______enquanto isso em curitiba:
Sexta:
Festival-aniversário-Processo-mnfdosngonodsososdodsdgspds,,çv,dsdpog!
Casa da Karina (envelhecendo na cidade)
Travessa Bom Retiro, 27. Bom Retiro.
Curitiba/PR. fones: 41-3352-2927 e 99745493.
levem cervejas e instrumentos musicais
Sábado:
Domingo:
—– enquanto isso em Sp:
…….
AÇÃO COLETIVA CONTRA A REINTEGRAÇÃO DE POSSE
DO EDIFICIO PRESTES MAIA, MSTC
QUE LÂGICA É ESSA, QUE PRIORIZA O IMÂVEL E NÃO O HUMANO?!
O Movimento
O MSTC – Movimento Sem Teto do Centro é composto por cerca de 8 mil
pessoas lideradas por dez mulheres. Cada coordenação reside em um
prédio diferente, sendo que em cada um, além de um coordenador geral,
há uma segunda coordenação, eleita anualmente pelo movimento.
Mulheres, crianças, jovens e homens fazem parte desse movimento. São
trabalhadores na cidade de São Paulo, a maior parte mão de obra
formal, em empregos como cobradores de ônibus, catadores de papelão
para a reciclagem, são faxineiras, lavadeiras e costureiras que í
noite vão para a ocupação e participam da vida interna e política do
movimento, para lutar por moradia. Além disso, atuam na organização de
propostas concretas para o centro de São Paulo, interferindo
diretamente nas políticas públicas como, planejamentos de habitação,
criação de trabalhos cooperados, redes de produção educacional e
cultural.
O Edifício Prestes Maia
O gigantesco edifício modernista denominado Prestes Maia ficou ocioso
por 20 anos! As taxas de impostos não pagas, acumulou uma dívida
superior a 4 milhões de reais, ou seja, 2 milhões a menos que o valor
do prédio junto í prefeitura de São Paulo. A Constituição brasileira
prevê em um dos seus artigos que, caso um imóvel se torne ocioso por
mais de cinco anos, passa a ser bem público. A presença do movimento
nesse imóvel público tensiona as desigualdades sociais e joga foco
para questões bastante urgentes que dizem respeito a todos nós
cidadãos.
Sua localização: Avenida Prestes Maia 911, centro de São Paulo, sobre
o Metrô da Estação da Luz, ao lado da Pinacoteca.
Integração sem posse X Reintegração de posse
Há três anos, 3 mil pessoas habitam esse edifício. Crianças nasceram,
muitos morreram; juntos passaram por incêndio, suicídio, rearranjos
coletivos, comemorações…Essas famílias criaram vínculos
trabalhistas, cooperativos e afetivos a partir desse lugar que
habitam.
Agora estão prestes a serem despejados, pois os donos do edifício,
Srs. Jorge Hamuche (Hamuche Jeans) e Eduardo Amorim, não abrem mão do
imóvel. Eles entraram com um pedido de reintegração de posse e este
foi aceito.
A lógica é, “o Judiciário se responsabiliza pela coisa e não pelo
pessoal “. Essas foram as palavras da representante do Judiciário na
reintegração de posse do Edifício Guapira, no final do ano passado.
Se não for para moradia popular, que outra utilização pública terá
esse edifício?Uma possível negociação se torna inviável, a partir do
momento que é inegável a potencialidade econômica para esses senhores.
O MTSC opera na aceleração desse processo de passagem, pressionando a
compra do edifício por parte das autoridades para transformá-la em
moradia popular. Em meio a essas tensas negociações, surgem
especulações bancárias e imobiliárias, jogos financeiros e geralmente,
despejo dos movimentos de ocupação.
Colaboração
Diagnosticada a situação, se faz urgente (pois a reintegração pode
acontecer a qualquer momento) divulgá-la, para que toda a sociedade
fique ciente dessa realidade. Queremos a inversão da lógica já
estabelecida, chamando a atenção das autoridades e mídias em geral
para o que está acontecendo nessa ocupação.
Somos provedores de cultura, mas antes somos, cidadãos. Apoiamos o
Movimento dos Sem Teto do Centro, a ocupação do edifício Preste Maia,
legitimando sua autonomia, suas propostas públicas de, ocupação,
moradias populares, educação, projetos cooperados e suas, nossas,
manifestações.
FAZEM-SE NECESSíRIOS ESCÂNDALOS!!!
AÇÂO COLETIVA DE APOIO AO MSTC CONTRA A REINTEGRAÇÃO
Chamada para Ação Coletiva no Prestes Maia!
Em face da proximidade da reintegração do Prestes Maia e da urgência
mostrada pelo Movimento, decidimos realizar uma Ação Coletiva contra a
reintegração de posse neste sábado, dia 02/07, a partir das 14h.
A idéia é fazer ações nas calçadas em frente aos dois edifícios que
compõem a ocupação, na Av. Prestes Maia e na Rua Brigadeiro Tobias,
realizando inclusive intervenções nas fachadas dos dois prédios.
Algumas ações planejadas:
– montagem da exposição SPLAC, realizada neste domingo pelo EIA –
Experiência Imersiva Ambiental, de trabalhos que questionam a
especulação imobiliária.
– projeção de vídeos do ACMSTC – Arte e Cultura no Movimento Sem Teto
do Centro, sobre a Reintegração da ocupação Guapira do Comunas Urbanas
e outros sobre movimentos populares e ocupações;
– lambe-lambes da Bijarí sobre a gentrificação;
– homens- placa e panfletagem;
– instalação de uma tira de pano vermelho na fachada;
– produção de vídeos e documentação em fotografia;
– instalação de ilha de rede auto-sustentável para a circulação
simultânea de informações na Internet ;
– instalação sonora / DJs.
Outras ações estão sendo propostas. Pretendemos fazer o maior
escândalo possível e contar com a participação de pessoas de diversas
áreas , cultural, política e intelectual, procurando mobilizar a
sociedade contra a reintegração. Precisamos de toda a força possível
nas ações, contatos com aliados e divulgação na imprensa.
Para todos que queiram participar, haverá uma reunião com o MSTC
nesta quarta-feira í s 19:30 da noite na sede do Movimento, na Av. São
João 1495.
Confirmada a participação:
Catadores de Histórias, Esqueleto Coletivo, EIA, TEMP, A Revolução não
será televisionada, Elefante, Comunas Urbanas, Comunas da Terra / MST,
Nova Pasta, mm não é confete, Bijari, Cia. Cachorra, Ateliê Espaço
Coringa, Coletivo Tuxxx, CMI – Centro de Mídia Independente, Comunas
da Terra, Cena Dinâmica, Fórum Centro Vivo, Gavin Adans, Cristiane
Arenas, Os Bigodistas, Marcha
Mundial das Mulheres, Imagético, Cabeza Marginal, Iatã Cannabrava,
Letícia Rita, Base V, Mídia Tática, Instituto Polis, Fórum Centro
Vivo, Daniel Arrubio, Suely Rolnik, Peter Pelbart, Toni Venturi, Xico
Sá, Lucas Bambozzi, Grupo C.O.B.A.I.A, Rui Amaral, Artbr,
Radioatividade, Grupo Dragão da Gravura, Evaldo Mocarzel.
MANIFESTO DO MSTC- MOVIMENTO DOS SEM TETOS NO CENTRO- 2005 / retirado
do site do movimento: www.mstc.org.br
O que é o MSTC?
O Movimento Sem-Teto do Centro é uma articulação de grupos de base e
de Associações de Moradores das ocupações e projetos já conquistados.
É um espaço de formulação de propostas e de lutas por moradia ao mesmo
tempo em que procura se articular com outras lutas populares
organizadas pelo movimento social.
Quais são as orientações e princípios do que norteiam o MSTC?
1. incentivar a população que não tem moradia a pleitear recursos do
Estado e/ou dos beneficiários do modelo econômico para a realização de
projetos habitacionais e construção de moradias populares, que atendam
suas necessidades enquanto população excluída, possibilitando assim a
manutenção da estrutura familiar.
2. no processo de luta por moradia, organizar grupos e associações
populares autônomas e permanentes, que garantam a ampla participação
democrática das pessoas e famílias. A organização própria é um
instrumento para desenvolver as famílias e suas lideranças, garantindo
a continuidade da luta e transformando aquela população excluída em
agentes de sua própria história.
3. inter-relacionar-se, unir-se, o máximo possível, prioritariamente
com o maior número de outros grupos populares de luta por moradia, e
também com outras lutas populares. Em primeiro lugar, para conseguir
seus objetivos específicos. Em segundo lugar, de modo combinado com o
primeiro, para construir um movimento social forte que ataque as
causas da miséria, lutando por uma Reforma Urbana efetiva.
4. travar a luta permanente pelo direito í moradia – nunca freá-la,
sob pretexto algum – porque somente através da luta é possível colocar
na ordem do dia as reivindicações populares frente ao sistema de
exclusão que aí está. Serão implementadas todas as formas de luta e
ações, decididas pelo coletivo, desde iniciativas diretas,
negociações, intermediações, etc.
5. como perspectiva mais ampla, buscar o desenvolvimento físico,
econômico, profissional e cultural das famílias sem-teto, tendo como
horizonte a construção de uma sociedade fraterna e igualitária,
socialista.
6. nas conjunturas eleitorais, incentivar para que o movimento se
engaje na eleição de candidatos efetivamente comprometidos com as
causas populares.
CARTA MANIFESTO EM APOIO AO MSTC
Tendo em vista que a ocupação Prestes Maia sofre reintegração de
posse, e que pode ser despejada a qualquer momento, nós artistas,
produtores, cineastas, video-makers, educadores, agentes de cultura em
geral, que desde o ano de 2003 estamos conectados ao MSTC, devido ao
encontro denominado Arte Contemporânea no Movimento dos Sem Teto do
Centro, ocorrido no edifício Prestes Maia, assim como outros eventos
de igual porte, interamos nosso apoio ao projeto de ocupação do prédio
Prestes Maia, ocupação esta que existe desde o ano 2001.
Ao longo desses três anos, essa ocupação tem mostrado publicamente sua
capacidade de organização em projetos locais de educação, cultura,
formação de base, lideranças, cooperativas, tendo trazido notórias
mudanças tanto para os moradores do prédio, quanto para a comunidade
em torno.
Nós declaramos publicamente nosso apoio í s reivindicações do MSTC para
o edifício Prestes Maia, e pedimos as autoridades competentes que com
urgência, revertam o quadro de reintegração de posse e despejo que
nesse momento ameaça o movimento. Pedimos também que o MSTC, assim
como toda a Frente de Luta por Moradia, sejam acolhidos em suas
propostas e projetos para o centro de São Paulo, no que diz respeito a
moradia, trabalho, educação e cultura.
Certos que seremos ouvidos em nosso apelo público, nessa lista assinam
abaixo pessoas físicas, instituições e organizações formais ou
informais que endossam essa carta manifesto.
Por favor,
Gostaria de saber mais sobre o MSTC, pois vou fazer uma reportagem sobreo movimento e queria algum contato que pudesse me explicar melhor as causas e ideologias do movimento.
Obrigada,
Paula Ricupero