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“SE MALANDRO SOUBESSE COMO É BOM SER HONESTO, SERIA HONESTO SÂ DE MALANDRAGEM”
Bezerra da Silva
foto: Roberto Price / Folha Imagem
É proibida a entrada de antas portuguesas em núcleos de fotografia, divinas criaturas, sossélas, betos batatas e guetos de mediocridade. Serão espantadas a vassouradas.
Um desconhecido baterista português, especializado
em cartões postais, em Prudentópolis, completamente sem rumo.
Um conhecido fotógrafo português admirando Prudentópolis.
Ilíada de Homero, Canto I (tradução de Odorico Mendes)
Monólogo: Claudete Pereira Jorge
Direção: Octávio Camargo
Consultoria: Sálvio Nienkí¶tter
Porão Loquax, Wonca Bar (especializado em Porco ao molho de Ostras/Pérolas aos Porcos), Curitiba-PR, 29/11/2005.
Fotos: Mathieu Bertrand Struck
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Canto I
O início.
Claudete foi coberta de palmas. O pequeno porão ressoou.
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Entracte
Claudete Pereira Jorge
Octávio Camargo
Do primeiro para o último plano: Claudete, Octávio e Sálvio. Triunvirato homérico.
Octávio e Maria Célia Camargo.
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Retomada
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Sálvio Nienkí¶tter
Agradou Gregos e Troianos
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A volta. Espectro de Páris ronda a Visconde de Nacar.
Texto de Rafael Carletto sobre retrato de Simone Spolladore
“Virgilio e um dos puros“, Brasília-DF.
por Frederico Mendes
é All rights reserved
Em sabatina, Autran critica Gilberto Gil
MARY PERSIA
da Folha Online
Arte: William Medeiros
Um apanhado da carreira, elogios a personalidades do teatro e críticas í política cultural. A sabatina da Folha realizada na tarde desta segunda-feira com Paulo Autran, 83, reuniu uma platéia que pôde conhecer um pouco mais da visão do ator e diretor de teatro sobre o mundo.
Entre histórias memoráveis e comentários sobre o mundo das artes cênicas, Autran não deixou de expressar sua opinião a respeito da atuação do ministro da Cultura. “O [Gilberto] Gil está ganhando muito dinheiro, tem cantado no mundo inteiro, encantado platéias. Mas, no Brasil, não sei o que ele fez. Pelo teatro, então, acho que ninguém sabe”, disparou o veterano.
A política cultural de um modo geral, e especialmente as leis de incentivo, também não foram poupadas. “Antes, quando eu fazia uma peça, ia ao banco e assinava dez notas promissórias. Pagava mês a mês, com o dinheiro da bilheteria, e ainda sobrava algum. Hoje em dia, as peças estão muito caras”, afirma Autran. “As leis de incentivo tiveram como efeito colateral o aumento do custo do teatro. Todo mundo [como equipe técnica e infra-estrutura] aumentou seu preço.”
Sua história com as artes cênicas é antiga. Autran contou que seu primeiro personagem foi encenado aos sete anos, em uma peça escrita pela irmã. “Fiz o diabo, com chifres de papelão, calção vermelho e tudo. Entrei mudo e saí calado”.
Cusparada
Ele, que cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (Universidade de São Paulo) em 1945, estreou em um palco (ainda amador) em 1947. Em 1967 fez seu trabalho mais substancial para o cinema, “Terra em Transe”, de Glauber Rocha. Ele integra o elenco de “A Máquina”, de João Falcão, que estréia em breve nos cinemas brasileiros. Seu último trabalho na TV foi na minissérie “Hilda Furacão”, da Globo.
Da longa carreira, colheu boas histórias, como a vez em que deu uma cusparada em Paulo Francis em defesa da amiga Tônia Carrero.
“Juntei bastante cuspe e cuspi com prazer”, recorda ele. Em outra oportunidade, tentou dar um soco no crítico pelo mesmo motivo, mas não foi muito bem-sucedido. “Nunca havia dado um soco em ninguém. É difícil, sabe? O corpo se contrai, o braço fica sem força”, revelou, bem-humorado.
Para o futuro, Autran revelou que irá ensaiar “O Avarento”, de Molií¨re, a partir de julho de 2006. Sobre o teatro, diz que não vai deixá-lo tão cedo. “Vou largar o teatro quando a natureza me tirar a voz ou o movimento das pernas. Se bem que uma peça em cadeira de rodas eu faria. Vou trabalhar até não poder mais.”
Autran é o nono entrevistado da série de sabatinas da Folha. Participaram do evento o crítico da Folha, dramaturgo e professor de teatro Sergio Salvia Coelho, o diretor e dramaturgo Aimar Labaki e Lígia Cortez, atriz e diretora da escola de teatro Célia Helena. A mediação fica a cargo do jornalista Nelson de Sá, titular da coluna “Toda Mídia”, da Folha, e autor de “Divers/idade – Um Guia para o Teatro dos Anos 90” (ed. Hucitec).
“O fim do paganismo nos tempos de Teodósio, é talvez o único exemplo de erradicação completa de uma tradição popular ancestral, e deve portanto ser considerado como um evento unico na história da humanidade.”
Edward Gibbons – Declínio e Queda do Império Romano – Cap 38
(Abaixo), imagem de Vênus com uma cruz (século 2 a.d)
Vênus era uma das principais deusas do panteão romano
protetora de Roma e mãe do patriarca Enéas
Canto I da Iliada na tradução de Odorico Mendes
Monólogo com Claudete Pereira Jorge
Terça feira, 29/11/2005, í s 23h00
Porão Loquax – Wonca Bar – Rua Trajano Reis, 326
A Cidadela Proibida de Kowloon
por Mathieu Bertrand Struck
(adaptado e traduzido de diversos sites da internet, predominantemente da Wikipedia)
Kowloon é uma das mais curiosas anomalias urbanas de que se tem notícia. Destruída em 1993 por decisão mútua de China e Reino Unido, a cidadela ficava na principal península da cidade de Hong Kong.
Possuía, até antes de seu desaparecimento, cerca de 50,000 habitantes distribuídos numa diminuta área de 0.026 kmí² (densidade populacional de 1.900.000 pessoas por kmí²). Tratava-se, comprovadamente, do lugar mais denso em população do globo.
As origens da cidadela remontam a meados do Século XIX, tendo se originado de uma fortificação militar, construída sobre as ruínas de um antigo posto de observação na Península de Kowloon.
Após a cessão da Ilha de Hong Kong para os ingleses em 1842 (Tratado de Nanjing), as autoridades imperiais chinesas julgaram necessário estabelecer um posto de observação militar para dominar a península e verificar periodicamente a eventual expansão da influência inglesa na área.
Em 1898, celebrou-se uma Convenção que cedeu outras porções do território chinês de Hong Kong para os ingleses, por 99 anos adicionais. A Convenção excluiu a Cidadela (então com população de cerca de 700 pessoas), que permaneceu no domínio da China, podendo esta manter tropas na península, desde que não interferissem nas atividades inglesas.
A Coroa inglesa logo desconsiderou esta parte do acordo, atacando Kowloon em 1899, mas encontrando-a completamente deserta. Nada foi feito com a Cidadela e a questão de sua propriedade foi deixada em segundo plano.
Por volta de 1940, a Cidadela se converteu em uma vizinhança altamente populosa, toda concentrada dentro das suas muralhas. O enclave permaneceu como parte do território chinês a despeito das intensas mudanças políticas da China (queda da dinastia Qing, estabelecimento da República e, finalmente, advento do Comunismo)
A Cidadela permaneceu como uma curiosidade e uma atração turística para colonos e turistas ingleses, que podiam sentir, visitando suas vielas, o gostinho da China antiga.
Com a ocupação de Hong Kong em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão evacuou a Cidadela e a demoliu quase completamente (incluindo suas muralhas), para obter materiais de construção para obras militares.
Vista aérea da Cidadela de Kowloon
Depois da rendição japonesa, a Cidadela começou a ser reocupada, resistindo a diversas investidas inglesas, até 1948, para que a desocupassem. Sem muralhas para protegê-la, Kowloon tornou-se um refúgio certo para toda sorte de bandidos, salteadores e viciados em ópio, já que a polícia de Hong Kong não tinha direito de entrar na Cidadela e a China continental recusava-se a cuidar da questão.
Com o estabelecimento definitivo do Comunismo chinês, em 1949, milhares de refugiados (predominantemente de Guangzhou) emigraram para Kowloon. A Coroa inglesa já estava farta e passou a adotar um posicionamento mais interventivo na Cidadela. Um assassinato no interior das muralhas, em 1959, acendeu uma pequena crise diplomática e as duas nações ficaram tentando empurrar uma a outra a responsabilidade pelo território, então completamente dominado pelas Tríades anti-Manchúria (o sindicato do crime organizado de Hong Kong).
O domínio das Tríades durou até meados dos anos 70, quando no biênio 1973-1974, cerca de 3.000 investidas policiais ocorreram na Cidadela Proibida de Kowloon.
Com a diminuição do poder das Tríades, uma estranha sinergia urbana floresceu e a Cidadela passou a crescer organicamente. Os prédios começaram a se fundir uns aos outros e milhares de modificações urbanas ocorreram (virtualmente nenhuma foi promovida por engenheiros ou arquitetos) até transformar a cidadela num verdadeiro monolito de alvenaria. Corredores labirínticos (antigas ruas e vielas) percorriam a massa de prédios, muitas vezes saindo do nível do chão e entrando dentro dos prédios em andares superiores.
Havia duas únicas regras construtivas: a eletricidade tinha que ser instalada em todos os locais, para evitar incêndios, e os prédios tinham que ter 14 andares, em razão da proximidade de um aeroporto. Apenas oito canos de água eram providenciados pela prefeitura. O restante possivelmente vinha de poços internos.
No início da década de 80, a Cidadela Proibida de Kowloon tinha cerca de 35.000 habitantes, com uma estatística de crimes muito abaixo daquela da cidade de Hong Kong propriamente dita, a despeito da inexistência de qualquer repressão legal formal.
A Cidadela era também conhecida pelo seu enorme número de dentistas clandestinos e sem licença, pois ali era o único local possível em que poderiam operar sem perseguição oficial.
Em algum momento, os governos chinês e inglês chegaram í conclusão de que era demais manter aquela massa urbana anárquica de pé, a despeito da baixa criminalidade. Se o Mercado Negro regional tinha uma localização precisa, era a Cidadela. As condições sanitárias, ao que consta, também não eram das melhores.
Em uma declaração conjunta de 1984, a China autorizou as autoridades britânicas a demolir a Cidadela e realojar seus habitantes. A decisão foi executada apenas em 1993. Um parque municipal foi erguido em seu lugar.
Era o fim de ä¹Âé¾Â城寨, Hak Nam, a Cidade da Sombra, a velha Cidadela Proibida de Kowloon.
Sua história lança profundas reflexões sobre os ajuntamentos humanos e o urbanismo. Curioso perceber que após o fim das Tríades, a cidade funcionou por décadas sem ordem estabelecida e uma relativa anarquia, com taxas muito baixas de violência e uma economia interna muito bem estabelecida. Sinal de que as coisas, apesar de tudo, tendem invariavelmente í Ordem? Mesmo que tenham a aparência do mais legítimo Caos?
Cartografia da Cidadela de Kowloon
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Em tempo: A palavra ‘Kowloon’ significa ‘Nove Dragões’ e representa os oito morros circundantes de Hong Kong, sendo que o Imperador Chinês representa o nono ‘dragão’.
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Informações Adicionais:
http://en.wikipedia.org/wiki/Kowloon_Walled_City
http://www.arch.columbia.edu/gsap/21536
http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_Hong_Kong
Vamos sair dessa Uruca!
Occam hackeia Orlando Azevedo.
Coração do Brasil
Coração… diz pra mim
por que é que eu fico sempre desse jeito?
Coração… não faz assim
você se apaixona e a dor é no meu peito
Pra que que você foi se entregar
se na verdade eu só queria uma aventura?
Por que você não pára de sonhar
é um desejo e nada mais
E agora o que é que eu faço
pra esquecer tanta doçura
Isso ainda vai virar loucura
não é justo entrar na minha vida
Não é certo não deixar saída, não é não
Agora agüenta coração
já que inventou essa paixão
Eu te falei que eu tinha medo
amar não é nenhum brinquedo
Agora agüenta coração
você não tem mais salvação
Você apronta e esquece que você sou eu
(Paulo Sérgio Valle / Prentlce / Ed Wilson)
Caros fotografos e amigos, acho que o Orlando Azevedo, nesse seu “mergulho ao coração do Paraná”, tropeçou em sua vaidade e bateu com cabeça em um vespeiro!!!
Todo o meu apoio ao trabalho excelente que a Milla vem fazendo com o NUCLEO DE ESTUDOS DA FOTOGRAFIA, ao Beto Batata e aos outros bares trôpegos que sempre abrigaram a fotografia curitibana, tão desprezada por esse senhor.
João Urban
http://www.oplanob.com.br/index.php?itemid=35&catid=4#
as fotos da mylla são absolutamente sem pilha ,sem emoção e nenhuma poética.
não acrescentam nada, rien de tout
a fotografia percorre esse universo do discurso da obscuridade e curitiba tem essa pegada patética de divinas criaturas , sosella, núcleo de, betos batatas etc etc
guetos da mediocridade. falta crítica e nos bares trôpegos nascem as deformações dos pesadelos.
etílicos passaportes da conivência.
as tears go by
aqui de prudentópolis
desejo prudência
devagar com o andor
porque o santo está nu
palmas para dom quixote
sempre
20/11 20:55:30
Orlando Azevedo
Cleverson Salvaro trabalhando com carimbo nas paredes do Beto Batata, em Curitiba, na ação Casa Ã?â?nibus, de Octávio Camargo e Margitt Leissner em 2002.
C.L. SALVARO e Vanessa CARVALHO. Escritório – MAC-pr. 2004 – scanneado diretamante do contato
Escritório foi uma instalação realizada em uma exposição coletiva no MAC do Paraná em setembro de 2004. De concepção de C. L. Salvaro, foi literalmente montado em uma das salas do museu um escritório com intuito de prestar serviços í comunidade através do agenciamento e divulgação de ações artísticas. A obra serviu como crítica í s instituições de arte que muitas vezes não cumprem determinados papéis importantes e acabam fechando os olhos para várias ações artísticas que ocorrem na cidade.