BLOG E*OU, post número zero: este “inacessível do Inconsciente”

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“Humano: Mas isto não é ser benevolente, como poderei vencer a mim mesmo, isto não é justo. Meu Deus não…

ícaro: Vai perder, Vai perder, e sua cabeça vai rolar…

Humano: Como chegarei a vitória? Meu Deus porque não aparece, sempre nas horas de apuros some. Apareça! Filha da Puta.

ícaro: Alguém vai ter pena de você nem que seja você mesmo.” (…)

Humano: Quer dizer então que me concede uma chance de rever meu Deus?

ícaro: O destino da humanidade mais uma vez será decidido pela forma mais convencional desde os mais remotos tempos: o jogo.

ícaro: JOGO! Roleta Russa, Bingo, Business, Compra, Venda, Namoro, Casamento. Como todo bom jogo, estou sedento, já estou prevendo, o sangue derramado, se faz justo? O que importa é só um jogo.

ícaro: Desde os primórdios, por toda infância aos humanos é ensinado a jogar. Jogar, competir, ganhar. E se fez da vida um reles jogo, em que só há vencedores se houverem perdedores, um princí­pio simples, uma revelação.

ícaro: E como sempre o jogador será somente um: O humano! Conseguirá este a vitória?

ícaro: Um jogo sem regras e com todas as cartas na mesa, inclusive a mais temida, a mais negada pelo ser humano: A consciência!

(…)

DESAFIATLUX

“Eu não estou ouvindo música, é outra coisa que está acontecendo. Signos evidentes por si mesmos, por incrí­vel que cresça e apareça, multiplicai-vos! Creio em um sinal. Ei-lo. Não me lembro bem. Distraio-me. Perco os sentidos, ganho os dados. Deus não morreu. Perdeu os sentidos. Sempre que possí­vel, o contemporâneo já passou. Perdeu-se no fim. (…) um segredo óbvio. Eu, contemporâneo do meu fantasma, olho-me no espelho e vejo nada. Submeto-me a isso. A percepção. (…) Atenção. Quero a liberdade de minha linguagem. Vire-se. Independência ou silêncio. As núpcias da Essência e da existência. Vir a ser é assim.” Paulo Leminski – Catatau.

Não deverí­amos ter expectativa alguma do que fazemos, o que fazemos não é bom nem ruim, o que fazemos é nada. Os acontecimentos somente fazem parte de um coeficiente infinito: 0=0, pura redundância. Cúmplices de uma farsa, nossa lógica não é limpa, somos exorcizados a golpes inautênticos gerados pela cultura econômica dos excessos. Toda nova informação é formulada por uma expectativa frustrada, absoluta e que aponta para um único sentido/abismo.
Desvio ou catástrofe? Delirium tremens. Ser o tormento dos próprios pensamentos, perturbação da nossa própria ordem. O desafio como ruí­do.

artaud

– O sintoma é uma “pista” da história do sujeito (seminário 1). Como o indica Freud, é “o signo e o substituto de uma satisfação pulsional que não teve lugar… o resultado da moção pulsional tocada pelo recalcamento”. (Inibição, sintoma e angústia). – Lacan precisa também que recalcamento e retorno do recalcado são “uma só e mesma coisa, o direito e o avesso de um só e mesmo processo” (Lacan, Jacques – Seminário 3 – 14/12/55).

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olhos de corvo

Em qualquer tempoépoca o seu contemporanêo se desespera.
A desesperança gera artimanhas e as artimanhas o fazem desesperar novamente.

mesmo lá do outro lado da noite,
onde parece que não mais amanhecerá,
posta-se firme um sujeitinho
chamado amanhã.

One thoughtful comment

  1. se a vida for um jogo, sup�´e-se que a morte seja o seu final. quem chega na frente -pode-se crer- que n�£o �© o que mais se diverte.
    jogo bom �© a peteca, n�£o a copiada do volei, mas a dos �­ndios em que a onda �© n�£o deixar ela cair. quem j�¡ jogou sabe.

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