Objetos Desejosos: Uma entrevista com o Antropólogo Lawrence Jakimo Pokot

Por Marcelo Coutinho

Dedico esta entrevista ao raciocí­nio nômade
e sempre generoso de Clylton Galamba.

Em publicação anterior, meu texto a respeito de Lawrence Jakimo Pokot foi amplamente mutilado e o pouco que sobreviveu dele ainda sofreu sérios erros de editoração[1]. Naquela ocasião, apresentei-o como sendo um “mí­stico” que muito havia influenciado a construção de minha obra. Aplicar a ele tal definição, porém, não tratou-se de qualquer erro editorial: foi de minha inteira responsabilidade.

Não conhecia o suficiente as atividades deste homem, e tentava vê-lo, compreendê-lo sob a curta ótica e o parco instrumental que naturalmente nos caracteriza, nós, cristãos, ocidentais. Para culturas tão estranhas í  nossa, tão mais antigas e tradicionais como aquelas que hoje compõem o Quênia, o termo “mí­stico”, tal qual o entendemos, precisaria englobar outras áreas do saber, como a medicina, a quí­mica, a psicologia e a filosofia. Levando em conta que este, digamos, sábio, é consultado para aprovar ou vetar o traçado urbano, indicar a cor das portas e a melhor combinação de vizinhos na aldeia, somos levados a pensar que este homem poderia também ser considerado urbanista, arquiteto e assistente social, ao mesmo tempo.

Quando encontrei L.J. Pokot aqui, no Recife, durante o carnaval de 1998, hospedado no Hotel Central, foi este termo, “mí­stico”, indevidamente aplicado í  ele, que deu iní­cio a nossas conversas. Eu passava por um dos perí­odos mais difí­ceis de minha vida. Os ruí­dos vindos da rua em orgia só tornavam minhas dores mais desproporcionais. Eram dores do espí­rito, aparentemente imateriais, mas que por vários momentos manifestavam-se nas juntas de meu corpo e em vertigens inauditas.

Foi quando recebi na casa de meu amigo, o crí­tico literário Anco Márcio Tenório Vieira, o telefonema de um outro velho amigo, o fí­sico Viní­cius do Vale Navarro, paraibano de João Pessoa, hoje professor de astrofí­sica na Universidade de Cambridge: Pokot chegara ao Recife duas semanas antes do iní­cio do carnaval.

Nas condições em que me encontrava, mergulhado em uma estranha e macabra euforia, sinal tí­pico de uma vindoura depressão, não seria de espantar que a imagem de Pokot tivesse sido tão recorrente em mim, mesmo que não soubesse deste seu novo arroubo em visitar o Brasil. Afinal, era este homem que tratava em suas palestras da necessidade de voltarmos a ver na dor e na adversidade não o fim, mas a oportunidade de verificar a passagem. Porém, o fato é que quando soube da presença fí­sica, real, de L.J. Pokot na cidade, atribuí­ a isso uma aura mágica. Um doce ditame do acaso. “Deus não joga dados”, pensei.

Pokot já havia estado no Brasil por várias vezes. Por mais que houvesse conhecido figuras ilustres da intelectualidade brasileira e internacional, manteve-se a parte de um conhecimento público mais vasto. Ainda jovem, acompanhou Claude Lévi-Strauss em terras Nambiquaras, como colaborador de lí­ngua inglesa í  expedição[2].Desta experiência, surgiu sua primeira publicação: Entre os Olhos – O que não foi visto por uma expedição européia entre os Nambiquara da América do Sul[3], datada de 1942,vinda a público antes da publicação de Tristes Trópicos, obra do ilustre antropólogo francês. Nos anos cinqüenta, participou, ao lado dos irmãos Villas-Boas, de outra expedição, esta no Pará, para estudar os Ravé-Potí­. Seu interesse era verificar os laços entre os ritos e imagens de passagem dos Ravé-Potí­ e sua tribo natal, no Quênia. Publicou em 1964 o ensaio O Oriente de Lá – Estudo Comparativo do Devir entre os Ravé-Potí­ e os Kummah[4].Esta tornou-se sua última publicação e o último registro de seu pensamento naquilo que ele hoje chama de “dialeto acadêmico” ou de “pornografia intelectual”, referindo-se ao gosto universitário em “transmutar todo pensamento, livre e fluxo por natureza, em papel e pedra”. Após a publicação de “O Oriente de Lᔝ, sentiu-se profundamente cansado em tentar conciliar a natureza “pequena e tribal” de seu raciocí­nio, gerado no Quênia, com a grandiloqüência da ciência ocidental que havia lhe chegado através dos filtros ingleses de Cambridge.

De volta í  ífrica, abandonou seu emprego de professor na Universidade de Nairobi e montou bases em sua terra natal de onde sai periodicamente para divulgar suas idéias na forma de palestras ou de conversas individuais demoradas com “aqueles que detecto como micro-partí­culas de algumas modificações lentas do que virᔝ.

Foram ao todo, entre nós, quatro encontros. Sempre na varanda do pequeno restaurante do Hotel Central, na Boa Vista. Eu chegava em torno das três da tarde, como haví­amos marcado antecipadamente. Sentado sempre na mesma poltrona de aparência muito confortável, mais assemelhada a um útero, de tão profundo era o seu acomodar, estava Lawrence Jakimo Pokot, fumando lentamente seu já terceiro maço de cigarros com filtro. Afundado nesta poltrona, seu corpo negro e franzino, já enrugado, alternava gestos ágeis e nervosos, com uma calma e silêncio tumulares. Em duas de nossas conversas, instalou-se um silêncio profundo. Silêncio este tão persistente que não o suportando, por duas vezes levantei de minha cadeira e parti. Quando cheguei a calçada do hotel, ouvi sua voz vinda da varanda: “Não foram vocês que criaram o tempo lógico? Por que tanto espanto? Estarei aqui amanhã, na mesma hora”.

Nestes encontros, Pokot falou-me de sua afeição especial por esta região especí­fica do Brasil, o Nordeste, e de seu deleite pelo carnaval negro do Recife. Contou-me ainda de como tomou conhecimento da obra do filósofo Evaldo Coutinho, através de A Visão Existenciadora, que lhe chegara as mãos numa edição pirata impressa na Argélia. Além de ouvir os tambores que rufavam no bairro de São José, Pokot tinha como intenção encontrar-se com este homem que, para ele, tinha construí­do um dos mais belos sistemas de “para-filosofia” e “para-literatura” da lí­ngua portuguesa.

Em seu pensamento, parcialmente expresso aqui, reparam-se traços do que seria para nós uma análise antropológica. Porém, naquilo que a antropologia possui em comum com a filosofia: a busca por uma análise básica do Homem. Cá e acolá etnográfico, Pokot impõe sua noção peculiar de espaço e tempo nos ritos de passagem, francamente baseada na experiência especí­fica de seu povo de origem, os Kummah. Se Van Gennep vê nos ritos de passagem a função de mudança de status social do indiví­duo[5]; se a psicóloga Monique Augras, inspirada no próprio Gennep, sugere que na passagem “vai-se de um ponto para outro”, que “é uma imagem altamente espacial”[6], Pokot irá sugerir uma outra visão: “a passagem não é objetual, não é verificável através dos olhos”[7]. Utilizando-se do caso Kummah, nos diz que a passagem desdobrarí­a-se indefinidamente durante todo o correr da vida, entre dois pontos: nascimento e morte.

Já no primeiro de nossos encontros expus-lhe meu projeto, já em andamento, de nomear com palavras criadas por mim, sensações í­ntimas, complexas que, exatamente por serem absolutamente pessoais, carecem de uma denominação e, por conseqüência, de uma dicionarização. Trata-se de um trabalho lento, disse-lhe. Em um ano de trabalho havia escrito não mais que três verbetes. Falei-lhe da palavra que exporia em breve, em forma de ví­deo-instalação, naquela que seria a minha primeira exposição individual. Foi ele que alertou-me do caráter votivo e do desejo de passagem que estavam evidentes em Aveclo.

O que levo a público agora é apenas o conteúdo de nossa primeira tarde juntos. Tendo este encontro versado sobre passagem, sobre o desejo latente que habita objetos e palavras e, por conseqüência, sobre arte, achei conveniente separá-lo dos outros assuntos abordados por ele e por mim em nossos encontros.

Foi ele que deu iní­cio a esta nossa primeira conversa, com seu português só não perfeito por ser levemente contaminado por um estranho sotaque, mistura de inglês britânico e tacuch, sua lí­ngua natal.

Pokot: Estou contente que esteja aqui, que tenha me tornado uma referência constitutiva para você. Mas, porquê quis ligar meu nome ao termo “mí­stico”, quando citou-me naquela publicação? Publicação, diga-se de passagem, difí­cil de dignificar a presença do nome de qualquer indiví­duo…

Marcelo: Ingenuidade minha. Desculpe-me. Não encontrei o termo exato para defini-lo. O senhor bem sabe que entre nós, para nos sentir compreendendo, precisamos isolar os fatos e nomeá-los.

Pokot: Sei, meu amigo. Vocês batizam as coisas se utilizando de nomes velhos, pré-existentes. Nomes firmes perante o texto histórico que vocês aceitam como legitimador. Mas, chamar-me de mí­stico seria reduzir-me a uma nomenclatura que vocês próprios desrespeitam. Trata-se de uma palavra que um dia referiu-se a algo existente. Porém, dela pouco ou nada sobreviveu. Vocês preferiram optar – se é que é dada ao homem qualquer opção – por uma espécie de realismo, que de tão real, tornou-se fantástico. Creio que daí­, deste realismo estriônico, podem surgir outros fluxos, ainda inauditos.

Marcelo: O que o senhor quer dizer com “outros fluxos”?

Pokot: Tudo se comporta como sopros que oferecem aos nossos olhos a possibilidade de ver, simultaneamente, a parte de dentro da pele de um leopardo e a parte de fora desta mesma pele felina. Elas não se apresentam como duas superfí­cies diversas. São uma. O aprimoramento desta vontade de capturar a realidade acabou por levar seu povo para um lugar exatamente oposto a concretude dos fatos e das coisas. E, consequentemente, acabamos por nos encontrar num ponto deveras comum, nós representantes das chamadas “sociedades primitivas” e vocês, mantenedores desta dita “sociedade complexa”: a presença onipresente da imagem. A imagem, como você bem sabe, é o idí­lio da coisa real. Apoiados na imagem, levados pelas mãos, por seus caminhos, podemos chegar muito longe. Para além daqui. Assim, podemos antever o que virá, caso sejamos sensí­veis a tais sopros.

Marcelo: O senhor parece estar sugerindo que é possí­vel antever o futuro…

Pokot: O que é o futuro?

Marcelo: Bem, aquilo que ocorrerá daqui há, digamos, vinte e quatro horas.

Pokot: E quando não se usa relógio?

Marcelo: Ora… pode-se usar o sol, a lua ou a alternância das estações do ano.

Pokot: Vocês pensam no tempo como algo que corre e escorre por nossos corpos, meu bom amigo… Vêem a ilusão do tempo quando os cabelos rareiam, as peles enrugam, os descendentes crescem, morrem, quando algo ou alguém se afasta de vocês. Nestas tipologias de visão, vocês se imaginam como algo pertencente a um lugar anterior ou posterior ao atual. Mas, para nós Kummah, como disse, isto não existe: trata-se de uma ilusão. E, vale a pena dizer: uma ilusão infernal, verdadeiramente o haliob. Em nossa estrutura pessoal e, por extensão cultural, não nos verificamos como uma mesma pessoa durante muito tempo. Podemos ser batizados e ganhar um nome diferente quantas vezes for necessário, neste perí­odo que vai do jahamkat ao kathamjah[8].

Marcelo: A mudança de nome representa a finalização de uma passagem…

Pokot: Sim… De forma geral podemos pensar em passagem como um movimento, um movimento filiado ao tempo e nada devedor do espaço. Um movimento que leva alguém de um estado temporal a outro. Mas o tempo, como já lhe disse, é uma noção condicionada. Ele não é objetual. Por mais que reparemos nele impresso nas coisas, o que vemos não é o tempo em si, imaterial por essência, mas os rastros de sua ação que já efetuou-se. Assim, ele possuirá as mais variadas conformações. Van Gennep tenta descrever para vocês como a noção de tempo se comporta nos ritos de passagem de alguns lugares da ífrica Ocidental. São ritos de geração e morte. Que duram um perí­odo de tempo freqüentemente longo. E que ao fim deles é assegurada a mudança necessária. Mas entre nós, Kummah, a passagem se efetua como sentido desdobrado e perene, não como sentido fixo e temporalmente localizado. Por assim dizer, estamos vivendo um longo e ininterrupto processo de passagem… A nossa heteronomia ostensiva nos garante a manutenção da situação de mobilidade da passagem. O nome é prescrito por uma autoridade especí­fica, que diagnostica a necessidade do indiví­duo livrar-se de um objeto do passado. Prender-se a uma das feições desta ilusão, pode oferecer o haliob ao pobre sofredor.

Marcelo: Eu poderia traduzir haliob como “inferno”?

Pokot: Creio que não.

Marcelo: O senhor poderia me descrever o conceito desta palavra?

Pokot: Nada de conceitos, meu jovem, nada de conceitos… Você experimentou parte desta visão. Quando se detém a imagem, não necessita-se de conceitos.

Marcelo: Eu experimentei ? Como assim?

Pokot: [ Silêncio]

Marcelo: Quantos nomes uma pessoa pode assumir durante a vida?

Pokot: Quantos se fizerem necessários. Vou lhe relatar um caso desta nossa estrutura de heteronomia ostensiva. Existiu um velho homem entre nós que manteve-se inviolável por boa parte de sua vida. Durante uma noite de inverno teve um sonho pavoroso onde um mensageiro vindo do Katham-huruk[9] lhe avisava dos malefí­cios de manter-se casto durante muito tempo. Seu pênis iria penetrar-lhe as ví­sceras e fundir-se numa única estrutura de carne que lhe cobriria inclusive o ânus e nenhuma substância ou produto poderia ser expelido de seu corpo. Enxergou-se como um balão inflado até o limite de estourar e, finalmente, viu-se estourando e de si jorrando grandes quantidades de esperma, fezes, urina e sangue. Acordou naturalmente apavorado com a mensagem de alerta que lhe viera dos céus e resolveu consultar-me.

Marcelo: E como o senhor agiu?

Pokot: Ora, não sou homem diante do qual um sonho passa despercebido… Prescrevi-lhe um novo nome. Nome este, aliás que, reconheço, já deveria ter-lhe prescrito a muito mais tempo. Eu ainda era um novato na função. O fato é que estruturado pela liberação do nome anterior, que funcionava como um terrí­vel objeto que o ancorava naquilo que vocês chamam de “passado”, o homem floresceu e novamente entrou no fluxo. Passou a experimentar todas as formas possí­veis de liberação de seu sêmen. Para aquele homem, nenhuma diferença existia entre uma palmeira, um ser humano e um hou-hou[10].E cada uma destas experiências certamente o modificaria. Iriam torná-lo, de alguma forma, outro, deixando-o com muita rapidez, dono de periódicas novas estruturações e, consequentemente, detentor de novos nomes. Entrou em kathamjah já muito velho, tendo passado por cerca de cinco mil nomes, com o crânio rachado por um gorila.

Marcelo: Caso eu tenha entendido bem, o senhor está dizendo que vocês Kummah não possuem qualquer marcação cronológica?

Pokot: O tempo para vocês é externo. Ele lhes é ditado a sua revelia, montado sobre esta estranha estrutura que vocês chamam de trabalho e produto. Para nós, o tempo não é linha: é ponto. Não existe a conjugação pretérita do verbo ser, tampouco a futura. Quando nos referimos a idéia de Ser como indiví­duo, apenas seria possí­vel aplicarmos a forma de gerúndio. Trata-se de uma estrutura interna, baseada nesta bela palavra de sentido perene: sendo.

Marcelo: Mas o senhor referiu-se a esta figura de autoridade que prescreve os novos nomes para os indiví­duos. Esta figura não funcionaria como um marcador de tempo externo, tal qual um relógio?

Pokot: Não. Não quando já se visitou o Haliob. Esta figura de autoridade, o puckotoch, está aqui e acolá. Nesta peculiar situação, vemos tudo. Vê esta marca em minha nuca? [ Pokot vira-se e apresenta uma profunda incisão de forma oval que mesmo os cabelos crespos não conseguiam esconder]

Marcelo: É uma marca muito profunda. O que isto significa?

Pokot: Esta forma amendoada tenta reproduzir a forma de um olho. Esta incisão foi feita com o pucko, instrumento ritual de ferro que penetra e calcina a pele até a estrutura óssea do crânio. Eu ainda era jovem quando foi passada para mim a função de manter fluida e assegurada a nossa heteronomia ostensiva. Foi esta marca que me dotou de um nome fixo, este que ainda hoje carrego e que representa a posição de puckotoch.

Marcelo: Puckotoch seria o homem que, tendo experimentado a visão do Haliob, foi alçado socialmente a esta posição de guardião da mobilidade nominal, estou certo?

Pokot: Quase isto, quase isto. Nasce-se predestinado a tal visão. Esta marca em minha nuca representa a integração das três formas de tempo conjugadas em mim e gravadas em meu corpo. De uma forma ou de outra todo homem possui, por natureza, a inscrição destas três formas na própria configuração de seus corpos. Pense em seu corpo caminhando por uma vereda… Existe o andar dos pés que experimenta as texturas da areia, as variadas temperaturas que o solo nos oferece, o conforto de pisar a terra fria, que estava í  sombra de uma árvore. O corpo instala-se no presente absoluto. Nele, sentimos dores, prazeres, confortos e desconfortos, frios e calores que são manifestações sólidas da mais absoluta presentificação das coisas. Através destas sensações nos é revelado o teor do instante. Já a presença dos olhos, que vara vereda í  dentro, nos retira do instante e nos oferece as possibilidades de configuração daquilo que virá: as curvas, a escuridão, o sol que se põe frente aos nossos olhos e nos ofusca, um possí­vel lago a atravessar. Os olhos, sempre mirando para frente, nos oferece o sí­mbolo do futuro, muito longe do agora. Mas ainda temos as costas. E, em especial, a nuca: esta nossa parte tão vulnerável. Este é nosso ponto cego. É o que deixamos para trás. É aquilo que nos permitiu chegar e estar experimentando o instante desta nossa caminhada pela vereda, mas que não mais avistamos. O passado e a configuração frágil e cega da nuca poderiam funcionar como uma boa imagem do Haliob.

Marcelo: O olho gravado na nuca teria o significado de enxergar todo o trajeto da vereda que ficou para trás, ou seja, ver o passado…

Pokot: É estar instalado todo o tempo, simultaneamente, nos três lugares. Por isso, í  mim e a nós puckotoch é vetada a heteronomia. Foi-me reservada esta posição. Não posso experimentar a graça reservada aos comuns. Próximo da morte, quando transferir a chaga para a nuca de meu filho, poderei por fim ganhar outro nome e entrar em kathamjah.

Marcelo: Trata-se de um cargo passado de pai para filho, pelo que o senhor disse. Sempre é escolhido o primogênito para tal responsabilidade?

Pokot: Não. Tudo depende da cor dos ventos que envolveram o momento do nascimento da criança. Só aqueles que nasceram soprados por ventos róseos claros poderão assumir o posto.

Marcelo: O senhor quer dizer que os ventos possuem cores? Trata-se de uma simbologia ou…

Pokot: … ou concretude? Veja, meu jovem, é impossí­vel medir ou estabelecer fronteiras firmes entre as duas coisas. Lembre-se de Cassirer, por exemplo, que já há tanto tempo esforçou-se para convencer vocês das incertezas na diferenciação entre estas duas coisas. Mas, o que interessa é que hoje, poucos são capazes de ver este fenômeno das cores do ar. Porém, mesmo entre vocês do mundo ocidental existem aqueles que perseveraram nesta percepção e tentaram defendê-la. Lembra do irlandês De Selby?

Marcelo: Nunca o li diretamente. Sempre através de Le Fournier ou de Hatchjaw & Basset.

Pokot: Em um livro seu intitulado “ílbum de Campo”, De Selby fala da presença de um “ar negro” que envolvia a Europa pouco antes da primeira grande guerra. A princí­pio, pensou que fosse o acúmulo de poluição das nascentes fábricas e indústrias. Mas logo se deu conta de que só ele vislumbrava tal coloração peculiar. Cor sempre premonitória de alguns eventos que estão por ocorrer a ní­vel do corpo social. Seguindo este raciocí­nio que, como você vê, também foi percebido por um pensador ocidental, nós observamos a predominância da cor dos ventos que envolvem o recém nascido. Caso sejam róseos, ele terá uma vida longa e a fortaleza necessárias para ocupar o posto de puckotoch. A propósito, o próprio De Selby, em “Horas Douradas”, comenta a variação das cores de nascimento e também aponta para o róseo como a cor da longevidade.

Marcelo: Desviando um pouco o assunto, se o senhor me permitir, gostaria de falar de seus ví­nculos com nossa cultura. O senhor foi professor na Universidade de Nairobi, possuiu fortes ví­nculos com a antropologia e especificamente com a etnografia. Estudou em Cambridge, fala diversas lí­nguas e ainda faz questão de viajar freqüentemente pelo mundo…

Pokot: [ Interrompendo]…já foi mais freqüente. Hoje prefiro estar entre os meus…

Marcelo: Mas, de qualquer forma, ainda faz este movimento, de estar lá e cá, não é? Como é possí­vel coligar uma educação formal inglesa com o fato tão fundamental de o senhor ser um puckotoch?

Pokot: Este é um traço do caráter Kummah. Aos olhos estrangeiros, conciliamos, fundimos. Você deve saber o quanto somos diferentes de nossos vizinhos, os Nuer, descritos pelo meu colega Pritchard. Ao contrário deles, sempre violentos e ariscos com seus visitantes, nós somos receptivos. Não é difí­cil, para aqueles que possuem olhos argutos, desconfiar de gentileza e receptividade em excesso. Elas contém em si uma voz oposta. A nossa defesa, no que diz respeito a nossas relações com a alteridade, é baseada na mentira. É possí­vel que sejamos o povo mais mentiroso, lúbrico e dissimulado da ífrica Central.

Marcelo: Como aconteceu? Me fale destes primeiros contatos com o ocidente…

Pokot: Nos apresentamos, a princí­pio, como um povo mudo. Provavelmente serí­amos o primeiro povo geneticamente mudo da face da terra. Éramos, portanto, duplamente interessantes para nossos colonizadores. Assim, sendo uma cultura “só ouvidos”, a palavra de Jesus nos emprenharia com mais voluptuosidade. Durante o primeiro ano de presença dos missionários, nada falávamos. Só ouví­amos. Apenas balançávamos nossas cabeças em sinal negativo, acompanhado de um som gutural assemelhado a um “humrrum”. O gesto era dúbio, não restava dúvida. Mas a ânsia por uma imensa platéia, finalmente só ouvidos para a “palavra”, fez os missionários darem mais atenção ao “humrrum” do que ao negativo pendular de nossas cabeças. Eles se apaixonaram por nossa aparente docilidade. Porém, não estavam satisfeitos com o negativo pendular. Com muito trabalho, tentaram modificar o movimento da esquerda para a direita, indicativo de “não”, e substituí­-lo por um mais adequado, que desloca a cabeça de cima para baixo, reforçando o “humrrum”. Quando finalmente o movimento de nossas cabeças aprumou-se, eles choraram de emoção. Mas tal foi a surpresa da missão quando verificou que o som gutural havia se transformado também. Enquanto nossas cabeças balançavam afirmando, das gargantas saí­a um outro muxoxo, um tanto quanto desalentador, um ruí­do lingual assemelhado a “tss, tss, tss”.

Marcelo: Povo ardiloso os Kummah…

Pokot: Trata-se de uma bela tradição. Eles ficaram muito impressionados quando já no segundo ano de mudez, falamos em conjunto a palavra yêh-zhúch. Eles imaginavam que haviam nos curado de nossa mudez orgânica, através da ação da fé e da aceitação de Jesus em nossos corações. O parentesco fonético entre yêh-zchúch e Je-sus, tornou-se um emblema da conversão para eles. O que eles demoraram a descobrir foi que em dialeto tacuch, esta palavra assemelhada ao nome de seu salvador, tinha o significado de “impotência sexual”, ou “homem que não cumpre com seus deveres de marido”.

Marcelo: A estrutura mentirosa de defesa cultural dos Kummah ajudou o senhor em sua carreira universitária em Cambridge?

Pokot: O fato é que a dissimulação e a mentira como traço de defesa cultural nos foi, e ainda é, elemento de grande utilidade. Através dela, passamos a dialogar mais altivamente com quem quer que fosse. Em Cambridge, fui considerado um dos mais próximos seguidores do método de campo do professor Malinowsky. Ele próprio, já um tanto esquecido, imputava a mim o tí­tulo de herdeiro. Minhas qualidades Kummah qualidades de enorme plasticidade diante da alteridade, me credenciavam a experimentar o método de campo de Malinowsky com mais profundidade. Chamei meu método de “imersão aguda” e freqüentemente o apelidei de “método de compaixão etnográfica”, para me fazer mais claro aos ouvidos ocidentais. Mas, voltando a sua questão primeira, foi a plasticidade Kummah que agiu sobre mim e me dotou da possibilidade de trafegar entre povos os mais dí­spares. Somos uma cultura plástica, maleável, receptiva, mas a dissimulação e a mentira nos manteve a integridade. Trata-se de pensar a mentira não como traço de mal caratismo, como um lado assombreado da alma humana. Trata-se de reparar que os homens preferem ouvir “sins” do que “nãos”. Pode-se facilmente fazer alguém crer que estamos inteiramente convencidos, ou ainda, convertidos, de seus argumentos repetindo, durante uma conversa, periódicos “humrrum”, “certamente”, “claro, claro”. Este artifí­cio enche de vaidade aquele que compulsivamente fala e que tenta convencer o mundo de suas magní­ficas percepções. O lado mal, a deformidade de caráter, sempre será do falador compulsivo, daquele que tenta engendrar a vastidão do mundo em sua teia particular de leituras. Me utilizei da vaidade alheia, do falador compulsivo, através de meus ouvidos bastante generosos. Em tacuch existe um termo que em muito pode elucidar as relações que travamos com outras tradições culturais. Este termo se aplica í s crianças. Chamamos aquelas que desobedecem em silêncio seus pais de tantuo-hou[11]. O meu método de compaixão etnográfica, surpreendeu meu velho professor, que me imaginava um de seus últimos e derradeiros cúmplices absolutos. Ele me aconselhava algo, eu dizia sim, mas continuava trilhando meu próprio caminho.

Marcelo: O fato de descrever os Kummah como o povo mais mentiroso da ífrica Central e sendo o senhor um Kummah, nós poderí­amos desconfiar de todas as suas palavras nesta entrevista. Isto não o incomoda?

Pokot: [risos] É temerário, devo admitir. Mas cabe a vocês me julgar, não a mim. Entre

A mentira e a loucura existe uma delicada fronteira. Nós não acreditamos em nossas mentiras e isto nos faz apenas cí­nicos e gaiatos aos olhos alheios, mas nunca aos nossos próprios olhos. Vocês, ao contrário, acreditam em suas próprias mentiras, se desestruturam quando finalmente elas não podem ir í  frente e isso faz de vocês um povo esquizofrênico. Esquizofrênico aos olhos de outros povos e até mesmo aos seus próprios olhos.

Marcelo: Diz um amigo meu, ex-seminarista Hilton Lacerda: “que a platéia acredite na mágica que se efetua no palco, nenhum problema. Porém, o mágico que acredita em sua própria mágica…”

Pokot: … existe uma grande diferença. Exatamente. Seu amigo está correto. Além do mais, a dissimulação entre nós é um elemento de defesa cultural.

Marcelo: Mudemos de assunto, senhor Pokot. Em uma de suas palestras, publicadas nos Anais de Psicologia Social da Universidade de Salamanca, tive a oportunidade de tomar contato com suas idéias sobre “objetos desejosos”. Caso eu não esteja enganado, o senhor iniciava falando de objetos simples que seriam presentificações do desejo de vir a ser e, posteriormente, falava de grandes edificações sociais que possuiriam o mesmo princí­pio desejoso. O senhor poderia expor mais uma vez estas idéias?

Pokot: Sim, claro, com muito prazer. Mas lembre-se que em Salamanca eu tive dois dias para expô-las.

Marcelo: Tenho todo o tempo necessário para o senhor…

Pokot: Obrigado, obrigado. Sua juventude é benevolente, como toda juventude. Sempre pensam que tem todo o tempo mundo… Mas, vamos adiante, não é ?

As palavras são a presentificação da ausência, estou certo? Quando eu falo: “ontem eu fui trabalhar”, estou evocando uma situação que já não existe. Estou presentificando uma ausência. Quando digo “gostaria de amar novamente” também estou presentificando o vazio fí­sico de uma dada situação, que não está mais aqui, que apenas poderá vir a estar um dia. Existe uma marca fundamental na linguagem que é a eterna e constante construção e reconstrução daquilo que um dia existiu, e daquilo que um dia existirá. A linguagem se constrói aqui e agora, quando se fala, quando se escreve. Porém aquilo que a move, que a faz efetuar-se, não está aqui nem agora. Está antes ou depois do instante. A linguagem é instrumento desejoso, por tanto. É desejo de presentificação daquilo que, por natureza, é impossí­vel de presentificar. Linguagem é evocação. Evocação e reconstrução. O elemento desejoso da linguagem pode ser verificado quando, periodicamente, olhamos um fato passado de nossas vidas e construí­mos um discurso qualquer, para nós mesmos, que justifique uma condição presente. Logo mais adiante, nossa vida muda novamente. Então olhamos para o mesmo fato passado e, estranhamente, enxergamos nele outra coisa e recontamos para nós mesmos uma outra história que dote de sentido a condição atual. Por ser desejosa, a condição natural da linguagem e do discurso é de reconstrução e construção. E de clara evocação daquilo que não existe.

Marcelo: Ludwig Wittgenstein se refere a linguagem como instrumento que tenta expressar aquilo que não é passí­vel de ser expresso. Porém, é exatamente aquilo que não possui possibilidade de ser expresso é o que move, que movimenta a linguagem…

Pokot: Sim, sim. Gosto da idéia de Wittgenstein sobre o que movimenta a linguagem. Este lugar estranho e inacessí­vel í  comunicação. Esta fenda escura, aberta sob nossos pés, que funda todas as narrativas mí­ticas da “origem” e do “sentido”…o “sentido das coisas”… o que dá sentido a uma proposição é algo imaterial, que não está na objetividade das palavras, dos fatos e dos objetos. Os fatos representados, os signos, são em si mortos, desprovidos de sentido. O sentido do signo não está no signo, está na imaterialidade da mente. De fato, o que move o dizer da linguagem é sua impossibilidade de tudo dizer.

Marcelo: E quanto aos “objetos desejosos”?

Pokot: O que vale para o discurso da palavra, vale para aquele dos objetos. Portanto, nos objetos está contido o desejo de ser. Eles são indicadores da ausência, assim como as palavras. Vê-se isso muito claramente quando pensamos na lógica dos “objetos votivos”, que vocês ocidentais abandonaram quando foram obrigados a escolher a lógica da arte como linguagem autônoma. Mas o que rege o objeto votivo é o mesmo núcleo que rege a obra de arte. E, provavelmente, vocês tenham esquecido disso. Vi aqui, na região Nordeste do Brasil, desde que estive aqui pela primeira vez antes de me juntar a equipe de Lévi-Strauss no mato Grosso, uma forte presença do objeto votivo. São os chamados “ex-votos”, não é?

Quando um homem esculpe em madeira seu tumor na cabeça, ele retira de si o tumor. Ele efetua seu desejo de livrar-se da doença, construindo-a em madeira, ou cera. O objeto não possui nenhuma autonomia lingüí­stica. Ele não é “belo”, não é “feio”. Ele não é equilibrado plasticamente, e isto não é levado em conta como elemento essencial. Ele é desejo. Desejo latente. O objeto, no caso o ex-voto, que é um remanescente do objeto votivo e das estruturas pagãs de religião, é um receptáculo da ligação direta entre o crente e a divindade. Em si, ele nada é. Ele apenas é, para o crente e para a divindade a qual ele travou contato. O ex-voto é um exemplo claro da idéia de um objeto desejoso.

Marcelo: E o que vale para o ex-voto valeria para todo e qualquer objeto?

Pokot: De forma mais ou menos contundente, sim. Porém, para vocês ocidentais isto seria uma idéia difí­cil de defender e argumentar. Salamanca já aconteceu há muito tempo…

Quando penso no volume de tempo e dinheiro que o ocidente gasta preocupado com comunicação entre indiví­duos, quando vejo a pulverização do corpo geral da sociedade em grupos e subgrupos étnicos, econômicos, religiosos, sexuais, sou levado a crer que a Internet e a informática são objetos desejosos. Eles são indicadores da ausência. E a ausência é a matéria construtora deste sentimento motriz, o desejo. Quando não há ausência, não há desejo.

Marcelo: Lembro-me do senhor se referir a arte ocidental como “um mal necessário”, que poderia alertar para a lógica dos objetos desejosos. O senhor poderia se estender um pouco a este respeito?

Pokot: É um mal necessário. Não gosto do que vocês chamam de arte. De nenhum tipo de arte. O que fazemos em minha aldeia é reverenciar a presença do mundo, não a ausência dele. E o que vocês fazem é um cultivo mórbido da ausência. Vocês perderam o elo com a transcendência e se lastimam disso, construindo uma estética. Estética é a tentativa de construção de um sucedâneo para o sentimento de orfandade que a modernidade lhes impôs. Quem crê não precisa de arte. Vocês estão a deriva. E, se saio do conforto de minha cultura secularmente imóvel, satisfeita, para me encontrar com vocês é por compaixão. É preciso reconstruir esta ponte. E penso que posso ajudar. Mas, quando entro neste lugar que para vocês possui o valor de um templo, o museu, e vejo esta multidão de almas desesperadas jogando grandes quantidades de tinta sobre tecidos e papeis; quando vejo um homem jogar-se no chão e, pateticamente, esfregar a mão em placas de metal em busca de concentração de energia, fico melancólico e penso que ainda levará muito tempo para vocês chegarem a alguma conclusão objetiva sobre o problema do “religare”.

Marcelo: O senhor referia-se ao artista alemão, Joseph Beuys?

Pokot: Sim. Tive a oportunidade de vê-lo efetuando uma solitária manifestação de fé na transcendência, com uma ação fí­sica. Ele agia como um pajé. Creio que batizou seu trabalho com um nome em latim, “Vitex Agnus Castus”, se não estou enganado. Mas para que um pajé se justifique, ele precisa de crentes. Por isso este artista agia para platéias, através de aulas, palestras, ou atividades grupais. Mas, confesso, era melancólico ver aquele homenzarrão, prostrado no chão, esfregando a mão besuntada de óleo em barras de ferro, tentando convencer a audiência da necessidade de transcender.

Marcelo: A arte como “mal necessário” possui, portanto, para o senhor, o sentido de que nela, na arte, existiria o princí­pio do objeto desejoso…

Pokot: A ação desesperada destes homens de tanta boa vontade indica uma ausência. Uma ausência fundante para seu povo. Quando a função imaginativa cedeu lugar para a função racional, a cultura cristã começou a adoecer. É possí­vel que todo o desenvolvimento da função racional, e da crença absoluta na verdade da matéria, já estivesse contida no nascedouro da ética cristã em seus primórdios. Poucos povos possuí­ram um deus que efetivamente viveu, que se fez carne, e que deixou rastros concretos de sua vida terrena. Se Deus fez-se homem, naturalmente o passo seguinte seria: Deus não está no além, está entre nós, é o próprio homem, feito de carne e osso. Quando Deus é idéia, imagem inefável, pura transcendência, é provável que a materialidade das coisas continue sendo um dado insignificante da existência. Pois a Verdade estaria sempre para além daqui.

A arte para vocês funcionou e ainda continua funcionando como mecanismo compensatório para o excesso de carne e osso que impregnou suas idéias e seus corações. Se a cultura cristã é insaciavelmente desejosa, esta atividade que vocês crêem ser autônoma, a arte, acabará por catalisar pesadamente a ausência. Através dela, vocês teriam a oportunidade de enxergar seu ruí­do com a transcendência, seu desejo de escapar deste mundo de carne e osso que criaram para si próprios.

Um dia, é possí­vel que vocês se livrem da estética. Por enquanto, ela é um dos pouquí­ssimos indí­cios, um dos raros canais de religare que resta a vocês. Por isso a arte é um mal necessário. Por enquanto, apenas existem pastores sem rebanho. Homens descabelados a beira de uma sí­ncope nervosa.

Marcelo: Poderí­amos dizer que todo objeto de arte possuiria algo básico de ex-voto, de objeto votivo. Toda obra de arte seria um objeto desejoso…

Pokot: Sim. Direta ou indiretamente, todo objeto de arte é desejoso e, portanto, indicador da ausência. Alguns artistas manifestam um tipo de desejo de expurgo. Certa feita, nos anos setenta, em Londres, visitei uma exposição que em muito me nauseou. Era um pintor que lembrava muito o expressionismo do iní­cio do século. Porém, concentradamente mais mórbido. Eram figuras humanas despedaçadas, em sangue…

Marcelo: Era Francis Bacon ?

Pokot: Não sei. Não gravei o nome desta pobre alma. Saí­ da exposição entre enauseado e preocupado não só com a saúde mental do pintor, porém com a fratura cultural que tinha forjado tal mente e, fundamentalmente, a doença social que ele acusava.

Marcelo: Certamente era Francis Bacon.

Pokot: De qualquer forma, a lógica do objeto desejoso estava lá. Ele retira de si, e por conseqüência, da sociedade, o tumor e materializa-o fora do corpo. Depois ele oferece a imagem materializada deste tumor para o templo sagrado, que no caso de vocês é o museu ou a galeria. Já o tal alemão pensa menos no tumor e mais no sucedâneo, na cura. A ação de esfregar as mãos nas barras de metal tentava divinizar ações as mais banais. Além de criar, obviamente, um cerco energético entre ele, o “pontí­fice”, a audiência e aquilo que está para além daqui. Creio que era ele que dizia “eu sou uma bateria”, referindo-se a idéia de que continha em si radiador de energia. Chegou-me através de amigos que freqüentaram a Sorbonne informações sobre uma xamã brasileira que trabalhava com um princí­pio mais propriamente curativo que o deste alemão. Creio que os germânicos tenham uma natural dificuldade de lhe dar com tais idéias… Para vocês brasileiros, sempre será mais fácil.

Marcelo: Creio que o senhor se refere a Lygia Clark, uma artista brasileira. Ela trabalhou com arte durante boa parte de sua vida, quando então passou a chamar o que fazia de “terapia”.

Pokot: Quem bom que esta senhora tenha tido a lucidez de trocar o nome de sua profissão. Não posso garantir que o novo batismo que ela escolheu seja dos melhores. Normalmente o nome, quando já é muito antigo, carrega muito peso sobre si. Acaba por esvaziar-se, ou ser incapaz de denominar ou conter novos fenômenos. O fato é que existem determinados fenômenos que falam do lado de fora das fronteiras disciplinares, que estão, por assim dizer, fora dos nomes. Sei que vocês costumam chamar de arte até produtos provindos dos manicômios…

Marcelo: Sempre tive dúvidas sobre a validade de denominar objetos produzidos por doentes mentais utilizando o termo “arte”.

Pokot: O problema nunca será do objeto. Ele precisa existir. Todos os objetos do mundo são necessidades, pois eles são conservadores do desejo de ocupar uma ausência. É claro que uma sociedade que produz objetos em excesso, que se desfaz muito facilmente daquilo que possui para pôr algo aparentemente novo no mesmo lugar, está indicando uma confusão qualquer. Pois esta compulsão pela renovação inscreve, indica, uma ausência, um vazio fundamental, de fato preocupante. Mas retornemos ao problema dos manicômios. Creio que os objetos produzidos por doentes mentais são objetos, tal qual são objetos aquilo produzido pelo pintor sanguinário de Londres. O problema sempre será daquilo que Lévi-Strauss chama de “grade”. Será sempre de disciplina do olhar. A questão sempre será: “o olhar que converge para o objeto vem de qual fronteira?”. Esta “grade”, que no caso do ocidente é uma grade de olhares disciplinados, oferecerá a possibilidade de abordagem e, consequentemente, de nomenclatura dos fatos e das coisas. Os doentes mentais, e seus primos segundos, os artistas e cientistas de fato criadores, estão apenas cumprindo a norma dialética entre ausência e desejo, estão construindo seus objetos. A esquizofrenia é, fundamentalmente, da grade, responsável que é pela possibilidade do olhar e da nomeação das coisas. É até mesmo triste reparar que os objetos sempre estarão no mundo. Basicamente eles sempre serão, se não os mesmos, porém muito próximos da forma que possuem hoje. O que definirá suas nomeações serão as novas conformações da grade. Aqueles, preocupados em nomeá-los, estão empreendendo uma tarefa marcada para morrer. Pois os objetos são sólidos, enquanto os nomeadores terão suas nomeações periodicamente alteradas.

Marcelo: É curioso… O senhor me falou sobre os objetos votivos e em janeiro deste ano tive acesso a um livro de Walter Burkert onde ele faz uma boa introdução aos credos pessoais, fora das religiões oficiais, existentes no mediterrâneo antes do cristianismo se tornar religião oficial de Roma. Estes credos pessoais tinham representações exatamente nos objetos votivos, nas dádivas oferecidas a certas divindades. Pensei que seriam objetos anti-estéticos, ou melhor dizendo, não-estéticos.

Pokot: Sim, sim. Conheço o livro. “Antigos Cultos de Mistério”. Para maiores aprofundamentos, procure informar-se sobre a obra do monge beneditino português Venâncio Pereira Alçadas. “Voz Votiva”: é este o tí­tulo de seu livro. Nele, estão descritas grandes construções votivas no sul de Portugal e no norte da ífrica. E uma bela história é lá contada. Existiu uma grande cidade construí­da para que ninguém morasse. Era absolutamente vazia. Foi destruí­da pelos mouros em 1350. Conta Pereira Alçadas que a cidade fora construí­da por um homem de grandes posses, Cabrita Vinhas, em 52 D.C., como oferenda para Afrodite. A dádiva pedida í  deusa do amor e da fertilidade em troca da cidade erguida era, sem dúvida, de caráter amoroso. A construção esférica dos ladrilhos que pavimentavam as ruas vazias e os sí­mbolos circulares esculpidos em cada uma das esquinas indicavam isso. Em 1158 um descendente deste mesmo homem teria pedido uma outra graça í  mesma divindade, desta vez uma ação votiva e não um objeto. No meio da cidade vazia, construí­da pelo seu ancestral, ele faria uma longa confissão de seus pecados. Após todo o correr de um dia ter se desenrolado, ele destruiria com as próprias mãos a cidade com o auxí­lio de um martelo e de um escopo. Tendo em vista que a cidade só foi destruí­da pelos mouros, devemos concluir que o pobre parente de Vinhas não teve muito sucesso em sua empreitada votiva.

O “taurobóleo”, rito muito difundido no mediterrâneo, que perde-se no passado, que encontramos referências até mesmo no “Katokochimoi”, de Eupalino de Mégara, é especialmente interessante. Neste caso, a vontade votiva desprende-se do objeto e torna-se temporal, rito. O indiví­duo que evoca a divindade deveria matar um boi e banhar-se em seu sangue. Num ciclo de vinte anos deveria refazer a ação para, assim, reconstruir a “capa protetora” que precisava renovar-se, desgastada que estava ao fim de cada ciclo. Trata-se de uma constelação de “symbolon eutychies”, presente no taurobóleo. E todos se ligam ao desejo de boa vida terrena. Tanto o sangue quanto o animal, o touro, são elementos caracterí­sticos das pulsões de terra.

Marcelo: Nos anos sessenta surgiu um grupo de artistas plásticos chamado “O Grupo de Viena”. Eles utilizaram-se de sacrifí­cios animais, banhos de sangue, auto mutilações…

Pokot: Nunca ouvi falar. Mas, ao que parece, este grupo era um pouco mais desesperado que o artista estripador de Londres, não? [ risos]

Marcelo: Porém, dentro de seu próprio raciocí­nio, eles estariam manifestando uma “ausência”, tentando ocupá-la com suas ações fí­sicas. O “Teatro de Orgia e Mistério”, de Herman Nitsch possuiria parentescos com o rito do taurobóleo que o senhor acabou de descrever.

Pokot: Sim, sempre existirão parentescos entre quaisquer que sejam os fatos humanos. Mas, como já disse, tudo variará dependendo da conformação do olhar que se debruça sobre os fatos e as coisas. Pois os fatos e as coisas sempre estarão como sempre foram. É possí­vel que o olhar disciplinar, que caracteriza o ocidente esteja modificando-se. Por conseguinte, traçando novos parentescos entre fatos e coisas. Mas, é bom lembrar: o taurobóleo não possui vontade estética., apenas vontade de fé e diálogo com o divino. Não trata-se de um fetiche-objeto esvaziado, como é o caso da obra de arte. Ele, o taurobóleo, evoca forças reais. O elemento dionisí­aco deste tipo de arte que você me descreve esboça um desejo de mistério, mas não creio que seja capaz de provocar o numinoso, esta estreita porta que conduz apenas um homem, individualmente, até a imagem do mistério. Estes fenômenos artí­sticos lembram os ritos por serem temporais. Por dissolverem o objeto ( por excelência o indicador do espaço) em movimento ( que é em si a representação do correr do tempo). Mas, como disse, ao meu ver, são ritos desapegados. São o desejo de numinoso. Além do mais o rito real possui um, digamos, “roteiro” cuja origem perde-se no passado de pais, avós e bisavós… Pelo fato do rito não possuir um criador-indiví­duo e sim um criador-social, ele possui um caráter agregador. Tratam-se de códigos compartilhados. Não é o caso desse tipo de arte que você me descreve. E especificamente da arte do século XX, que caracteriza-se exatamente por ser desagregadora. Ela cinde a sociedade por criar códigos novos e descartar aqueles secularizados.

Marcelo: Vejo que o senhor está cansado…

Pokot: É possí­vel. Como lhe disse, arte me cansa. Gostaria de preparar-me para o encontro de amanhã com o professor Evaldo Coutinho.

Marcelo: Antes que encerremos este encontro, gostaria que dissesse-me o que o fez visitar o Recife durante o carnaval.

Pokot: Antes de qualquer coisa lembre-se que este é um dos três berços onde nasceu sua nação. Não a toa os três berços tomaram para si a mesma auto-representação: o carnaval, o grito dionisí­aco “euhai”. Assim, podemos conhecer um povo. Vai-se em direção í  sua auto-imagem. Ela representará seu desejo de ser. Em torno dela, pode-se enxergar as cores do ar. Não vê ? [ Pokot olha em torno de si, mirando o vazio, e inspirando forte] São lilazes.

Marcelo: O que indicam ?

Pokot: [Silêncio] Procure nas “Horas Douradas”, de De Selby. Mas, voltando a falar sobre minha viagem, devo dizer-lhe que a leitura dos escritos solipsistas de Evaldo Coutinho moveram-me em direção ao Recife.

Marcelo: Faz idéia de como seus escritos chegaram í  Argélia?

Pokot: Via universidade de Salamanca. “A Visão Existenciadora” foi traduzida por um jovem estudante de filosofia, Xeriar Meursault. Ao que parece, o conceito de “existenciação” do professor Evaldo Coutinho, goza de um prestí­gio crescente entre os jovens argelinos. No que diz respeito a mim, vejo-o como construtor de um sistema para-filosófico de grande sensibilidade. Sua narrativa não se curva í  aridez tí­pica de boa parte da prosa filosófica do século XX. Possui contornos estilí­sticos visionários, como que assemelhados í  aqueles dos grandes mí­sticos do passado cristão, como San Juan de la Cruz que versava sobre o indizí­vel: “deve-se dizer, mas não dizer”. Porém, sua mensagem parece ser inversa. Quando nos diz que por mais resistentes e perpetuáveis que sejam as coisas elas se fatalizam í  efêmera duração da vida consciente do indiví­duo, ele deposita todo o Ser do mundo no homem. É possí­vel que vejamos no professor Evaldo também algum parentesco com a idéia de Shopenhauer do “mundo como vontade e representação”. Porém seu estilo, sua forma de construção textual indica uma espécie qualquer de intertextualidade. Algo além do que é dito expressamente, habita sua obra. Este algo parece ser uma voz mí­tica, provavelmente de caráter heróico, como indica a tradição cristã. “Eu fundo o mundo” é uma idéia claramente cristã… e é esta a idéia base de “A Visão Existenciadora”. Interessa-me muito reparar que, normalmente, quando um homem é acometido por uma imagem mí­tica primordial e dispõe-se a dar-lhe voz, esta voz toma contornos estilí­sticos muito rebuscados, como que iluminados, com ares visionários. Veja o estilo apocalí­ptico, assemelhado a São João, que costura as frases de Nietzsche, no “Zaratustra”. É como se a voz de formas arcaicas de pensamento necessitasse de uma sonoridade sempre curvilí­nea e nunca retilí­nea. Muito provavelmente, o professor Evaldo Coutinho não concordará comigo. Porém, devo expor-lhe minhas percepções. Existem outros aspectos muito interessantes na idéia do homem como o existenciador do mundo. A “composição alegórica”, como nos diz o professor, de “rostos e entrechos”, que o Ser do mundo nos oferece é única para cada indiví­duo. A idade desta “alegoria” oferecida é a minha idade. Eu morro, o mundo morre. Por conseqüência também somos sujeitos do mundo alheio, do mundo composto, “existenciado”, por cada consciência que nos vislumbrou. Então quando alguém que nos conheceu morre, uma das nossas conformações de existência também morre. Trata-se de uma concepção de existência que levanta várias outras questões: se somos seres de linguagem; se as linguagens criadas são filtros que nos distanciam e nos impossibilitam de tomar contato com a realidade natural; se o nosso universo e nossa única realidade é o sí­mbolo; se o sí­mbolo, base da linguagem, é convencionado socialmente; se lemos o mundo a partir destas convenções, qual seria a medida de nossa individualidade, qual seria a fronteira entre aquilo que é pessoal e intransferí­vel e aquilo que, criado pelos limites impostos pela convenção, é social? Seria possí­vel delimitar uma fronteira? A inflação aparente do ego, representada por “A Visão Existenciadora”, já não denunciaria o esgarçamento desta estrutura, o ego, neste final de milênio cristão? Inflacionando o ego, estrutura existenciadora do Ser do mundo, o professor Evaldo Coutinho não estaria, num movimento compensatório, alertando para o risco desta dissolução egóica que o ocidente vive? Pense que, mesmo de estilo aparentado ao de San Juan la Cruz, este filósofo brasileiro é contemporâneo da filosofia européia dos anos 60 e 70. Foi esta filosofia que desapropriou as dores do indiví­duo, derramando-as no corpo social…

[1] Jornal que circulou nas cidades de Olinda e Recife, em agosto de 1997, como forma de divulgação do evento multi-mí­dia “Mônadas”, que teve como local a antiga fábrica de tecelagem Tacaruna.

[2] Em Tristes Trópicos ( São Paulo: Ed. Companhia das Letras, 1996, pag. 248), Claude Lévi-Strauss não se refere nominalmente aos seus colaboradores na expedição Nambiquara. Apenas indica: “a expedição incluí­a de iní­cio quatro pessoas que formavam o pessoal cientí­fico, e sabí­amos muito bem que nosso êxito, nossa segurança e até nossas vidas dependeriam da fidelidade e da competência da equipe que eu ia contratar”. O antropólogo Edmund Leach, em seu ensaio Lévi-Strauss ( São Paulo: Ed. Cultrix, 1970, pag. 12), nos diz sobre a expedição Nambiquara: “Os detalhes desta expedição são difí­ceis de determinar. Inicialmente, Lévi-Strauss teve dois companheiros cientí­ficos empenhados em outras espécies de pesquisa. O grupo deixou sua base em Cuiabá, em junho de 1938, e atingiu a confluência do rio Madeira e Machado no fim desse ano. Segundo parece, estiveram em movimento o tempo quase todo”. Não se sabe ao certo o motivo do ilustre antropólogo ter se furtado de dar o nome dos demais cientistas que compuseram esta expedição.

[3] Between the Eyes – What has not been seen by an European expedition among the Nambiquara in the South America (Cambridge Mass, 1942).

[4] The East There – A comparative study of the becoming between the Ravé-Potí­ and the Kummah

(Cambridge Mass, 1964).

[5] Ver Les Rites de Passage ( Paris: Nourry, 1909)

[6] Ver Passagem: Morte e Renascimento ( In “O Imaginário e a Simbologia da Passagem”, Danielle Perin Rocha Pitta (org.), 1984, Ed. Massangana Recife, PE, pag. 35).

[7] Em O Oriente de Lá – Estudo Comparativo do Devir Entre os Ravé-Potí­ e os Kummah (Cambridge, Mass. 1964, pag. 204), Pokot discorre sobre o tema da Passagem como fenômeno de ordem psí­quica, individual, processado portanto dentro de uma outra ordem temporal. Diz-nos Pokot: “Passage as a rite is a social aggregator, a permission-obligation of change given to the individual by his group . However, the passage is not always really consolidated. Often, one verifies that the social arrangement was not enthroned at the psychic time of the individual who has been through the rite” E usando o exemplo dos Ravé-Potí­, nos diz mais adiante: “In the cases of bodies emptied from a new order, that have made use only of the sacred riteââ?¬â?¢s appearance, the Ravé-Potí­ usually make the individual in question swallow clay to the point of nearly suffocation with the intention to fulfill his deep emptiness”.

[8] Em idioma tacuch, o equivalente ao termo “nascimento” é “jahamkat”, que se traduzido rigorosamente, significaria “lá vem”. Para nossa “morte”, os Kummah possuem o termo ââ?¬Ë?kathamjah”, uma inversão de sí­labas que poderia ser traduzido como “evaporou”.

[9] “Katham-huruk”, palavra mista, englobaria em si algo próximo de nosso conceito cristão de “além”, ou seja, o lugar para onde irí­amos após-morte e, no caso dos Kummah, entrarem em “kathamjah”. Porém, é importante atentarmos que o termo “huruk”, usado separadamente, pode denominar em tacuch tanto “fezes bovinas”, fertilizantes do solo, quanto “vagina da mulher amada”. Portanto, temos aqui um sentido muito ampliado da idéia de além.

[10] Espécie de cão do mato, que vive dos restos alimentares apodrecidos deixados por outros animais de maior porte. Parente da hiena, é habitante das margens do lago Victoria.

[11] Rigorosamente, tantuo-hou significaria “criança cujas orelhas foram comidas por um hou-hou. Em português falado no Nordeste brasileiro, estaria próximo de criança “malouvida”.

A obsolescência de nossos backups

(11:17:48) lucio: Olás!
(11:21:20) glerm: Olá!
(11:21:26) lucidasans: Aei…
(11:21:32) lucio: Bom, a Claudia está na escola, mas creio que ela gostaria de participar dessa conversa.
(11:21:49) lucidasans: Acho que a conversa pode ser em etapas, o Octavio também não está online.
(11:22:05) lucio: Podemos repetir a tentativa mais tarde com o Octavio e a Claudia.
(11:22:15) lucidasans: Temos que rever o material.
(11:23:33) lucio: Como passei pra vocês, temos mais alguns cds com algumas especificidades de conteudo para entregar. Mas é tranquilo, pois a base é o cd anterior que já enviamos pra ação educativa. Tem algumas coisas que não cabem pra nós, tipo: foto do grupo.
(11:25:06) lucidasans: Podia ser a foto do depósito da Santa Efigênia?
(11:25:15) lucio: Nem sei se temos uma imagem com todos juntos.
(11:25:25) lucidasans: Acho que não há.
(11:25:31) glerm: Na foto da Santa Efigênia há umas cinco pessoas.
(11:25:32) lucidasans: Tipo banda ou time de futebol.
(11:25:35) glerm: É o grupo, contando o cachorro da seis.
(11:26:09) lucio: Passa essa imagem pra eu ver.
(11:26:12) lucidasans: Não dá, o cabo usb está aí­ na 818. É uma imagem estranha, tipo um fosso.
(11:26:43) glerm: Cara, é um fosso não dá pra acreditar, parece aquele cofre do tio patinhas cheio de placa de computador. A imagem nem dá conta da vertigem que era o lugar.
(11:27:39) lucidasans: Pena que a câmera não pegou a profundidade de campo.
(11:28:40) glerm: O Octavio está escrevendo todas músicas dele em partitura. Vou passar pra midi.
(11:28:57) lucidasans: Eu estava vendo se convencia o Octavio a escrever pra Guitar Hero.
(11:28:59) glerm: E fazer algo com isso lá.
(11:29:12) lucidasans: De midi vai pra Guitar Hero?
(11:29:17) glerm: Sim.
(11:29:26) lucidasans: E depois pra Frets on fire. Haha, acho que tem a ver com o humor de canções.
(11:30:48) lucio: Vocês vem no 818 a noite?
(11:30:55) lucidasans: Sim, meus arquivos estão aí­, tenho quase nada aqui no Eee pra pensar em catálogo.
(11:31:14) lucio: Com relação ao espaço do Solar, pensei em um espaço auto gestionado.
(11:31:38) glerm: Meu relato do Campus Party.
(11:31:49) lucio: De certa forma como o 818 foi.
(11:31:51) lucidasans: Como assim auto gestionado?
(11:32:15) glerm: Vou ter que desabafar aqui. Não consegui a concentração que queria para trabalhar na proposta do “Bits e Volts na Unha”. Era necessário uma concentração meditativa para pensar em lógica binária ali na mesa, fazendo uma regressão aos primórdios da eletrônica analógica sendo digitalizada, desmistificando a necessidade do rigor acadêmico para sacar o assunto, mas aprofundando a parte atômica da coisa. Tipo “da onde vieram os bebês?”. Pensando bem, é muito triste isso, só falta cortar uma orelha.
(11:33:05) lucio: Sem hierarquias, principalmente com relação a qualquer tipo de dicotomia entre os seres que estiverem no lugar.
(11:33:06) glerm: Não quero expor isso, mas fica aqui registrado.
(11:33:09) lucidasans: A própria orelha ou a do soldado?
(11:33:50) glerm: Lúcio, a gente tem que pensar na problemática de ter que ficar batendo ponto lá.
(11:33:53) lucidasans: Mas são necessários dispositivos bastante ativos para garantir a não hierarquia.
(11:34:25) glerm: Como a gente vai resolver isso? Vai haver datas, horários?
(11:34:37) lucidasans: Não prometemos datas e horários fixos.
(11:35:00) glerm: Sim, mas o papo aqui está em torno de um projeto tipo o Desafiatlux.
(11:35:09) lucio: Entendo Simone, neste caso já existe uma hierarquia, que como o Glerm disse – a Fundação, mais especificamente o Solar, impõe.
(11:35:29) lucidasans: Oposição público-artista?
(11:36:02) lucio: Desconsiderando essa de público-artista… No entanto há um exercí­cio.
(11:36:31) lucidasans: Quando eu falei que era preciso ativar a desierarquia é porque também acho que já exista uma hierarquia natural naquele espaço, então estamos de acordo.
(11:36:56) lucio: Como essas etapas de documentação – catálogos oficiais, etc… que passam por uma forma de definição de quem são os propositores. Desse modo, a ocupação fala desse embate também.
(11:38:55) lucidasans: Entre propositores, interventores, consumidores?
(11:40:06) lucio: Sim, uma porção de delimitações – edital, espaço pré-demarcado de atuação, horários, etapas, agendamentos – um jogo.
(11:40:32) glerm: Mas interfaces é o que? Uma interface entre o jogo e o não-jogo?
(11:41:09) lucio: Dentro desse jogo é que se dilui nossa intenção. Esse jogo se chama instituição.
(11:41:53) lucidasans: Eu acho que invariavelmente é um jogo com máquinas, sejam as computacionais, sejam as burocráticas ou as conservas culturais.
(11:42:39) lucio: Como dialogar e diluir em espaços com regras bem definidas?
(11:42:43) glerm: Eu acho que esse jogo se chama retórica, porque não existe a não-instituição, isso seria a não-linguagem.
(11:43:28) lucio: É prática tambám.
(11:44:05) lucidasans: Sim, um jogo entre instituições.
(11:44:25) glerm: O que é o lixo?
(11:44:59) lucidasans: Diluir para neutralizar ou para prevalecer?
(11:45:48) glerm: Vamos pra gaza?
(11:46:20) lucidasans: Gaza está cheia de corpos, você fala ir fí­sico-newtonianamente?
(11:46:46) glerm: Vi a apresentação do Balbino e do Alê no Transmediale09, um grande evento de “Arte e Tecnologia”. Um cara de Burkina Faso me chamou atenção. Ele mostrou uma comunidade que fazia suas escolas, desde fazer os tijolos… Então ele tentava explicar que aquilo era feito pela necessidade, muito mais do que pra mostrar ali, mas as pessoas ainda ficavam perguntando das escolhas arquitetônicas deles, tipo porque teto era alto e uma hora ele falou: “eu estou aqui sobretudo pra convidar vocês pra irem lá, vamos?”. Acho que ele vai conseguir um dinheiro pra fazer mais tijolos, mas não sei se estas pessoas irão até lá. Mas já sei o que eles vão ter que ensinar nessas escolas. O que isso tem a ver com o “Interfaces”?
(11:49:46) lucidasans: Atá porque dá pra conseguir muito tijolo pelo valor da gasolina azul.
(11:49:47) glerm: Não sei, retórica – “carnaval malandros e heróis”.
(11:50:09) lucidasans: Tinha uma inscrição do discurso dele no Transmediale que ele explicou no começo.
(11:50:14) glerm: Alegoria – nota ().
(11:50:20) lucio: No caso – prevalecer/neutralizar/retórica – Quais as alternativas práticas? Continuar, parar, pular, voltar, esquecer, lembrar, rir. Uma lista de ações, quais as regras e antiregras dessa situação?
(11:55:53) gler1 [n=glerm@189.34.70.224] entrou na sala.
(11:55:55) lucio: Em meio a qualquer tipo de tática de objetivação, a um caos pseudo-organizado, como é essa sensação de diluição?
(11:56:04) gler1: Caí­, perdi um monte…
(11:56:26) lucio: Tem dois de Glerms na sala.
(11:56:37) gler1: Um deles eu perdi o link.
(11:57:03) lucio: Os Glerms se multiplicam.
(11:57:30) gler1: É um link perdido, a Simone está fora também. Onde parou a conversa?
(11:58:03) lucidasan1 [n=ieieie@189.34.70.224] entrou na sala.
(11:58:03) gler1: Cola aqui.
(11:58:08) lucio: Também passamos pelo sentimento da perda.
(11:58:11) claudi1 [n=claudia@189.4.43.181] entrou na sala.
(11:58:24) lucio: Oi Claudia!
(11:58:30) lucidasan1: Oi Claudia!
(11:58:33) claudi1: Oi!
(11:58:33) gler1: aqui ta como claud1
(11:58:51) claudi1: Deixa assim.
(11:59:07) lucio: Claudia, estamos conversando sobre multiplicações e diluições.
(11:59:21) gler1 mudou seu apelido para glermglerm
(11:59:58) claudi1: Multiplicações – Questões monetárias?
(12:00:29) lucio: Questões de duplicação de personas.
(12:00:44) lucidasan1: Onde estavam as multiplicações no assunto das intenções mesmo?
(12:00:54) glermglerm: Acho que a gente estava falando sobre “interfaces”.
(12:01:09) lucidasan1: Se interfaces era um jogo com máquinas.
(12:01:15) glermglerm: void()
(12:01:31) lucio: Qual era nossa intenção inicial quanto ao Interfaces?
(12:01:39) lucidasan1: E se era possí­vel declarar essas variáveis antes demais nada.
(12:02:27) lucio: Cabe ser fiéis a essas intenções?
(12:02:52) claudi1: Somos o que resta das diluições, multiplicações, intenções.
(12:03:25) glermglerm mudou seu apelido para guilhermerafaels
(12:03:36) lucio: Isso já é um estrago em tanto.
(12:03:40) guilhermerafaels mudou seu apelido para rafaelsoares
(12:03:57) claudi1: O que resta?
(12:04:11) lucio: Um novo nós…
(12:04:15) rafaelsoares mudou seu apelido para rg60166498
(12:04:52) rg60166498: Eu não acredito em mim, muito menos em vocês.
(12:04:59) lucidasan1: Pra haver um novo nós precisa haver um novo outros, senão não é nós-outros.
(12:05:05) claudi1: Eu também não.
(12:05:34) lucidasan1: Tudo bem Glerm, mim também não acredita em eu.
(12:05:34) rg60166498: Acho que é tudo sobre um dinheiro.
(12:05:35) lucio: Isso não deixa de ser crença.
(12:05:46) rg60166498: Que já foi gasto. O resto é simples, é viver e morrer sem matar. Mas interfaces era o que mesmo? máquinas?
(12:06:22) claudi1: As vezes matar.
(12:06:29) lucio: Pessoas.
(12:06:32) rg60166498: Não estou falando de metáforas, estou falando de gente que mata e se mata de verdade.
(12:06:45) lucio: O nome já diz.
(12:06:55) claudi1: Pessoas que agem como máquinas que agem como pessoas. Cães que agem como pessoas que agem como cães.
(12:07:28) lucidasan1: Crença = Programa.
(12:07:37) claudi1: Pode cagar na minha calçada.
(12:08:01) rg60166498: Existe uma discussão sobre o que é strictu sensu.
(12:08:02) lucio: Acham isso vertiginoso?
(12:08:17) lucidasan1: Não.
(12:08:20) rg60166498: Acho chato pra caralho, vertiginoso é surtar.
(12:08:51) lucio: “Vale a pena viver” – isso é uma conclusão?
(12:09:00) claudi1: Vertiginoso é estar.
(12:09:07) lucidasan1: Acho que até o futuro da internet é mais vertiginoso.
(12:09:09) rg60166498: Estar é fácil, basta ser. Não ser que é a questão.
(12:09:21) claudi1: Qual futuro?
(12:09:25) rg60166498: Vamos pra gaza?
(12:09:35) claudi1: Acho vertiginoso.
(12:09:42) rg60166498: Fazer as mães chorarem?
(12:09:46) lucidasan1: Se há futuro, está conversa estará nos backups.
(12:10:22) rg60166498: Acho tudo irrelevante.
(12:10:24) claudi1: E a seleção natural?
(12:10:33) lucio: Se a obsolescência permitir o resgate a esses dados.
(12:10:39) lucidasan1: O jornalista que jogou o sapato foi severamente torturado.
(12:10:49) rg60166498: Nunca se sabe.
(12:10:56) lucio: Porque errou.
(12:11:04) lucidasan1: Teremos que lutar pela volatilidade das nossas conversas e pela obsolescência dos dados, porque os servidores terão que manter entre aspas dados de três anos, não é?
(12:11:27) lucio: Na guerra o erro é a morte.
(12:11:32) lucidasan1: Pediu abrigo na suí­ça.
(12:11:37) rg60166498: O que eu faço com todo esse conhecimento, esqueço?
(12:11:45) lucidasan1: Mas está sendo investigado em um espaço que investiga terroristas no Iraque.
(12:12:30) rg60166498: Na sala vazia do museu.
(12:12:58) claudi1: Ocupação de fachada.
(12:13:13) lucidasan1: —-
(12:13:45) rg60166498: Tem gente que pinta fachadas e é feliz.
(12:14:58) lucidasan1 mudou seu apelido para glerm
(12:15:05) lucio: Existe um argumento: Vocês assinaram um contrato. Querem comentar algo?
(12:15:15) claudi1: Voltando ao dinheiro, e aí­ quem leva a melhor?
(12:15:36) rg60166498 mudou seu apelido para simone
(12:15:42) claudi1: Assinamos, lemos, erraram nossos nomes.
(12:15:54) glerm: Qual dinheiro?
(12:15:59) lucio: O que gastamos.
(12:16:03) claudi1: Aquele.
(12:16:03) glerm: O que já acabou?
(12:16:07) claudi1: Sim.
(12:16:19) simone: O contrato prevê como contrapartida uma exposição.
(12:16:19) claudi1: Quem levou a melhor?
(12:16:22) simone: Estou de acordo.
(12:16:34) glerm: Quem leva a melhor são os bancos.
(12:16:47) claudi1: Aêê!
(12:16:53) lucio: E como nos manifestamos diante disso?
(12:17:34) glerm: Eu fiz um monte de cacareco, quem quiser achar que vale alguma coisa que leve, senão talvez esse papo furado aqui valha algo. Os cacarecos não funcionam acho porque ainda não sei pra que servem.
(12:19:00) simone: Seguinte, eu vejo o catálogo como um extrato que não precisa necessariamente corresponder ao conteúdo da exposição.
(12:19:10) lucio: Servem pra ocupar um museu?
(12:19:39) claudi1: Ocupar o museu não é problema.
(12:19:47) glerm: Se servirem só pra isso corto minha orelha.
(12:19:47) simone: Precisamos deste tempo para nos dedicar a configurar e discutir a exposição.
(12:20:33) lucio: Van Gogh mordeu a orelha, hehe.
(12:20:50) claudi1: Mordeu a sua própria orelha.
(12:20:57) glerm: Pixe peixe.
(12:21:04) simone: Tyson, Pedro Simão.
(12:21:30) claudi1: Conhecemos um cara chamado Toto.
(12:21:42) simone: Sem acento?
(12:21:52) claudi1: Sim. Ele disse: Trabalho e produtividade.
(12:22:16) lucio: Como lema da bandeira.
(12:22:20) simone: Onde? Otimização e proatividade.
(12:22:54) simone: Onde vocês o conheceram?
(12:23:01) claudi1: Em Pontal do Sul.
(12:23:06) lucio: No embarque, mas seu afilhado escreveu: Vida e liberdade.
(12:23:31) simone: O que ele faz de tão inspirado?
(12:23:38) claudi1: Ele disse: Quem trabalha não ganha dinheiro.
(12:23:47) simone: Ah!
(12:23:51) lucio: O garoto tinha uns 10 anos e mandou essa.
(12:24:02) claudi1: Você estabelece graus de parentesco absurdos.
(12:24:03) simone: E a Ufpr escreveu: Scientia e labor, he!
(12:24:29) claudi1: Labor.
(12:24:33) glerm: A Ufpr tá certa, ciência e lavoura.
(12:24:56) lucio: E o barão mandou seus escravos construí­rem o espaço da exposição.
(12:25:05) simone: Ciência e laboratório.
(12:25:06) claudi1: Certo precisamos plantar.
(12:25:09) simone: Acho que eles acham.
(12:25:42) lucio: E os milicos construí­ram a outra parte.
(12:25:43) glerm: O pior de tudo não é que o barão supostamente morreu por nós, e sim que isso não me diverte.
(12:26:16) claudi1: Diversão, ciência e labor?
(12:26:37) simone: Distração, ciência e lavoura.
(12:26:46) lucio: E quanto aos desvios de conduta, isso existe?
(12:27:00) claudi1: Desvios?
(12:27:06) simone: Desde que não somos mais trens.
(12:27:14) glerm: Matar.
(12:28:01) simone: Pro Freud existem dois tipos, desvios de fins e desvios de meios.
(12:28:41) glerm: isso aqui é o texto do catálogo, ou é desvio?
(12:29:05) lucio: Vai passar antes pela censura.
(12:29:47) simone: E pelo liquidificador.
(12:30:18) claudi1: Claro, para uma mistura homogênea.
(12:31:26) lucio: Ou vai para o desvio do catálogo? Hoje havia de novo um passarinho preso no quarto do vitoriamario.
(12:34:25) simone: Ui!
(12:34:38) lucio: Conversei com ele e abri a janela.
(12:34:53) claudi1: E o que ele disse?
(12:35:18) lucio: Ele saiu e ficou no telhado na minha frente me olhando todo destrambelhado.
(12:35:31) claudi1: Tive uma idéia totalmente revolucionária.
(12:35:34) lucio: Piou e voou.
(12:36:18) simone: Putz, triste… Diga Claudia.
(12:37:17) lucio: Ou acha pouco seguro por IRC?
(12:37:52) claudi1: Estou esperando que mais pessoas estejam presentes.
(12:38:06) lucio: Como quem? Os revolucionários?

Encontro pelo Irc acontecido no dia 02fev2009.

l’essence – um espaço para viver

06dez2008
diálogo com rita (ida) em semáforo

(semáforo vermelho, chega uma pessoa nos oferecendo um panfleto de propaganda)

– posso tirar uma foto sua?
– sim.
– qual é o seu nome?
– Rita.
– Ida?
– é.
– Você trabalha sempre nesse lugar?
– Não, a gente troca de lugar.
– Em volta do centro?
– é.
(pega a propaganda de venda de plantas baixas).
– Prazer em conhecê-la. Tchau.
– Tchau.

Nengara nenjuu yatte kuru – they come alyearound

they come
They come, bringing their friends and effortlessly, effortlessly head out before you know it,

they�re outside your window
before you know it, they�re in your house
they come

in an ordely line
with beautiful, beaming smiles all the time chakapoko, chakalaka, charming, before you know it,

they�re on your shoulder
before you know it, they�re on your plate they come all year round

they come in a matching mass of red
before you know it, they�re in your mouth before you know it, they�re in your dreams

A confusão das línguas não deixa margem para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as esperanças de todos nós






 
 

a justa razão aqui delira
leminski – fragmento do catatau
pg 34 ed. sulina

leitura eletrônica em inglês – catataulido.ogg

1.jpg

“Preserva-se do real numa turris ebúrnea; o real
vem aí, o real está para

> chegar, eis o advento! Vrijburg defende-se,

se defendam vrijburgueses

> o cerco aperta, alerta, alarde, alarme, atalaia!
Todo o tiro é susto

, Todo > fumo – espanto, todo
cuidado – 



pouco caso

.
Vem nos negros dos quilombos,
> nas
> naus dos carcamanos,
na cara destes bichos:
basiliscos brasilicos queimam a
> cana, entre as chamas passando pendôes.

Cairás, torre de
Vrijburg

, de
> grande
> ruína.
Passeio entre cobras e es-
corpiões meu calcanhar de Aquino,
caminhar > de

Aq

uiles.

E essa torre da Babel do orgulho de Marcgravf e Spix,

pedra
> sobre pedra não ficará,
o mato virá sobre a pedra
e a pedra a espera da
> treva fica podre e vira hera a
pedra que era…

A confusão das línguas não
> deixa
margem
para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as
esperanças dos
> planos de todos nós:
as tábuas de eclipses de
Marcgravf não entram em
> acordo > com as de
Grauswinkel;
Japikse pensa que é macaco o aí que
Rovlox diz fruto
> dos coitos danados de
toupinamboults e tamanduás
;
Grauswinkel, perito nas
> manhas dos corpos celestes, nas manchas do sol e
outras raridades urânicas
>

é um lunático

;
Spix, cabeça de selva, onde uma

aiurupara
e

stá
pousada em cada
> embuayembo, uma aiurucuruca, um aiurucurau, uma
aiurucatinga, um tuim, uma
> tuipara, uma tuitirica, uma arara, uma
araracá, uma araracã, um araracanga,
> uma araraúna, em cada galho do
catálogo de caapomonga, caetimay, taioia,
> ibabiraba, ibiraobi! Viveiro? Isso está
tudo morto!

Por eles, as árvores
> nasciam com o nome em latim na casca, os animais
com o nome na testa dentro
> da moda que a besta do apocalipse lançou
com uma dízima periódica por
> diadema,
cada homem já nascia escrito em peito

o epitáfio,

os
frutos
brotariam
com o receituário
de suas propriedades,
virtudes e contraindicações.
> Esse é emético, esse
é diurético, esse é
antisséptico,
> laxante, dispéptico, adstringente

, isso é letal.”


Dados Cru(do)s a Coze(i)r :::::: TUMBALALÃ? ::::::: (ou a aldeia que nunca foi aldeia e que é muito mais que aldeia) ::::::: DESAFIATLux TUMBALALÃ?

O reconhecimento oficial ocorreu após uma mobilização iniciada em meados de 1998 e direcionada para a adoção de projetos de articulação coletiva que gravitavam em torno de uma história, destino e origem comuns para as pessoas que formam hoje uma comunidade com fronteiras sociais em processo e ainda sem território demarcado. Habitando o sertão de Pambú, uma área na margem baiana do sub-médio São Francisco ocupada no passado por várias missões indí­genas e alvo de criação extensiva de gado bovino durante os séculos XVII, XVIII e XIX, os Tumbalalá estão historicamente ligados a uma extensa rede indí­gena de comunicação interétnica, sendo, assim, parte e produto de relações regionais de trocas rituais e polí­ticas que sustentam sua etnogênese no plano das identidades indí­genas emergentes e os colocam no domí­nio etnográfico dos í­ndios do Nordeste brasileiro.
AAAAHAAHHHHALALí

NO RIO O IRON

Os Tumbalalá ocupam uma antiga área de missões indí­genas e colonização portuguesa ao norte do estado da Bahia, entre os municí­pios de Curaçá e Abaré, na divisa com Pernambuco e í s margens do rio São Francisco. Tem-se por referência o pequeno e antigo povoado de Pambú

(S 08o 33� W 039o 21�)

, a ilha da Assunção (TI Truká) e a cidade de Cabrobó (PE).

MISSAO

A história da colonização do sertão de Pambú remete ao século XVII e foi incrementada pela criação extensiva de gado bovino e pela formação de missões indí­genas nas ilhas do sub-médio São Francisco. Essas duas agências coloniais, somadas a outros fatores tanto polí­ticos quanto naturais, responderam por fluxos de deslocamentos e convergência de pessoas e famí­lias que fizeram desta parte do sertão uma referência regional no século XVIII.

Formando um importante núcleo de atração e povoamento interior, o sertão de Pambú foi ocupado até este perí­odo por ajuntamentos portugueses, vilas e aldeias de í­ndios cariri, fazendas de gado, grupos de í­ndios nômades não reduzidos, mas contatados, e outros ainda sem comunicação com os colonizadores. Dessa babilônia étnica que colocou lado a lado, em um complexo e tenso campo intersocial, pessoas e instituições com interesses e estilos culturais mais diversos derivam os Tumbalalá e as demais comunidades indí­genas do sertão do sub-médio São Francisco.

velho velho velho chico

LUCY IN THE SKY; DIAMONDS DIAMONDS DIAMONDS!

querem TRANSPOR?

TRANSPOSIÇ+ÃO
TRANSPOS
TRANSPOSIÇÃO
TRANS

POSIÇÃO

T R

A N
S P O

S

I

Ç

Ã

O

pode tirar seu burro da chuva

e entre você

ruindow$

A estimativa do número de famí­lias que hoje compõem o grupo tumbalalá é bastante imprecisa
, haja vista que o processo de auto-identificação está em curso e os critérios de pertença estão sendo internamente formulados. Durante o processo de identificação étnica realizado em 2001 foram confirmadas cerca de 180 famí­lias, mas, baseado em dados propostos por lideranças, o limite máximo potencial da população tumbalalá chega perto de 400 famí­lias, só devendo haver maior clareza quanto esse número após o término do processo de regularização fundiária do território.

patopatopato!

olhos
ohos

olhos
aviao
mulheres

“Alô, base, respondam! Toda poesia vive no rádio, na pepita de urânio
qu�ica
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO
RíDIO

microfone
chefia
manoel

toré
diminuição de áreas antes freqüentadas e habitadas por animais silvestres de porte maior, como veado e tamanduá, fez da caça uma atividade restrita a animais de pequeno porte que habitam a caatinga ou a vegetação que nasce ao longo do curso intermitente dos riachos. São codorna, preá, cutia, camaleão e, mais raramente, tatu.

novena
9?
ou 90?

evido í s várias intervenções ao longo do curso do rio São Francisco que acabaram por diminuir o seu potencial piscoso e navegabilidade, a pesca já não participa significativamente da economia doméstica local, apesar de o rio ainda oferecer uma boa variedade de peixes aproveitados na alimentação, além de ser habitat de jacarés, capivaras e tartarugas pouco consumidos em função da escassez e dificuldade de serem pegos.

mulheres
mulheres
celular na rádio!

etnogênese tumbalalá – assim como dos outros grupos da região do sub-médio São Francisco – é, portanto, um processo descontí­nuo e de longa duração. Em sua fase contemporânea o principal registro é a criação do terreiro de toré na fazenda São Miguel, propriedade da famí­lia Fatum, após a revelação feita a um membro desta famí­lia pelo encanto (sobre encanto, ver o item “ritual e cosmologia”) Manoel Ramos sobre a existência da aldeia Tumbalalá e seus limites. Isso na década de 50, quando algumas famí­lias locais trocavam regularmente experiências rituais e polí­ticas com famí­lias da ilha da Assunção e de outras localidades, outrora missões indí­genas. O ingrediente polí­tico que faltava para que os Tumbalalá seguissem o exemplo de seus vizinhos que obtiveram do Governo Federal a tutela, como os Tuxá, Atikum e Truká, veio após o encontro com a ANAI (Associação Nacional de Ação Indigenista) e o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) no ano de 1998, configurando-se a seguir o iní­cio de um movimento organizado visando o diálogo com a Funai.

mulheres
gooool!
(no final, é tudo futebol)

jesuismodejesuita
FALA!
amem
amem
amem

O sistema ritual dos Tumbalalá está baseado no culto aos encantos e no uso de um tipo de jurema (Pithecolobium diversifolium;

Mimosa/

artemisiana) do qual se faz o “vinho” ingerido durante o toré. Esta planta, um arbusto de porte médio a grande tí­pico do sertão do Nordeste, é central para a religiosidade indí­gena regional e apresenta algumas variedades que fazem parte do universo religioso de cultos afro-brasileiros, notadamente o catimbó ou candomblé de caboclo.
s encantos, ou encantados – e ainda, mestres ou guias – tumbalalá são entidades sobrenaturais originadas do processo voluntário de “encantamento” de alguns í­ndios ritual ou politicamente importantes, ao deixarem a existência humana, distinguindo-se dos espí­ritos produzidos pela inexorabilidade da morte. Neste caso eles são seres ontologicamente hí­bridos que transitam bem entre os homens e o sobrenatural porque não morreram – o que quer dizer que não assumiram completamente uma não-humanidade – e gozam de predicados inacessí­veis a um humano.

toré
public


SOU SÂ O EU + A MATÉRIA

MATEMA
SOU SÂ O EU + A MATEMA
null

pesca

liambraLiambra

parentes
parentes
parentes
parentes
riquezas sao diferentes
riquezas sao diferentes

.

Oi pessoas…
quem quiser ver um pouquinho do que rolou em tumbalalá, pode conferir nas
fotos e nos áudios das oficinas.

http://galeria.idbrasil.org.br/tumbalala
http://estudiolivre.org/el-user.php?view_user=avessa
http://www.flickr.com/photos/avesso/

textos e mais info: enciclopedia indigena:

root@�¼�¬�¸�·�¼�±:~#./raizes

üí¬í¸í·üí±

Square root

 
Roooooooooots
square roots …

00000001010101010101010100100101011001001010100101010101010

eu sou o número
que multiplicado por mim mesmo me compõe
00000001010101010101010100100101011001001010100101010101010
 
enquanto na matriz um novo mapa de primos se elege
       
    .
o vértice   
    .
aqui

        .eu
   
           
       
.você

 
operando

 operando operando
 
operando operando
 operando operando
  operando
 operando
   operando
  
operando
  operando

 

Entrevistas organismo: Ricardo Ruiz (participação de CHGP, Palm, Mathieu Struck e yellowbot )…


Saudoso IP no Rio

(21:03:38) Organismo: a pergunta era assim: esses conceitos todos principalmente quando precisam de tecnologia e conhecimento especificado ( como radios e tvs independentes, redes em net etc)”¦ bastante sustentáveis em meios de economia liberal de mercado violenta ou estados nacionais conservadores do status quo das ultimas “etnias sobreviventes do pensamento cartesiano””¦ conta ae sua esperiência nesse tal de “paí­s” enorme totalmente assimétrico”¦ como isso ta sendo aplicado.. e tenta ainda não falar da experiência com os .gov”¦ diz ae se você acha a”nossa” rede “ cooperativa” possivel
(21:03:39) Ricardo Palmieri: ai tenho q fazer vestibular pra ogro!
(21:03:41) Organismo: como sei la
(21:03:45) Ricardo Ruiz: a diferenca eh que eles nao furam teclados
(21:03:51) Ricardo Palmieri: ch, vamo hackea esta entrevista?
(21:03:55) Organismo: uma articulação utopista no tempo livre pelo menos
(21:04:03) Organismo: hackei geral
(21:04:09) Organismo: hackeia geral
(21:04:18) Ricardo Ruiz: boa
(21:04:25) Organismo: o ruí­do é nóis

(19:59:05) Organismo entrou na sala.
(19:59:05) Chgp entrou na sala.
(19:59:05) Ricardo Ruiz entrou na sala.
(19:59:05) Ricardo Palmieri entrou na sala.
(19:57:05) Ricardo Palmieri: dae
(19:57:08) Ricardo Palmieri: chama o glerm
(19:57:18) Ricardo Palmieri: ae ruiz seu loco!
(19:59:08) Ricardo Palmieri: agora quero ver
(19:59:08) Chgp: qualés
(19:59:16) Organismo: oh yes
(19:59:22) Ricardo Palmieri: a ágora dos loucos, hahaha
(19:59:27) Chgp: hahaha
(19:59:28) Organismo: então
(19:59:32) Chgp: de vez em quando é bom
(19:59:43) Organismo: isso aqui agora é entrevista coletiva pro hackeando catatau
(19:59:48) Organismo: to hackeando geral
(19:59:55) Ricardo Palmieri: como assim? e o meu cache? haha
(20:00:02) Ricardo Palmieri: ruiz ta onde?
(20:00:07) Ricardo Palmieri: rj ou pipa?
(20:00:12) Ricardo Ruiz: pipa
(20:00:18) Ricardo Ruiz: glerm!!!
(20:00:21) Ricardo Ruiz: a entrevista
(20:00:23) Organismo: dae ruiz
(20:00:26) Organismo: então
(20:00:32) Organismo: pera
(20:00:34) Ricardo Ruiz: ah, saquei
(20:00:41) Organismo: vou te entrevistar sozinho antes
(20:00:48) Organismo: vou fazer o album de figurinhas
(20:00:55) Organismo: depois eu pego o ch e o palm
(20:01:00) Ricardo Palmieri: hehe
(20:01:03) Ricardo Ruiz: 🙂
(20:01:08) Organismo: ainda mais que o palm ta com cachê alto agora
(20:01:09) Ricardo Palmieri: album de figurinhas, hahaha



(20:01:11) Chgp: faz coletivo que a gente pode dar palpite 🙂
(20:01:15) Ricardo Palmieri: e to de moicano tb.
(20:01:32) Ricardo Palmieri: vou fazer uns dreadlock agora, hahah
(20:01:48) Organismo: então vamo entrevistar o ruiz coletivo?
(20:01:52) Ricardo Palmieri: ok.
(20:02:04) Organismo: mas ces tão fudido que ces não pdem falar mal da CD e nóis pode
(20:02:11) Ricardo Ruiz: mass, e eu nao-entrevisto voces com perguntas
(20:02:12) Ricardo Palmieri: nome completo e droga favorita
(20:02:13) Organismo: hahahahahaha
(20:02:15) Chgp: claro que a gente pode
(20:02:27) Ricardo Ruiz: ruiz, balinha
(20:02:42) Ricardo Palmieri: time de futebol e cor…
(20:02:48) Organismo: ces viram as entrevistas que tão saindo agora no blog?
(20:02:53) Ricardo Palmieri: nops
(20:02:55) Ricardo Ruiz: eu vi, ficaram joias
(20:03:00) Organismo: to entrevistando todo mundo
(20:03:01) ***Chgp tb nao
(20:03:04) Ricardo Palmieri: ando meio desconectado
(20:03:08) Chgp: muito tempo sem ver catatau
(20:03:17) Chgp: ah
(20:03:19) Organismo: vou revolucionar o mundo dos talk xous
(20:03:23) Ricardo Palmieri: hahaha
(20:03:24) Ricardo Ruiz: hackeando, velho
(20:03:30) Organismo: então
(20:03:32) Chgp: Chgp, danoninho vencido
(20:03:47) Ricardo Palmieri: quer dizer, danoninho vivo neh?
(20:03:48) Organismo: ces tão aonde?
(20:03:51) Ricardo Palmieri: sp
(20:04:01) Organismo: caras eu to estudando aqules troço de loco lá
(20:04:07) Chgp: mg
(20:04:08) Organismo: entrei num processo de jubalização
(20:04:13) Chgp: qual troço de loco?
(20:04:31) Organismo: Cienciia da Computação
(20:04:38) Ricardo Palmieri: jubalizacao…. meu deus!
(20:04:41) Organismo: Pce uma ideia
(20:04:51) Organismo: tenho que implementar um ftp com raw socket
(20:05:05) Chgp: acabou a entrevista?
(20:05:05) Organismo: tipo criar um protocolo
(20:05:06) Chgp: 🙂
(20:05:10) Organismo: caralho
(20:05:12) Organismo: é mesmo
(20:05:14) Organismo: a entrevista
(20:05:15) Chgp: protocolo…
(20:05:16) Organismo: com
(20:05:19) Chgp: parece burocrático
(20:05:22) Ricardo Palmieri: eu to numas de victor frankenstein
(20:05:32) Organismo: é por ae
(20:05:43) Organismo: minha primeira pergunta é pro ruiz
(20:05:46) Organismo: hahahahahaha
(20:05:48) Organismo: então
(20:05:55) Organismo: explica ae
(20:05:58) Organismo: quase sério
(20:06:06) Ricardo Palmieri: o ruiz, me manda uns links ae sobre corpo sem orgaos.. to gostando disso…
(20:06:13) Organismo: o que é ( ou era pra ser) midiatatática
(20:06:16) Organismo: uau
(20:06:23) Organismo: miditática
(20:06:24) Ricardo Palmieri: tatatatatica…
(20:06:33) Organismo: midiatáratara
(20:06:35) Organismo: ta
(20:06:40) Organismo: sem mpblizações
(20:06:41) Ricardo Palmieri: midiatartara
(20:06:48) Organismo: deixa odara lá
(20:06:52) Ricardo Palmieri: hahah
(20:06:59) Organismo: sério
(20:07:03) Organismo: vou formular agora
(20:07:04) Ricardo Palmieri: borala
(20:07:09) Ricardo Ruiz: opa
(20:07:10) Organismo: porque é o seguinte
(20:07:15) Organismo: o só
(20:07:28) Organismo: Anteontem eu tava trocando idéia com um camarada
(20:07:34) Organismo: bem ativo no organismo
(20:07:59) Organismo: e ele me disse um troço que achei interessante
(20:08:27) Organismo: “Que não sabia se realmente o trabalho dele tinha haver com esse lance de midiatática”
(20:08:29) Organismo: e porra
(20:08:40) Organismo: pelo que eu entendo tem tudo haver
(20:08:48) Organismo: as coisas que a gente tem feito por aqui
(20:09:03) Organismo: que se concretizaram no desafiatlux e etc
(20:09:13) Organismo: então antes de dizer os probleas
(20:09:17) Organismo: problemas
(20:09:25) Ricardo Ruiz: po, eu acho que tem tudo a ver… sou fa incondicional
(20:09:27) Organismo: do risco de “coopção do termo”
(20:09:39) Organismo: conta ae como surgiu essa definição
(20:09:49) Ricardo Ruiz: ~apodrece e vira adubo~ vamos nao perder essa frase de vista
(20:09:55) Ricardo Ruiz: entao tah, definicao primeiro
(20:10:10) Ricardo Ruiz: decadaa de 60, radios livres italia
(20:10:14) Ricardo Ruiz: beleza
(20:10:45) Ricardo Ruiz: decada de 80, canais de tv e radios “piratas” (e dai a ultima vez que vamos usar esse termo, depois falar dos bucaneiros)
(20:10:56) Organismo: fala ae
(20:11:02) Organismo: tamo te olhando
(20:11:04) Ricardo Ruiz: (ou melhor, falar nada, quem quiser separar os piratas dos bucaneiros leiam taz)
(20:11:12) Ricardo Ruiz: canais de tv e radio na holanda
(20:11:46) Ricardo Ruiz: e comecou um movimento de todo mundo produzir um programa pra tv em tvs independentes pela holanda, e o radio jah estava bombando na italia, espanha, franca, alemanha, inglatera e holanda
(20:12:08) Ricardo Ruiz: e tinha tambem uma historia forte de fanzines com radio na italia
(20:13:03) Ricardo Ruiz: e entao, dois teoricos (nas ciencias humanas os teoricos definem as coisas e nas exatas os matematicos), o geert lovink e o david garcia escreveram o famoso “ABC da midiatatica”
(20:13:53) Ricardo Ruiz: la eles comentavam o movimento de producao de midia independente que estava acontecendo na europa, e que essa producao independente de midia tinha algumas caracteristicas bacanas:
(20:14:54) Ricardo Ruiz: – era feita por varios individuos e com um alto grau de experimentacao, o que a aproximava de (contem e estah contido) um universo de producao artistica
(20:15:23) Ricardo Ruiz: – tinha uma similiaridade forte com o movimento punk, com os motes do faca-voce-mesmo
(20:16:08) Ricardo Ruiz: – era utilizada, principalmente, por grupos ou individuos envolvidos com causas sociais, o que os fizeram defini-la como usada “pelos oprimidos contra os opressores (ou quem os oprimiam)”
(20:16:59) Ricardo Ruiz: – tinha uma dependencia grande nos novos meios de producao facilmente consumiveis por um europeu medio da decada de 80/90 (computadores, cameras digitais etc)
(20:17:38) Ricardo Ruiz: – e tinha uma brincadeira pratica com o situacionismo, uma vez que a rua era usado como espaco de intervencao midiatica
(20:19:00) Ricardo Ruiz: durante a decada de 90 comecaram os festivais: em 96 foi o primeiro festival the next 5 minutes (http://n5m.org), que depois foram seguidos por outros 3.
(20:19:09) Ricardo Ruiz: caracteristica importante desses festivais:
(20:20:11) Ricardo Ruiz: eles eram organizados via lista de discussao e buscavam abordar as varias formas de apropriacao da midia mcluhaniana (no sentido de tudo ser um meio) por um ponto de vista artistico
(20:21:56) Ricardo Ruiz: dessa forma, poderiam colocar em contato artistas como o V2 (grupo holandes foda), teoricos de midia e de arte (como o proprio geert e o dr. barbrook), ativistas raizeros (como o johnny jordan do reclaim the streets e a jackie son, do big noise films)
(20:22:59) Ricardo Ruiz: pora discutirem o que eles estavam fazendo, qual a importancia disso num (mundo-imaginario-da-sociedade-da-informcao-fetishizada: ou a global village mcluhamarxiana vista por um ponto de vista mcdonaldiano)
(20:22:59) Organismo: você bota fé que redes similares tão articuladas por aqui? Ou a barreira tecnólica sempre nos deixa como consumidores nessa história?
(20:23:10) Organismo: tecnológica
(20:23:15) Ricardo Palmieri: provocacao: algo a ver com o provos?
(20:24:10) Ricardo Ruiz: entao, eu acho que tem redes articuladas por aqui, e o que eh muito louco como as caracteristicas de grupos que trabalham com (oquetalvezconvenhamoschamardemidiatatica) aqui do brasil diferem completamente (ou bastante) do pessoal made-in-lah
(20:24:16) Ricardo Ruiz: provos
(20:24:26) Ricardo Ruiz: por exemplo:
(20:24:43) Ricardo Ruiz: o GIA – Grupo de Intervencao Ambiental da Bahia
(20:25:27) Ricardo Ruiz: os caras fazem manual de como roubar energia eletrica, os caras fazem manual de como fazer fila para juntar gente, os caras fazem manual de como fazer gato com agua, os caras fazem festival pelas ruas de salvador armando lona, cadeira e cafezinho
(20:25:42) Ricardo Ruiz: ou o poro, de bh, colando interruptores de luz em poste
(20:26:12) Ricardo Ruiz: lah fora tem umas coisas muito loucas (muito mesmo) mas a gente interfere nao-tecnologicamente TAMBEM, o que dah uma vantagem
(20:26:27) Organismo: poizé
(20:26:30) Ricardo Ruiz: (coisas muito loucas lah de fora: o proprio johny jordan
(20:26:40) Organismo: porque o termo ficou muito associado a tecnologia por aqui
(20:27:00) Ricardo Ruiz: que organizou o reclaim the streets para salvar a rua em que morava e quando a europa inteira fazia reclaim the streets ele largou mao e matou o site, porque tinha virado festa, e nao era soh aquilo
(20:27:25) Ricardo Ruiz: entao ele organizou o livro weareeverywhere, reunindo todos os movimentos anti-capitalistas que tinham ocorrido no mundo
(20:27:42) Ricardo Ruiz: mas nao tem nome de autores e nem nada, soh edited by notes from nowhere
(20:27:56) Ricardo Ruiz: e depois ele organizou o CIRCA, que eh um exercito de palhacos
(20:28:10) Ricardo Ruiz: fez oficinas pelo mundo inteiro de como ser um palhaco-ativista,
(20:28:22) Organismo: acaralho velho tem muita história
(20:28:28) Organismo: massa
(20:28:39) Ricardo Ruiz: e, quando no ultimo encontro da omc, glasgow (escocia) ficou lotada de policias para pegar mainfestantes
(20:28:45) Ricardo Ruiz: que estavam todos vestidos de palhacos
(20:28:58) Ricardo Ruiz: e bombas explodiam no metro de londres, fragil de policiamento que estava
(20:29:02) Ricardo Ruiz: omc eh coisa de palhaco!
(20:29:59) Ricardo Ruiz: mas, midia tatica, serve para quando voce liga um violao e faz serenata ou pra quando voce faz uma exposicao multimidia no museu
(20:30:09) Ricardo Ruiz: o que vale eh o conteudo da mensagem que estah transmitindo
(20:30:22) Organismo: poizé
(20:30:29) Organismo: mas me parece que tem um lance
(20:30:29) Ricardo Ruiz: e se for um conteudo verdadeiro para voce e que deve ser ouvido (por razoes que soh voce explica) tem mais eh que se fazer ouvir
(20:30:33) Ricardo Ruiz: diga
(20:30:59) Organismo: existe um rede mundial de pessoas com várias convergências de idéias
(20:31:11) Organismo: eu não sei se a gente viaja que ta tudo conectado
(20:31:12) Ricardo Ruiz: ou com ideias que convergem em varios pontos
(20:31:16) Organismo: mas parece que tá
(20:31:26) Organismo: como a gente realmente se reconhecer nisso
(20:31:32) Ricardo Ruiz: hmm…
(20:31:42) Organismo: sem ser meros consumidores dessas histórias
(20:32:01) Organismo: inclusive trazendo realidades locais pra essa galera que ta fazendo esse lance
(20:32:15) Organismo: em paí­ses que tem mais estrutura
(20:32:27) Organismo: e querendo ou não tornam essas histórias mais espetaculares
(20:32:42) Organismo: só pra fechar a idéia
(20:32:43) Ricardo Ruiz: dai entra a segunda parte… o consumo
(20:32:46) Ricardo Ruiz: vai
(20:33:04) Organismo: mas fale um poco mais essa sua antes
(20:33:09) Organismo: ja costuro
(20:33:15) Organismo: é muito papo pra rolar
(20:33:16) Organismo: hehehehe
(20:33:30) Ricardo Ruiz: tah
(20:33:48) Ricardo Ruiz: primeiro: cara, acho que tah todo mundo conectado, de uma certa forma, e eu imagino visualmente isso….
(20:34:27) Ricardo Ruiz: imagino que o planeta esta coberto por uma fina malha de luzes laseres verdes, que formam uma {pleura} sobre o planeta
(20:35:05) Ricardo Ruiz: entre essa pleura e o planeta se dao a criacao de universos: ai tem espaco para a igreja criar seus pastorados, para a escola criar seus ensinados, a televisao seus adestrados…
(20:35:58) Ricardo Ruiz: esse malha tem um objetivo: manter as pessoas nesses universos criadas para que elas possam continuar consumindo (((MUITO(((((SE CONSOME MUITO!!!!!))))))))), e manterem as mesmas forcas que criam a malha verde funcionando e aprisionando mais gente em universos criados
(20:36:56) Ricardo Ruiz: e, pequenas redes/grupos individuos, imagino como pontos numa cama-elastica-de-einstein que conseguem saltar para fora dessa malha verde, e olhando por cima, averiguam o buraco que fizeram e conseguem visualizar o tamanho da malha
(20:37:04) Ricardo Ruiz: e caem de novo pra dentro do verde
(20:37:13) Ricardo Ruiz: mas a cama elastica as joga pra cima de novo
(20:38:07) Ricardo Ruiz: e lah em cima, lha pela terceira vez, voce ve alguem saltando lah do outro lado, e voce junta raios que saem de suas maos com raios nnas maos dessa pessoa, e por um tempo pequeno criou-se uma pequena e tenue malha (agora de raios amarelos) que neutralizou os verdes por um tempo
(20:38:23) Ricardo Ruiz: e essas pessoas vao tomando consciencia disso
(20:38:25) Ricardo Palmieri: arac!
(20:38:29) Ricardo Palmieri: caraca!
(20:38:53) Ricardo Ruiz: e quando varias se verem e varias se conectarem eu acredito que cores e raios lasers e universos criados podem se transformar
(20:38:57) Ricardo Ruiz: porem:
(20:39:27) Ricardo Ruiz: tem o passo dois, que eh o consumo
(20:39:53) Ricardo Ruiz: eh muito facil disso tudo de raios lasers e camas elasticas e tudo o resto der merda
(20:40:15) Ricardo Ruiz: porque, nosso famoso amigo profeta da nova classe jah disse, tudo o que eh solido desmancha no ar
(20:40:30) Ricardo Ruiz: porque esses universos criados sao facilmente corrompidos e corrompiveis e metamorfosiados
(20:40:39) Ricardo Ruiz: e o que acontece:
(20:40:59) Ricardo Ruiz: voce tah puto, nao tem o que comer, nao tem dinheiro pra pagar o aluguel, nao tah nem usando drogas preferidas
(20:41:18) Ricardo Ruiz: e dai voce descola uma cota de xerox com alguem e faz um fanzine que alguem de algum lugar gosta, afinal eh artivista
(20:41:22) Ricardo Ruiz: (argh!)
(20:41:54) Ricardo Ruiz: dai voce comeca a fazer revistas coloridas, vinhetas, filmes, vjs, exposicoes, e dai voce comeca a falar menos, porque agora voce jah mora e eh tanta coisa pra fazer
(20:42:08) Ricardo Ruiz: e dai o ciclo que entra conhecemos e eh a questao da pergunta
(20:42:24) Ricardo Ruiz: e dai eu digo outra:
(20:42:31) Ricardo Ruiz: ” eu acredito eh na rapaziada ”
(20:42:44) Ricardo Ruiz: o decio pignatari escreveu o termo produssumo, e foda, o cara tem razao
(20:42:55) Ricardo Ruiz: (porem mais ou menos e isso vai virar a discussao)
(20:43:13) Ricardo Ruiz: a historia eh que eh tempo de producao no consumo (isso ele escreveu em 69)
(20:43:23) Ricardo Ruiz: estereotipada, kittch
(20:43:29) Ricardo Ruiz: kitch
(20:43:40) Ricardo Ruiz: reproducao cultural em massa
(20:43:58) Ricardo Ruiz: e ele tem uma pilha que os artistas e artesaos sao os publicitarios e jornalistas
(20:44:11) Ricardo Ruiz: e tem um que de razao, mas a galera tambem jah desvirtuou
(20:44:14) Ricardo Ruiz: desvirtuou
(20:44:39) Ricardo Ruiz: entao surgiu essa classe de produtores culturais em midia
(20:44:51) Ricardo Ruiz: que sao os artistas (?) da nova era
(20:45:04) Ricardo Ruiz: por que?
(20:45:18) Ricardo Ruiz: porque se utilizam dos meios existentes para se expressar
(20:45:34) Ricardo Ruiz: tah bem, mas o que incomoda tanto na midia arte eh o seu maior valor
(20:45:42) Ricardo Ruiz: que eh a sua vida-curta
(20:45:50) Ricardo Ruiz: seu quase-nao-viver soh acontecer
(20:46:18) Ricardo Ruiz: porque perde-se a historia de quem eh o artista
(20:46:36) Ricardo Ruiz: para uma historia de encarar a arte como um processo criativo e destrutivo de producao cultural
(20:46:48) Ricardo Ruiz: produssumo
(20:47:02) Ricardo Ruiz: dessa forma, voce limita a vida de um produto enquanto consumivel
(20:47:11) Ricardo Ruiz: e foda-se que o artista soh fez aquela obra e mais nada
(20:47:25) Ricardo Ruiz: isso eh outro problema foda d@ ser human@
(20:47:30) Ricardo Ruiz: se achar realmente importante
(20:47:43) yuelushanbojue entrou na sala.
(20:47:44) Ricardo Ruiz: e achar que seu ciclo biologico em eras enquanto especie eh infinito
(20:47:56) Ricardo Ruiz: e nao se ligar que o tempo nosso eh outro
(20:48:02) Ricardo Ruiz: e que as prioridades sao outras
(20:48:08) Organismo: wow
(20:48:11) Ricardo Ruiz: e dai eu fico muito puto com a tal arte-midia-arte
(20:48:18) Organismo: yaelhanboulje?
(20:48:19) Ricardo Ruiz: porque foca num universo urbanoide,
(20:48:20) Organismo: oiés
(20:48:44) Ricardo Ruiz: fazendo intervencao na rua
(20:48:52) Ricardo Ruiz: para desconstruir o ambiente urbano
(20:49:09) yuelushanbojue: hi
(20:49:10) Ricardo Ruiz: porra, que porra eh essa de desconstruir que o homem(mulher) tem?
(20:49:10) Ricardo Palmieri: haha
(20:49:13) Ricardo Ruiz: hi yelorjgaldfhjlkszdfg
(20:49:32) Ricardo Palmieri: who are fuckn yellowbud?
(20:49:42) Ricardo Ruiz: destruiram um pedaco de mata atlantica do tamanho de sao paulo
(20:49:49) Ricardo Ruiz: pra depois destruir de novo?
(20:49:53) Ricardo Palmieri: isso soh em sp neh?
(20:49:53) Ricardo Ruiz: fuckin yellow!
(20:50:26) Ricardo Ruiz: criticamente inviavel eh o filme que todos os brasileiros (e todos os gringos interessados no brasil) tinham que assistir por obrigacao, e nao cidade de deus
(20:50:34) Ricardo Palmieri: pode cre
(20:50:59) Ricardo Ruiz: eh cronicamente inviavel, sou meio ruim com nomes
(20:51:14) Ricardo Palmieri: deu pr entender o conceito, hehe
(20:51:17) Ricardo Ruiz: dai eu tenho uma pergunta: eh importante ser midia tatica ou eh brand?
(20:51:25) Organismo: ae
(20:51:31) Ricardo Palmieri: brand?
(20:51:34) Organismo: issae então ja vou ter que remendar
(20:51:35) Ricardo Ruiz: e outra, sendo brand, como se comportar perante ela?
(20:51:38) Organismo: marca velho
(20:51:41) Organismo: brand
(20:51:43) Ricardo Ruiz: ou melhor, o que temos que aprender com a nike?
(20:51:44) Organismo: logo
(20:51:55) Organismo: desgraça isso mermo
(20:52:01) Organismo: por isso ja vou remendar
(20:52:05) Organismo: e la vai
(20:52:14) yuelushanbojue: æË?â??çÅ?â?¹Ã¤Â¸ÂÃ¦â?¡â??你们åÅ?¨è¯´ä»â?¬Ã¤Â¹Ë?
(20:52:15) Organismo: depois de apreciar seu mantra sobre a rede
(20:52:17) Ricardo Ruiz: go!
(20:52:23) Ricardo Ruiz: yellowwell!
(20:52:30) Organismo: yelulshbrus é o CARA!
(20:52:32) yuelushanbojue: 你们说çšâ??éÆ?½æË?¯å£è¯­,不æË?¯æ â?¡Ã¥â?¡â? Ã¨â?¹Â±Ã¨Â¯Â­
(20:52:46) Organismo: então velho
(20:52:54) Organismo: tu falou do cronicamente inviável
(20:53:00) Organismo: sergio bianchi é um dos
(20:53:05) Organismo: então dizae
(20:53:15) Organismo: como foi a relação desse esquema todo
(20:53:23) Organismo: tentar ser tranportado
(20:53:43) Organismo: pra nossa relidade falante de português da ilha de vera cruz vinhos del plata
(20:53:46) Organismo: por que seguinte
(20:53:50) Organismo: voltando
(20:53:53) Organismo: e tentando
(20:54:00) Organismo: surfar o protocolo ruiz/ip
(20:54:06) Ricardo Ruiz: hahaha
(20:54:11) Organismo: “quanto vale ou é por quilo??”
(20:54:18) Organismo: dizae
(20:54:27) Organismo: que que essa porra de .gov
(20:54:27) Ricardo Ruiz: porra, ainda naoooooooooo aaaaasssssiiistttiiiiiiiii,,,,,aa\
(20:54:33) Ricardo Ruiz: MEU TECLADO DEU PAU
(20:54:33) Organismo: ta então
(20:54:35) Organismo: fala da nike
(20:54:37) Ricardo Ruiz: o caps lock ligado
(20:54:41) Organismo: o bill gates
(20:54:47) Organismo: ou pra ficar mais colorido
(20:54:52) Ricardo Ruiz: perai nike bill gates e ongs eh por quilo
(20:54:53) Organismo: o steve jobs
(20:54:56) Ricardo Ruiz: haha
(20:55:01) Organismo: ou pra soar mais adêmico
(20:55:08) Organismo: edêmico
(20:55:11) Organismo: acadêmico
(20:55:15) Ricardo Ruiz: (anemico)
(20:55:16) Organismo: o linus torvalds
(20:55:21) Organismo: ou o linus torvalds
(20:55:32) Organismo: quanto dinheiro eles nos devem pra tar usando essa porra de jabber
(20:55:34) Organismo: hahahah
(20:55:36) Organismo: ta
(20:55:39) Organismo: voltando
(20:55:45) Ricardo Ruiz: acho que to entendendo,…
(20:55:52) Organismo: era ou o linis pauling
(20:55:55) Organismo: linus
(20:56:00) Organismo: mas então
(20:56:03) Organismo: calma ch
(20:56:09) Organismo: não hackeia nóis ainda
(20:56:13) Organismo: é o seguinte
(20:56:15) Ricardo Ruiz: 🙂
(20:56:20) Organismo: cara
(20:56:28) ***Chgp tá é indo embora fumar e comer
(20:56:36) Organismo: eu viberverbalizo o lance das luzinha
(20:56:36) yuelushanbojue saiu da sala.
(20:56:39) Chgp: tava querendo articular algo mas tá foda
(20:56:44) Organismo: fala ch
(20:56:46) Chgp: entrevista sux
(20:56:50) Ricardo Ruiz: hahahahah
(20:56:51) Organismo: ta rolando a entrevista do ano aqui
(20:56:54) Ricardo Ruiz: 🙂
(20:56:57) Organismo: mas ae é que ta
(20:57:01) Organismo: é uma entrevista
(20:57:01) Chgp: vou nessa, quando vcs quiserem bater bola me avisem
(20:57:01) Ricardo Ruiz: quero saber o ponto do Organismo!!
(20:57:07) Chgp: foda-se a entrevista, acabou
(20:57:08) Organismo: sobre “entrevista sux”
(20:57:15) Ricardo Palmieri: enquanto passa o talkxõ eu to destruindo um teclado aqui
(20:57:26) Chgp: nunca mais1
(20:57:28) Ricardo Palmieri: pra fazer tapete
(20:57:37) Ricardo Ruiz: hahahahahahah
(20:57:44) Ricardo Palmieri: e os academicos ficam ai.
(20:57:55) Ricardo Ruiz: nao eh academia!
(20:58:03) Ricardo Ruiz: eh loucademia
(20:58:08) Organismo: mas cara
(20:58:15) Organismo: deixa eu tentar então
(20:58:18) Chgp: recebi um spam sobre o comportamento academico
(20:58:18) Ricardo Ruiz: vai
(20:58:21) Chgp: vo colar aqui
(20:58:21) Organismo: fazer a tal da pergunta
(20:58:28) Organismo: colaaqui
(20:58:31) Ricardo Ruiz: diz!
(20:58:31) Organismo: então
(20:58:36) Organismo: cara
(20:58:43) Organismo: é que o seguinte
(20:59:04) Organismo: eu tenho tentado não colocar as coisas como “eles gringos”
(20:59:07) Organismo: e nós aqui
(20:59:11) Ricardo Ruiz: tah
(20:59:24) Organismo: principalmente com esse lance das histórias que você contou
(20:59:29) Chgp: CARTA DE UM PROFESSOR Peço que divulgue novamente (para o Brasil inteiro). Mais uma vez, estamos pagando o preço por ter concluí­do o doutorado. Ser doutor no Brasil virou um problema. Daqui a alguns dias, vamos ter que omitir o nosso doutorado se quisermos trabalhar nas instituições privadas. Na semana passada, recebi via telegrama, uma carta de demissão do Centro Universitário (UNA) de Belo Horizonte, uma das instituições a qual trabalhava. No primeiro semestre, fui o professor mais bem avaliado do departamento (conforme avaliação institucional da casa), o único com doutorado e com um projeto de iniciação cientí­fica (Também tenho dois mestrados). Mesmo assim, a instituição resolveu me demitir. Quando fui argumentar com a diretora do Departamento de Comunicação e Artes, professora Eliana, que é da área de Moda, ela, ironicamente, apenas disse – “Não sei porque você insiste tanto em dizer que tem doutorado. Para mim, doutorado não vale nada. Afinal, sou graduada apenas e sou diretora do departamento”. Usei como argumentação de que, na função de diretora do Departamento de Comunicação e Artes, ela deveria buscar mais qualificação ao contrário de tirar a legitimidade daqueles que se qualificaram. Além do mais, é complicado alguém assumir a direção de um departamento e se quiser tem conhecimento da área de Comunicação. Com certeza, ela não deve conhecer os principais estudiosos da Comunicação. Mas deve ser uma boa gerente……para exigir diários, notas, frequencia… Não é a primeira vez que isso acontece aqui em Belo Horizonte. Mas sei que é uma situação que tem se repetido no Brasil todo. Nós, que estamos buscando a qualificação, temos que tomar providências e exigir respeito. Afinal, não podemos aceitar este pacto de mediocridade no ensino superior. Prof. Dr. Luiz Ademir de Oliveira (lembrando que este Dr. é um grande problema). IUPERJ – RJ
(20:59:35) Organismo: U-HU
(20:59:40) Organismo: oiés
(20:59:49) Chgp: pacto da mediocridade, qualificação…
(20:59:49) Organismo: então
(20:59:57) Ricardo Ruiz: vale a pena ler, a situacao do estudo em minas eh deploravel
(21:00:09) Organismo: claro ta tudo aqui
(21:00:14) Organismo: isso aqui é um mantra
(21:00:20) Chgp: ohhhhmmmmmmmm
(21:00:22) Chgp: ohhhhmmmmmmmm
(21:00:42) Ricardo Palmieri: ai, to desistindo semi-oficialmente do meu mestrado.
(21:00:59) Ricardo Palmieri: quero passar o resto da vida destruindo teclados com minha furadeira pra eletronica!
(21:01:05) Ricardo Ruiz: pra que?
(21:01:09) Ricardo Ruiz: e a pergunta eh boa!!!
(21:01:14) Ricardo Palmieri: tem q ter um motivo mesmo?
(21:01:24) Chgp: é, tem, já que voce comecou
(21:01:28) Ricardo Palmieri: pra voltar pra dentro da caverna
(21:01:34) Ricardo Ruiz: se levar em conta o tamanho do universo nao, mas se levar em conta que ninguem leva em conta o tamanho do universo, precisa
(21:01:37) Chgp: deve ter tido um motivo, talvez um bem melhor pra desistir
(21:01:50) Ricardo Palmieri: e ficar vendo os lasers pipocando pelas pontas das rochas.
(21:01:59) Ricardo Ruiz: 🙂
(21:02:30) Ricardo Ruiz: o Organismo, nao sei se eu entennnndiiiiiiinta que Nao fez
(21:02:31) Ricardo Palmieri: eu to dando aula numa universidade sem mestrado. e ganho igual ao tiozao q ja tem 3 mestrados. isso eh fato!
(21:03:00) Chgp: eu também
(21:03:00) Ricardo Palmieri: e sem mestrado eu posso destruir mais teclados.
(21:03:06) Chgp: esqueci meu óculos na sem nome
(21:03:12) Ricardo Palmieri: hahaha
(21:03:16) Ricardo Ruiz: mas me parece que, todos os caras que falou, sao nvolvidos pacas com o que poderiamos chamar de midiatatica
(21:03:19) Ricardo Ruiz: envolvidos
(21:03:21) Ricardo Palmieri: kd o yellowshit?
(21:03:24) Chgp: com certeza, se bobear voce consegue até arremessar monitores
(21:03:38) Organismo: a pergunta era assim: esses conceitos todos principalmente quando precisam de tecnologia e conhecimento especificado ( como radios e tvs independentes, redes em net etc)… bastante sustentáveis em meios de economia liberal de mercado violenta ou estados nacionais conservadores do status quo das ultimas “etnias sobreviventes do pensamento cartesiano”… conta ae sua esperiência nesse tal de “paí­s” enorme totalmente assimétrico… como isso ta sendo aplicado.. e tenta ainda não falar da experiência com os .gov… diz ae se você acha a”nossa” rede ” cooperativa” possivel
(21:03:39) Ricardo Palmieri: ai tenho q fazer vestibular pra ogro!
(21:03:41) Organismo: como sei la
(21:03:45) Ricardo Ruiz: a diferenca eh que eles nao furam teclados
(21:03:51) Ricardo Palmieri: ch, vamo hackea esta entrevista?
(21:03:55) Organismo: uma articulação utopista “no tempo livre” pelo menos
(21:04:03) Organismo: hackei geral
(21:04:09) Organismo: hackeia geral
(21:04:18) Ricardo Ruiz: boa
(21:04:25) Organismo: o ruí­do é nóis
(21:04:28) Organismo: tamo em casa
(21:04:30) Ricardo Palmieri: eh noize!
(21:04:32) Chgp: Ricardo Palmieri: já nao foi pro saco ainda? 🙂
(21:04:36) Organismo: falae da pergunta ruiz
(21:04:44) Ricardo Ruiz: infraextrutura comunicaional no pais eh um lixo
(21:04:51) Organismo: pro saco nada
(21:04:54) Ricardo Palmieri: sera q soh no pais ruiz?
(21:04:54) Ricardo Ruiz: e infraestrutura (a pasasda com x foi foda)
(21:04:55) Organismo: ta ficando massa
(21:04:59) Organismo: metem lenha ae
(21:05:01) Ricardo Ruiz: de broadcast eh fodida
(21:05:12) Ricardo Ruiz: boa palm
(21:05:14) ***Chgp vai tomar banho com uma mulher bem gostosa
(21:05:19) Chgp: boa noite pra voces
(21:05:27) Ricardo Ruiz: boa noite, ch!
(21:05:32) Ricardo Ruiz: para com isso, volte pra nois!!!
(21:05:32) Chgp: amanha espero encontrá-los sem entrevista 🙂
(21:05:43) Ricardo Palmieri: acho q temos um punhado de buracos. rede sem buracos nao eh rede
(21:05:53) Ricardo Palmieri: ch chega 2.a em sp eh isso?
(21:05:59) Organismo: hahahah
(21:06:01) Organismo: ch
(21:06:07) Organismo: nos vamo te entrevistar
(21:06:08) ***Chgp tá em sampa na segunda
(21:06:10) Organismo: C é o cara
(21:06:18) Ricardo Ruiz: C++
(21:06:23) Chgp: A rules
(21:06:24) Ricardo Palmieri: e qdo eh q este trio vai pra pipa?
(21:06:34) Chgp: satanique samba trio!
(21:06:35) Chgp: rox
(21:06:36) Organismo: vish
(21:06:39) Organismo: rox
(21:06:41) Ricardo Ruiz: Organismo, pensei que antes de responder preciso de um adddendo eeexpicatorio
(21:06:45) Ricardo Ruiz: vishnu rox
(21:06:47) Ricardo Palmieri: noooossa!
(21:06:47) Chgp: vamo piratear, o cara nao abre mesmo
(21:06:56) Ricardo Ruiz: hahahahahahhha
(21:07:00) Ricardo Palmieri: to levando o molotov
(21:07:07) Ricardo Ruiz: alguem em responde a de cima entao!
(21:07:10) Ricardo Ruiz: eu gostei da pergunta!!!
(21:07:12) Ricardo Palmieri: vamo queima tudo la. heheh
(21:07:16) Chgp: falou galera, de madruga to de volta
(21:07:16) Organismo: vai vou colar de novo aqui
(21:07:23) Ricardo Palmieri: idem
(21:07:24) Ricardo Ruiz: ate
(21:07:26) Chgp saiu da sala (Desconectado).
(21:07:26) Organismo: vamo encher 3 página do blog
(21:07:33) Organismo: querm blog???????
(21:07:33) Ricardo Ruiz: hahahaha
(21:07:35) Organismo: então toma
(21:07:37) Ricardo Palmieri: vai com calma Organismo!
(21:07:38) Organismo: !!!!!!!!!!
(21:07:43) Organismo: especial de feriadão
(21:07:46) Organismo: !!!!!!!!!!!
(21:07:47) Ricardo Palmieri: hahaha
(21:08:01) Organismo: a pergunta era assim: esses conceitos todos principalmente quando precisam de tecnologia e conhecimento especificado ( como radios e tvs independentes, redes em net etc)… bastante sustentáveis em meios de economia liberal de mercado violenta ou estados nacionais conservadores do status quo das ultimas “etnias sobreviventes do pensamento cartesiano”… conta ae sua esperiência nesse tal de “paí­s” enorme totalmente assimétrico… como isso ta sendo aplicado.. e tenta ainda não falar da experiência com os .gov… diz ae se você acha a”nossa” rede ” cooperativa” possivel
(21:08:23) Organismo: como sei la
(21:08:29) Organismo: uma articulação utopista “no tempo livre” pelo menos
(21:08:39) Ricardo Ruiz: foda, eu acabo limitando, mas vamos lah
(21:09:09) Ricardo Ruiz: a latina (e principalmente o brasil) eh um pais produtor de riquezas, foda falar chavao, mas se liguem:
(21:09:39) Ricardo Ruiz: ha indicios de que boa parte (boa parte mesmo) dos ouros dos egipcios terem sido escavados de minas no piaui, maranhao, ceara ateh a bahia…
(21:09:49) Ricardo Ruiz: os portugueses e eos espanhois mandaram ver no ouro
(21:10:16) Ricardo Ruiz: depois agricultura pra lah de destrutiva (((nao seui quem eh que acredita no alcol como combustivel ecologico, pelo menos nunca viajou pelo nordeste))
(21:10:29) Ricardo Palmieri: essa eu nunca ouvi. tem mais disso?
(21:10:33) Ricardo Ruiz: e, quando achavamos que nao havia mais nada para se roubar do brasil
(21:10:37) Ricardo Palmieri: sobre o ouro egipcio?
(21:10:56) Ricardo Ruiz: procura no google fenicios no brasil, eh um livro, tem capitulado num site de nome estranho
(21:11:10) Ricardo Palmieri: massa! continua la
(21:11:27) Ricardo Ruiz: descobriu-se que na sociedade da informacao informacao era riqueza
(21:12:03) Ricardo Ruiz: e producao cultural eh informacao riquissima, e se tem uma coisa que percebi pelas caminhadas dessa vida de meu deus eh que o brasileiro eh de uma producao intelectual inimaginavel:
(21:12:42) Ricardo Ruiz: teclados quebrados, bumba-bois, metareciclagem, coco, etc etc etc, fora arquitetura informal, urbanismo e tal
(21:13:06) Ricardo Ruiz: entao, estar todo o mundo olhando para o brasil nao eh a toa…
(21:13:14) Ricardo Ruiz: alem disso, imennsidao territorial
(21:13:17) Ricardo Ruiz: e pra facilitar
(21:13:22) Ricardo Ruiz: um povo que sabe viver
(21:14:14) Organismo: bah mas velho
(21:14:18) Ricardo Ruiz: (pois eh, nao quero ser 50tista, mas pessoas no brasil sabem viver: festas e feriados, matar servico e aula, ir a praia ou ao mato, cachoeira e doce de compota, essas coisas
(21:14:19) Organismo: como assim
(21:14:27) Ricardo Ruiz: a resposta veio ateh antes
(21:14:29) Organismo: mas fala
(21:14:30) Ricardo Ruiz: 🙂
(21:14:45) Organismo: oquei
(21:14:52) Organismo: mas essa imensidão toda
(21:14:55) Ricardo Ruiz: asaaber viver em materia de velho, nao vou me matar muito pra fazer alguma coisa que eu posso nao fazer.
(21:15:03) Ricardo Ruiz: tah
(21:15:07) Organismo: ce acha que esse conceito de “brasilidade” da conta?
(21:15:15) Organismo: é muita gente
(21:15:18) Organismo: muito lugar
(21:15:27) Organismo: mas tem uma lingua em comum
(21:15:30) Ricardo Ruiz: acho que nao… tava conversando hoje com um amigo daqui
(21:15:58) Ricardo Ruiz: a historia comecou assim
(21:16:33) Ricardo Ruiz: fui numa rezadeira qa tarde que depois de me rezar perguntou se eu acreditava que o homem tinha ido a lua. falei que nao, logico, e a conversa se enveredou pra isso que estamos falando aqui, consumismo
(21:17:03) Ricardo Ruiz: e dai jah na casa do amigo ele me disse que acreditava que os estados unidos era uma nacao que jah estava no seu processo de declinio como imperio, o que concordei
(21:17:10) Ricardo Ruiz: e dai disse o que acho que tem a ver com o nosso papo
(21:17:32) Ricardo Ruiz: que acredito mesmo que o brasil tem como dar um golpe bacana no ciclo bobo da historia nesse declinio norte americano
(21:17:51) Ricardo Ruiz: e tentar mostrar pra galera que nao precisa ter mais um pais dominando, nao precisa-se mais de uma potencia
(21:18:14) Ricardo Ruiz: precisa eh de se respeitar o modo q cada um vive e acima de tudo respeitar o ambiente em que nos desenvolvemos como especie
(21:18:15) Organismo: então o lance será que não é ja se reconhecer como parte desse todo que a gente enxerga? a briga não é maior? tipo fim de fronteiras? Po outro lado é foda…como não ser tecnocrata? a gente não acaba virando caçador de borboleta? Eu ando preocupado com uma coisa… como a gente conseguir interagir com pessoas que a gente não conhece sem jogar esses discursos prontos… então eu volto no ciclo… como a gente ir além do termo midiatática
(21:18:17) Organismo: ??
(21:18:30) Organismo: apodrecer e virar adubo?
(21:18:50) Ricardo Ruiz: apodrecer e virar adubo
(21:18:59) Organismo: metareciclar o termo sem usando meta-maetareciclagem ou chega de termos?
(21:19:01) Ricardo Ruiz: produzi no que estah jah consumido
(21:19:25) Ricardo Ruiz: produzir
(21:19:32) Organismo: é por ae
(21:19:45) Organismo: acho que essa galera toda que tá lendo
(21:19:55) Organismo: tem que produzir mais
(21:20:00) Ricardo Ruiz: eh isso!!!!
(21:20:01) Organismo: e tem que chamar a gente
(21:20:03) Organismo: hahahahaha
(21:20:08) Organismo: pra brincar junto
(21:20:14) Organismo: por que eu não quero ver nada
(21:20:17) Ricardo Ruiz: produzir mais faz o cara pensar criticamente sobre o meio
(21:20:19) Organismo: eu quero ser vocês
(21:20:24) Ricardo Ruiz: pra brincar mais com ele!!!!
(21:20:24) Organismo: hahahahahaha
(21:20:43) Ricardo Ruiz: por que eu pago pau para o cara do exercito de palhacos?
(21:21:06) Ricardo Ruiz: putamerda, me fez lembrar um mandamento da midia tatica!!!!
(21:21:29) Ricardo Ruiz: o de que acabaram os consumidores, o que importa eh produzir, sem querer saber se estao lendo/vendo
(21:22:06) Ricardo Ruiz: fronteiras ainda existem por um tempo
(21:22:13) Ricardo Ruiz: existirao
(21:22:17) Ricardo Palmieri: ai, da uma olhada la..
(21:22:17) Ricardo Palmieri: http://turbulence.org/Works/mimoSa/blog/
(21:22:26) Ricardo Palmieri: 1.o post paulistano.
(21:22:31) Organismo: opa
(21:22:34) Organismo: remenda ae então
(21:22:35) Ricardo Palmieri: preciso criar uma tag agora
(21:22:38) Organismo: falem da mimosa
(21:22:47) Ricardo Palmieri:

noticias quentes da badalada metropole paulistana: uma possivel maquina de recomposicao urbana com moldes na mimoSa estara sendo lançada em evento aberto no SESC Santana, na capital, na comemoraçao da virada cultural, um convenio entre SESC e PMSP.
esta maquina sera modelada dentro um robusto manequim recolhido do lixo de uma loja na oscar freire (maxima consumista pre-Daslu) e sera apresentada ao publico em uma performance multimidia do grupo TempoKala no dia 20 de maio proximo, ao som dos DJ�s Camilo Rocha e Joao Gordo.
o evento show-business sera apenas um pretexto para o lancamento oficial do MaRreCo, q nao tem nada de show-business, mas adora uma boa verba para comprar pedaços que deverao montar seu corpo ate o fim do ano. O maior sonho do MaRreco eh poder circular pela cidade, sem precisar da generosa atencao dos urbanistas sobre o tema acessibilidade.

em breve, mais”¦.

(21:22:49) Organismo: ces que são dois mimoseiros oficiais já
(21:22:55) Organismo: eu também eu sei
(21:22:58) Organismo: tu dnóis
(21:23:07) Ricardo Palmieri: o q acham?
(21:23:09) Organismo: mas conta a história por trás disso
(21:23:16) Ricardo Ruiz: porra, preciso da tua conta, Organismo!
(21:23:33) Ricardo Ruiz: eu acho que eh uma otima oportunidade pra acabar com o joao gordo, esculachar o esculacho
(21:23:36) Ricardo Ruiz: mimosa destruindo
(21:23:43) Ricardo Palmieri: com o dinheiro da mimosa eu comprei a furadeira pra eletronica. e o troco comprei beck.
(21:23:51) Ricardo Palmieri: eh isso velho!
(21:23:52) Ricardo Ruiz: um cara queeeeeee eh punnnk ppppaaaaaaaaaaaaaaaaaannnos de adorde canal de tv infanto-juvenil eh foda
(21:24:00) Ricardo Palmieri: heeh
(21:24:13) Ricardo Palmieri: e vc nao sabe o pior
(21:24:39) Ricardo Ruiz: diga
(21:24:45) Ricardo Palmieri: consegui hackear a mesa de som dele: vamos dispara loops gravados ao vivo com o marreco durante a djzagem dele. vai dar pau, haha
(21:24:55) Ricardo Ruiz: eh isso
(21:25:10) Ricardo Palmieri: e vamos ter teloes transmitindo ao vivo tb
(21:25:14) Ricardo Ruiz: porque o que precisa eh primeiro de tudo acabar com esse espetaculo sujo que cria os universos verde-lasers
(21:25:28) Ricardo Palmieri: agora to te entendendo!
(21:25:39) Ricardo Ruiz: 🙂
(21:25:48) Ricardo Palmieri: chega de laser e globo de espelhos!
(21:26:11) Ricardo Palmieri: eu quero eh mocoto!
(21:26:19) Ricardo Ruiz: a mimosa eh uma estampa disso
(21:26:38) Ricardo Ruiz: o que melhor define a mimosa eh o titulo: maquina de intervencao urbana e correcao informacional
(21:26:46) Organismo: mas dizae
(21:26:52) Ricardo Palmieri: eu ja chutei o balde pra recomposicao urbana
(21:26:53) Organismo: e o tal do andy warhol
(21:26:59) Organismo: vo martelar a historia
(21:27:01) Ricardo Palmieri: nossa.. deixa o veio em paz!
(21:27:08) Organismo: hey thou andy warhol
(21:27:20) Organismo: thou can see me?
(21:27:26) Organismo: habla me lengua?
(21:27:31) Ricardo Palmieri: bleh!
(21:27:35) Organismo: cade esse mundo esperanto todo que a gente ta falando?
(21:27:42) Ricardo Ruiz: essa intervencao urbana soh eh valida, principalmente pela falta de acesso ao tecnologico que o Organismo falou, se for usada para dar voz a outras pessoas, nao mais a um artista mas varias pessoas, artistas ou nao…
(21:27:50) Organismo: sem querer ser “anti” como eu já disse
(21:28:01) Ricardo Ruiz: eh que es o entrevistador do diabo!
(21:28:04) Organismo: mas como a gente pode ver o lado inteligente dessa galera que ta apoiando
(21:28:06) Ricardo Palmieri: esperando o esperanto
(21:28:16) Ricardo Ruiz: qual galera?
(21:28:41) Organismo: turbulence, as foundations todas
(21:28:49) Organismo: no caso da mimosa especí­ficamente
(21:28:49) Ricardo Palmieri: achp q uma possivel arte eh dar meios pra todos entendermos q a arte eh o fake. e q todo mundo tem seu lado fake.
(21:28:59) Organismo: mas calma que ja chega os .gov
(21:29:01) Organismo: hehehe
(21:29:01) Ricardo Palmieri: meios fakes para as coisas fakes
(21:29:03) Ricardo Ruiz: pode ser fake
(21:29:13) Ricardo Ruiz: mas pode nao…
(21:29:15) Ricardo Palmieri: eh a curticao do fake.
(21:29:22) Organismo: dae a gente vai ter que dar um jeito de fazer o marx tocar harpa
(21:29:26) Ricardo Palmieri: necessidade fisiologica da abstracao
(21:29:32) Ricardo Palmieri: haha
(21:29:48) Ricardo Palmieri: e ai ruiz? como saimos deste paradoxo?
(21:29:55) Ricardo Palmieri: glrem?
(21:30:27) Ricardo Ruiz: mistura o fake com o andy wharholhol
(21:30:37) Ricardo Palmieri: howhow!!!
(21:30:59) Ricardo Ruiz: veja soh:
(21:31:11) Ricardo Palmieri: nao consigo. meu processador nao aguenta. vou bolar um aqui enquanto espero o render
(21:31:21) Ricardo Ruiz: a mimoSa vem rolando de uma forma completamente diferente do que foi pensado no projeto dela:
(21:31:38) Ricardo Ruiz: ela nao estah com mapserver funcionando
(21:31:47) Ricardo Ruiz: ela nao estah com o sistema de telefonia celular funcionando
(21:32:05) Ricardo Palmieri: work in process man!
(21:32:06) Ricardo Ruiz: quando saiu as ruas ela nao gravou os depoimentos das pessoas em cds
(21:32:26) Ricardo Ruiz: pois eh, e foi o que conversei com o pessoal do turbulence antes de sair o premio
(21:32:35) Ricardo Ruiz: que eu poderia lancar em novembro (2005)
(21:32:42) Ricardo Palmieri: ela eh apenas uma maquina. nunca esqueca isto!
(21:32:47) Ricardo Ruiz: mas que eu iria construindo ela ateh encher 1 gb do server deles
(21:32:56) Ricardo Ruiz: e ai eh que tah!
(21:33:00) Ricardo Ruiz: ela nao eh uma maquina
(21:33:21) Organismo: opa
(21:33:22) Organismo: é por ae
(21:33:27) Ricardo Palmieri: entao precisamo colocar as diretrizes dela
(21:33:27) Organismo: ELA
(21:33:31) Organismo: ja existe
(21:33:40) Organismo: se a gente for por esse lado fudeu
(21:33:42) Ricardo Palmieri: mas ela nao eh automata! saca?
(21:33:50) Ricardo Ruiz: mimoSa sao oficinas para a criacao de uma amquina capaz de alterar, mesmo que minimamente, o cenario de producao de midia brasileiro, porque acreditamos que um novo formato de distribuicao de midia eh um novo formato de distribuicao de riquezas, que que net arte eh arte feita em rede e nao arte feita para a rede
(21:33:53) Organismo: ces tem noção que a gnte ta tageando tudo
(21:33:53) Ricardo Palmieri: eh um fato!
(21:34:02) Organismo: que o archeklogist ta escavando isso aqui
(21:34:07) Ricardo Palmieri: hahah
(21:34:11) Ricardo Ruiz: hahahah
(21:34:14) Ricardo Ruiz: mas nao eh engracado
(21:34:15) Organismo: ei dandy warhol
(21:34:19) Organismo: habla me lengua
(21:34:24) Organismo: save us save us
(21:34:27) Ricardo Ruiz: u muthe’fucke’
(21:34:31) Organismo: economize su plata
(21:34:34) Organismo: save us
(21:34:40) Organismo: he
(21:34:46) Ricardo Ruiz: cause u didn’t made anything than advertisiment
(21:35:03) Ricardo Palmieri: * 1ê lei: um robô não pode fazer mal a um ser humano e nem, por inação, permitir que algum mal lhe aconteça.
* 2ê lei: um robô deve obedecer í s ordens dos seres humanos, exceto quando estas contrariarem a primeira lei.
* 3ê lei: um robô deve proteger a sua integridade fí­sica, desde que com isto não contrarie as duas primeiras leis.

(21:35:08) Organismo: ce falou do pignatari la em cima
(21:35:12) Organismo: vou resgatar
(21:35:25) Ricardo Palmieri: e mesmo assim deu pau!
(21:35:25) Organismo: o fluxus também falava desse troço
(21:35:34) Organismo: e esse mala do dandi warhol
(21:36:02) Organismo: além dos grafites que essas marcas de tênis tãio fazendo em outdoor na alemanha
(21:36:05) Ricardo Ruiz: fluxus, tropicalia, pop arte, publicidade de ouro brasileira, hippie
(21:36:06) Organismo: onde chega
(21:36:14) Ricardo Palmieri: “lei zero”: um robô não pode fazer mal a humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra algum mal. Desse modo, o bem da humanidade é primordial ao dos indiví­duos.

(21:36:15) Organismo: a gente vai ter que esperar esse hype chegar aqui
(21:36:17) Ricardo Ruiz: =
(21:36:20) Organismo: tamo desesperado hein
(21:36:23) Organismo: que que a gente faz?
(21:36:36) Organismo: eu to torcendo pra argentina esse ano hein
(21:36:43) Organismo: chega de carnaval e dancinha da pizza
(21:36:48) Ricardo Palmieri: po quero ir conhecer pipa
(21:37:03) Ricardo Palmieri: vam pra praia Organismo.. kd a tua casa na praia?
(21:37:10) Ricardo Ruiz: fluxus, tropicalia, pop arte, publicidade de ouro brasileira, hippie = contracultura que virou cultura
(21:37:11) Organismo: que desgraça
(21:37:17) Ricardo Ruiz: venham todos
(21:37:23) Organismo: não tenho casa de praia
(21:37:29) Organismo: se eu tivesse vendia ela
(21:37:29) Ricardo Ruiz: olha que louco: o decio falou do produssumo e dos novos barbaros
(21:37:36) Organismo: e fazia um ip
(21:37:41) Ricardo Palmieri: hehe
(21:37:46) Ricardo Ruiz: hahaha
(21:37:56) Ricardo Ruiz: prefiro a casa na praia….!
(21:38:00) Ricardo Ruiz: dah pra fazer ipnapraia
(21:38:03) Organismo: falae ae do produssumo
(21:38:03) Ricardo Palmieri: eu tb
(21:38:06) Ricardo Ruiz: e esse eh o ponto
(21:38:08) Organismo: e dos concretistas reitores
(21:38:13) Ricardo Palmieri: nada de ip fixo. to fora
(21:38:13) Ricardo Ruiz: o que me deixa com tres pontos em aberto na entrevista
(21:38:33) Ricardo Palmieri: eh um otimo moento pra encerrar entao?
(21:39:16) Ricardo Ruiz: olha que louco: o decio falou do produssumo e dos novos barbaros, tropicalia, mcluhan e marx e o gil falou da geleia geral, da mesma danca,
(21:39:21) Ricardo Ruiz: e virou ministro da cultura
(21:39:26) Ricardo Ruiz: nao eh hora de entra no .gov
(21:39:54) Ricardo Ruiz: se ligou que a contracultura em peso do pais virou cultura de massa para virar poder para incentivar a contra cultura?
(21:40:08) Ricardo Ruiz: mas antes a contracultura lutava contra um poderio (belico) militar
(21:40:26) Ricardo Ruiz: e hoje a contracultura eh cultura pra nao ser mais cultura, pra ser outra coisa
(21:40:33) Ricardo Ruiz: pra ser informacao e riqueza
(21:40:49) Ricardo Palmieri: 1. Quando um cientista distinto (renomado) e experiente (de mais idade) diz que algo é possí­vel, ele está quase certamente certo. Quando ele diz que algo é impossí­vel, ele está muito provavelmente errado.
2. O único caminho para desvendar os limites do possí­vel é aventurar-se além dele, através do impossí­vel.
3. Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguí­vel da mágica.

(21:41:01) Ricardo Palmieri: ruidos.
(21:42:02) Ricardo Ruiz: e entao o governo antes brigava com a contracultura mas uma geracao depois a contracultura-cultura-poder apoia a contracultura, para levar (contra)cultura a populacao, e nao avisar a populacao que sua informacao eh cultura (riquissima) e que deve ser utilizada para produzir como forma deles a pensarem como um processo semiotico e a utilizarem para alterarem os cenarios de repressao CULTURAL em que vivem
(21:42:34) Ricardo Ruiz: e eu acho que robo eh um fetiche capitalista, assim como a inteligencia artificial, a viagem a lua, e os combustiveis limpos e baratos
(21:43:04) Ricardo Palmieri: eu acho q vc nao gosta do spielberg!
(21:43:04) Ricardo Ruiz: criados baseados em teorias marxistas por norte americanos que nao citavam a fonte e alteravam sintaxes para se dizrem un-marxistas
(21:43:21) Ricardo Palmieri: nem do brizola!
(21:43:35) Ricardo Ruiz: e, sem saberem, acabaram ajudando a profecia marxista de um pais sem fronteiras
(21:43:49) Ricardo Palmieri: o q sao fronteiras?
(21:43:50) Ricardo Ruiz: ou uma global village, como mais tarde disse o mcluhan
(21:44:02) Ricardo Palmieri: william gibson…
(21:44:02) Ricardo Ruiz: e o que sao fronteiras digitais?
(21:44:06) Ricardo Ruiz: fronteiras digitais?
(21:44:12) Ricardo Palmieri: esta eh a piada do mes!
(21:44:15) Ricardo Ruiz: tah vendo como o governo estah equivocado!?
(21:44:24) Ricardo Palmieri: quem disse o contrario?
(21:44:28) Ricardo Ruiz: hahahahhaha
(21:44:35) Ricardo Palmieri: nao sei nem se o governo esta equivocado.
(21:44:56) Ricardo Palmieri: acho q algumas pessoas pensam q pensam muito e sabem muito
(21:45:17) Ricardo Palmieri: outras nao pensam q pensam e sabem de quase nada, mas fazem muito
(21:45:42) Ricardo Ruiz: quem sabe muito eh o filho da rezadeira, que foi pescador de lagosta a vida inteira e sabe que o sertao jah foi fundo do mar e que tudo gira e nao existe
(21:45:44) Ricardo Palmieri: e aquelas q pensam e nunca falam. mas estas nao importa se sabem ou nao pq nunca falam memso
(21:46:03) Ricardo Palmieri: o presidente tb foi operario.. ai fudeu!
(21:46:28) Ricardo Palmieri: e trabalhava no torno! tudo girava la. e ele nao percebeu!
(21:46:34) Ricardo Ruiz: o presidencialismo nao funciona!!!!
(21:46:43) Ricardo Palmieri: nenhum ismo funciona!
(21:46:47) Ricardo Ruiz: por que nao eh uma pessoa soh quem governa, eh uma gang
(21:46:54) Organismo: heheheheh
(21:47:00) Organismo: carái
(21:47:01) Ricardo Palmieri: sao os ismos todos.
(21:47:06) Organismo: mas caras
(21:47:21) Organismo: se a gente começar a discutir teoria polí­tica a sério a gente vai se lascar hein
(21:47:22) Ricardo Palmieri: porra doi ricardos ta foda!
(21:47:28) Organismo: pera lá
(21:47:32) Ricardo Ruiz: tah certo
(21:47:42) Ricardo Ruiz: tamo querendo meter o bedelho em tudo…
(21:47:50) Ricardo Palmieri: mas a gente ta falando de politica?
(21:47:54) Organismo: eu digo se leascar por que é o seguinte
(21:48:02) Organismo: eu to perdido
(21:48:02) Ricardo Ruiz: a gente tah falando de sistemas de governabilidade e poder
(21:48:10) Organismo: sei lá o que fazer
(21:48:10) Ricardo Ruiz: ou melhor, controle e poder
(21:48:14) Ricardo Palmieri: isso eh politica?
(21:48:18) Ricardo Ruiz: vigilancia, controle e poder
(21:48:22) Organismo: anarquismo é bonito, mas ta tudo ligado no mercado
(21:48:26) Ricardo Palmieri: kd a politica?
(21:48:28) Organismo: aiaiaaii
(21:48:29) Ricardo Ruiz: nao, isso eh resultado de um fazer politica
(21:48:33) Ricardo Palmieri: ah sim!
(21:48:37) Ricardo Palmieri: o ponto!
(21:48:40) Ricardo Ruiz: anarquismo eh lindo, mas nao funciona sem grana
(21:48:49) Ricardo Palmieri: socialismo… vide cuba!
(21:49:05) Ricardo Palmieri: 2 dolares, haha.. esta eh a melhor parte de la!
(21:49:14) Ricardo Palmieri: dolar americano e dolar cubano! huhuhu!
(21:49:22) Ricardo Ruiz: perdido sem ter o que fazer?
(21:49:26) Organismo: vish
(21:49:33) Ricardo Ruiz: voce tem duas piluas, uma vermelha, uma azul e uma amarela
(21:49:36) Organismo: calma lá galera
(21:49:38) Ricardo Ruiz: eu escolhi a amarela
(21:49:45) Ricardo Palmieri: azul velho!
(21:49:56) Ricardo Ruiz: foi a amarela!
(21:49:57) Organismo: o grande lance é o seguinte
(21:50:00) Ricardo Palmieri: balinha!
(21:50:14) Organismo: a gente tava falando num plano individual-coletivo
(21:50:25) Organismo: e apareceu a pilula .gov pra comentar
(21:50:39) Organismo: eu tava segurando
(21:50:56) Ricardo Ruiz: o .gov deveria ser um individual coletivo
(21:51:01) Organismo: vou deixar ainda mais pra frente a parte do matrix que ele decide comer mingau de cloreto de sódio e estudar assembler
(21:51:02) Ricardo Ruiz: as leis poderiam ser negociadas na hora
(21:51:12) Organismo: no momento tenho uma bombinha aqui
(21:51:20) Organismo: o mathieu mandou uma pergunta
(21:51:24) Ricardo Ruiz: meu vizinho tah aqui do meu lado e falou que em entrevista nao pode falar tudo e tem que falar sempre a verdade senao se fode
(21:51:38) Organismo: o cara que ta “fazendo midiatática com a gente”
(21:51:45) Organismo: mas quer entender o que a gente ta fazendo
(21:51:50) Organismo: que é ” a gente”?
(21:52:08) Organismo: faz uns comentários ae
(21:52:19) Organismo: to lendo a pergunta e ja ponhom aqui
(21:52:23) Ricardo Ruiz: esse eh que eh o lance, voce vai comer a pilula, vai decobrir a verdade e navegar como um doido, carregar softwares na mente… mas precisa comer papa e dormir no ferro e aprender assembly
(21:52:32) Organismo: é enorme
(21:52:40) Organismo: masnda pergunta do seu vizinho então
(21:52:51) Ricardo Palmieri: assembly!
(21:52:58) Ricardo Ruiz: opa, nao tem que falar a verdade, disse o vizinho
(21:53:01) Ricardo Palmieri: java ja era mesmo.
(21:53:09) Ricardo Ruiz: os comentarios pra ele eh que nos somos muitos e estamos em muitos lugares
(21:53:10) Ricardo Palmieri: eu nunca falo a verdade.
(21:53:24) Ricardo Palmieri: isso eh ruim ou nao importa?
(21:53:41) Ricardo Ruiz: isso nao importa, porque voce ou estah dentro de um universo verde ou criando formas de pular pra fora dele
(21:53:43) Ricardo Palmieri: o fato de estarmo longe e em muitos.
(21:53:52) Ricardo Ruiz: a nao ser que voce esteja criando um universo verde para os outros
(21:53:56) Ricardo Palmieri: nao existe o meio-termo ai?
(21:54:03) Ricardo Palmieri: ah!
(21:54:18) Ricardo Palmieri: sera q este eh o papel da porra do artista entao?
(21:55:09) Ricardo Ruiz: fala pro nosso amigo tambem Organismo que eu acho que tem em comum eh que eh um monte de gente usando meios de comunicacao e experessao para dizer que querem seus direitos especificos e que respeitam os direitos que os outros pedem , e que sao normalmente solidarios entre uns e outros, e que buscam formas de sobreviver driblando por entre as formas existenes
(21:56:07) Ricardo Ruiz: e para isso se utilizam de tecnologias diversas:
(21:56:42) Ricardo Ruiz: computadores, circo, cabeleireiro, musica, protesto, cartaz, grafiti, skate, bagulho, adesivos, quadros, instalacoes multimidias
(21:56:50) Organismo: então
(21:56:57) Ricardo Ruiz: que buscamos mostrar outras verdades para que mais pessoas possam furar os bloqueios verdes
(21:56:58) Organismo: comentem aqui
(21:57:04) Organismo: o comentário do nosso vizinho
(21:57:12) Organismo: e nobre colega de “rede”
(21:57:26) Organismo:

segue o texto do mathieu ( que fica convidado a interagir nos coments na sequencia):

Segundo se afirma, a gênese dos movimentos de ‘mí­dia tática’ está relacionada ao interesse de usar os aparatos de mí­dia de forma diferenciada do convencional (desgarrada de agendas ditadas pelos oligopólios de mí­dia, por exemplo). Além disso, em suas abordagens, os movimentos de ‘mí­dia tática’ assumem claramente um viés ideológico (parte-se do pressuposto que qualquer veiculação de mí­dia – das grandes empresas de comunicação por exemplo – seria, via de regra, ideológica, posto que “classista”). Embora eu não acredite, a priori, em tais ‘mitos fundadores da mí­dia tática’ (o que ocasionaria uma discussão pra lá de fértil – fica para outra ocasião), trago aqui apenas algumas singelas reflexões.

A expansão do fenômeno da ‘mí­dia tática’ se explica graças í s possibilidades crescentes de acesso í  tecnologia, programas e equipamentos de mí­dia, no mais puro espí­rito do “do it yourself”. De fato, com um computador conectado í  rede e para terror dos jornais impressos, qualquer pirralho pode ser hoje uma agência de notí­cias (com as vantagens de estar bem mais próximo do contexto noticiado, por exemplo).

Se fosse só isso, já estaria bom. Aliás, ótimo.

Só que os assim chamados movimentos de ‘mí­dia tática’, abrigados sob o guarda-chuva de entidades paranacionais e tentaculares como o CMI e o Indymedia, têm, hoje, intensas dificuldades em justificar seu crescente aparelhamento com aportes financeiros da ‘Open Society Foundation’ (pertencente ao mega-especulador financeiro e laboratorista social George Soros) e de outras entidades, como as Fundações Ford, Rockfeller e, claro, o Tactical Media Fund.

Para muitos, isso revela que os reais intentos dos movimentos de mí­dia tática não são “a popularização de um modo alternativo e independente de fazer notí­cia”, mas sim o aparelhamento completo e hegemônico dos meios de informação de massas, muitas vezes em detrimento da fidelidade, idoneidade e veracidade jornalí­sticas.

Gramsci dividiu os intelectuais em ‘orgânicos’ e ‘não-orgânicos’ (devendo ser solenemente ignorados estes últimos, por “não existirem” para a causa revolucionária), percebe-se que os movimentos de mí­dia tática dividem a informação, também, em orgânica e não-orgânica (e não em exata ou inexata, veraz ou manipulada, como é tradicional e ainda se ensina em boas faculdades de jornalismo).

Para Geert Lovink e David Garcia, populares teoristas da ‘tactical media’, as ‘mí­dias táticas’ são “as técnicas pelas quais os fracos se tornam mais fortes que os opressores”. Só que na prática e finalisticamente, a expansão dos movimentos de ‘mí­dia tática’ acaba se limitando a troca de uma opressão pela outra (admitindo-se que haja realmente ‘opressão’ por parte da mí­dia tradicional, afinal, jornal ruim eu uso para embrulhar peixe – e só). Analogamente e pensando em termos históricos, os bolcheviques também eram os “fracos” que queriam se tornar “mais fortes” do que a opressão tzarista. Deu no que deu.

Ao invés de direcionar energias para a formação de massa crí­tica que absorva a boa informação e recuse a ruim (gerando demanda para meios de comunicação idôneos e confiáveis – que existem), opta-se por um elastecimento sem precedentes dos tradicionais conceitos de informação, em prol de uma ‘causa’ nem sempre muito clara e, sob outros aspectos, clara até demais.

Como ser autônomo, posso sempre recusar um jornal ruim e, na minha avaliação, mentiroso e comprar outro (e se não houver, fazer o meu próprio jornal caso a tecnologia o permita – e, de fato, o permite). Poderei fazê-lo em um cenário futuro em que a ‘mí­dia tática’ organizada, devidamente estabelecida nos corações e nas almas, se torne a monopolizadora dos conceitos de veracidade e manipulação? Não acho.

Ao falar em ‘mí­dia tática’, muitos citam o – delicioso – episódio em que, nos anos 30, Orson Welles transmitiu, por via radiofônica, a “Guerra dos Mundos” de H.G Wells, aterrorizando milhões de norte-americanos. Embora seja notório que o arguto Orson quisesse fazer um experimento intencional em mí­dia de massas (ele o admitiria anos depois), não me parece que seus objetivos eram objetivamente revolucionários, ou de subversão da ordem estabelecida. Era, sim, um ato puramente artí­stico, uma brincadeira vinda de um esteta genial. A mí­dia tática vai além da brincadeira e a aplica em escala industrial. Se isso passasse pela cabeça de Baudrilhard, seria certamente um pesadelo.

Se a mí­dia tradicional, com seus press-releases grotescos, já não nos serve, de que serve, em contrapartida, uma mí­dia que, via reengenharia social e manipulação de massas (ah, se Ortega y Gasset estivesse vivo!), visa a simples substituição de um establishment pelo outro?

Fiquemos com a INFORMAÇÂO LIVRE, sob qualquer aspecto (comprada aos milhões como produto de um potentado – se for boa ou se suas ruindades puderem ser identificadas – ou produzida no fundo-de-quintal de jornalistas sem diploma e descompromissados com “causas”, “lutas” e “agendas”.

Não enxergo qualquer grau de liberdade nos assim chamados movimentos de ‘mí­dia tática’. Não são livres os que a produzem e muito menos os que a consomem, voluntaria ou experimentalmente. Vejo apenas grilhões ideológicos.

Se é arte, não julgo. Definitivamente, não é jornalismo.

(21:58:58) Ricardo Ruiz: antes de terminar de ler, cmi e indymedia eh a mesma coisa
(21:59:02) Ricardo Palmieri: nossa, vou sair um pouco. preciso me concentrar no meu mestrado. to voltando pra academia!
(21:59:15) Ricardo Palmieri: ate daqui a pouco!
(21:59:33) Organismo: hehehe
(22:00:00) Ricardo Ruiz: ele disse: mas sim o aparelhamento completo e hegemônico dos meios de informação de massas, muitas vezes em detrimento da fidelidade, idoneidade e veracidade jornalí­sticas.
(22:00:08) Organismo: só colando meu comentário com ele
(22:00:10) Organismo: (21:58:36) Organismo: não acho que vem ao caso ” não ser jornalismo”
(21:58:43) Organismo: mas vou colar isso lá
(21:59:05) mathieu: mande lembranças ao ruiz, de qualquer forma, esperando encontra-lo pessoalmente para desenvolver essa discussão
(21:59:44) mathieu: é que se pretende uma alternativa ao jornalismo. logo – e funcionalmente – se irroga o mesmo papel
(22:00:26) Organismo: ta vendo
(22:00:30) Ricardo Ruiz: nao, acho que eh pela diversidade nas formas e formatos de expressao
(22:00:38) Ricardo Ruiz: muitas vezes em detrimento da fidelidade, idoneidade e veracidade jornalí­sticas.
(22:02:31) Ricardo Ruiz: isso ele tambem falou, mas eu nunca acreditei na idoniedade e veracidade jornalistica, pois ela nunca existiu, e eh muito dificil existir, uma vez que o ser humano eh subjetivo e expressa suas opinioes, quando nao a de um conglomerado de midia, o que seria pior ainda. alem disso, nao creio que seria soh um pensamento como jornalistico, acredito ser o formato jornalistico um dos inumeros formatos que podemos utilizar para se expressar, e coisas como o trabalho que tinha o lionlounge.com ou que tem o delete.tv nada tem de jornalistico porem sao caracteristicos ccomo (chamadosde) midia tatica
(22:03:07) Ricardo Ruiz: sobre a ‘Open Society Foundation me pergunte quando terminar de comentar tudo, por favor
(22:03:34) Ricardo Ruiz: percebe-se que os movimentos de mí­dia tática dividem a informação, também, em orgânica e não-orgânica (e não em exata ou inexata, veraz ou manipulada, como é tradicional e ainda se ensina em boas faculdades de jornalismo)., ele disse
(22:05:23) Ricardo Ruiz: a informacao nao eh dividivel em ying e yang, em 0 e 1. ela pode ser digitalizavel. creio que a midiatatica nao pensa abarca o que eh e o que nao eh, abarca tudo o que pode ser, e nao acredito que existam boas faculdades, uma vez que existem pessoas interessadas no desenvolvimento intelectual e pratico ou nao, e tambem acho, novamente, que midia tatica nao tem a ver exclusivamente com jornalismo
(22:06:09) Ricardo Ruiz: retrata umaquestao meio voltada ao centro de midia independente do brasil, que possui politicas editorias e se classifica de um site para publicacao de noticias anticapitalistas, mas em cada lugar do mundo tambem essa politica editorial difere, mesmo que pouco
(22:07:57) Ricardo Ruiz: ele disse, insistindo em uma comparacao com um jornalismo bom e um ruim, que “(admitindo-se que haja realmente ‘opressão’ por parte da mí­dia tradicional, afinal, jornal ruim eu uso para embrulhar peixe – e só).” eu nao sei o que eh um jornal ruim pra ele e para o cara que embrulhou o peixe que ele comprou, o extra ou o globo. mas eu acho o globo ruim, a folha ruim, o extra ruim, o noticias populares ruim, o uol ruim…
(22:09:34) Ricardo Ruiz: eu acho outros formatos para buscar informacao via web que nao precisam me manter nessa de jornal bom e ruim, e sim mergulhar em universo de coisas produzidas por varias pessoas, que nao me importam se estao denegrindo o que se eh acreditado como um bom jornalismo, mas estao apresentando visoes de mundo em ralacao a temas que eu posso ou nao acreditar, e o que eh importante nao eh a opressao sofreida por parte da midia, e virar opressor de novo, e sim ter mais e mais pessoas produzindo contra seus opressores internos
(22:10:19) Ricardo Ruiz: ” Analogamente e pensando em termos históricos, os bolcheviques também eram os “fracos” que queriam se tornar “mais fortes” do que a opressão tzarista. Deu no que deu. ” falou o rapaz, mas eles tinham na figura do stalin a representacao do que pensaram para estado maior, e pensavam no estado maior como forma de dominacao, desde o principio
(22:10:46) Ricardo Ruiz: ele disse que “Ao invés de direcionar energias para a formação de massa crí­tica que absorva a boa informação e recuse a ruim (gerando demanda para meios de comunicação idôneos e confiáveis – que existem), opta-se por um elastecimento sem precedentes dos tradicionais conceitos de informação, em prol de uma ‘causa’ nem sempre muito clara e, sob outros aspectos, clara até demais.

(22:13:53) Ricardo Ruiz: se ele estivesse falando em termos de terra, ele estava dizendo que ao inves de ter terra para todo mundo plantar, colher e viver na praia, teria que ensinar as pessoas a entenderem a ideia de todos trabalharem pela mesma pessoa para a producao de cana de acucar e que todos poderiam fazer o que quiser com ela: cadocar cafe, fazer bolo, comer rapadura, melado de cachaca, garapa, alcool e ateh cachaca, por que eh bom! e mandioca e feijao, nao porque eh ruim! O que seria a formacao de uma massa critica? ataca os bolchevistas e acredita na massa? nao existe massa, existe individuos, onde nao podem mais ser aionados como consumidores de noticias boas ou ruins, e sim produtores de conhecimento cultural, seja no plantio da mandioca, no fazer noticia, no fazer barco ou no dancar bumbameuboi e jogar capoiera
(22:14:30) Ricardo Palmieri: vcs conhecem o archigram?
(22:14:32) Ricardo Palmieri: ainda estao ai?
(22:14:39) Ricardo Palmieri: ???
(22:14:41) Ricardo Palmieri: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp231.asp
(22:14:43) Ricardo Ruiz: dai ele deduz que “Poderei fazê-lo em um cenário futuro em que a ‘mí­dia tática’ organizada, devidamente estabelecida nos corações e nas almas, se torne a monopolizadora dos conceitos de veracidade e manipulação? Não acho.”
(22:15:18) Ricardo Palmieri: olhem aqs imagens pelo menos.
(22:16:00) Ricardo Ruiz: sem querer dizer que no comeco do paragrafo isso tem a ver com um jornal ruim ou nao, nao acho que se monopolize como produtora de informacao, por motivos simples: um porque eh conceito; dois porque o desejo ideologico de tal conceito eh exatamente que as pessoas produzam seu proprio conteudo para nao haver monopolizacao, e sim, como jah dito, diversidade
(22:16:12) Organismo: ok as imagens
(22:16:14) Organismo: to vendo
(22:16:31) Organismo: comente mais ruiz
(22:16:34) Organismo: ja costuro
(22:16:42) Organismo: tenho um resumo sobre isso]
(22:18:01) Ricardo Ruiz: ao falar em midia tatica nao se cita o episodio em que o orson wells testou o poder do broadcast (o que veio a definir jornais bons e ruins) no radio, e sim quando o cmi passou o filme muito alem do cidadao kane em 6 ou 7 cidades do brasil ao mesmo tempo . . .
(22:18:33) Ricardo Ruiz: ” via reengenharia social e manipulação de massas (ah, se Ortega y Gasset estivesse vivo!), visa a simples substituição de um establishment pelo outro? ”
(22:18:57) Ricardo Ruiz: po, jah tah exaustivo, mas nao visa substituir o stablishment, porque nao existe soh preto e branco, o que era e o que eh
(22:19:33) Ricardo Ruiz: e, para comentar o final do texto manifestico: “Fiquemos com a INFORMAÇÂO LIVRE, sob qualquer aspecto (comprada aos milhões como produto de um potentado – se for boa ou se suas ruindades puderem ser identificadas – ou produzida no fundo-de-quintal de jornalistas sem diploma e descompromissados com “causas”, “lutas” e “agendas”. ”
(22:20:04) Ricardo Ruiz: nao, cada um fica com o que quer, pode ficar com o seu jornal bom que eu vou continuar lendo o hackeando catatu! apodrece e vira adubo, meu chapa!
(22:20:53) Ricardo Ruiz: porra: ” Se é arte, não julgo. Definitivamente, não é jornalismo.” nao, definitivamente nao eh jornalismo. nem arte. e que continuemos sem julgar uns aos outros, meu chapa!
(22:24:06) Ricardo Ruiz: eu vi soh as imagens e me pareceu videogame, palm… vou ter que ler o texto … 🙂
(22:25:03) Organismo: então
(22:25:10) Organismo: o texto deu pano pra manga
(22:25:13) Organismo: mas na verdade
(22:25:14) Ricardo Ruiz: hahahahah
(22:25:22) Organismo: o que era pra ilustrar
(22:25:31) Organismo: era justamente essa ansiedade
(22:25:45) Organismo: de entender como estmos criticando estado e mercado de dentro dele
(22:25:53) Organismo: e esses riscos de coopção toda
(22:25:59) Organismo: o mathieu é um cara esperto
(22:26:04) Ricardo Ruiz: pois eh, ainda tenho que falar do soros
(22:26:15) Ricardo Ruiz: deu pra ver, ele tava perguntando o que ele imaginava caminhos para respostas
(22:26:19) Organismo: que é um dos que ta participando das coisas
(22:26:29) Organismo: mas ta querendo entender
(22:26:41) Organismo: o que somos nós
(22:26:45) Organismo: eu entendo assim
(22:26:49) Organismo: nós quem
(22:26:55) Organismo: como estamos agindo
(22:27:05) Organismo: se o tempo inteiro estão querendo nos vender e comprar
(22:27:14) Organismo: eu também me preocupo com isso
(22:27:19) Ricardo Ruiz: isso eh foda
(22:27:28) Organismo: apesar de não acatar algumas conclusões precipitades dele
(22:27:29) Ricardo Ruiz: quer entrar em governo?
(22:27:40) Organismo: que acho que você pontuou bem
(22:27:42) Ricardo Ruiz: ou soros antes
(22:30:10) Organismo: ta então funalmente
(22:30:14) Organismo: funeralmente
(22:30:20) Organismo: chegamos na sinuca
(22:30:25) Organismo: do fim da história
(22:30:51) Organismo: qual o futuro do termo “midiatática”
(22:30:53) Organismo: ?
(22:31:51) Organismo: e ja percebemosm que mais importante que isso é:
(22:31:53) Ricardo Ruiz: existir como termo, igual midia radical, midia independente, cinema novo… e ser mais uma forma de adubar o terreno da producao cultural
(22:31:56) Organismo: QUEM SOMOS NÂS?
(22:32:15) Ricardo Ruiz: NOS SOMOS MUITOS, E ESTAMOS EM TODOS OS LUGARES
(22:32:26) Organismo: he
(22:32:32) Ricardo Ruiz: e se isso tem alguma similiaridade com o terrorismo, deveriamos fazer um debate sobre o tema!
(22:32:39) Organismo: oiés
(22:32:45) Organismo: complicado
(22:33:02) Organismo: porque terrorisrmo também é um termo espetaculoso
(22:33:03) Ricardo Ruiz: eh muito foda, soei otimista nessa conversa e nem o sou
(22:33:12) Organismo: aliás muitom mais
(22:33:18) Ricardo Ruiz: nossa, terrorismo eh um termo que nao tem nada a ver!!

(22:33:35) Ricardo Ruiz: terrorismo eh filme japones de terror
(22:34:03) Ricardo Ruiz: e os avioes sobre as torre, pergunta pro mathieru:
(22:34:11) Ricardo Ruiz: nao eh jornalismo, mas eh midia tatica?
(22:34:29) Organismo: o mathieu vai te entrevistar de novo depois
(22:34:31) Organismo: hahahahahaha
(22:34:33) Ricardo Ruiz: mandar um aviao minutos depois pro local mais visto e lembrado pelo Imperio?
(22:34:38) Ricardo Ruiz: uepa!
(22:34:40) Organismo: ja que é pra rolar jornalismo
(22:34:42) Organismo: hahahaha
(22:34:45) Organismo: que role um porre
(22:34:51) Ricardo Ruiz: eh isso!
(22:34:59) Ricardo Ruiz: vou pro beque!
(22:35:08) Ricardo Ruiz: o Organismo, me passa depois o numero de sua conta!!!!
(22:35:13) Ricardo Ruiz: 🙂
(22:35:15) Organismo: heroí­na pouca que o crack(q)e é nosso
(22:35:19) Organismo: eu hein
(22:35:21) Organismo: hahahahahahahah
(22:35:24) Ricardo Ruiz: 🙂
(22:35:34) Organismo: o numero da minha conta é:
(22:35:35) Organismo: hahahahaha
(22:35:42) Organismo: velho
(22:35:49) Ricardo Ruiz: na entrevista com ele eu falo de governo e de soros[] [] [ []
(22:35:55) Organismo: poizé
(22:36:06) Organismo: mas e son o .gov
(22:36:17) Ricardo Ruiz: ?
(22:36:18) Organismo: esse era o grand finale da nossa “entrevista”
(22:36:20) Organismo: digo
(22:36:23) Ricardo Ruiz: beleza
(22:36:24) Organismo: sobre o .gov
(22:36:29) Ricardo Ruiz: olha que louco:
(22:36:30) Organismo: tem algo a declarar
(22:36:39) Organismo: sobre a experiência” ou “tentativa”
(22:36:45) Organismo: xeu só dar uma enfeitada
(22:36:50) Organismo: porque
(22:36:53) Organismo: a gente falou
(22:36:57) Organismo: em nike, soros
(22:37:02) Organismo: essa desgraça toda
(22:37:20) Organismo: mas como falar nessa tal de “coisa pública”
(22:37:28) Organismo: que teoricamente era pra ser de todos
(22:37:36) Organismo: agora sei lá
(22:37:39) Ricardo Ruiz: porra….
(22:37:45) Organismo: porque você pode falar da gang
(22:37:59) Organismo: por que no fundo é o que fica materilista dialético
(22:38:02) Organismo: hahahaha
(22:38:07) Organismo: ou diurético
(22:38:09) Organismo: hahahahahha
(22:38:13) Organismo: mas sei lá
(22:38:28) Organismo: ou vamos entoar o amntra que tá foda
(22:38:31) Organismo: mantra
(22:38:33) Ricardo Ruiz: caralha, meu pai pagou imposto a vida toda, pagou mesmo, e pagou tambem inss, e trabalhou 60 anos e se aposentou ha uns dois meses. e vai ganhar 300 reais. e nao eh o unico.
(22:38:52) Ricardo Ruiz: entao alem do espaco publico tem a grana publica, e os dois estao ligados e des-ligados, incrivel
(22:39:41) Ricardo Ruiz: por um lado eh possivel ter um tipo de formato de trabalho no governo nunca-dantes-imaginado em outros lugares para aplicacao, desenvolvimento, de um projeto
(22:40:12) Ricardo Ruiz: e, logicamente, os valores dos recursos monetarios publicos sao forca motriz de negocciacao politica
(22:40:53) Ricardo Ruiz: e sao investidos de formas que sao previstas um ou dois anos antes, o que, no brasil, jah eh motivo pra dar erra.
(22:41:13) Ricardo Ruiz: errado
(22:42:20) Ricardo Ruiz: essa [][][falha[][][] nos leva ao celebre problema do brasileiro medio, que sao aqueles cobertores leves e pequenos, que se cobrirem o pescoco descobrem o pe e vice versa
(22:43:09) Ricardo Ruiz: e muito dinheiro previamente pensado para algo vai para outro algo, sendo que algumas vezes esse outro algo pode ser o bolso de alguem,
(22:45:01) Ricardo Ruiz: por outro lado, as jah nossas ditas proporcoes continentais eh uma fodicao para aplicacao e desenvolvimento de projetos que embarcam toda a nacao, como os projetos federais. e diferentes estagios de urbanizacao levam a diferentes formas de pensar, ser e movimentar pelo pais, que muitas vezes nao eh entendida pelas pessoas que estao locadas em centros urbanoides, de onde muitas vezes sao controlados projetos publicos federais
(22:45:47) Ricardo Ruiz: entao, trabalhar no estado do parana pode levar 3 meses e no amazonas ou acre o mesmo trabalho pode levar uma eternidade
(22:46:54) Ricardo Ruiz: por tanta corrupcao, o caminho burocratico para a liberacao de qualquer chave que faca a maquina governamental funcionar eh tenebroso, como um enorme corredor de pedra cheio de teias de aranha que todos tem medo de percorrer, soh porque ele eh longo e cheio de teias de aranhas…
(22:47:09) Ricardo Ruiz: mas, na real, o governo brasileiro , sempre, foi muito doido, pra nao dizer escroto
(22:47:32) Ricardo Ruiz: entao nao sou dois ou tres anos que trabalhei com ele que me tornam um sabedor de algo
(22:47:53) Ricardo Ruiz: o que eh interessante eh que o governo gosta de rotullos, logos
(22:47:55) Ricardo Ruiz: nikes
(22:47:59) Ricardo Ruiz: midiataticas
(22:48:02) Ricardo Ruiz: metareciclagens
(22:48:11) Ricardo Ruiz: e colocou tudo dentro do seu supermercado, como um produuto aprovado
(22:48:39) Ricardo Ruiz: o que eu acho que eh que nao se pensou que esses produtos podem conter contra indicacoes
(22:49:05) Ricardo Ruiz: e a grande guerra agora do produto vs. prateleira e ser um produto capaz de alterar esse supermercado
(22:49:06) Ricardo Ruiz: como?
(22:49:28) Ricardo Ruiz: estragando um pouquinho, criando fungo, contaminar um monte de comida e depois de tudo estar contaminado….
(22:50:07) Ricardo Ruiz: descobre-se que era fungo de pao de centeio, acido lisergico natural, todo mundo que comprou no supermercado tomou do acido,e agora estah todo mundo rindo, festejando no supermercado, quebrando todo ele
(22:50:47) Ricardo Ruiz: pois perceberam, no fundo de sua loucura causada pela lisergia do produto estragado que quem estava estragado mesmo era o supermercado, e que esse conceito de estragado e nao estragado leva ao universo sacal da dualidade
(22:51:18) Ricardo Ruiz: e que dual eh engracado, mas vamos quebrar tudo, que eu nao quero mais os supermercados, estou farto de prateleiras!
(22:51:25) Ricardo Ruiz: eu quero comer eh o pao de centeio estragado!
(22:52:12) Ricardo Ruiz: deu pra sacar?
(22:52:29) Organismo: mas porque a gente tem que buscar no supermercado esse pão?
(22:52:35) Organismo: tem outro jeito?
(22:52:46) Organismo: não dá pra plantar trigo?
(22:53:21) Ricardo Ruiz: nao busca o pao nao, o pao eh uma contaminacao mesmo, uma bomba… para tirar os zumbis do supermercado e transformar eles em pessoas saltitantes…
(22:53:35) Ricardo Ruiz: depois que voce quebrou o supermercado e a loucura passou, voce percebe
(22:53:40) Ricardo Ruiz: e vai tomar suas providencias
(22:53:42) Ricardo Ruiz: plantar feijao
(22:53:44) Ricardo Ruiz: trigo
(22:53:46) Ricardo Ruiz: milho
(22:53:51) Ricardo Ruiz: e nunca mais comer pao de centeio
(22:54:02) Organismo: poizé
(22:54:13) Organismo: precisa quebrar a porra do supermercado?
(22:54:24) Organismo: e se a gente deixar ele quebrar sozinho?
(22:54:50) Ricardo Ruiz: tah, pode sair correndo pelo caixa, eh soh meu sentimento de euforia coletiva baseado na adolescencia na gavioes da fiel que me levaram a tal (e jah responde a pergunta do palm sobre o time de futebol)
(22:55:22) Ricardo Ruiz: umas tres ou quatro ou cinco semanas depois de sair do cultura digital mandei um email de despedida
(22:55:27) Ricardo Ruiz: para o celio e para o gil
(22:55:37) Ricardo Ruiz: explicando o porque havia saido
(22:55:41) Ricardo Ruiz: o meu ponto de visata
(22:55:43) Organismo: a-hãn
(22:55:44) Ricardo Ruiz: vista
(22:55:48) Ricardo Ruiz: e dai?
(22:56:01) Ricardo Ruiz: dai que tinha pao de centeio naquele email…
(22:56:10) Ricardo Ruiz: 🙂
(22:56:17) Ricardo Ruiz: aeeeeee!!!!!!!
(22:56:24) Organismo: hehheheh
(22:56:36) Organismo: cara a gente ta parecendo mpb
(22:56:42) Organismo: eu já vou escancarar
(22:56:43) Ricardo Ruiz: total!
(22:56:50) Organismo: to de saco cheio é de mpb!!!!!!!1
(22:56:54) Organismo: hahahahahahahah
(22:56:58) Ricardo Ruiz: porra, eh um saco!!!!
(22:57:09) Ricardo Ruiz: mas vou falar que eu gosto de gil e de samba de roda….
(22:57:09) Organismo: porra Brasil é mó mentira
(22:57:25) Organismo: cade o tal do Brasil
(22:57:29) Ricardo Ruiz: mentira pra iludir indigena, sobrevivente da colonizacao dos fenicios!
(22:57:41) Organismo: gol da Argentina
(22:57:48) Ricardo Ruiz: em cima do dida!!!
(22:57:50) Ricardo Ruiz: CARALHA!
(22:57:59) Ricardo Ruiz: XUTARAM O SACO DO RONALDINHO
(22:57:59) Organismo: galera eu quero falar com todo mundo, com todo mundo que fala portugues, certo ou errado
(22:58:02) Ricardo Ruiz: DOS DOIS!!!!
(22:58:06) Organismo: ou fala inglês
(22:58:11) Organismo: ou fení­cio
(22:58:18) Organismo: mas porra…
(22:58:19) Organismo: como
(22:58:21) Ricardo Ruiz: THEY QUIQUED!
(22:58:22) Organismo: ?
(22:58:31) Ricardo Ruiz: THEY QUIQUED RONALDINHO!
(22:58:36) Ricardo Ruiz: BOTH!!!!
(22:58:48) Organismo: he
(22:58:54) Organismo: poizé
(22:58:59) Ricardo Ruiz: eh isso!
(22:59:02) Organismo: velho é complicadão hein
(22:59:19) Organismo: como que a galera leva nóis a sério
(22:59:25) Ricardo Ruiz: as entrevistas deveriam virar conferencias de dia-inteiro….
(22:59:30) Organismo: como diz aquele mulekinho de busão no rio
(22:59:36) Ricardo Ruiz: por que a gente fala antes dos outros…
(22:59:45) Organismo: “eu pudia estar roubando eu pudia estar matando…
(22:59:51) Organismo: mas tou aqui…
(23:00:01) Ricardo Ruiz: trabalhando de artista!
(23:00:09) Organismo: vendendo horas de internet para oseu provedor preferido!
(23:00:13) Organismo: hahahahahah
(23:00:16) Ricardo Ruiz: hahahahahahahahaha
(23:00:20) Ricardo Ruiz: boa noite!
(23:00:42) Organismo: vishnu?
(23:00:47) Organismo: acabou a conferencia
(23:00:48) Ricardo Ruiz: pessoal de casa que leu o blogue:
(23:00:51) Organismo: ?
(23:00:54) Organismo: não
(23:00:56) Ricardo Ruiz: guerreiros, hein, leram ateh aqui?
(23:00:59) Organismo: ó meu deus
(23:01:00) Ricardo Ruiz: nao?
(23:01:05) Organismo: nada ficou respondidoooooooo
(23:01:10) Ricardo Palmieri: oq?
(23:01:15) Ricardo Palmieri: ahm?
(23:01:15) Ricardo Ruiz: como nao!!!!! ahhhhhh
(23:01:17) Ricardo Palmieri: onde?
(23:01:20) Ricardo Palmieri: como?
(23:01:23) Ricardo Ruiz: vou ter que voltar amanha!!!
(23:01:25) Ricardo Ruiz: hahahahahhahahahahah
(23:01:28) Ricardo Ruiz: o palm voltou!
(23:01:28) Organismo: hahahahahaha
(23:01:31) Ricardo Ruiz: responde palm!!!!
(23:01:32) Organismo: aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
(23:01:35) Organismo: responde
(23:01:35) Ricardo Palmieri: opa
(23:01:38) Organismo: palmieri
(23:01:41) Ricardo Palmieri: tava meditando
(23:01:43) Organismo: o que é cultura digital?
(23:01:45) Ricardo Ruiz: hahaha
(23:01:48) Ricardo Palmieri: quem?
(23:01:49) Organismo: hahahaha
(23:02:01) Organismo: gilberto gil
(23:02:02) Ricardo Palmieri: flutuei
(23:02:11) Organismo: toca matema!!!!!!!
(23:02:13) Ricardo Palmieri: o cara q cantou na teia?
(23:02:14) Organismo: quáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
(23:02:16) Ricardo Ruiz: gilberto gil eh quase o pequeno buda, flutua
(23:02:32) Organismo: Satanique Samba trio pra presidente velho
(23:02:36) Organismo: só digo isso
(23:02:37) Organismo: socorro
(23:02:45) Ricardo Ruiz: midiatatica pra presidencia!
(23:02:55) Ricardo Ruiz: e fim ao jornalismo !!!
(23:02:57) Ricardo Palmieri: e viva o eneas sem barba!!
(23:02:58) Ricardo Ruiz: hahahahah
(23:03:00) Organismo: caralha
(23:03:27) Ricardo Palmieri: largou a maconha. nao tem mais onde carregar!
(23:03:58) Ricardo Ruiz: o eneas nao usa mais barba?
(23:04:02) Ricardo Ruiz: eh serio isso?
(23:04:33) Ricardo Palmieri: http://www.estadao.com.br/banco/img/livre/2006/04/2532006040419435215NEWLOOK3.jpg
(23:05:06) Ricardo Palmieri: ele pasosu mal, ficou internado e voltou sem baraba!
(23:05:24) Organismo: ta
(23:05:24) Organismo: vamo tentar um final reflexivo então
(23:05:24) Organismo: galera
(23:05:24) Organismo: como que a gente junta tudo os loco que vieram até o fim do texto e também assumem que tão tudo perdido junto?
(23:05:24) Organismo: nao é por ae
(23:05:24) Organismo: he
(23:05:35) Ricardo Palmieri: agora sim! presidenciavel em 4.o lugar
(23:05:46) Ricardo Palmieri: eh!
(23:06:09) Ricardo Palmieri: acho q vale uma frase da monica serra
(23:06:22) Ricardo Palmieri: tudo te a ver com tudo. soh tem q ver o q tem a ver com o q.
(23:06:32) Ricardo Ruiz: eu diria pra deixar um comentario no blogue, e para ensinar a outros como comentar blogues, e a tentar fazer um fanzine 🙂
(23:06:44) Ricardo Ruiz: acho que vale uma expressao matematica:
(23:06:47) Ricardo Ruiz: ).(
(23:06:53) Ricardo Palmieri: boa!
(23:06:57) Ricardo Ruiz: que nao eh assim, eh com o contem e o estah contido
(23:07:07) Ricardo Ruiz: http://201.6.103.134/platform/?q=eu_nao_sou_gringo
(23:07:11) Ricardo Ruiz: meu vizinho
(23:07:20) Ricardo Ruiz: serio Organismo:
(23:07:34) Organismo: então vamo salvar o termo “midiatática” ou vamo vender pra banda calypso?
(23:07:41) Organismo: opa
(23:07:44) Organismo: sério
(23:07:52) Organismo: qual o número da MINHA CONTA
(23:07:55) Organismo: cai o pano
(23:07:57) Ricardo Palmieri: calypso rulez!
(23:07:59) Organismo: hahahahahahahaha
(23:08:24) Ricardo Palmieri: eneas sem barba eh midiatatica?
(23:08:31) Ricardo Ruiz: AIAIAIAI
(23:08:33) Ricardo Ruiz: AI AI
(23:08:34) Ricardo Ruiz: AI
(23:08:35) Organismo: não velh para comessa de enéas
(23:08:38) Ricardo Ruiz: UM ALIEN ESTAH ME PUXANDOA
(23:08:38) Ricardo Ruiz: A
(23:08:39) Ricardo Ruiz: GALGHJHJAL
(23:08:39) Organismo: que desgraça
(23:08:41) Ricardo Ruiz: AGAJKHFALLSDKJFHAS
(23:08:43) Ricardo Ruiz: ASDFJHAHGJDFA
(23:08:45) Ricardo Ruiz: ASGAAABCZVCNBFCXM
(23:08:45) Organismo: hahahahahah
(23:08:46) Ricardo Ruiz: JM
(23:08:49) Ricardo Ruiz: ..
(23:08:52) Ricardo Ruiz: ….
(23:08:53) Ricardo Ruiz: .
(23:08:55) Ricardo Palmieri: volta!
(23:08:58) Ricardo Palmieri: volta!!!
(23:09:00) Ricardo Ruiz: foda
(23:09:08) Ricardo Palmieri: hahaah
(23:09:10) Organismo: velho seguinte vou falar sério sim
(23:09:10) Ricardo Ruiz: eh um beco louco, nao morre nao, o termo.
(23:09:14) Organismo: galera ta foda
(23:09:18) Organismo: AJUDA NÂIS
(23:09:21) Organismo: he
(23:09:28) Ricardo Palmieri: q q falta?
(23:09:29) Ricardo Ruiz: nao deveria virar sinonimo de jornalismo barato nem de proposta
(23:09:30) Organismo: ou melhor
(23:09:32) Organismo: SE AJUDEM
(23:09:36) Ricardo Ruiz: governamental
(23:09:44) Organismo: opa
(23:09:49) Ricardo Palmieri: serio.
(23:09:53) Ricardo Palmieri: qq falta?
(23:09:55) Organismo: sérissimo
(23:10:02) Organismo: seguinte
(23:10:10) Organismo: minha parte “jornalí­stica” agora
(23:10:13) Organismo: a pedidos
(23:10:18) Ricardo Ruiz: falta saber se nosso esforco eh valido para a alteracao de cenarios tao megalopolos
(23:10:19) Organismo: heheheh
(23:10:29) Ricardo Ruiz: (existe essa palavra)
(23:10:31) Ricardo Ruiz: ?
(23:10:36) Organismo: convido qualquer leitor a entrevistar algum dos envolvidos aqui
(23:10:40) Organismo: ao seu gosto
(23:10:44) Ricardo Ruiz: eh isso!!!!!!!!!!
(23:10:49) Organismo: vale usar os comments
(23:10:54) Organismo: é isso
(23:10:54) Ricardo Palmieri: posso usar esta entrevista e entregar como trabalho programado de mestrado. posso? nao sei se eh bom ou pessimo.
(23:10:56) Organismo: achamo!!!!!!
(23:11:03) Ricardo Ruiz: amanha ha uma sessao ao mesmo horario
(23:11:13) Organismo: opa
(23:11:17) Organismo: então
(23:11:20) Ricardo Ruiz: topas?
(23:11:26) Ricardo Palmieri: vcs topam?
(23:11:28) Organismo: manda um recado ae pra galera do organismo
(23:11:33) Ricardo Ruiz: acho louco
(23:11:35) Ricardo Palmieri: eu to precisando de material bom assim.
(23:11:36) Organismo: os hackeador de catatau que tão lendo
(23:11:56) Ricardo Palmieri: mas temos q por um teto pra discussao. tipo, 3 dias. q acham?
(23:12:04) Organismo: aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
(23:12:07) Ricardo Ruiz: porra, organismo eh um dos meus alucinogenos preferidos… assim como pao de centeio, ele apodrece, e vira adubo!
(23:12:14) Ricardo Ruiz: ahahahahahah
(23:12:43) Ricardo Palmieri: ?
(23:13:04) Organismo: oiés
(23:13:17) Organismo: manda umas fotos agora no meu mail
(23:13:26) Ricardo Ruiz: agora que vi o topo da entrevista, Organismo, a conversa foi aberta pelo ch e tu hackeou geral?
(23:13:27) Organismo: to publicando esse troço na í­ntegra agora mesmo
(23:13:37) Organismo: hahahahahahahha
(23:13:45) Organismo: o nome já diz velho
(23:13:48) Organismo: pd conference
(23:13:55) Organismo: puros dados foundation
(23:13:57) Ricardo Palmieri: e ai?posso mandar pau?
(23:14:04) Organismo: cria da VALERIE SOLANAS
(23:14:10) Organismo: hahahaha

Just follow the yellow brick road.. (???????)
oiéssssssssssss

Entrevistas organismo: Munha

Conheça o “samba” du mal do Satanique Samba Trio.
Baixe aqui:
Teletransputa
Dança das quiumbas.
Gafieira bad vibe.

(09:33:26) Organismo: se você quiser deixar suas músicas pra todo mundo baixar, e até mexer nelas você pode?
(09:33:39) Organismo: acredita que isso pode ajudar?
(09:36:09) Munha: acredito q poderia, mas sou inseguro demais pra fazer uma coisa dessas. acho q entraria em panico com a possibilidade de alguem fazer algo melhor do q eu fiz e esfregar na minha cara. viveria na iminencia de um piripaque. ajudaria, com certeza, a piorar minha saúde cardí­aca.
(09:36:36) Organismo: tu ta vacilando
(09:36:41) Munha: eu tenho problemas com isso. nao gosto q outras pessoas acompanhem o processo criativo, acabo me sentindo ridiculo quando isso acontece.
(09:36:52) Organismo: toca na melhor banda do Brasil e ainda quer ser o beethoven
(09:37:14) Munha: seria como mostrar meu pau na final do big brother brasil”¦

(09:05:56) Organismo: o Satanique Samba Trio são quantos?
(09:05:57) Munha: hm
(09:06:15) Organismo: he
(09:06:27) Organismo: ou é só 1?
(09:06:34) Organismo: que tu é metido a maestro que eu sei
(09:06:36) Munha: cinco putas: eu, lupa, RC, Ed e hideki
(09:07:00) Organismo: os caras parecem instrumentistas criativos
(09:07:13) Organismo: mas c é muito metido a ditar partitura?
(09:07:24) Munha: eles sao. fazem arranjos. sem esse tipo de liberdade, ia ser dificil manter alguem na banda.
(09:07:53) Organismo: Porque o Satanique tem um lance bem fragmentado, que apesar de í s vezes parecer improviso é bem motí­vico
(09:08:10) Munha: eu até me meto a ditar partitura, mas por uma questao de praticidade. no final das contas, as estruturas e conceitos sao mais elasticos do q parecem.
(09:08:29) Organismo: Ces tão gravando coisa nova?
(09:09:57) Munha: nas apresentaçoes ao vivo, abre-se espaço para improviso sim, pq tboa parte dos instrumentistas ali sao egressos do jazz. pode nao parecer, mas a minha intençao é criar um ambiente agradavel para os integrantes. eu entendo q é dificil tocar numa banda com um lider tirano e, por isso, tenho de salpicar a vida deles com agrados.
(09:10:43) Organismo: Como é que esse lance de improviso? Fala sobre o processo de composição de vocês… Outra coisa… Você considera que a estética de vocês foi algo planejado ou espontâneo? Porque o conceito é muito bem fechado… esse lance de samba erudito brasileiro, com trí­tonos. jazz avant-garde e música eletrocústica…
(09:10:48) Munha: estamos sempre gravando coisa nova. entreguei um LP chamado ‘sangrou’ para a Amplitude semana passada e ja começamos a gravar um outro registro, que deve sair em forma de single, EP, compacto ou alguma merda do genero.
(09:11:39) Organismo: E o Lusbel is Jazz Project? Era um proto Satanique?
(09:13:41) Munha: os improvisos acontecem dentro de estruturas pré-estabelecidas e, neste sentido, posso dizer q é o maximo de liberdade q posso prover. ele começa, o solista faz o q tem de ser feito, alguem dá a deixa de mudança e voltamos todos para a égide da ditadura.
(09:14:42) Organismo: se alguém quiser fazer emocore não pode então
(09:14:44) Organismo: hahahahah
(09:16:18) Munha: o conceito foi detalhadamente calculado, o desenvolvi antes mesmo de iniciar a formaçao. a ideia era trazer oq há de inaceitável na musica mundial e encaixar na MPB. simples assim. gosto de dizer que trata-se da aceitaçao do Mal na musica brasileira.
(09:16:26) Organismo: E porque esse lance de ter selo “independente” distribuindo? Ajuda? Porque ces não botam as músicas de vocês pra download e recombinação duma vez? Ce acredita em “mercado fonográfico”?
(09:16:35) Munha: se alguem quiser fazer emocore, morre antes da segunda progressao.
(09:17:19) Organismo: “musica Brasileira” existe?
(09:17:47) Organismo: Porque me parece que o som de vocês tá num ní­vel que é vanguarda cosmopolita mundial…
(09:18:52) Organismo: Por outro lado pra “Mpb” e mesmo pro mundinho “indie” vocês podem ser considerados “exóticos”
(09:19:40) Munha: o lusbel is a jazz project era o satanique samba trio sob efeito de calmantes. era a mesma coisa que fazemos hoje, de maneira mais inconsciente. bem mais.
(09:22:04) Munha: eu adoraria poder liberar para download na rede. nao sei se a recombinaçao faz muito minha cabeça, mas o download, sim. o problema é q preciso de alguem para bancar minhas gravaçoes, q acontecem quase diariamente. entao, este é o trato: eles bancam e eu finjo q acredito no mercado fonografico.
(09:22:13) Organismo: Mas cara
(09:22:19) Organismo: gravar é rí­diculo de fácil
(09:22:36) Organismo: eu vou até aí­ em Brasí­lia só pra ensinar vocês um dia desses
(09:22:48) Organismo: gravar é só gravar
(09:23:17) Organismo: hahaha “ensinar”
(09:23:17) Munha: existe musica brasileira, no q diz respeito a standards, regras e dogmas. é justamente isso q se torna desrespeitavel no final das contas.
(09:23:55) Organismo: enfim.. complementando: Se vocês gravassem vocês mesmos não teria como sair algo mais espontanêo ainda? Estudio com técnico não tem pressão externa?
(09:25:06) Munha: na verdade, sempre me disseram q o SS3 so seria entendido no exterior e, prefiro nao acreditar nisso. sinceramente. a soluçao q encontrei é continuar tocando por aqui e ver oq acontece antes de tomar medidas drásticas, tipo auto-mutilaçao ou turnezinha na europa.
(09:25:26) Organismo: A relação de vocês com música “brasileira” é então uma questão motí­vica? Ou você acredita em “brasilidade”?
(09:27:47) Munha: talvez nascesse mais espontaneamente sim, mas os estudios de brasilia têm uma estrutura q nós ainda nao temos: bons microfones, pre-amplificadores, planejamento acustico e etc. na verdade, nossos engenheiros de som favoritos sao quase membros honorários da banda (L).
(09:28:49) Organismo: Mas e o lado da distribuição? O que voce acha de produção colaborativa, conceito de copyleft e essas coisas? Cê é conservador com esses conceitos?
(09:28:57) Munha: é motí­vica. brasilidade me parece um conceito abstrato demais, nesses dias de perguntas sem respostas.
(09:29:42) Organismo: Ah a “mpb” tem caricaturas grotescas pra esse termo que não são nada abstratas
(09:30:01) Organismo: eu vi o jairzinho elogiando sua banda heheh
(09:32:34) Munha: é impressionante como esses baratos de hippie podem funcionar. pra ser sincero, acho q sempre haverao opçoes para estes procedimentos de distribuiçao. o problema é q a amplitude, por exemplo, nos ampara em campos que me dão preguiça de batalhar: distribuiçao, arrecadaçao, todo o processo de marketing e negociaçao para apresentaçao ao vivo, divulgaçao no além-mar e etc.
(09:33:07) Organismo: ta mas você não respondeu.
(09:33:20) Munha: é, nao respondi. deu pra notar?
(09:33:25) Munha: vou responder.
(09:33:26) Organismo: se você quiser deixar suas músicas pra todo mundo baixar, e até mexer nelas você pode?
(09:33:39) Organismo: acredita que isso pode ajudar?
(09:36:09) Munha: acredito q poderia, mas sou inseguro demais pra fazer uma coisa dessas. acho q entraria em panico com a possibilidade de alguem fazer algo melhor do q eu fiz e esfregar na minha cara. viveria na iminencia de um piripaque. ajudaria, com certeza, a piorar minha saúde cardí­aca.
(09:36:36) Organismo: tu ta vacilando
(09:36:41) Munha: eu tenho problemas com isso. nao gosto q outras pessoas acompanhem o processo criativo, acabo me sentindo ridiculo quando isso acontece.
(09:36:52) Organismo: toca na melhor banda do Brasil e ainda quer ser o beethoven
(09:37:14) Munha: seria como mostrar meu pau na final do big brother brasil…
(09:37:20) Munha: bondade sua (K)
(09:37:27) Organismo: desse jeito vai acabar fazendo parceria com o jarzinho
(09:37:29) Organismo: hjahahahaahaha
(09:38:11) Munha: acho mais provavel fazer parceria com vc do q com o jairzinho. vc fica aí­ sacaneando, mas a zelia duncan andou falando bem do matema. mostrei o disco pra ela outro dia desses.
(09:38:30) Organismo: hahahahahhahhahaha
(09:38:36) Organismo: ta vendo
(09:38:41) Organismo: tu é MPB
(09:38:51) Organismo: hahahahahahahhahahah
(09:39:19) Munha: po, era mentira, né?
(09:39:37) Organismo: cara eu não vou ficar te conversando a botar tuas músicas sobre copyleft, mas se você deixar eu mesmo faço
(09:39:41) Munha: e eu la vou conhecer porra de zelia duncan?
(09:39:47) Organismo: sei lá
(09:39:50) Organismo: hahahahahaha
(09:40:25) Organismo: e o teu trampo com artes, música… que você tem feito além do SS3
(09:42:32) Munha: essa galera da MPB me trata como mendigo: nao olham na minha cara, ficam incomodados quando chego perto e se forem forçados, dizem oq têm pra dizer o mais rapido possivel, soltam um ‘foi mal, tou com pressa’ e tentam se esquecer o mais rapido possivel.
(09:43:35) Organismo: mas cara o Satanique devia estar na Tzadik…
(09:44:18) Organismo: éssa galera é muito burra, só vive de reverências
(09:44:23) Munha: andei produzindo umas bandas daqui de brasilia, e me arriscado em trilhas sonoras por aí­. na verdade, o satanique samba trio arranca quase toda a minha disposiçao, tempo e amor í  vida. o ‘sangrou’ amputou-me permanentemente uns 10% da alma.
(09:45:09) Munha: tzadik? diz isso pro john zorn! mandei meus ultimos lançamentos 4638783 vezes e tudo q recebi de resposta foi o sinal de telefone ocupado.
(09:45:17) Organismo: hahahahhahahaha
(09:45:19) Organismo: ta vendo
(09:45:25) Organismo: o lance é copyleft
(09:45:47) Organismo: vou aí­ pra brasí­lia assim quie descolar um laptop só pra gravar um disco copyleft de vocês
(09:46:31) Munha: tou contigo. chega mais.
(09:48:17) Organismo: cara… e o seu alnce supersensitivo, aquele seu papo sobre alucinações…
(09:48:22) Organismo: pode falar sobre isso?
(09:48:33) Organismo: alnce=lance
(09:51:35) Munha: isso nunca me ajudou muito. na verdade, em epocas de crise psicotica, depressao, insonia ou TOC, eu ficava praticamente improdutivo. nao conseguia sair da cama, vivia encolhido na soleira da porta. sei q isso nao soa muito correto, mas se devo minha arte a algo, é í  industria farmacêutica. diante de um surto psicotico eu nao conseguia sequer me levantar do chao, muito menos escrever uma musica.
(09:52:24) Organismo: ja pensou em estudar um pouco de psicanálise?
(09:52:48) Munha: ja li alguma coisa a respeito.
(09:53:40) Organismo: Porque eu acredito que isso tenha haver com supersensibidade, e a capacidade de abstração da linguagem e como controlar de certa forma esse dom.
(09:54:28) Munha: bem, se for isso, eu estou bem longe de controla-lo. ia precisar de uma ajudinha basica do professor xavier.
(09:54:45) Organismo: hehe
(09:55:19) Organismo: acredito que o Satanique reflita um pouco disso sim, seja uma válvula.
(09:55:31) Munha: e o certo é ‘a ver’, e nao ‘haver’, ô matematico
(09:55:50) Organismo: por isso que é legal entrevista por messenger
(09:55:55) Organismo: fim das regras
(09:57:12) Munha: é uma valvula das sequelas psicologicas q os males patologicos me timbraram. insegurança, baixa-auto estima, inveja, mal estar, depressao e etc.
(09:57:40) Munha: nunca tinha cedido entrevista por messenger. tou achando fera, véi.
(09:57:53) Munha: fim das regras. rasga a constituição aí­.
(09:58:13) Organismo: Mas voltando ao tema trabalho colaborativo… Como você abriria seu trabalho para mais colaborações? Estranha essa sua preocupação sobre alguém fazer “melhor”… Pra quem faz coisas tão interessantes, é uma preocupação meio “autoral” demais… Você acredita em “gênio”?
(09:58:42) Organismo: Deixa eu só dar uma complementada
(09:58:51) Organismo: ou vai falando…
(10:01:54) Munha: eu nao teria problemas em colaboraçoes diretas e imediatas, como escrever peças com outros musicos. isso ja fiz bastante, até. o q me deixaria de calças arriadas seria justamente entregar algo q ja considero finalizado para outra pessoa manipular. e o meu medo de constatar q andaram entendendo minhas intençoes melhor q eu? q expuseram minhas chagas de maneira mais criativa?
(10:02:19) Organismo: Porque eu vejo por exemplo que mais do que essa preocupação com “marketing” que você citou como a necessidade de “gravadora” o que potencializaria o seu trabalho e a gente conseguir juntar uma rede de supersensitivos ( agora embalei no termo) colaborando… Por exemplo você fazendo algo com o Marcelo Birck ou Diego Medina… Tenho impressão que o que falta pra essas redes colaborativas terem conteúdo muitos desses “gênios” (ou psicóticos com TOC – consulte seu psiquiatra) abrirem seu trabalho para colaboração… interagirem…
(10:02:25) Organismo: acho que to insistindo nisso
(10:02:35) Organismo: to brincando de Munha maestro
(10:02:36) Organismo: heheheh
(10:02:38) Organismo: mas enfim
(10:02:45) Organismo: fala um pouco disso depois é recreio
(10:04:26) Organismo: caralho essa sua preocupação é ignóbil. você JA É SUPER CRIATIVO. Por que alguém seria MAIS … existe essas matizes de criatividade? Pra mim isso é binário! Algo pode ser bom e outro também!
(10:04:27) Munha: eu adoraria fazer algo com o marcelo birck, mas ele teria de estar na minha frente, caso eu quisesse socar-lhe a cara. senti q o comentario sobre o professor x faz mais sentido agora, vc está querendo montar o x-men. acho super valido.
(10:05:37) Organismo: Sim pateta, esse negócio de entrevista é desculpa – eu to só montando o album de figurinhas da orquestra organismo hahahahahahahah
(10:07:08) Munha: mas vc nao acha q existem niveis qualitativos? me parece q isso é um defeito meu: nesse sentido, enxergo tudo muito preto-e-branco. olho para este ou aquele sujeito e o vejo em um ‘patamar de qualidade’. confesso que ou ignobil.
(10:07:40) Munha: pois é, acho esse lance de orquestra organismo algo muito divertido. concretiza logo essa porra.
(10:07:48) Organismo: ja começou!
(10:08:03) Organismo: você tá nela nesse instante
(10:08:07) Organismo: falando nisso
(10:08:16) Organismo: isso me vem outra pergunta
(10:08:46) Munha: hm
(10:09:06) Munha: pois nao.
(10:09:19) Organismo: Consegue ( ou gosta) de enxergar essa rede colborativa que você interage como algo se desenhando? Ou a ansiedade faz com que você ache que seu trabalho só acontece quando aprece uma “capinha de CD”?
(10:09:42) Organismo: percebe que a orquestra organismo esta compondo neste momento?
(10:09:55) Organismo: Sugira um movimento pra partitura..
(10:10:03) Organismo: kkkkkkk (risada de Munha)
(10:11:12) Munha: a ansiedade faz com que eu ache q o trabalho so acontece quando aparece uma capinha de cd, mas até isso se dar, eu fico chafurdando em constante processo criativo, obsessao e incertezas. seria bem divertido, se nao incomodasse tanto.
(10:12:27) Organismo: quanto a ní­veis qualitativos – existem dias em ní­veis qualitavos também… então é que é bom hoje amanhã pode ser preguiça… só insisto nofato que o trampo d Stanique é muito importante pra ficar fechado no simulacro de “gravadoras” e “cena musical”… mas fale qualquer coisa… aproveite pra dar alguma idéia ou se quiser faça uma pergunta…
(10:12:54) Organismo: bateu o sinal
(10:12:59) Organismo: fale mal da professora
(10:13:20) Organismo: da professora de jornalismo hahahah
(10:13:24) Munha: f4f4f4f4
(10:13:25) Organismo: fadam-se as entrevistas
(10:13:25) Munha: boa
(10:13:27) Organismo: hahahaha
(10:13:35) Organismo: falae
(10:13:40) Munha: escuta, como vai ser esse esquema de orquestra organismo?
(10:13:42) Organismo: pra que essa “entrevista”?
(10:13:53) Munha: nao sei, isso é contigo
(10:13:58) Organismo: ja ta sendo bobão não ta vendo?
(10:14:09) Organismo: não da pra impor ritmo nas pessoas
(10:14:22) Organismo: john cage nem morreu ainda
(10:14:46) Munha: ta bom :'(
(10:14:55) Organismo: mas o serialismo boolezano pode estar em boole
(10:15:12) Organismo: qto a isso só digo o seguinte
(10:15:22) Organismo: músicas do satanique abertas pra colaboração!
(10:15:46) Organismo: essa é a exigência do pavilhão, senão nóis corta a garganta do carcerero
(10:16:34) Munha: posso ate jogar musicas na rede para colaboraçao, mas nao sei se seriam do SS3…
(10:16:36) Munha: alias,
(10:16:46) Munha: vou pensar melhor no assunto.
(10:16:53) Organismo: issae
(10:16:56) Organismo: entaõ
(10:16:57) Munha: boicho, tenho de saier
(10:17:04) Organismo: fala mais alguma coisa ae pra fechar o ciclo
(10:17:08) Munha: tou atrasado pro treino de muay-thai
(10:17:11) Organismo: hahahahaha
(10:17:23) Munha: ja tou 15 minutos atrasado e a culpa é sua
(10:17:31) Munha: (K)
(10:17:35) Organismo: blza
(10:17:38) Organismo: mete a porrada
(10:17:41) Organismo: hahahahahahahahah
(10:17:43) Munha: valeu brasil

Entrevistas organismo: Felipe Luiz Cordeiro


AQUI: músicas podem ser baixadas da excelente banda Ruí­do /mm. (logo mais ponho umas músicas num link neste servidor)

Os textos do Felipe podem ser conferidos em seu blog.

(19:20:04)Felipe:então, existem milhares de bexigas, daquelas compridas de palhaço! Elas são injetadas em torneiras que despejam lí­quidos densos dentro delas, estas bexigas não estouram com facilidade viram grandes cobras de plástico. São muitas bexigas, chega um momento que elas sufocam o ambiente em que estou, são muitas. Quando estou completamente sufocado pego as agulhas, aí­ é que entra arte na minha vida. A a
(19:20:32)Felipe:arte são as agulha que possiblitam estourar estas bexigas.
(19:21:35)Felipe:As pessoas que em minha volta tiverem a produzir arte possiblitaram também que eu arranje agulhas; no caso de uma manifestação que me chame muita atenção pode até surgir uma daquelas agulhas de tricô, bem grandonas

(18:51:49)Organismo:então
(18:51:52)Organismo:rola te entrevistar?
(18:51:53)Felipe:manda
(18:51:56)Felipe:manda
(18:52:13)Felipe:pera, vou escolher um som então!
(18:52:18)Organismo:heh
(18:53:18)Felipe fechou a janela de conversa.
(18:53:27)Organismo:então
(18:53:33)Felipe:um pouco
(18:54:33)Felipe fechou a janela de conversa.
(18:54:59)Felipe:ok, vou de thelonius e coltrane
(18:57:41)Organismo:Bom, antes de tudo queria te dizer que a pira na verdade é a conversa mesmo, você é um figurinha legal pra apresentar pra galera que freqüenta o organismo, tenho conversado contigo e vejo que a tua relaçao com a produção parece ser bem visceral, c é um cara que fala com paixão das coisas que você tem observado… Conte um pouco do ruí­do/mm e o que você tem buscado. Pode fazer perguntas também… 🙂
(18:57:47)Organismo:dizae
(19:02:32)Felipe:ok, seguinte o ruí­do/mm é uma famí­lia que tive a sorte de conhecer. Tenho 21 anos e ali tive a oportunidade conhecer cabeças que desvirtuaram a presença cliche de um ser humano numa sociedade suprimida pela monotomia. O ruí­do me proporcionou a possibilidade de percorrer as garagens e os terraços de prédios altos de razões que manifestaram a abertura de meus sentimentos
(19:02:37)Organismo:heheh pausa dramática hein
(19:02:40)Organismo:opa
(19:02:46)Organismo:sincronia
(19:05:12)Felipe:busco a fuga pací­fica, procuro ejacular meus medos em forma de melodias e conceitos. Através da música e da aproximação desta famí­lia aprendo a me comunicar com as pessoas, abdico muitas vezes de conversas com o mundo para focalizar as divagações e senso através do ruí­do. Ali sinto-me em ca sa, e não é aquela imagem de uma casa com familiares felizes, passando margarina no pão, brigando pelo controle
(19:07:44)Felipe:remoto e conversando com os parentes em épocas festivas. É uma ca sa escura, que se esclarece quando entramos em consenso num arranjo ou tema. É uma moradia que hospede estudo e paciência. Posso dizer que sou o mais ansioso nesta famí­lia, quero que as coisas funcionem rapidamente, mas eles, meus colegas e irmãos da banda me ensinaram que é necessário deixar os arranjos envelhecerem pra ficarem bon
(19:07:44)Felipe:s
(19:08:08)Felipe:é necessário aguardar o momento certo, o tempo psicológico exato para a transcendência!
(19:08:12)Felipe:Vish, hehe!
(19:09:22)Felipe:Possi dizer que busco o amadurecimento.
(19:09:30)Organismo:Será que tem um "momento certo"? Quem você acha que decide o "momento"?
(19:10:44)Felipe:O momento certo é quando ninguém pensa e apenas executa. Ação e reação! Quando abro os olhos e vejo que todos estão com os olhos fechados.
(19:14:46)Organismo:Você falou nesse lance de um trampo coletivo como metáfora de uma famí­lia ideal… e também sobre amadurecimento… Um dos motivos de eu estar fazendo estas entrevistas com as "pessoas" é justamente trazer a tona esta percepção de quem somos "NÂS"… que estamos interagindo… como você vê essa relação fora deste grupo que você ja tem uma relação onde visualiza a "maturidade" e uma coletividade nessa busca por catarse? E por outro lado qual "ação" que você tem buscado como indí­viduo? Você acha que o trampo do ruido ou do Felipe vão além da música?
(19:15:27)Organismo:Como ligar essas redes?
(19:15:43)Organismo:Trazer essa intimidade catártica de que voice fala
(19:16:01)Organismo:para outros grupos que você está interagindo
(19:16:15)Organismo:como esta que está lenso a nossa conversa nesse momento
(19:16:27)Organismo🙁 ou resta pessoa que está lendo).
(19:16:40)Organismo:por que a intenção dessa conversa
(19:16:58)Organismo:não é ser uma simulaão de " entrevista" como as dos jornais
(19:17:13)Felipe:O Felipe é uma pessoa que funciona muito bem no estí­mulo; perco horas a buscar uma medida ezata que satisfaça os meus medos a ponto de eles explodirem como um agulha estoura uma bexiga cheia de água!
(19:17:14)Organismo:e sim uma conversa com interculocutores reais, que você vai encontrar por aí­…
(19:17:34)Felipe:vou tentar juntar tudo, vamos ler..
(19:20:04)Felipe:então, existem milhares de bexigas, daquelas compridas de palhaço! Elas são injetadas em torneiras que despejam lí­quidos densos dentro delas, estas bexigas não estouram com facilidade viram grandes cobras de plástico. São muitas bexigas, chega um momento que elas sufocam o ambiente em que estou, são muitas. Quando estou completamente sufocado pego as agulhas, aí­ é que entra arte na minha vida. A a
(19:20:32)Felipe:arte são as agulha que possiblitam estourar estas bexigas.
(19:21:35)Felipe:As pessoas que em minha volta tiverem a produzir arte possiblitaram também que eu arranje agulhas; no caso de uma manifestação que me chame muita atenção pode até surgir uma daquelas agulhas de tricô, bem grandonas
(19:21:42)Felipe:possibilitarão
(19:22:32)Felipe:A arte vai me aliviando, vou me identificando – e pessoas são estí­mulos, são vida – qualquer manifestação de arte é um estí­mulo.
(19:22:47)Organismo:Qualquer?
(19:22:50)Felipe:um alfineta para estourar as bexigas que me sufocam.
(19:22:55)Felipe:Qualquer que eu me identifique!
(19:23:45)Felipe:neste episódio existe algo legal que recordei,: há 1 semana atrás o Pill, que toca comigo no ruí­do, estava falando sobre os pixadores.
(19:25:15)Felipe:Falando que a sociedade abomina a pixação, por estar ferindo a imagem numa cidade. Fez-me pensar o quão genuí­na são estas pixações, sejam elas de palavras, signos de gangues…; são nada mais do que um desconforto de pessoas marginalizadas que vêem
(19:25:29)Felipe:nas pixações uma possibilidade de estourar as bexigas que as sufocam.
(19:25:42)Felipe:É uma arte genuí­na de uma sociedade contemporânea.
(19:27:11)Felipe:E é isto, uma frase num muro que eu focalize e me identifique pode me auxiliar a estourar as bexigas.
(19:27:47)Organismo:falando em contemporanêa, o que você tem visto na cidade que te interessa? Dos estouradores de bexigas? heheheh
(19:29:36)Felipe:hehe, em frente ao meu prédio existe duas flechas na calçada e uma bola no meio delas. Pixadas, em verde! Isto foi algo que me chamou muito atenção hoje.
(19:29:51)Felipe:Fiquei a pensar qual o motivo de tal manifestação.
(19:31:47)Felipe:Seu trabalho, é um dos que sempre me auxiliam a estourar as bexigas. O dissolve et Coagula é algo que inuncou meu quarto, pois todas as bexigas estouraram – mas claro, em alguns dias iniciaram o enchimento. Estas produções, e improvisações do organismo…
(19:32:21)Felipe:a literatura tem me auxiliado muito também neste processo de viver, seria muito difí­cil viver sem ela, assim como a música.
(19:32:45)Organismo:Porque?
(19:33:17)Felipe:Porque ela me mostra que não sou o único a sentir medo numa sociedade que se alimenta de dramas fáceis pela televisão.
(19:33:49)Organismo:E falando em entrevista c estudou jornalismo, né? O que você acha de " entrevistas"? Servem pra alguma coisa? Ce andou falando de querer estudar música.. Ce bota fé que o ensino consegue dar condições das pessoas suprimirem essa repressão a qual você se refere?
(19:33:51)Felipe:Não sou o único a me revoltar, e a se identificar com tantas coisas que não me trazem e provavelmente nunca me trarão dinheiro.
(19:35:07)Organismo:POizé tanta gente que sabe fazer coisas legais e acaba tendo que ter um tipo de "vida dupla", fazendo algumas coisas que não acredita em algum perí­odo do dia…
(19:35:21)Organismo:É desse tipo de repressão que você tem falado?
(19:36:04)Felipe:Estudo numa faculdade particular de jornalismo, dela posso falar. Digo que a minha faculdade é uma faculdade que se preocupa com o seu nome, logo investe milhões em laboratórios de televisão e rádio. Afinal se tiver um repórter que trabalha no jornal da globo, mesmo que paranaense, todos saberão que ele estudou na unicenp e assim o nome da faculdade ficará grande. Preocupam-se pouquí­ssimo com os p
(19:36:38)Felipe:professores e também posso dizer que não existe movimento estudantil na minha faculdade.
(19:36:53)Felipe:Ela serviu para que eu entedesse o nojo que são os veí­culos de comunicação
(19:37:59)Felipe:que detém um embasamento muito vasto sobre a comunicação e a alienação, possibilitando a venda de produtos em larga escala. A televisão é a vitrina em ca sa, e nada mais.
(19:38:32)Felipe:Entrevistas são interessantes sim, servem para motrar um ponto de vista. Mas nada além disto também.
(19:38:52)Organismo:Mas e os cadernos B de jornal?
(19:38:56)Organismo:Você lê?
(19:39:08)Organismo:Foi por isso que resolveu estudar jornalismo?
(19:39:30)Felipe:Ã?Ë? complicado ler jornais na sociedade contemporânea, depois que se experimenta a facilidade da televisão ninguém lê jornal!
(19:39:58)Felipe:E jornal é um amontuado de informações, é uma loucura – lê-se jornal pra que?
(19:40:05)Organismo:Jornal é menos pior que tv ?
(19:40:29)Organismo:e Internet? A maioria das pessoas não acaba usando só orkut e msn?
(19:40:48)Organismo:Acho que a gente ta começando a enxer bexigas de novo… hahahaha
(19:41:01)Felipe:hehe, ótimo. é isto mesmo!
(19:41:20)Felipe:Então, jornal é menos pior por que ninguém fica 5 horas lendo-o diariamente
(19:41:42)Organismo:Bom podemos voltar a pensar nas soluções catárticas então
(19:41:42)Felipe:a televisão sim, não tenho um dado concreto mas especulo por lembranças que a média do brasileiro em frente a tv é de 5 horas diárias!
(19:42:06)Organismo:Se pararmos pra pensar, somos muitos
(19:42:14)Organismo:acho que só precisamos nos conhecer
(19:42:46)Organismo:Como o ruido estaria aberto para colaborações?
(19:42:54)Organismo:e Interações?
(19:42:55)Felipe:E a questão dos 7 minutos de programação mais 3 de intervalo (não é bem isto), e esta constância faz com que o maní­aco pelo veí­culo perca a concentração após estes 7 minutos.
(19:42:59)Felipe:hehe, espere.

(19:43:06)Organismo:Você acredita em palco, cd essas coisas?
(19:43:16)Felipe:Desculpa, tenho raiva de televisão. continuemos
(19:43:20)Organismo:opa
(19:43:27)Felipe:hehhe
(19:43:29)Felipe😮 ruí­do
(19:43:30)Organismo:se quiser meter o pau em tv
(19:43:32)Organismo:vamo nessa
(19:43:35)Organismo:hahahah
(19:43:55)Felipe:não continuemos, com algo menos chato.
(19:44:57)Felipe:então o ruí­do está aberto sim, não sei como pode receber ou doar – mas sei que esta muito aberto
(19:45:16)Felipe:em palco, acredito
(19:45:45)Organismo:mas e a distância que o palco impõe? Como você vê isso?
(19:45:49)Felipe:é ali em que se vê nos rostos das pessoas do que a sua música é capaz defazer, é ali que se pode levar tomates ou ser ovacionado!
(19:46:09)Organismo:Mas você falou em catarse
(19:46:23)Felipe:Esta certo, estou me contradizendo!hehe
(19:46:35)Felipe:Vejo o palco como uma crí­tica
(19:46:48)Organismo:esta catarse coletiva é possivel com a distância do "palco" coloca?
(19:46:55)Felipe:é ali que as pessoas vão ver, vão comentar
(19:47:03)Organismo:Eu acredito bastante na situação ritual
(19:47:08)Felipe:continue
(19:47:10)Organismo:parece que vocês tem muito disso
(19:47:31)Felipe😮 ideal seria que antecedendo um show todos recebessem uma venda
(19:47:34)Organismo:e você confirmou isso com as imagens que ilustrou sobre como vê a banda
(19:48:53)Felipe:E todos entrassem junto naquele ritual, ao menos quem estivesse disposto a por a venda. Mas seria também um abuso, ninguém é origado a ouvir 1 hora de show – mas assistir 5 horas de televisão todos podem e ninguém critica.
(19:49:23)Organismo:vish esse papo de simulacros dá pano pra manga
(19:49:29)Felipe:hehe
(19:49:33)Organismo:então deixa eu direcionar um pouco
(19:49:37)Felipe:ok
(19:49:50)Felipe:mas direcione com algumas informações se nao me perco, hehe
(19:51:00)Felipe:Uma coisa o ruí­do esta aberto a qualquer tipo de arte gráfica, experimental, imagens, textos, ….música, poesias em shows…! Só pra não deixar passar.
(19:51:08)Felipe:continue
(19:52:38)Organismo:voltando pra convergência entre tua busca no jornalismo e sua busca no cenário músical urbano… você acredita que hoje o "jornalista musical" constrói cenas? Pela sua idade você ja pegou a coisa toda com a Internet dando gás… entaõ deixa eu formular uma idéia: Você pensa em contribuir com esse seu lado " jornalista" pra construção destas "cenas"? E qual o perigo dessas "cenas" tornarem-se "modas" ? Como podemos lidar com isso… E fechando essa reflexão, cite algumas coisas da sua "geração" que você curte ( pode ser de qqer lugar do planeta, mas cite algumas póximas…)
(19:55:05)Felipe:Estou até com um projeto de observar o cenário e criticar, fazer o papel de um crí­tico musical. Por que vejo a falta disto aqui em Curitiba, quero estimular outros a fazerem o mesmo. Mas ainda não sei como!
(19:55:13)Organismo:massa
(19:55:15)Felipe:Cacetada, cena virar moda. Legal, deixa pensar um pouco
(19:55:20)Organismo:pode e deve usar o organismo pra isso
(19:55:29)Organismo:você sabe que o login no organismo é aberto né?
(19:55:42)Felipe:calma Organismo, hehe
(19:55:44)Organismo:mesmo que publicar em outro lugar fique a vontade pra publicar aqui…
(19:55:54)Felipe:deixo afunilar, to tentando afunilar a linah de raciocí­neo! hehe
(19:56:02)Felipe:ok
(19:56:03)Felipe::)
(19:56:37)Organismo:sim esse lance "cena" virar "moda" tem muito haver com consumismo em volta… mas comente um pouco… depois eu pontuo…
(19:56:37)Felipe:E por que não virar moda? Desde que não seja vulgar, quando passa a se preocupar com o glamour do que com a obra em si. Não há problema
(19:59:18)Felipe:é complicado, eu gostaria de viver apenas fazendo música, dedicar-me exclusivamente. Mas meu pai agora pouco me lembrou sobre a reunião que eu e ele terí­amos para ver o meu futuro profissional, sabe esta coisa de ganhar dinheiro! É complicado, preciso sobreviver – e se a cena virasse moda quem sabe eu poderia viver de música sem ter que ocupar meu espí­rito com o mundo empresarial
(19:59:58)Organismo:é complicado
(20:00:05)Organismo:mas isso me dá uma idéia
(20:00:35)Organismo:você podia fazer um entrevista no organismo com alguem de uma geração mais velha, mais ou menos da idade do seu pai
(20:00:53)Organismo:alguem que na idade dele ainda faz poesia
(20:01:06)Organismo:música
(20:01:07)Organismo:etc
(20:01:11)Felipe:ótimo, alguma idéia de entrevistado?
(20:01:14)Organismo:sim
(20:01:20)Organismo:ja tenho na ponta da lí­ngua
(20:01:32)Felipe:fechado
(20:01:57)Felipe:E você Organismo, desacreditou do disco impresso?
(20:03:12)Organismo:podia ser o Thadeu Wojciechowski. O thadeu ta na area a mais de 50 anos, fez parcerias com beijo a foorça, leminski, marcos prado toda geração 70 e 80 de Curitiba. Dae Thadeu, ce tiver lendo, játa intimado.
(20:03:27)Felipe:ok, fechado!!!
(20:03:38)Organismo:como é a pergunta do sisco impresso?
(20:03:42)Organismo:como assim?
(20:04:34)Felipe:O disco do Matema foi virtual; vê a necessida de tranformá-lo em um produto?
(20:05:03)Organismo:Cara alguém ouve cd?
(20:05:06)Organismo:ta
(20:05:09)Organismo:claro que ouve
(20:05:19)Organismo:tecnocrata essa minha afirmação
(20:05:26)Organismo:mas o lance é o seguinte
(20:05:40)Organismo:a gente até prensou umas 200 cópias uma vez
(20:05:43)Felipe:iuhuu, sempre quis perguntar isto pra vc!
(20:06:07)Organismo:pra vender em show, dar pra amigos etc
(20:06:23)Organismo:Na verdade se houver demanda
(20:06:30)Organismo:a gente tiver fazendo show
(20:06:34)Organismo:até faz sentido
(20:06:38)Organismo:como suporte
(20:06:52)Organismo:inclusive pra atingir pessoas que não usam muito o computador
(20:06:59)Organismo:mas um problema grave seria
(20:07:25)Organismo:ter que ficar me envolvendo com "distribuidoras independentes"
(20:07:31)Organismo:"resenhas em jornal"
(20:08:05)Organismo:todo esse meio viciado em comparações e paramêtros que eu que eu dispenso
(20:08:11)Felipe:entendo!
(20:08:20)Organismo:a maior roubado do mundo é esse lance de gravadora
(20:08:38)Organismo:é bem complicado
(20:08:56)Organismo:sem querer ser tecnocrata mas eu só vejo esperança na internet
(20:09:31)Organismo:a não ser que a gente conseguisse mudar essa merdas de lei pra permitir transmissão de rádio e tv
(20:09:38)Organismo:que são um absurdo oligárquico
(20:09:44)Felipe:ô, e como!
(20:10:40)Felipe:mas creio que as coisas vão acontecendo, lentamente mas vão; é só a gente não parar de produzir – sendo oque for, mas tendo bom senso!
(20:11:13)Organismo:falando em produção então
(20:11:33)Organismo:que musicas do ruí­do ce vai liberar pra gente deixar no site aqui o link pra baixar?
(20:11:52)Felipe:todas
(20:11:53)Felipe😕
(20:11:56)Organismo:heh
(20:12:08)Organismo:certeza passa links
(20:12:17)Organismo:mas eu queria deixar aqui no site umas duas
(20:12:19)Organismo:bem a vista
(20:12:22)Organismo:escolhe
(20:12:26)Felipe:www.tramavirtual.com.br/ruido_mm
(20:12:42)Felipe:baixo e guitarra e pop!
(20:12:49)Organismo:blza!
(20:12:50)Organismo:massa
(20:13:09)Organismo:mais algum último recado pra gente fechar o boteco por hoje?
(20:13:24)Organismo:se quiser flar mais 3 páginas a gente começa de novo!
(20:13:51)Felipe:digo que tenho ensaio daqui a pouco, necessito explodri algumas bexeigas! heheh
(20:14:02)Organismo:Como a galera que ta lendo pode interagir e colaborar com seu trampo, tanto no jornalismo e literatura como no ruido /mm ?
(20:15:07)Felipe:conversando comigo, :): felipeluizcordeiro@hotmail.com . estou aberto a estí­mulos culturais, o que precisar em áreas que entenda um pouco estou aí­!
(20:15:39)Organismo:Masssssssa
(20:15:50)Organismo:Então… Na próxima você entrevista hein!
(20:15:55)Organismo:ja ta intimado!
(20:16:02)Felipe:perfeito, :)!
(20:16:05)Organismo:E coloque suas coisas no organismo…
(20:16:41)Felipe:pode deixar, e vou precisar do teu auxí­lio pro projeto que to produzindo
(20:17:05)Organismo:Opa não sou só eu não… não esqueça que tem uma galera lendo!
(20:17:06)Organismo::)
(20:17:25)Organismo:heheheh

Entrevistas organismo: Eduardo Verderame

Esta é primeira de uma série de Entrevistas exclusivas que serão feitas aqui no Hackeando Catatau.
Esta primeira é com Eduardo Verderame.

(21:34:06)Organismo:você é um Social Designer?
(21:34:08)Organismo:hahahahaha
(21:34:11)Eduardo Verderame:nao
(21:34:13)Eduardo Verderame:hahahahahaha
(21:34:57)Eduardo Verderame:tem uma gente em sp que tenta de qualquer forma pensar essas manifestacoes, tentar junta-las numa perspectiva meio..
(21:35:02)Eduardo Verderame:neo marxista
(21:35:10)Eduardo Verderame:de escultura social,
(21:35:19)Eduardo Verderame:é um termo parecido”¦
(21:35:44)Eduardo Verderame:nao sei”¦

(20:30:41)Organismo:Que que você ta fazendo em vienna?
(20:31:46)Eduardo Verderame:bom, eu conheci uma menina que trabalha aqui com um projeto de net art, e ela me convidou (a mim e a mais tres amigos) para uma bolsa. ela poderia sugerir nomes e nos indicou
(20:31:56)Eduardo Verderame:a ideia é fazermos uma mostra de brasileiros aqui
(20:32:19)Organismo:como ta esta organização?
(20:33:28)Eduardo Verderame:temos o lugar, temos um patrocinio quase rolando, estamos escrevendo textos, temos os nomes da spessoas que queremos, alguns dos trabalhos (de fotos e impressos) aqui conosco.
(20:33:43)Eduardo Verderame:é um trabalho de equipe, mas ainda falta um bocado
(20:35:20)Organismo😮 trabalho ta em processo ou ja decidiram alguma coisa?
(20:38:13)Eduardo Verderame:tá bem em processo. tem trabalhos que se resolvem mais fácil, como videos e dvds,fotos, isso é só questnao de montagem. tem alguns que ainda precisamos chegar a algumas soluções juntos, de como vai acontecer, por exemplo o da cozinha (hhehehe), tem coisas que ainda nao vimos prontas, tem um que uma menoina está trazendo do Brasil…
(20:38:37)Eduardo Verderame:uma menina está trazendo
(20:39:03)Eduardo Verderame:tem coisas do grupo PORO que ainda nem vimos
(20:41:12)Organismo:como que você foi parar aí­
(20:41:13)Organismo:ta
(20:41:21)Organismo:mais especí­fica a pergunta
(20:41:24)Organismo:vou reformular
(20:42:33)Organismo:fale um pouco do caminho que te levou até aí­ e um pouco do trabalho que você vem fazendo… como você pode dividir os trabalhos coletivos que você tem se envolvido de um trabalho autoral do eduardo
(20:42:41)Organismo:e o principal
(20:43:03)Organismo:como você pode falar do seu trabalho… além do campo da " arte"
(20:43:11)Organismo:fale um pouco do esqueleto coletivo
(20:43:32)Organismo:do trabalho no edificio prestes maia
(20:43:42)Organismo:coisas que a gente tem acompanhado do seu trabalho
(20:43:44)Organismo:enfim
(20:43:48)Organismo:faça uma regressão
(20:43:50)Organismo:hahahahah
(20:43:53)Eduardo Verderame:hahahahaa
(20:46:49)Eduardo Verderame:eu tenho minha formaçnao em arte mesmo, mas sempre porque acreditei que na arte existia algo que poderia ser transmitido, e que era transformador mesmo. isso que me movia. apesar de tudo sempre tentei ter uma distancia da politica, só que sempre acabava de alguma forma envolvido.
(20:48:39)Eduardo Verderame:quer dizer, de juntar pessoas e fazer coisas juntos, tentar unir pessoas. porque sozinho a coisa não anda mesmo…e eu nunca gostei da postura de achar que tudo está perdido, sabe? quer dizer, se está perdido e ninguém faz nada, porque não tem sentido, aí­ que nada muda mesmo
(20:49:57)Eduardo Verderame:eu tive um amigo que se suicidou, pra ele as coisas deixaram de fazer sentido. isso em mim tocou nesse lado. ninguém sabe direito prá onde vamos, as coisas mudam, então é bom estar atento.
(20:51:46)Eduardo Verderame:mas foi na universidade, eu fazia projetos de arte publica e ninguem dava nada por aquilo. nao era a época.. então eu virei uma espécie de cara renegado, e ia criando minhas estratégias. isso veio a florescer muitos anos depois, tipo há pouco tempo, e com pessoas muito mais jovens que eu, o que foi mais legal ainda
(20:52:49)Eduardo Verderame😮 esqueleto surgiu de um grupo de amigos que trabalhavamos juntos, em eventos de arte, coisaas pros SESCs da vida, propunhamos projetos e elesaceitavam, entao a gente se virava e fazia
(20:54:23)Eduardo Verderame:juntar varios artistas, fazer mostra de outdoor em muros, lambes lambe, trazer a turma que faz performance… o esqueleto juntou muita gente, só que não foi apenas o esqueleto, acho que era uma galera que já estava de alguma forma se juntando e trabalhando junto.
(20:56:08)Eduardo Verderame:e cada vez mais pensando na rua como o espaço, para nao depender de instituições, pra ter liberdade. a partir de 2003, teve essa aprximaçao com o pessoal dos sem-teto. a principio com os moradores do prestes maia, com o movimento sempre era mais dificil, pela questao politica mesmo.
(20:57:52)Eduardo Verderame:e foi tomando corpo esse tipo de aglomeração, por um lado, vários coletivos, e agora junta o CMI, junta radio livre, está um monte de gente se juntando e articulando. as ações tem de ser mais planejadas, etc. a gente já sabe que tem polí­cia que ionvestiga a gente, as nossas redes, etc.
(20:58:38)Eduardo Verderame:outro dia vieram atrás do EIA, queriam que a gente prestasse depoimento, disseram que tinham provas contra nós no nosso blog (!!!).
(21:01:14)Eduardo Verderame:de qualquer forma a rede está cada vez mais forte. o meu trabalho pessoal dentro disso quase desaparece. eu sou meio um articulador dentro disso, mas tenho um trabalho profissional, que é como assistente da Regina Silveira (o que dá bastante trabalho) e tenho meus projetos pessoais, que acabam ficando em segundo plano, as vezes… mas que ainda assim caminham.
(21:01:39)Eduardo Verderame:acho que nnao tenho como parar… estou em várias avalanches simultaneas…
(21:01:58)Eduardo Verderame:(pausa para um copo de agua)
(21:02:56)Organismo:(psicanalista cruza as pernas para o outro lado)
(21:03:00)Organismo🙁 e não ri)
(21:03:04)Eduardo Verderame:sim..
(21:03:13)Eduardo Verderame:e nem falei da minha mae…
(21:03:20)Organismo:ta – hahahahahaha
(21:03:25)Eduardo Verderame:hehehe
(21:03:32)Eduardo Verderame:pode continuar, se é que..
(21:04:00)Organismo:pera um pouco então
(21:04:06)Organismo:como é que é essa história
(21:04:12)Organismo:de "provas contra o blog"
(21:04:13)Organismo😕
(21:04:17)Eduardo Verderame:hhahahaha
(21:04:19)Organismo:isso é preocupante
(21:04:26)Eduardo Verderame:nada
(21:06:20)Eduardo Verderame:mas é assim, outro dia uma amiga do EIA nos ligou super preocupada, porque tinham entrado em contato com um dos artistas que tinham participado do EIA e ele teve de prestar depoimento na delegacia. era o camilli, o das placas de transito, ele colava placas embaixo das verdadeiras
(21:07:49)Eduardo Verderame:isso aconteceu porque OUTRO GRUPO estava colando ENCIMA dasplacas de transito outras mensagens. era um trabalho legal até. confundiram, e quiseram chamar a Gisella, porque o nome dela tava no blog… tinham tudo impresso, pra usar como prova, mas a acusaçnao era falha.
(21:09:13)Eduardo Verderame:teve logo depois uma estoria com as placas imobiliarias, essas sim retiradas (digamos) ilegalmente. mas como todas estavam em lugares proibidos, e eram em si proibidas…tambem é uma acusacao que nao vai dar em nada.
(21:09:43)Eduardo Verderame😮 que fica disso é qu8e temos de ter um advogado smepre perto e registrar bem as ações, para nao existir mal entendidos.
(21:11:27)Organismo:isso me traz uma pergunta
(21:14:11)Organismo:como você ve a diferença, de um trabalho pessoal, "humano", onde os conceitos "estéticos" ficam em outro plano, e o envolvimento com grupo, "causas" em comum fazem com que o "trabalho" seja quase que na prática o mover-se de uma "prática e ética" numa sociedade (além do capital e estado?), você enxerga esse movimento nas redes que você interage?
(21:14:14)Organismo:Digo isso
(21:14:18)Organismo:porque paralelo a isso
(21:15:07)Organismo:existe essa ("desculpa"?) de que esta se fazendo algo no campo da "arte", comovocê falou do trabalho que te coloca em contato com "mercados"
(21:15:10)Organismo:…
(21:15:19)Organismo:como pensar estes espaços
(21:15:26)Organismo:e mais um complemento
(21:15:50)Organismo:você sente aí­ na áustria que existe algum tipo de "vizinhança"
(21:15:53)Organismo:"humana"
(21:16:08)Organismo:como tentei falar no primeiro parágrafo
(21:16:25)Organismo:tipo, sem precisar tanto discutir o que é " arte"
(21:16:34)Organismo:mas tente definir o que é sua " ação"
(21:16:40)Organismo:efetiva
(21:16:50)Organismo:por onde ela se move
(21:17:01)Organismo:e como lidar com o universo que a torna possí­vel
(21:17:12)Organismo:certamente não fui claro
(21:17:15)Organismo:mas fale algo
(21:17:16)Organismo:he
(21:17:17)Eduardo Verderame:hhehhe
(21:17:34)Eduardo Verderame:vou ver se consigo…
(21:20:09)Eduardo Verderame:primeiro que as vezes me sinto fazendo coisas diferentes, mas imagino que possam ter um sentido no todo… mesmo quando em grupo, a gente acaba doando muito do lado pessoal, claro.
(21:20:54)Eduardo Verderame:no fundo faz parte de ser humano e ter de lidar com gente, com muitos lados muitas visoes diferentes. nnao acredito que exista apenas os dois lados
(21:21:29)Eduardo Verderame:ética acaba sendo um padrão, que cada um cria prá si.
(21:22:40)Eduardo Verderame:a gente no lado da arte ou da politica, ec, acaba malhando muito as pessoas, mas no,lugar delas talvez estivesse fazendo o mesmo… e isso é bom de ficar esperto…
(21:25:42)Eduardo Verderame:eu não transito muito por mercados de arte, não sei como seria… mas eu circulo por ambientes de arte, que é outra coisa. consumir arte hoje em dia estáligado a absorver informaçoes criativas, estimulantes. por isso nao tenho esse medo do mundo da arte, etc. que muita gente tem.
(21:29:04)Eduardo Verderame:meu caminho nisso espero que seja o de fazer pontes entre pessoas e coisas interessantes, é o que eu acho que tenho de fazer. não sou um cara que tem uma especialidade técnica muito aprofundada. ou melhor eu tenho mas em coisas que sao muito simples, como desenho por exemplo. nao posso me meter com, digamos, metareciclagem. mas sei de um cara aqui e outro ali que compartilham esse interesse
(21:29:23)Eduardo Verderame:e trato de unir as pontas, como voce mesmo disse lá em cima. isso eu gosto de fazer
(21:29:45)Eduardo Verderame:e faço sempre que posso.
(21:30:56)Eduardo Verderame:agora a Austria é um universo a parte. essa cidade me deixa maluco, é muito louca. a gente nao tem isso no brasil. hoje passei emfrente da casa que o beethoven morou. uma casa normal. na outra quadra, tem a casa que o freud morou…
(21:31:27)Eduardo Verderame:ao mesmo tempo tem uma atmosfera meio opressora, as pessoas vigiam a vida uma das outras.
(21:31:52)Eduardo Verderame:nnao sei como seria morar aqui. se voce é marginal, voce é excluí­do mesmo
(21:32:12)Eduardo Verderame:em sp ninguem quer saber quem voce é. aqui botam bilhetinhos na sua porta
(21:32:26)Eduardo Verderame:cambio.
(21:32:30)Organismo:oi
(21:32:39)Organismo:porque eu tava falando nisso mesmo
(21:32:49)Organismo:eu vejo que existe um campo
(21:32:54)Organismo:que você atua
(21:33:18)Organismo:que muitas pessoas envolvidas no organismo (aqui no organismo – escrevendo no futuro do subjetivo)
(21:33:26)Organismo:atuam]
(21:33:31)Eduardo Verderame:sim
(21:33:35)Organismo:que uma noção macro
(21:33:50)Organismo:uma coisa que Octavio brinca de chamr de
(21:33:54)Organismo:" Social Design"
(21:34:06)Organismo:você é um Social Designer?
(21:34:08)Organismo:hahahahaha
(21:34:11)Eduardo Verderame:nao
(21:34:13)Eduardo Verderame:hahahahahaha
(21:34:57)Eduardo Verderame:tem uma gente em sp que tenta de qualquer forma pensar essas manifestacoes, tentar junta-las numa perspectiva meio..
(21:35:02)Eduardo Verderame:neo marxista
(21:35:10)Eduardo Verderame:de escultura social,
(21:35:19)Eduardo Verderame:é um termo parecido…
(21:35:44)Eduardo Verderame:nao sei…
(21:36:05)Eduardo Verderame:acho comlicado nao me considero isso…
(21:36:21)Eduardo Verderame:mas entendo, porque me identifico com essas iniciativas..
(21:36:57)Eduardo Verderame:acho a bicicletada demais, algumas açoes que mesmo voces daí­ fizeram, de se juntar na praça japao…
(21:37:37)Eduardo Verderame:sei lá são legais, mas não sei definir, talvez precise ter uma definição de social design
(21:37:45)Eduardo Verderame😮 nome é horrí­vel
(21:37:46)Eduardo Verderame:hhehehee
(21:38:43)Organismo:é palha mesmo
(21:38:47)Eduardo Verderame:hahahaha
(21:38:56)Organismo:mas
(21:39:16)Organismo:como você vê então essa noção de " vizinhança"
(21:39:27)Organismo:de que um cara lá da áustria
(21:39:32)Organismo:te chama pra dialogar
(21:39:47)Organismo:e ao mesmo tempo uma demanda dum grupo de sem teto
(21:39:56)Organismo:qual o conexão dessa estrutura
(21:40:07)Eduardo Verderame:sei.
(21:40:38)Eduardo Verderame:é tudo parte dessa louca experiencia de ser humano.
(21:40:55)Eduardo Verderame:engracado que o nome que chegamos pra essa mostra é vizinhos.
(21:41:01)Eduardo Verderame:Vizinhos
(21:41:53)Eduardo Verderame:porque de ceerta forma as pessoas que nos acolheram aqui sao muito abertas e legais. são fantasticas conosco.temos muita sintonia.
(21:43:34)Eduardo Verderame:a Karina que foi quem eu conehci primeiro, veio ao brasil e se nos conehcemos por email. ela ia para os lugares e me escrevia me perguntando se eu conehcia alguém lá. nós nem nos conehciamos pessoalmente ainda. quer dizer, se colocou nas mãos de um estranho e viveu a experiencia de conhecer os amigos de alguém que ela nem conhecia.
(21:43:53)Eduardo Verderame:se ela fosse a curitiba iria conhecer voces com certeza.
(21:45:07)Eduardo Verderame:quer dizer tem pessoas que são muito diferentes e no caso foi assim. essa proximidade aconteceu e foi muito importante.
(21:45:28)Eduardo Verderame:não sei se respondo…
(21:47:32)Organismo:que massa
(21:47:35)Organismo:não sabia dessa
(21:47:39)Organismo:ta vendo?
(21:48:08)Organismo:eu sou meio levi straussuperticioso
(21:48:19)Eduardo Verderame:ahhahahah
(21:48:32)Eduardo Verderame:super-sticioso
(21:48:55)Eduardo Verderame:eu acredito nessas conexões!
(21:50:46)Eduardo Verderame:ei Organismo voce conhece um jeito de passar som pela onternet que nao seja email (demora muito) tipo FTP…eu nao manjo nada disso, mas estou cheio de sons ciganos fantasticos aqui.estava querendo dar um jeito de passar isso.
(21:50:52)Eduardo Verderame:mudando de assunto
(21:53:22)Organismo:acaou a entrevista??
(21:53:24)Organismo:hahahaha
(21:53:34)Eduardo Verderame:voce que sabe,,,
(21:53:35)Eduardo Verderame:hehehe
(21:53:42)Organismo:deixe seu ultimo recado para o organismo então
(21:53:52)Organismo:pode ser algo
(21:53:57)Organismo:como uma proposta de ação
(21:58:10)Eduardo Verderame:eu acho que essa organizacao de voces é uma das mais estimulantes que já apareceu nos ultimos tempos, porque é aberta e multidisciplinar. e acho que gostaria de ter uma participação mais efetiva as vezes, mas acho que igualmente gosto de ver e aprendo com o que voces bolam por aí­. sou meio um ..admirador sabe…heheheh… essa foi ruim, mas é verdade.acho que deví­amos bolar um organismo renascido,
(21:58:58)Eduardo Verderame:uma continuaçnao das propostas do outro ano, agitar o
SESC daí­ e tentar reunir mais metarecicleiros, bicicleteiros, artistas loucos..
(21:59:22)Organismo:estamos tentando na verdade entender o que estamos fazendo
(21:59:24)Organismo::)
(21:59:27)Eduardo Verderame:é daí­ que nascem coisas boas, é daí­ que sai o social design
(21:59:32)Eduardo Verderame:heheheheh
(21:59:35)Organismo:além dessas instituições todas
(21:59:39)Eduardo Verderame:pode crer
(21:59:45)Eduardo Verderame
(21:59:59)Organismo:então vai a ultima pergunta
(22:00:04)Organismo😮 que é o Organismo?
(22:00:10)Eduardo Verderame:mas tentar o apoio de uma forma mais de iguel para igual, sem precisar negar
(22:00:42)Eduardo Verderame:eu adoro aideia de um dia o organismo relamente virar uma orquestra
(22:00:45)Eduardo Verderame:ahahahahahaha
(22:00:57)Eduardo Verderame:aqui em viena tem a orquestra dos vegetais
(22:01:00)Eduardo Verderame:!!!!
(22:01:30)Eduardo Verderame😮 organismo é uma orquestra em um sentido mais amplo, polifonico mesmo
(22:05:47)Organismo:massa
(22:05:55)Organismo:é nóis!!!!!!!!!!!!!!!!!