flip-flop.Antevéspera()

uma gota de palavra escorre sem cor,

todos modos de consonância e dissonância só em gestos-

do descompromisso com a culpa por existir refutando a redundancia da existência

dizem da palavra solta “Poesia”, do ruí­do organizado congelamos aquilo em “Música”, do rabisco que equilibrou-se em tuas vertigens – “Beleza”.

um dia atrás do outro organizando frases pra escolher o momento de tirá-las de contexto. ponto e ví­rgula.

as horas passam e fracionamos os nanosegundos já de maneira precisa

a ponto de desdenhar qualquer possibilidade de rima.

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e duma análise funcional uma nova ordem,
de um novo folêgo, um mesmo contorno
pra esse nosso desespero
de fingir que não quer nada e de alienar-se em iludir-nos “não saber o que fazer”.

e fora disso o sono, o luto e num respiro

.O desconfiado sorriso mudo e sem músculos,

fracionando nanosegundos.

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