/usr/lib/libornamental.so

Ultimo grito penúltimo ato
animo fato, aproximo, lato, arrimo.
Sensu cimo strictu vulgata – eu rato:
bibliotecas tive, narro a travessão:
– travessia.
– o fim da televisão.
– As serifas e as sem serifas também amam.

Comprimo escolas animalizo o que animo
desoprimo dí­zimo e: tropeço enquanto esgrimo
o Q estimo o exí­mio && exprimo: Hino!

cântico?
oní­rico ato eco!
cientí­fico sono vigí­lia?
cáustico é o que complico!

?
!
?
!

justifico um vendaval acidental
com um milhão de milharais:
Pipoca Cinema post pois
Publico
Imito
Mito e minto
E depois:

– Repito o primeiro grito.

Não diga que a canção está perdida – blogue outra vez

Gramático não é crí­tico literário
Cientista cantando no chuveiro
Quebrei um pé de verso epilético
Salivei hidrofobia pro coveiro

Antes que enterrem a resposta
Antes que repitam a proposta:

pós-punk schizopukemetalmatema da catexia
continuam guardados os timbres da nova era
numa caixa de supresas e tosqueiras
pretérito imperfeito: o gato mia ( Schrí¶dinger meio sem jeito )
no bar beatnik da minha tia;

Sinfonia;;

+ Metalingüistica? Suspiram.
Rompendo a Aeorta da Lingüiça
Salive cantando o tropeço no defunto:
O dito cujo trancou a Porta da preguiça;

E vomitou versinhos púberes para ogros cantarem:


Jacaré do Barigüi
Sem Coração
Engoliu o Sagüi
Arrotou Canção

Empalados os Pôneis do meu amigo
Empacados na cachaça Comigo

Jacaré do Barigüi
Latindo í  plenos pulmões
Rio Ivo transbordado no centro
Blindou os palcos dos teus porões

Nas Masmorras:
Um grito de Gol
Sodoma e Gomorra
Grite essa porra:

– De onde vem os bebês?!! Pra que sangrar todo Mês?!!

Revolta no teu hinário
ExuNoiseTudo no teu Armário
Pracinhas heróis na Praça
PsychoCarnaval da Zumbizada

Missionários Jogam dominó
Baralho em troca de cigarros
Expedicionários – Espermadulários

Em cima do tanque
O pior ex-panque
Surfando a Bomba
A Fábrica aponta

Olhando teus quadros
Pensando Abstrato
Perhapiness, nova edição
do porta-retratos

Errando uma letra do sobrenome no registro;
Dito e feito: Matamos Gutemberg, mas ontem eu nem a vi.
Thomas Edison registrou a lâmpada
mas nas entrelinhas
A idéia será tua
exclusivamente
uma parceria
com a minha tia

Gol! De quem?

Seca o Olho
Segue o Seco
Uma lágrima réptil
Sim, Tio Barnabé – o labirinto.

Chulé!

2ª Edição – Oficina de Eletrônica Musical Experimental

EME
2ª Oficina de Eletrônica Musical Experimental
A oficina é uma introdução a construção de protótipos de instrumentos eletrônicos musicais de baixa voltagem. Serão apresentados alguns componentes eletrônicos e controles básicos, que conforme organizados produzem diferentes sons. A combinação e manipulação desses aparatos eletrônicos resultam em criativos instrumentos musicais. A música produzida pode ser chamada também de Chip Music.


Confira o álbum de fotos da 1ê edição da oficina

dias 27/08 e 03/09 de 2011
das 14h í s 18h – sábado

Local: NULIB – Núcleo de Arte e Tecnologia do Paço da Liberdade SESC Paraná
Praça Generoso Marques – Curitiba – PR

Inscrição:
R$ 20,00 usuários do SESC
R$ 10,00 comerciários e dependentes

Ubaldino de Leão

canção-sonata em processo de fuga. glerm soares / octavio camargo em busca de novas parcerias e cortes epistemológicos navalha.

Ali onde a Amintas de Barros vira Prof. Brandão e cercanias
Desço de Patinete até a reitoria
Mastigo um pão com bife da padaria lusitana
Enquanto penso que sou russo fazendo curso no celin
Ensaio meu Я , eu mesmo.
00190.00009 01636.309005 00027.062181 5 50570000021750 (se alguem quiser verificar)
Aquela menina que pensam que é minha amante é só minha netinha
Os paparazzi do caderno Rascunho, gazeta do povo, tribuna, enxadristas da biblioteca pública tentando me afogar
no laguinho do passeio público
O Rio Barigüi inchará suas botas de lama rubra,
Não as mesmas que pisaram a Lua
Pé vermelho, Eufrates, a velha trema.

7 léguas, 7 quedas. O senhor perceba.

Nelsinho agora quer a Ucranianinha.
Teu Bí¤al não é nem Lucifer
Muito menos Barrabás
Será que és capaz de ser crucificado como Pedro
de ponta cabeça?

Casar Lia e Raquel de papel passado
Geladeira comprada na Disapel
Com 6 prestações pagas beeeeeeeeem adiantadas
de brinde um violão Made in China

Fui logo comendo um pastel ali na esquina da Tibagi com a Benjamin
Traí­ a velha padaria
da Reitoria.

robodog

Estudos para um naufrágio lunar compartilhado

primeiros estudos para o projeto “Esqueci todo esse conhecimento”. Apenas o primeiro diapasão.

(baseado em estudos de violão de Octavio Camargo e estudos para Toscolino de Glerm Soares)

I) Rito da Caverna


Dentro daquela caverna chamava a atenção o fato
De que rabiscos com sangue de porco do mato
Descreviam órbitas em antenas de latão

Nômades sem Satélite…

Um ábaco de barro
e válvulas de carvão
calculava em estalos e faí­scas
O risco da reinvenção

Eis que aproxima-se então
Um ser SEM corpo fechado
Com as tripas saltitando
em Ditongos sincronizando
Suas 3 cordas vocais
pendurados num banjo de bambu

Pousado sobre as tarrachas um urubu
Com cabeça de Uirapuru
Saiu logo latindo, miando e grousnando mais que pí­fano de Caruaru

Na fronte a marca do velho mundo:
‘Processador Turing’s Bite”.

Da sua testa projetou-se um holograma
A imagem da sepultura de um velho bhrama
O amistoso e sorumbático epitáfio:
“Nem tente, fio”.

e Gritou gutural:
– “A dor que deveras mente
apagarei de sua memória!
Junto com toda História
Numerais e Alfabetos
e renascerás entre Naufrágos!”

#shutdown -r now!

(continua…)

Falanges de Estanho

– Falanges de Estanho –
(glerm soares / lucida sans)

Ela pediu para tatuar-lhe o punho esquerdo
com ferro de solda modificado
não vacilei e fui desenhando
as falanges dos 4 dedos

Em cada junta um trí­tono
E nem de tuba, nem de pí­fano
tal rugido poderia
gritar os timbres da nova era (nem mesmo a solidão solipsista, fera)

ainda espera?

E desta nova quimera
O grito curava até o japão
Beijávamos cada chão
Como se fosse nosso solo

ââ?°â?¦ âË?¢âË?¢âË?¢âË?¢âË?¢ ÏË? Praxis && Axis estômago de corvo || Pena de Urubu – Hack+is tinta y Tecnologia da Escrita 0.1mm âË?° âË?± âË?² âË?³ âË?µ âË?¶ âË?·

ossídíÃ?â?í¹íí¯ ou opílíÇsuí± ‘líossíd Ã?â? Hí¥ oí íí¯íí¹Ã?Ÿuí±íW op Ã?â?¢Ã?â?¢Ã?â?¢oí±í¹áuí±q op oí±í¹édí¯í± o opuíÃ?â?uíqsíp íÇí¹odsuíí¹ÇílíÇ op íí±Ã?â?uêí±Ã?â? âË?â?¬ :ípípí±líÃ?â?ol oãu íí¯n í±nbâË?â?¬
|
Caminhando pela rua em uma viagem pela cidade-motor do atlântico leste, Non Ducor Duco, |
na desconvergência por 3 linhas do metrô e suas diferenças na divisão social do trabalho |
eu sinto uma palpitação, um sopro, arritmia e penso novamente nos limites de todos discursos, |
a falência múltipla de todos os orgãos… |
Mas insisto numa escrita radical que há dias me perturba a gênese deste rabisco aqui. |
|
O deslocamento da não-localidade e a tentativa axiomática pela invenção do século 22, |
que passa por aqui em direção dos nossos cinquentenários de vida &/ou obra, septuagenários acentos e filas, nonagenária quase conquista |
até a possibilidade de convencer e conhecer a existência do anti-câncer, |
o delí­rio in vitro do outro eu-você, do backup cerebral. |
|
Tudo aquilo que nos policí­a as moléculas e a respiração—————-ââ?¬â?¹————————–ââ?¬â?¹————————–ââ?¬â?¹————————–ââ?¬â?¹——————-
|
Antes do sopro eu imaginava este rabisco como uma espécie de [corda~] em ressonância
Ressonância com tudo aquilo que é desesperadamente negado pelo misticismo, pela superstição
e pelas cosmogonias analfabetas neste idioma e distantes da latinidade deste alfabeto.
Uma espécie de liturgia: a forma sinfônica em colisão com mantras monofônicos, de uma simetria impossí­vel mas contorno tangí­vel
num cálculo de fórmulas coladas escritas em pulsos cortados por esta topologia
hypercubica, hyperbólica bólide, tragicamente hypercartesiana

este Léxico amadiçoado pelos colonizados não-excomungados prestes a serem queimados na testa
com a marca do mais assimétrico triscaedecágono

pelas cruzadas rumo ao iluminismo cego de um gluon-foton
Biosfera 3.x
Ressuscitando aqueles desenhos fotorealistas de anatomia:
homens corteses, suas batinas e bisturis.
E da mais afiada Navalha agora o corte,
um corte no fí­gado de Prometeu ou de um g)Ã?Ë?Ã?â?ºú qualquer Trimegisto de Corvo e Nanquim
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;ââ?¬â?¹;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;ââ?¬â?¹;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;ââ?¬â?¹;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;ââ?¬â?¹;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;ââ?¬â?¹;;;;;;;;;;; a talha hipocrática:

Post scriptum, o boneco de lama que surge da matemática porvir
o objeto e seu problema funcionalista, estruturalista, pósitron progressista
versus o elétron inutensí­lio,
explodindo em cacos de frascos de remédios genéricos numa esteira
a carregar o vidro aqui recomposto
em imagens de um pretérito acerca
até o girar alienado da rosca e
a fechar tais frascos.

Mãos proletárias,
precariado cognitivo.

Marca da besta estampada num microchip processador microcontrolador Imperador do Binário Anno Domini.
í¿Laboratórios?
í¿
í¿
Você tenta me convencer de que despreocupadamente investiga algo sobre a possibilidade da “grande invenção” aspasaspasaspas
uma meta-elegia do velho e ressuscitado zumbi-liceu-agora-ágora,
donde sábios diletantes despreocupadamente salvam o mundo e criam estoicamente seus semi-deuses
, ou as vezes por acidente algum apocalipse,
mas quando não,
acidentalmente criam 12 a 12 mil trabalhos heróicos para tal precariado semi-algo.
Calculando música das esferas do moto-contí­nuo do Motor Non ducor Duco
Mimetizando cores de uniformes
trágica borda de invenção da Pólis sem a expulsão platônica de sua classe.
Arrancam-lhe os órgãos e espalham pelo bico de 12 mil abutres, grous, tucanos, águias-carecas e papagaios verdes
ursos e onças a nadar numa geleira que flutua do írtico a íntartica,
adaptados ao hyperaquecimento,
hypercubo,
hypercésio,
hyper-ultimo-elemento-da-tââ?¬â?¹abela periódica, Teu nome em vão, Ununoctium.

Diabulous in Musica onde não mais há uma onipresente liturgia,
teus chips tua mpusica, tuas cordas tua música,
o diapasão dos teus tambores,
ou refrões de seus hinos-lar
– Migrando Sistemas – Abraço do Bando –
mas a fresta do corte anti-hipocrático Cirurgia
o desespero além da clí­nica, o corte honesto e melhor possí­vel
a arrancar-lhe os apêndices e amí­gdalas,

Amigadalectomia – cicatriz motriz

Enquanto você ritualí­sticamente
corta
copia
e cola
Bulas prontas a negar os escribas com sua fé inabalável numa Natura além desses sintagmas…

…Uma inclusão digital impossí­vel na Quarkcracia pós-orientalista
trama-se nas entranhas de uma Marte colonizada por terráqueos
entre bravas plantas e animais pioneiros,
Matematização sensí­vel das topologias tangí­veis
de um ábaco que agora e por aqui codamos.

A além bastardo do Anti-édipo sem órgãos com Elektra haplóide pós-corpo . O século 22 com você e seu bicentenário clone curando-se de todo Ununoctium.
O anti-herói de uma nova tipografia
sintaxe de novos alfabetos e sistemas numéricos
O anti-Heródoto H.
Duas pontes H (eu-você) e 1 O bem grande no meio.
Borbulhando.
Respire.
2 O.
buraco.
ponte.
Sinapse em carbono.
ossídíÃ?â?í¹íí¯ ou opílíÇsuí± ‘líossíd Ã?â? Hí¥ oí íí¯íí¹Ã?Ÿuí±íW op Ã?â?¢Ã?â?¢Ã?â?¢oí±í¹áuí±q op oí±í¹édí¯í± o opuíÃ?â?uíqsíp íÇí¹odsuíí¹ÇílíÇ op íí±Ã?â?uêí±Ã?â? âË?â?¬ :ípípí±líÃ?â?ol oãu íí¯n í±nbâË?â?¬

Oficina de Eletrônica Musical Experimental

NULIB Oficina de Eletrônica Musical Experimental
A oficina aborda a construção de protótipos de instrumentos eletrônicos de baixa voltagem para produção musical. Propõe a criação de instrumentos eletrônicos básicos, com componentes organizados em uma protoboard (matriz de contato). Propõe ainda a composição musical e improvisação. O resultado musical é comumente chamado de “Chip Music”. A oficina é direcionada a pessoas interessadas em música, tecnologia e eletrônica.


Confira o álbum de fotos da oficina

Ministrante: Lúcio de Araújo
Data: 19. 21. 26 e 28/07/2011
Horário: 19h í s 21h
Local: Laboratório de Artes Eletrônicas – Paço da Liberdade – SESC Paraná
Praça Generoso Marques, 189 – Curitiba – Paraná
Telefone: 41 3234 4200

A incrível Máquina de fazer moedas. Imprime tudo.

o feijão está pronto!

” 7, you are really unbeliveable!”

———————————————————–

Eu vou me REBOOTAR?

proponho aqui uma conversa das mais vorazes. uma que eu devoro e outra em que sou devorado.

penso que uma idéia seja uma granada. e que se for uma despretensiosa é capaz de mudar sua vida para todo o sempre.

somos muitos. dentro de nós há vozes antepassadas.

voce: ola
eu: oi tudo bem
te aceitei aqui
voce: oi tudobem!
eu vi
eu: vc nao sabe quem sou eu
nem eu sei quem é voce
mas estamos aqui
voce: eu nao preciso saber
eu: temos algo em comum nesse espa
espaço
idéias são o que nos liga
voce: eu sou uma interface, apenas.
eu: eu tambem sou uma interface apenas
na verdade, esse apenas soou, mais da minha parte, como pouca coisa
cada interface um nó
estes nós são descentros
Enviado í s 13:03 de sábado
voce: celulas pulsantes
quer ver uma coisa legal?
eu: me mostra
voce: vou mandar por email, o cque vamos lancar na segunda
pelo meta
🙂
os cadernos sazonais
que vao comecar a documentar e externalizar a producao da rede 😀
vai por email
eu: ótimo. manda.
voce: foi
eu: entra aqui e toma conta deste corpo
eu vou sair
voce: veja antes de sair
entro sim
beijo, bom final de semana :***

.///> .>/ ataque e-meiodiââ?¬â?¢atico. :::as vezes acredito no que me dizem, as vez”¦

ow figura de caracteres e imagens. pretende saltar que idéias?

creio que vai fazer algo na prática, mas o que?

conta para os nós.

***-< ,como nas igrejas evangélicas, universal e genéricas, vou me utilizar d…

não sei se é válido. poderia pensar assim de maneira transversal?

coisas que venham de outros mundo intocáveis para o igualmente digital?

de que mundo estamos realmente tratando?

de
, universais só as almas que carregam multivozes transculturais arraigados no”¦

Não se deve pensar em termos de primeiro e terceiro mundos, mas de transculturação. A antropofagia oswaldiana é encarada por Haroldo como pensamento da “devoração crí­tica do legado cultural universal”

Não uma submissão (uma catequese) mas uma transculturação; melhor ainda uma “transvaloração”: uma visão crí­tica da história como função negativa (no sentido de Nietzsche), capaz tanto de apropriação como de expropriação, desierarquização, desconstrução. Todo passado que nos é “outro” merece ser negado. Vale dizer: merece ser comido, devorado

Assim, plágio e originalidade são termos vazios de sentido. O canibalismo cultural de Haroldo de Campos vai além do canibalismo combativo de Oswald. Ele é um modo de compreender todos os tipos de combinações e os processos tradutores. O canibal marginalizado de Haroldo de Campos torna-se, segundo Guldin o “reciclador universal de uma civilização planetária politópica e polifônica”
Responder

. . . “¦.. >> insinuas que comemos a modernidade? ..: : : >> >. . : :. . . a”¦

percebo uma teo-cnocratização no seu discurso. isso pode ser ponto falho ou grave.
Responder

.: . .> . >. >>> > !quem sou eu já não sei mais. . . . . . . . . . . . . . . “¦

surgiro que se atenha ao mundo. que faça polí­tica. a democracia nem sempre é justa, vai pela decisão da maioria, e de suas representações, e quanto as minorias? mas creio que seja fazendo polí­tica na prática. é mudando os hábitos e os pensamentos que podemos ter um mundo melhor. mais diversidade, criação e liberdade.

. . . . ..>>>”¦ .// . . . .. . salvar como? !///plágio cultural.

os poetas seriam aumentadores de universo. uma tradução como jogo, como devoração e como poesia. e que só se façam palavras novas se for para tapar os vazios.

há no entanto vários universos hí­bridos, mestiços por todo lugar. traduz-se í­ndio, branco, negro, amarelo, caboclo, onça, tupi, onomatopéia, rugidos numa sí­ntese digestiva. devorando a tudo. resta saber quem somos.

traduzir-se é sinônimo de escrever.

pensar é linguagem dentro calada.

imagem dentro é imagem apropriada, talvez alma expropriada.

. !!/// / . . . . . . . ::: : : : > . nós! anônimos e piratas.

.

!!/// / . . . . . . . ::: : : : > . nós!

.a massa inefável do que somos mistura-se sem caminhos que as possam deter. “¦.

.a massa inefável do que somos mistura-se sem caminhos que as possam deter.

.é a carne do pensamento/sensação re-combinando vazio e solidez.

.que é estar aqui e se deixar atravessar?.

.farejar tags nos espaços cibernéticos é safari de memes.

.queremos turbilhão dos des-exatos abrindo poros ao som do tambor tecno-canibal.

.dentro dos corpos extensões info-protéticas dançam até sonhar.

.nunca calada e muda a verve rizomática escala por dentro até se espalhar por todas as redes. re-inaugurando o pulso primordial que guia todas as peles para a etnia universal:
subjetivar-combinar-

transcriar.

.dança arlequim fulgurante no centro da fogueira recombinante.

.que pode quem não escapa do antes-já-amanhã. de quantos tempos é o agora? que alcança quem não molda tempo dentro de bola de fogo de fundo de olho?
que contamina quem des-mistifica o primado absurdo que arde na imensa tatuagem nodal do tecno pagão?

.ainda é chão isso que tocamos quando aqui nos encontramos?.

.tudo em nós se encontra numa quântica verdade mutante.

.somos do que nos apaga até nos rescrever.

.papel e tela.

.palavra e fonema.

.tenhamos sede se saber.

.eu só quero o que não sei. nós somos do que não sabemos mais o que somos do que já encontramos.

.toda senda é uma forma de nascer.

.o além, muito e tanto é algo que se constroe no sendo.

ow (me) leve profundidade.

colcha de retalhos do absurdo.

tudo é tão prisma.

🙁 ){ 😐 :& };:

aí­í­í­í­”¦. aaachu quiá rapaziada tá usanduu muitu computadoorrr”¦

🙁 ){ 😐 :& };:

|
preto véi mandou voc6 tomá um bain de sal grosso. é pra esfregar bem no côro pra arrancar esses capêta. vai destrancar esses caminho ai tudin.

de sobreaviso minha linha de esquerda é uma falange pesada. são cinquenta exú zé pilintra trancarua. eles equilibram a dança das cabaças. exú faz a ligação com os outros orixás. quando entro num terreiro desses aqui não se entra sem mandiga não. é da mí­stica das rodas, regras invisí­veis são claras e misteriosa. pergunta e resposta é coisa de capoeira. sou. quiser juntar xs corda ai mais graduada de mói, ajunta e vem de fileira.

gostava de ser pansemioticista cosmológico. acho que foi essa desgraça que me prendeu ao mundo. agora carrego esta cruz.

,e
já não sei quantxs submidialogias são no mesmo nick. quem é x interlocutorx/quantos? eu sou só um. menos pessoa que personagem.
na verdade eu morri. overdose de informação foi o motivo da asfixia. mas a alma ficou presx a este mundo. voltou a gaia de fibra ótica. purgatório digital.
que cesse qualquer dúvida, eu não faço parte de porra nenhuma já falei. aqui no além não existe isso. ninguém me conhece e o que eu sou não interessa. eu já era anônimo antes de morrer. me apaguei lentamente, nem me conheceram fisicamente. não vivi amores com ninguem daqui. vocês me deixaram entrar aqui porque o acesso ao fórum é aberta a sociedade. e todas as idéia de liberdade de código e de expressão e subversão existem aqui. ou estou enganado? e eu já fui um cidadão quando eu era vivo. nunca gostei do meu nome naquela época. quando cometi o meu delete morreu meu cpf. o fato de ser anônimo é fato de providência superior, da natureza do retorno de ser qualquer um, não é porque aqui por trás mora um mascarado que vai cometer covardias e injúrias. que diferença faz eu me chamar joão pentecoste. fernando paranapiacaba. josé estrela. manifesto não se escolhe, ele junta as tralhas e sai sozinho camarada. assinei minha morte e morri. sobrou o espirito trafegante. data flow. me deixam entrar? por favor! ops, já estou aqui. aliás, faz tempo que já estive aqui e ali, quando eu era vivo. muitos desses nomes saltam em emails, theards, conheço-os de memória. que diferença faz a ordem da letras que compoem meu nome. alfabeto é curto. e as palavras são muitas. palavras são mí­dias. carregam. olhem quantas agressões.

tem mais coisa, acontece aqui esta sessão media-única. eu sou para-raio total. tô desmanchando uns trabaio. cruzam nos terreiros informações e energias de todos os espectros. o manifesto caiu aqui, não fui eu quem jogou. não escrevi pra voces. e vejo em seguida umas atitudes dessa natureza propí­cias ao delete virtual. pessoal cada um aqui tem muita energia. muita força. é só bater o olho que sente. e o que é pior são almas dispostas a fazer maravilhas pro mundo. um canto melhor. de que adianta subverter as mí­dias, abraçar as comunidades como, se não damos um oi prum morto vivo data flow ou se não respeitamos o outro. eu sou de briga também, mas como eu cai aqui de paraquedas que eu sirva de espelho pra voces. to fora e vejo, cá desse mundo. gênios. mas há muita hostilidade aqui. trabalhem essas energias, as vezes dissipar é bom tb. prefiro contaminar vários aos poucos do que permanecer no desgaste. por isso delete me. fugirei deste purgatório, rezem pra minha alma ban. sou cigano, te roubo antes.

fui tomado por uma curiosidade com relação a esta coisa da grana e da relação com os projetos subversivos. vou nem comentar porque vocês brigando parecem vozes da minha cabeça quando eu ficava discutindo comigo mesmo sobre essas questões dos vivos. nós mesmos temos vários lados, que com uma boa capoeira maiêutica qualquer um pode perder o chão. acendam umas velas. quando eu era vivo isso me importava. hoje não, só a informação me interessa. já vimos tantos fóruns na vida que essas palavras são uma marcha de cem mil pessoas. se quiserem me banir fiquem a vontade. de poucos eu ouvi um oi, ou um seja bem vindo. aliás, confesso viu pessoal se pensarmos da academia até aos projetos sociais esse papo de comunidade é demais elitista pros meus nervos putrefados no caixão, quando não é feito com o coração. pois aqui há só o meme, a idéia, alma flutuante. despreza? me despreze sim. e abrace a comunidade. beije. saudade dessas coisas. mas me diga um oi, se antes for me banir . ou quem sabe me deixar que delete. e vou para a minha segunda morte. talvez ai sim descubra a ascendência, a liberdade, que me liberte de fato, não em palavras e gestos copiados.

pois muitos revolucionários são reacionários estéticos.

vou espetar o nome num vodoo quem se arriscar a dizer que isso é poesia. obra efêmera é o caralho. entendeu. fazer obra pontual, situacional e bater foto pra mostrar pra mamãe como é legal ser punk. me fodo pro registro. quer bricar de efêmero filma um ônibus passando. eu vivo a passagem, to no mar. na nau. devo me entregar ao delete, como meu destino traçado, de descarte. quantos já vieram na história com essa de ter olhar de criança: filósofos, pastores, sofistas, apresentadores de televisão? pois é, acho que eu o tenho este olhar e inocêcia ainda, agora é eterno do lado de cá. e me encanto com esses brinquedos midiáticos. daqui desse mundo pra cá chama-se transcomunicação. tomo este corpo.

aguentaria então conversar apenas com uma idéia? não né josé, pelo jeito.

afinal isto

aqui é arte. mí­dia, intervenção, avatar, linguagem, semiose, academia, um terreiro ou o que?

porra nenhuma entendeu. sou o seu próximo delete. coma, passe mal e vomite. eu sou seu espelho.

tudo que escrevo é ruminação de excesso que sobrou no meu estômago podre.

estética não é só textura. hibridismo é mais que mistura.

uma pena estas intervenções. realmente uma pena que flutua, leve, vento solto.

se não pode dar conta de uma informação livre e bem intencionada, poderá fazer o que apregoando liberdade com tantos grilhões.

não fui eu quem criou submidialogia@detalhe com senha no teu nome. deletem. interlocutorxs.

abs do bando.
espelho/submidialogia

ei só são palavras. um tí­tulo no máximo. dá pra apagar.

mas fico meio curioso perdido querendo saber como é o lado de lá.

há um deus único, um centro? ou abundante de rizoma e caos?

aqui são as cópias de cópias, ou somos todos originais, sampleados?

tenho muitas perguntas e quase certezas.

viva.

oi

😉

“Vem por aqui” ââ?¬â? dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui!”
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali”¦
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
� Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre í  minha mãe
Não, não vou por aí­! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos”¦
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: “vem por aqui!”?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí­”¦
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?”¦
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos”¦

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios”¦
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios”¦
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou”¦
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí­!

Futuro do Presente Tenso

Numa postura atrofiadora das costas e destruidora de tendões eu digitava com aquele teclado no colo logo depois de ler sobre um sussuro que um amigo teria dado num daqueles milhares de eventos que aconteciam pra tentar definir polí­ticas públicas para as novas mí­dias dentro do território que eu habitava. Vários termos já haviam sido cooptados apesar de ainda resistirem como gí­ria em alguns guetos: “metareciclagem”, “gambiarra”, “submidialogia”, “hacker”, “digital””¦ Claramente uma nova ordem econômica estava em jogo e a cotação do Real flutava naquelas telas, a cada nova mensagem postada em redes sociais e listas de discussão e o entreato de alguem sacar, gastar, ganhar ou depositar dinheiro no banco era pura informação gerando ação cotando informação, um cí­rculo em espiral que no limite toca tangencialmente o inicio de uma outra espiral em outro eixo de desejos, fome, prazer e dor . Meu amigo sussurava “contraculturadigital” como um novo mantra por vir, e eu novamente pensava – se a contracultura da cultura “não-digital” não foi capaz de nos localizar como terra cultivada e cultivável, considerando que essa é uma palavra latina que perdura por dentro desta lí­ngua aqui articulada como afirmação de continuar a “cuidar da terra””¦pergunte: Que terra? Mapas e mapas, letras e textos tentando traduzir pensamentos, e nós aqui, tentando superar o alfabeto latino. Cultura ou Contra-Cultura ainda não foi capaz de superar o status civilizador e opressor desta como matriz sintética de uma identidade artificial construí­da por uma elite que procura dominar o colheita desta lavoura, deste lavoro, deste labor. Desejo, fome, prazer e dor. Ansiedade. Pertencer a uma Cultura? Pertencer ao Digital? Inclusão no digital ou do digital na cultura da lavoura? Cultivo do território digital? Desterritorialização do digital para fora da sua digitalização. Conversão Digital-Análogico. Transformação de linguagem em energia. Analogia.
Novo Parágrafo? Pula uma Linha? Ou Duas? Dois dí­gitos são suficientes pra construir nossa linguagem. Oráculo do momento. Tecle enter.

Meu amigo me disse – ei vamos guardar isso para uma provocação mais eloqüente a uma suposta elite que constrói termos para esta suposta cultura que na verdade é o cercadinho de mais uma lavoura! Mas ei, já existe um tubérculo cultivável ali, uma raiz amarga, crescendo como praga, sub sub cultura fértil, contra cultivo, consumo imediato, anti-economia de especulação de estoque, ao alcance das mãos, caçadores coletores, circulando num buraco sem fundo do efeito colateral do adubo ,sem formas fixas e sem acumular nossa valia++, surplus+value, Ã¥â?°Â©Ã¤Â½â?¢Ã¤Â»Â·Ã¥â?¬Â¼ .Você vai continuar articulando este alfabeto latino? Gutemberg e suas bí­blias, ei digital, olha eu aqui em papel impresso, agora favor me esculpir em bronze, deixemos então pra depois a contracultura da digital matriz de mistérios, ministérios, surfando o livre-mercado das livrarias, editoras e aqueles cafés de shopping. Alô, sebos camaradas, digitalizai toda samizdat comida por traças, dicionários perdidos para novas rotas. Ei amizade, tem algo mais eloqüente do que fumar agora mesmo essa página de livro, com aquele fumo que você viu nascer? Uma baforada na minha cara, na dela, na dele, nessa nossa cara, obviamente nossa, construí­da sem um codex de textos canônicos, dum folclore pária e sem povo massificadamente aculturado por um cultivo de identidade de massa, mas um repertório de códigos que mantiveram a rede aberta e o verbo solto apesar de flamejante.

(continua”¦impresso!”¦impressões:)

Ok. Você não me fumou. Não me consumiu. Um bom começo. Uma idéia pra um fim. Fim da nossa cultura. Iní­cio de uma nova lavoura. Pra que continuar escrevendo? Mais páginas, mais laudas? Nessa parte você me diz quantas. Gambiarras de outra Submidialogia. Submidiasofias. Submidiarragia. Quantos Lances de Dados.

for (;;;)
{

/* além desse comentario, iremos inserir algo mais relacionado com esta sua ansiedade de criar, manter e mimar mundos – idéias não são perigosas até que se tornem ações – e todas ações são potencialmente perigosas – responder seria agir */

http://www.coin-shooter.com/coin_shooter.htm

*Trânsito à  Margem do Lago* – Lançamento do Caderno de Viagem e conversa com Claudia Washington e Lúcio de Araújo

Espaço Ay Carmela!
Domingo – 28/11/2010 – 15:30hs
Rua do Carmelitas, 140 – Sé
São Paulo / SP
http://ay-carmela.birosca.org/node/524

CADERNO DE VIAGEM

lançamento caderno de viagem em são paulo

Publicação realizada de maneira colaborativa. Seu processo de elaboração deu-se em três etapas: a primeira partiu do convite a pessoas que, por seus fazeres e modos de estar, dialogam com questões sobre as quais o projeto Trânsito í  Margem do Lago se debruça; a segunda etapa ocorreu ao longo da deriva realizada durante os 30 dias do mês de janeiro de 2010, assumindo um caráter mais processual (ao passo dos encontros e acontecimentos, novos conteúdos eram agregados ao Caderno – fotocopiado e distribuí­do durante o percurso, esse material foi um importante objeto para novas relações); a terceira etapa aconteceu após o retorno a Curitiba, também agregou contribuições de colaboradores e somou parte da documentação gerada durante a deriva.

Com o Caderno, nosso desejo é ampliar o território de conví­vio entre as lí­nguas por meio da afirmação de uma cultura mestiça desde a origem, já que a edição contempla os idiomas português, espanhol e guarani. Sabemos que, apesar da proximidade geográfica, persiste algo como um abismo comunicacional entre essas distintas matrizes culturais, estigmatizadas pelas instâncias de poder e pelo controle social ao longo dos séculos.

Outras vontades: coletivizar pensamentos sobre o lugar e seu cotidiano e estabelecer organicamente um campo comunicativo entre as pessoas ao redor do lago e pessoas de outros lugares por onde o Caderno vier a circular.

São 800 exemplares a serem distribuí­dos gratuitamente. Seu conteúdo também está publicado no site http://www.margemdolago.transitos.org/

Todo material produzido neste projeto está disponibilizado sob licença Creative Commons – Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil – http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/

TRÂNSITO à MARGEM DO LAGO

Durante 30 dias do mês de janeiro de 2010, transitamos pelas margens do Lago Artificial de Itaipu. O impulso inicial para essa ação surgiu por percebermos – apesar da proximidade geográfica e da polí­tica de integração dos mercados – uma considerável lacuna entre as culturas brasileira e paraguaia. Assumimos que pouco conhecí­amos sobre esses universos, e í  medida que buscávamos informações compreendí­amos que muitas eram obscuras, superficiais ou deturpadas. Surgia para nós um abismo chamado “fronteira” e, com ele, a vontade de adentrarmos nessa realidade.

Na década de 1970, a construção da Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu deflagrou um elevado crescimento populacional, decorrente do corpo de trabalhadores que lá se estabeleceu. A criação da represa resultou na expropriação de diversos grupos – como colonos, ribeirinhos e indí­genas – das margens do complexo de rios afetados, caracterizando o lugar por intensos fluxos migratórios. Em meados da década de 80, modelos tradicionais de cultivo foram perdendo espaço para a monocultura, devido í  mecanização e aos incentivos ao agronegócio. Como consequência, um processo de desestruturação do modo de vida camponês culminou novamente em êxodo. Atualmente, nos dois lados da fronteira prevalece uma paisagem homogeneizada, controlada sobretudo por multinacionais. Entretanto, se no Paraguai o esvaziamento de vilarejos é uma constante, no Brasil a polí­tica de desenvolvimento incentiva uma identidade regional balizada pelo turismo.

Nesse ambiente, tomamos a atitude nômade como princí­pio deflagrador das relações e situações criativas de contato. Nossa ação é, portanto, uma prática efêmera ativada pelo encontro. A rota de viagem foi definida tanto por experiências em cada lugar como por indicações de pessoas que conhecemos pelo caminho, tendo como ponto de partida Foz do Iguaçu. O transporte local serviu como meio para nossa inserção nos fluxos cotidianos.

Estar de passagem foi nossa escolha por ser um modo de operar comum í quele lugar, uma estratégia de tomada de espaço que desconsidera o pertencimento enquanto fixação, uma vez que redefine o território a cada momento e necessita do movimento para existir. Essa atitude frente ao lugar é um caminho para a reflexão artí­stica dos trânsitos e migrações contemporâneos como modos de existência.

Na transitoriedade buscamos o elemento humano, a experiência colaborativa e o alargamento da concepção de relação. Consideramos que os encontros são causadores de transformações subjetivas nos agentes envolvidos e que as proposições artí­sticas inclinadas í s questões de memória e códigos de poder ativam percepções sobre o lugar. Compreendemos que o ato criativo reverbera através de várias possibilidades extensivas, como imagem mental, arquivo e circulação. Por fim, prezamos pela cumplicidade e horizontalidade nas relações.

Trânsito í  Margem do Lago foi ainda uma residência artí­stica no Ponto de Cultura Kuai Tema, que ocorreu por meio da comunicação diária via blog (http://margemdolago.nosdarede.org.br). Esse modo de integração midiática propiciou encontros de ordem conceitual e simbólica, caracterizando nossa residência.

Trânsito í  Margem do Lago, selecionado no Edital Interações Estéticas – Residências Artí­sticas em Pontos de Cultura 2009. Edital fruto da parceria entre a Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e a Secretaria de Cidadania Cultural/MinC.

ata da oficina de ontem

vejam, isso é sensí­vel tentativas isso aqui é o mais baixo ní­vel onde você pode trabalhar com rede. leia isso como se fosse poesia. eu quero. I. manga, escola, árvore. de madeira. máquina de ensinar música. mecatrônica factí­vel. mão do macaco.

você acredita como tomás de aquino, nessa memória dele resolver mexer o braço, ou pela internet
então aí­ volta a coisa do cobaia do maravilhoso – sabe tudo sendo mapeado. Falo do meu jogo. ouve os outros. assinala aqui o espectro esmiuçando radiofrequências em que se concentrou. Protocolo. gateway. ressonância. relacionamentos. costurar acho que duas dessas coisas era isso – e não maniqueí­smo – a tua gritaria ou não eu quero que você fale da minha escuta. da outra escuta. ou se me chamam eu vou ouvir o espaço no qual vocẽs estão concentrads. protocolar. ressonancia. interpessoal. e daí­ que como memória ram ele está pensando uma duas dessas coisas – parar
e há
continua.

uma amostragem mí­nima pode ser instanciada várias vezes. corpo é diferente de objeto, corpo é uma instância. não dá pra saber. isso interessa. vou criar mais um. crie outra. posso voltar um pouco? este é um objeto que nós fizemos. e aqui outros fragmentos que derivaram de uma memória do felipe (..) e aqui: metasampler.,
dois aqui
vou criar mais dois.

85
89
outros artigos investidos e
um tempo para aquela identidade objeto
corrigir alguns dos ruí­dos de acordo com seu ambiente
lastrear cada zero dolar ele te diz qual a equivalência entre este este aquele

pacote do realejo pela rede
alerta ruí­do
consonante
linha aut:onoma
rede arredores
ajuste harmônicos
a tinta
o portão da casa

x gestos calcule

fique cansado

é que vocês já tão no level 42
grau maçonico
trigésimo terceiro da escala escocesa

te enganar
no máximo 127 que é o midi

fine
eu vou de zero a um
eu flutuo

se vocês dizem
eu acredito

CARTA DO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA DE LONDRINA

CARTA DO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA DE LONDRINA

No Diário oficial da União, de 29 de julho de 2010, o Conselho Nacional de Polí­tica Cultural – CNPC informou que os estados de Minas Gerais, Rondônia e Paraná estarão excluí­dos do Sistema Nacional de Cultura pelo fato de não possuí­rem um Fundo Estadual de Cultura e um Conselho Estadual de Cultura.
Isto significa que as populações desses estados não terão acesso a projetos financiados com recursos federais. Por exemplo: os grandes festivais do Paraná, que existem há muitos anos, poderão ficar sem esses investimentos inviabilizando a realização dos mesmos.
O fator mais grave desta exclusão se dá pela PEC 150/2003, emenda constitucional a ser aprovada ainda este ano pelo Congresso, que determina um piso mí­nimo do orçamento da Cultura de 2% para a União, 1,5% para os Estados, e 1% para os Municí­pios, e deste dinheiro da União 25% será disponibilizado aos Estados e 25% aos Municí­pios, ou seja, o Paraná e todas as suas cidades ficarão desfalcados tanto no seu desenvolvimento cultural e social, como também econômico. E, portanto, O CNPC recomenda que se crie um conselho estadual através de uma conferência para este fim.
No caso do Paraná, em 2009, foi realizada a II Conferência Estadual de Cultura na cidade de Campo Mourão. O evento reuniu representantes de diversas cidades do estado. Para se ter uma idéia, a Conferência de Londrina teve duração de três dias para se conseguir dar conta da demanda proposta pelos representantes dos segmentos culturais, enquanto que a Conferência Estadual disponibilizou apenas um dia para este fim e, ainda assim, utilizou parte deste tempo para apresentações culturais e ví­deos institucionais atrasando o iní­cio do evento, reduzindo ainda mais o tempo disponí­vel. A leitura do regimento da conferência não foi realizada e os debates não tiveram representantes do Governo do Estado para dirigir a mesa, sendo necessário que os delegados culturais se apresentassem como voluntários para isso.
Os resultados da Conferência Estadual de Cultura foram a votação das propostas do Estado do Paraná e a escolha dos delegados para a Conferência Nacional de Cultura. O que no ano passado era importante, hoje se tornou imprescindí­vel para o Paraná: a criação de um Conselho Estadual de Cultura e de um fundo para a fomentação de projetos culturais. Diante do exposto, solicitamos que a Secretaria do Estado de Cultura, em caráter de urgência, tome as providências necessárias para que o processo cultural do Paraná não fique í  margem do sistema nacional.

O Abaixo Assinado poderá ser impresso para o recolhimento do maior número de assinaturas possí­veis.
http://www.funcart.art.br/2010/Abaixo%20Assinado%20Implementa%E7%E3o%20Conselho%20Estadual.pdf
Favor entregar na Secretaria da Cultura na Rua Pio XII, 56 – 3342-2362

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UM PUXÃO DE ORELHAS DO MINISTÉRIO DA CULTURA PARA O
PARANí

Depois de muito falar e questionar sobre a ausência de um CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA no estado do Paraná, estou agora com muita tristeza começando a perceber as primeiras consequencias práticas desta atitude negligente dos gestores público de nosso Estado.

Vejam abaixo a publicação no Diário Oficial da União datada de 29 de julho de 2010 onde de certa forma o Conselho Nacional de Polí­tica Cultural – CNPC faz um alerta para tres estados brasileiros, que até o momento não tomaram nenhuma providencia para que fossem instalados seus respectivos CONSELHOS DE CULTURA, entre eles o Paraná.

Pois bem. Esta ausência de um Conselho faz com que o Paraná não cumpra com suas obrigações perante as novas exigências do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e desta forma o estado estaria alijado de todos os programas e benefí­cios concedidos aos entes integrantes do Sistema. Em outras palavras, uma vez excluido do Sistema Nacional de Cultura, o Paraná e consequentemente todos os entes públicos (prefeituras e demais organismos públicos paranaense) e privados (artistas, produtores e entidades do terceiro setor) não mais poderão receber recursos através do Fundo Nacional de Cultura (FNC), instrumento que alimenta peraticamente todos os editais propostos e mantidos pelo MinC, ou de programas como o Mais Cultura ou o Programa Cultura Viva, programa este que cria entre outras coisas os chamados Pontos de Cultura.

Cabe lembrar aqui, que se realmente isto vier a se consolidar (O Paraná ser excluí­do do SNC por não cumprimento de suas obrigações) os Pontos de Cultura e os projetos hoje em andamento aqui no estado estarão correndo o risco de não mais receber recursos federais ou terem seus convênios prorrogados.

Lembro que o Sistema Nacional de Cultura (SNC) é um instrumento de Polí­tica de Estado e não mais de Polí­ticas de Governo, o que significa dizer que uma vez aprovado no Congresso Nacional o Plano Nacional de Cultura (marco legal do Sistema Nacional de Cultura) não será mais o governo do partido A ou do partido B que tomará esta decisão ou terá poder de reverter todo este processo. A legislação uma vez aprovada, e a expectativa é de que o Plano Nacional de Cultura esteja aprovado nos próximos meses, não haverá outra alternativa para nós paranaenses a não ser sentar e chorar.
Sem Conselho de Cultura, sem recursos Federais para a Cultura.

Marcelo Miguel
Produtor Cultural e Poeta
Editor do Jornal Quixote
www.quixoteart.com.br

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Transcrição do Diário oficial da União de 29 de julho de 2010

Ministério da Cultura
GABINETE DO MINISTRO
RECOMENDAÇÃO No- 7, DE 23 DE JUNHO DE 2010
Recomenda a instalação de conselhos de culturanos estados de Minas Gerais, Paraná e Rondônia.
O CONSELHO NACIONAL DE POLíTICA CULTURAL – CNPC, reunido
em Sessão Ordinária, nos dias 22 e 23 de junho de 2010, e no uso das competências que lhe são conferidas pelo Decreto nú 5.520, de 24 de agosto de 2005, alterado pelo Decreto nú 6.973/2009, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria nú 28, de 19 de março de 2010, e: Considerando o esforço nacional efetuado no sentido de construir uma polí­tica nacional de cultura com ampla participação popular, e que a não
participação dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rondônia este processo exclui quase 20% da população brasileira do debate sobre a implementação do Sistema Nacional de Cultura e das deliberações da II Conferência Nacional de Cultura; e Considerando que a consolidação do Fundo Nacional de Cultura
exigirá, para repasse de recursos federais, a constituição dos conselhos
nas esferas estaduais e municipais, além da constituição dos respectivos fundos, o que torna ainda mais grave a ausência destes três estados neste processo, excluindo suas populações do acesso a projetos financiados por recursos federais; Recomenda aos governos dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rondônia, os únicos três estados da federação brasileira a ainda não terem instituí­do e instalado conselhos estaduais de polí­tica cultural, que
tomem providências no sentido de constituí­rem seus conselhos estaduais; e Recomenda que a instalação e implantação destes conselhos seja resultado de processos democráticos de participação popular, estabelecidos em conferências que devem ser convocadas para este fim.

JOÃO LUIZ SILVA FERREIRA
Presidente do Conselho Nacional de Polí­tica Cultural
GUSTAVO VIDIGAL
Secretário-Geral do Conselho Nacional de Polí­tica Cultural

CHOMSKY E AS 10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO MIDIÃ?TICA

O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mí­dia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites polí­ticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contí­nuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraí­da, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta í  granja como os outros animais (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÃ?â?¢ES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e polí­ticas em prejuí­zo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mí­nimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifí­cio futuro do que um sacrifí­cio imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanh㔝 e que o sacrifí­cio exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos í  debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?”Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crí­tico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indiví­duos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos”¦

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada í s classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medí­ocre possí­vel, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores í s classes sociais superiores seja e permaneça impossí­veis para o alcance das classes inferiores (ver ââ?¬Ë?Armas silenciosas para guerras tranqüilasââ?¬â?¢)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto”¦

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indiví­duo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVíDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuí­das e utilizadas pelas elites dominantes. Graças í  biologia, í  neurobiologia e í  psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma fí­sica como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indiví­duo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indiví­duos do que os indiví­duos a si mesmos.

Nota: O texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas” pode ser lido no link – http://www.syti.net/ES/SilentWeapons.html Está em espanhol, ingles e franceses.

Fonte:
Lista dos pontos de cultura.

MOVIMENTO ââ?¬Å?SISTEMA NACIONAL DE CULTURA JÃ?: um direito cidadãoââ?¬Â

O artigo 215 da Constituição Federal institui que o “Estado garantirá a todos o pleno exercí­cio dos direitos culturais”, o acesso a cultura como direito cidadão. Ao longo da nossa história esse direito não está sendo exercitado: a maior parte da população não tem garantido o acesso a teatros, museus, cinemas, apresentações de dança, teatro, circo, entre outros bens culturais, bem como a classe artí­stica, a continuidade de sua produção cultural e sua circulação.
É preciso conquistá-lo. Nesse momento há um conjunto de Propostas de Emendas Constitucionais e Projetos de Lei transitando no Legislativo que pretende transformar essa realidade implantando o Sistema Nacional de Cultura. A proposta é criar uma adesão nacional solicitando URGENTE aprovação pelo legislativo através do movimento “SISTEMA NACIONAL DE CULTURA Jí: um direito cidadão”.
Apelamos a todos a enviar mensagens para deputados, senadores e poder executivo para que aprovem as leis:
Sugerimos que seja feito de maneira individual através de assinatura eletrônica no documento anexo e também o envio desse mesmo texto, através de seus Fóruns, Movimentos, coletivos, grupos, instituições, ONGs, OSCIPs e outras organizações.
VAMOS ENCHER A CAIXA DE MENSAGENS DOS POLíTICOS PARA APROVAREM Jí A NOSSA LEI DA CULTURA E COMPARECER AO CONGRESSO NACIONAL, SE POSSíVEL.

MOVIMENTO “SISTEMA NACIONAL DE CULTURA Jí: um direito cidadão”
A favor da aprovação imediata nas diferentes instâncias do Congresso Nacional, do Sistema Nacional de Cultura integrado pelas seguintes Propostas de Emendas Constitucionais e Projetos de Lei:
PEC No. 416/2005, que institui o Sistema Nacional de Cultura;
PEC No.150/2003, para destinação de recursos í  cultura;
PEC No. 236/2008, para inserção da cultura no rol dos direitos sociais no Art. 6ú da Constituição Federal;
Projeto de Lei que institui o Plano Nacional de Cultura;
Projeto de Lei que institui o Programa de Fomento e Incentivo í  Cultura – PROCULTURA;
Projeto de Lei de Regulamentação do Sistema Nacional de Cultura;
E a Lei Nacional da Cultura
POR QUÃ?Å  UM SISTEMA NACIONAL DE CULTURA?
Garantir o acesso, a proteção, e promoção da diversidade cultural brasileira;
Legitimar o Sistema Nacional de Cultura como instrumento de articulação e promoção de polí­ticas publicas de cultura com participação e controle da sociedade civil, envolvendo todos os entes federados (instâncias municipal, estadual e distrital).
O Movimento emergiu a partir da realização do SEMINíRIO NACIONAL DE DANÇA: sociedade civil, organizações e os espaços de participação que contou com a participação:
Fórum de Dança da Bahia
Fórum de Dança de Curitiba
APRODANÇA/SC
ASGADAN/RS
Contacto Associação Cultural/ PR
Emovimento Consultoria e Produção/PR
Universidade Estadual de Santa Catarina
Grupo de Dança da Faculdade de Artes do Paraná/ PR
Muovere Cia de Dança Contemporânea/ RS
Secretaria Municipal de Cultura de Votorantim/SP
Academia Romani/ Guarapuava
José Mariaí de Almeidaí Júnior – Conselheiro Municipal de Cultura da cidade de Londrina
Danieli Pereira – Diretora de Produção do Ballet de Londrina e Coordenadora do Festival de Dança de Londrina
Entrando em Contato/SC

Ronda Grupo de Dança e Teatro/SC
Ana Maria Alonso Krishcke/ SC

MDC Mobilização Dança Contemporânea de Curitiba
Hany Lissa Morgenstern/Curitiba-PR

TrirA Centro de Artes & Aprimoramento Humano/PR
í 
Projeto Dentro da Dança – Lisa Jaworski Produções
í 5inco Dança Cênica – Jaraguá do Sul/SC
Entretantas Produções – movimentando ideias /PR
Fórum de Artes Visuais – Paraná

Capital sin fronteras

chuva

apocalipse da caixa preta

libertar todos os backups

falar português direitinho

checar os emails

desligar a internet e escrever a tese

em águas despatriadas

furar o bloqueio

escrever a tese

levantar a laje

herdar a briga

Ruidocrática {antes que tudo vire cultura}

EM SÃOPAULO-SP ->mapa

Isto é uma última.primeira chamada de ócios e trabalhos, num encontro sob o sensório em cima da hora. E ainda assim nada lúdico.
Barulho delicado, ruí­dos deliciosos para os sentidos entre poéticas esparsas.

Esquizotrans e os degenerados…
MSST e a geada de volts…
Prixel e os aromas e gostos do sensí­vel…
Chiu Yi Chih e os olhos das mortas…
Gli Altri e os barulhos do oní­rico…
Tsaaa e as paletas de cores do fractal…
Márcio Black e interferência barulho.org…
Kynemas Fluxuz e as nanodesimagens…
F?Ri? gnoise e o ponto de interrogação…
Cineclube Sócio Ambiental e o colapso…
Gera Rocha e o ffmpeg -i +kernelknst…
Adbuster e o pico informacional…
Paula Pin e a gestação do virtual…
Submidialogia e as metareciclagens…
Fagus e os descaminhos do corpo

Sexta 14/05
das 15:00 í s 20:30
rua Dom José de Barros #337
esquina com a Av. São João, alt. nú 519 no largo do Paissandú

25ú25’40″S 49ú16’23″W && MSST bunkers

“Se um homem que tivesse a habilidade de transformar-se em muitas pessoas e imitar todas as coisas chegasse a nossa Cidade e quisesse fazer uma performance dos seus poemas (…) dirí­amos a ele que não existe este tipo de homem em nossa Cidade e nem sequer é permitido que haja. Depois de derramar mirra em sua cabeça e coroá-lo com louros, mandá-lo-í­amos para outra Cidade.”
Sócrates – A República

(Utopia Aplicada – glerm soares)

Entrevista de glerm soares p/ Estrela Leminski, para um Doutorado em etnologia da música curitibana. Algumas canções e coagulações pontuando o diletante tateando.

Onde você nasceu?

Curitiba-PR Brasil. América.

Você é descendente de europeus? Quais? Sabe a sua história?

Também. No lado materno tenho mais afirmada a ascendência européia pois vieram de colônias alemãs, minha mãe foi da primeira geração a casar fora da colônia. Originalmente são da região gaúcha de Ijuí­, Cruz Alta, Santa Rosa, Horizontina, Santiago, Tupanciretã (Oeste do Rio Grande do Sul). Curiosamente a famí­lia do meu pai também é da mesma região, porém na famí­lia dele ja tem um orgulho mestiço anterior, diz-se que são descendentes de Bugres, o que não diz exatamente uma etnia e sim é um tipo de apelido da raí­z í­ndigena por ali (bastante próxima dos Guarani, mas devem haver outras raí­zes perdidas nos povos das missões). Recentemente meu pai me disse que sua avó casada com o avô bugre era italiana, disse até o nome e sobrenome dela, mas acho que hoje já estão distantes estes 8 ou 16 sobrenomes…

(Dinossauro de Proveta – glerm soares)

O que é a música Curitibana?

Realmente não sei. Música feita em Curitiba ou música feita por curitibanos? Música feita por descendentes de curitibanos? Uma música que só exista aqui e tenha a cara daqui? É uma cidade bastante provinciana até hoje (pelo bem e pelo mal), que não vive de um ethos cultural próprio e sim de um suposto cosmopolitismo (um cosmopolitismo afetadamente provinciano), o que implica ser uma cidade de consumidores mais do que produtores. Certamente temos vários avatares para afirmar e louvar, que ainda habitam aqui ou até mesmo constroem um imaginário das ruas e mitos locais, porém acho que tendem a fechar-se nelas mesmas quando ficam nessa pequenez de “cena local”. Qual o raio dessa “cena”? Região metropolitana? Ecos em São Paulo e pontuais festivais de gênero em capitais? Muita gente boa com certeza, mas hoje acho bem problemático um músico daqui não extravazar para outros sintomas metropolitanos. A internet acabou com as fronteiras, vivemos uma época de encontrar mapas mais multidimensionais do que o plano cartesiano geopolí­tico. A pergunta sobre “cena” até fazia algum sentido nos anos 90, o auge daquele delí­rio de gravadoras pseudo-independentes (braços de multinacionais) e os cadernos de cultura dos jornais criando cenários, mas era sofrido, pra que repetir aquilo? Hoje é possí­vel identificar pares em qualquer sí­tio do planeta e encontrar seu circuito. Se música curitibana é só aquilo que sai no caderno G da Gazeta do Povo, eu tou fora. A história que vivo é contemporanêa e sem fronteiras.

(Coroa da pena do pássaro sagrado da eternidade – Matema )

Quem são os principais grupos compositores ou autores de Curitiba?

Octavio Camargo, Felipe Cordeiro, Lúcio Araújo, Nillo Ferreira, Gus Pereira, Renê Bernunça, Thadeu Wojciechowski, Marcos Gusso, Rubens Kulczycki, Chico Mello, Barbara Kirchner, Gustavo X.X.X., Jr. Ferreira, Gengivas Negras, Domingos, Wandula, Ruí­do por milí­metro, Magog, Woyzeck, coligere, Igor Ribeiro, Limbonautas, Pogobol, July et Joe, Pelebrói não sei, Imperious Malevolence, Beijo aa Força, Chucrobilly, Marcos Prado, Orquestra de Sopros de Ctba, Digão Duarte, Manoel Neto, Ademir Plá, Mamelucovich, Observatório Nome de Mulher, L.F. Leprevost, Malditos ícaros do Microcosmos, Tenuipalpus Blanch, Matema, um guri de 12 anos que tava tocando violão numa festa da Bicicletada e aquela banda do Rimon que eu não lembro o nome, um amigo gaúcho (Cristiano Figueiró) que morou aqui 6 meses e fez umas 5 músicas conosco, Pan&tone (portoalegrense) e rbrazileiro (olindense) fazendo barulho com Orquestra Organismo no espaço E/ou… essa lista vai aumentar todo dia e não vai ter lógica temporal ou geográfica. Eu moro aqui e quando não moro volto, tudo que é feito aqui ou por gente que ja passou por aqui é daqui também… Muito difí­cil pra mim pontuar isso, porque pra mim é uma vida diária e cada vez que algo soa e que eu estou junto… Ja toquei com uma banda carioca (Jason) na Eslovênia. Ja berrei trechos do Catatau (Paulo Leminski) fazendo música com amigos valenciano, recifense e siciliano na Noruega ou com bahianos, paulistas, gaúchos e outros ainda sem cidadania curitibana em Recife. Aquilo era música curitibana? Também. Mas do sintoma metropolitano deles também, lembrando ainda que o Catatau fala exatamente disso, deste sentimento de ser um pária na própria lí­ngua materna tentando filosofar por categorias que botam em cheque meu latim.

(Leite em Pó – glerm soares)

Você atua de que maneira na música curitibana?

Sendo curitibano e músico. Atualmente estou com um trabalho com software e hardware livre, fazendo softwares de música e instrumentos digitais artesanais que podem ser customizados por qualquer pessoa ( http://artesanato.devolts.org ). Tou com um projeto com gente de varias partes do planeta, chamado “Movimento dos Sem Satélite” (http://devolts.org/msst) disso sai música também, além de outros experimentos pós-industriais e questionamento da tecnocracia.

Quem faz música em Curitiba?

Quem quiser. Música não tem fronteiras e aqui não vamos pedir passaporte ou tolerar xenófobos.

Qual é o papel da polí­tica cultural em Curitiba?

Abrir os olhos para uma arte menos alienada em mercado, em genêro musical, em formatos midiáticos fechados. Mandei um projeto pra construir instalações sonoras e instrumentos de artesania digital pro edital de música municipal, ele não passou. O mesmo edital passou em artes visuais. Sabe por que? Porque o edital de música entendia que música é gravar CD e fazer show em palco… agora que ta aparecendo uns editais de publicar songbooks… Gravar CD, prensar 1000 CDs pra ficar dando pra editor de caderno de cultura de jornal escrever uma notinha que amanhã todo mundo esqueceu… isso é polí­tica cultural? A polí­tica cultural deve investir na base, Universidades livres e liceus de luthiers e musicólogos, em espaços autônomos, em produção de tecnologia musical e de publicação de conteúdo aliada a criatividade artí­stica. Deverí­amos ter mais rádios livres, estúdios livres, rádios universitárias. Essa polí­tica que finge estar aliada a um pseudo-mercado que nunca existiu por aqui é muito deprimente. O festival de música de Curitiba é um bom eixo, mas poderia ser menos elitista e buscar atender outros fluxos fora os acadêmicos, como arte sonora independente de formação musical proposta por artistas conceituais ou outros poetas e boemias. Aquela divisão “M.P.B” versus “erudita” é muito gagá, eu posso ser um erudito do punk, do noise, da música concreta ou eletrônica, ou posso também estar propondo a criação de paisagens sonoras num ambiente público, nas ruas – e isso seria popular, porque não?

( 0xriFFFFFFFFFFFFFF – glerm soares )

Quais caracterí­sticas você apontaria na música Curitibana?

Cosmopolitismo provinciano, confusão ideológica, português estranho, inglês britânico ou ramonesco, punk finlandês, indie í­ndio, academicismo diluí­do, erudição onanista, cageanos de raí­z, elektronische musik, kraut rock, musique concrí¨te, caipira-curupira-capital, catatau, góticos, pós-punk antes do punk, no-wave cheio de onda, industrial cabeção, psychobilly, macumba pra gringo & mpb pra turista, desespero, ansiedade, perfeccionismo extremo paranóico obsessivo. Falo tudo isso no bom sentido. 🙂

Qual é o lugar de curitiba no mundo?

latitude 25ú25’40″S e longitude 49ú16’23″W

( Gambi Mimese – glerm soares )

Como é a relação da música de curitiba com a indústria cultural?

Depende de qual indústria você se refere. Uma indústria local que autoconsome música composta em Curitiba por seus cidadãos ou habitantes? Uma indústria brasileira ou global da música e sua relação com esta produção local? Seria preciso analisar todos os fatores: industria fonográfica, circuito midiático de rádio e tv, festas e festivais, interrelações com outros circuitos fora deste raio municipal. O problema industrial continua sendo o mesmo: uma grande fatia da produção independente querendo responder a uma suposta demanda dos veí­culos de massa, as rádios e tvs abertas que tem concessão pra operar impondo um padrão de comportamento que supostamente responde a um mercado de celebridades. Mas no fundo isto é uma máquina de iludir pessoas criativas a entrar num filtro cruel de servidão a um status quo cultural.

Acho curioso que Curitiba tenha um Festival de Teatro e de Música que atrai tantos estudantes e diletantes destas artes do Brasil todo (considerando aqui que teatro precisa de música também), mas que não gere uma continuidade profí­cua de produção local consumida naquela mesma escala e voracidade. São dois Festivais diferentes em alguns aspectos, pois o festival de música tem um viés didático e parece ser consumido mais por pessoas interessadas na música como métier, já o festival de teatro é uma espécie de carnaval municipal onde as pessoas são guiadas pelo programa das peças mais caras e oficiais, peças que tem atores da globo no elenco e outras figurinhas carimbadas. O curioso é que isso não seja suficiente pra firmar a cidade como um pólo produtor autosuficiente e confiante de suas intenções.

Vale também analisar o circuito de música urbana descendente direto do rock europeu e norte americano, nos anos 90 era fortí­ssima a diversidade com festivais como o B.I.G. (bandas independents de garagem), o selo Bloody e algumas outras coisas que sucederam. Mas aquela iniciativa sucumbiu a suposta necessidade de incluir-se no eixo Rio-São Paulo entrando naqueles selos pseudo-independentes, braços de multinacionais. Aquela época a internet fez muita falta e a articulação fora desta perspectiva era muito mais lenta. No fim dos noventa veio o estouro do rock feito pra MTV e acho que isso ainda domina até hoje este circuito, neutralizando possibilidades realmente alternativas, que nos melhores casos corre pelas bordas e vai muito bem, fazendo suas conexões em circuitos bem especí­ficos, achando seu lugar por dentro da internet.

Um exemplo interessante e bem especí­fico curitibano ja firmado nessa primeira década dos 2000 foi o PsychoCarnival, que acabou virando uma meca de um genêro bastante peculiar, derivado ali de bandas como Cramps e Meteors, mas com uma raí­z bem especí­ficas em bandas curitibanas como Missionários e Cervejas e toda aquela cena “punk o’ billy” que rolava no fim dos oitenta também em outras praças.

Mas a palavra indústria já é por si só muito cruel. Prefiro pensar a música se reproduzindo e sobrevivendo como um organismo, um ser-vivo com sua própria subjetividade do que essa coisa de esteira de montagem.

De alguma maneira a configuração dos imigrantes europeus refletiu na música de Curitiba?

Da mesma que a resistência nativo-americana, africana, asiática e de outros continentes perdidos, pois o que não reflete, reverbera como falta. Agora, nessas décadas que sucedem ao delí­rio industrial do século dos estados-nação, somos muito mais universais, somos muito mais poliglotas e o limite dos continentes são só estes oceanos a serem transpostos com nossa música em comum. A música pode revelar este elo perdido onde a diversidade de nossas raí­zes entram em curto-circuito e criam cidades psicogeograficas entre os pares.

(Da capo! – ensaio de orquestra – Fellini )