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1504

conSertoupGraDesencontro

Valores

* colaboração
* descentralização
* diversidade
* liberdade

Princí­pios

(artifí­cios intelectuais para caminhar dos valores í s práticas)

* agilidade e invisibilidade sem crise;
* autonomia de ação;
* ausência de ní­veis hierárquicos de decisão;
* ausência de centro determinado de atuação e produção;
* comunicação multidirecional, veloz e ampliada por ferramentas digitais;
* desobediência civil como re-existência;
* explorar estados alterados de consciência;
* ênfase em processos abertos, documentados e visí­veis publicamente;
* humanização das relações entre pessoas;
* multifoco;
* otimização de recursos;
* respeito, confiança e benefí­cio mútuo;
* redundância positiva;
* rotatividade de funções e atribuições;
* tomada de decisão por consenso;
* valorização e respeito aos processos subjetivos;
* ‘dar tempo ao tempo’

Atores

* o abacaxi
* conselho deliberativo
* conselho consultivo

Processos

Ação interna

* institucional;
* burocrática;
* comunicação;
* documentação (banco de dados com how-to);
* planejamento;
* captação de recursos;
* desenvolvimento e finalização de projetos;
* remuneração;
* produção (quem vai varrer a casinha?);

Ação interconexões

* relacionamento com gringos
* relacionamento com mov. sociais
* relacionamento interno
* relacionamento com .gov
* descobertas


Ação publicação e difusão

* Periódicos
o cadernos submidiáticos
o pub
o distribuição web
o print on demand

* Edições
o traduções
o coleções BR
o livros BR
o distribuição web
o print on demand
o distribuição parcerias

* Selo
o álbuns completos
o coleções
o programas de rádio
o transmissão
o distribuição

Ação metodologia e projetos:

* captação
* execução
* formato de projeto
* manutenção do banco de projetos
* banco de dados de metodologias de oficina

Ação plataforma tecnológica:

* planejamento
* desenvolvimento
* uso

Ação polí­tica:

* ação direta
* crí­tica teórica
* polí­ticas públicas
* prática radical

Ação arte, pesquisa e exploração:

Exemplo de Caso: desencontro + upgrade

1.surge um edital emergência

2.discussão pública

3.pequeno grupo focado reage com agilidade

4.tempo (espera)

5.ganha edital

6.convite pra concretizar

7.decisão

=zero graus

canção:

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bablabalbalbblablabalblablabla
blablablablabalbambbmoiwnanan
bmeambemb
bae brei boe a boanra orin rgn rigo rgi dgm:

jpojpojpojpojposjfaopsjfajfo\jg\jb w\]mnbonbws\objsp]ojbpo]s\jb]a\o]SAÂJbn]\sojvspojdjsd\oçjv]sO|jkv]osj\kvs\ojvm\mv\svm \vs\mvsodvnsodv sdomvdo\vmv xvps\djopm jvxjvpovbjxl mpsodvjpo çlzjvm ojvsvsdojvpsd\ ojvposjvcsp jvpojvpso jvpodvpo ojvsopvdp\dz;lnv \dv n pivjvdv çknvd lvçljv\d çozjdvovz ojcvpojvda\ipv ovopjdvopj çojvcojí± iopjv sdopjv c oncvin\aodv pojcvopjsvodi opijvopjv\n pov jpdvjodv\ opasdv\p oçjdvopjvõpv opjdvopdvopv jcn okfdsojf ljfopsj jvdjvs\ pojvozx jvçjvcxjopsdm soçjvposjv pozjfosje jfopjpfo kzdjfosjdvc osjvp ojvdops oxjfvosjv jvpsvjpjv ioj oizxjvops\jdv sjvops\djv sjvpos\djvp\ posjfdv ozxjvsop sodjvp fjpsdjjvopsd vjpo lzdfjvlçxd opsdjvsç nvsjvp\n o jvsjv jvopsd\jvops\ osjvpos\zdjvpsz posjvpos\djv vsdjpv vopsdjv zifvjpv jvpsojvpso pjvpos ljvpos\jv lz\jvcpoa\jv opzjvpoj çjopvjo\av vzlçojvps\ opjvpdos\jvpois jvnilshv znvcoizsdv hvcosnmcv .\jp oivnls\hv klihc ch oçiznl\shv çlzvhnoi\shv jpoxjdv vsjvpizsoj c hsoidvz ojvklsjdv lsvhjoiswjfilszhfyoz\gtvbz7t m nvxlkhnvoil khvozshdvo ksfhvlsnv ishdvklsdnv xkzvhiosd\nv hjvos\z izhcv \nzs iuzvhois\d ihfoish sui hvdoiszv zhvidsz xk j ihvjio\v isjvi a\vlk n kmvsdopijkv hvshv ahvisd lhvisd kxdvjs zkvniosjhv vjcsidjv a\hv lsvn lv hx ovhniosvn f is\hvis\nv ios\vhjksl\ ishjvkx p\gvb vlknskzdnv lszjvls jdpofkl nvcls


autor:Guilherme Soares

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Um weblog, blog ou blogue é uma página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são organizadas cronologicamente de forma inversa (como um diário). Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou ter sido escritos pela mesma pessoa.

O weblog conta com algumas ferramentas para classificar informações técnicas a seu respeito, todas elas são disponibilizadas na internet por servidores e/ou usuários comuns. As ferramentas abrangem: registro de informações relativas a um site ou domí­nio da internet quanto ao número de acessos, páginas visitadas, tempo gasto, de qual site ou página o visitante veio, para onde vai do site ou página atual e uma série de outras informações.

Os sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que oferecem, pois dispensam o conhecimento de HTML, o que atrai pessoas a criá-los.

A Deutsche Welle premia a cada ano os melhores weblogs internacionais em onze categorias no evento The Bobs – Best of Blogs.

História

Jorn Barger, autor de um dos primeiros FAQ – Frequently Asked Questions, foi o editor do blog original robotwisdom e concebeu o termo – “weblog” – em 1997, definindo-o como uma página da Web onde um diarista (da Web) relata todas as outras páginas interessantes que encontra. O blog de Barger tem uma aparência diferente dos atuais e ainda hoje mantém a mesma interface de quando foi criado. O termo foi alterado por Peter Merholz, que decidiu pronunciar “wee-blog”, que tornou inevitável o encurtamento para o termo definitivo “blog”. Rebecca Blood, pioneira no uso de blogs, relatou suas experiências, explicando que em 1999, os blogs eram distintos tanto em forma como conteúdo das publicações periódicas que os precederam (ezines e journals). Eles eram rudimentares em design e conteúdo, mas aqueles que os produziam achavam que estavam realizando algo interessante e decidiram ir adiante. Os blogueiros referenciavam entradas interessantes em outros blogs,normalmente adicionando suas opiniões. Créditos eram concedidos a um blogueiro individual quando outros reproduziam os links que este havia encontrado. Devido í  freqüente interligação entre os blogs existentes na época, os crí­ticos chamaram os blogueiros de incestuosos, que por sua vez sabiam que amplificavam as vozes uns dos outros quando criavam links entre si. E assim a comunidade cresceu. Os blogueiros pioneiros trabalharam para se tornar fontes de links para material de qualidade, aprendendo a escrever concisamente, utilizando os elementos que induziam os leitores a visitar outros sites.

O panorama mudou quando, naquele mesmo ano de 1999, diversas empresas lançaram softwares desenvolvidos para automatizar a publicação em blogs. Um destes softwares, chamado Blogger, apresentava enorme facilidade para publicação de conteúdo, e com a sua interface privilegiando a escrita espontânea, foi adotado por centenas de pessoas. O conhecimento tecnológico para manutenção de uma ferramenta para publicação na Web passou a não ser mais um requisito. A estrutura técnica era gerenciada pela empresa, que também oferecia a criação de blogs a custo zero, assim como os valores agregados: um item em um blog possui valor de produção irrisório comparado com o de um artigo veiculado na grande mí­dia. Essa adoção em massa, e a não utilização dos links como o elemento central da forma, causou controvérsia na comunidade original blogueira. Eles acusavam os blogs gerados pelos novos softwares de serem simplesmente diários, e não blogs – e o que representava os blogs “de verdade” eram os links. Alguns achavam que com a seleção criteriosa e justaposição de links, os blogs poderiam se tornar uma importante nova forma de mí­dia alternativa, agregando informações oriundas de diversas fontes, revelando diferentes pontos de vista e talvez, influenciar a opinião em larga escala – uma visão chamada “mí­dia participativa”.

Mas a mensagem passou a modelar o meio. No iní­cio de 2000, Blogger introduziu uma inovação – o permalink, conhecido em português como ligação permanente ou apontador permanente – que transformaria o perfil dos blogs. Os permalinks garantiam a cada publicação num blog uma localização permanente – uma URL – que poderia ser referenciada. Anteriormente, a recuperação em arquivos de blogs só era garantida através da navegação livre (ou cronológica). O permalink permitia então que os blogueiros pudessem referenciar publicações especí­ficas em qualquer blog. Em seguida, hackers criaram programas de comentários aplicáveis aos sistemas de publicação de blogs que ainda não ofereciam tal capacidade. O processo de se comentar em blogs significou uma democratização da publicação, consequentemente reduzindo as barreiras para que leitores se tornassem escritores.

A blogosfera, termo que representa o mundo dos blogs, ou os blogs como uma comunidade ou rede social, cresceu em ritmo espantoso. Em 1999 o número de blogs era estimado em menos de cinqüenta; no final de 2000, a estimativa era de poucos milhares. Menos de três anos depois, os números saltaram para algo em torno de 2,5 a 4 milhões. Atualmente existem cerca de 70 milhões de blogs e cerca de 120 mil são criados diariamente, de acordo com o estudo State of Blogosphere[1]. O estudo revela que a blogosfera aumentou em 100 vezes nos três últimos anos e que atualmente ela tende a dobrar a cada seis meses. Esse aumento significativo no número de blogs ao longo dos anos, fez com que a grande mí­dia desse maior importância ao fenômeno: entre 1995 e 1999 apenas onze artigos jornalí­sticos sobre blogs foram publicados. No ano de 2003, estima-se que 647 artigos foram publicados.

Provavelmente a maior diferença entre os blogs e a mí­dia tradicional é que os blogs compõem uma rede baseada em ligações – os links, propriamente. Todos os blogs por definição fazem ligação com outras fontes de informação, e mais intensamente, com outros blogs. Muitos blogueiros mantêm um “blogroll”, uma lista de blogs que eles frequentemente lêem ou admiram, com links diretos para o endereço desses blogs. Os blogrolls representam um excelente meio para observar os interesses e preferências do blogueiro dentro da blogosfera; os blogueiros tendem a utilizar seus blogrolls para ligar outros blogs que compartilham os mesmos interesses.

[editar] Blogueiro
Wikcionário
O Wikcionário possui o verbete: blogueiro

Blogueiro é um palavra utilizada para designar aquele que escreve em blogs. O universo dos blogueiros (a soma de tudo o que está relacionado a este grupo e este grupo em si) é conhecido como blogosfera.

No dia 31 de agosto, comemora-se o Dia do Blog, que se propõe a promover a descoberta de novos blogs e novo blogueiros.

[editar] Ver também

* Flog
* Vlog
* Blogosfera
* Blogs educativos

[editar] Referências

Ementário

CE003 ESTATíSTICA II
Representação tabular e gráfica. Distribuições de freqüências. Elementos de probabilidades. Distribuições discretas de probabilidades. Noções de amostragem. Estimativa de parâmetros. Teoria das pequenas amostras. Testes de hipóteses. Análise da variância. Ajustamento de curvas. Regressão e correlação. Séries temporais. Controle estatí­stico de qualidade.
CE211 PROCESSOS ESTOCíSTICOS
Definição, especificação e momentos de processos estocásticos. Processos estocásticos usuais. Processos estocásticos estacionários: sentido restrito, sentido amplo e processos ergóticos. Estatí­sticas conjuntas e processos estacionários. Densidade espectral de potência.

CI055 ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS I
Caracterí­sticas básicas do computador. Representação e aritmética binária. Algoritmos. Representação de dados. Introdução a uma linguagem de programação. Solução de problemas simples por computadores.
CI056 ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS II
Estilos de programação. Refinamentos sucessivos. Tipos abstratos de dados: listas, pilhas, filas. Recursividade. Ordenação interna. Busca. Análise de complexidade dos algoritmos.
CI057 ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS III
Memória principal. Acesso seqüêncial, indexado. írvore. Complexidade algoritmos. Ordenação externa. írvores balanceadas. Conjuntos não ordenáveis.
CI058 REDES DE COMPUTADORES I
Projeto de sistemas de teleprocessamento. Transmissão de dados a alta e baixa velocidade. Camadas 1 e 2 do modelo ISO/OSI.

CI059 INTRODUÇÃO à TEORIA DA COMPUTAÇÃO
Linguagem regulares, livres de contexto, sensí­vel a contexto. Autômatos, máquina de Touring. Computabilidade. Problema da parada. Noções de Lambda calculus, funções recursivas e computabilidade.
CI060 SEMINíRIOS DE INFORMíTICA I
Seminários de introdução í  informática e a Universidade.
CI061 REDES DE COMPUTADORES II
Topologia de rede e técnicas de chaveamento. Componentes e funções da rede. Processadores de comunicação. Redes locais. Confiabilidade e segurança de redes. Modelo OSI. Padrões nacionais.
CI062 TECNICAS ALTERNATIVAS DE PROGRAMAÇÃO
Programação em lógica. Programação funcional. Programação orientada a objetos.

CI063 MíQUINAS PROGRAMíVEIS
Programação em linguagem de máquina. Elementos de arquitetura de computadores. Noções de periféricos.
CI064 SOFTWARE BíSICO I
Linguagem de máquina. Técnicas de endereçamento. Representação digital de dados. Codificação simbólica e montadores. Definição e geração de macros. Segmentação e ligação de programas. Projetos ilustrativos da estrutura básica das máquinas e técnicas de programação.
CI065 ALGORITMOS E TEORIA DOS GRAFOS
Introdução í  teoria dos grafos. Algoritmos em grafos.
CI066 OFICINA DE PROGRAMAÇÃO
Uso dirigido de ferramentas de programação. O computador como ferramenta de trabalho. Práticas de Programação.

CI067 OFICINA DE COMPUTAÇÃO
Uso dirigido de ferramentas de desenvolvimento de software. Práticas de projetos de algoritmos.
CI068 CIRCUITOS LÂGICOS
Sistema de numeração e códigos. Minimização e decomposição de funções booleanas. Aritmética binária. Circuitos combinacionais e seqüenciais. Projetos de máquinas de estados e sistemas digitais.
CI069 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE INFORMíTICA
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Empresas de Informática, sob orientação de um professor.
CI070 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Engenharia d Software, sob orientação de um professor.
CI071 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Engenharia de Software, sob orientação de um professor.
CI072 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM BANCO DE DADOS I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Banco de Dados, sob orientação de um professor.
CI073 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM BANCO DE DADOS II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Banco de Dados, sob orientação de um professor.
CI074 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM REDES DE COMPUTADORES I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Redes de Computadores, sob orientação de um professor.

CI075 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM REDES DE COMPUTADORES II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Redes de Computadores, sob orientação de um professor.
CI076 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE INFORMíTICA I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Administração de Informática, sob orientação de um professor.
CI077 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE INFORMíTICA II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Administração de Informática, sob orientação de um professor.
CI078 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM COMPUTAÇÃO I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Computação Gráfica, Visão computacional e áreas correlatas, sob orientação de um professor.

CI079 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM COMPUTAÇÃO II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Computação Gráfica, Visão computacional e áreas correlatas, sob orientação de um professor.
CI080 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INTELIGÃ?Å NCIA ARTIFICIAL I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Inteligência Artificial, sob orientação de um professor.
CI081 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INTELIGÃ?Å NCIA ARTIFICIAL I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Inteligência Artificial, sob orientação de um professor.
CI082 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO E ARQUITETURA DE COMPUTADORES I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Organização e Arquitetura de Computadores, sob orientação de um professor.

CI083 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO E ARQUITETURA DE COMPUTADORES II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Organização e Arquitetura de Computadores, sob orientação de um professor.
CI084 TÂPICOS EM TEORIA DOS GRAFOS
Tópicos em teoria dos grafos.
CI085 TÂPICOS EM COMPUTAÇÃO GRAFICA
Tópicos em Computação gráfica.
CI086 TÂPICOS EM ARQUITETURA DE COMPUTADORES
Tópicos em Arquitetura de Computadores.

CI087 TÂPICOS EM BANCO DE DADOS
Tópicos em Banco de Dados.
CI088 TÂPICOS EM SISTEMAS DISTRIBUíDOS
Tópicos em Sistemas Distribuí­dos.
CI089 TÂPICOS EM TEORIA DA COMPUTAÇÃO
Tópicos em Teoria da Computação.
CI090 TÂPICOS EM ENGENHARIA DE SOFTWARE
Tópicos em Engenharia de Software.

CI091 TÂPICOS EM AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Tópicos em Avaliação de Desempenho.
CI092 TÂPICOS EM TECNOLOGIAS E APLICAÇÃ?â?¢ES
Tópicos em Tecnologias e Aplicações.
CI093 TÂPICOS EM ANíLISE NUMÉRICA
Tópicos em Análise Numérica.
CI094 TÂPICOS EM PROCESSAMENTO DE IMAGENS
Tópicos em Processamento de Imagens.

CI095 TÂPICOS EM COMPILADORES
Tópicos em Compiladores.
CI096 TÂPICOS EM INTERFACE HOMEM-MíQUINA
Tópicos em Interface Homem-Máquina.
CI097 TÂPICOS EM SISTEMAS DIGITAIS
Tópicos em Sistemas Digitais.
CI098 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INFORMíTICA NA EDUCAÇÃO I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Informática na Educação, sob orientação de um professor.

CI099 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INFORMíTICA NA EDUCAÇÃO II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Informática na Educação, sob orientação de um professor.
CI202 MÉTODOS NUMÉRICOS
Matrizes. Sistemas lineares. Soluções de sistemas lineares. Zeros de funções algébricas e transcendentes. Interpolação. Integração.
CI204 ADMINISTRAÇÃO DE INFORMíTICA
Organização da função de informática. Medidas de desempenho e seleção de sistemas. Controle de custos. Planejamento e controle de atividades de um CPD. Relacionamento com clientes, fornecedores, público interno e externo. Segurança e privacidade. Avaliação da função da informática pela alta administração.
CI205 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO PARA INFORMíTICA
A função de produção. Planejamento e controle da produção. Medidas de desempenho: custo, qualidade, produtividade e outros. Mudanças. Manutenção. Esquema de trabalho normal e para crises. Ergonomia. Layout e fluxo de trabalho.

CI206 ADMINISTRAÇÃO DE TECNOLOGIA DE INFORMíTICA E INOVAÇÃO TECNOLÂGICA
Previsão e avaliação do avanço tecnológico em computação e comunicação. A estratégia da organização e administração tecnológica de informática. Fomento da inovação tecnológica.

CI209 INTELIGÃ?Å NCIA ARTIFICIAL
Simulação da Inteligência em Diferentes íreas. Linguagem Natural. Linguagem Artificial. Aplicações.
musica gerada a partir de inteligencia artificial:

CI210 PROJETOS DIGITAIS E MICROPROCESSADORES
Estruturas de microcomputadores: microprocessador, memória, entrada e saí­da. Arquitetura do microprocessador: registradores, indexadores, pilhas, endereçamento. Interfaces: paralelas, seriais, analógicas/digitais. organização de memórias: RAM, EPROM, EAROM. Aplicações.
CI211 CONSTRUÇÃO DE COMPILADORES
Gramáticas. Autômatos. Computabilidade. Análise léxica. Análise sintática. Geração de código. Recuperação de erro. Compiladores de compiladores.

CI212 ORGANIZAÇÃO E ARQUITETURA DE COMPUTADORES
Componentes do fluxo de dados e sua organização. Unidade aritmética e lógica. Unidade de controle. Memória. Vias de acesso. Elementos de um conjunto de instruções. A arquitetura Von Neumann. Arquitetura de entrada e saí­da. Otimização de arquitetura.
CI214 ESTRUTURAS DE LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO
Descrição de algumas linguagens de programação. Tipos de dados: organização lógica; estrutura de armazenamento; representação sintática. Caracterí­sticas gerais de operações. Estruturas de controle. Gerenciamento de memória.
CI215 SISTEMAS OPERACIONAIS
Componentes de um sistema. Administração dos recursos: memória principal e secundária. Administração dos processos: prioridades, interrupção, filas. Comunicação entre processos: semáforos e mensagens. Segurança.
CI218 SISTEMAS DE BANCO DE DADOS
Sistemas de informação em ambiente de banco de dados. Estruturas em rede, hierárquicas e relacional. Administração de dados.

CI219 ANíLISE E PROJETO DE SISTEMAS
Sistemas aplicativos. Instrumentos de análise. Determinação de alternativas. Projeto fí­sico de sistema computacional e manual. Caracterí­sticas especiais de sistemas.
CI220 TEORIA DE SISTEMAS
O conceito de sistemas. Definição e modelação de sistemas. Aplicação das abordagens de sistemas. Sistemas de administração.
CI221 ENGENHARIA DE SOFTWARE
Administração do projeto de engenharia de software. Validação. Técnicas de testes de produto. Metodologias de programação. Qualidades de produto de software. Complexidade de software: recursos, confiabilidade, disponibilidade. Planejamento de recursos.
CI233 TRABALHO DE GRADUAÇÃO I
CI234 TRABALHO DE GRADUAÇÃO II
CI235 ESTíGIO SUPERVISIONADO I
CI236 ESTíGIO SUPERVISIONADO II
CI237 MATEMíTICA DISCRETA
Análise combinatória. Funções geradoras. Relações de recorrência. Enumeração.

CM003 CíLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL III
Integral múltipla. Integral de linha. Equações diferenciais ordinárias.
CM005 íLGEBRA LINEAR
Matrizes e equações lineares. Espaços vetoriais. Transformações lineares. Operadores e matrizes diagonalizáveis. Espaços com produto interno. Operadores sobre espaços com produto interno. Cônicas e quádricas.
CM045 GEOMETRIA ANALíTICA I
Vetores no plano e no espaço, Retas e planos no espaço com coordenadas cartesianas. Translação e rotação de eixos. Curvas no plano. Superfí­cies. Outros sistemas de coordenadas.
CM046 INTRODUÇÃO à íLGEBRA
Operações. Grupos. Anéis e corpos.

CM201 CíLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I
Funções. Derivadas. Aplicações do cálculo diferencial. Integrais. Séries.
CM202 CíLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II
Conjuntos de Rn. Funções de várias variáveis: limites, continuidade. derivação parcial e diferenciação. Funções compostas. Funções homogêneas. Funções implí­citas. Máximos e mí­nimos das funções de várias variáveis. Integrais duplas e triplas. Análise vetorial. Integrais de linha e de superfí­cie. Equações diferenciais de primeira ordem .Equações diferenciais de ordem n. Sistema de equações diferenciais lineares.
CM224 PESQUISA OPERACIONAL I
Revisão de álgebra linear. Modelos de programação linear. O método simplex. O problema do transporte. O problema da designação. Dualidade. Análise de Pós-Otimização.
HL077 COMUNICAÇÃO E LINGÃ?Å?íSTICA
Lingüí­stica formal. Revisão gramatical. Elaboração de textos.

SA017 ADMINISTRAÇÃO III
Localização da disciplina no contexto das atividades do paí­s. Conceito geral de administração. Visão global e importância. Elemento de administração. Função administrativa na empresa. Função financeira na empresa. Função comercial na empresa.
SA214 INTRODUÇÃO à TEORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO
Introdução í  teoria geral da administração: papel da administração nos empreendimentos humanos. Conceitos de teoria e arte, perspectiva cientí­fica da administração, modelo como técnica de estudo, poder e autoridade, liderança. Evolução das correntes de pensamento administrativo: clássicos, a corrente de relações humanas, os comportamentalistas, os estruturalistas e a teoria geral de sitemas; tendências atuais. Análise de sistemas em administração: concepção da administração como sistema. Desenvolvimento organizacional e institucional. Principais funções administrativas, planejamento, organização, direção e controle. Comportamento administrativo. Administração e a informática.
SC003 CONTABILIDADE GERAL I
As entidades e seu campo de ação econômica. Patrimônio. Gestão. Inventário. Orçamento. O controle administrativo e contábil. Escrituração (teoria e prática). A relevação da gestão nas empresas. A revelação da gestão nas instituições. Sistemas suplementares.
SC202 CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA INFORMíTICA
Introdução aos custos. Elementos de custos. Classificação dos custos. Formação dos custos. Departamentalização. Apuração dos custos. Sistemas de custeio. Custos de distribuição. Instrumentos de análise. Preço de venda, lucro e inflação.

SC203 MATEMíTICA FINANCEIRA PARA INFORMíTICA
Juros e descontos simples. Juros e descontos compostos. Formação e recuperação de capital. Análise de investimentos.
SE044 ECONOMIA I
Visão conceitual básica. Abordagem estruturalista. Sistema financeiro. Economia internacional.
SE045 ECONOMIA II
Introdução ao estudo microeconômico. Análise das funções: oferta e procura. Teoria da produção. Teoria do consumidor. Análise genérica.
SIN070 ORIENTAÇÃO BIBLIOGRíFICA – B
Orientação bibliográfica, elaboração e apresentação de trabalhos normalizados.


envolvido para não mais sorrir
apenas escancarar as narinas
e atingir o orgasmo néonatal
conchas eletroacústicas
sí­stoles e diástoles
em favor do caos

mas não seriam todos os seres do sonho
espectros oní­ricos, fantasmagóricos,
alegorias, simbólicos,
e daí­ um corte arbitrário de separar e classificar
como pornográfico apenas esse corte aqui

eu que não existo,
mas que não páro de me sentir”

Guilherme Pilla

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Rapsodos trabalhando – Ilíada Canto XVI com Richard Rebelo e direção de Octávio Camargo – Curitiba, 26/07/2007

rapsodos-trabalhando

Confira aqui fotos do espetáculo e outros documentos em produção colaborativa a partir de 27/07/2007.

Clique aqui para ver as fotos de Gilson Camargo, em Olhar Comum.

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Da nau fervia o prélio, e ao divo Aquiles
Vem Patroclo a verter cálido choro,
Como de celsa rocha em fio brota
Fundo olho d’água. Comovido o encontra
O amigo velocí­pede: “Patroclo,
Pranteias molemente? És qual menina
Que, da mãe apressada após, retêm-na
Pelo vestido, e em lágrimas olhando,
Insta-lhe até que em braços a receba.
Aos Mirmidões, a mim, que novas trazes?
Veio de Ftia um núncio? Vivem, consta,
Menetes e Peleu, cujo trespasso
Tinha de entristecer-nos. Ou lamentas
Os que ante as cavas naus ingratos morrem?
Não me ocultes, amigo, as mágoas tuas.”
Gemente assim Patroclo: “Não te agastes,
Aqueu sem par; dor grave oprime os nossos:
Os mais valentes já feridos jazem,
De lança o Atrida e Ulisses, e frechados
Na coxa Eurí­pilo e no pé Diomedes.
Médicas mãos os curam cuidadosas;
Mas não se dobra teu rancor, Pelides.
Nunca ira tal me cegue, herói funesto!
Quem mais em teu valor fiar-se pode,
Quando não livras da ruí­na os Gregos?
Nem te gerou, cruel, Peleu nem Tétis;
Filho és do turvo mar, de broncas penhas.
Se agouros temes, se de Jove arcanos
Declarou-te a mãe deusa, ao menos dá-me
Teus Mirmidões, e aos nossos lume escasso
Talvez serei. Tua armadura emprestes:
Crendo-te em liça os Teucros, é factí­vel
Cessem do assalto, e aos márcios Gregos deixem
Útil breve respiro em tanta lida;
Frescos nós outros, o inimigo lasso
Fácil do campo e naus rechaçaremos.”
Ai! Néscio implora, e o fado e a morte chama.

Suspira Aquiles: “Como! Eu, bom Menécio,
De agouros me temer! De Jove Tétis
Nada me revelou. Mas dói-me o agravo
De um prepotente par, que o prêmio ganho
Por minha lança na invadida praça,
A jovem bela escrava, arrebatou-me;
Dói-me sim que esse Atrida ma tirasse,
Como das mãos de ignóbil vagabundo.
Olvide-se o passado, nem perpétuo
Âdio quero nutrir: de não depô-lo
Voto fiz, sem primeiro í  minha esquadra
Chegar o estrondo e a pugna. O arnês que pedes,
Veste-o, conduz os Mirmidões fogosos:
De Teucros nuvem basta as naus circunda;
Pouca ourela da praia aos Dânaos resta;
ílio em peso concorre e afouta inunda.
Oh! Não vêem mais luzir meu capacete:
Se o rei me fora justo, em fuga tinham
O fosso de cadáveres enchido;
Ora, opugnando, o exército encurralam.
Não mais braveja a Diomédea lança,
Os Dânaos resguardando; a voz calou-se
Das goelas do Atrida abominável:
A de Heitor homicida aos seus troveja;
Guerreiros vivas o triunfo aclamam.
Sus, Patroclo, das naus remove a peste,
Anda, acomete; a frota não se abrase,
Que nos deve repor na doce pátria.
Ouve e do meu conselho não te olvides,
A fim que honras os Dânaos me prodiguem,
E a cativa gentil me restituam
Com magní­ficos dons: repulsos, volta;
Embora o esposo altí­ssimo de Juno
Te apreste a glória, os bélicos Hectóreos
Não combatas sem mim, que me é desdouro;
Nem ávido exultando na carnagem,
Aos muros de ílio o exército avizinhes;
Pois descerá do Olimpo um dos Supremos,
Talvez o Longe-vibrador que os ama.
Salva as naus e retorna; eles pleiteiem
Em raso campo. Â sempiterno Padre,
Minerva e Apolo, a morte a nenhum Teucro
E a nenhum Grego poupe; escapos ambos,
Sós ílio sacra derribar nos caiba.”
De rojões, entretanto, Ajax vexado,
Mal se sustinha, que o domava Jove
E o dardejar contino; em torno í s fontes
O elmo hórrido rouqueja, que o brilhante
Artí­fice cocar alvo é dos tiros.
Do pavês o ombro esquerdo já tem lasso,
Mas quedo apara a chuva de arremessos;
De anélito açodado, os membros todos
Escorrendo em suor, nem resfolgava,
Aumentando um perigo outro perigo.
Musas do Olimpo, recontai-me como
O fogo se ateou na Argiva armada.
Onde a espiga se encava, de montante,
Corta o Priâmeo o freixo ao Telamônio,
Que mutilado vibra hastil inútil,
E cai no chão tinindo a cúspide ênea.
Treme o indômito Ajax reconhecendo
Que obra é celeste, que o senhor do raio
Decide e quer aos Teucros a vitória;
Enfim recua. A infadigável chama,
Remessada ao baixel, inextinguí­vel
Pega de popa a proa; então veemente
Bate Aquiles na coxa: “Eia, Patroclo,
Vejo lavrar tenaz o hostil incêndio;
Não se nos tolha o meio í  retirada;
Já já te arneses, e eu reúno as hostes.”
Cinge o Menécio deslumbrante saio;
Com prata afivelando, as finas grevas
Ajusta í s pernas; estrelada e vária
Aos peitos liga a do veloz Pelides
Érea couraça; o claviargênteo gládio
Pendura; o grã pavês, sólido ombreia;
Põe í  forte cabeça o casco insigne,
De nutante penacho e horrente crista;
Válidas lanças a seu pulso adapta,
Que a do Eácida exí­mio, por disforme,
Argeu nenhum, só ele, manejava:
Cortou Quiron seu freixo no alto Pélion,
De heróis futuro dano, a Peleu dado.
A Automedon manda aprontar o coche,
A quem mais preza após o rompe-esquadras,
Pajem fiel, no afogo das batalhas.
Este junge os ligeiros Xanto e Bálio,
Ao vento iguais: Podarga harpia, ao sopro
De Zéfiro num prado os concebera
Junto ao rio Oceano. Ata í  boléia
Com imortais corcéis Pédaso fero,
Preia de Aquiles d’Eetion nos muros.
O filho de Peleu, de tenda em tenda,
Arma os seus. Quando crus vorazes lobos,
O estômago a instigá-los, dilaceram
Montês cervo ramoso, em alcatéia,
Rubros os queixos, com delgadas lí­nguas
Lambem de cima a funda escura fonte;
E, teso o ventre, a impar, cruor vomitam,
Mais gana inda os instiga e os acorçoa:
Dos Mirmidões os prí­ncipes, não menos,
O amigo audaz famintos e animosos
Do Eácida ladeiam, que os ginetes
E adargados belí­gero afervora.
Cinqüenta lestes naus a Tróia Aquiles,
Caro ao Satúrnio, trouxe, com cinqüenta
Remos em cada uma, e a cabos cinco
Diviso o mando, presidia a todos.
Menéstio encouraçado era o primeiro,
Que a Espérquio rio, gênito de Jove,
Polidora pariu, de Peleu filha,
Gentil mulher que ao deus se unira assí­duo:
Nado o criam de Bóros Periério,
Que lhe esposara a mãe com dote imenso.
Era Eudoro o segundo, que houve oculta
A de Filas garbosa Polimela:
O Argicida Mercúrio amou-a, vendo-a
Cantos guiar e danças da auri-archeira
Diana estrepitosa, e manso ao quarto
Subindo virginal, teve este egrégio
Rápido campeão; mas, dês que ao lume
Do sol o deu cruí­ssima Ilitia,
Casou com Polimela o Actório Equecles,
Dotando-a com mil dons: o avô cuidoso
O criou como seu. Era o terceiro
Pisandro Memalides, que excedia
Na lança os Mirmidões, Patroclo exceto.
Quarto, o équite Fênix; era o quinto
Alcimedon famoso Laerceio.
Tudo Aquiles ordena, e diz severo:
“Não vos esqueça, Mirmidões, que a bordo
Ameaçáveis os Troas; que freqüente,
Condenando meu ódio, me exclamáveis:
– De fel a mãe te amamentou, Pelides;
Tirano, os sócios í  inação constranges;
Pois que a ira fatal caiu-te n’alma,
De volta í  casa o pélago sulquemos. –
Ei-lo o conflito pelo qual bramí­eis:
Quem tiver coração, corra aos Troianos.”

A voz régia afogueia as filas todas.
Como, a prova dos ventos, o arquiteto
Em parede superba ajunta as pedras;
Ajuntam-se, elmo a elmo, escudo a escudo,
Lado a lado, os varões: tocam-se e ondeiam
Indistintos penachos e cocares.
Sós dois, Patroclo e Automedon, concordes
Em ferir a batalha, os precediam.
Vai logo í  tenda Aquiles, abre a tampa
Da que a mãe argentí­pede, í  partida,
Lhe dera arca louçã, de agasalhados
Capotes cheia, e túnicas e mantas
E tapetes felpudos: copa tira
De alto lavor, em que ele só bebia
E a Jove só libava; com enxofre
Untada a expurga e em água a purifica;
Também lavando as mãos, purpúreo vinho
Despeja, e em meio dos guerreiros posto,
Nos céus a vista, ao fulminante Padre,
A seus rogos atento, assim brindava:
“Jove Pelasgo, tu que longe habitas
E imperas em Dodona hiberna e fria,
Dos Selos teus intérpretes cercado,
Que de pés andam nus e em terra dormem,
Perfaze ora os meus votos, já que os Dânaos
Por honrar-me afligiste: eu permaneço,
E de muitos í  testa envio o sócio;
Dá-lhe vitória, altí­ssono, e a coragem
No peito lhe confirma; Heitor aprenda
Se é de si forte o amigo, ou se invencí­vel
É só quando combate í  minha ilharga.
Mas, depois que do assalto as naus liberte
E do tumulto, incólume aqui volte,
Com meu arnês inteiro e os meus soldados.”
Previsto Jove, anui somente em parte:
Salve Patroclo as naus, mas não se salve.
Depois que liba súplice, o Peleio
Entra na tenda, e a copa na arca fecha;
à porta volve, e espectador ainda
Quis ser da atroz mortí­fera batalha.
Como Patroclo bizarro as hostes marcham,
Té que aos Troas remetem corajosas.
Quando as vespas, que encelam-se na estrada,
Insensatos meninos irritando,
Público mal preparam buliçosos,
Por descuido se as toca o viandante,
Elas com forte coração rebentam
Em defesa do enxame: assim prorrompem
Os Mirmidões, e a cuquiada ruge.
Grita Patroclo: “Â sócios do Pelides,
De quem sois recordai-vos, com façanhas
Esse herói dos heróis honremos hoje:
O amplo-dominador confesse a culpa
De agravar o fortí­ssimo dos Gregos.”
Com tal estí­mulo, adensados ruem;
Das naus em torno o alarma horrí­vel soa.
Vendo ao Menécio coruscar nas armas
E o mesmo auriga, trépidos os Teucros
Se desconcertam; cuidam congraçado
O Eácida veloz, e olhando em roda
Cada qual busca efúgio í  instante Parca.
Patroclo estréia, com fulgente lança,
Onde mais tumultuam, junto í  popa
Do Grã Protesilau: fere o armo destro
A Pericmeu, que os équites Peônios
Caudilha de Amidon e do íxio largo;
Vai de costas, no pó gemendo rola,
E a flor de seus espavoridos fogem.
Remove e extingue o fogo, e atropelados
Da nau já semi-ardida os Frí­gios deita:
Por entre as outras, com ruí­do enorme
Derramando-se os Dânaos, os repulsam.
Se alquando espalha Júpiter fulgúreo
O negrume do cimo da montanha,
Aberto o máximo éter, aparecem
Rocas, pí­ncaros, bosques; tais os Dânaos,
Livres do incêndio, um pouco respiraram:
Porém dura ainda a pugna; que os Troianos
Costas não davam todos, mas forçados
Iam deixando o campo e resistindo.

Cada chefe um contrário acossa e mata.
Logo a bronze o Menécio de Areilico
Fratura o fêmur e o debruça em terra.
A Toas, que do peito arreda o escudo,
Prosterna Menelau. Na arremetida,
Meges lanceia a perna, onde há mais polpa,
Ao nobre Anficlo, e os nervos lhe descose;
Letal escuridão lhe cega os olhos.
Antí­loco Nestório de érea ponta
A Atí­nio espeta o lado e o prostra. Máris,
Ante o fraterno corpo, ao Grego vibra;
Mas Trasimedes, prevenindo o golpe,
No ombro lhe mete a cúspide, e lhe corta
Os músculos do braço e o osso escarna:
Baqueia Máris em medonha treva.
E dois irmãos a Dite assim remete,
Ambos hasteiros, a Sarpédon caros,
Filhos de Amisodar, que, infensa a muitos,
A Quimera nutria insuperável.
Na baralha a Cleóbulo impedido
O Oiliades empolga, e na garganta
Lha ensopa toda e em sangue a espada aquece:
Purpúrea morte o imerge em noite escura.
Lí­con e Peneleu, que se entrechocam,
Botes errando, í s lâminas recorrem:
Lí­con no hostil cocar imprime o gládio,
Que pelo punho estrala; sob a orelha,
Peneleu de um revés lhe fende o colo,
E a cabeça, da pele só retida,
Lhe dependura e os órgãos lhe desata.
Merion desenvolto após Acamas,
Ao montar, o escalavra no ombro destro:
Ofusca-se-lhe a vista e rui do coche.
De pique atroz Idomeneu, de Erimas
Por sob o cérebro atravessa a boca,
Racha alvos ossos e desloca os dentes:
Os olhos dois infiltram-se de sangue,
Sangue das ventas bolha e abertas fauces;
Da nera morte o envolve a nuvem baça.

Cada herói Grego assim talha uma vida.
Como lobos roazes que, de espreita,
A mães roubam cabritos ou cordeiros,
Cujo pastor os descuidou no monte,
E aos balantes imbeles despedaçam;
Dão sobre os Troas, que olvidando o brio,
Só na horrí­ssona fuga se afiúzam.
Ansioso o grande Ajax a Heitor procura;
Que, adargando experiente os ombros largos,
Dos tiros o zunido ou silvo observa,
E inclinada a vitória, inda constante
Vela nos companheiros. Qual do Olimpo
Ao céu vai nuvem, se o nimboso Padre
O éter sereno tolda, as naus expedem
O trépido Tumulto: os de Heitor passam
Em debandada, e os rápidos ginetes
Apartam-no dos seus, que o fosso embarga.
Quantos corcéis, na escarpa escorregando,
Quebram temões, donos e coches largam!
Uns alenta o Menécio, outros acossa
Com ignito furor: em gritos fogem,
As estradas enchendo, e os corredores,
Por turbilhões de pó que os ares turvam,
Das naus e tendas í  cidade voam.
Trota e se envia onde há maior distúrbio,
E minaz urra: sob os eixos muitos
Rolam dos voltos clamorosos carros.
Os imortais ungüí­ssonos dos deuses,
Dom preclaro a Peleu, transpõe o fosso
De um pulo; e de ir o impulso tem Patroclo
Sobre Heitor, que é de biga arrebatado.
No outono, quando Júpiter, sanhudo
Contra o julgar dos homens que a justiça
Do foro banem sem temor dos numes,
A negra terra agrava de chuveiros,
Com tal fúria desfecha, que em dilúvio
Rios dos montes, sementeiras e agros
Arrasando, a gemer se precipitam
No vasto mar purpúreo: assim nitrindo
Iam na desfilada as Teucras éguas.
Rotas as hostes, para as naus Patroclo,
De ílio tolhendo o ingresso desejado,
As repulsa, e entre a praia e o Xanto e o muro
Gira a vingança e a morte. Nu de escudo
Fere a Pronos o peito; os membros laxa,
E fragoroso expira. De outro bote
Prostra o Enópio Testor, que perturbado
No assento encolhe-se e demite as rédeas:
Pela destra maçã lhe fisga os dentes,
A si contrai a lança; e, qual se pesca
De linha e anzol, de cima de um rochedo,
Grã sacro peixe, pela boca hiante
Do carro abaixo o tira inanimado.
Joga uma pedra a Erí­alo que arrosta,
O elmo parte a cabeça racha em duas;
Por terra se debruça, e a morte o cinge.
Patroclo, um após outro, ao chão derriba
A Erimas e Anfotero, Epalte e Pires,
Équio e Ifeu, Tlepolemo Damastório,
A Polí­melo Argeiades e Evipo.
Dele Sarpédon vendo os seus domados,
Repreende os nobres Lí­cios: “Que vergonha!
Onde, Lí­cios, fugis? Como sois ágeis!
Corro a provar o armipotente braço,
Que a tantos campeões tolhe os joelhos.”
Do carro eis salta e apeia-se Patroclo.
Quais, de bico recurvo e garra adunca,
Sobre alta penha aos guinchos dois abutres,
Travam-se eles gritando. – Ao contemplá-lo,
Para a consorte e irmã suspira Jove:
“Dos homens o mais caro, ai! Meu Sarpédon,
à lança do Menécio está votado:
Hesito n’alma se na Lí­cia o ponha,
Subtraí­do ao combate lutuoso,
Ou se ao cruel destino o deixe entregue.”
Mas a augusta olhitáurea: “Que proferes,
 formidável Júpiter? Salvares
Mortal í  triste Parca já fadado!
Salva-o, porém do Céu não tens o assenso.
Digo mais, e reflete, í  pátria vivo
Se envias teu Sarpédon, outros numes,
Da injustiça irritados, hão de os filhos
Muitos livrar que ante ílio estão pugnando.
E do teu predileto se hás piedade,
Mal do Menécio a mão do alento o prive,
Consente í  Morte e ao Sono que o transportem
à opulenta alma Lí­cia: irmãos e amigos
Façam-lhe exéquias e lhe sangrem pios
Túmulo e cipo, aos mortos honra extrema.”
O pai de homens e deuses resignou-se;
Mas pelo filho, a quem da pátria longe
Na feraz Tróia imolará Patroclo,
Asperge a terra de sanguí­neo orvalho.
Já se contrastam; mas Patroclo ao bravo
Pajem do rei Sarpédon, Trasimelo,
Vulnera no imo ventre e solta a vida.
Sarpédon brande a lança impetuosa,
E o golpe errado a pá direita fere
De Pédaso corcel, que em vascas geme
Na arena a espernear e arcando expira.
Xanto escouceia e Bálio; o jugo estala,
E as bridas se embaraçam no que atado
Ao temão jaz no pó. Na afronta, o hasteiro
Automedon provê: de Junto í  coxa
Robusta saca a lâmina aguçada,
E ao da boléia presto aos loros talha.
Direita a imortal biga ao freio acode.
Aos dois rói nova sanha e fogo novo:
Inda a Sarpédon falha a cúspide ênea,
O ombro só roça esquerdo; mas certeiro
Patroclo o pique lhe enterrou por onde
O coração as ví­ceras torneiam.
Como o carvalho, ou choupo ou celso pinho,
Para naval fabrico, ao truz desaba
De afiada secure; ante os cavalos
E o carro jaz, e o pó sanguí­neo apalpa,
Os dentes a estrugir. Qual fulvo touro,
Soberbo entre a flexí­pede manada,
Sob os colmilhos do leão morrendo,
Muge, inda se debate; assim, vencido,
Gemente o rei dos adargados Lí­cios,
A bracejar, o camarada chama:
“Diletí­ssimo Glauco, mais que nunca,
Mostra o que és, sê pugnaz, o mando assume.
Por Sarpédon concita os cabos todos
A pelejar; tu mesmo a lança enrestes.
Infâmia e opróbrio te será perpétuo
Os Gregos despojarem-me o cadáver,
Onde os Lí­cios heróis as naus disputam.
Eia, as tropas inflama, inabalável.”
Cala, afila o nariz e empana os lumes,
Revolto em morte. O Aqueu lhe calca os peitos,
A cúspide lhe saca e entranhas e alma.
Os Mirmidões retêm corcéis que vagam
Açodados, sem coches nem senhores.
De Sarpédon a voz contrista a Glauco,
Nem este lhe valeu, que na mão preso
Tinha o braço, e a frechada o confrangia
Do Aquivo Teucro na mural contenda;
Mas ora a Febo: “De ílio, ou da possante
Lí­cia, Escuta-me, ó nume arcipotente;
Queixas em qualquer parte e rogos ouves
De afligido mortal: picadas sinto
Lancinantes, o sangue não se estanca,
O ombro é pesado, o pique mal sustento.
Nada posso compreender; mas jaz Sarpédon,
Sem que ao valente filho acuda Jove.
 rei, sequer me sara esta ferida,
Alivia-me, a fim que esforce os Lí­cios
E o cadáver eu mesmo lhe defenda.”

Benigno Febo, as dores já lhe acalma,
Veda o sangue e o robora. Exulta Glauco
Da proteção do deus; primeiro os chefes
Lí­cios procura, e a cheio passo aos Teucros
Agenor se dirige e Polidamas,
Mais a Eneias e Heitor, e a este exprobra:
“Sócios esqueces que da pátria e amigos
Longe perecem, nem salvá-los queres!
Sarpédon morto jaz, da Lí­cia apoio,
Valoroso, eloqüente e justiceiro;
Pelas mãos do Menécio o prostrou Marte.
Indignai-vos, consócios, de que o dispam
E insultem Mirmidões, vingando irosos
Aos que ante as naus a botes aterramos.”
Lavra um luto geral; que, estranho embora,
Esteio era de Tróia, e o mais galhardo
Entre os galhardos Lí­cios. Por Sarpédon
Chameja e os guia Heitor; Patroclo, os Dânaos,
Instigando os Ajax de si fogosos:
“Vós Ajax, dantes sempre os mais estrênuos,
Hoje aos Teucros. O herói que entrou primeiro
No Graio muro, em terra está, Sarpédon.
Possamos nós despi-lo e encher de afrontas,
A bronze escarmentar os que se oponham!”
De estí­mulo os Ajax não careciam.
Uns e outros firmam-se em renhida pugna,
Teucros e Lí­cios, Mirmidões e Aquivos,
Com medonho alarido e fragor de armas.
Para estrago maior em torno ao corpo
Do amado filho, Júpiter estende
Lôbrega noite sobre o atroz conflito.
Olhinegros Aqueus primeiro afrouxam,
Ferido um Mirmidon não lerdo, prole
De Agacles valoroso, Epigeu divo,
Que em Budeia magní­fica imperava,
E morto um primo audaz, súplice veio
A Tétis argentí­pede e ao marido,
Que a Tróia em poldros fértil o enviaram
Do seu rompe-esquadrões na comitiva:
Sobre Sarpédon quando a mão já punha,
De uma pedrada o elmo Heitor partiu-lhe
E em duas a cabeça; do cadáver
Descai por cima, e a feia Parca o cinge.
Qual açor caça a gralhos e estorninhos,
Entre os primipilares, anojado
Pelo defunto sócio, tu Menécio,
De chofre dás nos Lí­cios e Troianos,
De seixo a Atenelau Itemeneides
Os tendões rompes da cerviz; recua
Com seus primipilares o Priâmeo:
Quanto, ou no jogo ou na homicida guerra,
Alcança um tiro de esforçado pulso,
Ganham tanto os Aqueus e os Teucros perdem.
Glauco o primeiro se voltou, matando
O caro filho de Calcon, Baticles,
De Hélade opulentí­ssima habitante
E o Mirmidon mais rico: este após ele,
Já quase o apanha; de repente o Lí­cio
Vira-se e a lança embebe-lhe no seio:
Ao baquear do braço, um grito soltam,
Com mágoa os Dânaos, com prazer os Troas,
Que em derredor se apinham; mas briosos
Vêm de encontro os Aqueus. Merion derriba
O audaz Laogono, de Onetor progênie,
Do Ideu Jove ministro e um nume ao povo;
Sob a orelha e a maxila o fere e prostra:
A alma afunda-se logo em treva horrenda.
O Anquí­seo a Merion dispara, crendo
Sob o escudo o enfiar na arremetida;
Ele previsto se proclina, e o freixo
Por cima zune, enterra-se na areia,
E o conto fixo treme, até que Marte
A fúria impetuosa lhe aquieta,
Pois dardou mão robusta o bote inútil.
E Eneias irritado: “És bom dançante;
Mas o pique, Merion, certeiro fosse,
Que para sempre te afracara as pernas.”
Ao que retorque o hasteiro: “És forte, Eneias;
Mas nem a todos que arrostar-te ousarem,
Tu contes extinguir. Mortal nasceste;
A tocar-te o meu bronze, embora sejas
Na destra afouto, me darias glória,
Tua alma ao rei da lúgubre quadriga.”
Mas o Menécio a Merion censura:
“Que te apresta o falar, valente amigo?
Antes que um morda o pó, com feros nunca
Arredarás os Teucros do cadáver:
O braço í  guerra, ao parlamento a lí­ngua;
Não palavras, sim obras.” Nisto avança,
Marcha e o ladeia Merion deiforme.
Qual soa ao longe a mata, em fundo vale,
Dos lenhadores aos contí­nuos golpes,
Ei-los em todo o campo o estrondo excitam
De êneos arneses, bipontudas hastas,
Elmos, lorigas, e broquéis e espadas.
Desconhecera o experto ao Lí­cio cabo,
Desde a cabeça aos pés de pó coberto
E sangue e tiros: cercam-no e vozeiam,
Como em curral, na primavera, moscas
De alvos tarros de leite em roda zumbem.
Júpiter, fitos no combate os olhos,
Medita ansioso de Patroclo o fado:
Se ali sobre Sarpédon o Priâmeo
O imole e dispa, ou se ele a vários inda
Lance no extremo afã. Por fim resolve
Que o fâmulo de Aquiles í  cidade
Com matança repila o chefe e os Teucros.
O coração primeiro a Heitor quebranta,
Que í  pressa monta e exorta os seus que fujam,
A balança Dial pender sentindo.
Nem os Lí­cios resistem, vendo em meio
Jazer seu rei de um vasto morticí­nio,
Pois sobre ele muití­ssimos caí­ram,
Quando o Satúrnio o prélio exasperava.
Despem-lhe as éreas coruscantes armas,
Que í s naus remete o vencedor Patroclo.

Diz a Febo o Nubí­cogo: “Anda, filho,
De sob os dardos meu Sarpédon ergas,
Puro do negro sangue, a parte, em veia
Limpa o lava, e de ambrosia perfumado
Veste-lhe imortal roupa, e o dá que o levem
Os dois gêmeos cursores Morte e Sono
à opulenta ampla Lí­cia: irmãos e amigos
Façam-lhe exéquias e lhe sagrem pios
Túmulo e cipo, aos mortos honra extrema.”
Dócil Apolo, do Ida ao campo desce:
De sob os dardos a Sarpédon ergue,
Puro do negro sangue, a parte, em veia
Limpa o lava, e de ambrosia perfumado
Veste-lhe imortal roupa, e í  Morte e ao Sono
O dá, que na alma Lí­cia o depuseram.

A Automedon excita e aos inimigos
Deita o coche Patroclo; e, se os preceitos
Louco não desprezasse do Pelides,
O trespasso evitara. Mas os de homens
Vence o aviso de Jove, que afugenta
E ao forte que instigou tolhe a vitória,
Ao Grego estimulando. – A quem, Menécio,
Derribaste primeiro, a quem postremo,
Quando a morrer os deuses te chamaram?
A Adresto e Equeclo e o Mégades Perimo,
E Autonoo, e Epistor e Melanipo;
Depois a Elaso e Múlio, enfim Pilarte:
Mata-os, os mais persegue. E a de altas portas
à tremebunda lança ajoelhara,
Na grã torre se Apolo não parasse,
Em mal dos Dânaos e a favor dos Troas.
O herói pelo espigão do altivo muro
Três vezes trepa, três a eterna destra
O empurra e bate-lhe o fulgente escudo;
Qual deus indo a investir, minaz o impede
O Longe-vibrador: “Não mais, Patroclo,
à brava lança tua os fados vedam
ílio santa arrasar; compete a braço
Que o teu muito mais forte; ao grande Aquiles.”
Temendo a frecha do agastado Apolo,
Retrograda o Menécio. às portas Ceias
Tem-se Heitor, cogitando se os cavalos
De novo atire í  turba, ou clame í s tropas
E as congregue ante o muro; e, enquanto hesita,
Aproxima-se Apolo em forma de ísio,
Tio seu maternal, mas verde e guapo,
De Dimas geração, que í s Frí­gias margens
Do Sangário habitava, e assim lhe fala:
“Que vil moleza, Heitor! Oh! Quanto em forças
Te cedo, eu te excedesse, que da inércia
Te havia de pesar. Anda, coragem!
A Patroclo os ungüí­ssonos propele;
Busca matá-lo, e dê-te a glória Febo.”
Disse, e torna í  refrega: Heitor ordena
Ao belaz Cebrion que açoute as éguas
E entre em peleja. O deus corre as fileiras,
Turba e assusta os Aqueus, exalça os Teucros.
Despreza os mais Heitor, só trata e marcha
Contra o Menécio, que do coche pula,
Na sestra o pique, na direita um branco
íspero seixo oculto, e forcejando
Errado o joga, mas não foi baldio,
Que acerta em Cebrion, Priâmeo espúrio,
Tendo as rédeas auriga: í s sobrancelhas
O esmecha a pedra e o osso lhe espedaça,
Aos pés vaza-lhe os olhos na poeira;
Ele exânime ao chão vai de mergulho.
E Patroclo a zombar: “Oh! Como é ágil!
De nau saltara no piscoso ponto,
Como da sela, e a mergulhar nas vagas,
Sustentara de ostrinhos a maruja.
São bons mergulhadores os Troianos.”
Aqui, remete a Cebrion, em guisa
De agro leão, que ao devastar o cerco,
É malferido, e ní­mia ardência o perde.
Pronto apeia-se Heitor. Qual num cabeço
Crus também dois leões esfomeados
Morta corça tetérrimos disputam;
Os dois, Patroclo e Heitor, da pugna mestres,
Cortarem-se almejando a sevo bronze,
Brigam por Cebrion: dos pés o aferra
O Menécio, e o Priâmeo da cabeça;
Teucros e Argeus frenéticos se abarbam.
Quando, em floresta ou brenha, de Euro e Noto
O certame sacode o cortiçoso
Corniso e o freixo e a faia, gemebundos
Seus longos ramos confundindo, estralam
Num contí­nuo fragor: tais se entrelaçam,
Não pensando na fuga desastrosa,
De Cebrion em roda os contendores,
Em recí­proco ataque a trucidar-se.
Lanças pregam-se e dardos, setas voam
Dos nervos rechinando, e a rodar pedras
Aos combatentes os broquéis abolam;
Da boléia esquecido, o herói se estira
De pó num turbilhão por grande espaço.
Enquanto o Sol montava, a tiros morrem
De parte a parte; mas no seu declive
Era imensa dos Gregos a vantagem,
Que a Cebrion arrancam do tumulto
E do acervo das armas e o despojam.
Patroclo a Marte igual, medonho urrando,
Três vezes rui, três vezes mata a nove;
Mas ah! da quarta, ó campeão divino,
Luziu teu fim! Terrí­vel sai Apolo;
Oculto em nevoeiro, a mão pesada
Lhe carrega no dorso e largos ombros;
Vidra-lhe os olhos súbita vertigem;
Desenlaçado o esguio capacete,
Rola aos pés dos ungüí­ssonos tinindo;
Sangue e pó suja as crinas e a cimeira,
Nunca dantes manchadas, quando ornavam
Do divo Aquiles a venusta fronte:
Na cabeça de Heitor, para seu dano,
Pôs Jove esse elmo. Reforçado e rijo
De Patroclo nas mãos rebenta o pique;
Dos loros o pavês se lhe desliga;
Mesmo Febo a couraça lhe desprende.
Quedo e estúpido, os membros entorpece:
Traspassa-o pelas costas o Pantóides
Jovem Euforbo, auriga e hasteiro insigne,
Celérrimo e adestrado, que dos carros
Novel já despenhou vinte inimigos,
E a ti, Menécio, te feriu primeiro,
Sem derribar-te; e, assim que extrai a lança,
Mete-se no tropel; pois não se atreve
Encarar com Patroclo, bem que inerme.
Este, opresso de um nume e vulnerado,
Aos seus retrocedendo, ia salvar-se;
Mas Heitor, ao magnânimo ferido
E em retirada, vem por entre as alas,
No vazio lhe ensopa o aêneo gume:
Tomba o herói com fracasso, e os Gregos gemem.
Qual se um leão com javali forçudo,
Beber ambos querendo em fonte exí­gua,
Luta cruel empenha em árduo cume,
Té que o cerdo açodado enfim sucumbe;
Tal ao Menécio, a tantos pernicioso,
Desalma Heitor. Sobre ele ovante o insulta:
“Creste assolar, demente, a pátria nossa,
E í  tua, subtraí­do o livre dia,
As Teucras embarcar: por defendê-las
Desse dia servil, é que os soní­pedes
Corredores de Heitor í  pugna o levam;
Por guardar seu decoro, é que na lança
Os Troianos supero belicosos.
Hão de comer-te, mí­sero, os abutres!
Nem vale o forte Aquiles, que ao ficar-se
Recomendou-te certo: – às naus bojudas
Não me revertas, cavaleiro amigo,
Sem que de Heitor ferino aos peitos rasgues
A cruenta loriga. – Essas palavras
Seduziram-te, louco, e te perderam.”
E lânguido o Menécio: “Ora blasonas!
Domado eu fui por Júpiter e Apolo,
Que o próprio arnês dos ombros me arrancaram.
Sem eles, como tu vinte guerreiros
Pelo meu dardo acabariam todos;
Mas fatal sorte e o filho de Latona,
E entre os mortais Euforbo, me renderam:
És terceiro e despojas um finado.
Escuta, e fixo o tenhas: longo tempo
Não viverás; a Parca já te espera
Sob a lança do Eácida invencí­vel.”
Disse, e expira: dos membros desatada,
A alma voa aos infernos lamentando
O seu viril esforço e mocidade.

Ao morto fala Heitor: “Por que me agouras
Destino tal? Quem sabe se inda ao nado
Da pulcrí­coma Tétis hei-de a vida
Extinguir?” Nisto, o calca, e o êneo pique
Da ferida sacando, o ressupino
Corpo com ele afasta; o enresta ansioso
Trás o pajem deiforme do Pelides,
Automedon, que os imortais ginetes,
A Peleu dom celeste, arrebataram.

Photos: Mathieu Bertrand Struck

ui don nid nou edukeixion vitoriamario ooioo

a meu deux do xéu vai falar serio assim lá no inferno

Não levo ninguém a sério o bastante para odiá-lo.
Paulo Francis
outra:
Marx escrevendo sobre dinheiro é como padre falando sobre sexo.
post idem
achei num site de frases prontas do paulo freire

Canto XVI da Ilíada de Homero (tradução de Odorico Mendes) – 26/07/2007 – Curitiba/Brasil – com Richard Rebelo

IMG 9770
Canto XVI da Ilí­ada, na tradução de Odorico Mendes
com Richard Rebelo
Direção: Octávio Camargo
26/07/2007 (quinta-feira) 20h
IMG 9344f
Local: ACT – Ateliê de Criação Teatral
R. Paulo Graeser Sobrinho, 305
São Francisco – Cep: 80510-170
Curitiba – Paraná – Brasil
Fones: 41.3338 0450 / 3338 6189
E-mail: act.atelie@uol.com.br
ric31
Ensaio realizado em 22/07/2007
Fotos: Mathieu Bertrand Struck
Licensed under CC-BY-SA

imagem intern0: matema upgrade

desenho feito por Matheus Rufino dos Santos que me mandou em email para ser publicado com o “álbum” do Matema. Taí­ o primeiro upgrade… Vamos juntando os traços…As músicas tão aí­ pra mutar, estruturas que sempre existiram e sempre estiveram no nosos fluxo…o que é, ja é, sempre foi…

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segue o tal álbum em podcast:

BLOG e*0u n.1 = vincos na testa da anti-heroína, lágrimas d’ um anti-herói.(e/ou CTL – centro de tradições libertárias)

Fulaninho De Tal fez um Anticristo no drama mexicano “Ã?Å le”. O drama foi considerado um Fracasso em Cannes.

nenhuma letra vale essa lista:
-o momento rasurado
-vincos, vermelhidão,
-vaso que liga ilha a terra a
-o plano – dos autômatos do barro
-é pesado escapar e não rugir
-não tenho
-a testa dos bem lembrados
-cujo talo vem do balão
-e o olhar
-estamecatalogado a miar de guarda-pó
-eu falo dessa colina de nervos de argila de onde vejo

-nenhuma letra ruge
-vincos
-vincos no gênio
-do olho para dentro em furia
-urgem.

c o r r o m p e r p l e x a l t a s a n t i d a d a s a s c i r c un s t a n c i a s:

já mencionei o gesto perdido eu que nunca portanto
nem com todos os alinhaves
lhor
lhor lhor
NADA
é grandioso,
repitam,
nada
vai dar nome a isso
dado que
não há substrato

viemos para ficar

princí­pio dos meus nervos dos pés
prí­ncipe des mees nerves des pés
digamos já dissemos que eu produzisse oh sim toda aquela cerâmica

digamos agora a uma só voz
eu. eu. tudo eu.
só eu concedo a forma.
só eu a senhora.
sonhei que surfava uma onda altí­ssima e macia.

mais tarde fechei a porta
depois que o mar entrou.
licita me. não tenho o que desenhar.

lembro de ter telefonado emprestado
vazia
discado e discado.

lucida.sans

eu.eu.tudo.eu
não vou entregar seu layout ontem
e a capa do album
a capa do superhome atada entre a besta e o penhasco
o alambique
o enxofre em frasco
a rima fácil do bardo, o quepe e o capacete do mendigo

distribuição exclusiva
do centro de tradições libertárias
a conta da virgem
sarou meu pão
ele
“O anticristo”
exuaxélux Réu
– condenado em pí­lulas

eu.tudo.eu

———————————————————–

O MENDIGO A LIBÉLULA E @ REAL

Cena 1 ext noturna

O mendigo chega perto de um rapaz que anda sozinho pelas ruas do largo da ordem.
O rapaz esta embebido em pensamentos, a música é densa e dissonante:
Os pensamentos enchem a tela em forma de legendas e são como sombras sonoras da música ( a narrativa segue o legenda mascarada por efeitos em contraponto í  música).

Pensa:
Porque essa redundância toda os pais e a prole o capital e a prole a virtude a técnica o lucro a sobra a sombra o bronze o ouro a medalha essa redundância toda a busca a dúvida a palavra essa redundância toda o filme o espectador essa redundância toda a moral da historia e essa redundância toda a música o tom e essa redun…

Chega o mendigo em close e diz:

– Eu só toco em sol!!!

O rapaz:
E se eu quiser tocar em dó???
legenda: Essa redundância toda.

O mendigo olha pra ele com um olhar megalomaní­aco e insano e diz;

Aí­… hehhehe.. Aí­ o problema é seeeeeeeeu!!

E tem mais o tanguá … o rio tangua … o parque tangua…
O TANGUí É MEU!!!!!!!!!!!!
MEU!!!!!

Vira as costas e sai andando e falando

EU SÂ TOCO EM SOL!!!
…EM SOL!!!!


Entra a legenda de novo:

Porque essa redundância toda os pais e a prole o capital e a prole a virtude a técnica o lucro a sobra a sombra

Cena 2 int. no meio de uma festa:

Uma garota olha para o rapaz que esta em visão subjetiva

A legenda continua:

a sombra o Amor a medalha essa redundância toda a busca a dúvida a palavra essa redundância toda o filme o espectador essa redundância toda a moral da historia e essa redundância toda a música o tom e essa redun…

Chega pra menina e diz:

eu quero uma bala

A menina quebra a bala na boca. (som de bala quebrando)

Menina: Meia.

Cena 3 ext. noturna frente da festa.

Os dois caminhando tí­midos quase sem se olhar.

Legenda:

Tem fogo? ígua apaga? Tira o meu ar? Onde é o chão?
Empresta uma espada?

Rapaz: Tem caneta?

Menina: Vermelha?

Legenda: Empresta tua pele. O lado de fora. Risco.

Começa a desenhar na mão da garota.

Desenha um sol – legenda: A sol
Estrela – legenda O estrela

Segue:
O lua
A fogo
O água
O Terra

Por ultimo faz uma espiral

Legenda: redundância

Rapaz: Me dá um beijo.

A caneta preta pinta a boca da menina.

A boca da menina diz:

Mate a palavra.

Legenda: Beijo

Som de helicóptero. A voz do mendigo:

-Eu só toco em sol!!!!!

Cena Ext. parque tanguá

O rapaz e a menina dançam no parque tanguá ao som de uma vitrola.

O menino brinca imitando o mendigo:

-O TANGUí É MEU!!!!

A menina diz dançando: Eu trouxe meu livro de cálculo.

Legenda: brincar

Você estuda?

Legenda : redundância

A menina diz:

{ quando limite tende ao infinito L = 0}

legenda: Mate a palavra

Cena Int e Externa Helicóptero:

Mendigo dentro do helicóptero com um manto real grita pra fora;

– O TANGUí É MEU!!!!!!!!!!!

O helicóptero nos céus.

Legenda:
Libélula significa…(semiótica e cálculo)

Cena ext. Tangua. dia

A menina desenha equações.
Eles dançam com olhos nos olhos.
{Equações relacionadas.}

O rapaz tira a camisa.

Legenda; O corpo a soma a quí­mica essa redundância toda a palavra
Avante da palavra tentando fugir da redundância e essa redundância
Em espiral O Dna da dúvida sobre o que está sobre esta rrrrrrrrrrrrrr

O rrr vira o som do helicóptero pousando.

O MENDIGO POUSA. E GRITA:

O TANGUí É MEEEEEEEEEEEEEU!!!!!!!!!!!!

O Mendigo olha pra garota com uma cara sexy.

Legenda: genêro versus gênero.

Menina faz cara de quem não viu

O mendigo olha pro rapaz com cara amigável.

Legenda: Plural versus singular

O rapaz faz cara de descaso,

O mendigo faz cara de fúria olha pro chão e vê a caneta vermelha sobre o livro de cálculo.

Mostra a caneta pra câmera, e diz:

Fala: DE QUEM É A ESPADA???????

O câmera man oferece a câmera para o mendigo, a camera troca de mãos e passamos a ter a visão subjetiva do mendigo.

O mendigo filma o câmera man e os dois com cara de assustados e grita;

EU SÂ TOCO EM SOOOOOOOOLLL!!!!!!

Vira a câmera pro sol o filme queima.

Fim

Créditos: by VITORIAMARIO + Villa Cachorrros + Orquestra Organismo + Matema

Subliminar do mendigo indo embora com um cachorro pintado de amarelo. (3 cenas de 10 frames; diferentes planos). Legenda: subsistemas.


hacker emblem

Em Curitiba

– Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí­, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser – se viu -; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão; determinaram – era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O senhor ri certas risadas… Olhe: quando é tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente – depois, então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucuia. Toleima. Para os de Corinto e do Curvelo, então, o aqui não é dito sertão? Ah, que tem maior! Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniães… O sertão está em toda a parte.

Blog d’ E*ou = É o malabares de sinaleiro ficando cada vez mais complexo…

17:01 computambores sedex – tuda veiz mesma coiza

Momento em que conseguimos enviar o projeto “computambores” para apreciação do mecenato da fundação cultural de curitiba. Com direito a tudo dar errado 10 minutos antes e depois dar certo com a porta fechando, no último minuto, ao estilo hollywoodiano. Esperando agora que a seqüência dê numa daquelas triologias épicas…

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DESCREVA OBJETIVAMENTE O QUE PRETENDE REALIZAR E JUSTIFIQUE:

O projeto Computambor almeja pesquisar formas de construção de instrumentos musicais que mesclam procedimentos artesanais, tais como marcenaria e luthiaria, aos da ciência da computação e da eletrônica.

Os “computambores” serão instrumentos musicais que usam a tecnologia de softwares e hardwares livres para resgatar o aspecto táctil e não condicionado a uma produção industrial. Trazem para o mundo das artes o material tecnológico e seus procedimentos criativos, que apesar de estarem discriminados ao campo “técnico”, são matérias primas tão poéticas quanto a escultura, a pintura e a música.

Os objetivos deste projeto são:

1) Criar instrumentos que possibilitem novas sonoridades e rituais, fazendo com que o desenvolvimento plástico, visual, tecnológico e lúdico andem juntos; e, ao mesmo tempo, trazendo para o campo do som espontâneo e popular a possibilidade de pensar as máquinas, que tanto nos cercam hoje, como ferramentas criadas por nós mesmos que podem nos ajudar a formatar e a aperfeiçoar nossa linguagem e nossas relações sociais.

2) Estimular entre os artistas o uso de tecnologias livres, posto que softwares e hardwares livres são hoje no mundo todo maneiras de compartilhar conhecimentos relevantes que até então eram vistos como “segredos industriais”. Desta maneira, conseguimos trazer para o inevitável contato do ser humano com essas máquinas, a possibilidade do jogo, da brincadeira do artí­stico, do musical, do poético.

SINOPSE E RESUMO DO PROJETO:
Isto deve ser bem resumido

Computambores serão instrumentos musicais que estimulam o uso artesanal de procedimentos eletrônicos. Não se resumem a instrumentos de percussão: poderão ser também instrumentos melódicos e harmônicos. A grande caracterí­stica é trazer para o campo do artesanato e da ritualização da música, instrumentos que usam procedimentos computacionais para sua composição e que podem estimular o uso em rede de suas interfaces, acessando a Internet e nela recombinando sons e possibilitando novos circuitos de divulgação das artes.

Com os Computambores será possí­vel criar todo um novo gestual para novos timbres; possí­vel, ainda, gravar voz e outros sons para serem usados como samples (amostras) ao vivo. Estes instrumentos poderão também acessar a internet, ou redes locais, para possibilitar jams de pessoas em locais diferentes, compartilhando ao vivo, em tempo real, suas gravações.

Com isso tornamos possí­veis novos rituais e celebrações, onde a tecnologia é percebida na dimensão humana e onde potencializamos a recombinação de idéias poéticas, tirando estas idéias dos HDs (discos de memória do computador) para na prática fomentar novas redes.

Amplitude e Abrangência do projeto (cidades e estados onde o projeto será distribuido ou divulgado)

Quanto í  abrangência, este projeto traz o fomento de um circuito sem fronteiras da divulgação da música local. Desde que começamos o envolvimento com essa rede de produtores e usuários de softwares e hardwares livres, nos inserimos num contexto internacional alimentado pela Internet, numa comunidade de pessoas com a mesma busca contemporanêa. O potencial do uso destes instrumentos em rede, nos trás possibilidades, por exemplo, de dois concertos acontecerem simultaneamênte em cidades distantes. Tudo isso é um potencial de identificação enorme, que certamente fomenta um circuito importantí­ssimo e sempre aberto para novos artistas. O artista local só tem a ganhar com isso.

Presencialmente, estaremos divulgando, documentando e produzindo este trabalho na cidade de Curitiba, mas pela sua caracterí­stica de produção em rede, atingirá diversas cidades do planeta. Dentre as cidades com as quais ja mantemos forte contato pela web estão: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Tibau do Sul-RN, Salvador, Porto Alegre, Brasí­lia, Belo Horizonte. Fora do Brasil, já se desenvolvem parcerias na Croácia (Krizevci), Espanha (Barcelona), Dinamarca (Copenhagen), Alemanha (Berlin) e Grécia (Atenas e Farkadona).

Estratégia de ação

02 – ENUMERE AS ATIVIDADES NECESSíRIAS PARA ATINGIR O(S) OBJETIVO(S) DESEJADO(S), EXPLIQUE COMO PRETENDE DESENVOLVÃ?Å -LAS E QUAL O TEMPO ESTIMADO (DIAS).

1. Pré Produção e Pesquisa. Duração de XXX meses.
A primeira etapa do projeto prevê a realização de uma pesquisa aprofundada sobre a contrução de instrumentos. Este estudo terá como foco a identificação de luthiers que, além de processos artesanais, estejam trabalhando com plásticas sonoras mais inovadoras. As atividades dessa fase inicial incluem a descrição de procedimentos de construção de instrumentos e hipotéticas entrevistas com alguns desses produtores. É também a partir desse processo, nesta primeira etapa, que serão elaborados planos mais precisos de divisão do trabalho.

2. Produção de Design e Acústica. Duração de XXX meses.
Em seguida, passamos para um segunda fase que é a de construção dos instrumentos na sua forma acústica já conhecida. Pode-se, neste caso, trabalhar, desde tambores de maracatu e rabecas de fandango, entre outros instrumentos pesquisados, até instrumentos totalmente originais. A desconstrução de designs será também o foco desta etapa do projeto. Como exemplo, é possí­vel citar o uso de um joystick simples do tipo padrão no mercado. Estes controles de videogame de protocolo USB podem ter seu design desconstruí­do, serem imbutidos no instrumento e mapeandos via software livre, com um software chamado Puredata – linguagem de programação gráfica voltada para multimí­dia (http://www.puredata.info).

3. Produção de Eletrônica e Software. Duração de XXX meses.
Numa terceira fase, passamos a construir hardwares baseados em microprocessadores de projeto livre, como o Arduino – hardware livre para trabalhos de conversão de voltagem em liguagem binária (http://www.arduino.cc). Nesta etapa que terão iní­cio as tentativas de tornar o instrumento independente do computador: salvando arquivos numa memória local do instrumento, ou fazendo com que o instrumento se comunique via sinal de antena com um servidor próximo.

4. Documentação. Duração de XXX meses.
Todas as fases do processo serão amplamente documentadas, sobretudo em ví­deo, uma vez que é também objetivo do projeto disponibilizarmos uma metodologia simples para o uso destas técnicas, tonando-as acessí­veis para qualquer artista interessado em reproduzir tais idéias.
Ao final, contudo, nos últimos 2 meses, será finalizada essa documentação, pois iremos divulgar os resultados via web, chamando as pessoas para “jams” online via interface web. Aqui propomos também uma contrapartida de receber pessoas em um dia e horário marcados na ocasião para explicarmos o processo de forma didática e/ou tocar conosco no estúdio-oficina montados para o projeto.

5. Coordenação. Duração de XXX meses.
As ações de coordenação do projeto estão inseridas durante todo o processo, seja através de articulação, prestação de contas, organização das demandas e definição de planos de trabalho.

Descrição Técnica

02 – DIMENSIONE E QUANTIFIQUE O RESULTADO PRETENDIDO DO PROJETO

Pretendemos com este projeto tornar visí­vel a possibilidade de trabalhar com eletrônica de maneira artesanal e poética. Especificamente dentro do campo da música, pretendemos trazer questões interdisciplinares, como o interesse pelo design, pelas artes plásticas e pela tecnologia.

Outro resultado interessante será fomentar um circuito de artistas ligados a este tipo de troca de conhecimento e também possibilitar um canal bastante pró-ativo de divulgação de trabalhos, por identificação com os novos timbres, novos instrumentos e pela possibilidade de recombinação de poéticas.

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Pessoas

Falhei em Tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa…

Tabacaria, A.Campos.

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Capa do primeiro número de “Orpheu”