desafio intermodal em curitibabilônia


Bicicletada-Curitiba realiza segunda edição do Desafio Intermodal

Diga lá: entre o ciclista, o motorista de carro, o de moto, o usuário de ônibus e o pedestre, quem é mais rápido? Quem polui menos? E quem se estressa mais? Para desvendar esse mistério, o grupo Bicicletada-Curitiba, em parceria com o Programa Ciclovida da UFPR, irá realizar a segunda edição do Desafio Intermodal no dia 28 de maio, í s 18h. O percurso é o mesmo do ano passado: saí­da da ciclofaixa da Rua Augusto Stresser, Câmara de Vereadores como ponto intermediário e chegada na Prefeitura de Curitiba.

Nesta edição, serão mais participantes: um ciclista atleta, um ciclista master (com mais de 50 anos), um ciclista que utilizará bicicleta dobrável e ônibus, um ciclista urbano com uma roda-fixa, outro ciclista urbano, um pedestre, um corredor, um skatista, um usuário de ônibus, um de táxi, um motorista de automóvel e um motociclista.

No ranking, além do tempo, serão levados em consideração quesitos como poluição, despesa, energia gasta, dióxido de carbono e ruí­do emitidos, para constatar qual é o veí­culo mais eficiente. Há também outro ranking com quesitos subjetivos, onde são analisados, pelos usuários de cada transporte participante do desafio, critérios de praticidade, segurança, conforto e conflito.

O primeiro Desafio Intermodal foi realizado no dia 10 de outubro do ano passado. Na ocasião, uma das bicicletas participantes venceu a corrida. E ainda: os resultados finais do desafio mostraram que, além de mais rápida, a bicicleta é o veí­culo mais eficiente a ser usado na cidade em horário de pico, quando milhares de curitibanos ficam presos no trânsito. Para o grupo, os resultados não demonstram, necessariamente, a supremacia da bicicleta, mas a inviabilidade de se planejar a cidade tendo o carro como prioridade.

Engana-se quem pensa que comprovar que a bicicleta é sempre a melhor opção seja a intenção da Bicicletada-Curitiba ao realizar o Desafio Intermodal. O objetivo é mostrar a necessidade de uma polí­tica urbana de mobilidade que dê ao transporte não-motorizado a devida atenção.

Goura

www.bicicletadacuritiba.org
www.bicicletadacuritiba.wordpress.com

Jardim de Volts encontra Jardinagem Libertária

tensao.jpg

Desenrolando algumas tentativas de sugerir rituais, carnavais ou qualquer tipo de liturgia-comunhão que pudessem dar conta de simbolizar e sensibilizar para questões sobre relações entre tecnologia, sociedade e corpo que há alguns anos temos discutido em nossas redes,
tentei conceituar já há quase dois anos uma brincadeira-manifesto que foi batizada de Jardim de Volts.

Jardim de Volts busca encontrar uma forma de entendermos a tecnologia (e a “ciência” que a tornou possí­vel) como algo que não é uma magia da indústria e sim fruto da inteligência humana em observar a natureza. Então porque tudo se descontrolou tanto? Aquilo que poderia ajudar a humanidade a construir um mundo melhor ainda serve quase exclusivamente para gerar um consumo sem sentido, sem a menor responsabilidade social e sem medida da destruição do nosso instinto de integração com todo ecossistema.

Escrevi um rascunho de idéia que ao meu ver ainda continua muito crua:
( http://estudiolivre.org/tiki-index.php?page=JardinDeLosVolts )

Durante o encontro Submidiologia 2 a bricadeira foi tomando mais forma:
( http://pub.descentro.org/submidialogia_o_estudo_da_subversao_dos_meios )

Apesar de até hoje não ter elaborado melhor uma reflexão sobre a proposta tenho comentado aqui e ali e isso acabou rendendo alguns encontros.

Recentemente recebi um convite do pessoal que em Curitiba tem organizado uma ação direta muito esperta e divertida, que foi batizada de “Jardinagem Libertária”. Nesta o grupo celebra a busca por consciência ecológica promovendo encontros, bicicletadas, caminhadas e outras buscas onde revitalizam o espaço urbano plantando árvores pela cidade. O grupo chegou a criar uma praça num abandonado terreno baldio, que foi batizada de “Praça PIrata”…
( http://jardinagemlibertaria.wordpress.com/ )

Por duas vezes seguidas este ano, em Fevereiro e Março de 2008, tentei de alguma maneira conectar a proposta com a idéia do Jardim de Volts, e curiosamente fui surpreendido por contratempos que me fizeram refletir sobre o próprio processo que eu estava querendo trazer como discussão.

Da primeira vez uma chuva impedia que minha proposta de tirar energia de limões, usando computador pra transformar poéticas sonoras recombinadas de arquivos mandados para mim se realizasse. Da segunda, um HD com problemas atrasava toda a preparação do sistema para o tal.

Enquanto preparava o HD pra tentar realizar aquilo que eu imaginava como uma colaboração, eu fui aos poucos refletindo sobre o ritmo que eu mesmo me encontro agora, depois de tantos anos vivendo em função da internet e sua promessa de informação e comunicação total.

Pensei também na minha paranóia de “eficiência”, também parte de um sintoma de todo esse prometido “progresso”, que eu queria criticar com uma retórica tão metida a eloqüente.

Curiosamente no sábado de manhã eu fui aos poucos conseguindo deixar o sistema pronto, mesmo tendo freado um pouco meu ritmo, influenciado pela reflexão.

Chegando no lugar, me deparei com dezenas de pessoas, fazendo intervenções num muro de tapume de um outro terreno baldio (uma nova Praça Pirata?), e fui visitar a já citada e arborizada primeira Praça Pirata.

O fato é vendo a naturalidade com que a piazada tava lidando com aquilo, me caiu a ficha que toda aquele meu processo metódico de determinismo pra fazer um tipo de “demonstração” de expressões da eletrônica fora do processo industrial ainda estavam muito viciados na ilusão de “ter tudo sob controle” como prega nosso cego processo civilizatório.

Ao invés de imediatamente influenciar todo aquele esforço manual que estava acontecendo ali pra prestar atenção em algo completamente desviante que eu estava preparado pra fazer, eu decidi tentar ajudar nas intervenções, entender, compartilhar os processos e tentar pensar um pouco daquilo que o Jardim de Volts estava propondo a partir daquela experiência.

Naquele exato momento percebi o quanto as pessoas estavam aparelhadas com suas tintas, pás, estiletes, canetas, máquinas fotográficas, instrumentos musicais, impressos e outros utensí­lios que além de ferramentas super úteis para a ocasião, também contribuiram para o giro de toda uma economia industrial.

Todo aquele belo romantismo de desenhos nos tapumes do terreno baldio e plantar árvores no quarteirão em volta estava ali inevitavelmente sujeito a um processo industrializado que vai culminar num eminente uso do terreno pelo seu proprietário. Talvez toda a revitalização do quarteirão até ajude na especulação imobiliária do terreno.

Obviamente que toda essa reflexão pelo viés pessimista cai numa perspectiva totalmente radical de encarar o processo civilizatório do qual somos indissociáveis avatares, como em teorias do Anarco-Primitivismo ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarco-primitivismo ) .

Não é dí­ficil presumir porque reflexões tão profundamente realistas sobre a incapacidade do homem usar sua incrí­vel inteligência para uma comunhão mais saúdavel com o planeta podem cair em surtos de violência irracional como a desesperada ação do Unabomber ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodore_Kaczynski )…

No entanto, como pensar uma maneira não-violenta em que de dentro pra fora possamos redesenhar nossa função em construir uma “ciência” mais alinhada com as necessidades do mundo, e não apenas com o egoí­smo consumista e imediatista que nos surge pelos tradicionais simulacros com a idéia de progresso e prosperidade?

Obviamente a resposta não é nada simples, mas acredito que ali na Jardinagem Libertária, entre algo de uma energia bastante pueril e ingênua de jovens querendo afirmar seus traços, haviam também esforços extremamente responsáveis, bravos e inteligentes de fazer sua parte para criar um mundo melhor e menos alienado do que está a sua volta.

Quanto aos Volts, aos poucos eles vão encontrando maneira de entoar mantras nos Jardins, buscando entender como esse conhecimento sobre a energia pura e canalizada pode ser menos destrutiva e mais esperta.

Por enquanto, fico bastante feliz em poder ver crescer o pé de limoeiro que plantamos ali ao lado da calçada naquele dia. Espero que ele possa um dia dar frutos. Que estes possam ajudar para que por trás dos tapumes ao invés de ignorantes templos de consumo apareçam mais Jardins Libertários.

limoeiro.jpg

DESAFIATLUX

DESAFIATLUX

“Eu não estou ouvindo música, é outra coisa que está acontecendo. Signos evidentes por si mesmos, por incrí­vel que cresça e apareça, multiplicai-vos! Creio em um sinal. Ei-lo. Não me lembro bem. Distraio-me. Perco os sentidos, ganho os dados. Deus não morreu. Perdeu os sentidos. Sempre que possí­vel, o contemporâneo já passou. Perdeu-se no fim. (…) um segredo óbvio. Eu, contemporâneo do meu fantasma, olho-me no espelho e vejo nada. Submeto-me a isso. A percepção. (…) Atenção. Quero a liberdade de minha linguagem. Vire-se. Independência ou silêncio. As núpcias da Essência e da existência. Vir a ser é assim.” Paulo Leminski – Catatau.

Não deverí­amos ter expectativa alguma do que fazemos, o que fazemos não é bom nem ruim, o que fazemos é nada. Os acontecimentos somente fazem parte de um coeficiente infinito: 0=0, pura redundância. Cúmplices de uma farsa, nossa lógica não é limpa, somos exorcizados a golpes inautênticos gerados pela cultura econômica dos excessos. Toda nova informação é formulada por uma expectativa frustrada, absoluta e que aponta para um único sentido/abismo.
Desvio ou catástrofe? Delirium tremens. Ser o tormento dos próprios pensamentos, perturbação da nossa própria ordem. O desafio como ruí­do.

venha <-- conquista de Espassssso

______enquanto isso em curitiba:

Sexta:

Festival-aniversário-Processo-mnfdosngonodsososdodsdgspds,,çv,dsdpog!

Casa da Karina (envelhecendo na cidade)
Travessa Bom Retiro, 27. Bom Retiro.
Curitiba/PR. fones: 41-3352-2927 e 99745493.
levem cervejas e instrumentos musicais

Sábado:

Domingo:

—– enquanto isso em Sp:

…….

AÇÃO COLETIVA CONTRA A REINTEGRAÇÃO DE POSSE
DO EDIFICIO PRESTES MAIA, MSTC

QUE LÂGICA É ESSA, QUE PRIORIZA O IMÂVEL E NÃO O HUMANO?!

O Movimento

O MSTC – Movimento Sem Teto do Centro é composto por cerca de 8 mil
pessoas lideradas por dez mulheres. Cada coordenação reside em um
prédio diferente, sendo que em cada um, além de um coordenador geral,
há uma segunda coordenação, eleita anualmente pelo movimento.

Mulheres, crianças, jovens e homens fazem parte desse movimento. São
trabalhadores na cidade de São Paulo, a maior parte mão de obra
formal, em empregos como cobradores de ônibus, catadores de papelão
para a reciclagem, são faxineiras, lavadeiras e costureiras que í 
noite vão para a ocupação e participam da vida interna e polí­tica do
movimento, para lutar por moradia. Além disso, atuam na organização de
propostas concretas para o centro de São Paulo, interferindo
diretamente nas polí­ticas públicas como, planejamentos de habitação,
criação de trabalhos cooperados, redes de produção educacional e
cultural.

O Edifí­cio Prestes Maia

O gigantesco edifí­cio modernista denominado Prestes Maia ficou ocioso
por 20 anos! As taxas de impostos não pagas, acumulou uma dí­vida
superior a 4 milhões de reais, ou seja, 2 milhões a menos que o valor
do prédio junto í  prefeitura de São Paulo. A Constituição brasileira
prevê em um dos seus artigos que, caso um imóvel se torne ocioso por
mais de cinco anos, passa a ser bem público. A presença do movimento
nesse imóvel público tensiona as desigualdades sociais e joga foco
para questões bastante urgentes que dizem respeito a todos nós
cidadãos.

Sua localização: Avenida Prestes Maia 911, centro de São Paulo, sobre
o Metrô da Estação da Luz, ao lado da Pinacoteca.

Integração sem posse X Reintegração de posse

Há três anos, 3 mil pessoas habitam esse edifí­cio. Crianças nasceram,
muitos morreram; juntos passaram por incêndio, suicí­dio, rearranjos
coletivos, comemorações…Essas famí­lias criaram ví­nculos
trabalhistas, cooperativos e afetivos a partir desse lugar que
habitam.

Agora estão prestes a serem despejados, pois os donos do edifí­cio,
Srs. Jorge Hamuche (Hamuche Jeans) e Eduardo Amorim, não abrem mão do
imóvel. Eles entraram com um pedido de reintegração de posse e este
foi aceito.

A lógica é, “o Judiciário se responsabiliza pela coisa e não pelo
pessoal “. Essas foram as palavras da representante do Judiciário na
reintegração de posse do Edifí­cio Guapira, no final do ano passado.

Se não for para moradia popular, que outra utilização pública terá
esse edifí­cio?Uma possí­vel negociação se torna inviável, a partir do
momento que é inegável a potencialidade econômica para esses senhores.

O MTSC opera na aceleração desse processo de passagem, pressionando a
compra do edifí­cio por parte das autoridades para transformá-la em
moradia popular. Em meio a essas tensas negociações, surgem
especulações bancárias e imobiliárias, jogos financeiros e geralmente,
despejo dos movimentos de ocupação.

Colaboração

Diagnosticada a situação, se faz urgente (pois a reintegração pode
acontecer a qualquer momento) divulgá-la, para que toda a sociedade
fique ciente dessa realidade. Queremos a inversão da lógica já
estabelecida, chamando a atenção das autoridades e mí­dias em geral
para o que está acontecendo nessa ocupação.

Somos provedores de cultura, mas antes somos, cidadãos. Apoiamos o
Movimento dos Sem Teto do Centro, a ocupação do edifí­cio Preste Maia,
legitimando sua autonomia, suas propostas públicas de, ocupação,
moradias populares, educação, projetos cooperados e suas, nossas,
manifestações.

FAZEM-SE NECESSíRIOS ESCÂNDALOS!!!

AÇÂO COLETIVA DE APOIO AO MSTC CONTRA A REINTEGRAÇÃO

Chamada para Ação Coletiva no Prestes Maia!

Em face da proximidade da reintegração do Prestes Maia e da urgência
mostrada pelo Movimento, decidimos realizar uma Ação Coletiva contra a

reintegração de posse neste sábado, dia 02/07, a partir das 14h.

A idéia é fazer ações nas calçadas em frente aos dois edifí­cios que
compõem a ocupação, na Av. Prestes Maia e na Rua Brigadeiro Tobias,
realizando inclusive intervenções nas fachadas dos dois prédios.

Algumas ações planejadas:

– montagem da exposição SPLAC, realizada neste domingo pelo EIA –
Experiência Imersiva Ambiental, de trabalhos que questionam a
especulação imobiliária.

– projeção de ví­deos do ACMSTC – Arte e Cultura no Movimento Sem Teto
do Centro, sobre a Reintegração da ocupação Guapira do Comunas Urbanas
e outros sobre movimentos populares e ocupações;

– lambe-lambes da Bijarí­ sobre a gentrificação;

– homens- placa e panfletagem;

– instalação de uma tira de pano vermelho na fachada;

– produção de ví­deos e documentação em fotografia;

– instalação de ilha de rede auto-sustentável para a circulação
simultânea de informações na Internet ;

– instalação sonora / DJs.

Outras ações estão sendo propostas. Pretendemos fazer o maior
escândalo possí­vel e contar com a participação de pessoas de diversas
áreas , cultural, polí­tica e intelectual, procurando mobilizar a
sociedade contra a reintegração. Precisamos de toda a força possí­vel
nas ações, contatos com aliados e divulgação na imprensa.

Para todos que queiram participar, haverá uma reunião com o MSTC
nesta quarta-feira í s 19:30 da noite na sede do Movimento, na Av. São
João 1495.

Confirmada a participação:

Catadores de Histórias, Esqueleto Coletivo, EIA, TEMP, A Revolução não
será televisionada, Elefante, Comunas Urbanas, Comunas da Terra / MST,
Nova Pasta, mm não é confete, Bijari, Cia. Cachorra, Ateliê Espaço
Coringa, Coletivo Tuxxx, CMI – Centro de Mí­dia Independente, Comunas
da Terra, Cena Dinâmica, Fórum Centro Vivo, Gavin Adans, Cristiane
Arenas, Os Bigodistas, Marcha
Mundial das Mulheres, Imagético, Cabeza Marginal, Iatã Cannabrava,
Letí­cia Rita, Base V, Mí­dia Tática, Instituto Polis, Fórum Centro
Vivo, Daniel Arrubio, Suely Rolnik, Peter Pelbart, Toni Venturi, Xico
Sá, Lucas Bambozzi, Grupo C.O.B.A.I.A, Rui Amaral, Artbr,
Radioatividade, Grupo Dragão da Gravura, Evaldo Mocarzel.

MANIFESTO DO MSTC- MOVIMENTO DOS SEM TETOS NO CENTRO- 2005 / retirado
do site do movimento: www.mstc.org.br

O que é o MSTC?
O Movimento Sem-Teto do Centro é uma articulação de grupos de base e
de Associações de Moradores das ocupações e projetos já conquistados.
É um espaço de formulação de propostas e de lutas por moradia ao mesmo
tempo em que procura se articular com outras lutas populares
organizadas pelo movimento social.

Quais são as orientações e princí­pios do que norteiam o MSTC?
1. incentivar a população que não tem moradia a pleitear recursos do
Estado e/ou dos beneficiários do modelo econômico para a realização de
projetos habitacionais e construção de moradias populares, que atendam
suas necessidades enquanto população excluí­da, possibilitando assim a
manutenção da estrutura familiar.

2. no processo de luta por moradia, organizar grupos e associações
populares autônomas e permanentes, que garantam a ampla participação
democrática das pessoas e famí­lias. A organização própria é um
instrumento para desenvolver as famí­lias e suas lideranças, garantindo
a continuidade da luta e transformando aquela população excluí­da em
agentes de sua própria história.

3. inter-relacionar-se, unir-se, o máximo possí­vel, prioritariamente
com o maior número de outros grupos populares de luta por moradia, e
também com outras lutas populares. Em primeiro lugar, para conseguir
seus objetivos especí­ficos. Em segundo lugar, de modo combinado com o
primeiro, para construir um movimento social forte que ataque as
causas da miséria, lutando por uma Reforma Urbana efetiva.

4. travar a luta permanente pelo direito í  moradia – nunca freá-la,
sob pretexto algum – porque somente através da luta é possí­vel colocar
na ordem do dia as reivindicações populares frente ao sistema de
exclusão que aí­ está. Serão implementadas todas as formas de luta e
ações, decididas pelo coletivo, desde iniciativas diretas,
negociações, intermediações, etc.

5. como perspectiva mais ampla, buscar o desenvolvimento fí­sico,
econômico, profissional e cultural das famí­lias sem-teto, tendo como
horizonte a construção de uma sociedade fraterna e igualitária,
socialista.

6. nas conjunturas eleitorais, incentivar para que o movimento se
engaje na eleição de candidatos efetivamente comprometidos com as
causas populares.

CARTA MANIFESTO EM APOIO AO MSTC

Tendo em vista que a ocupação Prestes Maia sofre reintegração de
posse, e que pode ser despejada a qualquer momento, nós artistas,
produtores, cineastas, video-makers, educadores, agentes de cultura em
geral, que desde o ano de 2003 estamos conectados ao MSTC, devido ao
encontro denominado Arte Contemporânea no Movimento dos Sem Teto do
Centro, ocorrido no edifí­cio Prestes Maia, assim como outros eventos
de igual porte, interamos nosso apoio ao projeto de ocupação do prédio
Prestes Maia, ocupação esta que existe desde o ano 2001.

Ao longo desses três anos, essa ocupação tem mostrado publicamente sua
capacidade de organização em projetos locais de educação, cultura,
formação de base, lideranças, cooperativas, tendo trazido notórias
mudanças tanto para os moradores do prédio, quanto para a comunidade
em torno.

Nós declaramos publicamente nosso apoio í s reivindicações do MSTC para
o edifí­cio Prestes Maia, e pedimos as autoridades competentes que com
urgência, revertam o quadro de reintegração de posse e despejo que
nesse momento ameaça o movimento. Pedimos também que o MSTC, assim
como toda a Frente de Luta por Moradia, sejam acolhidos em suas
propostas e projetos para o centro de São Paulo, no que diz respeito a
moradia, trabalho, educação e cultura.

Certos que seremos ouvidos em nosso apelo público, nessa lista assinam
abaixo pessoas fí­sicas, instituições e organizações formais ou
informais que endossam essa carta manifesto.