A obsolescência de nossos backups

(11:17:48) lucio: Olás!
(11:21:20) glerm: Olá!
(11:21:26) lucidasans: Aei…
(11:21:32) lucio: Bom, a Claudia está na escola, mas creio que ela gostaria de participar dessa conversa.
(11:21:49) lucidasans: Acho que a conversa pode ser em etapas, o Octavio também não está online.
(11:22:05) lucio: Podemos repetir a tentativa mais tarde com o Octavio e a Claudia.
(11:22:15) lucidasans: Temos que rever o material.
(11:23:33) lucio: Como passei pra vocês, temos mais alguns cds com algumas especificidades de conteudo para entregar. Mas é tranquilo, pois a base é o cd anterior que já enviamos pra ação educativa. Tem algumas coisas que não cabem pra nós, tipo: foto do grupo.
(11:25:06) lucidasans: Podia ser a foto do depósito da Santa Efigênia?
(11:25:15) lucio: Nem sei se temos uma imagem com todos juntos.
(11:25:25) lucidasans: Acho que não há.
(11:25:31) glerm: Na foto da Santa Efigênia há umas cinco pessoas.
(11:25:32) lucidasans: Tipo banda ou time de futebol.
(11:25:35) glerm: É o grupo, contando o cachorro da seis.
(11:26:09) lucio: Passa essa imagem pra eu ver.
(11:26:12) lucidasans: Não dá, o cabo usb está aí­ na 818. É uma imagem estranha, tipo um fosso.
(11:26:43) glerm: Cara, é um fosso não dá pra acreditar, parece aquele cofre do tio patinhas cheio de placa de computador. A imagem nem dá conta da vertigem que era o lugar.
(11:27:39) lucidasans: Pena que a câmera não pegou a profundidade de campo.
(11:28:40) glerm: O Octavio está escrevendo todas músicas dele em partitura. Vou passar pra midi.
(11:28:57) lucidasans: Eu estava vendo se convencia o Octavio a escrever pra Guitar Hero.
(11:28:59) glerm: E fazer algo com isso lá.
(11:29:12) lucidasans: De midi vai pra Guitar Hero?
(11:29:17) glerm: Sim.
(11:29:26) lucidasans: E depois pra Frets on fire. Haha, acho que tem a ver com o humor de canções.
(11:30:48) lucio: Vocês vem no 818 a noite?
(11:30:55) lucidasans: Sim, meus arquivos estão aí­, tenho quase nada aqui no Eee pra pensar em catálogo.
(11:31:14) lucio: Com relação ao espaço do Solar, pensei em um espaço auto gestionado.
(11:31:38) glerm: Meu relato do Campus Party.
(11:31:49) lucio: De certa forma como o 818 foi.
(11:31:51) lucidasans: Como assim auto gestionado?
(11:32:15) glerm: Vou ter que desabafar aqui. Não consegui a concentração que queria para trabalhar na proposta do “Bits e Volts na Unha”. Era necessário uma concentração meditativa para pensar em lógica binária ali na mesa, fazendo uma regressão aos primórdios da eletrônica analógica sendo digitalizada, desmistificando a necessidade do rigor acadêmico para sacar o assunto, mas aprofundando a parte atômica da coisa. Tipo “da onde vieram os bebês?”. Pensando bem, é muito triste isso, só falta cortar uma orelha.
(11:33:05) lucio: Sem hierarquias, principalmente com relação a qualquer tipo de dicotomia entre os seres que estiverem no lugar.
(11:33:06) glerm: Não quero expor isso, mas fica aqui registrado.
(11:33:09) lucidasans: A própria orelha ou a do soldado?
(11:33:50) glerm: Lúcio, a gente tem que pensar na problemática de ter que ficar batendo ponto lá.
(11:33:53) lucidasans: Mas são necessários dispositivos bastante ativos para garantir a não hierarquia.
(11:34:25) glerm: Como a gente vai resolver isso? Vai haver datas, horários?
(11:34:37) lucidasans: Não prometemos datas e horários fixos.
(11:35:00) glerm: Sim, mas o papo aqui está em torno de um projeto tipo o Desafiatlux.
(11:35:09) lucio: Entendo Simone, neste caso já existe uma hierarquia, que como o Glerm disse – a Fundação, mais especificamente o Solar, impõe.
(11:35:29) lucidasans: Oposição público-artista?
(11:36:02) lucio: Desconsiderando essa de público-artista… No entanto há um exercí­cio.
(11:36:31) lucidasans: Quando eu falei que era preciso ativar a desierarquia é porque também acho que já exista uma hierarquia natural naquele espaço, então estamos de acordo.
(11:36:56) lucio: Como essas etapas de documentação – catálogos oficiais, etc… que passam por uma forma de definição de quem são os propositores. Desse modo, a ocupação fala desse embate também.
(11:38:55) lucidasans: Entre propositores, interventores, consumidores?
(11:40:06) lucio: Sim, uma porção de delimitações – edital, espaço pré-demarcado de atuação, horários, etapas, agendamentos – um jogo.
(11:40:32) glerm: Mas interfaces é o que? Uma interface entre o jogo e o não-jogo?
(11:41:09) lucio: Dentro desse jogo é que se dilui nossa intenção. Esse jogo se chama instituição.
(11:41:53) lucidasans: Eu acho que invariavelmente é um jogo com máquinas, sejam as computacionais, sejam as burocráticas ou as conservas culturais.
(11:42:39) lucio: Como dialogar e diluir em espaços com regras bem definidas?
(11:42:43) glerm: Eu acho que esse jogo se chama retórica, porque não existe a não-instituição, isso seria a não-linguagem.
(11:43:28) lucio: É prática tambám.
(11:44:05) lucidasans: Sim, um jogo entre instituições.
(11:44:25) glerm: O que é o lixo?
(11:44:59) lucidasans: Diluir para neutralizar ou para prevalecer?
(11:45:48) glerm: Vamos pra gaza?
(11:46:20) lucidasans: Gaza está cheia de corpos, você fala ir fí­sico-newtonianamente?
(11:46:46) glerm: Vi a apresentação do Balbino e do Alê no Transmediale09, um grande evento de “Arte e Tecnologia”. Um cara de Burkina Faso me chamou atenção. Ele mostrou uma comunidade que fazia suas escolas, desde fazer os tijolos… Então ele tentava explicar que aquilo era feito pela necessidade, muito mais do que pra mostrar ali, mas as pessoas ainda ficavam perguntando das escolhas arquitetônicas deles, tipo porque teto era alto e uma hora ele falou: “eu estou aqui sobretudo pra convidar vocês pra irem lá, vamos?”. Acho que ele vai conseguir um dinheiro pra fazer mais tijolos, mas não sei se estas pessoas irão até lá. Mas já sei o que eles vão ter que ensinar nessas escolas. O que isso tem a ver com o “Interfaces”?
(11:49:46) lucidasans: Atá porque dá pra conseguir muito tijolo pelo valor da gasolina azul.
(11:49:47) glerm: Não sei, retórica – “carnaval malandros e heróis”.
(11:50:09) lucidasans: Tinha uma inscrição do discurso dele no Transmediale que ele explicou no começo.
(11:50:14) glerm: Alegoria – nota ().
(11:50:20) lucio: No caso – prevalecer/neutralizar/retórica – Quais as alternativas práticas? Continuar, parar, pular, voltar, esquecer, lembrar, rir. Uma lista de ações, quais as regras e antiregras dessa situação?
(11:55:53) gler1 [n=glerm@189.34.70.224] entrou na sala.
(11:55:55) lucio: Em meio a qualquer tipo de tática de objetivação, a um caos pseudo-organizado, como é essa sensação de diluição?
(11:56:04) gler1: Caí­, perdi um monte…
(11:56:26) lucio: Tem dois de Glerms na sala.
(11:56:37) gler1: Um deles eu perdi o link.
(11:57:03) lucio: Os Glerms se multiplicam.
(11:57:30) gler1: É um link perdido, a Simone está fora também. Onde parou a conversa?
(11:58:03) lucidasan1 [n=ieieie@189.34.70.224] entrou na sala.
(11:58:03) gler1: Cola aqui.
(11:58:08) lucio: Também passamos pelo sentimento da perda.
(11:58:11) claudi1 [n=claudia@189.4.43.181] entrou na sala.
(11:58:24) lucio: Oi Claudia!
(11:58:30) lucidasan1: Oi Claudia!
(11:58:33) claudi1: Oi!
(11:58:33) gler1: aqui ta como claud1
(11:58:51) claudi1: Deixa assim.
(11:59:07) lucio: Claudia, estamos conversando sobre multiplicações e diluições.
(11:59:21) gler1 mudou seu apelido para glermglerm
(11:59:58) claudi1: Multiplicações – Questões monetárias?
(12:00:29) lucio: Questões de duplicação de personas.
(12:00:44) lucidasan1: Onde estavam as multiplicações no assunto das intenções mesmo?
(12:00:54) glermglerm: Acho que a gente estava falando sobre “interfaces”.
(12:01:09) lucidasan1: Se interfaces era um jogo com máquinas.
(12:01:15) glermglerm: void()
(12:01:31) lucio: Qual era nossa intenção inicial quanto ao Interfaces?
(12:01:39) lucidasan1: E se era possí­vel declarar essas variáveis antes demais nada.
(12:02:27) lucio: Cabe ser fiéis a essas intenções?
(12:02:52) claudi1: Somos o que resta das diluições, multiplicações, intenções.
(12:03:25) glermglerm mudou seu apelido para guilhermerafaels
(12:03:36) lucio: Isso já é um estrago em tanto.
(12:03:40) guilhermerafaels mudou seu apelido para rafaelsoares
(12:03:57) claudi1: O que resta?
(12:04:11) lucio: Um novo nós…
(12:04:15) rafaelsoares mudou seu apelido para rg60166498
(12:04:52) rg60166498: Eu não acredito em mim, muito menos em vocês.
(12:04:59) lucidasan1: Pra haver um novo nós precisa haver um novo outros, senão não é nós-outros.
(12:05:05) claudi1: Eu também não.
(12:05:34) lucidasan1: Tudo bem Glerm, mim também não acredita em eu.
(12:05:34) rg60166498: Acho que é tudo sobre um dinheiro.
(12:05:35) lucio: Isso não deixa de ser crença.
(12:05:46) rg60166498: Que já foi gasto. O resto é simples, é viver e morrer sem matar. Mas interfaces era o que mesmo? máquinas?
(12:06:22) claudi1: As vezes matar.
(12:06:29) lucio: Pessoas.
(12:06:32) rg60166498: Não estou falando de metáforas, estou falando de gente que mata e se mata de verdade.
(12:06:45) lucio: O nome já diz.
(12:06:55) claudi1: Pessoas que agem como máquinas que agem como pessoas. Cães que agem como pessoas que agem como cães.
(12:07:28) lucidasan1: Crença = Programa.
(12:07:37) claudi1: Pode cagar na minha calçada.
(12:08:01) rg60166498: Existe uma discussão sobre o que é strictu sensu.
(12:08:02) lucio: Acham isso vertiginoso?
(12:08:17) lucidasan1: Não.
(12:08:20) rg60166498: Acho chato pra caralho, vertiginoso é surtar.
(12:08:51) lucio: “Vale a pena viver” – isso é uma conclusão?
(12:09:00) claudi1: Vertiginoso é estar.
(12:09:07) lucidasan1: Acho que até o futuro da internet é mais vertiginoso.
(12:09:09) rg60166498: Estar é fácil, basta ser. Não ser que é a questão.
(12:09:21) claudi1: Qual futuro?
(12:09:25) rg60166498: Vamos pra gaza?
(12:09:35) claudi1: Acho vertiginoso.
(12:09:42) rg60166498: Fazer as mães chorarem?
(12:09:46) lucidasan1: Se há futuro, está conversa estará nos backups.
(12:10:22) rg60166498: Acho tudo irrelevante.
(12:10:24) claudi1: E a seleção natural?
(12:10:33) lucio: Se a obsolescência permitir o resgate a esses dados.
(12:10:39) lucidasan1: O jornalista que jogou o sapato foi severamente torturado.
(12:10:49) rg60166498: Nunca se sabe.
(12:10:56) lucio: Porque errou.
(12:11:04) lucidasan1: Teremos que lutar pela volatilidade das nossas conversas e pela obsolescência dos dados, porque os servidores terão que manter entre aspas dados de três anos, não é?
(12:11:27) lucio: Na guerra o erro é a morte.
(12:11:32) lucidasan1: Pediu abrigo na suí­ça.
(12:11:37) rg60166498: O que eu faço com todo esse conhecimento, esqueço?
(12:11:45) lucidasan1: Mas está sendo investigado em um espaço que investiga terroristas no Iraque.
(12:12:30) rg60166498: Na sala vazia do museu.
(12:12:58) claudi1: Ocupação de fachada.
(12:13:13) lucidasan1: —-
(12:13:45) rg60166498: Tem gente que pinta fachadas e é feliz.
(12:14:58) lucidasan1 mudou seu apelido para glerm
(12:15:05) lucio: Existe um argumento: Vocês assinaram um contrato. Querem comentar algo?
(12:15:15) claudi1: Voltando ao dinheiro, e aí­ quem leva a melhor?
(12:15:36) rg60166498 mudou seu apelido para simone
(12:15:42) claudi1: Assinamos, lemos, erraram nossos nomes.
(12:15:54) glerm: Qual dinheiro?
(12:15:59) lucio: O que gastamos.
(12:16:03) claudi1: Aquele.
(12:16:03) glerm: O que já acabou?
(12:16:07) claudi1: Sim.
(12:16:19) simone: O contrato prevê como contrapartida uma exposição.
(12:16:19) claudi1: Quem levou a melhor?
(12:16:22) simone: Estou de acordo.
(12:16:34) glerm: Quem leva a melhor são os bancos.
(12:16:47) claudi1: Aêê!
(12:16:53) lucio: E como nos manifestamos diante disso?
(12:17:34) glerm: Eu fiz um monte de cacareco, quem quiser achar que vale alguma coisa que leve, senão talvez esse papo furado aqui valha algo. Os cacarecos não funcionam acho porque ainda não sei pra que servem.
(12:19:00) simone: Seguinte, eu vejo o catálogo como um extrato que não precisa necessariamente corresponder ao conteúdo da exposição.
(12:19:10) lucio: Servem pra ocupar um museu?
(12:19:39) claudi1: Ocupar o museu não é problema.
(12:19:47) glerm: Se servirem só pra isso corto minha orelha.
(12:19:47) simone: Precisamos deste tempo para nos dedicar a configurar e discutir a exposição.
(12:20:33) lucio: Van Gogh mordeu a orelha, hehe.
(12:20:50) claudi1: Mordeu a sua própria orelha.
(12:20:57) glerm: Pixe peixe.
(12:21:04) simone: Tyson, Pedro Simão.
(12:21:30) claudi1: Conhecemos um cara chamado Toto.
(12:21:42) simone: Sem acento?
(12:21:52) claudi1: Sim. Ele disse: Trabalho e produtividade.
(12:22:16) lucio: Como lema da bandeira.
(12:22:20) simone: Onde? Otimização e proatividade.
(12:22:54) simone: Onde vocês o conheceram?
(12:23:01) claudi1: Em Pontal do Sul.
(12:23:06) lucio: No embarque, mas seu afilhado escreveu: Vida e liberdade.
(12:23:31) simone: O que ele faz de tão inspirado?
(12:23:38) claudi1: Ele disse: Quem trabalha não ganha dinheiro.
(12:23:47) simone: Ah!
(12:23:51) lucio: O garoto tinha uns 10 anos e mandou essa.
(12:24:02) claudi1: Você estabelece graus de parentesco absurdos.
(12:24:03) simone: E a Ufpr escreveu: Scientia e labor, he!
(12:24:29) claudi1: Labor.
(12:24:33) glerm: A Ufpr tá certa, ciência e lavoura.
(12:24:56) lucio: E o barão mandou seus escravos construí­rem o espaço da exposição.
(12:25:05) simone: Ciência e laboratório.
(12:25:06) claudi1: Certo precisamos plantar.
(12:25:09) simone: Acho que eles acham.
(12:25:42) lucio: E os milicos construí­ram a outra parte.
(12:25:43) glerm: O pior de tudo não é que o barão supostamente morreu por nós, e sim que isso não me diverte.
(12:26:16) claudi1: Diversão, ciência e labor?
(12:26:37) simone: Distração, ciência e lavoura.
(12:26:46) lucio: E quanto aos desvios de conduta, isso existe?
(12:27:00) claudi1: Desvios?
(12:27:06) simone: Desde que não somos mais trens.
(12:27:14) glerm: Matar.
(12:28:01) simone: Pro Freud existem dois tipos, desvios de fins e desvios de meios.
(12:28:41) glerm: isso aqui é o texto do catálogo, ou é desvio?
(12:29:05) lucio: Vai passar antes pela censura.
(12:29:47) simone: E pelo liquidificador.
(12:30:18) claudi1: Claro, para uma mistura homogênea.
(12:31:26) lucio: Ou vai para o desvio do catálogo? Hoje havia de novo um passarinho preso no quarto do vitoriamario.
(12:34:25) simone: Ui!
(12:34:38) lucio: Conversei com ele e abri a janela.
(12:34:53) claudi1: E o que ele disse?
(12:35:18) lucio: Ele saiu e ficou no telhado na minha frente me olhando todo destrambelhado.
(12:35:31) claudi1: Tive uma idéia totalmente revolucionária.
(12:35:34) lucio: Piou e voou.
(12:36:18) simone: Putz, triste… Diga Claudia.
(12:37:17) lucio: Ou acha pouco seguro por IRC?
(12:37:52) claudi1: Estou esperando que mais pessoas estejam presentes.
(12:38:06) lucio: Como quem? Os revolucionários?

Encontro pelo Irc acontecido no dia 02fev2009.

O desafio do deepblue ao repentista no céu,

museu00101.jpg

minha gente se ilude e mente,
abertamente
abominavelmente
abrangente
abruptamente
absente
absolutamente
absorvente
adjacente
admiravelmente
adolescente
adoravelmente
adormente
adstringente
afectuosamente
afervente
afincadamente
afirmativamente
aformosente
afrente
afugente
agente
agitadamente
agrestemente
aguardente
aguente
airosamente
ajuizadamente
ajuramente
alegadamente
alegremente
alente
aliciente
alimente
altamente
alternativamente
amamente
amargamente
amarguradamente
amavelmente
ambiente
ameaçadoramente
amigavelmente
amistosamente
amiudadamente
amorosamente
amplamente
analogamente
angustiosamente
aniversariamente
ansiosamente
antecedente
antecedentemente
antecipadamente
anteriormente
antigamente
anualmente
apaixonadamente
aparente
aparentemente
apartadamente
apascente
apeçonhente
apoquente
aposente
apresente
apressadamente
aprofundadamente
aproximadamente
ardente
ardentemente
argentinamente
arguente
argumente
arrastadamente
arrebatadamente
arrebente
arregimente
ascendente
asneirentamente
asneirosamente
asperamente
assente
assinaladamente
assisadamente
assistente
associadamente
astuciosamente
astutamente
atabafadamente
atabalhoadamente
atarantadamente
atarefadamente
atempadamente
atentadamente
atentamente
atente
atentivamente
atinente
atormente
atraente
atravessadamente
atropeladamente
atualmente
aturadamente
audazmente
audiente
aumente
ausente
automaticamente
avente
avidamente
avisadamente
avivente
baldadamente
barulhentamente
basicamente
básicamente
batente
beatificamente
beneficente
benemerente
benevolente
bestialmente
brandamente
brevemente
bruscamente
brutalmente
cabalmente
cadente
caliente
calmamente
cancrescente
candente
candidamente
caoticamente
capazmente
caprichosamente
carecente
carente
carinhosamente
caritativamente
casualmente
categoricamente
cautamente
cautelosamente
cerimoniosamente
certamente
chapadamente
ciente
cimente
circum-adjacente
circunjacente
circunspectamente
circunstanciadamente
civicamente
clandestinamente
claramente
clemente
cliente
coalescente
cobiçosamente
coeficiente
coerente
coexistente
coincidente
combatente
comedidamente
comente
comovente
comparavelmente
compassivamente
compenetradamente
competente
competentemente
complacente
complementarmente
complemente
completamente
complicadamente
componente
comprimente
compulsivamente
compungente
comummente
concedente
concernente
concludente
concludentemente
concomitantemente
concorrente
concretamente
concupiscente
condescendente
condicente
condimente
condizente
conferente
confessadamente
confidencialmente
confidente
confitente
confortavelmente
confusamente
congruente
conhecidamente
conivente
conjuntamente
consciente
conscientemente
consente
consequente
consequentemente
consideravelmente
consistente
constantemente
constitucionalmente
constrigente
consulente
contemporaneamente
contente
continente
contingente
contingentemente
continuadamente
continuamente
contraproducente
contrariamente
contundente
convalescente
conveniente
convenientemente
convergente
convincente
copiosamente
corajosamente
cordialmente
corporalmente
correctamente
corrente
correspoendente
correspondente
corretamente
cortesmente
cotidianamente
crente
crescente
crespamente
criminalmente
cruelmente
cuidadosamente
cumprimente
curiosamente
custosamente
debilmente
decadente
decente
decicidamente
decididamente
decisivamente
declaradamente
decorrente
decrescente
deferente
deficiente
definitivamente
delicadamente
deliciosamente
delinquente
demasiadamente
demasidamente
demente
demitente
democraticamente
demoradamente
dente
dependente
deprimente
desabafadamente
desabridamente
desacorrente
desagradavelmente
desajeitadamente
desalente
desalinhadamente
desapoquente
desassombradamente
desatentamente
desavisadamente
descansadamente
descendente
descensionalmente
descobertamente
descoincidente
desconsoladamente
desconsoladoramente
descontente
descortesmente
descrente
descrescente
descuidadamente
desenfreadamente
desenganadamente
desengonçadamente
desesperadamente
desgraçadamente
designadamente
desigualmente
desjeitosamente
deslealmente
desleixadamente
desmedidamente
desmente
desmesuradamente
desnecessariamente
desobediente
desordenadamente
desoriente
despeitadamente
desportivamente
desproporcionadamente
despropositadamente
desquilibradamente
desvairadamente
detalhadamente
determinadamente
devidamente
devotamente
diariamente
diferente
diferentemente
dificilmente
dificí¬lmente
difusamente
dilatadamente
diligente
diminutamente
directamente
dirigente
discente
disciplinadamente
discretamente
discriminadamente
dissente
dissidente
dissimuladamente
distintamente
distraidamente
ditosamente
divergente
diversamente
divinamente
dobradamente
docemente
docente
doente
doidamente
dolente
dolorosamente
dormente
dramaticamente
drasticamente
duplamente
duplicadamente
duramente
ecleticamente
edolescente
éespecialmente
efectivamente
efervescente
efetivamente
eficazmente
eficiente
efusivamente
eloquente

2207.jpg

embaraçadamente
emente
eminente
emitente
emocionalmente
encandescente
encarecidamente
enchente
energicamente
enfrente
engenhosamente
enlevadamente
enormemente
ente
entusiasticamente
envolvente
epistolarmente
eqsessivemente
erodente
erradamente
escassamente
escondidamente
escrevente
escrupulosamente
espaçadamente
espacialmente
esparsamente
espavoridamente
especialmente
especificadamente
especificamente
esplendente
esplendidamente
espontaneamente
esquente
essencialmente
estoicamente
estouvadamente
estranhamente
estreitamente
estridente
estritamente
estrondosamente
estupefaciente
estupendamente
estupidamente
eternamente
eventualmente
evidente
evidentemente
exactamente
exageradamente
exatamente
excedente
excelente
excelentemente
excepcionalmente
excessivamente
excitadamente
excitantemente
exclusivamente
exigente
existente
expansivamente
expediente
expeditamente
experiente
experimente
explicitamente
expoente
expressamente
extensamente
extensivamente
extraordinariamente
extremadamente
extremamente
faceiramente
facilmente
factualmente
falsamente
familiarmente
fantasmagóricamente
farniente
fatalmente
fatidicamente
felizmente
fente
fermente
ferozmente
fervente
fervorosamente
festivamente
fidalgamente
finalmente
finamente
firmemente
fisicamente
fixamente
florente
florescente
fluente
fogosamente
fomente
forçosamente
formalmente
fortemente
fortuitamente
fotofobicamente
fracamente
fragmente
francamente
fraternalmente
fremente
freneticamente
frenéticamente
frente
frequente
frequentemente
freqüentemente
friamente
frondente
frondescente
frontalmente
frouxamente
frustradamente
fuente
fugitivamente
fulgente
fundamentalmente
fundamente
funebremente
funestamente
furiosamente
furtivamente
fútilmente
galhardamente
galhofeiramente
generosamente
gente
gentilmente
geograficamente
geralmente
gerente
gochemente
gramaticalmente
grandemente
gravemente
grosseiramente
grotescamente
gulosamente
habilidosamente
habilmente
habitualmente
hipocritamente
hipoteticamente
histericamente
historialmente
historicamente
hodiernamente
honestamente
horrente
horrivelmente
horrorosamente
humanamente
humildemente
humildosamente
identicamente
ideologicamente
ignescente
ignobilmente
igualitariamente
igualmente
ilegalmente
ilimitadamente
imanente
imediatamente
imensamente
iminente
imoderadamente
impaciente
impacientemente
imparcialmente
impassivelmente
impediente
impensadamente
imperativamente
imperfeitamente
imperiosamente
impertinente
imperturbavelmente
impetuosamente
impiedosamente
imponente

impotente
imprescindivelmente
imprescritivelmente
impreterivelmente
imprevidente
imprevistamente
improcedente
improficiente
imprudente
imprudentemente
impudente
impunemente
inadvertidamente
incalculavelmente
incandescente
incansavelmente
incessantemente
incidentalmente
incidente
incipiente
incivilmente
inclemente
inclusivamente
incoerente
incompetente
incompletamente
inconfidente
inconfundivelmente
incongruente
inconsciente
inconscientemente
inconsequente
inconseqüente
inconsistente
incontestavelmente
inconveniente
incremente
incrivelmente
indecente
indefinidamente
independente
independentemente
indesculpavelmente
indeterminadamente
indiferente
indiferentemente
indigente
indirectamente
indiretamente
indiscretamente
indiscriminadamente
indiscutivelmente
indispensavelmente
indistintamente
individualmente
indolente
indubitavelmente
indulgente
ineficiente
inegavelmente
inerente
inesperadamente
inevitavelmente
inexistente
inexoravelmente
inexperiente
inexplicavelmente
infalivelmente
infelizmente
inferiormente
infindavelmente
infinitamente
inflexivelmente
influente
ingente
ingenuamente
ingricolamente
inicialmente
ininterrompidamente
ininterruptamente
injustamente
inocente
inocentemente
inopinadamente
inquietamente
insciente
insensivelmente
insipiente
insistente
insistentemente
insolente
insolvente
inspiradamente
instantaneamente
instantemente
instintivamente
institucionalmente
insubsistente
insuficiente
insurgente
insuspeitadamente
integralmente
inteiramente
inteligente
intempestivamente
intendente
intensamente
intente
interdependente
interinamente
interiormente
interminavelmente
intermitente
internacionalmente
internamente
interrogativamente
interveniente
intimamente
intoleravelmente
intransigente
intrinsecamente
intrinsicamente
inutilmente
invariavelmente
invente
invulgarmente
irmãmente
ironicamente
irreflectidamente
irregularmente
irremediavelmente
irreparavelmente
irresistivelmente
irrespondivelmente
irreversivelmente
irritadamente
irritantemente
isente
isoladamente
jocosamente
judiciosamente
juntamente
justamente
laboriosamente
lamentavelmente
lamente
lançamente
languidamente
largamente
lastimosamente
latente
legalmente
legitimamente
lentamente
lente
leva-dente
levemente
levianamente
libidinosamente
licitamente
ligeiramente
limpidamente
lindamente
liricamente
literalmente
lividamente
livremente
logicamente
longamente
loucamente
luminosamente
luxuosamente
luzente
luzidente
magnificamente
magnificente
maioritariamente
maiormente
majestosamente
maldizente
malevolente
malfazente
manifestamente
mansamente
maquinalmente
maravilhosamente
maritalmente
massivamente
maternalmente
maturescente
medicamente
medonhamente
meigamente
melancolicamente
melodiosamente
mentalmente
mente
mentirosamente
meramente
meticulosamente
metodicamente
milagrosamente
militarmente
minguadamente
minuciosamente
miraculosamente
miseravelmente
misteriosamente
miudamente
moderadamente
modernamente
modestamente
molemente
momentaneamente
monotonamente
mordente
mormente
morosamente
mortalmente
movente
movimente
mudamente
mutuamente
naciente
nascente
naturalmente
necessariamente
negligente
negligentemente
nervosamente
nesciamente
nitidamente
nocente
nomeadamente
normalmente
notavelmente
notoriamente
novamente
nuevamente
nutriente
obediente
objectivamente
obrigatoriamente
observadamente
obstinadamente
obviamente
ocasionalmente
ocidente
ociosamente
ocultamente
oficialmente
omnipresente
omnisciente
opalescente
oponente
opulentamente
oralmente
orçamente
ordeiramente
ordenadamente
ordinalmente
ordinariamente
orgulhosamente
oriente
originalmente
originariamente
ornamente
ostente
ostentosamente
pachorrentamente
paciente
pacientemente
pacificamente
padecente
palidamente
palpavelmente
paralelamente
paramente
parcialmente
parente
particularmente
parvamente
passageiramente
patente
patentemente
paternalmente
paulatinamente
pausadamente
pavimente
pendente
penitente
penosamente
pensativamente
pente
perdidamente
perduravelmente
peremptoriamente
perenemente
perfeitamente
perfidamente
periodicamente
permanente
permanentemente
perpetuamente
perrsistente
persistente
pertencente
pertinente
pesadamente
pesarosamente
pessoalmente
piamente
pingente
plangente
plenamente
pobremente
poente
poeticamente
politicamente
pomposamente
pontualmente
pormenorizadamente
positivamente
possivelmente
posteriormente
potente
praticamente
precedente
precedentemente
preciosamente
precipitadamente
precisamente
precocemente
preeminente
preferencialmente
preferêncialmente
preguiçosamente
prematuramente
premente
preponente
prepotente
presente
presentemente
presidente
pressente
presumivelmente
pretendente
pretensamente
previamente
previdente
previsivelmente
primeiramente
primitivamente
principalmente
procedente
prodigamente
prodigiosamente
proeminente
proficiente
profundamente
profusamente
progressivamente
prolongadamente
prontamente
propriamente
prosperamente
provavelmente
proveniente
providamente
providente
provisoriamente
proximamente
prudente
prudentemente
publicamente
pudente
pungente
puramente
quente
racionalmente
radicalmente
rangente
rapidamente
raramente
rasgadamente
razoavelmente
reagente
realmente
rebente
recatadamente
recentamente
recente
recentemente
receosamente
recipiente
reciprocamente
recorrente
redondamente
referente
reflectidamente
refulgente
regaladamente
regente
regiamente
regimente
regulamente
regularmente
reincidente
reiteradamente
relativamente
religiosamente
reluzente
remanescente
reminiscente
renitente
renitentemente
rente
repelente
repente
repentinamente
repetidamente
represente
repticiamente
requerente
rescendente
residente
resignadamente
resistente
resolutamente
respectivamente
respeitosamente
resplandecente
resplendente
responsavelmente
reverente
ricamente
ridente
rigidamente
rigorosamente
risonhamente
rotamente
rudemente
ruidosamente
sabiamente
sabidamente
saliente
sapiente
sarcasticamente
sargente
saudosamente
secamente
secretamente
secundariamente
sedentamente
sedente
segmente
seguidamente
seguramente
semelhantemente
semente
sensatamente
sente
sentimentalmente
separadamente
sequente
sequiosamente
serenamente
seriamente
serodiamente
serpente
servente
severamente
sigilosamente
silenciosamente
silente
simbolicamente
similarmente
simpaticamente
simplesmente
simultaneamente
sinceramente
singelamente
singularmente
sinteticamente
sistematicamente
sobejamente
soberanamente
sobressalente
sobressaliente
sobresselente
sobrevivente
socialmente
sofregamente
solitariamente
sombriamente
somente
sómente
sordidamente
sorridente
sossegadamente
soturnamente
suavemente
subitamente
subordinadamente
subsequente
substancialmente
subterrâneamente
subtilmente
sucessivamente
suficiente
suficientemente
superficialmente
superintendente
superiormente
supervivente
suplente
supostamente
surdamente
surpreendente
sustente
sutilmente
tal-qualmente
tão-somente
tardiamente
tecnicamente
teimosamente
televisivamente
temente
temerariamente
temporãmente
temporariamente
tenazmente
tendente
tenente
tentadoramente
tente
tenuemente
tepidamente
terminantemente
ternamente
textualmente
timidamente
tolamente
torpemente
torrente
toscamente
totalmente
tradicionalmente
tragicamente
traiçoeiramente
tranquilamente
transcendente
transigente
transitoriamente
transparente
transversalmente
tremendamente
tremente
tristemente
triunfantemente
trivialmente
tumultuosamente
ulteriormente
ultimamente
unicamente
unidamente
urgente
urgentemente
usualmente
vagamente
vagarosamente
valente
vãmente
veemente
veementemente
veladamente
velhacamente
velozmente
vente
veramente
verdadeiramente
verosimilmente
vertente
vicente
vidente
vigente
vigorosamente
violentamente
violente
viridente
visceralmente
visivelmente
vistosamente
vitalmente
vivamente
vivente
vocalmente
voluntariamente
voluptuosamente
vulgarmente

só digo: – nem tente.

jborges_4.jpg

A confusão das línguas não deixa margem para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as esperanças de todos nós






 
 

a justa razão aqui delira
leminski – fragmento do catatau
pg 34 ed. sulina

leitura eletrônica em inglês – catataulido.ogg

1.jpg

“Preserva-se do real numa turris ebúrnea; o real
vem aí, o real está para

> chegar, eis o advento! Vrijburg defende-se,

se defendam vrijburgueses

> o cerco aperta, alerta, alarde, alarme, atalaia!
Todo o tiro é susto

, Todo > fumo – espanto, todo
cuidado – 



pouco caso

.
Vem nos negros dos quilombos,
> nas
> naus dos carcamanos,
na cara destes bichos:
basiliscos brasilicos queimam a
> cana, entre as chamas passando pendôes.

Cairás, torre de
Vrijburg

, de
> grande
> ruína.
Passeio entre cobras e es-
corpiões meu calcanhar de Aquino,
caminhar > de

Aq

uiles.

E essa torre da Babel do orgulho de Marcgravf e Spix,

pedra
> sobre pedra não ficará,
o mato virá sobre a pedra
e a pedra a espera da
> treva fica podre e vira hera a
pedra que era…

A confusão das línguas não
> deixa
margem
para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as
esperanças dos
> planos de todos nós:
as tábuas de eclipses de
Marcgravf não entram em
> acordo > com as de
Grauswinkel;
Japikse pensa que é macaco o aí que
Rovlox diz fruto
> dos coitos danados de
toupinamboults e tamanduás
;
Grauswinkel, perito nas
> manhas dos corpos celestes, nas manchas do sol e
outras raridades urânicas
>

é um lunático

;
Spix, cabeça de selva, onde uma

aiurupara
e

stá
pousada em cada
> embuayembo, uma aiurucuruca, um aiurucurau, uma
aiurucatinga, um tuim, uma
> tuipara, uma tuitirica, uma arara, uma
araracá, uma araracã, um araracanga,
> uma araraúna, em cada galho do
catálogo de caapomonga, caetimay, taioia,
> ibabiraba, ibiraobi! Viveiro? Isso está
tudo morto!

Por eles, as árvores
> nasciam com o nome em latim na casca, os animais
com o nome na testa dentro
> da moda que a besta do apocalipse lançou
com uma dízima periódica por
> diadema,
cada homem já nascia escrito em peito

o epitáfio,

os
frutos
brotariam
com o receituário
de suas propriedades,
virtudes e contraindicações.
> Esse é emético, esse
é diurético, esse é
antisséptico,
> laxante, dispéptico, adstringente

, isso é letal.”


SEM LETRAS

xama_lobo.jpg

bababadalgharaghtakamminarronnkonnbronnt
onnerronntuonnthunntrovarrhounawnskawn
toohoohoordenenthurnuk!

J.Joyce (In: Finnegan`s Wake, 1939)

o latido da harpa

lobodore.jpg

Assim falou o velho feiticeiro; depois olhou maliciosamente ao derredor e pegou na harpa.

“Na serena atmosfera, quando já o consolo do rocio desce í  terra, invisí­vel e silencioso ââ?¬â? porque o rocio consolador veste delicadamente como todos os meigos consoladores, ââ?¬â? então recordas tu, coração ardente, como estavas sedento de lágrimas divinas e gotas de orvalho, quando te sentias abrasado e fatigado, porque nos erbosos caminhos amarelos corriam em torno de ti através das escuras árvores, maliciosos raios de sol poente, ardentes olhares de sol, deslumbrantes e malévolos.

“Pretendente da verdade! tu? ââ?¬â? Assim chasqueavam. ââ?¬â? Não. Simples poeta. Um animal astuto e rasteiro que mente deliberadamente; um animal ansioso de presa, mascarado de cores vivas, máscara para si próprio, presa para si mesmo. Isto… pretendente da verdade?… Um pobre louco! um simples poeta! um palrador pitoresco que perora por detrás de uma máscara de demente que anda vagueando por enganosas pontes de palavras, por ilusórios arco-í­ris; que anda errante e bamboleante de cá para lá em
ilusórios zelos! Um louco, nada mais!

(…)

Foi isso que despertou o cão. Que os cães acreditam em ladrões e fantasmas.

E quando o tornei a ouvir uivar, tornei a sentir dó dele. Que fora feito, entretanto, do anão, do pórtico, da aranha e dos segredos? Teria sonhado? Teria acordado? Encontrei-me de repente entre agrestes brenhas, sozinho, abandonado í  luz da solitária lua.

Mas ali jazia um homem! E o cão, a saltar e a gemer, com o pêlo eriçado ââ?¬â? via-me caminhar ââ?¬â? começou a uivar outra vez, e pôs-se a gritar. Nunca ouvira um cão pedir socorro assim.

Nunca vi nada semelhante ao que ali presenciei. Vi um moço pastor a contorcer-se anelante e convulso, com o semblante desfigurado, e uma forte serpente negra pendendo-lhe da boca.

Quando vira eu tal repugnância e pálido terror num semblante? Adormecera, de certo, e a serpente introduziu-se-lhe na garganta, aferrando-se ali?

A minha mão começou a tirar a serpente, a tirar… mas em vão! Não conseguia arrancá-la da garganta. Então saiu de mim um grito: “Morde! Morde! Arranca-lhe a cabeça! Morde!” Assim gritava qualquer coisa em mim; o meu espanto, o meu ódio, a minha repugnância, a minha compaixão, todo o meu bem e o meu mal se puseram a gritar em mim num só grito.

Valentes que me rodeiais! Exploradores, aventureiros! Vós outros que apreciais os enigmas, adivinhais o enigma que eu vi então e explicai-me a visão do mais solitário.

Que foi uma visão e uma previsão: que sí­mbolo foi o que vi naquele momento? E quem é aquele que ainda deve chegar?

Quem é o pastor em cuja garganta se introduziu a serpente? Quem é o homem em cuja garganta se atravessara assim o mais negro e mais pesado que existe?

O pastor, porém, começou a morder como o meu grito lhe aconselhava: deu uma dentada firme! Cuspiu para longe de si a cabeça da serpente e saltou para o ar.

Já não era homem nem pastor; estava transformado, radiante; ria! Nunca houve homem na terra que risse como ele!

Pessoas

Falhei em Tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa…

Tabacaria, A.Campos.

pessoa2.jpg

Capa do primeiro número de “Orpheu”

Dados Cru(do)s a Coze(i)r :::::: TUMBALALÃ? ::::::: (ou a aldeia que nunca foi aldeia e que é muito mais que aldeia) ::::::: DESAFIATLux TUMBALALÃ?

O reconhecimento oficial ocorreu após uma mobilização iniciada em meados de 1998 e direcionada para a adoção de projetos de articulação coletiva que gravitavam em torno de uma história, destino e origem comuns para as pessoas que formam hoje uma comunidade com fronteiras sociais em processo e ainda sem território demarcado. Habitando o sertão de Pambú, uma área na margem baiana do sub-médio São Francisco ocupada no passado por várias missões indí­genas e alvo de criação extensiva de gado bovino durante os séculos XVII, XVIII e XIX, os Tumbalalá estão historicamente ligados a uma extensa rede indí­gena de comunicação interétnica, sendo, assim, parte e produto de relações regionais de trocas rituais e polí­ticas que sustentam sua etnogênese no plano das identidades indí­genas emergentes e os colocam no domí­nio etnográfico dos í­ndios do Nordeste brasileiro.
AAAAHAAHHHHALALí

NO RIO O IRON

Os Tumbalalá ocupam uma antiga área de missões indí­genas e colonização portuguesa ao norte do estado da Bahia, entre os municí­pios de Curaçá e Abaré, na divisa com Pernambuco e í s margens do rio São Francisco. Tem-se por referência o pequeno e antigo povoado de Pambú

(S 08o 33� W 039o 21�)

, a ilha da Assunção (TI Truká) e a cidade de Cabrobó (PE).

MISSAO

A história da colonização do sertão de Pambú remete ao século XVII e foi incrementada pela criação extensiva de gado bovino e pela formação de missões indí­genas nas ilhas do sub-médio São Francisco. Essas duas agências coloniais, somadas a outros fatores tanto polí­ticos quanto naturais, responderam por fluxos de deslocamentos e convergência de pessoas e famí­lias que fizeram desta parte do sertão uma referência regional no século XVIII.

Formando um importante núcleo de atração e povoamento interior, o sertão de Pambú foi ocupado até este perí­odo por ajuntamentos portugueses, vilas e aldeias de í­ndios cariri, fazendas de gado, grupos de í­ndios nômades não reduzidos, mas contatados, e outros ainda sem comunicação com os colonizadores. Dessa babilônia étnica que colocou lado a lado, em um complexo e tenso campo intersocial, pessoas e instituições com interesses e estilos culturais mais diversos derivam os Tumbalalá e as demais comunidades indí­genas do sertão do sub-médio São Francisco.

velho velho velho chico

LUCY IN THE SKY; DIAMONDS DIAMONDS DIAMONDS!

querem TRANSPOR?

TRANSPOSIÇ+ÃO
TRANSPOS
TRANSPOSIÇÃO
TRANS

POSIÇÃO

T R

A N
S P O

S

I

Ç

Ã

O

pode tirar seu burro da chuva

e entre você

ruindow$

A estimativa do número de famí­lias que hoje compõem o grupo tumbalalá é bastante imprecisa
, haja vista que o processo de auto-identificação está em curso e os critérios de pertença estão sendo internamente formulados. Durante o processo de identificação étnica realizado em 2001 foram confirmadas cerca de 180 famí­lias, mas, baseado em dados propostos por lideranças, o limite máximo potencial da população tumbalalá chega perto de 400 famí­lias, só devendo haver maior clareza quanto esse número após o término do processo de regularização fundiária do território.

patopatopato!

olhos
ohos

olhos
aviao
mulheres

“Alô, base, respondam! Toda poesia vive no rádio, na pepita de urânio
qu�ica
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO

microfone
chefia
manoel

toré
diminuição de áreas antes freqüentadas e habitadas por animais silvestres de porte maior, como veado e tamanduá, fez da caça uma atividade restrita a animais de pequeno porte que habitam a caatinga ou a vegetação que nasce ao longo do curso intermitente dos riachos. São codorna, preá, cutia, camaleão e, mais raramente, tatu.

novena
9?
ou 90?

evido í s várias intervenções ao longo do curso do rio São Francisco que acabaram por diminuir o seu potencial piscoso e navegabilidade, a pesca já não participa significativamente da economia doméstica local, apesar de o rio ainda oferecer uma boa variedade de peixes aproveitados na alimentação, além de ser habitat de jacarés, capivaras e tartarugas pouco consumidos em função da escassez e dificuldade de serem pegos.

mulheres
mulheres
celular na rádio!

etnogênese tumbalalá – assim como dos outros grupos da região do sub-médio São Francisco – é, portanto, um processo descontí­nuo e de longa duração. Em sua fase contemporânea o principal registro é a criação do terreiro de toré na fazenda São Miguel, propriedade da famí­lia Fatum, após a revelação feita a um membro desta famí­lia pelo encanto (sobre encanto, ver o item “ritual e cosmologia”) Manoel Ramos sobre a existência da aldeia Tumbalalá e seus limites. Isso na década de 50, quando algumas famí­lias locais trocavam regularmente experiências rituais e polí­ticas com famí­lias da ilha da Assunção e de outras localidades, outrora missões indí­genas. O ingrediente polí­tico que faltava para que os Tumbalalá seguissem o exemplo de seus vizinhos que obtiveram do Governo Federal a tutela, como os Tuxá, Atikum e Truká, veio após o encontro com a ANAI (Associação Nacional de Ação Indigenista) e o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) no ano de 1998, configurando-se a seguir o iní­cio de um movimento organizado visando o diálogo com a Funai.

mulheres
gooool!
(no final, é tudo futebol)

jesuismodejesuita
FALA!
amem
amem
amem

O sistema ritual dos Tumbalalá está baseado no culto aos encantos e no uso de um tipo de jurema (Pithecolobium diversifolium;

Mimosa/

artemisiana) do qual se faz o “vinho” ingerido durante o toré. Esta planta, um arbusto de porte médio a grande tí­pico do sertão do Nordeste, é central para a religiosidade indí­gena regional e apresenta algumas variedades que fazem parte do universo religioso de cultos afro-brasileiros, notadamente o catimbó ou candomblé de caboclo.
s encantos, ou encantados – e ainda, mestres ou guias – tumbalalá são entidades sobrenaturais originadas do processo voluntário de “encantamento” de alguns í­ndios ritual ou politicamente importantes, ao deixarem a existência humana, distinguindo-se dos espí­ritos produzidos pela inexorabilidade da morte. Neste caso eles são seres ontologicamente hí­bridos que transitam bem entre os homens e o sobrenatural porque não morreram – o que quer dizer que não assumiram completamente uma não-humanidade – e gozam de predicados inacessí­veis a um humano.

toré
public


SOU SÂ O EU + A MATÉRIA

MATEMA
SOU SÂ O EU + A MATEMA
null

pesca

liambraLiambra

parentes
parentes
parentes
parentes
riquezas sao diferentes
riquezas sao diferentes

.

Oi pessoas…
quem quiser ver um pouquinho do que rolou em tumbalalá, pode conferir nas
fotos e nos áudios das oficinas.

http://galeria.idbrasil.org.br/tumbalala
http://estudiolivre.org/el-user.php?view_user=avessa
http://www.flickr.com/photos/avesso/

textos e mais info: enciclopedia indigena:

root@�¼�¬�¸�·�¼�±:~#./raizes

üí¬í¸í·üí±

Square root

 
Roooooooooots
square roots …

00000001010101010101010100100101011001001010100101010101010

eu sou o número
que multiplicado por mim mesmo me compõe
00000001010101010101010100100101011001001010100101010101010
 
enquanto na matriz um novo mapa de primos se elege
       
    .
o vértice   
    .
aqui

        .eu
   
           
       
.você

 
operando

 operando operando
 
operando operando
 operando operando
  operando
 operando
   operando
  
operando
  operando

 

Na Casa da Claudete

Casa da Claudete (para Claudete Pereira Jorge, Octávio Camargo, Luiz Felipe Leprevost e todos que frequentam a casa da Claudete)

na casa da Claudete
os cristos são descrucificados.
religiões são formadas,
reformadas e destruí­das.
legiões e batalhões de idéias
são postas em sentido em versos
conservados em vodka.

na casa da Claudete
o marxismo também é tomado com coca-cola
o stalinismo cuspido pra fora da janela
e homero lido a marteladas
de mais ou menos 5.000 palavras.

na casa da Claudete
o incrí­vel Hulk é um adorável covarde
o jantar é a luz de velas pela falta de pagamento
os mestres são amigos do peito
que carinhosamente
mandamos para aquele lugar.

na casa da Claudete
um uno mil pára no meio do caminho
e í  pé buscamos o combustí­vel
num posto da rua de baixo.
lá não se cala a boca, se fala mais alto.
lá, adormecer é um ato de revolta.
é uma pausa para a volta triunfal.

“aliás, a casa dela
definitivamente não é a minha”
foi o que eu pensei
a última vez que adormeci
num dos cantos
da casa da Claudete.

alexandre frança

quer mais? entre no blog Blues Curitibano e confira as novidades.

A Vila como ela é

Eu, o Paulo Bearzoti e o Octávio Camargo estivemos visitando a Vila Torres, a antiga Vila Pinto. O Paulo, que já mantém o Cursão da Vila, um curso pré vestibular que prepara as pessoas da comunidade, nos ciceroneou e conduziu.

Paulo e Octávio dentro da sala de aula do Cursão da Vila

O Paulo nos encaminhou a um lí­der da comunidade, o João. O João, que tem 36 e coletou recicláveis desde os 3 anos de idade, há 6 dedica-se exclusivamente í  confecção e reparos em carrinhos. O João, gentil, nos recebeu na própria casa.

Em breve publicaremos a foto do Helicóptero que o João, que também é artista plástico, produziu.

O João foi convidado pelo Octávio para participar do Cozinhando com Puros Dados na Ybakatu para que, além da confraternização, fizesse uma crí­tica ao carrinho que o Ken produziu.

Na seqüência: a Ilí­ada, o João e o Chico Melo.

João dando o veredito sobre o carrinho

fotos: Sálvio e Giselle Nienkí¶tter

O Arqueiro

Arqueiro

Como uma lupa, a lente vidente cega de uma câmera se esmera e reconhece,
aponta e certeiramente atinge e toca o que de longe os olhos buscam e como
uma seta parte em direção ao mundo, í  luz que rouba a alma í s coisas e as
reveste de imagem.

Fotos: Lí­gia Borba

ISSO SOMOS

Aquilo que mediante o dinheiro é para mim, o que posso pagar, isto é, o que o dinheiro pode comprar, isso sou eu, o possuidor do próprio dinheiro. Minha força é tão grande como a força do dinheiro. As qualidades do dinheiro – qualidades e forças essenciais – são minhas, de seu possuidor. O que eu sou e o que eu posso não são determinados de modo algum por minha individualidade.

Sou feio mas posso comprar a mais bela mulher. Portanto não sou feio, pois o efeito da feiúra, sua força afugentadora, é aniquilado pelo dinheiro.

Segundo minha individualidade sou inválido, mas o dinheiro me proporciona vinte e quatro pés, portanto não sou inválido.

Sou um homem mau, sem honra, sem caráter e sem espí­rito, mas o dinheiro é honrado e, portanto também o seu possuidor. O dinheiro é o bem supremo, logo, é bom o seu possuidor.

O dinheiro poupa-me, além disso, o trabalho de ser desonesto, logo presume-se que sou honesto.

Sou estúpido, mas o dinheiro é o espí­rito real de todas as coisas, como poderia seu possuidor ser um estúpido? Além disso, seu possuidor pode comprar as pessoas inteligentes e quem tem o poder sobre os inteligentes não é mais inteligente que o inteligente?

Eu, que mediante o dinheiro posso tudo a que o coração humano aspira, não possuo todas as capacidades humanas? Não transforma meu dinheiro, então, todas as minhas incapacidades em seu contrário?

Se o dinheiro é o laço que me liga í  vida humana, que liga a sociedade a mim, que me liga com a natureza e com o homem, não é o dinheiro o laço de todos os laços? Não pode ele atar e desatar todos os laços? Não é por isso também o meio geral de separação? É a verdadeira marca divisória, assim como o verdadeiro meio de união, a força (…) quí­mica da sociedade.

(Marx, Karl. – Manuscritos Econômico-Filosóficos. 1ê ed., trad.: José Carlos Bruni. São Paulo, Abril S.A. Cultural e Industrial

CL�SSICOS NA ESCOLA P�šBLICA

A Ilí­ada de Homero


Patrí­cia Reis Braga

Peça adaptada por Sálvio Nienkí¶tter da obra tradutória de Odorico Mendes e inteiramente interpretada (vários personagens) por Patricia Reis Braga que trabalha com a obra odoricana há muitos anos. Sua primeira apresentação de Homero via Odorico se deu no Beto Batata sob a direção de Octávio Camargo em 2001.

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Aconteceu lá na Grécia


Jovens do Colégio Estadual Pedro Macedo

Peça juvenil escrita e dirigida por Sálvio Nienkí¶tter. Espetáculo que teve sua estréia em 2004 na Escola Estadual João Turin, onde foram feitas onze apresentações, e no SESC CENTRO onde o grupo formado naquele colégio fez sua última apresentação. Conta a história da Guerra de Tróia desde os fatos que a geraram até seu desfecho: trágico aos troianos. A peça conta com sete arautos (narradores) e vinte atores que essencialmente fazem pantomimas e evoluções estilizadas.

Estas duas peças foram montadas e exibidas dentro do evento cultural promovido pelo Colégio Estadual Pedro Macedo, no Portão, chamado “II Mostra de Vivência Cultural”, evento coordenado por Giselle Nienkí¶tter. O Cartaz do evento que já foi publicado neste blog é criação do Solda.

fotos: João Debs

O MEDO DO GOLEIRO DIANTE DO PÃ?Å NALTI

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