DIVERSIDADE DIGITAL E CULTURA, versão beta

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Por Sérgio Amadeu da Silveira

Este é um texto, versão beta, para ser levado ao “Seminário Internacional sobre Diversidade Cultural: práticas e perspectivas”, organizado pelo Ministério da Cultura em parceria com a Organização dos Estados Americanos, que ocorrerá no final de junho, em Brasí­lia. Este seminário tratará de discutir e indicar proposições para implementar a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, da UNESCO, aprovada em 20 de outubro de 2005.

A convenção da Unesco reconheceu a necessidade de adotar medidas para proteger a diversidade das expressões culturais e enfatizou também a relação estratégica entre cultura e desenvolvimento sustentável. As manifestações e as expressões livres e libertadoras da cultura digital constituem recursos indispensáveis e essenciais para assegurar a diversidade geral das expressões culturais de nossas sociedades.

Reunindo ciência e cultura, antes separadas pela dinâmica das sociedades industriais, centrada na digitalização crescente de toda a produção simbólica da humanidade, forjada na relação ambivalente entre o espaço e o ciberespaço, na alta velocidade das redes informacionais, no ideal de interatividade e de liberdade recombinante, nas práticas de simulação, na obra inacabada e em inteligências coletivas, a cultura digital é uma realidade de uma mudança de era. Como toda mudança, seu sentido está em disputa, sua aparência caótica não pode esconder seu sistema, mas seus processos, cada vez mais auto-organizados e emergentes, horizontalizados, formados como descontinuí­dades articuladas, podem ser assumidos pelas comunidades locais, em seu caminho de virtualização, para ampliar sua fala, seus costumes e seus interesses.

A cultura digital é a cultura da contemporaneidade. Como bem lembrou o Ministro-hacker Gilberto Gil, em 2004, em uma aula magna na USP, “cultura digital é um conceito novo. Parte da idéia de que a revolução das tecnologias digitais é, em essência, cultural. O que está implicado aqui é que o uso de tecnologia digital muda os comportamentos. O uso pleno da Internet e do software livre cria fantásticas possibilidades de democratizar os acessos í  informação e ao conhecimento, maximizar os potenciais dos bens e serviços culturais, amplificar os valores que formam o nosso repertório comum e, portanto, a nossa cultura, e potencializar também a produção cultural, criando inclusive novas formas de arte.”

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CULTURA DIGITAL, CIBERCULTURA E CULTURA DAS REDES

A maior construção da cultura digital é a Internet que “nasceu da improvável intersecção da big science, da pesquisa militar e da cultura libertária.” (CASTELLS) Deixando evidente que desde o iní­cio, “o remix é a verdadeira natureza do digital” (GIBSON). O digital é a meta-linguagem da cultura pós-industrial que avança no interior das redes informacionais e para fora delas, do ciberespaço para a atualização em novas sociabilidades. Por isso, a cultura digital é também a cibercultura e representa o novo estágio da cultura de rede.

A cibercultura então pode ser compreendida como “a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70.” (LEMOS) Ela também é “o movimento histórico, a conexão dialética, entre sujeito humano e suas expressões tecnológicas, através da qual transformamos o mundo e, assim, o nosso próprio modo de ser interior e material em dada direção (cibernética)”. (RÃ?Å?DIGER).

A Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (Convenção da Diversidade) definiu que “expressões culturais são aquelas que resultam da criatividade de indiví­duos, grupos e sociedades e que possuem conteúdo cultural”. Assim, pensaremos neste texto as expressões culturais da cibercultura e sua relação com a diversidade em geral.

Todos os nove objetivos da Convenção da Diversidade, relatados a seguir, têm relação direta com o desenvolvimento atual da cultura digital. São objetivos definidos pela Convenção:

a) proteger e promover a diversidade das expressões culturais;

b) criar condições para que as culturas floresçam e interajam livremente em benefí­cio mútuo;

c) encorajar o diálogo entre culturas a fim de assegurar intercâmbios culturais mais amplos e equilibrados no mundo em favor do respeito intercultural e de uma cultura da paz;

d) fomentar a interculturalidade de forma a desenvolver a interação cultural, no espí­rito de construir pontes entre os povos;

e) promover o respeito pela diversidade das expressões culturais e a conscientização de seu valor nos planos local, nacional e internacional;

f) reafirmar a importância do ví­nculo entre cultura e desenvolvimento para todos os paí­ses, especialmente para paí­ses em desenvolvimento, e encorajar as ações empreendidas no plano nacional e internacional para que se reconheça o autêntico valor desse ví­nculo;

g) reconhecer a natureza especí­fica das atividades, bens e serviços culturais enquanto portadores de identidades, valores e significados;

h) reafirmar o direito soberano dos Estados de conservar, adotar e implementar as polí­ticas e medidas que considerem apropriadas para a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais em seu território;

i) fortalecer a cooperação e a solidariedade internacionais em um espí­rito de parceria visando, especialmente, o aprimoramento das capacidades dos paí­ses em desenvolvimento de protegerem e de promoverem a diversidade das expressões culturais.

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A DIVERSIDADE É A ESSSÃ?Å NCIA DA CIBERCULTURA

Uma das principais hipóteses de Pierre Lévy é que a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas culturais que vieram antes dele, já que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer. Ou seja, a cibercultura abriga pequenas totalidades, “mas sem nenhuma pretenção ao universal”. Podemos dizer que seu fundamento é a própria diversidade. Uma diversidade em contí­nua construção.

Entre as maiores expressões do ativismo cibercultural está o movimento conhecido como Metareciclagem. Avesso a qualquer totalização, o Metareciclagem constrói ví­nculos entre tecnologia e arte sem modelos predeterminados, de modo distribuí­do, sem imposições. Outro exemplo é o Estúdio Livre que trabalha um conceito de ambiente colaborativo, em constante desenvolvimento, que busca formar espaços reais e virtuais que estimulem e permitam a produção, a distribuição e o desenvolvimento de mí­dias livres. Todas as ferramentas deste ambiente são baseadas nos conceitos de software livre, conhecimento livre e apropriação tecnológica pelas comunidades de usuários.

Segundo a Convenção da Unesco, “diversidade cultural refere-se í  multiplicidade de formas pelas quais as culturas dos grupos e sociedades encontram sua expressão. Tais expressões são transmitidas entre e dentro dos grupos e sociedades. A diversidade cultural se manifesta não apenas nas variadas formas pelas quais se expressa, se enriquece e se transmite o patrimônio cultural da humanidade mediante a variedade das expressões culturais, mas também através dos diversos modos de criação, produção, difusão, distribuição e fruição das expressões culturais, quaisquer que sejam os meios e tecnologias empregados.”

A expansão da cultura digital confunde-se com a expansão da Internet.

Mas a Internet foi construí­da sob forte influência da cultura hacker e, por isso, guarda seus traços, nos quais devemos destacar a liberdade de criação e a idéia de compartilhamento. Este espí­rito aberto permitiu construir o maior repositório de informações que a humanidade jamais viu. A cultura hacker gerou uma rede das redes e não uma rede única, uma rede absoluta. A diversidade dentro da colaboração foi e é um enorme feito dos arquitetos da Internet. Mas a Internet ganhou importância econômica e polí­tica e agora está sob constante ataque. Grupos e corporações gigantescas do mundo industrial querem conter a expansão da rede como um espaço de liberdade para o conhecimento e para a criação e recombinação digital da cultura. As tecnologias da informação são ambí­guas. Servem ao controle e í  liberdade, ao aberto e ao opaco. A cibercultura se realiza dentro deste terreno em disputa. De um lado, as operadoras de telecom querendo controlar a voz sobre IP, de outro o movimento Save the Internet, articulando a defesa da neutralidade dos protocolos da rede. As indústrias do entretenimento querendo impor o DRM e organizações como a Eletronic Frontier Foundation lutando pela liberdade de expressão e pelos inalienáveis direitos humanos na rede. Defender a diversidade cultural na rede passa pela defesa de uma cidadania digital, transnacional, e baseada na garantia dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.

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DIVERSIDADE É RECOMBINANTE

O coletivo de mí­dia tática Critical Art Ensemble tem trabalhado desde o final do século XX com sua crí­tica profunda aos limites í  criatividade impostos pelo sistema. Se Vannevar Bush havia nos alertado de que as nossas mentes pensam por associação, não seria estranho supor que nossa cultura realiza-se também por conexão, por constantes recombinações. De modo suficientemente claro, no texto Distúrbio Eletrônico, o Critical Art Emsemble conclama: “Deixemos que as noções românticas de originalidade, genialidade e autoria permaneçam, mas como elementos para a produção cultural sem nenhum privilégio especial acima dos outros elementos igualmente úteis. Está na hora de usarmos a metodologia da recombinação para melhor enfrentarmos a tecnologia do nosso tempo.”

A diversidade depende da liberdade dos fluxos e a criatividade precisa estar desimpedida para adotar todo o potencial da interatividade que é o devir da hipertextualidade e está presente em toda a expansão da web. Uma web que caminha cada vez mais para constituir-se de múltiplas práticas colaborativas. Alex Primo, ao analisar o aspecto relacional das interações na Web 2.0, esclareceu que “a interação social é caracterizada não apenas pelas mensagens trocadas (o conteúdo) e pelos interagentes que se encontram em um dado contexto (geográfico, social, polí­tico,temporal), mas também pelo relacionamento que existe entre eles. Portanto, para estudar um processo de comunicação em uma interação social não basta olhar para um lado (eu) e para o outro (tu, por exemplo). É preciso atentar para o “entre”: o relacionamento. Trata-se de uma construção coletiva, inventada pelos interagentes durante o processo, não podendo ser manipulado unilateralmente nem previsto ou determinado”.

O relacionamento recombinante é conflituoso e seu sentido é imprevisí­vel, pois a linkagem aberta ou a co-linkagem garante a liberdade e a infinita disputa de caminhos e trilhas. Mas isso é vital para a diversidade. O princí­pio da Convenção da Unesco de igual dignidade e respeito por todas as culturas precisa incorporar o mesmo tratamento para as culturas recombinantes, para as ciberculturas. Nunca é demais lembrar das idéias de George P. Landow, um dos grandes estudiosos do hipertexto: “Las concepciones de autorí­a guardam uma estrecha relación com la forma de tecnologí­a de la información que prevalece em un momento dado, y, cuando esta cambia o comparte su dominio com otra, también se modifican, para bien y para mal, las interpretaciones culturales de autoria.”

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A DEFESA DO ACESSO PARA ASSEGURAR AS POSSIBILIDADES DE DIGITALIZAÇÃO DAS EXPRESSÃ?â?¢ES CULTURAIS

Alejandro Piscitelli argumenta que a “Internet fue el primer medio masivo de la historia que permitió uma horizontalización de las comunicaciones, uma simetria casi perfecta entre producción y recepción, alterando em forma indeleble la ecologia de los medios.” Este enorme feito democratizante não conseguiu ainda reverter as tendências concentradoras que se ampliam com as assimetrias sócio-econômicas. Javier Bustamante Donas, ao discutir a relação entre a cibercultura e a ecologia da comunicação, afirmou que “el acceso a Internet y su uso como vehí­culo de transmisión de ideas y de comunicación personal va sin duda a establecer nuevos criterios de diferenciación social entre los ciudadanos de la nueva cibercultura. Individuos, empresas, colectivos sociales que no tengan acceso por razones económicas, técnicas o de rechazo psicológico, se encontrarán en una posición precaria a la hora de definir su presente y su futuro.”

Não podemos privar as comunidades locais, tradicionais ou não, bem como os artistas e produtores culturais da possibilidade de migração de sua produção simbólica para o interior da redes, para o ciberespaço. Para assegurar que a expressão das idéias e manifestações artí­sticas possam ganhar formatos digitais e, também, para garantir que os grupos e indiví­duos possam criar, inovar e re-criar peças e obras a partir do próprio ciberespaço, são necessárias ações públicas de garantia de acesso universal í  rede mundial de computadores. Sem inclusão digital de todos os segmentos da sociedade, a cibercultura não estará contemplando plenamente a diversidade de visões, de expressões, de comportamentos e perspectivas.

Bem alertou-nos Javier Bustamante que “sin una pluralidad de fuentes no se puede hablar de libertad de pensamiento, conciencia o religión. Sin acceso a medios de alcance internacional no tiene sentido hablar de libertad de opinión y de difusión de las mismas sin limitación de fronteras”. Por isso, a cultura da diversidade digital é ampliada pelas práticas de compartilhamento de conhecimento, de tecnologias abertas, de expansão de telecentros, de oficinas de metareciclagem, de pontos de cultura. Essas iniciativas precisam ser amplificadas, uma vez que executam o princí­pio do acesso eqüitativo presente na Declaração da Unesco: “O acesso eqüitativo a uma rica e diversificada gama de expressões culturais provenientes de todo o mundo e o acesso das culturas aos meios de expressão e de difusão constituem importantes elementos para a valorização da diversidade cultural e o incentivo ao entendimento mútuo”.

Quanto maior a inclusão digital da sociedade, maiores serão as possibilidades da diversidade cultural. Quanto maior a liberdade para as práticas colaborativas na rede, wikis, softwares livres, ações P2P, blogs, espectro aberto, mais extensa será sua inteligência coletiva criativa.

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REALIDADES ALTERNATIVAS, SIMULAÇÃ?â?¢ES E MÚLTIPLAS IDENTIDADES

A cultura digital envolve a simulação, as realidades virtuais e as realidades alternativas. Ciborgues não são somente metáforas, como nos ensinou Donna Haraway. A crise das identidades que ocorria já nas sociedades industriais evoluiu para um cotidiano pendular entre identidades ausentes e anonimato, de um lado, e múltiplas identidades, de outro.

Jogos em rede envolvem milhões de pessoas, avatares se enfrentam e se articulam em um cenário virtual onde também estão inseridas as diversas comunidades virtuais de relacionamento, e que criam caminhos de mão dupla virtual-atual e presencial-ciberespacial.

Nesse cenário, de ausentes e múltiplos, de choque de sociabilidades, é que também devemos enfatizar o papel das identidades únicas e das identidades étnicas. A riqueza da diversidade dependerá do fortalecimento de diversos elementos constitutivos das identidades coletivas que compõem uma cultura. A Convenção da Unesco recordou “que a diversidade lingüí­stica constitui elemento fundamental da diversidade cultural”. Então, a diversidade digital exige a produção de conteúdo em diversas lí­nguas e dialetos em sites, portais, na blogosfera, na videosfera e nos ambientes de realidade alternativa.

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ASSEGURAR A LIBERDADE DOS FLUXOS, DO CONHECIMENTO E DA CRIAÇÃO

Eugenio Trivinho nos alertou que “ao mesmo tempo que a miniaturização das tecnologias comunicacionais permite o maior poder de movimentação nas cidades reais, materiais, gera também um maior efeito de ilusão de liberdade. Para evitar confusão: um contexto histórico que confere mobilidade corporal assistida pela potência da comunicação í  distância nem por isso concede maior liberdade aos indiví­duos, ou uma liberdade genuí­na, isenta de constrangimentos, coações e controles”. (112-113) No cenário da cibercultura, a liberdade exige arquiteturas abertas aos fluxos de conhecimento. Nunca foi tão possí­vel compartilhar conhecimento quanto na era das redes informacionais.

Nunca foi tão rápido, barato e fácil trocar informações. Os economistas da informação sabem que o principal insumo da informação é a própria informação. A matéria-prima do conhecimento é a própria informação codificada ou conhecimento. A informação não possuí­ as restrições limitadoras dos bens materiais. Informações, desconhecem a escassez e o desgaste no uso. Podem ser usadasde modo ilimitado e reproduzidas a custo zero.

Exatamente estas caracterí­sticas inerentes aos bens informacionais, ou seja, as informações é que são combatidas pelos gigantes da era industrial. Buscam realizar uma cruzada pelo enrijecimento das leis de propriedade das idéias, por criminalizar o compartilhamento de idéias, de algoritmos e de criações artí­sticas. Invadem centros acadêmicos í  procura de cópias xerox de livros e retrocedem na interpretação do uso justo do conhecimento.

Esses guerreiros da propriedade privada das idéias, esquecem que, ao contrário dos bens materiais, o conhecimento cresce quando é compartilhado. Provavelmente desconsideram a brilhante explicação de George Bernard Shaw, dramaturgo e crí­tico literário irlandês: “Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e trocarmos estas maçãs, então eu e você teremos ainda apenas uma maçã. Mas se eu tenho uma idéia e você tem uma idéia, e trocarmos nossas idéias, então cada um de nós terá duas idéias”.

A cibercultura para avançar precisa derrubar as barreiras da liberdade de conhecimento. As redes não podem ser malhas de uma “informática da dominação”, termo bem cunhado por Donna Haraway. A biotecnologia não deveria construir seu caminho baseando-se na modelo de negócios dos alimentos transgênicos, que buscam controlar, por meio de patentes, o conhecimento sobre as formas de reprodução da vida. A opacidade dos códigos (softwares, protocolos e padrões) é grave. Como bem alertou-nos o jurista Lawrence Lessig, “no ciberespaço o código é a lei”.

Lessig ao analisar como a grande mí­dia usa a tecnologia e a lei para bloquear a cultura e controlar a criatividade, escreveu que a “oportunidade para criar e transformar está enfraquecida em um mundo no qual a criação depende de permissão judicial, e a criatividade precisa sempre consultar um advogado.” (183) Para evitar uma anemia cultural generalizada promovida pelas tentativas de controlar privadamente o conhecimento e a cultura é que crescem mobilizações como o Creative Commons, um movimento de licenciamento que busca reequilibrar o cenário de propriedade intelectual, dando maior espaço í s caracterí­sticas básicas da cultura digital, entre elas a recombinação, o sampling, a liberdade de cópia.

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A ECONOMIA DA CIBERCULTURA É BASEADA NO RELACIONAMENTO E NÃO NA PROPRIEDADE

John Perry Barlow, letrista, músico, ciberativista, autor do Manifesto de Independência do Ciberespaço, fundador da Eletronic Frontier Foundation, escreveu os princí­pios da economia de uma cultura digital, de uma cibercultura. Barlow captou a tendência de a economia se basear cada vez mais em serviços. Nela, o valor da propriedade perde força diante dos valores do relacionamento.

Ele escreveu que “a maioria de nós vive hoje graças í  inteligência, produzindo ‘verbos’, isto é, idéias, em vez de ‘substantivos’, como automóveis e torradeiras.(…) Médicos, arquitetos, executivos, consultores, advogados: todos sobrevivem economicamente sem serem ‘proprietários’ de seu conhecimento […] É um consolo saber que a espécie humana conseguiu produzir um trabalho criativo decente durante os 5.000 anos que precederam 1710, quando o Estatuto de Anne, a primeira lei moderna de direitos autorais, foi aprovada pelo Parlamento Britânico. Sófocles, Dante, da Vinci, Botticelli, Michelangelo, Shakespeare, Newton, Cervantes, Bach – todos encontraram motivos para sair da cama pela manhã, sem esperar pela propriedade das obras que criaram”.

Sua conclusão é empiricamente consistente: “Mesmo durante o auge do direito autoral, conseguimos algo bastante útil de Benoit Mandelbrot, Vint Cerf, Tim Benners-Lee, Marc Andreessen e Linus Torvalds. Nenhum deles fez seu trabalho pensando nos royalties. E há ainda aqueles grandes músicos dos últimos cinqüenta anos que continuaram fazendo música mesmo depois de descobrir que as empresas fonográficas ficavam com todo o dinheiro […] relacionamento, junto com serviço, é o centro daquilo que suporta todo tipo de “trabalhador moderno do conhecimento”.

Na economia digital colaborar é mais eficiente que simplesmente competir. Um número crescente de empresas está percebendo as enormes vantagens das práticas colaborativas para a inovação e a manutenção de seus negócios. As redes informacionais viabilizam novas práticas sociais e de geração de riquezas que eram difí­ceis e até impossí­veis de se implementar na chamada era industrial.

O professor de direito da Universidade de Yale, Yochai Benkler, no livro The Wealth of Network, disponí­vel na web, demonstrou que uma série de mudanças nas tecnologias, na organização econômica e na produção social estão criando novas oportunidades e possibilidades de produzir informação, conhecimento e cultura. Essas mudanças, segundo Benkler, estão ampliando o papel da produção não-proprietária e colaborativa, realizada por indiví­duos isolados e por esforços cooperativos de milhares de pessoas. É o caso, por exemplo, do desenvolvimento de software livre, uma tí­pica criação da cultura digital.

O modelo de desenvolvimento e uso de software livre se baseia na colaboração. Programas de computador extremamente complexos são criados e mantidos por comunidades de interessados. Um dos seus maiores exemplos, o GNU/Linux, é um sistema operacional livre, mantido por aproximadamente 150 mil pessoas espalhadas pelo planeta. Como todo e qualquer software, o GNU/Linux precisa ser atualizado constantemente para acompanhar a evolução dos computadores e demais softwares. Antes que uma nova versão do GNU/Linux seja considerada estável, ela é testada e corrigida por uma comunidade gigantesca de apoiadores. As chances de ter suas falhas mais rapidamente encontradas e superadas é bem maior do que no modelo proprietário e fechado. A qualidade das versões está diretamente vinculada í  quantidade da inteligência coletiva agregada na rede mundial de computadores. Sem dúvida, a coordenação do processo é o elemento mais sensí­vel e complexo das práticas colaborativas em rede.

O que cada colaborador doa, em tempo de trabalho, para o desenvolvimento do GNU/Linux é bem menor do que obtém de retorno. Essa lógica levou ao antigo Big Blue, a IBM, e outras grandes corporações a apostarem no desenvolvimento colaborativo. Apache é um dos maiores sucessos mundiais do software livre. Ele serve para hospedar páginas da web e está presente em mais de dois terços dos servidores web do planeta. Imbatí­vel. Obteve esta posição sem gastar um centavo em propaganda. Nunca precisou, ele é desenvolvido colaborativamente e sua estabilidade é incomparavelmente superior ao do concorrente proprietário.

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CULTURA DIGITAL E CIBERESPAÇO: AS FRONTEIRAS COM OS ESTADOS-NAÇÃO

A Internet carrega e conecta os fluxos da cultura digital, transitando pelas diversas infra-estruturas dos paí­ses controlados por Estados nacionais. Todavia, a rede é transnacional. Construí­da sob forte influência da cultura hacker para ser livre, conectada por protocolos de comunicação que buscam manter liberadas as vias de compartilhamento de dados e interação de informações. A internet é o corpo do ciberespaço.

Mas os tempos de globalização, de auge das tentativas de desmonte geral do que é público, de prevalência do privado, de expansão do consumismo totalitário, do desrespeito ao local e í s culturas tradicionais, gerou fortes reações, algumas de reprodução em larga escala da intolerância. Reforçou-se o cenário de ambivalências. Estados Nacionais poderosos e megacorporações tentam criar condições para controlar os fluxos das redes, a Internet. Totalitários de plantão reúnem argumentos para interferir nos protocolos, na independência de cada uma das camadas que compõem a rede, para vigiar os pacotes de informação, para manter ditaduras ou ní­veis de lucratividade. Tanto faz!

O ciberespaço precisa ser livre. O acesso precisa ser livre. A navegação precisa ser livre. A governança da Internet é também a governança do ciberespaço. Ela não pode representar um retrocesso nas liberdades conquistadas, do contrário, teremos ataques í  criatividade, ao compartilhamento de informações, í  diversidade de manifestações e expressões da cultura digital. A defesa da diversidade digital passa pela defesa de um modelo de governança da rede que seja multistakeholder, que garanta o peso devido í s organizações da sociedade civil mundial de interesse público, que assegure uma cidadania digital global, que mantenha as liberdades fundamentais do homem.

O importante princí­pio da soberania nacional inserido na Convenção da Unesco não pode ser usado para anular o princí­pio da abertura e do equilí­brio, segundo o qual “ao adotarem medidas para favorecer a diversidade das expressões culturais, os Estados buscarão promover, de modo apropriado, a abertura a outras culturas do mundo e garantir que tais medidas estejam em conformidade com os objetivos perseguidos pela presente Convenção”.í¨

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COMO APOIAR A CULTURA DIGITAL NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE. QUAIS OS PARAMETROS PARA POLíTICAS PÚBLICAS ADEQUADAS?

É necessário estruturar polí­ticas públicas que incentivem a cultura digital.

Os fundos de tecnologia e telecomunicação devem assegurar linhas especiais de pesquisa e de produção de tecno-arte, de tecnologias abertas e livres. Devem estudar formas jurí­dicas adequadas para o financiamento de projetos de coletivos tecnológicos, tais como para as comunidades de software livre, de meta-reciclagem, de midia-ativismo e cibercultura, bem como, os coletivos de conexão cooperativa.

É preciso assegurar que as comunidades tenham recursos para portar seus conteúdos para a rede informacional. Daí­ a importância decisiva dos estúdios livres de cibercultura.

É fundamental construir uma polí­tica de convergência digital para o que é comum, para a sociedade civil, para digitalizar as rádios e TVs comunitárias, para garantir experimentos comunitários de conexão aberta.

É importante incentivar a expansão das cidades digitais.

É vital garantir que sejam expandidas as faixas de frequência do espectro radioelétrico para uso comum. A sociedade precisa discutir o destino das faixas de freqüência que estão sendo utilizadas atualmente pelas emissoras de TV para transmissão analógica. Quando a implantação da TV digital estiver completa, estas faixas poderão ser transformadas em espectro aberto, em via de uso comum, com o uso de rádios transmissores, receptores inteligentes e outras tecnologias digitais.

É preciso incentivar a produção de conteúdos digitais para a mobilidade, para o cenário de realidades alternativas, jogos em rede e digitalização crescente do broadcasting, bem como, para a expansão das webTVs distribuí­das.É preciso incentivar o crescimento do domí­nio público, bem como, garantir a liberdade para o conhecimento e a cultura.

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COMO GARANTIR A EXPANSÃO DA PESQUISA DA CIBERCULTURA?

O Ministro da Cultura Gilberto Gil, na aula inaugural que realizou na USP, no dia 10 de agosto de 2004, afirmou que “é hora de a pesquisa cientí­fica acerca da cultura conquistar novos vôos, ganhar maior consistência, rigor e autonomia.

É preciso pensar a universidade também como um ‘locus’ da cultura, seja das expressões artí­sticas, seja da difusão, ou reflexão, ou da preservação.” Nesse sentido, é preciso pensar propostas que garantam a ampliação da pesquisa da cultura digital.

É preciso articular mais pesquisas básicas e experimentais, multidisciplinares, que ampliem a compreensão das tecnologias de informação e comunicação em um contexto de redes e da cultura digital.

É preciso criar nós e articulações mais freqüentes entre os vários atores e pesquisadores de cibercultura.É preciso incentivar redes de pesquisa da cultura digital.

É preciso criar encontros, desconferências, festivais, prêmios e incentivos í  pesquisa da cibercultura e sua relação múltipla com diversos contextos.

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POR UM PACTO PELA LIBERDADE PARA O CONHECIMENTO E A CRIAÇÃO

A cultura digital é a cultura que trabalha com a plena criatividade. Não está limitada ao ideal romântico de originalidade exclusiva, espalha-se pela idéia de recombinação, de remixagem, de fusão, de derivação, de destruição de todos os entraves í  criação, de obra contí­nua, ilimitada, fundamentalmente aberta. Trata da novidade e da reconfiguração. Cultiva a colaboração e o compartilhamento tal como o antigo ideal cientí­fico. A ciência pouco avançaria se não fosse ela própria cumulativa e recombinante. A cultura digital é a aproximação da ciência e da cultura, mediada pelas tecnologias informacionais.

A liberdade para o conhecimento, a transparência para os códigos que intermedeiam a comunicação humana, a criação sem entraves, a superação da mercantilização totalitária da cultura, as possibilidades simuladoras e emancipadoras do ciberespaço são fundamentos que devemos defender se quisermos um mundo de riqueza da diversidade.

Cultura digital, anti-totalitária, depende da liberdade para o conhecimento e para a criação.

postado em: http://diversidadedigital.blogspot.com/

linha direta

[conselho DesCentro] UTILIDADE PÚBLICA:[desejados] AGENDA minc Caixa de entrada

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17 Mai (23 horas atrás)
utilidade pública para quem ainda não tem o anexo…acesso…

outra dica é que a debora que me encaminhou a msg é uma cara super envolvida na questão audivisual ediversidade cultural, convenção da unesco enfim…

acho que Des).(Centro poderia se interessar pelo assunto, pois não temos legislação orgânica para defender a área audiovisual no Paí­s, o que escancara as cancelas do mercado “livre” em que atuam as oligomonopolizantes distribuidoras hollywoodianas nos circuitos exibidores das telas, telões e telinhas; não nos preparamos para entrar na Nova Comunicação (“new media”), que, por satélites, geração e transmissões, se embrecha pelas ondas hertzianas da radiofonia nos universos virtuais (a Internet II já está pronta para aumentar a confusão e o domí­nio da Hiperpotência unilateral-audiovisual, asseclas e prepostas); as TVs por satélite que operam no Brasil pertencem, há algum tempo já, ao indefectí­vel Grupo australiano-estadunidense de Rupert Murdoch (News Corp), que acaba de trocar com o John Malone, velho amigo e agora rival, a Liberty Media, trocando-a pela DirecTV. Malone, que contava com 19% da News Corp, ameaçava o império familiar do dono das SkyTVs.
Esse universo precisa de seguimento acurado, pois evolui com extrema velocidade quotidiana. Seus negócios, avanços tecnológicos, manobras junto a governos e implicações decorrentes têm de ser perseguidos sem quartel pelos membros da Coalizão brasileira(pessoas, grupos envolvidos nas questões audivisual). Sobre o Afeganistão e o Iraque, por exemplo, os EUA lançaram emissoras transrregionais, a Rádio Sáua (Sawa) e a TV Al-Hurra, superpondo-as aos vetores transnacionais da CNN, ABC, NBC, CBS e Fox News (Murdoch), BBC World, TV5 e outras. Enquanto se debate, com a modéstia de objetivos de sempre, o destino das TVs públicas no Brasil, na mente da maioria confundidas com TVs estatais – deve ser mania de Estado Novo (1937-45) – ninguém pensa na fusão das TVE e TV Cultura.
Injetando-lhes somas maciças de investimentos, treinando pessoal em similares no exterior, i.e., em paí­ses que contam com TVs públicas exemplares e competitivas (cf a ABC e a SBS australianas), descambamos nas conceitualizações.
Pois o Brasil precisa urgentí­ssimo, para ontem, de uma grande TV pública que instrua e divirta o público, produzindo e importando programas, passando telenovelas, shows de auditório, filmes de valor artí­stico e comédias musicais, noticiários independentes munidos de visão crí­tica e comentaristas de fala clara e compreensí­vel, mediante correspondentes próprios no exterior, programação em espanhol para a América do Sul, seções amazônicas, sul-americana, andinas, publicidade comercial (não mais que quatro minutos/hora), funcionamento dia e noite (55% com programação brasileira). A lí­ngua espanhola precisa, aos poucos, apresentar-se diante dos espectadores, tornar-se natural, ajudando a sul-americanizarmo-nos e perdemos manias alienantes de que pertencemos ao Centro do Ocidente. Ciclos retropectivos do Neo-Realismo italiano, do Cinema Estadunidense dos anos-20/50, da Nouvelle Vague, do Cinema Polaco, Húngaro, Tcheco, Alemão, Iraniano, Sueco, Chinês, Japonês, Dinamarquês, Japonês, dos cinemas Argentino, Mexicano, Cubano, Chileno, Peruano, Colombiano, centro-americanos, caribenhos. Seria o veí­culo de nossa integração aos povos vizinhos para quem viramos as costas. Algo está mudando, do México í  Patagônia, logo mudemos juntos, pelo veí­culo de uma poderosa e agradável TV Brasil.
Diversidade Cultural não pode ser expressão vazia, muito menos seguir os modelos estrangeiros, sobretudo franceses. Temos de saber o que é a ífrica, o Oriente Médio, a índia, a China, a ísia Central, cooperando com suas TVs públicas. Concretudes e substâncias, retóricas postas de lado – eis a fórmula que nos convém para praticarmos o “nosso” conceito de diversidade. As TVs árabes Al-Jazeera e Al-Arabia são exemplares no processo de transrregionalização, agora de transnacionalização a primeira.
Diversidade Cultural não é nacionalismo, muito menos internacionalismo demagógico. É alavanca de freio í s mundividências unilaterais do Império (sentido negriano do termo). Se não praticada naturalmente, ligada mais í s multidões do que “para” ela, segundo os donos do poder forjam o que elas não são. Multidões são as que interrompem Seattle, quase o conseguem em Gênova, criam problemas aos organizadores dos encontros de titica em toda a parte e não mais são atendidas pelas instituições (governos, parlamentos, cortes de Justiça). A Diversidade Cultural é delas, não das “autoridades” e dos grupelhos de intectuais e (de)”formadores” de opinião. Ser público é ser comunitário, nunca “estatal” ou “privado”. Vamos torcer nesse sentido? acho que todos se beneficiarão.
acho que deu efeit-colateral… desculpe se extrapolei…

abs&besos
lelexnicanauseajacobinad’arc

hacker manifesta

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A HACKER MANIFESTO [version 4.0]

McKenzie Wark

Manifestation

01. There is a double spooking the world, the double of abstraction. The fortunes of states and armies, companies and communities depend on it. All contending classes – the landlords and farmers, the workers and capitalists – revere yet fear the relentless abstraction of the world on which their fortunes yet depend. All the classes but one. The hacker class.

02. Whatever code we hack, be it programming language, poetic language, math or music, curves or colourings, we create the possibility of new things entering the world. Not always great things, or even good things, but new things. In art, in science, in philosophy and culture, in any production of knowledge where data can be gathered, where information can be extracted from it, and where in that information new possibilities for the world are produced, there are hackers hacking the new out of the old. While hackers create these new worlds, we do not possess them. That which we create is mortgaged to others, and to the interests of others, to states and corporations who control the means for making worlds we alone discover. We do not own what we produce – it owns us.

03. And yet we don’t quite know who we are. While we recognise our distinctive existence as a group, as programmers, as artists or writers or scientists or musicians, we rarely see these ways of representing ourselves as mere fragments of a class experience that is still struggling to express itself as itself, as expressions of the process of producing abstraction in the world. Geeks and freaks become what they are negatively, through their exclusion by others. Hackers are a class, but an abstract class, a class as yet to hack itself into manifest existence as itself.

Abstraction

04. Abstraction may be discovered or produced, may be material or immaterial, but abstraction is what every hack produces and affirms. To abstract is to construct a plane upon which otherwise different and unrelated matters may be brought into many possible relations. It is through the abstract that the virtual is identified, produced and released. The virtual is not just the potential latent in matters, it is the potential of potential. To hack is to produce or apply the abstract to information and express the possibility of new worlds.

05. All abstractions are abstractions of nature. To abstract is to express the virtuality of nature, to make known some instance of its manifold possibilities, to actualise a relation out of infinite relationality. Abstractions release the potential of physical matter. And yet abstraction relies on something that has an independent existence to physical matter — information. Information is no less real than physical matter, and is dependent on it for its existence. Since information cannot exist in a pure, immaterial form, neither can the hacker class. Of necessity it must deal with a ruling class that owns the material means of extracting or distributing information, or with a producing class that extracts and distributes. The class interest of hackers lies in freeing information from its material constraints.

06. As the abstraction of private property was extended to information, it produced the hacker class as a class. Hackers must sell their capacity for abstraction to a class that owns the means of production, the vectoralist class – the emergent ruling class of our time. The vectorialist class is waging an intensive struggle to dispossess hackers of their intellectual property. Patents and copyrights all end up in the hands, not of their creators, but of the vectoralist class that owns the means of realising the value of these abstractions. The vectoralist class struggles to monopolise abstraction. Hackers find themselves dispossessed both individually, and as a class. Hackers come piecemeal to struggle against the particular forms in which abstraction is commodified and made into the private property of the vectoralist class. Hackers come to struggle collectively against the usurious charges the vectoralists extort for access to the information that hackers collectively produce, but that vectoralists collectively come to own. Hackers come as a class to recognise their class interest is best expressed through the struggle to free the production of abstraction not just from the particular fetters of this or that form of property, but to abstract the form of property itself.

07. What makes our times different is that what now appears on the horizon is the possibility of a society finally set free from necessity, both real and imagined, by an explosion in abstract innovations. Abstraction with the potential once and for all to break the shackles holding hacking fast to outdated and regressive class interests. The time is past due when hackers must come together with all of the producing classes of the world – to liberate productive and inventive resources from the myth of scarcity. “The world already possesses the dream of a time whose consciousness it must now possess in order to actually live it.”

Production

08. Production produces all things, and all producers of things. Production produces not only the object of the production process, but also the producer as subject. Hacking is the production of production. The hack produces a production of a new kind, which has as its result a singular and unique product, and a singular and unique producer. Every hacker is at one and the same time producer and product of the hack, and emerges in its singularity as the memory of the hack as process.

09. Production takes place on the basis of a prior hack which gives to production its formal, social, repeatable and reproducible form. Every production is a hack formalised and repeated on the basis of its representation. To produce is to repeat; to hack, to differentiate.

10. The hack produces both a useful and a useless surplus, although the usefulness of any surplus is socially and historically determined. The useful surplus goes into expanding the realm of freedom wrested from necessity. The useless surplus is the surplus of freedom itself, the margin of free production unconstrained by production for necessity.

11. The production of a surplus creates the possibility of the expansion of freedom from necessity. But in class society, the production of a surplus also creates new necessities. Class domination takes the form of the capture of the productive potential of society and its harnessing to the production, not of liberty, but of class domination itself. The ruling class subordinates the hack to the production of forms of production that may be harnessed to the enhancement of class power, and the suppression or marginalisation of other forms of hacking. What the producing classes – farmers, workers and hackers – have in common is an interest in freeing production from its subordination to ruling classes who turn production into the production of new necessities, who wrest slavery from surplus. The elements of a free productivity exist already in an atomised form, in the productive classes. What remains is the release of its virtuality.

Class

12. The class struggle, in its endless setbacks, reversals and compromises returns again and again to the unanswered question – property – and the contending classes return again and again with new answers. The working class questioned the necessity of private property, and the communist party arose, claiming to answer the desires of the working class. The answer, expressed in the Communist Manifesto was to “centralise all instruments of production in the hands of the state.” But making the state the monopolist of property has only produced a new ruling class, and a new and more brutal class struggle. But perhaps this was not the final answer, and the course of the class struggle is not yet over. Perhaps there is another class that can pose the property question in a new way – and offer new answers to breaking the monopoly of the ruling classes on property.

13. There is a class dynamic driving each stage of the development of the vectoral world in which we now find ourselves. The pastoralist class disperse the great mass of peasants who traditionally worked the land under the thumb of feudal landlords. The pastoralists supplant the feudal landlords, releasing the productivity of the land which they claim as their private property. As new forms of abstraction make it possible to produce a surplus from the land with fewer and fewer farmers, pastoralists turn them off their land, depriving them of their living. Dispossessed farmers seek work and a new home in cities. Here farmers become workers, as capital puts them to work in its factories. Capital as property gives rise to a class of capitalists who own the means of production, and a class of workers, dispossessed of it – and by it. Dispossessed farmers become workers, only to be dispossessed again. Having lost their land, they lose in turn their culture. Capital produces in its factories not just the necessities of existence, but a way of life it expects its workers to consume. Commodified life dispossess the worker of the information traditionally passed on outside the realm of private property as culture, as the gift of one generation to the next, and replaces it with information in commodified form.

14. Information, like land or capital, becomes a form of property monopolised by a class of vectoralists, so named because they control the vectors along which information is abstracted, just as capitalists control the material means with which goods are produced, and pastoralists the land with which food is produced. Information circulated within working class culture as a social property belonging to all. But when information in turn becomes a form of private property, workers are dispossessed of it, and must buy their own culture back from its owners, the vectoralist class. The whole of time, time itself, becomes a commodified experience.

15. Vectoralists try to break capital’s monopoly on the production process, and subordinate the production of goods to the circulation of information. The leading corporations divest themselves of their productive capacity, as this is no longer a source of power. Their power lies in monopolising intellectual property – patents and brands – and the means of reproducing their value – the vectors of communication. The privatisation of information becomes the dominant, rather than a subsidiary, aspect of commodified life. As private property advances from land to capital to information, property itself becomes more abstract. As capital frees land from its spatial fixity, information as property frees capital from its fixity in a particular object.

16. The hacker class, producer of new abstractions, becomes more important to each successive ruling class, as each depends more and more on information as a resource. The hacker class arises out of the transformation of information into property, in the form of intellectual property, including patents, trademarks, copyright and the moral right of authors. The hacker class is the class with the capacity to create not only new kinds of object and subject in the world, not only new kinds of property form in which they may be represented, but new kinds of relation beyond the property form. The formation of the hacker class as a class comes at just this moment when freedom from necessity and from class domination appears on the horizon as a possibility.

Property

17. Property constitutes an abstract plane upon which all things may be things with one quality in common, the quality of property. Land is the primary form of property. Pastoralists acquire land as private property through the forced dispossession of peasants who once shared a portion of it in a form of public ownership. Capital is the secondary form of property, the privatisation of productive assets in the form of tools, machines and working materials. Capital, unlike land, is not in fixed supply or disposition. It can be made and remade, moved, aggregated and dispersed. An infinitely greater degree of potential can be released from the world as a productive resource once the abstract plane of property includes both land and capital – such is capital’s ‘advance’.

18. The capitalist class recognises the value of the hack in the abstract, whereas the pastoralists were slow to appreciate the productivity that can flow from the application of abstraction to the production process. Under the influence of capital, the state sanctions forms of intellectual property, such as patents and copyrights, that secure an independent existence for hackers as a class, and a flow of innovations in culture as well as science from which development issues. Information, once it becomes a form of property, develops beyond a mere support for capital – it becomes the basis of a form of accumulation in its own right.

19. Hackers must calculate their interests not as owners, but as producers, for this is what distinguishes them from the vectoralist class. Hackers do not merely own, and profit by owning information. They produce new information, and as producers need access to it free from the absolute domination of the commodity form. Hacking as a pure, free experimental activity must be free from any constraint that is not self imposed. Only out of its liberty will it produce the means of producing a surplus of liberty and liberty as a surplus.

20. Private property arose in opposition not only to feudal property, but also to traditional forms of the gift economy, which were a fetter to the increased productivity of the commodity economy. Qualitative, gift exchange was superseded by quantified, monetised exchange. Money is the medium through which land, capital, information and labour all confront each other as abstract entities, reduced to an abstract plane of measurement. The gift becomes a marginal form of property, everywhere invaded by the commodity, and turned towards mere consumption. The gift is marginal, but nevertheless plays a vital role in cementing reciprocal and communal relations among people who otherwise can only confront each other as buyer and sellers of commodities. As vectoral production develops, the means appear for the renewal of the gift economy. Everywhere that the vector reaches, it brings into the orbit of the commodity. But everywhere the vector reaches, it also brings with it the possibility of the gift relation.

21. The hacker class has a close affinity with the gift economy. The hacker struggles to produce a subjectivity that is qualitative and singular, in part through the act of the hack itself. The gift, as a qualitative exchange between singular parties allows each party to be recognised as a singular producer, as a subject of production, rather than as a commodified and quantified object. The gift expresses in a social and collective way the subjectivity of the production of production, whereas commodified property represents the producer as an object, a quantifiable commodity like any other, of relative value only. The gift of information need not give rise to conflict over information as property, for information need not suffer the artifice of scarcity once freed from commodification.

22. The vectoralist class contributed, unwittingly, to the development of the vectoral space within which the gift as property could return, but quickly recognised its error. As the vectoral economy develops, less and less of it takes the form of a social space of open and free gift exchange, and more and more of it takes the form of commodified production for private sale. The vectoralist class can grudgingly accommodate some margin of socialised information, as the price it pays in a democracy for the furtherance of its main interests. But the vectoralist class quite rightly sees in the gift a challenge not just to its profits but to its very existence. The gift economy is the virtual proof for the parasitic and superfluous nature of vectoralists as a class.

Vector

23. In epidemiology, a vector is the particular means by which a given pathogen travels from one population to another. Water is a vector for cholera, bodily fluids for HIV. By extension, a vector may be any means by which information moves. Telegraph, telephone, television, telecommunications: these terms name not just particular vectors, but a general abstract capacity that they bring into the world and expand. All are forms of telesthesia, or perception at a distance. A given media vector has certain fixed properties of speed, bandwidth, scope and scale, but may be deployed anywhere, at least in principle. The uneven development of the vector is political and economic, not technical.

24. With the commodification of information comes its vectoralisation. Extracting a surplus from information requires technologies capable of transporting information through space, but also through time. The archive is a vector through time just as communication is a vector that crosses space. The vectoral class comes into its own once it is in possession of powerful technologies for vectoralising information. The vectoral class may commodify information stocks, flows, or vectors themselves. A stock of information is an archive, a body of information maintained through time that has enduring value. A flow of information is the capacity to extract information of temporary value out of events and to distribute it widely and quickly. A vector is the means of achieving either the temporal distribution of a stock, or the spatial distribution of a flow of information. Vectoral power is generally sought through the ownership of all three aspects.

25. The vectoral class ascend to the illusion of an instantaneous and global plane of calculation and control. But it is not the vectoralist class that comes to hold subjective power over the objective world. The vector itself usurps the subjective role, becoming the sole repository of will toward a world that can be apprehended only in its commodified form. The reign of the vector is one in which any and every thing can be apprehended as a thing. The vector is a power over all of the world, but a power that is not evenly distributed. Nothing in the technology of the vector determines its possible use. All that is determined by the technology is the form in which information is objectified.

26. The vectoral class struggles at every turn to maintain its subjective power over the vector, but as it continues to profit by the proliferation of the vector, some capacity over it always escapes control. In order to market and profit by the information it peddles over the vector, it must in some degree address the vast majority of the producing classes as subjects, rather than as objects of commodification. The hacker class seeks the liberation of the vector from the reign of the commodity, but not to set it indiscriminately free. Rather, to subject it to collective and democratic development. The hacker class can release the virtuality of the vector only in principle. It is up to an alliance of all the productive classes to turn that potential to actuality, to organise themselves subjectively, and use the available vectors for a collective and subjective becoming.

Education

27. Education is slavery, it enchains the mind and makes it a resource for class power. When the ruling class preaches the necessity of an education it invariably means an education in necessity. Education is not the same as knowledge. Nor is it the necessary means to acquire knowledge. Education is the organisation of knowledge within the constraints of scarcity. Education ‘disciplines’ knowledge, segregating it into homogenous ‘fields’, presided over by suitably ‘qualified’ guardians charged with policing the representation of the field. One may acquire an education, as if it were a thing, but one becomes knowledgeable, through a process of transformation. Knowledge, as such, is only ever partially captured by education, its practice always eludes and exceeds it.

28. The pastoralist class has resisted education, other than as indoctrination in obedience. When capital required ‘hands’ to do its dirty work, the bulk of education was devoted to training useful hands to tend the machines, and docile bodies who would accept as natural the social order in which they found themselves. When capital required brains, both to run its increasingly complex operations and to apply themselves to the work of consuming its products, more time spent in the prison house of education was required for admission to the ranks of the paid working class.

29. The so-called middle class achieve their privileged access to consumption and security through education, in which they are obliged to invest a substantial part of their income. But most remain workers, even though they work with information rather than cotton or metal. They work in factories, but are trained to think of them as offices. They take home wages, but are trained to think of it as a salary. They wear a uniform, but are trained to think of it as a suit. The only difference is that education has taught them to give different names to the instruments of exploitation, and to despise those their own class who name them differently.

30. Where the capitalist class sees education as a means to an end, the vectoralist class sees it as an end in itself. It sees opportunities to make education a profitable industry in its own right, based on the securing of intellectual property as a form of private property. To the vectoralists, education, like culture, is just ‘content’ for commodification.

31. The hacker class have an ambivalent relationship to education. The hacker class desires knowledge, not education. The hacker comes into being though the pure liberty of knowledge in and of itself. The hack expresses knowledge in its virtuality, by producing new abstractions that do not necessarily fit the disciplinary regime of managing and commodifying education. . Hacker knowledge implies, in its practice, a politics of free information, free learning, the gift of the result to a network of peers. Hacker knowledge also implies an ethics of knowledge subject to the claims of public interest and free from subordination to commodity production. This puts the hacker into an antagonistic relationship to the struggle of the capitalist class to make education an induction into wage slavery.

32. Only one intellectual conflict has any real bearing on the class issue for hackers: Whose property is knowledge? Is it the role of knowledge to authorise subjects through education that are recognised only by their function in an economy by manipulating its authorised representations as objects? Or is it the function of knowledge to produce the ever different phenomena of the hack, in which subjects become other than themselves, and discover the objective world to contain potentials other than it appears?

Hacking

33. The virtual is the true domain of the hacker. It is from the virtual that the hacker produces ever-new expressions of the actual. To the hacker, what is represented as being real is always partial, limited, perhaps even false. To the hacker there is always a surplus of possibility expressed in what is actual, the surplus of the virtual. This is the inexhaustible domain of what is real without being actual, what is not but which may be. To hack is to release the virtual into the actual, to express the difference of the real.

34. Through the application of abstraction, the hacker class produces the possibility of production, the possibility of making something of and with the world – and of living off the surplus produced by the application of abstraction to nature – to any nature. Through the production of new forms of abstraction, the hacker class produces the possibility of the future – not just ‘the’ future, but an infinite possible array of futures, the future itself as virtuality.

35. Under the sanction of law, the hack becomes a finite property, and the hacker class emerges, as all classes emerge, out of a relation to a property form. Like all forms of property, intellectual property enforces a relation of scarcity. It assigns a right to a property to an owner at the expense of non-owners, to a class of possessors at the expense of the dispossessed.

36. By its very nature, the act of hacking overcomes the limits property imposes on it. New hacks supersede old hacks, and devalues them as property. The hack as new information is produced out of already existing information. This gives the hacker class an interest in its free availability more than in an exclusive right. The immaterial nature of information means that the possession by one of information need not deprive another of it.

37. To the extent that the hack embodies itself in the form of property, it gives the hacker class interests quite different from other classes, be they exploiting or exploited classes. The interest of the hacker class lies first and foremost in a free circulation of information, this being the necessary condition for the renewed statement of the hack. But the hacker class as class also has an interest in the representation of the hack as property, as something from which a source of income may be derived that gives the hacker some independence from the ruling classes.

38. The very nature of the hack gives the hacker a crisis of identity. The hacker searches for a representation of what it is to be a hacker in the identities of other classes. Some see themselves as vectoralists, trading on the scarcity of their property. Some see themselves as workers, but as privileged ones in a hierarchy of wage earners. The hacker class has produces itself as itself, but not for itself. It does not (yet) possess a consciousness of its consciousness. It is not aware of its own virtuality. It has to distinguish between its competitive interest in the hack, and its collective interest in discovering a relation among hackers that expresses an open and ongoing future.

Information

39. Information wants to be free but is everywhere in chains. Information is the potential of potential. When unfettered it releases the latent capacities of all things and people, objects and subjects. Information is indeed the very potential for there to be objects and subjects. It is the medium in which objects and subjects actually come into existence, and is the medium in which their virtuality resides. When information is not free, then the class that owns or controls it turns its capacity toward its own interest and away from its own inherent virtuality.

40. Information has nothing to do with communication, or with media. “We do not lack communication. On the contrary, we have too much of it. We lack creation. We lack resistance to the present.” Information is precisely this resistance, this friction. At the urgings of the vectoralist class, the state recognises as property any communication, any media product with some minimal degree of difference recognisable in commodity exchange. Where communication merely requires the repetition of this commodified difference, information is the production of the difference of difference.

41. The arrest of the free flow of information means the enslavement of the world to the interests of those who profit from information’s scarcity, the vectoral class. The enslavement of information means the enslavement of its producers to the interests of its owners. It is the hacker class that taps the virtuality of information, but it is the vectoralist class that owns and controls the means of production of information on an industrial scale. Privatising culture, education and communication as commodified content, distorts and deforms its free development, and prevents the very concept of its freedom from its own free development. While information remains subordinated to ownership, it is not possible for its producers to freely calculate their interests, or to discover what the true freedom of information might potentially produce in the world.

42. Free information must be free in all its aspects – as a stock, as a flow, and as a vector. The stock of information is the raw material out of which history is abstracted. The flow of information is the raw material out of which the present is abstracted, a present that forms the horizon the abstract line of an historical knowledge crosses, indicating a future in its sights. Neither stocks nor flows of information exist without vectors along which they may be actualised. The spatial and temporal axes of free information must do more offer a representation of things, as a thing apart. They must become the means of coordination of the statement of a movement, at once objective and subjective, capable of connecting the objective representation of things to the presentation of a subjective action.

43. It is not just information that must be free, but the knowledge of how to use it. Information in itself is a mere thing. It requires an active, subjective capacity to become productive. Information is free not for the purpose of representing the world perfectly, but for expressing its difference from what is, and for expressing the cooperative force that transforms what is into what may be. The test of a free society is not the liberty to consume information, nor to produce it, nor even to implement its potential in private world of one’s choosing. The test of a free society is the liberty for the collective transformation of the world through abstractions freely chosen and freely actualised.

Representation

44. All representation is false. A likeness differs of necessity from what it represents. If it did not, it would be what it represents, and thus not a representation. The only truly false representation is the belief in the possibility of true representation. Critique is not a solution, but the problem itself. Critique is a police action in representation, of service only to the maintenance of the value of property through the establishment of its value.

45. The politics of representation is always the politics of the state. The state is nothing but the policing of representation’s adequacy to the body of what it represents. Even in its most radical form, the politics of representation always presupposes an abstract or ideal state that would act as guarantor of its chosen representations. It yearns for a state that would recognise this oppressed ethnicity, or sexuality, but which is nevertheless still a desire for a state, and a state that, in the process, is not challenged as an statement of class interest, but is accepted as the judge of representation.

46. And always, what is excluded even from this enlightened, imaginary state, would be those who refuse representation, namely, the hacker class as a class. To hack is to refuse representation, to make matters express themselves otherwise. To hack is always to produce a difference, if only a minute difference, in the production of information. To hack is to trouble the object or the subject, by transforming in some way the very process of production by which objects and subjects come into being and recognise each other by their representations.

47. The politics of information, of knowledge, advances not through a critical negation of false representations but a positive politics of the virtuality of statement. The inexhaustible surplus of statement is that aspect of information upon which the class interest of hackers depends. Hacking brings into existence the inexhaustible multiplicity of all codes, be they natural or social, programmed or poetic. But as it is the act of hacking that composes, at one and the same time, the hacker and the hack, hacking recognises no artificial scarcity, no official licence, no credentialing police force other than that composed by the gift economy among hackers themselves.

48. A politics that embraces its existence as statement, as affirmative difference, not as negation can escape the politics of the state. To ignore or plagiarise representation, to refuse to give it what it claims as its due, is to begin a politics of statelessness. A politics which refuses the state’s authority to authorise what is a valued statement and what isn’t. A politics which is always temporary, always becoming something other than itself. Even useless hacks may come, perversely enough, to be valued for the purity of their uselessness. There is nothing that can’t be valued as a representation. The hack always has to move on.

49. Everywhere dissatisfaction with representations is spreading. Sometimes its a matter of breaking a few shop windows, sometimes of breaking a few heads. So-called ‘violence’ against the state, which rarely amounts to more than throwing rocks at its police, is merely the desire for the state expressed in its masochistic form. Where some call for a state that recognises their representation, others call for a state that beats them to a pulp. Neither is a politics that escapes the desire cultivated within the subject by the educational apparatus.

50. Sometimes direct democracy is posited as the alternative. But this merely changes the moment of representation – it puts politics in the hands of claimants to an activist representation, in place of an electoral one.. Sometimes what is demanded of the politics of representation is that it recognise a new subject. Minorities of race, gender, preference demand the right to representation. But soon enough they discover the cost. They must now police the meaning of this representation, and police the adherence of its members to it. Even at its best, in its most abstract form, on its best behaviour, the colour blind, gender neutral, multicultural state just hands the value of representation over to the commodity form. While this is progress, particularly for those formerly oppressed by the state’s failure to recognise their identity as legitimate, it stops short at the recognition of expressions of subjectivity that seeks to become something other than a representation that the state can recognise and the market can value.

51. But there is something else hovering on the horizon of the representable. There is a politics of the unrepresentable, a politics of the presentation of the non-negotiable demand. This is politics as the refusal of representation itself, not the politics of refusing this or that representation. A politics which, while abstract, is not utopian. In its infinite and limitless demand, it may even be the best way of extracting concessions precisely through its refusal to put a name – or a price – on what revolt desires.

Revolt

52. The revolts of 1989 are the signal events of our time. What the revolts of 1989 achieved was the overthrow of regimes so impervious to the recognition of the value of the hack that they had starved not only their hackers but also their workers and farmers of any increase in the surplus. With their cronyism and kleptocracy, their bureaucracy and ideology, their police and spies, they starved even their pastoralists and capitalists of innovative transformation and growth.

53. The revolts of 1989 overthrew boredom and necessity. At least for a time. They put back on the world historical agenda the limitless demand for free statement. At least for a time. They revealed the latent destiny of world history to express the pure virtuality of becoming. At least for a time, before new states cobbled themselves together and claimed legitimacy as representations of what revolt desired. The revolts of 1989 opened the portal to the virtual, but the states that regrouped around this opening soon closed it. What the revolts really achieved was the making of the world safe for vectoral power.

54. The so-called anti-globalisation protests of the 90s are a ripple caused by the wake of these signal events, but a ripple that did not know the current to which it truly belonged. This movement of revolt in the overdeveloped world identifies the rising vectoral power as a class enemy, but all too often it allowed itself to be captured by the partial and temporary interests of local capitalist and pastoralist classes. It was a revolt is in its infancy that has yet to discover the connection between its engine of limitless desire and free statement, and the art of making tactical demands.

55. The class struggle within nations and the imperial struggle between nations has taken shape as two forms of politics. One kind of politics is regressive. It seeks to return to an imagined past. It seeks to use national borders as a new wall, a neon screen behind which unlikely alliances might protect their existing interests in the name of a glorious past. The other form is the progressive politics of movement. The politics of movement seeks to accelerate toward an unknown future. It seeks to use international flows of information, trade or activism as the eclectic means for struggling for new sources of wealth or liberty that overcomes the limitations imposed by national coalitions.

56. Neither of these politics corresponds to the old notion of a left or right, which the revolutions of 1989 have definitively overcome. Regressive politics brings together luddite impulses from the left with racist and reactionary impulses from the right in an unholy alliance against new sources of power. Progressive politics rarely takes the form of an alliance, but constitutes two parallel processes locked in a dialogue of mutual suspicion, in which the liberalising forces of the right and the social justice and human rights forces of the left both seek non-national and transnational solutions to unblocking the system of power which still accumulates at the national level.

57. There is a third politics, which stands outside the alliances and compromises of the post-89 world. Where both progressive and regressive politics are representative politics, which deal with aggregate party alliances and interests, this third politics is a stateless politics, which seeks escape from politics as such. A politics of the hack, inventing relations outside of representation.

58. Expressive politics is a struggle against commodity property itself. Expressive politics is not the struggle to collectivise property, for that is still a form of property. Expressive politics is the struggle to free what can be free from both versions of the commodity form – its totalising market form, and its bureaucratic state form. What may be free from the commodity form altogether is not land, not capital, but information. All other forms of property are exclusive. The ownership by one excludes, by definition, the ownership by another. But information as property may be shared without diminishing anything but its scarcity. Information is that which can escape the commodity form.

59. Politics can become expressive only when it is a politics of freeing the virtuality of information. In liberating information from its objectification as a commodity, it liberates also the subjective force of statement. Subject and object meet each other outside of their mere lack of each other, by their desire merely for each other. Expressive politics does not seek to overthrow the existing society, or to reform its larger structures, or to preserve its structure so as to maintain an existing coalition of interests. It seeks to permeate existing states with a new state of existence, spreading the seeds of an alternative practice of everyday life.

Version 4.0 edited by Joanne Richardson for subsol. A much longer Version 2.0 can be found online at feelergauge and textz.com . Version 3.0 is still off-line.

Tumbalalá

tumbalala

O sistema ritual dos Tumbalalá está baseado no culto aos encantos e no uso de um tipo de jurema (Pithecolobium diversifolium; Mimosa artemisiana) do qual se faz o “vinho” ingerido durante o toré. Esta planta, um arbusto de porte médio a grande tí­pico do sertão do Nordeste, é central para a religiosidade indí­gena regional e apresenta algumas variedades que fazem parte do universo religioso de cultos afro-brasileiros, notadamente o catimbó ou candomblé de caboclo.

Os encantos, ou encantados – e ainda, mestres ou guias – tumbalalá são entidades sobrenaturais originadas do processo voluntário de “encantamento” de alguns í­ndios ritual ou politicamente importantes, ao deixarem a existência humana, distinguindo-se dos espí­ritos produzidos pela inexorabilidade da morte. Neste caso eles são seres ontologicamente hí­bridos que transitam bem entre os homens e o sobrenatural porque não morreram – o que quer dizer que não assumiram completamente uma não-humanidade – e gozam de predicados inacessí­veis a um humano. Também podem ser seres que sempre existiram e que mantêm comunicação com os homens por meio de sonhos ou quando se fazem presentes mediante um mestre de toré que os incorpore. O “encantamento” pode ser ainda um estado transitório permitido a alguns mestres competentes o suficiente para dominar forças sobrenaturais e adquirir capacidade polimorfa ou simplesmente tornarem-se invisí­veis.
Essas transformações ocorrem em algum ponto entre as realidades oní­rica e empí­rica e, aparentemente, possibilitam ao mestre o trânsito entre ambas, devendo ele estar preparado para possí­veis confrontos com encantos perigosos, arredios ou para visitar suas moradas em castelos, cachoeiras no rio ou lugares oclusos situados quase sempre dentro dos limites da aldeia tumbalalá. A imagem mais adequada para os encantos e encantamentos é a de uma realidade que transcorre numa dimensão cruzada com o plano empí­rico; os seres e objetos encantados estão nos lugares em presença, mas não em corpo, dependendo do poder do mestre para vê-los, tocá-los e se comunicar com eles. O acionamento destas capacidades decorre da manutenção de certas práticas regulares, especialmente a oferta cotidiana de fumaça, o contato com os encantados e a boa condução das atividades rituais.

tumba

Apesar da forte presença de seu culto como traço diacrí­tico do Nordeste indí­gena, as representações que são dedicadas a estes seres variam bastante conforme o grupo ou a rede de trocas rituais e ainda de acordo com os elementos e análogos não-indí­genas com os quais se pretende marcar diferenças, principalmente espí­ritos de mortos de cultos espí­ritas ou entidades que freqüentam cultos afro-brasileiros. As variações para os encantos estão radicadas no plano das interpretações locais para um repertório simbólico voltado ao sobrenatural que muitas vezes se repete, não só porque inúmeros encantos estão presentes em vários grupos (além do Velho Ká e Mestre Viajeiro, o Manuel Maior, a Caiporinha, o Mestre Lí­rio, o Mata Verde etc.), mas devido í  ampliação dos circuitos de trocas rituais dinamizadas durante encontros nacionais ou regionais de lideranças indí­genas promovidos por Ong’s indigenistas (notadamente o CIMI), o que demonstra o cruzamento entre o universo sobrenatural tumbalalá e as redes interétnicas das quais eles vêm participando.

A classificação reservada aos encantos tumbalalá é simples; eles são do brabio ou das águas. Os encantos do brabio habitam a caatinga, são considerados mais fortes e poderosos porque são criaturas não domesticadas (ou semi domesticadas). Comumente são retratados como espí­ritos dos antigos í­ndios da aldeia tumbalalá e de outras (por vezes não nomeados) e seu gênio indômito é reforçado pela rudeza de seu habitat. Também são espí­ritos de vaqueiros (vaqueiro João, Manuel Salomão) cuja proximidade com a caatinga torna-os indistintos em qualidade dos encantos de í­ndios ancestrais. Já os encantos das águas possuem como caracterí­stica fundamental o princí­pio da culturalização; dominam a lí­ngua – enquanto os encantos do brabio não falam o português ou são mudos –, habitam palácios, lugares belos e conhecem bastante a ciência do í­ndio, afastando-se relativamente dos emblemas ligados í  natureza rude que cerca seus correlatos do brabio.

Esta dupla classificação existe para os Tumbalalá porque sua aldeia é considerada mista, pertencendo í s águas e í  caatinga, o que exige dos mestres de toré habilidade para identificar o encanto e lidar corretamente com ele, aplicando os procedimentos rituais adequados í  sua natureza. Não obstante as diferenças, a rigor são criaturas cismadas e geniosas, ostentando uma ampla variedade de temperamento, podendo assumir ou não atitudes benéficas, auxiliar os enfermos, trazer doenças sobrenaturais quando se sentirem desprezados ou fazer revelações através de sonhos.

Os vários empréstimos presentes na cosmologia tumbalalá – sobretudo o compartilhamento de encantos com outros grupos indí­genas – revelam a dinâmica e intensidade de suas relações externas. Regionalmente, a polissemia presente nos sí­mbolos compartilhados pelas cosmologias permite a fixação do sentido que melhor demarca uma especificidade local, uma identidade diferenciada dentro da unidade genérica, aproximando variantes interpretativas, mas nunca fundindo-as totalmente. E é deste resquí­cio que brota a identidade tumbalalá como algo exclusivo.

http://www.socioambiental.org/pib/epi/tumbalala/ritual.shtm

do modo de existência dos objetos técnicos

maquina

“A cultura está desequilibrada porque reconhece certos objetos, como o objeto estético, e atribui o direto citá-los no mundo dos significados, enquanto repele outros objetos, e em especial os objetos técnicos, ao mundo sem estrutura dos que não possuem significados, mas apenas um uso, uma função útil.” Extrato da obra Gilbert SIMONDON “do modo de existência dos objetos técnicos”.

‘La culture est déséquilibrée parce quââ?¬â?¢elle reconnaí®t certains objets, comme lââ?¬â?¢objet esthétique, et leur accorde droit de cité dans le monde des significations, tandis quââ?¬â?¢elle refoule dââ?¬â?¢autres objets, et en particulier les objets techniques, dans le monde sans structure de ce qui ne possí¨de pas de significations, mais seulement un usage, une fonction utile.’ Extrait de lââ?¬â?¢ouvrage de Gilbert SIMONDON ‘Du
mode dââ?¬â?¢existence des objets techniques’.

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…SIMONDON dénonce le déséquilibre injustifié entre technique et esthétique dans la sphí¨re des significations; nous avons alors constaté une caractéristique propre í  notre culture qui est de fonctionner par oppositions; comment pourrait-elle alors justifier une éventuelle insertion de la technique dans la sphí¨re des significations alors que cââ?¬â?¢est grâce í  cette méconnaissance quââ?¬â?¢elle peut justifier les
significations de la sphí¨re artistique? Malgré tout, une étude des techniques, une connaissance globale des techniques est nécessaire pour comprendre le monde dans lequel nous vivons. En effet, la technique nous entoure et si nous refoulons ce quââ?¬â?¢elle a dââ?¬â?¢humain, nous devons au moins comprendre ses enjeux. Nous pouvons alors reprendre lââ?¬â?¢expression “mécanologie” de Jacques Lafitte de 1932 et
dire que lââ?¬â?¢établissement dââ?¬â?¢une science des machines est nécessaire; en effet, í  lââ?¬â?¢heure oí¹ les technologies fusionnent, il est urgent de comprendre la nouvelle réalité dans laquelle nous entrons. Aujourdââ?¬â?¢hui, des auteurs tel Pierre LEVY analysent le cyberspace dââ?¬â?¢un point de vue anthropologique afin de ne plus penser en terme dââ?¬â?¢impact des technologies sur la société mais de projet, et va alors dans lââ?¬â?¢optique de Simondon oí¹ tous sommes impliqués dans la technique et tous se doivent de la comprendre.
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extraí­do do texto:
http://web.media.mit.edu/%7Ecati/papers/Vaucelle_OnSimondon99.pdf

gilda

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Vi gilda rindo
Chorando
Não sei onde
Não lembro quando

Gilda não é homem
E nem mulher
Gilda é gilda
Porque pode ser o que quiser

Bailarina
Rainha
Messalina
Mendiga boa de briga

Comam sua bunda
Chupem seu pau
Chutem sua cara
No carnaval

Gilda viva
Curitiba morta
Gilda é um pecado atrás da porta

Gilda mal falada
Gilda bendita
Ainda te mordem
Os dentes da boca maldita

E eu que nunca a amei
De verdade
Hoje sei o quanto dói uma saudade

Antonio Thadeu Wojciechowski

COZINHANDO PUROS DADOS – Ciclo de Rituais Multimídia baseados no estudo de caso da Revista Eletrônica Hackeando Catatau

patrimonio

FORMULíRIO INSCRIÇÃO DO EDITAL N.ú 017/2007
SELEÇÃO DE PROJETOS NA íREA DE PATRIMÃ?â?NIO CULTURAL
“IDENTIFICAÇÃO E REGISTRO DO PATRIMÃ?â?NIO IMATERIAL”

Apresentação e Justificativa

Em meados da década de 2000, em Curitiba, verifica-se a presença de algumas iniciativas de artistas que através de ações colaborativas viabilizaram projetos de ocupação e reelaboração de espaços voltados í  pesquisa, ao relacionamento, í  criação e difusão de ações processuais abertas e participativas. Inserida neste cenário está a Orquestra Organismo, um grupo de artistas interdisciplinares que dentre seus variados fluxos empenham-se em refletir os impactos do desenvolvimento tecnológico sobre a sociedade, vivenciando a cultura digital, seja ao atuar pelos seus meios – como a Internet – ou na investigação dos seus recursos – como os hardwares e softwares livres.

A fim de potencializar idéias e canalizar convergências entre seus colaboradores, a Orquestra Organismo cria em 28 de abril de 2005 a revista eletrônica Hackeando Catatau (http://www.organismo.ar.br/blog ), que de modo dinâmico e espontâneo se torna uma importante forma de experimentação em editoração, comunicação e webart, promovendo o envolvimento de artistas e usuários multiplicadores no uso de ferramentas livres, gerando ao longo do tempo uma vasta e importante documentação digital.

Diferente de outras revistas eletrônicas, Hackeando Catatau organiza-se de modo descentralizado. Sem abrir espaço í  censura, aceita a contribuição de novos colaboradores. Até o final de abril de 2007 contava com mais de 100 nomes registrados e cerca de 1100 postagens publicadas. Esse fluxo autônomo faz com que a revista, além de ser uma relevante fonte de documentação, seja também uma referência ao público sobre a mobilização do cenário artí­stico-tecnológico de Curitiba. Artistas, compositores, poetas, historiadores, técnicos, enfim, todos os “conectados” nesta rede identificam em Hackeando Catatau uma poderosa ferramenta na exploração de novas poéticas que vertem no campo digital.

O presente projeto, Cozinhando Puros Dados – Ciclo de Rituais Multimí­dia baseados no estudo de caso da Revista Eletrônica Hackeando Catatau, consiste primeiramente na organização e contextualização do material produzido em Hackeando Catatau, em paralelo, visa gerar uma série de Rituais Multimí­dia, a serem compartilhados simultaneamente por uma rede local de artistas conectados em diversos circuitos, gerando uma reflexão sobre a era da “informação total”, ofertando ao público ambientes e situações de trocas de conhecimentos.

Todos esses Rituais Multimí­dia baseados dos conteúdos de Hackeando Catatau serão devidamente registrados e divulgados via Internet, um patrimônio cultural – conceitual e técnico – gerado por um grupo formado na cidade de Curitiba, também atores dos circuitos que pensam os novos meios, a multimí­dia e rede mundial de computadores.

O projeto propõe em seu escopo a elaboração de 6 (seis) Rituais Multimí­dia, sendo realizados um a cada mês, com iní­cio previsto em julho e término em dezembro de 2007. Cada Ritual consiste em recombinar alguns temas presentes na Hackeando Catatau, compreendidos, grosso modo, como eventos que envolverão diversas linguagens artí­sticas, como música, declamação de textos e poemas, exposição de imagens, performances, dramaturgia, debates, entrevistas, entre diversas outras possibilidades de trocas de conhecimentos.

Tudo isso sendo transmitido ao vivo de modo audiovisual pela Internet. Este processo será documentado em ví­deo gerando novos registros documentais a serem publicados na própria revista. Além disso, todo o processo técnico que envolve o uso de ferramentas tecnológicas audiovisuais, algumas delas frutos de artesanato da própria Orquestra Organismo, será documentado no sí­tio Estúdio Livre (http://www.estudiolivre.org), portal brasileiro sobre ferramentas de código aberto e software livres, que curiosamente também surgiu em Curitiba.

Cozinhando Puros Dados deve gerar de maneira lúdica uma celebração em redes virtuais combinadas as presenças fí­sicas dos encontros ritualí­sticos, a alimentação de discussões conceituais e possibilidades de extensão e intercâmbio cultural – amparando ainda como contrapartida a construção de know-how dos chamados Softwares Livres – sistemas cada vez mais populares e admirados por serem softwares de código aberto, desenvolvidos de maneira colaborativa por diversas comunidades através da Internet e em academias espalhadas no mundo todo. Estes softwares têm sido amplamente utilizados pela rede pública por trazerem maior perspectiva de soberania da informação e conhecimento compartilhado, além da melhor realocação dos recursos públicos (anteriormente destinados a licenças de softwares propretários).

As formas de atuação dos artistas comprometidos neste projeto, as situações por eles inventadas e métodos praticados fornecem material para detectar relações e peculiaridades com outros grupos e comunidades. Essas iniciativas indicam uma vontade de dialogar com o mundo por questões próprias da contermponeidade. Para isso, desempenham esforços na construção de um ambiente em constante remodelação, um circuito próprio e interdependente, onde é possí­vel agir com maior autonomia e liberdade.

O objeto deste trabalho, em suma, almeja:

* Pesquisa de técnicas artí­sticas aplicadas í  tecnologias computacionais;

* Contextualização do repertório da revista eletrônica Hackeando Catatau;

* Elaboração de 6 (seis) Rituais Multimí­dia mensais – de julho a dezembro de 2007;

* Fomentar ambientes e situações de trocas entre circuitos de arte e ativismo através do novos meios de comunicação (Internet) e cenários culturais locais;

* Documentação do processo técnico-conceitual através de textos e arquivos audiovisuais disponibilizados nos sí­tios da Orquestra Organismo, na revista eletrônica Hackeando Catatau e no Estúdio Livre (portal da comunidade de artistas e ativistas das ferramentas de software livre).

patrimonios

Contrapartida Social

Organizar eventos ritualí­sticos multimí­dia abertos ao público localmente ou na internet, gratuitos, que dialogam com conceitos e poéticas pesquisadas dentro do vasto conteúdo publicado nos últimos 2 anos na revista eletrônica Hackeando Catatau. Tais performances utilizarão técnicas computacionais totalmente baseadas em Software Livre. Disto, pretende-se ainda deixar todo um rastro de registro técnico do uso destas ferramentas para comunidade usuária destes softwares, publicando os processos no portal especializado no assunto: o Estúdio Livre (http://www.estudiolivre.org ).

Além desta excelente contrapartida para a comunidade em geral, este processo prima por um intercâmbio cultural com outros circuitos; divulgando e legitimando o conteúdo extremamente aprofundado por diversos artistas curitibanos na já citada revista, que é uma das referências em algumas comunidades de ativistas de arte digital colaborativa.

Este é um processo que coloca uma perspectiva de construção de um saber e de um movimento artí­stico coletivo, moldado de maneira fluida através dos anos por vários artistas curitibanos com interação de muitos outros colaboradores de outros sí­tios, em troca direta com as possibilidades de interação remota propiciada pelos aparatos tecnológicos de rede.

Estes rituais performáticos serão construí­dos em um processo artí­stico e didático utilizando uma idéia que foi concebida como uma metáfora da “cozinha de dados”. Vive-se em uma época de abundância de informação, por outro lado esta aparece como puro conteúdo em estado “bruto”. Um descompasso, onde não há tempo, ou costume, para digerir tais informações.

A metafóra da “cozinha de dados” nos serve como uma poética de recombinação cultural, que será potencializada por interação remota dos artistas curitibanos com outros circuitos nacionais e internacionais, potencializados por redes de artistas e ativistas que atuam em circuitos interdependentes, como Upgrade Internacional, Estúdio Livre, Descentro e Surface Tension, entre outros.

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Metodologia:

O projeto estabelece como metodologia:

* Adoção de estratégias de ação coletiva, primando aspecto colaborativo e não hierárquico de gestão e agenciamento; entendendo assim que todos os envolvidos (Coordenador de projeto e pesquisadores) desempenham as funções que forem necessárias para a completa execução do projeto Cozinhando Puros Dados;

* Reflexão sobre os recursos tecnológicos, sobretudo no pensamento sobre a utilização e difusão de ferramentas tecnológicas voltadas ao conhecimento aberto, criativo, contextualizado e de constante recombinação simbólica;

* Comunicação multidirecional, veloz e ampliada por ferramentas digitais;

* Ã?Å nfase em processos abertos, documentados e visí­veis publicamente, contudo sem a espetacularização gratuita das ações;

* Construção de métodos centrados no processo de pesquisa e experimentação;

* Valorização e respeito aos processos subjetivos;

* Olhar voltado í  autonomia, diversidade e liberdade;

Cronograma:

ano: 2007

* Julho – iní­cio do desenvolvimento das pesquisas de contextualização, pré-produção e realização do 1ú Ritual Multimí­dia – em local ainda a ser definido – organização de documentação e criação de relatório.

* Agosto – Continuidade do desenvolvimento das pesquisas de contextualização, pré-produção e realização do 2ú Ritual Multimí­dia – em local ainda a ser definido – organização de documentação e criação de relatório.

* Setembro – Continuidade do desenvolvimento das pesquisas de contextualização, pré-produção e realização do 3ú Ritual Multimí­dia – em local ainda a ser definido – organização de documentação e criação de relatório.

* Outubro – Continuidade do desenvolvimento das pesquisas de contextualização, pré-produção e realização do 4ú Ritual Multimí­dia – em local ainda a ser definido – organização de documentação e criação de relatório.

* Novembro – Continuidade do desenvolvimento das pesquisas de contextualização, pré-produção e realização do 5ú Ritual Multimí­dia – em local ainda a ser definido – organização de documentação e criação de relatório.

* Dezembro – Continuidade do desenvolvimento das pesquisas de contextualização, pré-produção e realização do 6ú Ritual Multimí­dia – em local ainda a ser definido – organização de documentação e criação de relatório.

ano: 2008

* janeiro e fevereiro – Finalização, organização, catalogação e publicação da documentação gerada em sí­tios já especificados e criação de relatório.

* fevereiro – Prestação de contas diante da Fundação Cultural de Curitiba, e criação de relatório final.

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Portfólio da Orquestra Organismo:

Orquestra Organismo é um fluxo artí­stico interdisciplinar agenciador de ações colaborativas e diretas. Em seu processo de elaboração poética empenha-se em gerar ciclos de criação autônomos que em diversos momentos se complemtentam.

Em meio í s ações que idealiza e participa, tem constantemente refletido sobre questões relacionadas a ritualização e formação de circuitos. Se dispõe a proporcionar encontros relacionais não-hierárquicos com diversos organismos coletivos, instituições e artistas, repensando também o conceito de público e as formas de colaboratividade, bem como as metodologias empregadas para cada circunstância.

Como complemento, dedica-se í  recombinação e abertura de códigos de conhecimento. Desde 2005, vem desenvolvendo pesquisas baseadas em ferramentas de software e hardware livres cujo processo criativo é voltado í  sustentabilidade de uma percepção cultural compatí­vel com a humanização da tecnologia.

Poetizando a utilização de métodos computacionais e da engenharia dos instrumentos, busca possibilitar um aprendizado mais lúdico das ferramentas cientí­ficas e desconstruir o mitificado processo industrial mercadológico.

Seus encontros são marcados por ressonâncias e discussões contí­nuas, onde poéticas abertas e processuais reatualizam as próprias práticas de invenção, despertando resistentes faí­scas de lucidez em meio aos recalques do cotidiano mediado por simulacros espetaculares.

Algumas ações idealizadas ou colaboradas pela Orquestra Organismo:

I. Desafiatlux – ocupou o 2í° andar do prédio do SESC da Esquina, região central de Curitiba – de 15 de agosto a 30 de setembro de 2005 – a iniciativa do grupo de artistas Orquestra Organismo propunha o agenciamento de trocas entre diversos artistas e coletivos.

II. Leminski: A Justa Razão Aqui Delira – ação teatral única realizada no Mini Auditório do Teatro Guaí­ra em 22 de setembro de 2005, de concepção da atriz Claudete Pereira Jorge e direção de Octávio Camargo.

III. Hackeando Catatau e ListaLeminski – ações de elaboração de método, comunicação, editoração e documentação em revista eletrônica e lista de discussão.

IV . Polavra – encontros poético-literários, de concepção de Sávio Nienkí¶tter e Nils Skare.

V. Andante Allegro – ações de caminhadas feitas em grupo pela cidade de Curitiba e região metropolitana, inicialmente propostas por João Debs.

VI. Costurando Pontos – iniciativa de ocupação e intervenção do histórico casarão da UPE em Curitiba, ocorrida entre do dias 12 a 15 de Outubro de 2005. Ação de articulação de redes, troca e experimentação artí­stico-tecnológica entre diversos grupos locais e nacionais.

VII. Cozinhando Com Puros Dados – realizado na Galeria Ybakatu com ações elaboradas pelo intercâmbio de integrantes dos coletivos Orquestra Organismo e Surface Tension: Glerm Soares, Octávio Camargo, Brandon LaBelle e Ken Ehrlich – de 14 de janeiro a 18 de fevereiro de 2006.

VIII. ConSerto – Ambiente de pesquisa em processos artí­stico-tecnológicos ocorrida no auditório do SEAE – Secretaria de Assuntos Estratégicos do Paraná, entre os dias 12 de março a 01 de abril de 2007.

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Licence Art Libre

Licença da Arte Livre

[ Copyleft Attitude ]

Versión 1.2

Preâmbulo:

Com a licença da Arte Livre, você está autorizado a copiar, distribuir e transformar livremente a obra de arte, sempre respeitando os direitos do criador.

Longe de ignorar os direitos do autor, esta licença os reconhece e protege, reformulando os seus princí­pios, tornando possí­vel ao público o uso criativo das obras de arte. Enquanto os atuais direitos de propriedade literária e artí­stica resultam na restrição do acesso público í s obras de arte, o mérito da licença da Arte Livre é encorajar este acesso.

A intensão é fazer com que a obra se torne acessí­vel e permitir o uso de seus recursos para o maior número de pessoas: para usá-la com o fim de aumentar o seu uso, para criar novas condições de criação para multiplicar as possibilidades de criação, respeitando os criadores com o reconhecimento e defesa de seus direitos morais.

De fato, com a chegada da era digital e a invenção da Internet e do Software Livre, surgiu uma nova visão sobre criação e produção. Esta licença também encoraja a continuação do processo de experimentação utilizado por muitos artistas contemporâneos.

Conhecimento e criatividade são recursos, que para serem realmente autênticos, devem permanecer livres, atividades básicas de investigação que não necessariamente estão relacionadas com aplicações concretas. Criar significa descobrir o desconhecido, inventar a realidade sem dar atenção ao realismo. Desta forma, o objeto (ou objetivo) da arte não é a obra de arte terminada e definida.
Esse é o principal objetivo da licença da Arte Livre: promover e proteger a prática artí­stica das regras da economia de mercado.

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DEFINIÇÃ?â?¢ES

A obra de arte ::
Uma obra pública que inclui a obra inicial e todas as contribuições (originais subsequentes e cópias). É criada pela iniciativa de um artista original que, por esta licença, define as condições que regerão a forma como as possí­veis contribuições serão feitas.

A obra de arte original ::
É a obra criada pelo autor inicial da obra pública, cujas cópias serão modificadas por quem quiser.

Obras subsequentes :
São as contribuições repassadas pelos artistas que participam da formação da obra utilizando as vantagens do direito de reprodução, distribuição e modificação que esta licença lhes confere.

O original (a obra fonte ou recurso) :
Um modelo datado da obra, de sua definição, de sua composição ou de seu planejamento, que autor original define como uma referência para todas futuras modificações, interpretações, cópias ou reproduções.

Cópia :
Qualquer reprodução da obra original como definida por esta licença.

Criador da obra de arte inicial :
É a pessoa que criou a obra que se encontra no coração das ramificações desta obra de arte modificada. Por esta licença, o autor determina as condições sob as quais as modificações são feitas.

Contribuidor :
Qualquer pessoa que contribui na criação da obra de arte. É o criador de um objeto artí­stico original resultante da modificação da obra inicial ou modificação de uma cópia de uma obra de arte subsequente.

1. OBJETIVOS

O objetivo desta licença é definir as condições pelas quais você poderá usar esta obra livremente.

2. EXTENSÃO DE USO

Esta obra de arte está sujeita a copyright, e o autor, por esta licença, especifica os limites com os quais você pode copiá-la, distribuí­-la e modificá-la.

2.1 LIBERDADE PARA COPIAR (OU DE REPRODUÇÃO)

Você tem o direito de copiar esta obra para o seu uso pessoal, para seus amigos ou para qualquer pessoa, aplicando qualquer técnica que você escolha.

2.2 LIBERDADE PARA DISTRIBUIR, INTERPRETAR (OU DE REPRESENTAÇÃO)

Você pode distribuir livremente as cópias destas obras, modificadas ou não, qualquer que seja a mí­dia, para onde você quiser, gratuitamente ou não, se forem respeitadas as seguintes condições:
– anexar esta licença, em sua inteireza, í s cópias ou indicar precisamente onde a licença pode ser encontrada;
– especificar ao destinatário o nome do autor da obra original;
– especificar ao destinatário onde ele será capaz de acessar as obras originais (inicial e subsequentes). O autor da obra original pode, se desejar, lhe dar o direito de distribuir a obra original seguindo as mesmas condições das cópias.

2.3 LIBERDADE PARA MODIFICAR

Você tem o direito de modificar as cópias das obras originais (inicial e subsequentes), parcialmente ou de outra forma, respeitando as condições definidas no artigo 2.2, no evento da distribuição (ou representação) da cópia modificada. O autor da obra original pode, se desejar, lhe dar o direito de modificar a obra original seguindo as mesmas condições das cópias.

3. INCORPORAÇÃO DE TRABALHO ARTíSTICO

Todos os elementos desta obra de arte devem permanecer livres. Por isso, você não está autorizado a integrar as obras originals (originals e subsequentes) em outra obra que não siga esta licença.

4. SEUS DIREITOS COMO AUTOR

O objetivo desta licença não é negar os seus direitos autorais de sua contribuição. Escolhendo contribuir para a evolução desta obra de arte, você apenas concorda em dar aos outros os mesmos direitos, que lhe foram dados por esta licença, sobre sua contribuição.

5. DURAÇÃO DA LICENÇA

Esta licença tem efeito a partir da simples aceitação das suas cláusulas. O ato de copiar, distribuir ou modificar a obra constitui um acordo implí­cito. Esta licença ficará em vigor pelo mesmo tempo que o copyright relativo a esta obra. Se você não respeitar os termos desta licença, você perde automaticamente os direitos que ela lhe confere. Se o regime jurí­dico ao qual você está submetido torna impossí­vel o seguimento dos termos desta licença, você não poderá usufruir dos direitos que ela confere.

6. VíRIAS VERSÃ?â?¢ES DA LICENÇA

Esta licença pode sofrer modificações periódicas pelos seus autores (investigadores do movimento da “atitude copyleft”), para incorporar aperfeiçoamentos na forma de novas versões numeradas.

Você terá a opção de aceitar as cláusulas contidas na versão a qual você divulgou ou, alternativamente, usar as cláusulas das versões subsequentes.

7. SUB-Licenciamento

Sub-licenças não são autorizadas por esta licença. Qualquer pessoa que deseje fazer uso dos direitos que ela confere, deve se dirigir obrigatoriamente ao autor da obra original.

8. A LEI APLICíVEL PARA ESTE CONTRATO

Esta licença é tratada pela Legislação Francesa.

ââ?¬â?Ã¢â?¬â?–

DIRETIVAS DE USO:

– Como usar a licença da Arte Livre?

Para se beneficiar da licença da Arte Livre é necessário apenas especificar em sua obra de arte:

[- Algumas linhas para indicar o nome da obra e dar uma idéia do que ela é.]
[- Algumas linhas para descrever, se necessário, a obra modificada e dar o nome do autor/artista]
Copyright é [a data] [nome do criador] (se pertinente, especificar o nome dos autores anteriores)
Copyleft: esta obra de arte é livre, você pode redistribuí­-la e/ou modificá-la de acordo com os termos da licença Arte Livre.
Você pode encontrar uma cópia desta licença no site da Copyleft Attitude http://artlibre.org assim como em outros sites.

– Porque usar a Licença da Arte Livre?

1. para dar acesso ao maior número de pessoas í  sua obra

2. permitir que sua obra seja livremente distribuí­da

3. permitir que sua obra evolua, autorizando sua transformação por outros artistas

4. permitir que você possa utilizar os recursos de uma obra quando ela seguir a licença da Arte Livre: para copiá-la, distribuí­-la ou transformá-la livremente.

5. This is not all: because the use of the Free Art License is also a good way to take liberties with the marketing system generated by the dominant economy. The Free Art License offers a useful legal protocol to prevent abusive appropriation. It will no longer be possible for someone to appropriate your work, short-circuiting the creative process to make personal profit from it. Helping yourself to a collective work in progress will be forbidden, as will monopolising the resources of an evolving creation for the benefit of a few.
5 Isso não é tudo: porque o uso da licença da Arte Livre é também uma boa forma de adquirir liberdade no sistema de marketing gerado pela economia dominante. A licença da Arte Livre oferece o protocolo legal muito útil para prevenir apropriação abusiva. Não será mais possí­vel alguém se apropriar de sua obra, restringindo o processo criativo em benefí­cio próprio. Será impossí­vel se excluir do trabalho coletivo, uma vez que isso monopoliza os recursos de uma criação evolutiva em benefí­cio de poucos.

A Licença da Arte Livre defende uma economia mais apropriada para a arte, baseada no compartilhamento e troca. O que vale na arte é também, geralmente, o que não tem valor.

– Quando usar a licença Arte Livre ?

Não é objetivo da Licença da Arte Livre eliminar copyright ou os direitos do autor, é justamente o oposto. O objetivo é reformular a relevância destes direitos levando em conta o contexto atual. Está ligada ao direito de liberdade de expressão, de copiar e transformar livremente uma obra de arte. O direito de trabalhar em liberdade para a arte e para os artistas.

1 Cada vez que você queira usar ou colocar este direito em prática, use a Licença da Arte Livre.

2 Cada vez que você queira criar obras que possam evoluir e serem livremente copiadas, livremente distribuí­das e livremente transformadas: use a Licença da Arte Livre.

3 Cada vez que você queira ter a possibilidade de copiar, distribuir ou transformar uma obra: cheque se ela está sob a Licença da Arte Livre. Se não estiver, você está sujeito a violar a lei.

– Para quais tipos de obras de arte a licença Arte Livre pode ser aplicada?

Esta licença pode ser aplicada a arte digital e não-digital. Ela nasceu da observação do mundo do Software Livre e da Internet, mas a sua aplicabilidade não é limitada í  mí­dia digital. Você pode colocar uma pintura, romance, desenho, trecho de música, poema, montagem, ví­deo, filme, receita, CDROM, site ou performance sob a Licença da Arte Livre. Resumindo, qualquer criação que tenha alguma intensão de ser uma obra de arte.

Esta licença tem uma história: ela nasceu em uma reunião “Copyleft Attitude ” que aconteceu no “Accí¨s Local” e “Public” em Paris no iní­cio do ano de 2000. Pela primeira vez, ela reuniu especialistas em computadores e ativistas do software livre com artistas contemporâneos e membros do mundo da arte.

Traducion : Lucas Rocha

ATUALIDADE PROBLEMA

calculadora
Link: http://www.cienaniosdeperdon.com.ar/IO/images/calculadora.jpg

eiabel lelex

Foucault coloca na questão “O que é a nossa atualidade?” a implicação de tomar a noção de acontecimento como constitutiva desta questão. “Interrogar a atualidade é questioná-la como acontecimento na forma de uma problematização”.

Como tema principal desta rede conceitual se impõe a Ética, ou Cuidado de Si, ou tecnologias de Si, ou ainda, o modo como nos constituí­mos sujeitos. Nunca é demais destacar que este tema, por sua historicidade nada tem a ver com a moderna investigação filosófica do sujeito como sede estática e universal do conhecimento. Contudo, a constituição deste tema histórico em Foucault possui também uma história.

Que diz o tecnorrealismo? A Internet é revolucionária, mas não utópica. O Governo tem um papel importante a desempenhar na fronteira eletrônica. A Informação não é conhecimento. A Informação tem de ser protegida. Compreender a tecnologia poderá ser uma componente essencial de uma cidadania global. O problema é este: a ideologia tecnológica é romântica, mas a cultura não deveria renunciar aos intentos iluministas. Daí­ o conflito.

tecnossurrealismo traz í  boca da cena a questão do real: sub(real), hiper(real)? O que está em causa são os vários planos da realidade. Não há dúvida que a atração que a Matemática exerce ao falar de espaços multidimensionais e da coerência que os mantém, tem servido para afirmar a existência de outros planos de realidade. Haverá um outro real para além daquele que vemos e descrevemos? E se a “realidade” fosse apenas aquilo que decidimos que seja realidade dentro dos limites da experiência, isto é, do bem ver (descrever) e do bem dizer (nomear)?

concebida enquanto fato cultural, “o que é nossa atualidade?” remete í  investigação das configurações do plano da cultura nos tempos atuais e de suas implicações com as transformações acarretadas pelos processos de expansão do mercado e das redes de comunicação para a esfera global. Estudos a respeito do processo de globalização e da emergência de uma cultura denominada global servem de base para um exame da relação da publicidade com as transformações culturais e econômicas na atualidade, e de sua participação nos processos constitutivos da cultura global.

como elemento de cultura global, levantando a hipótese de uma construção, em versão publicitária, do que se chamou – de acordo com os trabalhos de Foucault em a “História da Sexualidade” – de “cuidado de si”, entendido como a elaboração cultural da relação do sujeito consigo mesmo, com seu corpo e com sua sexualidade.

Destacar consiste naquilo que Foucault define como o princí­pio ao qual se liga o cuidado de si: “o princí­pio da conversão a si” (Foucault, 1985, pp. 69-70). Através do retorno a si mesmo tem-se a ilusão de abrigo e de independência em relação ao exterior, podendo-se gozar de uma experiência pessoal associada í  posse e ao domí­nio.
(anotações aula ética estética-comdig)

http://www.google.com/search?q=0b1100101*0b1001

DIA DO NADA

nothing

Passando o recado
Rubens Pilleggi
Lançamento da proposta para o DIA DO NADA 2007

Não custa lembrar:
O DDN cai sempre na primeira segunda de maio. Este ano, portanto, cai no Dia 07 de maio. Segunda-feira.

Definição simplista:
DDN não é contra o trabalho. É contra o trabalho desprazeroso, mecânico, robotizado, escravo.
Questiona a mais-valia e o lucro, sob todos os ângulos e hipóteses.
Descrê do progresso industrial e do uso da tecnologia eletrônica como evolução da espécie.
Ri do processo civilizatório.
DDN não é para NÃO fazer nada. O desafio, aliás, e este. A idéia é: fazer nada.
Tudo é trabalho. Tudo dá trabalho. Trabalho, em fí­sica, é a energia gasta por um corpo para se movimentar entre dois pontos. Portanto, enquanto o coração bater, existe o trabalho. E a idéia do Nada e do Vazio colocada em movimento como uma ação não cartesiana, melhor, como poética, é a questão.

Constatação
Por causa do Efeito Estufa, gerado pela emissão descontrolada de gases poluentes na atmosfera, principalmente CO2, a temperatura do Planeta está se elevando. O clima está se alterando, as estações do ano perderam suas definições. As águas de março ainda não chegaram e, mesmo em maio, o verão ainda não foi fechado.

O paradoxo quente
Voltemos í  Fí­sica: se as partí­culas ficam em movimento constante, em atrito permanente, a velocidades cada vez maiores, então os corpos tendem í  combustão, gerando cada vez mais calor. Esquentando mais, faz-se necessário, na nossa sociedade de mercado, um maior uso de refrigerador, ventilador, ar-condicionado, enfim, não queremos abrir mão do conforto industrial que deus nos deu, certo? Acontece que isso acaba gerando um maior gasto de energia, aumentando, assim, o calor. E Eis, assim, montado o paradoxo que nos coloca, a todos, dentro de um circuito vicioso cujo fim não precisamos de nenhuma lâmpada mágica para adivinhar seu desfecho.

Visão crí­tica
Para Al Gore e para os mercadores da vida o desastre ambiental representa Eco_dólares. E se aproveitam do calor que está fazendo para ganhar mais dinheiro vendendo ventiladores. Ou fazendo projetos mirabolantes como a construção de guarda-sóis no espaço, sucção do CO2 da atmosfera usando como depósito as reservas exauridas de petróleo, etc. Fazem acreditar que a tecnologia de ponta pode resolver o problema do desastre ambiental e que podem resolver o problema mundial por cada um de nós. No máximo, propõem a troca do uso de produtos mais poluentes, por outros, novos, modernos e “ecológicos”. Como se o material usado na fabricação desses produtos e o lixo dos outros, descartados, não interferisse, ainda mais, no problema ambiental.
O que é preciso pensar, em primeiro lugar, é que nossa cultura foi toda construí­da sobre os alicerces do domí­nio í  natureza. E nunca de integração. O homem civilizado, ocidental, greco-judáico-cristão, sempre viu a si próprio como alguém na paisagem, mas nunca como alguém da paisagem. A natureza sempre lhe foi o fora. E o dentro sempre foi aquilo que ele construiu para vencer a natureza, chegando ao ponto que estamos vivendo agora, que é a de perder todo o contato e relação com ela e recebendo de troco um delicioso “tchau, humanidade, vocês são uns chatos”.

Proposta do DDN
Desmontar o discurso catastrofista dos apocalí­pticos que lucram com a miséria humana (neopentecostais, niilistas de plantão, comunistas endinheirados) e dos conformistas que acham que “isso não vai mudar nunca”, já é uma maneira de tornar o problema menos insolúvel. Deter imediatamente a voracidade consumista, então, já é caminhar, a passos largos, em direção de um outro tipo de relação do homem com a natureza. Isto é, de integração e harmonia.
Mas não basta apenas desligar o ventilador durante quinze minutos e ficar de braços cruzados, com tédio e raiva, passando calor. É preciso que o espaço e o tempo sejam utilizados de maneira criativa e lúdica como resposta vital a esse modo de viver que nos quer reféns do impulso de morte. É possí­vel utilizar a as energias emanadas pela própria natureza, a nosso favor, sem ter de gastar um centavo por isso. Ao contrário, para nos humanizar através delas.
E o que nos torna mais profundamente humanos é a nossa capacidade de compreender a realidade e rir, quando, ao invés de nos lamentar pela situação ou de nos perder em abstrações intelectualizadas, agimos.

Questão concreta

Para o DDN, tanto quanto para a filosofia oriental e para a cultura indí­gena, agir é não-agir. É deixar acontecer. Como na Capoeira de Angola. Como no Judô. Usar a força, o impulso e o movimento do oponente, contra ele próprio. A nosso favor.
O devir do vento, portanto, que dá movimento a essas palavras. Não só a hélice do ventilador, no caso acima descrito, para combater o calor. Mas a vela do barco. Aqui, brincando com as folhas soltas das palavras da árvore-idéia, como uma aposta no lúdico.

Recado dado

Semana passada, na casa do Jarbas Lopes – que tem uma chácara em Maricá, cujo limite de sua propriedade é uma falésia, um corte abrupto na faixa de terra, que dá diretamente em uma lagoa formada por uma cadeia de montanhas, perto de Niterói – veio a solução do paradoxo do ventilador, que me assaltava desde que comecei a pensar em um tema para o DDN deste ano. Ou seja, o que propor para alguém fazer no lugar do ficar embaixo do ventilador desligado?
Foram as próprias crianças, sobrinhas e filhos do Jarbas, quem resolveram o problema. Não que elas soubessem de toda essa elaboração mental. Não é isso. O que aconteceu foi que havia várias redes de dormir – com mosquiteiro e tudo – lá e as crianças pediram ao Jarbas para dormir fora de casa, nas redes, dependuradas na árvore que fica perto da falésia. E foi uma festa. Amarramos umas seis redes na árvore e passamos a noite lá, entre a brisa que suavizava o calor que fazia e a paisagem imponente, ao longe. Sons, só de coruja, de vez em quando, e causos, que foram contados até as crianças pegarem no sono.

Como um recado dado, o DDN me apareceu com essa idéia pronta. E eu só tive o trabalho de contar o que aconteceu, embalado pelo vento.

http://nothingday.blogspot.com

O vento veio lá do sul. Deu esse texto aí­ encima.
Caiu uma boa chuva aqui ontem, mas ainda precisa de mais água para o verde vir.
Estamos “xamando” todo mundo para fazer o DIA DO NADA com DANÇA DA CHUVA, no Espaço do ENEI, em Santa Teresa, RJ, com o pessoal do CHAVE MESTRA (a confirmar)
Ronie Peterson cheio de idéias em Londrina
Ana Lucc a, em cena, vai entrar em locais onde se consome (restaurantes, por exemplo, ela me disse) e não consumir. Ficar lá até que…
Romano vai de rádio telepatia : umadas idéias é usar a Gentil como ponto para montar a rádio e usar o celular das pessoas da rua para enviar mensagens on line para computador. Fazendo dessa uma das programações possí­veis.
Quem vai apagar as luzes da mansão do Al Gore, hein?
O start está dado. Sei que tem mais gente agitando por aí­. E por aqui vou colocando as produções no ar.
DDN 2007

#!/bin/bash echo ‘Nossa! Estou vivo!’

gripe

#!/bin/bash
#
# Piano Gripe 3.0 – The Shell Music #
# OBS: Favor nao confundir com axé music ##
# Natal-RN ###
# Autor: Pablo Fernandes (fernandes_pablo@yahoo.com.br) ———- ####
# ———————————————- 28.10.2003 #####
# ######
#############################################################################
#
# —————
# Agradecimentos: Grupo de Discussão “Shell Script” (Yahoo)
# ESPECIAIS Aurélio Marinho Jargas (http://aurelio.net)
# ————— Seu nome (seu e-mail)
#
# [Caso de bug, melhorias no código, enxudaga, ajuda ou como seja,]
# [resultará em seu nome nos agradecimentos especiais. Ajude a man]
# [ter esse software propondo melhorias ou corrigindo erros. ]
#
###########################################################################
# Como usar: #####
# $ ./gripe * simplesmente execute-o ####
# * Verifique se você possui a permissão x ###
# no arquivo. Caso não tenha digite: ##
# “chmod +x gripe” com o dono do arquivo #
#
# Como usar As teclas A, S, D, F, G, H, J, K, L, Z, X, C, V, B,
# 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0 são usadas para representar
# as teclas de um teclado. Nele virão marcadas essas teclas.
#
# OBS2: A opção “P” (do quadro de opções), adiciona um espaço sem
# música para ajudar em suas composições.
#
# Opções: W – Toda tecla pressionada é gravada na linha de sequência.
# Essa opção toca as notas definidas na “sequência”.
#
# E – Apaga a sequência criada anteriormente, impossibilitando
# de tocar músicas até que pelo menos uma nota seja especi
# ficada novamente no espaço de sequência.
#
# T – Salva sequência no diretório $HOME/gripe/ com extensão .shm
# (ShellMusic)
#
# Q – Sai do programa e apaga o espaço sequência.
#
# P – Pausa na sequência.
#
# + – Aumenta o tempo entre notas
# – – Diminue o tempo entre as notas
#
# R – Exemplos de músicas (Beatles – Day Tripper
# e Black Sabbath – Iron Man)
#
###########################################################################
#
# ATENÇÃO1: O PIANO GRIPE 3.0 FOI TESTADO APENAS NO CONECTIVA “8++” E “9”
# E FEDORA CORE 1 e 2.
# SE VOCÃ?Å  OBTEU Ã?Å XITO TOTAL EM OUTRA DISTRIBUIÇÃO, ENVIE UM E-MAIL
# AVISANDO A SUA DISTRO. CASO VOCÃ?Å  NÃO TENHA CONSEGUIDO EXECUTí-LO
# AVISE TAMBÉM POR E-MAIL A DISTRO. OBRIGADO
# —————————————————————-
#
# ATENÇÃO2: Execute o programa em MODO TEXTO (não execute-o em um terminal
# do modo gráfico).
#
# AVISO: Na versão 4.0 do Piano Gripe, será adicionado um backspace de
# notas musicais para o teclado.
#
###########################################################################
# ####
# REGISTRO DE MUDANÇAS E ATUALIZAÇÃ?â?¢ES: Changelog ###
# ———————————— ##
# #
# 28.10.2003: Iniciada e concluí­da a primeira versão (0.10)
# 01.11.2003: Corrigido BUG (um ponto desconhecido flutuando
# no código (detectado por Aurélio Marinho Jargas)
# 01.11.2003: Corrigido BUG (quem usava LANG=en_US não executava
# as músicas por causa do comando sleep ,número)
# 01.11.2003: Adiciona o comando “T” possibilitando gravar as músicas
# 01.11.2003: Corrigido BUG (quem tinha o diretório home com espaços
# no nome, dava uma série de erros. Solução: Aspear
# duplamente todas as variáveis)
# 20.11.2003: Restringe em 91 notas máximas por música. Se no prompt
# SEQUÃ?Å NCIA aparecessem mais de 100 “+Sol#”s o programa
# dava txiutxi nos gráficos, pq só de notas, iria passar
# de uma tela. Mas se alguém insistir muito (que acho muito
# difí­cil, procurarei outra solução para o problema.
# 30.11.2003: Pequenos tutoriais sobre caracteres de controle espalhados
# pelo código.
# 13.12.2003: Um bug resolvido. Descrição: Se você salvasse o arquivo
# “gripe” no diretório $HOME, ele dava erros na hora de salvar
# uma sequência.
# 18.02.2004: Depois de muito tempo jogado, sem receber nenhuma atualização,
# resolvi baixá-lo do site (que nem tinha mais ele no meu comp.)
# surgiu um bug no sleep. Antigamente via que para shells com a
# variável de ambiente $LANG estava para en_US, a sintaxe do
# sleep era “sleep .10” por exemplo, e pra $LANG=pt_BR a sintaxe
# mudava para “sleep ,10”. E agora fiz o teste para ambas
# configurações e vi que funcionou com “sleep .n”
# 03.06.2004: “Bom, fazia tempo que o programa nao tinha nenhuma mudança
# pois havia perdido a versao completa e mais atualizada que
# eu tinha feito na epoca. As novidades sao:”
# 02.06.2004: Mudei de distribuiçao (do Conectiva para a Fedora Core) e
# percebi algumas mudanças. Agora retirei os acentos de todo
# o programa (aceto os que ficam dentro de arquivos, como este),
# pois o fedora tem problemas com acentos para visualizaçao
# no console. Ainda nao sei pq, dentro do vi consigo ver os
# acentos (apesar de nao conseguir digita-los) mas se fosse
# um e-mail ou mesmo no Piano Gripe, eles nao aparecem. Pois
# e, a atualizaçao foi retirada de acentos.
# 02.06.2004: Tambem tive problemas com a variavel $LANG (novamente) e a
# sintaxe do programa sleep. Agora todo o programa roda com
# LANG=en_US e na finalizaçao do Piano, ela e recuperada para o
# normal do usuario.
# 02.06.2004: Mudança nos Leds, agora quando estamos tocando, os leds Num
# Lock e Caps Lock ficam acendendo e apagando 🙂 . Quis fazer
# com o Scroll Lock tambem, mas no conectiva nao liga nem a pau
# usando setleds +scroll. No Fedora ele liga, no slack, debian
# tambem deve ligar. Mas para nao causar problemas, deixei so
# os dois mesmo.
# 02.06.2004: Marcacoes nas notas tocadas. Toda nota tocada fica marcada
# de vermelha.
# 02.06.2004: Ah, as teclas agora podem ser tocadas em tempo real. Nao
# precisa de teclar mais enter para sair o som da nota.
# 03.06.2004: Algumas mudanças no codigo, na parte de salvar arquivos.
# Criei uma funçao para fazer tudo, diminuindo o codigo.
# GNU
## #### ## ## ## ## ### ####
## ## ### ## ## ## ## ##
## ## #### ## ## ## ## ##
## ## ## ## ## ## ## ###
## ## ## ## ## ## ## ## ##
## ## ## #### ## ## ## ##
######## #### ## ### ###### ##### ####
#
# [FAÇA TAMBÉM UM SOFTWARE LIVRE]
# ————————————————————————
# Futuros Planos: Organizar código, e deixá-lo auto explicativo
# para estudantes (como eu) de shell Script.
#
# Adicionar exemplos de músicas conhecidas arqu
# ivada no prórpio código
#
# Testar em várias distribuições do linux.
# Até agora o Piano Gripe só foi testado no Con
# ectiva Linux 8++, 9, Fedora Core 1 e 2.
#
# Encontrar uma forma do Piano Gripe rodar no m
# odo gráfico (terminal do modo gráfico).
#
# Fazer um backspace de notas para apagar a últ
# ima nota tocada.
#
# Gringorizar passando para inglês todos os comentários
# e textos do programa (mas sem deixar a português obviamente)
# fazendo duas versões. ptBR and enUS
#
###########################################################################
#
# Pq Piano Gripe?
# —————
#
# Simplesmente pelo timbre gerado pelo auto-falante do micro.
# Parece um timbre rouco e gripado.
#
# Interesses do Piano Gripe:
# ————————–
#
# Estudo, diversão e divulgação 🙂
# Envie um e-mail para fernandes_pablo@yahoo.com.br
# se você gostou, ou se seu filho mais novo gostou 😀
#
###########################################################################
# Organização do código :
# ———————–
# O código do Piano Gripe encontra-se dividido em sessões. Cada sessão
# possui seus comentários e algumas dicas sobre algum assunto predominante
# no código fonte da sessão. Entre cada sessão, existe uma barra horizontal
# de 76 caracteres e duas quebras de linhas.
#
###########################################################################
#
# Os Comentarios do Codigo so serao atualizados nas versoes x.50
# No caso, na versao 3.50. Sempre vou fazer assim, pq exige muito
# tempo para comentar todo o codigo, e ainda mais quando e uma versao
# nova (que ainda vai ter correçoes).
#
###########################################################################
## COMEÇA O CÂDIGO ###
#####################

## Sessão:
#########################
## MODULOS NECESSARIOS ##
#########################
# Esta sessao tem os comandos necessarios para
# levantar os modulos.

# Este modulo pensei basicamente para o Fedora Core 2 que por
# padrao nao tem mais os beeps 🙁 Aposto que fizeram isso para
# boicotar o Piano Gripe do mercado. hehehe
modprobe pcspkr 2> /dev/null > /dev/null

#————————————————————————–#

## Sessão:
#######################
## MAPA DE VARIíVEIS ##
#######################
# Nesta sessão estão definidas todas as variáveis
# com seus valores iniciais.

SALVALANG=$LANG
LANG=en_US
CONTASHM=1 #Contagem de notas. Cada nota tocada, adiciona uma unidade
#desse valor. Máximo de notas permitidas:90 (CONTSHM=91 já
#o valor inicial é 1)
SHMLEDDY=1
EXEMPLOSHM=1
SLEEPSHMLANG=”sleep .4;”
BARRA40SHM=”PIANOGRIPEPABLOGRIPEPIANOGRIPEPABLOGRIPE”

## NOTAS MUSICAIS E SUAS RESPECTIVAS FREQÃ?Å?Ã?Å NCIAS ##
DO=’echo -ne \’\033[10\;132]\\a”
RE=’echo -ne \’\033[10\;148]\\a”
MI=’echo -ne \’\033[10\;165]\\a”
FA=’echo -ne \’\033[10\;176]\\a”
SOL=’echo -ne \’\033[10\;198]\\a”
LA=’echo -ne \’\033[10\;220]\\a”
SI=’echo -ne \’\033[10\;247]\\a”
DO1=’echo -ne \’\033[10\;264]\\a”
RE1=’echo -ne \’\033[10\;296]\\a”
MI1=’echo -ne \’\033[10\;330]\\a”
FA1=’echo -ne \’\033[10\;352]\\a”
SOL1=’echo -ne \’\033[10\;396]\\a”
LA1=’echo -ne \’\033[10\;440]\\a”
SI1=’echo -ne \’\033[10\;494]\\a”
DOS=’echo -ne \’\033[10\;143]\\a” #DOS? AAAAAAAAAH NÃO…!
RES=’echo -ne \’\033[10\;157]\\a”
FAS=’echo -ne \’\033[10\;187]\\a”
SOLS=’echo -ne \’\033[10\;209]\\a”
LAS=’echo -ne \’\033[10\;233]\\a”
DOS1=’echo -ne \’\033[10\;286]\\a”
RES1=’echo -ne \’\033[10\;314]\\a”
FAS1=’echo -ne \’\033[10\;374]\\a”
SOLS1=’echo -ne \’\033[10\;418]\\a”
LAS1=’echo -ne \’\033[10\;466]\\a”

######### CONSEGUINDO TIRAR SONS DO BEEP PELO COMANDO ECHO #################
#
# Para conseguir um som do speaker do seu computador, basta utilizar o
# caractere barra-letra \a (ALERTA). Se você digitar echo -ne ‘\a’, vai
# ver que um beep soará. Basta agora você definir o tom e duração
# do beep. Para isso, use:
#
# echo -ne ‘\033[10;N1]\a’ -> onde N1 é a frequência. Quanto maior o
# valor da frequência (Hz), mais agudo a nota
# sairá. Quanto menor for o valor, mais grave.
# echo -ne ‘\033[11;N1]\a’ -> onde N1 é a duração do som.
# __________________________________________
# —> O normal é \033[10;750] e \033[11;100] < --- # # OBS1: Depois de brincar com o seu beep, não esqueça de voltar para os # valores normais do beep. # # DICA: Defina a duração antes de definir o tom. # ex: echo -ne '\033[11;500]\033[10;1000]\a' # (Defina duração 500, defina tom 1000, toque um beep com \a) # # OBS2: Esse caractere de controle do beep, não toca um beep, ele apenas # define o tom e duração. Quem toca o beep é o "\a", entre outras # formas. #--------------------------------------------------------------------------# ## Sessão: ################# ## FERRAMENTAS ## ################# # Ferramentas escritas em funções feitas # para auxiliar o desenvolvimento e limpeza # do código. Elas ficarão aqui! ##### APREDENDO A MODIFICAR A POSIÇÃO DO CURSOR ############################ # # 1) Sempre que você ver um "VAIPARA N1 N2", quer dizer que o cursor muda # da linha atual, para a linha N1 e coluna N2. Exemplo: VAIPARA 1 1 ->
# Nesse caso o cursos vai para a linha 1 e coluna 1. Todo “echo” (ou o
# que seja) abaixo desse VAIPARA será inserido na linha 1, coluna 1.
# Aquele aviso inicial do programa, bem centralizado, pq está em uma das
# linhas centrais do monitor, e em uma das colunas centrais também.
# São 25 linhas e 80 colunas. Faça o teste, digite
# echo -e ‘\033[N1;N2Htexto aqui!’ substituindo N1 pela linha e N2
# pela coluna. Existem outros caracteres de controle para indicar a
# direção do cursor, mas o H é o que eu mais gosto 🙂

function VAIPARA() { echo -ne “\033[$1;$2H” ;} #1

# Deixa marcada com cores a nota tocada

function MARKNOTAUP() {
case “$MARKNOTASHM” in
DO) VAIPARA 12 4
echo -e ‘\033[37;41;1mA\033[m’ ;;
RE) VAIPARA 12 8
echo -e ‘\033[37;41;1mS\033[m’ ;;
MI) VAIPARA 12 12
echo -e ‘\033[37;41;1mD\033[m’ ;;
FA) VAIPARA 12 16
echo -e ‘\033[37;41;1mF\033[m’ ;;
SOL) VAIPARA 12 20
echo -e ‘\033[37;41;1mG\033[m’ ;;
LA) VAIPARA 12 24
echo -e ‘\033[37;41;1mH\033[m’ ;;
SI) VAIPARA 12 28
echo -e ‘\033[37;41;1mJ\033[m’ ;;
DO1) VAIPARA 12 32
echo -e ‘\033[37;41;1mK\033[m’ ;;
RE1) VAIPARA 12 36
echo -e ‘\033[37;41;1mL\033[m’ ;;
MI1) VAIPARA 12 40
echo -e ‘\033[37;41;1mZ\033[m’ ;;
FA1) VAIPARA 12 44
echo -e ‘\033[37;41;1mX\033[m’ ;;
SOL1) VAIPARA 12 48
echo -e ‘\033[37;41;1mC\033[m’ ;;
LA1) VAIPARA 12 52
echo -e ‘\033[37;41;1mV\033[m’ ;;
SI1) VAIPARA 12 56
echo -e ‘\033[37;41;1mB\033[m’ ;;
DOS) VAIPARA 7 6
echo -e ‘\033[37;41;1m1\033[m’ ;;
RES) VAIPARA 7 10
echo -e ‘\033[37;41;1m2\033[m’ ;;
FAS) VAIPARA 7 18
echo -e ‘\033[37;41;1m3\033[m’ ;;
SOLS) VAIPARA 7 22
echo -e ‘\033[37;41;1m4\033[m’ ;;
LAS) VAIPARA 7 26
echo -e ‘\033[37;41;1m5\033[m’ ;;
DO1S) VAIPARA 7 34
echo -e ‘\033[37;41;1m6\033[m’ ;;
RE1S) VAIPARA 7 38
echo -e ‘\033[37;41;1m7\033[m’ ;;
FA1S) VAIPARA 7 46
echo -e ‘\033[37;41;1m8\033[m’ ;;
SOL1S) VAIPARA 7 50
echo -e ‘\033[37;41;1m9\033[m’ ;;
LA1S) VAIPARA 7 54
echo -e ‘\033[37;41;1m0\033[m’ ;;
esac
}

# Desmarca a nota tocada

function MARKNOTADOWN() {
case “$MARKNOTASHM” in
DO) VAIPARA 12 4
echo -e ‘\033[30;47mA\033[m’ ;;
RE) VAIPARA 12 8
echo -e ‘\033[30;47mS\033[m’ ;;
MI) VAIPARA 12 12
echo -e ‘\033[30;47mD\033[m’ ;;
FA) VAIPARA 12 16
echo -e ‘\033[30;47mF\033[m’ ;;
SOL) VAIPARA 12 20
echo -e ‘\033[30;47mG\033[m’ ;;
LA) VAIPARA 12 24
echo -e ‘\033[30;47mH\033[m’ ;;
SI) VAIPARA 12 28
echo -e ‘\033[30;47mJ\033[m’ ;;
DO1) VAIPARA 12 32
echo -e ‘\033[30;47mK\033[m’ ;;
RE1) VAIPARA 12 36
echo -e ‘\033[30;47mL\033[m’ ;;
MI1) VAIPARA 12 40
echo -e ‘\033[30;47mZ\033[m’ ;;
FA1) VAIPARA 12 44
echo -e ‘\033[30;47mX\033[m’ ;;
SOL1) VAIPARA 12 48
echo -e ‘\033[30;47mC\033[m’ ;;
LA1) VAIPARA 12 52
echo -e ‘\033[30;47mV\033[m’ ;;
SI1) VAIPARA 12 56
echo -e ‘\033[30;47mB\033[m’ ;;
DOS) VAIPARA 7 6
echo -e ‘\033[37;40m1\033[m’ ;;
RES) VAIPARA 7 10
echo -e ‘\033[37;40m2\033[m’ ;;
FAS) VAIPARA 7 18
echo -e ‘\033[37;40m3\033[m’ ;;
SOLS) VAIPARA 7 22
echo -e ‘\033[37;40m4\033[m’ ;;
LAS) VAIPARA 7 26
echo -e ‘\033[37;40m5\033[m’ ;;
DO1S) VAIPARA 7 34
echo -e ‘\033[37;40m6\033[m’ ;;
RE1S) VAIPARA 7 38
echo -e ‘\033[37;40m7\033[m’ ;;
FA1S) VAIPARA 7 46
echo -e ‘\033[37;40m8\033[m’ ;;
SOL1S) VAIPARA 7 50
echo -e ‘\033[37;40m9\033[m’ ;;
LA1S) VAIPARA 7 54
echo -e ‘\033[37;40m0\033[m’ ;;
esac
}

# Liga os Leds de acordo com a nota tocada

function LEDSETI() {
case “$SHMLEDDY” in
1) setleds -caps
setleds +num
LASTL=”setleds -caps ; setleds +num”
SHMLEDDY=`expr $SHMLEDDY + 1` ;;
2) setleds -num
setleds +caps
LASTL=”setleds -num ; setleds +caps”
SHMLEDDY=`expr $SHMLEDDY – 1` ;;
esac
}

# Funcao para salvar arquivos .shm

function SALVAR_ARQUIVO() {
echo “######################################################” > $HOME/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “## Piano Gripe 3.0 – http://cltfc.sites.uol.com.br ##” >> $HOME/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “######################################################” >> $HOME/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “## Envie agora mesmo a sua música e o seu nome para ##” >> $HOME/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “## fernandes_pablo@yahoo.com.br ##” >> $HOME/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “######################################################” >> $HOME/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “##SUA MÚSICA ABAIXO:” >> “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “####################” >> “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “echo -ne ‘\\033[11;250]'” >> “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
echo “$SEQSHM” >> “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm 2> /dev/null
echo “echo -ne ‘\\033[11;100]\\033[10;750]'” >> “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
chmod +x “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm
VAIPARA 17 6
echo -e “\033[31;1mSALVANDO: “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm \033[m”
sleep 2
}

#————————————————————————–#

## Sessão:
###################
## AVISO INICIAL ##
###################
# 1) trap “” 2 20 é para proibir que o usuário termine a execução usando
# Ctrl+c ou Ctrl+z. Coloquei isso, por causa de comandos como stty -echo.
# se o usuário desse um Ctrl+c no meio deste aviso, ele iria voltar para
# o prompt sem conseguir ver nada que ele tecla (comando stty -echo), e
# esse comando aparece constantemente no código do Piano Gripe.
#
# 2) Para entender o que faz o comando stty -echo. Lembre no hora do login
# (no shell não interativo de login), você digita o nome do usuário (e
# consegue ver tudo que está digitando) e depois digita a senha (mas
# desta vez, o que você tecla não aparece na tela). O efeito desse comando
# é exatamente o mesmo. Coloquei ele, para o usuário não destrua os grá-
# ficos do Piano Gripe digitando coisas e aparecendo na tela. O comando
# para voltar ao normal é “stty echo”.
#
# 3) Depois de fazer todo o texto do aviso aparecer, espere 4 segundos e
# execute o programa “clear” para limpar a tela. Pois, a imagem do
# teclado e seus comandos serão os próximos gráficos.

trap “” 2 20 #1
clear
setleds -num ; setleds -caps
stty -echo #2
VAIPARA 10 15
echo -e ‘\033[46;30m Piano Gripe 3.0 \033[m’
VAIPARA 12 15
echo -e ‘\033[40;31;1m”Nao execute esse programa em um terminal\033[m’
VAIPARA 13 15
echo -e ‘\033[40;31;1mdo modo grafico. Utilize-o no MODO TEXTO.”\033[m’
VAIPARA 22 33
echo -e ‘\033[40;33;1mPablo Fernandes\033[m’
VAIPARA 23 26
echo -e ‘\033[40;34;1mfernandes_pablo@yahoo.com.br\033[m’
sleep 4 # 3
clear # 3
stty echo
echo ; echo

#————————————————————————–#

## Sessão:
#######################
## IMAGEM DO TECLADO ##
#######################
# Vou dar um jeito nas próximas versões de organizar esse código
# Ele foi construí­do a base de espaços com plano de fundo pintado.
# Uma idéia que Aurélio (aurelio.net) sugeriu, foi desenhar normalmente
# o teclado usando somente caracteres ASCII, usando caracteres do tipo
# “#”, “@”, “%” para representar as cores, e depois mapearia com o sed,
# adicionando os caracteres de controle de cores. Se alguém quiser ajudar,
# mande um e-mail.

##### APRENDENDO A COLORIR TEXTOS ##########################################
#
# Para colorir um texto usando o comando echo, veja a sintaxe:
# echo -e ‘\033[N1mTexto aqui!\033[m’
#
# Onde: N1 -> Código da cor ou propriedade.
# m -> indica que depois dele começa o texto
# \033[m -> no final do comando para que a cor volte ao normal,
# caso contrário, a cor será definida para os textos
# seguintes.
#
# Código de cores da letra -> vai de 30 a 37
# Códgio de cores do fundo -> vai de 40 a 47
# Códgio de propriedades -> 5 (pisca-pisca)
# 7 (cores invertidas)
# 1 (cor brilhante)
# 0 (sem cores)
#
# 1) Para usar um fundo azul com cor da letra vermelho e piscando?
# R: echo -e ‘\033[44;31;5mTexto aqui!\033[m’
#
# 2) Para usar somente a cor da letra vermelha?
# R: echo -ne ‘\033[31mTexto aqui!\033[m’
#
# Entendeu? Você vai misturando os números, separando-os com “;”.
#
# DICA1: A propriedade 1 (cor brilhante), deve ser usado junto com a cor
# da letra. Em alguns casos, mudam a cor e em outros casos apenas
# deixa a cor da letra mais clara.
#
# DICA2: Teste os códigos das cores e monte uma tabela para consulta 😀
# ou use o zzcores do funcoeszz (mão na roda para programadores
# Shell. Pegue em http://aurelio.net/zz)

echo
echo -e ‘ ——————————————————–\’
echo -e ‘||\033[44;39;1m Piano Gripe 3.1 – \033[44;31;5mThe ShellMusic\033[m\033[44;33;1m \033[m||’
echo -e ‘||——————————————————-||’
echo -e ‘||\033[47;37m \033[m 1 \033[47;37m \033[m 2 \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m 3 \033[47;37m \033[m 4 \033[47;37m \033[m 5 \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m 6 \033[47;37m \033[m 7 \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m 8 \033[47;37m \033[m 9 \033[47;37m \033[m 0 \033[47;37m \033[m||’
echo -e ‘||\033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m||’
echo -e ‘||\033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m||’
echo -e ‘||\033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m||’
echo -e ‘||\033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m \033[47;37m \033[m||’
echo -e ‘||\033[47;30m A \033[m \033[47;30m S \033[m \033[47;30m D \033[m \033[47;30m F \033[m \033[47;30m G \033[m \033[47;30m H \033[m \033[47;30m J \033[m \033[47;30m K \033[m \033[47;30m L \033[m \033[47;30m Z \033[m \033[47;30m X \033[m \033[47;30m C \033[m \033[47;30m V \033[m \033[47;30m B \033[m||’
echo -e ‘ \——————————————————-||’
echo -e ”
echo -e ‘ \033[40;32;1mEscolha Suas Teclas Pelas Etiquetas\033[m’

#————————————————————————–#

## Sessão:
##################################
## MENU DE CONTROLES DO USUíRIO ##
##################################
# Essas linhas abaixo são apenas os textos que aparecem no lado direito
# do teclado. Coloquei dentro de uma função, para que depois ela possa
# ser chamada no loop do “controle do teclado”. Isso para evitar que mesmo
# em qualquer BUG o usuário possa visualizar os controles como a opção
# “q”, já que Ctrl+c está travado.

function _APARENCIAOPCOES {
VAIPARA 1 1
echo -e “\\033[31;41m$BARRA40SHM$BARRA40SHM\\033[m”
VAIPARA 2 24
echo -e ‘\033[40;34;1mhttp://cltfc.sites.uol.com.br\033[m’
VAIPARA 1 77
echo -e ‘\033[44;39m[Q]\033[m’
VAIPARA 1 21
echo -e ‘\033[41;36m(P) a b l o (F) e r n a n d e s\033[m’
VAIPARA 1 1
echo -e ‘\033[41;38m-> S\033[44;32mH\033[41;38mM < -\033[m' echo -e '\033[11;250]' #Coloca o tempo da nota mais longo (normal é 100) VAIPARA 4 62 echo -e '\033[46;30;1m W \033[40;31;1m Toca Sequencia\033[m' VAIPARA 5 62 echo -e '\033[46;30;1m E \033[40;31;1m Limpa Sequencia\033[m' VAIPARA 6 62 echo -e '\033[46;30;1m T \033[40;31;1m Salva Sequencia\033[m' VAIPARA 7 62 echo -e '\033[46;30;1m P \033[40;31;1m Pausa na Musica' VAIPARA 9 62 echo -e '\033[40;33;1m TEMPO\033[m' VAIPARA 10 62 echo -e '\033[46;30;1m + \033[40;31;1m Aumentar' VAIPARA 11 62 echo -e '\033[46;30;1m - \033[40;31;1m Diminuir' VAIPARA 13 62 echo -e '\033[46;30;1m R \033[40;31;1m Exemplos (2)' VAIPARA 14 62 echo -e '\033[46;30;1m Q \033[40;31;1m Sair\033[m' } _APARENCIAOPCOES #--------------------------------------------------------------------------# ## Sessão: ######################### ## EXEMPLOS DE MÚSICAS ## ######################### # Música 2: Day Tripper dos Beatles (riffzinho do iní­cio), # Música 1: Iron Man do Black Sabbath (todo mundo conhece). # Ao pressionar a tecla R (ou r) o "case" chama essa fun # ção. Não usei a variável de espaço pq essa música fica # legal com "sleep ,3", e a variável de espaço poderia # está diferente (já que os comandos + e - alteram seu # conteúdo. Por esse motivo, escrevi o códgio da música # completo e para cada um dos dois tipos de $LANG que o # programa suporta. function _EXEMPLOSSHM { if [ "$EXEMPLOSHM" = "1" ]; then echo -ne '\033[10;247]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;296]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;296]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;396]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;374]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;396]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;374]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;396]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;374]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;396]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;374]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;296]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3; elif [ "$EXEMPLOSHM" = "2" ]; then echo -ne '\033[10;165]\a';sleep .3;sleep .3; #dois sleeps seguidos,é o mesmo echo -ne '\033[10;198]\a';sleep .3; #que o espaço "P" do Piano Gripe echo -ne '\033[10;209]\a';sleep .3; #pq entre uma nota e outra, tem echo -ne '\033[10;247]\a';sleep .3; #que ter um sleep, senão fica echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3; #inaudí­vel a música. Por isso echo -ne '\033[10;296]\a';sleep .3;sleep .3; #também,o mí­nimo de sleep,é ,1. echo -ne '\033[10;247]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;374]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;247]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;296]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;165]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;198]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;209]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;247]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;296]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;247]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;374]\a';sleep .3;sleep .3; echo -ne '\033[10;247]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;296]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;330]\a';sleep .3; echo -ne '\033[10;165]\a';sleep .3;sleep .3; fi case "$EXEMPLOSHM" in 1) EXEMPLOSHM=`expr "$EXEMPLOSHM" + 1` ;; 2) EXEMPLOSHM=`expr "$EXEMPLOSHM" - 1` ;; esac } #--------------------------------------------------------------------------# ## Sessão: ######################### ## CONTROLE DO TECLADO ##################### ######################### GUIA DO CURIOSO ## # ##################### # ############################################################################ # # OS COMENTíRIOS DESSA SESSÃO ESTÃO DESATUALIZADOS 🙁 # NA VERSÃO 2.50 DO PIANO GRIPE, ALGUNS CÂDIGOS PROVAVELMENTE SERÃO # REFEITOS, E ESTA SESSÃO ESTARí TOTALMENTE ATUALIZADA. # # NÃO ADIANTARIA COMENTAR ESSA PARTE AGORA, POIS QUASE NINGUÉM # ATÉ O DIA 30.11.2003 (DATA DE ATUALIZAÇÃO DESSE CÂDIGO) TESTOU O # PIANO GRIPE. VOU DIVULGí-LO PARA QUE MAIS PESSOAS TESTEM E RELATEM # ERROS PARA MEU E-MAIL, PARA QUE EU POSSA FAZER UMA VERSÃO ESTíVEL # E ENTÃO, COMENTAR PASSO-A-PASSO AQUI. # # OBRIGADO! # ############################################################################ # # Aí­ começa a loucura. Algumas coisas eu ainda não consegui fazer # para enxugar o código. Mas como ficou estável mesmo assim, decidi # versionar como pronta deixando tais limpezas para próximas ver # sões. Comentar essa parte será difí­cil por falta de espaço, mas # resolvi criar uma legenda da documentação que aqui segue: # # 1) Remove o arquivo temporário criado para executar a música. mais # a frente você verá que eu ainda não consegui executar a música a # partir de uma variável (como eu queria). # # 2) Quando o usuário digita alguma, depois do enter, o texto some. # a grande mágica é essa, um caractere de controle dizendo que tudo # a partir do prompt TECLADO: seja apagado sempre que o loop voltar. # E fica assim, você digita, da enter, procura (com o case) o que você # digitou e executa os comandos, e depois volta para o começo, apagando # o que você tinha digitado. Coloquei muitos espaços, para apagar al # guma cagada que o usuário possa fazer (como digitar um monte de letras # mesmo sabendo que o Piano Gripe só aceita uma tecla de cada vez). # # 3) Tudo que é teclado (ver case) vai para, entre outros lugares, para # a variável $SEQUENCIA1SHM onde sempre vai mostrar a nota que você # digitou na tela (sempre que o loop reinicia como falado na sessão 1). # # 4) O tempo também é mostrado em tempo real 🙂 como a SEQUÃ?Å NCIA. Esse # tempo, é a variável $SLEEPSHM, que existe entre cada nota, e na opção # "P" também são dois $SLEEPSHM. O conteúdo dessa variável eh o programa # sleep ,4 (por padrão). Mas o usuário pode modificá-la com + e -. # # 5) Explicando um, o resto das notas são o mesmo funcionamento: Quando # o usuário toca uma tecla, o "read NOTAS" lê jogando na variável NOTAS. # O case sai comparando para saber o que foi que digitou, nesse caso, foi # a letra A (ou a), que é o Dó. Primeiro ele executa o conteúdo da variável # $DO, isso é, primeiro sai o som (ver variável $DO mais acima). # Depois tem SEQSHM=... Nessa etapa, ele grava nessa variável: # ${SEQSHM} (isso é, conserve o que já existe) # ${SEQSHM}echo -ne '\\033[10;132]\\a'; (grave a nota Dó e um ; literal) # ${SEQSHM}echo -ne '\\033[10;132]\\a';$SLEEPSHM (adicione um espaço e ; # que é o conteúdo dessa # variável) # Agora se eu teclasse depois do A (Dó) a letra "S" (Ré) ficaria assim # o conteúdo da variável: # echo -ne '\033[10;132]\a';sleep ,4;echo -ne '\033[10;147]\a';sleep 4, # e assim iria até formar a música. Essa variável depois é jogada dentro # de um arquivo cujo é atribuí­do permissão x e executado. # # OBS1: Note que em vez de usar "echo -ne \033[10..." para cada nota, # eu poderia chamar a variável referente a nota, mas não consegui # fazê-lo (ainda). # # OBS2: Também não precisava jogar dentro de um arquivo para ser # executado. Bastava executar a variável, que nela já estariam # os comandos da música. Mas também ainda não consegui fazê-lo. # Bem, continuando...: # # A próxima linha é facil: SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Dó # Essa variável é pada identificar no prompt SEQUÃ?Å NCIA cada nota que # você tecla (até que a mesma seja apagada com o comando "E"). Ela # sempre conserva o que existe e adiciona um +NOTA, ficando: # +Dó+Dó#+Ré+Sol# sempre conservando a adicionando no final a nova nota. # # Recapitulando: Quando cada nota é tocada: # 1o) Toca a Nota (variáveis notas) # 2o) Adiciona a nota na sequência para execução posterior (w) # 3o) Adiciona a nota no prompt SEQUÃ?Å NCIA # # 6) - Manda o conteúdo de $SEQSHM para o arquivo $HOME/tmp/shmusic.tmp # - Da permissão de execução # - Executa o arquivo, expelindo a música # (Lembra que o conteúdo de $SEQSHM são todos os comandos gerados # quando cada nota é tocada (adiciona-se ao final da variável)?) # # 7) - Esvazia o conteúdo das variáveis $SEQUENCIA1SHM e $SEQSHM # - Apaga o arquivo $HOME/tmp/shmusic.tmp # - Apaga tudo o que tiver do prompt SEQUÃ?Å NCIA: a diante. # # 8) - Adiciona ao final de $SEQSHM mais um $SLEEPSHM # - Adiciona ao final de $SEQUENCIA1SHM um - (simbolizando um espaço # na sequência gerada pelo # prompt SEQUÃ?Å NCIA: ) # # 9) - Soa o exemplo contido na função _EXEMPLOSSHM # # - e +) - Essa opção está com o código muito sujo # Vou preferir comentar na próxima versão quando retirar # a metade desse código (mais da metade é sem necessidade) # Esse software foi fruto de um estudo sobre caracteres de # controle de cores, direção, som e a forma simples do while # e case, por isso a despreocupação inicial de um código limpo. # Ah, e o resultado foi que não consegui priorizar ALGUNS comandos # concatenados dentro do próprio if, e para deixar funcionando # bem, tive que dar pulos e voltas (resultado de código sujo e # inseguro na estabilidade do Piano Gripe). # Mas resumindo a cagada, ele soma ou diminui o valor numeral # encontrada na variável de espaço ($SLEEPSHM) deixando no # mí­nimo sleep ,1 e no máximo sleep ,9. # # q) - Define "sim" a variável $PARASHM (cuja será utilizada no final) # - Apaga o arquivo shmusic.tmp # - Deixa o beep da máquina em seu estado normal # - Sai do Piano Gripe com o cursor na linha 55 coluna 1 # # *) Caso o usuário digite qualquer coisa que não esteja entre as opções # dadas pelo Piano Gripe, as opções cotidas na função _APARENCIAOPCOES # são redefinidas, e continue 🙂 # # 10) Se a variável $PARASHM for igual a sim, pare o programa e saia do # loop. Senão, continue a loopar 😀 rm -f "$HOME"/tmp/shmusic.tmp > /dev/null 2> /dev/null
[ ! -d “$HOME”/tmp ] && mkdir “$HOME”/tmp

while true
do
VAIPARA 17 15
echo -e ‘\033[0K’
VAIPARA 19 6
echo -e “\\033[40;36mSEQUENCIA:\\033[m “$SEQUENCIA1SHM””
VAIPARA 18 6
echo -e “\\033[40;36mTEMPO: “$SLEEPSHMLANG””
VAIPARA 17 6
echo -e ‘\033[40;36mTECLADO:\033[m \c’
read -n1 NOTAS
case “$NOTAS” in
[aA]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=DO ; MARKNOTAUP
$DO ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Do ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;132]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Ss]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=RE ; MARKNOTAUP
$RE ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Re ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;148]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Dd]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=MI ; MARKNOTAUP
$MI ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Mi ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;165]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Ff]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=FA ; MARKNOTAUP
$FA ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Fa ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;176]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Gg]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=SOL ; MARKNOTAUP
$SOL ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Sol ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;198]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Hh]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=LA ; MARKNOTAUP
$LA ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+La ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;220]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Jj]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=SI ; MARKNOTAUP
$SI ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Si ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;247]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Kk]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=DO1 ; MARKNOTAUP
$DO1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Do ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;264]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Ll]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=RE1 ; MARKNOTAUP
$RE1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Re ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;296]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Zz]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=MI1 ; MARKNOTAUP
$MI1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Mi ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;330]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Xx]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=FA1 ; MARKNOTAUP
$FA1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Fa ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;352]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Cc]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=SOL1 ; MARKNOTAUP
$SOL1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Sol ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;396]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Vv]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=LA1 ; MARKNOTAUP
$LA1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+La ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;440]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
[Bb]) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=SI1 ; MARKNOTAUP
$SI1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Si ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;494]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
1) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=DOS ; MARKNOTAUP
$DOS ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Do\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;143]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
2) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=RES ; MARKNOTAUP
$RES ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Re\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;157]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
3) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=FAS ; MARKNOTAUP
$FAS ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Fa\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;187]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
4) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=SOLS ; MARKNOTAUP
$SOLS ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Sol\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;209]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
5) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=LAS ; MARKNOTAUP
$LAS ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+La\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;233]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
6) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=DO1S ; MARKNOTAUP
$DOS1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Do\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;286]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
7) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=RE1S ; MARKNOTAUP
$RES1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Re\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;314]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
8) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=FA1S ; MARKNOTAUP
$FAS1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Fa\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;374]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
9) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=SOL1S ; MARKNOTAUP
$SOLS1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+Sol\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;418]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
0) [ “$CONTASHM” -lt “92” ] && {
CONTASHM=`expr $CONTASHM + 1`
MARKNOTADOWN ; MARKNOTASHM=LA1S ; MARKNOTAUP
$LAS1 ; SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}+La\# ; LEDSETI
SEQSHM=”${SEQSHM}echo -ne ‘\\033[10;466]\\a’;$LASTL;$SLEEPSHMLANG”
} ;;
####################
# TOCA A SEQUÃ?Å NCIA #
####################
[wW]) stty -echo
setleds -num ; setleds -caps
echo “$SEQSHM” > “$HOME”/tmp/shmusic.tmp
chmod +x “$HOME”/tmp/shmusic.tmp
“$HOME”/tmp/shmusic.tmp
stty echo ;;
#####################
# APAGA A SEQUÃ?Å NCIA #
#####################
[Ee]) SEQUENCIA1SHM=”” ; SEQSHM=”” ; CONTASHM=1
setleds -num ; setleds -caps
rm -f “$HOME”/tmp/shmusic.tmp
VAIPARA 19 15
echo -e ‘\033[0J’ ;;
######################
# ADICIONA UMA PAUSA #
######################
[pP]) SEQSHM=”${SEQSHM}$SLEEPSHMLANG”
SEQUENCIA1SHM=${SEQUENCIA1SHM}\- ;;
###################
# TOCA UM EXEMPLO #
###################
[Rr]) stty -echo
_EXEMPLOSSHM
stty echo ;;
###############################
# DIMINUI O TEMPO ENTRE NOTAS #
###############################
-) echo $SLEEPSHMLANG | tr “sleep .” ” ” | sed ‘s/^[ ]*//’| \
sed ‘s/;$//’ > “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp

if [ `cat “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp` -gt 1 ]; then
expr `echo $SLEEPSHMLANG | tr “sleep .” ” ” | \
sed ‘s/^[ ]*//’ | sed ‘s/;$//’` – 1 > “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp
SLEEPSHMLANG=”sleep .`cat “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp`;”
rm -f “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp
continue
fi
;;
###############################
# AUMENTA O TEMPO ENTRE NOTAS #
###############################
+) echo $SLEEPSHMLANG | tr “sleep .” ” ” | sed ‘s/^[ ]*//’| \
sed ‘s/;$//’ > “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp
if [ `cat “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp` -lt 9 ]; then
expr `echo $SLEEPSHMLANG | tr “sleep .” ” ” | \
sed ‘s/^[ ]*//’ | sed ‘s/;$//’` + 1 > “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp
SLEEPSHMLANG=”sleep .`cat “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp`;”
rm -f “$HOME”/tmp/gripeshm.tmp
continue
fi
;;
###################
# SALVA SEQUÃ?Å NCIA #
###################
[Tt]) [ ! -d “$HOME”/musicas-gripe ] && mkdir “$HOME”/musicas-gripe
[ ! -w “$HOME”/musicas-gripe ] && chmod +w “$HOME”/musicas-gripe
VAIPARA 17 6
echo -e ‘\033[40;36mNOME (“cancelar” p/ abortar):\033[m \c’
read SALVARSHM
stty -echo
if [ “$SALVARSHM” = “cancelar” -o “$SALVARSHM” = “CANCELAR” ];then
stty echo
continue
elif [ -f “$HOME”/musicas-gripe/”$SALVARSHM”.shm ];then
while true
do
VAIPARA 17 41
echo -e ‘\033[0K’
VAIPARA 17 6
echo -e ‘\033[40;36mSUBSTITUIR ARQUIVO EXISTENTE? (s/n)\033[m \c’
stty echo
read SALVARSIMOUNAO
stty -echo
case “$SALVARSIMOUNAO” in
[sS]) SALVAR_ARQUIVO
stty echo
break
;;
[Nn]) stty echo
break ;;
*) continue ;;
esac
done
else
SALVAR_ARQUIVO
stty echo
continue
fi
;;
######################
# SAI DO PIANO GRIPE #
######################
[Qq]) PARASHM=1
setleds -num ; setleds -caps
rm -f “$HOME”/tmp/shmusic.tmp
echo -e ‘\033[10;750]’
echo -e ‘\033[11;100]’
LANG=$SALVALANG
VAIPARA 55 1
stty echo
;;
*) _APARENCIAOPCOES ; continue
;;
esac
[ “$PARASHM” = “1” ] && break
done # 🙂

# Proposta de Emprego: Pablo Fernandes (fernandes_pablo@yahoo.com.br) hehehe
# http://cltfc.sites.uol.com.br
# Abraços e “Vida Longa ao Shell Script”
# Fui

ruido/mm/interluxartelivre/conserto

ruidointerlux

treinamento: s. m.,
acto ou efeito de treinar.

treinar:

do Fr. traí®ner

v. tr.,
exercitar para competições desportivas;
acostumar a ave de altanaria í  treina;
fig.,
adestrar;
acostumar;
v. refl.,
exercitar-se;
fazer exercí­cio fí­sico;
praticar determinado exercí­cio para se tornar ágil.

Conjugação do verbo
treinar

Presente do Indicativo
Pretérito Perfeito do
Indicativo
Pretérito Imperfeito do
Indicativo

treino

treinas

treina

treinamos

treinais

treinam



treinei

treinaste

treinou

treinámos

treinastes

treinaram


treinava

treinavas

treinava

treinávamos

treináveis

treinavam


Pretérito
Mais-que-Perfeito do Indicativo
Futuro do Indicativo

Condicional

treinara

treinaras

treinara

treináramos

treináreis

treinaram


treinarei

treinarás

treinará

treinaremos

treinareis

treinarão



treinaria

treinarias

treinaria

treinarí­amos

treinarí­eis

treinariam

Presente do Conjuntivo
Imperfeito do Conjuntivo

Futuro do Conjuntivo

treine

treines

treine

treinemos

treineis

treinem


treinasse

treinasses

treinasse

treinássemos

treinásseis

treinassem



treinar

treinares

treinar

treinarmos

treinardes

treinarem

Infinitivo pessoal
Imperativo

Gerúndio

treinar

treinares

treinar

treinarmos

treinardes

treinarem


treina

treine

treinemos

treinai

treinem



treinando


Particí­pio Passado
 

 

treinado


 
 

Retiro

hospicio

Logo naqueles primeiros dias do ano eu entrava em depressão profunda. Um psiquiatra tratou-me até meados de fevereiro, quando determinou que me internasse no Hospital Psiquiátrico Bom Retiro; já que continuava e se aprofundava a depressão agravada agora pela inclinação ao suicí­dio.
Lá chegado, em acolhedores sorrisos os plantonistas meteram-me na Ala Greca daquele Hospital. Minha namorada temia por mim, insistia que bastava que receitassem remédios, ela me vigiaria em casa mesmo. Mas, os afáveis plantonistas peroravam: “fica tranqüila moça, nesta ala é só particular ou plano de saúde, não atende pelo SUS, fica tranqüila moça”. Entrei.
As instalações prometiam. Corredores largos revestidos do piso ao teto com pastilhas de boa qualidade. Quartos, mesmo que um pouco tristes, mas, com apenas duas camas individuais em cada um, um banheiro para cada dois quartos et cetera.

O truque lá era dificultar a Alta:

A alta só era fácil quando quem tivesse internado o doente a pedisse. Porém, invariavelmente, esses eram persuadidos a prolongar o internamento. Habilmente falam-lhe da “gravidade” do caso, das melhoras já alcançadas etc. O motivo do engodo era o alto lucro que o hospital obtinha por cada dia de internação.

Assim que entrei recebi um crachá. Destacava-se nele um número “1”. Para obter alta precisaria alcançar o “5”.
A classificação “2” foi fácil conseguir, contudo, para merecê-la, tive de comprometer-me a limpar o chão do refeitório. Deprimido que estava, aceitava tudo.
A classificação “3” obtive pela boa conduta (não há deprimido que não seja dócil e – eu ardia já pela alta). Porém, aí­ as tarefas se multiplicaram: obriguei-me a limpar o refeitório em 3 das 4 refeições (péssimas) servidas e varrer um pátio. Tive ainda de cuidar, em horários alternados com os demais colegas de “3”, da portaria interna que dá para aquele pátio.
Eu então era “guarda” de pacientes que não haviam alcançado o “3”, e que, portanto, deveriam ficar confinados ao corredor. Ser hierarquicamente superior a pacientes com comprometimento psiquiátrico me gelava. A tal Ala Greca deveria atender apenas deprimidos ou eufóricos, mas, efetivamente havia de tudo lá.
Observei que quem alcançava o ní­vel “4” ficava tão atarefado que raro era vê-lo parado ou andando. Geralmente estava correndo, azafamado por dar cabo das tarefas exigidas. Sabiam que para sair daquele inferno era esta a única maneira. Qualquer vacilo e algum funcionário o rebaixaria o número.

O castigo fí­sico como mantenedor da ordem

Caso um médico, uma psicóloga, uma enfermeira ou uma servente viesse a sentir-se ofendid(o)a com qualquer palavra ou ato do paciente, poderia tocar uma campainha e, ato-contí­nuo, vinham oito pessoas que formavam um grupo eufemisticamente denominado: “grupo de ajuda” e faziam o que eles chamavam de “contenção”.
A contenção consistia em amarrar o paciente í  cama, de maneira que ele não pudesse fazer nenhum, nenhum movimento com o dorso ou membros. Mal comparando, seria o equivalente a uma camisa-de-força associada a uma “calça-de-força” e ambas rijamente atadas í  cama. Isto feito, eles o largavam lá, de castigo, por até seis horas ininterruptas (o mí­nimo eram duas horas). Soube mais tarde que no SUS os pobres diabos ficavam por até 24 horas “contidos”.
Ora, se algum interno entrasse em surto e ameaçasse a própria integridade fí­sica e/ou a dos demais em volta dele, este procedimento seria aceitável, necessário até. Mas, ao contrário, só o via sendo aplicado como castigo moral. Geralmente causado por algum palavrão que eventualmente havia escapado dentre os dentes de um infeliz que não percebeu atrás de si uma auxiliar de enfermagem, uma faxineira ou quaisquer que as valham.

Era chegada a minha vez

A minha contenção se deu por outro motivo. Haví­amos sido levados a uma sala onde uma psicóloga nos aplicaria a “terapia ocupacional”.
Quando percebi que a “terapia ocupacional” consistia-se em colorirmos uma figura que nos era fornecia desenhada, julguei-a excessivamente pueril. Resolvi virar a página e escrever um poema no verso do tal desenho.
Como naqueles últimos dias eu havia visto colegas “contidos”, escrevi um soneto, onde lamentava este tipo de procedimento. Achei que assim, com fumos de arte, poderia criticar a instituição.
O pus num mural destinado aos internos, onde só constavam alguns lugares-comuns de cunho evangélico. Aí­ me empolguei, e, uma vez no quarto, escrevi outro texto no qual fazia reclamações dos trabalhos aos quais éramos sujeitos. Li este último em voz alta na refeição seguinte, como que concitando os colegas de martí­rio a reagir ou, pelo menos, refletir: pagaria caro por tanta ingenuidade.

Por acaso, não havia muito, eu havia ficado impressionado, nauseado mesmo, ao ler em O Tempo e o Vento de Érico Verí­ssimo, essa forte passagem:

“… há muitos, muitos anos um Caré roubou um cavalo dum Amaral. Para castigar o ladrão o estancieiro mandou seus peões costurarem o pobre homem dentro dum couro de vaca molhado e deixarem-no depois sob o olho do sol. O couro secou, encolheu e o Caré morreu asfixiado e esmagado.”

Mal sabia que passaria por “quase” isso:

Oito trogloditas me amarraram í  cama, entretanto, o fizeram com uma tensão absurdamente acima da usual. Ou por ver em mim um perigo, ou por estarem estressados com o fato de que eu não me calasse durante a operação, a exigir uma explicação para o que estava acontecendo, ou ainda porque a psicóloga fazia sinais com a mão direita “como quem estivesse a parafusar o ar com uma chave de fenda fictí­cia” instigando-os.
Lá fiquei por três horas amarrado, tendo severamente limitada í  respiração. Meu peito e meu diafragma estavam inteiramente comprimidos. A única respiração possí­vel era aquela curta e rápida, como a de um cachorro em dia de verão.
Lastimava o Caré do Verí­ssimo. Pensava nas histórias de “enterrados vivos” que ouvira na infância… Fui internado para que não me suicidasse e estava agora sendo exterminado lenta e perversamente?
Repercutiam-me as gargalhadas dos trogloditas que me amarraram: imagens fantásticas se me afiguravam e explodiam coloridas no ar, ouvia os gritos baldios do Caré, podendo jurar que ele jamais havia roubado cavalo algum, quanto mais daquele canalha do Velho Amaral. Via-me já num esquife.
Depois, voltando um pouco í  razão pesava: na última hora estes crápulas me salvam. Não vão querer enfrentar a polí­cia e a imprensa por minha causa.
Quando estava amarrado havia 15 minutos aproximadamente, veio uma enfermeira e sem proferir palavra tascou-me duas injeções na parte anterior da coxa direita, meio que por cima das ataduras. Negou-se a dizer do que se tratava. Talvez fosse apenas de “efeito moral” para causar a dor de tomar duas injeções praticamente no osso da coxa. Se fosse calmante eu deveria sentir o efeito, mas não senti.
Depois de mais de uma hora entrou no meu quarto um paciente, o amigo Jair. Arregalou os já grandes olhos azuis e (como se isso fosse possí­vel) gritou sussurrando: “Cara, … tá loco!? Cê tá roxo pra caralho…”. Por sorte minha, ele – mesmo arriscando o “4” que tinha no peito – ousou mexer nas ataduras e diminuir quanto pudesse a pressão. Pouco me valeu tanta coragem. Continuava muito, muito comprimido e ofegante.
Até hoje, quando me vem a imagem daquela psicóloga que me ordenou a contenção, um instinto primitivo emerge de não sei onde. O primeiro texto que escrevi ao voltar pra casa era impublicável, era mesmo mais um vômito que um texto. Decidi deixar passar o tempo para que amainasse o espí­rito.
Estava naquela condição e nenhum enfermeiro, muito menos um médico ou psicóloga me aparecia. Porém, não deslembraram de reduzir o “3” que eu havia alcançado para “1”.
Logo que fui desmaneado, sem sequer levantar os olhos a quem me dirigia a palavra eu ia obedecendo, cega e covardemente, aterrorizado pela hipótese de ser “contido” novamente.
Ainda neste dia, ao final da tarde, minha namorada promoveu a “alta a pedido”, sob os argumentos e ameaças do costume.

Neste mesmo dia houve uma fuga (o Thiago). Enquanto outro paciente (o Casa-Grande) com celular emprestado tentava alta através do 190 da polí­cia, pobre infeliz.

“nel mezzo del cammin, di nostra vita” Aprendi, sentindo na pele, o óbvio (quase um anexim): se você entra são no hospí­cio: sai louco. Se entra louco: sai com um comprometido psiquiátrico muito maior do que tinha quando entrou. Se você entrar lá por um diagnóstico relativamente comum (depressão) e ficar o perí­odo mí­nimo que eles exigem (trinta dias) vai virar freguês, et factum est.
Fiquei com a impressão de que os hospitais psiquiátricos, absolutamente, não servem para e nem buscam curar. Servem para “proteger a sociedade” dos depressivos ou maní­acos ou esquizofrênicos; mantendo-os presos. Os pacientes lá mais que receber um tratamento cumprem uma pena.

A tal Psicóloga, no dia seguinte, na “terapia de grupo” me pediu para retirar os textos que pus no mural. Os tirei. Mas, mesmo assim, uma hora depois começara o meu martí­rio.

Sálvio Nienkí¶tter

da linguagem a muleta – ossos olhos

ossos

Enseigne, c’est-í -dire: apprends avec.

Passionnément vivre le paysage. Le dégager de l’indistinct, le fouiller,
l’allumer parmi nous. Savoir ce qu’en nous il signifie. Porter í  la terre ce clair savoir.

Si la solution te paraí®t difficile, peut-être même impraticable, ne va pas crier tout í  trac qu’elle est fausse. Ne te sers pas du réel pour justifier tes manques. Réalise plutôt tes rêves pour mériter ta réalité.

ossos2

Exalte la chaleur, et t’en fortifie. Ta pensée sera fulgurante. Il faut haí¯r les climatiseurs.

ossos4

Mais la fulguration s’évanouit. Campe dans le continue. Rattachons les cordes, fouillons. Etre terreux et lourd.

ossoani2

Vomir chaque jour de cette commune vomissure.

ossos3

ô failli, n’est-il pas temps pour toi d’incliner au noir terreau tant de petitesses qui n’attendent que ton coutelas?
S’il te manque du ciel pour oser vivre, va plus í  fond, quitte l’eclair des mots, fouille dans la racine.
Alors, comme dans tant d’enfances que tu nous fis, tu parleras d’agir.

ossosani

Edouard Glissant

baú de experimentações gráficas de 2004

não mais vejo as estrelas

tvconserto
tvconSerto

(19:36:30) glerm [glerm@jabber.org/Home] entrou na sala.
(19:36:30) mathieu.struck [mathieu.struck@jabber.org/Gaim] entrou na sala.
(19:36:30) barbarelak [barbarelak@jabber.org/Gaim] entrou na sala.
(19:36:30) octavio [octaviocamargo@jabber.org/Home] entrou na sala.
(19:27:26) barbarelak: continua sem ouvir a rádio, mathieu?
(19:27:34) mathieu.struck: voltou
(19:27:41) mathieu.struck: aqui deu uma travada
(19:27:44) barbarelak: hmmmm
(19:27:51) mathieu.struck: onde foi parar o povo
(19:27:57) barbarelak: estão aqui
(19:28:07) barbarelak: é que esse lance aqui desconecta depois de um tempo sem atividade
(19:28:16) barbarelak: o oc está se logando de novo
(19:29:50) mathieu.struck: hummm
(19:29:53) mathieu.struck: i see
(19:30:03) glerm: dfsfs
(19:30:04) barbarelak: e lá vem eles
(19:30:20) glerm: palmieri, ricardo para octavio, Lúcio, mim, simone, Carlos, flavio, Vanessamostrar detalhes 17:43 (1 hora atrás) entao gente. antes de tudo deixa eu dar um avisdo: estou sem internet em casa, entao, vou tenytar ir pra lan-house todas as noites pra pegar noticias de vcs. qq emergencia me liguem no celular. to escrevendo aqui algumas ideias sobre o roteiro do flash-mob / performance descrito acima. entao vou jogar aqui o brain storm.
(19:30:29) glerm: — texto do palm:
(19:30:39) glerm: proposta para o happening do sábado (ou sexta?) a noite/tarde 1. encontro flash-mob: enviaremo um mail-spam convidando as pessoas conhecidas (ou nao) para aparecem no dia marcado, as 17h, no local (cavalo babão?), munidas de calçados confortáveis, um livro com mais de 10 capitulos (qq um), e um copo/caneca plastica. a ideia eh seguirmos o cortejo, parando em 10 pontos. em cada ponto faremos uma leitura coletiva em voz alta e simultanea dos 2 primeiros páragrafos de cada capitulo de cada livro. uma espécie de “conSerto de polavras”, em 10 etapas. cada estapa deverá ser gravada em audiovisual. isso gerará um produto CD/DVD q depois a gente ve o q faz. as canecas deverão ser enchidas com cachaça, vinho, ou qq outra bebida tipica q algum curitiboca queira propor. apesar de eu achar q cachaça tem tudo a ver com charuto e tudo a ver com pretovelho.
(19:30:48) glerm: 2. deveremos selecionare 10 pontos “estratégicos” (nao sei se precisa ser um lugar, ou se podem ser conceitos “estratégicos”), para pararmos e lermos coletivamente os livros ao mesmo tempo em voz alta. estou falando de 10 paradas, mas poderiamos ser acidos a ponto de brincar com as 15 paradas de jesus antes da ressurreição ( http://amaivos.uol.com.br/templates/amaivos/amaivos07/noticia/noticia.asp?cod_noticia=6864&cod_canal=29 ). mas nao sei. soh estou especulando.
(19:31:25) glerm: 3. ao final do cortejo (bosque do papa) levaremos o boneco para algum outro ponto para começarmos a montagem da instalação “pretovelho cura espinhela caí­da”. estou mapeando 10 pontos nevralgicos de acupuntura para aplicarmos o tratamento no manequim, para q depois ele ajude as pessoas a se curarem. temos q ver se eh limpeza usarmos o espaço da SEAE para montarmos esta instalação. to falando isso pq penso na montagem do boneco em forma de “performance”, ou seja, vamo começa a monta o bicho com quem tiver a fim.
(19:31:43) glerm: 4. pensei q alguma figura mí­tica poderia surgir do meio do bosque do papa, no momento seguinte ao destripar do boneco. chapeuizinho vermeljho seria “uó” na minha opinião. entao de cara, gostaria q vcs sugerissem: * pontos “estratégicos” (geograficos, históricos, conceituais, fictí­cios, aRtivistas) * bebidas para “beber” o morto * livros especí­ficos para solicitarmos aos participantes do flash-mob * articulação com a galera conhecida para fazermos uma “massa” no cortejo vejo q precisaremos de apoio para as seguintes açoes * 2 video-makers para gravar o processo * 2 pessoas “servindo” a bebida * maestros para conduzir as leituras em cada parada (deixar isso pré-definido antes do inicio da ação)
(19:31:58) glerm: ao final, teremos uma intervenção q cai dentro das modalidades, mas ao mesmo tempo não eh nada disso: teatro performance flash-mob intervenção urbana video música instalação literatura e mais o q vcs quiserem. se vcs puderem discutir isso amanhã, seria bacana para eu poder produzir o material q falta (convite para o flash-mob, figurino meu e do boneco, material para a instalação) tyb estou preparando uns adesivos do pretovelho. depois eu mandoi a arte pra vcs
(19:32:14) glerm: vbou tentar chegar ai na quarta na hora do almoço. mas eu to preocupado q no fim de semana a lua muda, e lua, maré e mulher grávida… vcs tao ligados neh? bom, tamos ai. precisando de ajuda com outros projetos, ja me avisem q eu vou produzindo isso daqui. bj e queijo p!


ricardo palmieri
# 1185833173
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[linux user # 392484]
(19:36:30) #conserto@conference.jabber.org: octaviocamargo has set the subject to: tá todo mundo ai?alo alovale!
(19:37:26) octaviocamargo: ola
(19:37:32) glerm: versão maior
(19:37:48) octaviocamargo: aumentem as fontes que eu sou cego
(19:37:52) glerm: (19:30:20) glerm: palmieri, ricardo para octavio, Lúcio, mim, simone, Carlos, flavio, Vanessamostrar detalhes 17:43 (1 hora atrás) entao gente. antes de tudo deixa eu dar um avisdo: estou sem internet em casa, entao, vou tenytar ir pra lan-house todas as noites pra pegar noticias de vcs. qq emergencia me liguem no celular. to escrevendo aqui algumas ideias sobre o roteiro do flash-mob / performance descrito acima. entao vou jogar aqui o brain storm.
(19:30:29) glerm: — texto do palm:
(19:30:39) glerm: proposta para o happening do sábado (ou sexta?) a noite/tarde 1. encontro flash-mob: enviaremo um mail-spam convidando as pessoas conhecidas (ou nao) para aparecem no dia marcado, as 17h, no local (cavalo babão?), munidas de calçados confortáveis, um livro com mais de 10 capitulos (qq um), e um copo/caneca plastica. a ideia eh seguirmos o cortejo, parando em 10 pontos. em cada ponto faremos uma leitura coletiva em voz alta e simultanea dos 2 primeiros páragrafos de cada capitulo de cada livro. uma espécie de “conSerto de polavras”, em 10 etapas. cada estapa deverá ser gravada em audiovisual. isso gerará um produto CD/DVD q depois a gente ve o q faz. as canecas deverão ser enchidas com cachaça, vinho, ou qq outra bebida tipica q algum curitiboca queira propor. apesar de eu achar q cachaça tem tudo a ver com charuto e tudo a ver com pretovelho.
(19:38:28) barbarelak: b
(19:38:33) barbarelak: b
(19:38:39) barbarelak: b
(19:38:52) barbarelak: b
(19:38:55) barbarelak: b
(19:39:05) barbarelak: yuiy
(19:39:09) barbarelak: huihu
(19:39:12) barbarelak: uho
(19:39:21) barbarelak: yu
(19:39:31) barbarelak: hjvh
(19:39:35) barbarelak: j
(19:39:59) barbarelak: oc, as fontes daqui não aumentam
(19:41:15) octaviocamargo: deixa eu ver
(19:41:21) barbarelak: bbb
(19:41:27) octaviocamargo: no meu da certo!
(19:41:39) barbarelak: b
(19:41:50) barbarelak: bb
(19:41:57) octaviocamargo: é so ir na barra de cima no quadrado A
(19:42:54) barbarelak: v
(19:43:06) barbarelak: bbb
(19:43:16) barbarelak: n
(19:43:40) barbarelak: vvv
(19:44:08) barbarelak: c
(19:50:57) barbarelak saiu da sala.
(20:07:56) mathieu.struck: pô, a rádio tocando música de playboy aí­
(20:08:49) mathieu.struck: “assim não dá, assim não pode”
(20:09:59) mathieu.struck saiu da sala.
(20:19:32) nillow@jabber.org [nillow@jabber.org/Adium] entrou na sala.
(20:20:05) nillow@jabber.org: to
(20:20:07) nillow@jabber.org: aqui
(20:20:23) nillow@jabber.org: tão aí­?
(20:30:02) octaviocamargo: opa
(20:30:07) octaviocamargo: alo nilo
(20:30:28) octaviocamargo: aovivo.estudiolivre.org
(20:30:48) nillow@jabber.org: qual dos dois?
(20:30:56) nillow@jabber.org: radio metade livre
(20:31:09) nillow@jabber.org: ou pulso maestro?
(20:35:26) octaviocamargo: he
(20:35:37) octaviocamargo: pulso maestro
(20:35:48) nillow@jabber.org: quem ta tocando?
(20:36:10) nillow@jabber.org: o xilo
(20:38:33) nillow@jabber.org: não posso mandar um stremeing daqui e vcs mixar aí­?
(20:38:56) nillow@jabber.org: posso mandar um e vcs juntarem!!!
(20:39:31) nillow@jabber.org: a musica ta bem mais alta que o som daí­
(20:42:52) nillow@jabber.org: fala aí­
(20:42:56) nillow@jabber.org: eu to
(20:43:02) nillow@jabber.org: eu to
(20:43:15) nillow@jabber.org: vc ta uma lindeza
(20:44:36) nillow@jabber.org: porque todos não entram nessa sala
(20:44:52) nillow@jabber.org: #conserto do jabber!!
(20:50:00) glerm saiu da sala (Replaced by new connection).
(21:14:28) octaviocamargo: nilow
(21:15:40) nillow@jabber.org: fala
(21:15:47) nillow@jabber.org: opa
(21:15:50) nillow@jabber.org: epa
(21:46:29) octaviocamargo: nillow
(21:46:37) nillow@jabber.org: FALA
(21:46:51) octaviocamargo: sou eu lucio
(21:47:03) octaviocamargo: no log do octavio ehehe
(21:47:08) nillow@jabber.org: DAE
(21:47:10) nillow@jabber.org: BELEZA
(21:47:11) octaviocamargo: hehehehehehehe
(21:47:31) octaviocamargo: apareçamais por aqui
(21:47:37) octaviocamargo: tá escutando a rádio
(21:47:42) nillow@jabber.org: tava
(21:47:46) nillow@jabber.org: dai caiu
(21:47:47) octaviocamargo: coloquei uma música pra você
(21:47:51) nillow@jabber.org: não sei porque
(21:47:59) octaviocamargo: loga de novo
(21:48:05) octaviocamargo: pelo vlc
(21:48:12) nillow@jabber.org: eu podia transmitir daqui e vcs mixarem por aí­
(21:48:20) octaviocamargo: como?
(21:48:27) octaviocamargo: COMO? nolloW
(21:48:31) octaviocamargo: nillow
(21:48:33) nillow@jabber.org: passa o link de novo
(21:48:52) nillow@jabber.org: da radio
(21:48:58) octaviocamargo: http://estudiolivre.org:8000/oruqestraorganismo (‘http://estudiolivre.org:8000/oruqestraorganismo’) ufa!!!
(21:49:05) octaviocamargo: oquestraorganismo
(21:49:27) octaviocamargo: http://estudiolivr (‘http://estudiolivre.org:8000/oruqestraorganismo’)http://estudiolivre.org:8000/orqustraorganismo (‘http://estudiolivre.org:8000/oruqestraorganismo’)
(21:49:35) octaviocamargo: eessseee aaqqquuiiii
(21:50:21) nillow@jabber.org: passa a pagina no estudo livre (‘http://estudiolivre.org:8000/oruqestraorganismo’)
(21:50:30) octaviocamargo: calma ae
(21:50:31) nillow@jabber.org: nao ta rolando por esse link
(21:50:43) octaviocamargo: tá eerrraaddoo
(21:51:01) octaviocamargo: http://etudiolivre.org:8000/orquestraorganismo (‘http://etudiolivre.org:8000/orquestraorganismo’)
(21:51:04) octaviocamargo: agora sim
(21:51:11) octaviocamargo: opa naão
(21:51:34) nillow@jabber.org: pronto
(21:51:36) octaviocamargo: http://estudiolivre.org:8000/orquestraorganismo (‘http://estudiolivre.org:8000/orquestraorganismo’)
(21:51:37) nillow@jabber.org: to ouvindo
(21:51:42) octaviocamargo: AAAEEEE
(21:51:58) nillow@jabber.org: posso levantar uma radio aqui..
(21:52:04) nillow@jabber.org: vc conecta por aí­
(21:52:14) nillow@jabber.org: depois roteia pelo jack
(21:52:17) nillow@jabber.org: e mixa
(21:52:27) octaviocamargo: essa música é pra vc
(21:52:42) nillow@jabber.org: muito obrigado… tchurururu fomfom
(21:52:52) octaviocamargo: manda a rádio ae
(21:52:58) nillow@jabber.org: fuca azul calcinha
(21:53:16) nillow@jabber.org: to te ouvindo
(21:53:27) nillow@jabber.org: dae
(21:53:32) nillow@jabber.org: posso
(21:53:47) nillow@jabber.org: sim senhor
(21:53:56) nillow@jabber.org: nao fique nervosa
(21:55:20) octaviocamargo: http://www.adiumx.com/images/logo.png (‘http://www.adiumx.com/images/logo.png’)
(21:55:57) nillow@jabber.org: q isso?
(21:56:43) octaviocamargo: é o logo do adiumx
(21:58:31) nillow@jabber.org: hmmmm
(22:00:15) nillow@jabber.org: http://www.estudiolivre.org/elIce.php (‘http://www.estudiolivre.org/elIce.php’)
(22:00:19) nillow@jabber.org: olha aqui
(22:00:30) nillow@jabber.org: ogg/Vorbis
(22:00:34) nillow@jabber.org: veja la
(22:00:37) nillow@jabber.org: clica ali
(22:01:46) nillow@jabber.org: to transmitindo
(22:02:26) nillow@jabber.org: o lucio????
(22:04:08) octaviocamargo: esse endereco?
(22:04:23) nillow@jabber.org: é a pag que ta o link
(22:04:33) nillow@jabber.org: titulo ogg/vorbis
(22:04:42) nillow@jabber.org: acho
(22:04:54) nillow@jabber.org: achô!?
(22:05:46) nillow@jabber.org: nada?
(22:05:50) nillow@jabber.org: tudo?
(22:05:54) nillow@jabber.org: simmmmmmm
(22:05:59) nillow@jabber.org saiu da sala.

Taumatawhakatangihangakoauauotamateaturipukakapikimaungahoronukupokaiwhenuakitanatahu

taumataw

Taumatawhakatangihangakoauauotamateapokaiwhenuakitanatahu, ou Taumatawhakatangihangakoauauotamateaturipukakapikimaungahoronukupokaiwhenuakitanatahu é o nome maori para uma colina de 305 metros de altura próxima a Porangahau, sul de Waipukurau na região meridional da Baí­a de Hawke, Nova Zelândia. O nome é freqüentemente abreviado para Taumata pelos locais, para facilitar a conversação. O nome é í s vezes citado como sendo a palavra mais longa em inglês.

taumata
plaquinha indicativa

O nome escrito na placa que assinala a colina é Taumatawhakatangihangakoauauotamateaturipukakapikimaungahoronukupokaiwhenuakitanatahu, o que, numa tradução literal seria algo como A testa [ou cume] da colina [ou lugar], onde Tamatea, o homem de joelhos grandes, que desceu, escalou e engoliu montanhas, [para viajar pela terra], que é conhecido como comedor de terra, tocou flauta nasal para sua amada. Com 85 letras, é um dos maiores nomes de lugares do mundo.

inspirado em bababadalgharaghtakamminarronnkonnbronntonnerronntuonnthunntrovarrhounawnskawntoohoohoordenenthurnukwhikipedia

Cogito não Pára

cogito

Não deverí­amos ter expectativa alguma do que fazemos, o que fazemos não é bom nem ruim, o que fazemos é nada. Os acontecimentos somente fazem parte de um coeficiente infinito: 0=0, pura redundância. Cúmplices de uma farsa, nossa lógica não é limpa, somos exorcizados a golpes inautênticos gerados pela cultura econômica dos excessos. Toda nova informação é formulada por uma expectativa frustrada, absoluta e que aponta para um único sentido/abismo.

paik-buda
paik-buda
sala kernel programação

Desvio ou catástrofe? Delirium tremens. Ser o tormento dos próprios pensamentos, perturbação da nossa própria ordem. O desafio como ruí­do como desafio.
CONFUNDE A TI MESMO

moorman-paik
paik-violoncelista
It’s it! what is It?
CONFUNDORIENTA

O REI EST� NU!

antipostal
Antipostal, foto tirada em 2002, por Daniela Mattos: humor contra o estelionato cultural.

Há mais de 2 mil anos, o estrategista chinês Sun Tzu, autor de A Arte da Guerra, já dizia: “Toda a arte da guerra tem por base o logro”.

171

Por Rubens Pileggi Sá

“AMOR: humor”
Oswald de Andrade

171 é um artigo do código penal, sobre estelionato, mas que se transformou em gí­ria para designar alguém malandro, sempre tentando dar um golpe, vendendo o que não possui, entregando documentos falsos em lugar dos verdadeiros, enganando, mentindo, levando prejuí­zos dessa espécie a quem lhe aparecer pela frente.

171 é aquele polí­tico que não tem nada a perder em uma eleição e promete até trazer as próximas olimpí­adas para a cidade, motel de graça para todos, acabar com os impostos, arranjar até namorado(a) para quem não tem. É aquele tipo de polí­tico que sempre coloca o verbo na primeira pessoa, repetindo o bordão do fez e vai fazer mais. Que sempre tem um ílib (sic) contra quem o denuncia como desonesto e corrupto. Por sorte, não temos deles por aqui!

171 é aquele sujeito que tira “um sarro” em todo mundo e muita gente ainda acredita em suas palavras como se fossem sérias e verdadeiras. O 171 sabe que não adianta levar a vida tão í  sério, afinal, dela ninguém sairá vivo, como já disse o compositor Belchior. O 171, por fim, garante-nos a diversão e o entretenimento, com sua “lábia”. 171 é o palhaço da ocasião, aquele que nos obriga í  risada constrangida. É o enganado que aprendeu com o enganador o exercí­cio da sobrevivência. É o anti-herói por excelência. É o nosso Macunaí­ma. É o que há de mais profundamente verdadeiro em cada um. Em cada um de nós, brasileiros.

Transformar esse método em piada é a única chance de não se deixar contaminar por algo que poderia nos tirar o humor. Devolver ao 171 – sob forma de chiste, blague, blefe – a mentira que, de tanto repeti-la, ele próprio acaba acreditando, é a melhor arma. Responder-lhe com argumentos sérios ou indignados seria como que validar sua posição. Seria dar corpo a um engano.

No fundo, no fundo, é isso que se espera, também, da arte. Da verdadeira Arte. A arte como engano, como “vontade de ilusão” , como já disse o filósofo. E nada melhor para aceitar o engano do que o humor.

Marcel Duchamp foi, talvez, o primeiro artista a se dar conta desse “jogo de enganos”, ao deslocar do objeto para a idéia, a “aura” que até então cobria a arte. Ao eleger um banquinho com uma roda de bicicleta como peça de arte, todo o entendimento que se tinha, até então, de arte como “ciência do belo”, caiu por água abaixo. Ao retirar um objeto industrial de sua função e colocá-lo dentro de um museu de arte, chamou í  responsabilidade os artistas para o mundo em que estão inseridos. Não dava mais para o artista ficar de costas para a realidade, mudando cores para lá e para cá. Era preciso mais. Era preciso se posicionar. Arte passava a ser sinônimo de atitude. Aos que lhe perguntavam se sua atitude era uma ironia, respondia que não, que sua atitude tinha era “humor”. O que podia ser uma ironia, mas não deixava, de qualquer modo, de ser, também, humor.

Humor é uma estratégia da qual muitos artistas e movimentos têm lançado mão, desde então. O movimento “Força Jovem” é um deles. Inspirado em slogans de campanhas eleitorais e na eterna relação entre a juventude e o novo (sí­mbolo antigo do modernismo), brinca com sí­mbolos e mitos revolucionários, vendendo carteirinhas de anarquista, atestado de herói, passe de lí­der, etc e utiliza-se da mais deslavada cara de pau para anunciar a redenção pelo futuro, com frases vazias, mas cheias de efeitos. Seu assumido cinismo o torna politicamente incorreto, e, ao mesmo tempo, crí­tico feroz da cooptação de quem usa a ingenuidade alheia para dela tirar partido.

O Stressionismo é outro movimento – movimento, não, surto! – cuja poética “está fundamentada na falta de poética”, segundo seu criador Wilson Inácio (www.stressionismo.hpg.ig.com.br) . O manifesto Stressionista prega que “todo artista é um crí­tico, mas nem todo crí­tico é um artista”. O ví­deo que apresenta trabalhos stressionistas começa com a gravação de uma fita cassete, parada, enquanto uma voz feminina diz coisas como: “o stressionismo quer defender a culinária enquanto arte. Comer é privilégio de poucos. A Arte, também”.

Outro “movimento surgido recentemente é o “Miguelismo”. Miguelismo, vem de “Migu锝. Dar uma de “Migu锝. De “João-sem-braço”. De conversar, tentando convencer. Ou de fingir que não é consigo a questão. Seu “fundador”, João Fábio, inventou até uma exposição relâmpago de suas pinturas, cujo evento recebeu o sugestivo nome de C.I.P.í. (Circuito Independente Paralelo de Artes), mostrando que até na falta do que dizer, “si pá, joga um migué que cola”. Essa a lei do 171. Pode parecer ridí­culo, e o é, mas é incomparavelmente mais corrosivo e inteligente do que querer se passar por sério, fingindo-se estar acima do sarro e da gozação.

Os ingredientes finais para o sucesso são as altas somas de dinheiro em jogo e a arte do blefe: um jogador pode vencer uma partida mesmo com cartas ruins na mão, desde que faça seu adversário acreditar no contrário, por meio de gestos, olhares e apostas.