“We live, as we dream – alone”

heart of darkness
Museu Oscar Niemeyer. Janeiro de 2006.
Foto: Mathieu Bertrand Struck
Creative Commons License

The Heart of Darkness (O Coração das Trevas)
JOSEPH CONRAD, 1899.


The Nellie, a cruising yawl, swung to her anchor without a flutter of the sails, and was at rest. The flood had made, the wind was nearly calm, and being bound down the river, the only thing for it was to come toand wait for the turn of the tide.

The sea-reach of the Thames stretched before us like the beginning of an interminable waterway. In the offing the sea and the sky were welded together without a joint, and in the luminous space the tanned sails of the barges drifting up with the tide seemed to stand still in red clusters of canvas sharply peaked, with gleams of varnished spirits. A haze rested on the low shores that ran out to sea in vanishing flatness.

The air was dark above Gravesend, and farther back still seemed condensed into a mournful gloom, brooding motionless over the biggest, and the greatest, town on earth.

The Director of Companies was our captain and our host. We four affectionately watched his back as he stood in the bows looking to seaward. On the whole river there was nothing that looked half so nautical.

He resembled a pilot, which to a seaman is trust worthiness personified. It was difficult to realize his work was not out there in the luminous estuary, but behind him, within the brooding gloom.

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Continue a ler este fantástico livro, baixando sua versão completa em inglês (em domí­nio público) aqui.

Não há versão online em português, mas o texto de Conrad (de ascendência polaca mas anglicizado na juventude) é considerado de fácil acesso (mais do que isso, a “crí­tica” negou a Conrad o devido valor literário por muito tempo, relegando-o í  estante de livros infanto-juvenis e congêneres – ledo engano).

Basicamente, a narrativa de Conrad é construí­da sobre elementos antipodais entre si. É o horror face a lucidez, a luz face a escuridão, a sanidade face a loucura, o ‘civilizado’ face ao ‘selvagem’.

A obra é perturbadora e emblemática da história do colonialismo europeu no continente africano (Conrad inspirou-se nas loucuras de Leopoldo II da Bélgica no Congo), retratando o processo de degeneração mental e moral de um homem branco penetrando nos confins da selva equatorial africana.

No entanto, transcendendo seu próprio contexto histórico, o livro retrata mais amplamente o processo de mergulho da alma humana em seus próprios horrores e loucuras.

A trama passa-se na subida do serpenteado Rio Congo em um navio a vapor, coisa que muitos devem lembrar na conhecida releitura cinematográfica da obra, Apocalipse Now.


joseph-conrad

Mesa de trabalho de Joseph Conrad.
Photo by Ana Pinta – some rights reserved.

O coração das trevas é o mais intenso de todos os relatos que a imaginação humana jamais concebeu.” (Jorge Luis Borges)

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Outros livros em domí­nio público podem ser encontrados aqui e aqui.

Beyond Move 36

passeio-jogo
Xadrez no Passeio Público, Curitiba-PR.

UNA PARTIDA DE AJEDREZ
Stefan Zweig

A bordo del transatlántico que a medianoche debí­a zarpar rumbo a Buenos Aires reinaban la habitual acucia y el ir y venir apresurado de la última hora. Se confundí­an y se abrí­an paso a codazos los allegados que acompaí±aban a los viajeros; los mensajeros de telégrafos, con las gorras terciadas, recorrí­an los salones como flechas, gritando tal o cual nombre; se arrastraban baúles y se traí­an flores; por las escaleras subí­an y bajaban nií±os movidos por la curiosidad, en tanto que la orquesta tocaba briosamente la música de acompaí±amiento de la deck show. Un poco apartado de ese tumulto, estaba yo conversando con un conocido sobre el puente de paseo, cuando a nuestro lado estallaron dos o tres agudos fogonazos de magnesio; algún personaje destacado habí­a sido entrevistado y fotografiado, al parecer, instantes antes de la partida. Mi acompaí±ante miró hacia aquel lado y sonrió:

�Llevan ustedes un tipo raro a bordo, a ese Czentovic.

Debo haber revelado con un gesto harta ignorancia ante esa noticia, pues mi interlocutor agregó en seguida a guisa de explicación:

ââ?¬â?Mirko Czentovic es el campeón mundial de ajedrez. Acaba de recorrer los Estados Unidos, de este a oeste, interviniendo en torneos, y ahora se dirige a la Argentina, en procura de nuevos triunfos.

Entonces recordé efectivamente el nombre del joven campeón mundial y aun algunos pormenores de su carrera meteórica; mi compaí±ero, un lector de periódicos más asiduo que yo, estaba en condiciones de completarlos con toda una serie de anécdotas.

Continue a ler “novela de xadrez” de Stefan Zweig, imperdí­vel.
Compre aqui, quando não estiver mais esgotado.

xadrez-espanha
Jogo de xadrez interrompido e aprisionado.
Biblioteca Miguel de Cervantes, Praça da Espanha,Curitiba-PR.

Fotos: Mathieu Bertrand Struck
Creative Commons License

In chess, a computer can do the logical thinking of thinking about all of the move and counter-move sequences and think all of the different sequences of moves 12 moves ahead and consider billions of those in a few seconds. Garry Kasparov, the chess master, was asked, “How many board positions can you think of in a second?” He said, “Well, less than one.” So how is it that he can actually compete against a machine? It’s because of pattern recognition. He looks at the board and just instantly recognizes a pattern. He sees: “This is like the board where grand master So-and-So forgot to protect his trailing pawn two years ago.” And he’s actually studied 100,000 board positions. That is how humans think, largely by recognizing patterns“.

Corte Raso

navalha-occam

Navalha na liga

(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)

Nada pode tudo na vida.

Por que toda estrela pisca no céu
E o cometa risca?

Por que você não se arrisca, meu bem
E vem, belisca e petisca?
Por que teu beijo faí­sca?

Valha navalha na liga
Nada na barriga
Valha navalha

Não se escandalize, não
Tudo isso a gente pensa
Quando entra em transe
Quando sai da crise

Vou dizer não, não, não, não, não, não
Tantas vezes até formar um nome
Até formar seu nome

Valha navalha na liga/nada pode tudo na vida

Falta de sorte
Fui me corrigir
Errei

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O Macaco e a Viola
Um dia o macaco foi í  casa dum barbeiro fazer a barba. No momento de fazer a barba, o barbeiro cortou-lhe um pedaço do seu rabo.

– Me dá o pedaço do meu rabo, disse-lhe o macaco, ou eu te tomo a navalha.

O barbeiro recusou e o macaco tomou-lhe a navalha e fugiu.

Indo por um caminho, encontrou uma mulher escamando peixe com um pedaço de pau.

– Toma, aí­ tens uma faca para escamar o peixe, disse-lhe e deu-lhe a navalha.

Passado alguns dias voltou e pediu de volta a navalha.

– Não a tenho mais, disse a mulher, escondendo a navalha.

– Me dá a navalha de volta ou te tomo uma sardinha.

A mulher não cedeu e o Macaco tomou-lhe uma sardinha e fugiu. No caminho, avistou um padeiro comendo pão seco í  porta da padaria.

– Toma, aí­ tens um peixe, disse-lhe e deu-lhe a sardinha.

Depois de algum tempo voltou e reclamou a sua sardinha.

– Comi-a, respondeu o padeiro.

– Se não me deres a sardinha eu te tomo um barril de farinha, disse-lhe.

O padeiro não cedeu e o macaco tomou-lhe um barril de farinha e fugiu. No caminho, encontrou uma escola de meninas. Disse í  professora:

– Toma esta farinha; fazei bolos para as vossas meninas, e lhe deu o barril.

Voltando depois de certo tempo, reclamou seu barril.

– Não o tenho mais, respondeu a professora; fiz bolos para as meninas.

– Me dá a minha farinha ou eu carrego a mais bonita menina da escola.

A professora não cedeu e ele pegou uma das meninas e fugiu. No caminho encontrou uma lavadeira que estava sozinha lavando a roupa. Disse-lhe:

– Toma, aí­ tens uma menina para ajudar-te. E deixou a menina.

Algum tempo depois, voltou e reclamou a menina. A lavadeira escondeu a menina atrás duma árvore e respondeu:

– A menina! Não tenho mais: ela afogou-se no rio.

– Me dá a menina ou eu te tomo uma camisa.

A lavadeira não deu e ele tomou uma camisa de homem e fugiu. No caminho, encontrou um fabricante de instrumentos musicais, trabalhando em sua loja, sozinho e amarrotado. Disse-lhe:

– Aqui tens uma camisa nova, e lhe deu a camisa.

Algum tempo depois voltou e reclamou a camisa.

– Não posso devolvê-la, ela está toda rasgada.

– Me dá a minha camisa ou te tomo uma viola.

O violeiro não deu a camisa e o Macaco tomou-lhe uma viola e fugiu.

Subiu com sua viola ao teto da casa e se pôs a cantar:

Do meu rabo, fiz navalha;
Da navalha, fiz sardinha;
Da sardinha, fiz farinha;
Da farinha, fiz menina;
Da menina, fiz viola;
Dum! Dum! Dum!
Vou-me embora!

Jangada Brasil

Para-chute or Shutdown – Bataille Bikes


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Accursed share
From Wikipedia, the free encyclopedia.

In Georges Bataille’s theory of consumption, the accursed share is that excessive and non-recuperable part of any economy which is destined to one of two modes of economic and social expenditure.

Either it is spent luxuriously and knowingly without gain in the arts, non-procreative sexuality, spectacles and sumptuous monuments, or it is obliviously destined to an outrageous and catastrophic outpouring in war.

Trefoil Knot (How I Learned to Stop Worrying and Build a Brain)

cell
Photo: Eddie Law – é All rights reserved

Whispers of Immortality, T.S. Eliot (1920)

Webster was much possessed by death
And saw the skull beneath the skin;
And breastless creatures under ground
Leaned backward with a lipless grin.

Daffodil bulbs instead of balls 5
Stared from the sockets of the eyes!
He knew that thought clings round dead limbs
Tightening its lusts and luxuries.

Donne, I suppose, was such another
Who found no substitute for sense, 10
To seize and clutch and penetrate;
Expert beyond experience,

He knew the anguish of the marrow
The ague of the skeleton;
No contact possible to flesh 15
Allayed the fever of the bone.
. . . . .


trefoil-knot

. . . . .

Grishkin is nice: her Russian eye
Is underlined for emphasis;
Uncorseted, her friendly bust
Gives promise of pneumatic bliss. 20

The couched Brazilian jaguar
Compels the scampering marmoset
With subtle effluence of cat;
Grishkin has a maisonette;

The sleek Brazilian jaguar 25
Does not in its arboreal gloom
Distil so rank a feline smell
As Grishkin in a drawing-room.

And even the Abstract Entities
Circumambulate her charm; 30
But our lot crawls between dry ribs
To keep our metaphysics warm.

nomm

Photo: Rein Nomm – é All rights reserved

Quebrando a cabeça para resolver a equação – Crossed Puzzle



Sistemas Elétricos
Cadeias Alimentares
Teias e nós na WWW
O Desespero da gula
os processos digestivos
fj840yu0h4t0 as subtexturas
da lí­ngua – letra solta
Busca então o significado
agrega os clãs saciando a fome,
e além dela um motivo pra brindes,
algo dentro da forma
– nutre a cor dos origames.
Sistemas decimais convertidos
por volts
Alfabetos completos,
vernáculos,
tubérculos

e um leitor com fome de enzimas catalizadoras.

Alors que l’économie s’est toujours fondée sur la rareté pour mettre l’accent sur la production, Bataille, s’inspirant de l’Essai sur le don du sociologue Marcel Mauss, affirme le contraire : que c’est í  un excí¨s d’énergie qu’il nous faudrait faire face, lequel ne saurait être réinvesti dans quelque production, mais consumé, dépensé en pure perte. Mobilisant l’Histoire la plus ancienne, il indique comment certaines sociétés surent s’inventer des formes appropriées de dépense : tel fut le sacrifice pour les Aztí¨ques ou le potlatch pour les Amérindiens. Rappelant l’Histoire la plus récente, il montre í  quelle dépense catastrophique s’expose une société qui ne veut pas tenir compte d’une telle í« part maudite í».

Accursed share
From Wikipedia, the free encyclopedia.

In Georges Bataille’s theory of consumption, the accursed share is that excessive and non-recuperable part of any economy which is destined to one of two modes of economic and social expenditure.

Either it is spent luxuriously and knowingly without gain in the arts, non-procreative sexuality, spectacles and sumptuous monuments, or it is obliviously destined to an outrageous and catastrophic outpouring in war.


Limite: ações calculadas para encontrar ponto de convergência entre amigos espalhados pelo mundo. Existe um esforço, um esforço pela coletividade; enquanto poderíamos apenas indeterminar, medir o efeito de cada piscada, colocar a questão no nível existencial, morfológico, psíquico. Mas sim existe algo a ser medido, alguem se importa, alguem visita o sítio específico, alguem comparece a uma tentativa. Mas vai ficar sempre no tanto faz? tanto faz? tanto faz? então fica uma caneta em cima da mesa, um monte de fita crepe, algo menos esperado do que os espetáculos de sempre, discussões debates. Se o problema é existir, exista. Se o problema é dividir-se, chame os amigos. As ferramentas já estão, aí, os manuais, as equações, as bombas e o que mais me diga? As senhas, uma senha , outra senha, mais outra. Outra tradução vernácula. o Sol, o banho, a chuva. tantotato faz? Se é confundir, Enrolar comunique para massas cada vez maiores. e fim. de novo começo. fim. tanto faz. choveu. parou. jogue os dados, tua vez. relevante como sempre foi a minha vez. faça alguma coisa.

0=fora disso.

limite=tendendo a zero. perceba: é simples – não da pra dividir por zero. defina-se. derive-se. faça alguma coisa.

É batata!

potato

Supõe-se em um campo e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar somente uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir í  outra vertente, onde há batatas em abundância; mas se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrerão de inanição. A paz, neste caso, é a destruição; a guerra, é a esperança. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí­ a alegria da vitória, os hinos, as aclamações. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se. Ao vencido, o ódio ou compaixão… Ao vencedor, as batatas !” – Quincas Borba, Machado de Assis.

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A batata (Solanum tuberosum L.) é originária dos Andes peruanos e bolivianos onde é cultivada há mais de 7.000 anos. Recebe diferentes nomes conforme o local: Araucano ou Poni (Chile), Iomy (Colômbia), Papa (Império Inca e Espanha), Patata (Itália), Irish Potato ou White Potato (Irlanda).

A batata foi introduzida na Europa antes de 1520 sendo responsável pela primeira revolução verde no velho continente: os ingleses incendiavam os trigais e matavam os porcos criados pelos irlandeses, levando o povo í  miséria, entretanto a batata resistia ao pisoteamento das tropas, í s geadas e ficavam armazenadas no solo.

Alguns governantes impuseram medidas para a difusão da batata na Europa: Frederico Guilherme , da Prússia, ordenou a amputação do nariz de todos os camponeses que não plantassem batatas; Luis XVI, da França, ordenou a instalação de canteiros em locais públicos com a presença da guarda armada somente durante o dia – o que vale ser guardado vale ser roubado.

A difusão da batata em outros continentes ocorreu através da colonização realizada pelos paí­ses europeus, inclusive no Brasil. Inicialmente era cultivada em pequena escala em hortas familiares, sendo chamada de batatatinha, assim como na construção de ferrovias ganhou o nome de batata inglesa, por ser uma exigência nas refeições dos técnicos vindos da Inglaterra.

Pesquisadores da história da alimentação apontam duas razões básicas para o êxito e a disseminação da batata: o valor energético / ausência de colesterol e o fato de possuir sabor e cheiro pouco acentuado, possibilitando centenas de combinações que resultam em sabores diferentes.

Nutricionistas da FAO afirmam que uma dieta composta de batata e leite poderia suprir, em caráter de emergência, todos os nutrientes de que o organismo humano precisa para se manter.

Atualmente a batata é o 4ú alimento mais consumido no mundo, após arroz, trigo e milho.

Fonte

sr.batata

Textos no LiqÃ?¼idificador. – PUROS DADOS CALL FOR PAPERS

Mande textos, desenhos, equações resolvidas e auto-estruturas para serem registradas no corpo dos eletrodomésticos, do nosso lar em progress. Encontre-se. Seja-se.


PUROS DADOS STUDIES SOCIETY– de TERÇA A SEXTA no espaço YBAKATU – Rua Itupava, 414 das 14:00 ‘as 19:00… ou procure glerm online em
jabber: glerm@jabber.org
msn: guilhermesoares@netpar.com.br

às Sextas – Estudos e processos para uma Boca Livre.

“Dentes guardados. Não acabam nunca se guardados. Na boca apodrecem

hilda hist
“.

Cozinhando com Puros Dados na Ybakatu / Estudos para uma Boca Livre

Todas as sextas-feiras das 4 í s 8 da tarde / dias 20 e 27 de janeiro – 03, 10 e 17 de fevereiro na Ybakatu

Migração para o estudio do Matema í s 20h00 para inicio da ação sí­tio especí­fico na fábrica de lentes.
– abram se as portas da visão –
a partir de terça feira dia 24/01 iní­cio da pesquisa stricto sensu sobre Puros Dados procurando tindiquera, no final das contas =
Bit não bit, beat e não beat, fonte sonora e imagem, sujeito e objeto, falta e ganho secundário.
no liquidificador.
blended.
Movendo o braço de um robô – moving an arm of Levi Strauss.

Cru ou Cooked && || Raw or Cozido

multiprocessando em eletrodomésticos

= ++ ;

contramão / florianópolis-sc

Contramão

espaço móvel que migra através de residências propondo intervenções artí­sticas dentro do ambiente doméstico. Por concepção ele se molda e se adapta de acordo com o espaço de ocupação do momento e a configuração das pessoas envolvidas, ou seja, a cada mês ou exposição o evento acontece numa casa diferente, tendo seu dono como curador, que delimitará espaço, artista(s), perí­odo e horário de visitação.

A>DENTRO 3ê edição do espaço contramão, que se realizará na casa de Adriana Barreto. A exposição contará com a participação de 7 artistas convidados para uma intervenção na casa:
Ana 3,1415; Carlos Asp; Flora Holderbaum; Giorgia Mesquita; Julia Amaral; Rubens Mano e Tamara Willerding. Durante a abertura e ao longo do mês, o Espaço contará com outras inserções como a do grupo experimental Molécula Sônica.
A curadora (residente) Adriana Barreto pensou esta exposição a partir de ligações abertamente afetivas, instigada pela curiosidade de criar uma situação de encontro e troca entre os artistas convidados e possí­veis conexões com seu espaço privado.
Com abertura no próximo dia 20 de janeiro ás 17:00h, o endereço é: Serv. David José Bastos, 99. Rio Vermelho.

arquivo


tela de Theodoro de Bona, mostra o cacique Tindiquera escolhendo o local da nova povoação.


página do livro-tombo com a assinatura dos fundadores que firmaram o documento de 29 de março de 1693, instituindo a criação da Câmara e da Justiça e elevaram a povoação í  categoria de vila.


tela de Arthur Ní­sio. Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

fonte: Imagens da Evolução de Curitiba
Otavio Duarte e Guinski
guinski design / quadrante editorial

Achado um Aleph em Curitiba

time machine
Time Machine
Edifí­cio Tijucas, Curitiba, Brasil.
foto: Mathieu Bertrand Struck
Creative Commons License

E sobre arte de encontro com a ciência (e vice-versa):

A Christmas Carol, Charles Dickens

The Anubis Gates, Tim Powers

The End of Eternity, Isaac Asimov.

aleph

En la parte inferior del escalón, hacia la derecha, vi una pequeí±a esfera tornasolada, de casi intolerable fulgor. Al principio la creí­ giratoria; luego comprendí­ que ese movimiento era una ilusión producida por los vertiginosos espectáculos que encerraba. El diámetro del Aleph serí­a de dos o tres centí­metros, pero el espacio cósmico estaba ahí­, sin disminución de tamaí±o. Cada cosa (la luna del espejo, digamos) era infinitas cosas, porque yo claramente la veí­a desde todos los puntos del universo. Vi el populoso mar, vi el alba y la tarde, vi las muchedumbres de América, vi una plateada telaraí±a en el centro de una negra pirámide, vi un laberinto roto (era Londres), vi interminables ojos inmediatos escrutándose en mí­ como en un espejo, vi todos los espejos del planeta y ninguno me reflejó, vi en un traspatio de la calle Soler las mismas baldosas que hace treinta aí±os vi en el zaguán de una casa en Frey Bentos, vi racimos, nieve, tabaco, vetas de metal, vapor de agua, vi convexos desiertos ecuatoriales y cada uno de sus granos de arena, vi en Inverness a una mujer que no olvidaré, vi la violenta cabellera, el altivo cuerpo, vi un cáncer de pecho, vi un cí­rculo de tierra seca en una vereda, donde antes hubo un árbol, vi una quinta de Adrogué, un ejemplar de la primera versión inglesa de Plinio, la de Philemont Holland, vi a un tiempo cada letra de cada página (de chico yo solí­a maravillarme de que las letras de un volumen cerrado no se mezclaran y perdieran en el decurso de la noche), vi la noche y el dí­a contemporáneo, vi un poniente en Querétaro que parecí­a reflejar el color de una rosa en Bengala, vi mi dormitorio sin nadie, vi en un gabinete de Alkmaar un globo terráqueo entre dos espejos que lo multiplicaban sin fin, vi caballos de crin arremolinada, en una playa del Mar Caspio en el alba, vi la delicada osadura de una mano, vi a los sobrevivientes de una batalla, enviando tarjetas postales, vi en un escaparate de Mirzapur una baraja espaí±ola, vi las sombras oblicuas de unos helechos en el suelo de un invernáculo, vi tigres, émbolos, bisontes, marejadas y ejércitos, vi todas las hormigas que hay en la tierra, vi un astrolabio persa, vi en un cajón del escritorio (y la letra me hizo temblar) cartas obscenas, increí­bles, precisas, que Beatriz habí­a dirigido a Carlos Argentino, vi un adorado monumento en la Chacarita, vi la reliquia atroz de lo que deliciosamente habí­a sido Beatriz Viterbo, vi la circulación de mi propia sangre, vi el engranaje del amor y la modificación de la muerte, vi el Aleph, desde todos los puntos, vi en el Aleph la tierra, vi mi cara y mis ví­sceras, vi tu cara, y sentí­ vértigo y lloré, porque mis ojos habí­an visto ese objeto secreto y conjetural, cuyo nombre usurpan los hombres, pero que ningún hombre ha mirado: el inconcebible universo.

As Montanhas da Lua

montanhas da lua

The Voyage of the Beagle, Charles Darwin

Chapter 2 – Rio de Janeiro

* Rio de Janeiro * Excursion north of Cape Frio * Great Evaporation * Slavery * Botofogo Bay * Terrestrial Planariae * Clouds on the Corcovado * Heavy Rain * Musical Frogs * Phosphorescent Insects * Elater, springing powers of * Blue Haze * Noise made by a Butterfly * Entomology * Ants * Wasp killing a Spider * Parasitical Spider * Artifices of an Epeira * Gregarious Spider * Spider with an unsymmetrical Web.

APRIL 4th to July 5th, 1832. — A few days after our arrival I became acquainted with an Englishman who was going to visit his estate, situated rather more than a hundred miles from the capital, to the northward of Cape Frio. I gladly accepted his kind offer of allowing me to accompany him.

April 8th. — Our party amounted to seven. The first stage was very interesting. The day was powerfully hot, and as we passed through the woods, everything was motionless, excepting the large and brilliant butterflies, which lazily fluttered about. The view seen when crossing the hills behind Praia Grande was most beautiful; the colours were intense, and the prevailing tint a dark blue; the sky and the calm waters of the bay vied with each other in splendour. After passing through some cultivated country, we entered a forest, which in the grandeur of all its parts could not be exceeded. We arrived by midday at Ithacaia; this small village is situated on a plain, and round the central house are the huts of the negroes. These, from their regular form and position, reminded me of the drawings of the Hottentot habitations in Southern Africa. As the moon rose early, we determined to start the same evening for our sleeping-place at the Lagoa Marica. As it was growing dark we passed under one of the massive, bare, and steep hills of granite which are so common in this country. This spot is notorious from having been, for a long time, the residence of some runaway slaves, who, by cultivating a little ground near the top, contrived to eke out a subsistence. At length they were discovered, and a party of soldiers being sent, the whole were seized with the exception of one old woman, who, sooner than again be led into slavery, dashed herself to pieces from the summit of the mountain. In a Roman matron this would have been called the noble love of freedom: in a poor negress it is mere brutal obstinacy. We continued riding for some hours. For the few last miles the road was intricate, and it passed through a desert waste of marshes and lagoons. The scene by the dimmed light of the moon was most desolate. A few fireflies flitted by us; and the solitary snipe, as it rose, uttered its plaintive cry. The distant and sullen roar of the sea scarcely broke the stillness of the night.

sardinha2

April 9th. — We left our miserable sleeping-place before sunrise. The road passed through a narrow sandy plain, lying between the sea and the interior salt lagoons. The number of beautiful fishing birds, such as egrets and cranes, and the succulent plants assuming most fantastical forms, gave to the scene an interest which it would not otherwise have possessed. The few stunted trees were loaded with parasitical plants, among which the beauty and delicious fragrance of some of the orchideae were most to be admired. As the sun rose, the day became extremely hot, and the reflection of the light and heat from the white sand was very distressing. We dined at Mandetiba; the thermometer in the shade being 84 degs. The beautiful view of the distant wooded hills, reflected in the perfectly calm water of an extensive lagoon, quite refreshed us. As the venda [1] here was a very good one, and I have the pleasant, but rare remembrance, of an excellent dinner, I will be grateful and presently describe it, as the type of its class. These houses are often large, and are built of thick upright posts, with boughs interwoven, and afterwards plastered. They seldom have floors, and never glazed windows; but are generally pretty well roofed. Universally the front part is open, forming a kind of verandah, in which tables and benches are placed. The bed-rooms join on each side, and here the passenger may sleep as comfortably as he can, on a wooden platform, covered by a thin straw mat. The venda stands in a courtyard, where the horses are fed. On first arriving it was our custom to unsaddle the horses and give them their Indian corn; then, with a low bow, to ask the senhor to do us the favour to give up something to eat. “Anything you choose, sir,” was his usual answer. For the few first times, vainly I thanked providence for having guided us to so good a man. The conversation proceeding, the case universally became deplorable. “Any fish can you do us the favour of giving ?” — “Oh! no, sir.” — “Any soup?” — “No, sir.” — “Any bread?” — “Oh! no, sir.” — “Any dried meat?” — “Oh! no, sir.” If we were lucky, by waiting a couple of hours, we obtained fowls, rice, and farinha. It not unfrequently happened, that we were obliged to kill, with stones, the poultry for our own supper. When, thoroughly exhausted by fatigue and hunger, we timorously hinted that we should be glad of our meal, the pompous, and (though true) most unsatisfactory answer was, “It will be ready when it is ready.” If we had dared to remonstrate any further, we should have been told to proceed on our journey, as being too impertinent. The hosts are most ungracious and disagreeable in their manners; their houses and their persons are often filthily dirty; the want of the accommodation of forks, knives, and spoons is common; and I am sure no cottage or hovel in England could be found in a state so utterly destitute of every comfort. At Campos Novos, however, we fared sumptuously; having rice and fowls, biscuit, wine, and spirits, for dinner; coffee in the evening, and fish with coffee for breakfast. All this, with good food for the horses, only cost 2s. 6d. per head. Yet the host of this venda, being asked if he knew anything of a whip which one of the party had lost, gruffly answered, “How should I know? why did you not take care of it? — I suppose the dogs have eaten it.”

brandon-staden
Hacking original photograph by Gilson Camargo. Tupinamba feast, observed by Hans Staden (orig.1557)