas unterhalb des 25. Breitengrades südlicher Breite gelegen, befindet sie sich auf der ersten Hochebene nach dem Gebirgszug der “Serra do Mar”, die sich an der Ostküste Brasiliens entlangzieht. Das Stadtgebiet wird von vielen Flüssen durchzogen, von denen einige auch in demselben entspringen. Durch die Hí¶he von ca. 960 m über dem Meeresspiegel wird das subtropische Klima auf eine Jahresdurchschnittstemperatur von 17 Grad Celsius gemildert, wobei in der kalten Jahreszeit von Zeit zu Zeit Frost auftreten kann. Im Stadtgebiet leben ca. 1’600’000 Einwohner, zusammen mit den umliegenden Agglomerationsgemeinden ergibt sich eine Population von über zwei Millionen.
Zusammen mit den Grossstadtregionen um São Paulo und Rio de Janeiro kann Curitiba zum “industriellen Motor Brasiliens” gerechnet werden. Ebenso wie diese bekannten Megalopolen war Curitiba wí¤hrend der industriellen Revolution Ziel grosser Siedlerstrí¶me, die der Stadt in diesem Jahrhundert erschreckende Wachstumsquoten und damit fast unkontrollierbar wachsende Stadtrandsiedlungen bescherte.
Geschichte der Stadtentwicklung und -planung bis 1965 (Menezes 1996)
Die ersten Siedlungen von Einwanderern, die mit der intensiven Suche und Ausbeutung von Bodenschí¤tzen wie Gold und Mineralien in Verbindung standen, entwickelten sich am Anfang des 17. Jahrhunderts auf dem Gebiet der heutigen Stadt Curitiba, das damals von Eingeborenen der Stí¤mme Tupi-Guarani und Jê bewohnt war. Im Abschwung des Goldzyklus fingen die Bewohner an, eine agrarische Subsistenzwirtschaft aufzubauen. Nachdem die Siedlung im Jahr 1693 offiziell registriert wurde, erlangte sie als strategischer Punkt von Viehtransporten aus dem Süden zur Versorgung von Bergbaugesellschaften etwa in Minas Gerais im 18. Jahrhundert eine neue Bedeutung, indem sie eine Mí¶glichkeit für die Ã?Å?berwinterung der Herden bot.
Im Jahr 1842, als sich die Funktion der Stadt von einem strategischen Punkt auf den Viehtransportwegen zu einem strategischen Punkt des Mate-Teehandels wandelte, wurde ihr dann offiziell das Stadtrecht verliehen. Die Favorisierung der Stadt ergab sich aus der Lage an den zwei wichtigen Bergstrassen, die Curitiba und das Innere des Staates mit der Küste verbanden. Wenig spí¤ter, im Jahr 1853, wurde die Provinz São Paulo geteilt und Curitiba wurde mit damals etwa 6000 Einwohnern zur Hauptstadt der neugegründeten Provinz Paraná. Um den neuen Anforderungen an eine Hauptstadt gerecht zu werden, wurde ein franzí¶sischer Stadtplaner namens Taulois verpflichtet, um neue Anlagen zu erstellen. Daraus resultierte ein erster Plan für Curitiba, der “Plano Taulois“, der genau definierte rechte Winkel an den Strassenkreuzungen einführte und eine erste Vorahnung der zukünftigen Verkehrsflüsse durch die Innenstadt darstellte.
Aufgrund einer Nahrungsmittelkrise fí¶rderte die damalige Regierung der Provinz in der zweiten Hí¤lfte des 19. Jahrhunderts konsequent die Ansiedlung von Einwanderern europí¤ischen Ursprungs, mit dem Ziel, einen Gürtel mit landwirtschaftlichen Kolonien um die Stadt herum anzulegen, der den Versorgungsengpass überwinden würde. Die grí¶ssten Einwanderungsgruppen bildeten zuerst Deutsche, Polen und Italiener, danach Ukrainer, Franzosen, Englí¤nder und Âsterreicher. Gemí¤ss Schí¤tzungen des Brasilianischen Instituts für Geographie und Statistik (IBGE) zí¤hlte die Stadt im Jahr 1900 schon um die 50’000 Einwohner.
In dieser Zeit diversifizierte sich der Landbau gemí¤ss der unterschiedlichen Herkunft der Einwanderer und es bildeten sich Kleinindustrien, die sich zu einer lokalen unternehmerischen Elite transformierte, deren Credo harte und hingebungsvolle Arbeit war. Innerhalb der Einwanderungsgruppen, die sich in bestimmten Vierteln um das Stadtzentrum herum niedergelassen hatten, gab es starken ethnischen Zusammenhalt.
Als Reaktion auf zwei Epidemien in den Jahren 1889 und 1891, die viele Todesopfer gefordert hatten, wurden erste Wasserversorgungs- und Abwassernetze installiert, mit Zugtieren betriebene Strassenbahnen gab es ab 1887. Der 1885 angelegte, zentral gelegene Stadtpark “Passeio Publico” war für brasilianische Verhí¤ltnisse ein sehr fortschrittliches Element im Stadtbild.
Obwohl die wichtigsten í¶konomischen Interessen sich in der ersten Hí¤fte des 20. Jahrhunderts primí¤r auf das Land richteten, die Stí¤dte hingegen mehr als strategische Basis für die Autorití¤ten und kommerzialen Eliten dienten, gab es starke Bestrebungen, die Stadt zu verschí¶nern und zu “hygienisieren”. Der Bodenpreis wurde als Selektionsstrategie verwendet, um Bordelle, Spielsalons und Pensionen aus dem zentralen Bereich fernzuhalten. “Trunkenbolde, Kranke, Bettler, Einwanderer, Gammler und Prostituierte […] stí¶rten und bedrohten die Elite von Curitiba. Für die Erhaltung der politischen Ordnung wurden diese ‘vom Weg abgekommenen’ mit Gewalt in die Vorstí¤dte entfernt” (Shaaf und Gouvêa, 1991, S. 74, zitiert in Menezes, 1996, S. 62f.). Eine urbane Politik im engeren Sinne gab es nicht.
Der erste wirkliche Stadtentwicklungsplan “Plano Agache” ist nach dem franzí¶sischen Urbanisten Donat Alfred Agache benannt, der durch seine stadtplanerischen Arbeiten, vor allem die Erschaffung der australischen Hauptstadt Canberra 1903, grosses internationales Ansehen genoss. 1940 hatte Curitiba eine Beví¶lkerung von ca. 141’000 Einwohnern erreicht. Durch die anní¤hernde Verdoppelung der Beví¶lkerungszahl seit 1920 und die í¤usserst knappen, durch eine Wirtschaftskrise limitierten Mittel hatte sich die Infrastruktur, die seit 1911 auch elektrische Trambahnen und seit 1928 Omnibuslinien umfasste, drastisch verschlechtert.
Der Plan bestand aus einem Plan der Avenidas, aus der Einrichtung verschiedener funktionaler Zentren, einem Reglement für í¶ffentliche Arbeiten und Zonierung sowie aus der Regelung von Freirí¤umen und deren Verteilung. Die funktionale Zonierung wurde als Heilmittel für die Stadt angesehen, die als Organismus wahrgenommen wurde. Dabei wurden explizit die Funktionen Wohnen, Verkehr, Erholung und Arbeiten etabliert. Die Massnahmen erstreckten sich auf drei Hauptaspekte, die für die Lí¶sung der Probleme als wesentlich angesehen wurden:
Sanierung: Drainage von Sümpfen, Kanalisation von Flüssen und Regenwasserabflüssen, Wasserversorgungsnetz
Entstauung des Verkehrs: Stadtverkehr, externe Zufahrtsstrassen, Verteilung der Produktion
Funktionale Organe: Zentralisierung der Gebí¤ude der Staatsregierung (Centro Cívico), “Ausstrahlungszentren” des kommerziellen und sozialen Lebens, Milití¤rzentrum, Sportzentrum, Versorgung (Mercado Municipal), Erziehung (Centro Politécnico), Industrie
Der Plan für die Hauptverkehrsachsen basierte auf einer ringfí¶rmigen Gliederung des Raumes, wobei die 4 Ringe durch grosse Strassen definiert wurden und gleichzeitig eine soziale Klassierung der entsprechenden Bewohner mit Gefí¤lle nach aussen bedeuteten. Die Grundidee hinter dem Plan war also eine zentrale Versorgung und eine Ausrichtung der Stadt auf das Zentrum (Rabinovitch, 1993).