DESAFIATLUX
“Eu não estou ouvindo música, é outra coisa que está acontecendo. Signos evidentes por si mesmos, por incrível que cresça e apareça, multiplicai-vos! Creio em um sinal. Ei-lo. Não me lembro bem. Distraio-me. Perco os sentidos, ganho os dados. Deus não morreu. Perdeu os sentidos. Sempre que possível, o contemporâneo já passou. Perdeu-se no fim. (…) um segredo óbvio. Eu, contemporâneo do meu fantasma, olho-me no espelho e vejo nada. Submeto-me a isso. A percepção. (…) Atenção. Quero a liberdade de minha linguagem. Vire-se. Independência ou silêncio. As núpcias da Essência e da existência. Vir a ser é assim.” Paulo Leminski – Catatau.
Não deveríamos ter expectativa alguma do que fazemos, o que fazemos não é bom nem ruim, o que fazemos é nada. Os acontecimentos somente fazem parte de um coeficiente infinito: 0=0, pura redundância. Cúmplices de uma farsa, nossa lógica não é limpa, somos exorcizados a golpes inautênticos gerados pela cultura econômica dos excessos. Toda nova informação é formulada por uma expectativa frustrada, absoluta e que aponta para um único sentido/abismo.
Desvio ou catástrofe? Delirium tremens. Ser o tormento dos próprios pensamentos, perturbação da nossa própria ordem. O desafio como ruído.
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Humano: Sempre achei que partisse de meu Deus a esperanÃ?§a do amanhecer, dos dias melhores, mas que esperanÃ?§a Ã?© esta? A vida nÃ?£o Ã?© um jogo. Ela simplesmente Ã?©. NÃ?£o preciso mais da sua proteÃ?§Ã?£o e do seu julgamento. NÃ?£o preciso do Bem e do Mal. Do medo ou do orgulho. Do despotismo autoritÃ?¡rio do meu… “SENHOR”! Da suposta “ORDEM”! A morte faz parte da vida e se vocÃ?ª Ã?© o todo pode ser tambÃ?©m a morte. MORRA!
(esfaqueia Deus, ergue o cora�§�£o)
Todos: Malditos somos n�³s tentando ser n�³s mesmos!
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