circuitbending

Tropeçando lá e cá descobri uma tag muito legal: “circuitbending“.
É quase uma “cena cultural” ou “moda” se preferirem, mas não deixa de gerar umas idéias metarecicleiras, curiosas e etc…

Basicamente consiste em pegar brinquedinhos ou qualquer eletro eletronico que esteja largado e inventar alguns curto circuitos, amplificações, soldar novas peças, gerando uns instrumentos musicais malucos… isso dava uma oficina de pirar a gurizada… acho que é um jeito bem divertido de dismistificar a eletrônica (que como ja foi discutido aqui, é ainda vista como “magia”, “ferramenta do progresso” ou “fetiche consumista”)…

minidocumentario:

festivalzinho ta rolando:

wiki:
http://www.bendwiki.org/wiki/index.php?title=Main_Page

tags do youtube e delicious:
http://www.youtube.com/results?search=circuitbending&sort=relevance&page=1
http://del.icio.us/search/?all=circuitbending

Bife a milanesa de manhã de manhã, faz pra mim mãe.

As mães não querem mais filhos poetas.

A esterilidade dos poemas.
A vida velha que vivemos.
Os homens que nos esperam sem versos.
O amor que não chega.
As horas que não dormimos.
A ilusão que não temos.

As mães não querem mais filhos poetas.

deram o grito
desesperado
das mães do mundo.

Hilda Hilst, baladas, pg 55.

semi corpos


(16:44:48) glerm: oap
(16:44:54) glerm: entao
(16:44:56) glerm: contae
(16:44:59) palm: opa
(16:45:02) palm: comecei la no gmail
(16:45:07) palm: perai
(16:45:16) palm: direto do laboratorio.
ressaca domingueira, pos-pre-estreia do marreCo-mimoSa.
(16:45:23) palm: semi-corpos

uma balada no sesc pompeia. bocatto com seu trombone gritante toca enquanto estamos no camarim (grupo tempokala: marina reis, fernanda ferrari, ricardo palmieri + habib + priscila + juliana + marreCo-mimoSa). galera do SESC entra. marreCo funfando*, palm com figurino e semi-moicano, meninas se arrumando, jean com o set pronto.
(16:46:48) palm:
*marreCo funfando: o demudi 1.3 nao reconheceu minha placa de audio mic-in. nao rolava. como se tratava de um freak-show, e nao uma oficina mimoSa, resolvi de ultima hora convidar um windows XP pirata + NERO pirate + windows movie maker, q resolveu completamente o problema, gerando outro: arquivos em WMV, urgh!
(16:47:19) glerm: hahaha
(16:47:32) palm: enfim
(16:48:16) palm: na correria do entra agora q o bocatto vai acabar o show, e vcs precisam aparecer antes do igor cavaleira (aiii!) entrar como dj.
(16:48:32) palm: o marreCo tem um surto e..
(16:48:34) palm: CAI!
(16:48:37) palm: bum!
(16:48:42) glerm: carái
(16:48:49) glerm: quebrou tudo o robô?
(16:48:53) palm: entao.
(16:48:58) palm: na hora o aperto no coracao
(16:49:03) palm: nem quis olhar
(16:49:26) palm: as meninas levantaram, e o pessoal do sesc ficou completamente sem graca. eu gritei: acabou. nao vai rolar
(16:49:42) palm: boneco em peh, sangue frio, fui olhar o trem
(16:50:00) palm: reconectei camera usb, aperto em lacre dalli, outro aqui.
(16:50:03) palm: liguei!
(16:50:09) palm: grub pra mim!
(16:51:05) palm: desliguei o bicho.
(16:51:08) palm: deitei ele.
(16:51:25) palm: e desci para um cena inicial. eu, como perfomer
(16:51:29) palm: sozinho
(16:51:48) palm: com roupa de medico e uma torre de cd virgem na mao
(16:52:00) palm: na seq, entrariam as meninas levando o bonecCo
(16:52:04) palm: carai!
(16:52:09) palm: ai foi louco demais
(16:52:48) palm: boneco entra, ai eu escrevo as instrucoes do jogo-marreCo nas costas dele
(16:53:18) palm: e meu personagem nao falava. apenas no microfone, e a galera ouvia no fome de ouvido.
(16:53:25) palm: as meninas erasm:
(16:53:45) palm: marina+fernanda: gemeas xipofogas
(16:54:19) glerm: hehehe
(16:54:19) palm: priscila: rainha negra sadomasoca
(16:54:53) palm: juliana: a decapitada – noiva frankentein – a noiva do chuck
(16:55:29) palm: uns 40 depoimentos gravados na noite.
(16:55:37) palm: muita info sobre o q ta rolando em sampa
(16:55:37) glerm: que massa
(16:55:41) palm: muita gente bebda
(16:55:43) glerm: cade esse som
(16:55:46) glerm: ?
(16:55:58) palm: muita menina deixando o telefone pro victor frankenstein, hahaha
(16:56:11) palm: mas enfim
(16:56:15) palm: na volta, no carro….
(16:56:20) palm: aiai…
(16:56:30) palm: o bhoneco se reotrceu numa freada
(16:56:46) glerm: tava sem cino!
(16:56:50) glerm: cinto!
(16:56:53) palm: sin! sinto!
(16:57:38) palm: ai eu descobri um erro de engenharia de minha parte: a tela de LCD escorregou pro lado: o peso puxou um dos lacres e dobrou um pedaco do boneco: bem na entrada do teclado!
(16:58:13) palm: entortou o plug – ufa! – do teclado.
(16:58:21) palm: nenhum dano a plpaca-mes-flutuante
(16:58:26) glerm: tem mais fotos d@ mimos@rrec@ ???
(16:58:29) palm: placa-mae flutuante
(16:58:33) palm: sim
(16:58:37) palm: a aoife tirou muitas fotos
(16:58:41) palm: vou postar algumas la
(16:58:51) palm: eh q acordei agora e to meio preguicoso
(16:59:01) palm: mas foi um sucesso a maquina
(16:59:20) glerm: sa-sse-çi-ço-sssussesu
(16:59:42) palm: hahah
(16:59:45) glerm: mas voces sairam dar rolê na rua?
(16:59:45) palm: entao
(16:59:53) glerm: com el@
(16:59:55) glerm: ?
(17:00:05) palm: eu nao consigo tirar os videos de la pq nao tyenho uma porra dum teclado ps2 sobrando aqui
(17:00:11) palm: nao
(17:00:14) palm: foi pre-estreia ainda
(17:00:26) palm: estou querendo levar ele pra passear em PORTOALEGRE
(17:00:36) palm: na regional de la dos pontos de cultura
(17:01:06) palm: mas antes fazer beta-teste em sampa com ele na cadeira de rodas, ou seja la o q for
(17:01:28) glerm: a outra mimosa morreu?
(17:01:33) glerm: a primeira?
(17:01:37) palm: sim
(17:01:42) palm: death metal
(17:01:50) glerm: ta reencarnando por aí­
(17:02:05) palm: heheh
(17:02:05) glerm: aqui a gente quer fazer algo em torno da idéia de cidade cenográfica
(17:02:07) palm: entao
(17:02:13) glerm: cidade nao existe
(17:02:17) palm: sim!
(17:02:19) palm: isso eh bom!
(17:02:28) palm: chamem os novos arquitetos!
(17:02:36) glerm: psico-geográfos
(17:03:06) palm: eu conheci um psico-fisico outro dia
(17:03:10) palm: e ele eh cego!
(17:03:22) glerm: po
(17:03:30) glerm: mimos@ tem que entrevistar o cara
(17:03:41) palm: demoro!
(17:03:45) glerm: mas entao
(17:03:48) palm: acho q encontro ele em belem
(17:03:51) palm: semana outra
(17:04:03) glerm: isso aqui ja é uma entrevista pro hackenado catatau?
(17:04:09) palm: acho q sim neh?
(17:04:19) glerm: então explica pra quem chegou até aqui do que que a gente ta falando
(17:04:20) palm: vai pro turbulence tb
(17:04:21) glerm: hahahahahahaha
(17:04:35) glerm: o que é mimoS@?
(17:04:57) palm: explico: pega o mouse, abra seu firefox, e olhe daqui a 5 minutos em
(17:04:58) palm: http://turbulence.org/Works/mimoSa/blog/?p=35

(17:05:14) palm: hehe
(17:05:30) palm: entao, mas tem um lance legal de falar g
(17:05:47) palm: sobre a mimoSa ser um oficina e nao um produto-objeto-artwork
(17:06:05) palm: neste processo, fiz o marreCo-mimoSa como experimento de processo.
(17:06:35) palm: isto me abre agora uma competencia q eu nao tinha antes, q era a de recilar a cx branca / torre / desktop / notebook
(17:06:40) glerm: mimos@ é uma Universidae Gamb+i ambulante?
(17:06:51) palm: acho q eh uma disciplina la dentro!
(17:06:55) glerm: heheh
(17:06:59) palm: q tal?
(17:07:04) glerm: massa
(17:07:24) palm: disciplinas multidisciplinare
(17:07:26) glerm: Doutorado sui causa em Desfragmentação Psico-Geográfica
(17:07:40) palm: pos traumatica pccniana
(17:08:25) glerm: http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/?p=1451
(17:08:36) palm: ja foi?
(17:08:56) glerm: só pra ilustrar o começo
(17:09:02) glerm: conta mais ae
(17:09:04) palm: louca imagem!
(17:09:05) palm: hahaha
(17:09:12) glerm: como foi essa semana loca ae
(17:09:16) palm: poe meu gif la embaixo
(17:09:20) glerm: tudo misturado
(17:09:23) palm: naop sei
(17:09:27) glerm: ja é
(17:09:31) palm: fiquei trancado depois de 4.a em casa
(17:09:37) palm: soh sai na 6.a a noite pra dar aula
(17:11:08) glerm: doidera
(17:11:24) glerm: cidades não exitem
(17:11:41) glerm: mas então
(17:11:56) glerm: vamo convergindo as Busca
(17:12:13) glerm: daqui a pouco colisão de mimos@s porae
(17:12:22) glerm: to colando ali no catatau
(17:12:43) glerm: comentem ae partí­culas do futuro!

buscA errante


A binary decision diagram (BDD) is a data structure that is used to represent a Boolean function. A Boolean function can be represented as a rooted, directed, acyclic graph, which consists of decision nodes and two terminal nodes called 0-terminal and 1-terminal. Each decision node is labeled by a Boolean variable and has two child nodes called low child and high child. The edge from a node to a low (high) child represents an assignment of the variable to 0 (1). Such graph is called BDD if the variables occur in the same ordering on all paths and it is reduced according to two rules:

* Merge any isomorphic subgraphs.
* Eliminate any node whose two children are isomorphic.

A path from the root node to the 1-terminal represents a variable assignment for which the represented Boolean function is true. If the path descends to a low child (high child) from a node, then the node’s variable is assigned to 0 (1).

desenho de 9li

PONTEIRA


Exemplo de um golpe mortal é a PONTEIRA, que se for aplicada com força na altura do estômago, causa uma hemorragia imediata, sem muito o que se fazer para socorrer o oponente.

É DE TIRO C3ERTE3IRO MEU IRMÃO

Geografia do Imaginário – ou O Globo nas costas de Charles Atlas


compass-rose

Compass Rose
by Jake Sutton
Creative Commons License

Geografia Imperfetta di Corto Maltese
di Umberto Eco
(resenha de “A Balada do Mar Salgado“)

Sarí . Nella sua breve nota introduttiva Hugo Pratt dice che il suo interesse per i mari del sud nasce da La laguna blu di de Vere Stackpoole – e la memoria corre al film omonimo, che si svolge sí¬ nelle Figi, ma che proprio non farebbe pensare a Corto Maltese. Comunque puí² darsi, e Thomas Merton diceva di esser divenuto cattolico leggendo la teoria dell’apostasia di Joyce in A Portrait of the Artist as a Young Man. Ma io non mi fido degli autori, che sovente mentono. Mi fido solo dei testi. Ora, i personaggi della Ballata leggono altri libri.

A un certo punto Pandora appare dolcemente appoggiata all’opera omnia di Melville, e Cain legge Coleridge, autore di un’altra ballata, quella del vecchio marinaio. Tra l’altro la legge in traduzione italiana e la trova, con Melville, a bordo di un sottomarino tedesco (fa parte della biblioteca di Slütter, che lascerí  ad Escondida, dopo la sua morte, anche un Rilke e uno Shelley; Cain peraltro in chiusura citerí  Euripide). Se si calcola che Cranio ha fatto pratica legale presso un avvocato indiano di Viti Levu e discute di mitologia maori e sociopolitica melanesiana con la sicurezza di una Margaret Mead, occorre dire che i personaggi di Pratt sono molto pií¹ colti di lui. Quanto sono casuali o di maniera questi regesti delle letture dei nostri eroi? Passi per Cranio, che era un ragazzo volonteroso, ma qui legge anche un avanzo di galera come Rasputin, e in francese. Proprio all’inizio (settima inquadratura) lo troviamo a consultare Bougainville, Voyage autour du monde par la frégate du roi La Boudeuse et la flí»te l’Etoile. Posso assicurare che non si tratta della prima edizione del 1771, che a differenza della copia di Rasputin í¨ anonima e quindi non potrebbe portare il nome dell’autore in copertina; visto che si tratta ugualmente di un volume in quarto, potrebbe essere un originale rilegato posteriormente, ma sarebbe un peccato rovinare con l’umidití  e il salmastro un pezzo d’antiquariato del genere; in effetti nella sesta inquadratura la pagina appare composta a tre colonne, e quindi potrebbe trattarsi di una edizione popolare ottocentesca.


gato-dos-ventos

Il libro í¨ aperto circa alla metí  e a quel punto, comunque sia la composizione tipografica, si apre il capitolo V, “Navigation depuis les Grandes Cyclades; découverte du Golfe de la Louisiade”¦ Relâche í  la Nouvelle Bretagne”. Rasputin non si concede divagazioni letterarie, consulta, assume informazioni sul punto in cui prevede di essere, visto che veleggia verso una base tedesca della Nuova Pomerania- che í¨ appunto la Nouvelle Bretagne di Bougainville. Perí², a parte che in quel capitolo Bougainville incontra piroghe e selvaggi che sembrano usciti dalle pagine della Ballata (ma forse sarebbe prudente invertire la prospettiva), se andiamo a vedere la bella ed ampia carta che precede il “Discours préliminaire” sorgono alcuni interrogativi inquietanti.

La carta di Bougainville non coincide affatto con la carta che Pratt disegna proprio nella pagina a fronte. In questo caso Pratt ne sa pií¹ del suo personaggio, ma il personaggio non legge la Ballata, legge Bougainville. Se Rasputin si riferisce alla carta di Bougainville e presume di essere vicino alla Nuova Pomerania, allora non puí² pensare di essere nel mare delle Salomone, perché Bougainville poneva le Salomone molto pií¹ a est (pií¹ o meno al posto delle Figi, prendendo un abbaglio di circa venti gradi di longitudine e dieci di latitudine). In altri termini se Rasputin, a naso, o con qualche strumento che nel 1913 non poteva mancare a uno scorridore dei mari, sa quello che Pratt sa e ci dice, e cioí¨ che egli aveva raccolto Cain e Pandora tra il 155í° meridiano (est, direi) e il 6í° parallelo sud, controllando su Bougainville dovrebbe essere sicuro di trovarsi vicino alla baia di Choiseul a poca distanza dalle Luisiadi di cui sta leggendo, ma lontanissimo dalle Salomone (dove tuttavia c’í¨ senza saperlo). Mi direte che la cosa í¨ irrilevante dal punto di vista narrativo, ma non í¨ cosí¬: quando poco dopo il mercantile olandese incontra il catamarano di Rasputin, la prima cosa che sia gli ufficiali che il marinaio figiano osservano í¨ che, per essere figiana, quell’imbarcazione appare assai fuori mano perché i figiani di solito vanno verso est e al sud. E, come vedremo dopo, í¨ questo che avrebbero dovuto fare, perché í¨ a sud-est (molto, molto pií¹ a sud est) che si trova l’isola del Monaco. Si dirí  che Rasputin non í¨ lí  che vuole andare, bensí¬ alla Kaiserine dei tedeschi, ma í¨ certo che vi arriva senza capire bene dove si trovi – o, se prima lo sapeva, ora ha tutto il diritto di perdere la testa, vista anche la sua conclamata instabilití  emotiva. Si noti che lo stesso Bougainville, nel porre le Salomone nel posto sbagliato, manifestava molte esitazioni: infatti sulla carta scriveva “Isles Salomon dont l’existence et la position sont douteuses”.

mapa-corto-maltese

Ma Bougainville aveva ogni giustificazione. Delle leggendarie Isole di Salomone, dove si sperava di trovare l’oro del re omonimo, era gií  andato alla ricerca nel 1528 Alvaro da Saavedra, muovendosi invece tra le Marshall e le Isole dell’Ammiragliato; ci arriva nel 1568 Mendana, le battezza, e dopo di lui nessuno riesce pií¹ a ritrovarle, neppure lui stesso, quando riparte alla loro riscoperta con Queiros, quasi trent’anni dopo, e le manca per un pelo, approdando a sud est, all’Isola di Santa Cruz. Da quel momento la storia dell’esplorazione del Pacifico í¨ la storia di gente che scopre sempre la terra che non andava cercando, un girare da dissennati tra isolotti, barriere coralline e continenti, sbagliando sempre la longitudine (almeno sino all’invenzione del cronometro marino di Harrison), e l’epicentro invisibile e introvabile di queste scorribande sono sempre le isole del Re Salomone, che si sono dissolte nell’aria. Si veda Tasman, che nel 1643 cerca le Salomone, arriva prima in Tasmania (il che non í¨ scarto da poco), avvista la Nuova Zelanda, passa per le Tonga, tocca senza sbarcarvi le Figi, di cui vede solo poche isolette e perviene sulle coste della Nuova Guinea. Com’í¨ come non í¨, Rasputin, che pure poteva disporre delle buone carte tedesche coeve che vedete a corredo di questa edizione, si ostina a documentarsi su Bougainville, dove le Isole Salomone sono ancora un sogno. Ma questo suo fallo onirico incide anche sul comportamento degli altri. Ditemi voi perché Corto deve trovare il sottomarino di Slütter (che ha in mano l’ottima carta disegnata dal Capitano Galland) sotto la punta occidentale della Nuova Pomerania, quindi mentre naviga verso ovest, se í¨ partito da Kaiserine, mentre la meta del sottomarino í¨ l’Escondida.

Dov’í¨ l’Escondida del Monaco? Parlandone con Pandora, Cain dice che il Monaco impera dalle Gilbert alle Sottovento, il che suona assai bene; ma un ragazzo che legge Coleridge ed Euripide dovrebbe sapere che le Gilbert sono a nord delle Figi, sulla linea dell’equatore, in Micronesia, e le Sottovento sono nelle Antille. E’ vero che viaggi del genere li ha fatti un Magellano, ma una volta nella vita, e morendoci per strada. Imperare dalle Gilbert alle Sottovento í¨ un lavoro duro, e lo spazio del Monaco si colora, pií¹ che di geografia, di mitologia.

cartografia

Facciamo ora i conti con il testo di Pratt e l’Atlante De Agostini. Pratt alla fine ammette a denti stretti che la Escondida si nasconde a 19 gradi di latitudine sud e 169 gradi di longitudine ovest: quindi dovrebbe essere tra Tonga e le Cook. Un ufficiale di marina tedesco che per andare alle Tonga naviga verso la Nuova Guinea e dice (come dice) “tra poco arriveremo all’Escondida” (e ne í¨ lontano 5000 chilometri) í¨ un sognatore, preso nella rete di Rasputin, che ha confuso i confini dello spazio. Il fatto í¨ che Rasputin, o Pratt, o entrambi, cercano di confondere anche i confini del tempo.

E’ solo leggendo attentamente che vi accorgerete che Cain e Pandora vengono catturati da Rasputin il primo novembre 1913 ma tutti arrivano all’Escondida dopo il 4 agosto 1914 (il Monaco li informa che in quella data í¨ scoppiata la guerra) e grosso modo tra il settembre e l’ultima decade di ottobre, quando entrano in scena gli inglesi. Tra due pagine di Coleridge e due discussioni con Slütter, í¨ passato un anno, nel corso del quale il sottomarino si muoveva per vaghe rotte, con indolenza curiosa, la sete di deriva dei bucanieri del XVII secolo, del vecchio marinaio, e del capitano Achab.

curitiba-world

Tutti i protagonisti della Ballata, compresi gli ufficiali della marina tedesca, viaggiano nell’arcipelago dell’incertezza, come se percorressero storditi i rami dell’albero genealogico dei Groovesnore, e non vorrebbero mai arrivare. Non sanno seguire i pescecani come Tarao (l’unico che va e arriva dove vuole e deve, quasi in linea retta) e quando sfiorano la Verití  Geografica non lo sanno. Eppure í¨ lí¬, nel nome di Pandora: c’í¨ un Pandora Basin tra le Figi e le Nuove Ebridi, ai suoi limiti si dispongono le Yasawa, nelle Yasawa c’í¨ la Blue Lagoon. Pandora í¨ simbolo di una sapienza cartografica che nessun personaggio della Ballata mostra di possedere. Rasputin ha letto solo Bougainville, Pratt ha letto solo de Vere Stackpoole, ma, come al solito, il testo ne sa pií¹ di tutti.

Tutto nella Ballata, segue il ritmo delle rotte marine che racconta, anche la psicologia dei personaggi, che si amano dopo essersi sparati addosso, o si uccidono per amicizia, e perdono il controllo, e si reinventano, con una discendenza, una cartella clinica, ad ogni pagina – e non sappiamo chi sia davvero il Monaco (non credo alla ricostruzione di Slütter, troppo precisa), né che volto abbia, e da dove venga Rasputin, perché Cain abbia quel nome (forse un riferimento byroniano), e soprattutto pochissimo sappiamo di Corto, di cui pure i racconti successivi ci diranno tutto, senza neppure risparmiarne la mamma. E’ incerto anche il disegno e Corto non ha i tratti essenziali e definiti, non dico degli ultimi racconti (dove addirittura ringiovanisce e si angelica, perdendo i segni di una vita non integerrima), ma neppure della sua epopea pií¹ matura, quando si muove con disinvoltura tra la laguna veneta, il Brasile, l’Irlanda e le rotte terrestri della Transiberiana.

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Corto, oggi inconfondibile, all’epoca della Ballata si cerca ancora: í¨ ignaro della propria biografia (appare di colpo incatenato in mezzo al mare come il Giuda della Navigatio Sancti Brandani), incerto della propria psicologia, e del suo volto lui e Pratt sanno ancor poco, abbozzandolo come fanno di vignetta in vignetta, man mano che la storia procede, da pochi tratti essenziali ad un infittirsi di rughe interrogative. Forse dimenticheremo molte storie dove Corto Maltese appare perfetto nella sua istantaneití  geroglifica, ma nella Ballata vive e si fa memorabile a causa della sua tentativa imperfezione. Proprio per questo la Ballata rimane nella mente dei suoi primi lettori come un evento, il modello di un nuovo modo di fare letteratura attraverso il fumetto, e l’Escondida assurge a luogo dell’universo della narrativití , dove Ismaele si confonde con Mandeville, il Pacifico sfuma nella Terra del Prete Gianni, le carte geografiche contraddicono le parole, che non precisano, ma corrodono i contorni dello spazio, s’intersecano i paralleli, l’atlante si riduce ad un portolano dubitoso, e un Monaco quasi medievale potrí  inalberare, ingentilito dagli alisei, un emblema da Consiglio dei Dieci.

Ho sempre sostenuto che i disegnatori si disegnano nei loro protagonisti, o nei deuteragonisti al massimo, e chi ha visto di persona Al Capp, Feiffer, Schulz o Jacovitti, lo sa (solo Phil Davis ha disegnato in Mandrake il volto di Lee Falk- o Lee Falk ha adattato il proprio volto ai suggerimenti di Phil Davis). Di Pratt non lo sospettavo. Ma un giorno, alla presentazione di non so pií¹ quale libro o evento, l’ho incontrato alla Terrazza Martini di Milano e l’ho presentato a mia figlia, allora molto piccola ma gií  lettrice delle sue storie, e lei mi ha sussurrato che Pratt era Corto Maltese. Che il re sia nudo, lo puí² dire solo un bambino. Pratt non ha la statura, l’astata longilineití  di Corto, ma guardandolo meglio, di profilo, ho dovuto convenire che in qualche modo era vero: la linea del naso, il taglio della bocca, non so, certo Pratt non í¨ il Corto della Ballata, ma diciamo il Corto pií¹ magico delle ultime storie, quelle che allora Pratt non conosceva ancora”¦ Pratt si stava cercando (fantasticava con la matita chiedendosi come avrebbe voluto essere – ora lo si sa, si vuole un elfo), e cercandosi inseguiva alcuni sogni errabondi.

Cosí¬ si fa errabondo un testo. Ed í¨ in questa bruma che affetta spazio e tempo che nascono i miti, e i personaggi sciamano per altri testi, si installano come nativi nella nostra memoria come se fossero esistiti da sempre nella memoria dei nostri padri, giovani come Matusalemme e millenari come Peter Pan, talché ci capita spesso di incontrarli anche dove non sono raccontati, e addirittura – almeno tanto í¨ dato ai bambini – nella vita.

Umberto Eco.


X
X
by: Mathieu Bertrand Struck
(Mapa encontrado em parede na Rua Paula Gomes, centro de Curitiba – Map found in decayed wall in Curitiba, Brasil, Paula Gomes Street)
cc-bouton-francais

Umbará, entre Tijolos, Bruxas e Barricas

araucaria & sunset
All Photos in this post by: Mathieu Bertrand Struck
cc-bouton-francais

UMBARí: História, histórias e particularidades

Em 29 de março de 1693, nasce oficialmente a Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, hoje Curitiba. Acredita-se que a região era habitada por povos indí­genas, que utilizavam o barro extraí­do ao redor dos rios Barigui e Passaúna para a atividade cerâmica e, mais tarde, cresceria o bairro Umbará.

Os tropeiros utilizavam a região do Umbará como caminho entre os Campos Gerais e o litoral, constituindo o chamado Caminho do Arraial Grande. O Umbará tornou-se importante para dar vazão í  produção econômica.

Os tropeiros vindos dos Campos Gerais passavam por Araucária e pelo rio Barigui, depois seguiam o caminho das atuais ruas Delegado Bruno de Almeida, Vereador Ângelo Burbello, Luiz Nichele, Eduardo Pinto da Rocha, até chegar em São José dos Pinhais.

Na metade do século XIX, acentuou-se o tráfego pelo atalho ligando Umbará ao Campo Comprido. Foi nesses caminhos lamacentos que os primeiros caboclos se estabeleceram habitando pequenos ranchinhos.

Próximo aos anos de 1880, um grupo de italianos rebeldes estavam insatisfeitos com a polí­tica de imigração, fundaram a Colônia Dantas no atual bairro ígua Verde. Muitas destas famí­lias que já trabalhavam na agricultura resolveram procurar áreas para a lavoura. Dirigiram-se ao extremo sul da cidade, próximo a fazenda de João Santana Pinto, encontrando uma grande porção de terras. No final do século XIX, muitas famí­lias de origem italiana e polonesa deram um impulso no movimento agrí­cola da região.

Em maio de 1886 , o sacerdote Pietro Cobbalcchini inicia visitas periódicas e ajuda o povo a construir a primeira capelinha de madeira, situada um pouco a direita da atual matriz.

O nome do bairro surgiu por causa da grande quantidade de argila da região, que na época das chuvas formava grande quantidade de barro nos caminhos. Para a população era “um bará“, ou seja, um barro só.

são pedro do umbará

Paróquia de São Pedro
A paróquia está localizada no centro do bairro e o primeiro padre que chegou foi Padre Pietro Cobbalcchini, que foi o fundador da Colônia. Este padre fez de tudo para as comunidades italianas: foi sacerdote, pai, arquiteto, escultor, mestre de obras, pedreiro, carpinteiro e foi ele quem construiu as primitivas igrejas de Umbará e Rondinha.

Em 1895, o Bispo Dom José Camargo de Barros dava ordem para que fosse erguida uma nova Igreja, desde que fosse em um lugar alto e conveniente. Faziam parte da comissão da Igreja: Bortolo Pellanda, Francisco Bonato, Antonio Negrello e Valentim Gabardo. Em 29 de junho de 1897, a nova igreja foi abençoada pelo Padre Francisco Brescianini.

Em 10 de Fevereiro de 1897, foi abençado pelo Padre Faustino Consoni, o cemitério de Umbará. Em 15 de setembro de 1904, foi nomeado o primeiro Padre residente de Umbará que se chamava Matheus Francisco Bonato que atendeu a paróquia por dois anos. Mais tarde assume a Igreja o Padre Cláudio Morelli, que adquiriu sinos, novas imagens e abriu a velha escola paroquial confiada í s irmãs. Faleceu em 27 de junho de 1915 repentinamente.
A Igreja Matriz atual ficou pronta em 1938 e foi erguida pelo Padre Orestes Tardelli com a ajuda da comunidade de Umbará. Os tijolos foram doados pelas olarias de Umbará. Alguns executores da obra: João Parolin, Paulo de Conto, Domingos Baldan , Luiz Zonta, Hilário e Raimundo Gabardo.

Em 1952 o Padre Albino Vico construiu o prédio da escola paroquial atual Escola Estadual Padre Cláudio Morelli. Fundada em 1938, a Igreja matriz de Umbará continua sendo o principal ponto de referência do bairro. Sobre a construção da Igreja, Arestides Parolin lembra com entusiasmo: “…no tempo em que foi construí­da esta igreja, meu pai (João Parolin) era presidente da comissão; (…) as telhas para a construção da Igreja vieram da olaria do Alberto Klemtz, compradas em troco de lenha. Os tijolos foram doados pelas olarias de Umbará. Os vigamentos foi o meu pai que na própria serraria serrou e montou com a ajuda do Paulo Deconto, Domingos Baldan e Luiz Zonta. Cortaram lá, montaram lá, e trouxeram para cima da igreja, encaixaram, e pronto! Os pedreiros eram o Batista, o Hilário e o Raimundo Gabardo. Os serventes eram o pessoal da colônia. Era escolhido de uma e outra famí­lia e aí­ ajudava. Toda semana era um grupo.”

Economia
A economia era voltada para agricultura e í  extração de erva-mate e possuí­am pequenas criações, como suí­nos e aves. No iní­cio da década de 40 chegou ao fim o ciclo da erva-mate e das barricarias. Com a vinda dos imigrantes estimulou-se o comércio, a indústria e as atividades com carpintaria, celaria, sapataria, etc.

Comércio

Entre as pessoas era comum a troca de produtos como queijo, sal e farinha de mandioca. Os carroceiros, se deslocavam até o centro da cidade para vender seus produtos, tais como lenha, ovos, galinhas, porcos, queijo, leite, vinho, cereais e verduras.

umbará, curitiba

Benefí­cios
Em 1941 inaugurou-se a primeira linha de ônibus. As pessoas moravam longe e chegavam a pé ou í  cavalo até a Igreja(local do ponto de ônibus), onde lavavam os pés e calçavam sapatos para ir até a cidade. Com a chegada da luz elétrica, vieram os primeiros eletrodomésticos como a geladeira, onde as pessoas não precisavam mais ir aos armazéns todos os dias. O progresso trouxe melhorias para o Umbará, com a Rua Nicola Pelanda asfaltada, onde extinguiu-se a antiga estrada de terra por onde passavam os tropeiros.

A Indústria
Voltadas na década de 40 com a confecção de barricas para acondicionar a erva. Essa atividade tomava toda a mão-de-obra local, bem como a matéria-prima abundante na região.

Passado algum tempo, esta atividade entrou em decadência porque o custo das barricas passou a ser superior ao preço da erva a ser transportada.

Vitor Bobato instala a primeira olaria em 1938, parecendo que não teria muito sucesso, porém as condições foram melhorando e surgiram outras olarias com as da famí­lia Parolin, Ângelo Costa, Pedro Claudino, Francisco Segala. Em pouco tempo as olarias absorveram a facilidade da mão-de-obra e matéria-prima do local.

Nos anos 60 modificaram-se os hábitos com a chegada da luz elétrica. As olarias trocaram os motores a óleo pelos elétricos e as casas, dependendo da região também recebiam eletricidade.
Nessa época, as olarias, os areais, as grameiras e as lavouras se destacavam e proporcionavam bons negócios para quem sabia aproveitar as riquezas da região.

Lazer
As principais atividades de lazer eram o jogo de bocha, mora, jogo de cartas(truco e três sete), caçadas, pescarias, bailes de casamento e o entoar de saudosas canções italianas regadas a vinho, grappa, polenta e salame. Também existiam as rodas de chimarrão enriquecidas com as histórias de pescarias e caçadas, que permanecem vivos na memória e passam de geração para geração. Outro atrativo eram as festas de São Pedro e Santo Antônio que eram as duas principais festas do ano. Mais tarde surge o futebol e um dos primeiros times que se chamava Seleto que tinha alguns integrantes como: Angelim Gai, Braz Zonta, Antônio Gabardo, Antônio de Conto, Fiorindi de Conto. Em 1949, inaugurou-se o primeiro posto telefônico na casa de Francisco Gabardo. Nessa época surge uma nova alternativa de lazer: A Lagoa Azul na propriedade de Ângelo Segalla.
Em 1956 a sociedade Operária Beneficiente foi fundada por Reginaldo Wacheski e Ângelo Burbello com intuito de proporcionar o lazer através de bailes, bingos, jantares e locais para prática de esportes.

Educação

No dia 31 de dezembro de 1913, a convite do Padre Cláudio Morelli, as irmãs Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus abriram a primeira escola propriamente dita, matriculando 60 alunos. Em 15 de novembro de 1953 foi inaugurada a escola paroquial de Nossa Senhora de Misericórdia, iniciando suas atividades em fevereiro do ano seguinte com 150 alunos matriculados. Em março de 1967 são iniciadas as aulas no Ginásio Paroquial Padre Cláudio Morelli, sendo esses dois colégios (primário e ginásio) unificados em 1972 com a administração passando para o governo. Em 1980 é criado o ensino de segundo grau nas áreas de magistério e de Técnica em Contabilidade. Nos tempos atuais a Escola Estadual Padre Cláudio Morelli oferece aos seus alunos ensinos de primeiro e segundo graus, sendo este último conhecido como Educação Geral
“.

Fonte: Portal Umbará

umbará, curitiba

No bairro curitibano de Umbará, em 1906, um benzedor de 85 anos teve sua casa atacada por colonos italianos, tendo sido espancado e suas vestes atirradas ao fogo. Posteriormente, uma senhora com 100 anos foi pelos mesmos colonos considerada uma bruxa, e para não ser morta mudou-se com a famí­lia para o centro da cidade. As bruxas são personagens sociais que permanecem toleradas durante algum tempo, sendo em determinada ocasião responsabilizadas pela grande maioria dos problemas vigentes na ocasião. Na Europa esse fenômeno era muito comum: “os processos da inquisição revelam uma acumulação de queixas aldeãs clássicas (…) revelam tensões internas dos camponeses” (Laura de Mello e Souza).

Segundo pesquisa de História oral que efetuamos no mesmo bairro de Umbará (1991), as crenças na feitiçaria são ainda muito comuns. Para grande parte dos moradores existe uma famí­lia de Umbará que perpetua tradições de bruxaria européia desde o Oitocentos: a avó ou mãe transmite os conhecimentos secretos para a filha. Em determinadas épocas do ano, principalmente em 22 de dezembro, as bruxas se reuniriam coletivamente para realizar um Sabbat em volta da Lagoa Azul, em uma área afastada do bairro. Infelizmente não conseguimos evidências concretas desse suposto fato“.

(continue a ler aqui – to foreign readers: the above text is about witchcraft rumors in Paraná – the brazilian state of wich Curitiba is the capital. This excerpt mentions witchcraft stories in the early 1900ôs specifically in Umbará, the neighbordhood where these shots were taken a few weeks ago).

umbará, curitiba

O nome Umbará surgiu em consequência da constituição argilosa do solo da região que, em tempos de chuva, formava grande quantidade de barro nos caminhos: “um barᔝ, ou seja, um barro só, segundo a tradição oral do povo. Segundo o historiador Marcos Affonso Zanon no seu livro “Oleiros do Umbará – História e Tecnologia (1935 – 2000)”, a origem do nome se deve porque “Umbará era a palavra que os indí­genas utilizavam para designar as pequenas frutas silvestres quando começavam a amadurecer”. Pág. 23 do livro. A localização do bairro, facilitando o escoamento da produção econômica e a exportação da erva-mate, proporcionou a chegada dos primeiros caboclos e mestiços brasileiros. Os colonos alemães, poloneses e, no final do século XIX, italianos, estabeleceram-se com o incentivo do governo provincial í  polí­tica migratória, visando a ocupação dos espaços vazios“.

Fonte: PMC

iguaçu
Iguaçu River, Curitiba, southern Brazil. It was taken in Umbará, a semi-rural neighborhood. 820 miles (1,320 km) later (E-W), this river joins the Paraná River at the point where Argentina, Brazil, and Paraguay meet, creating the world-known Iguaçu Falls.
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Rio Iguaçu, no bucólico bairro do Umbará, sul de Curitiba. 1320 km depois (sentido leste-oeste), esse rio se junta ao Rio Paraná e, nas fronteira entre Argentina, Paraguai e Brasil forma as Cataratas do Iguaçu.

Causos da Região do Umbará

Os Quatro Irmãos Maia
Eram tempos em que Curitiba mais parecia uma cidade de “faroeste”americano. Época brava. Os Santana já eram “donos” de toda a região atual do bairro e sua grande fazenda fazia divisa com as propriedades dos Maia, dos Cruz, dos Claudino e dos Calisto. Ainda antes do Paraná deixar de ser a 5ê Comarca de São Paulo, os Maia brigaram com os Santana. O motivo da briga foi um cavalo roubado. Como os Santana eram mais fortes politicamente, os Maia foram obrigados a fugir para o Rio Grande do Sul. Um ano depois, um deles voltou e preparou uma tocaia para um dos irmãos Santana. Um dia depois, durante o enterro do Santana, a cada 5 minutos o Maia interrompia as falas do padre e com uma faca na mão perguntava se alguém tinha alguma reclamação a fazer. Ninguém abriu a boca e o Maia voltou para o Rio Grande do Sul.

Hoje, Não!
Conta-se que os quatro irmãos Maia, certa vez, publicaram um anúncio em um jornal carioca desafiando qualquer homem a ser melhor do que eles em briga de faca. Algumas semanas se passaram até aparecerem quatro irmãos cariocas, justamente no dia 25 de maio, dia da Anunciação da Nossa Senhora. Quando a luta estava para começar, entrou na história a mãe dos Maia, mandando todo mundo para casa e dizendo que briga de faca no Dia da Anunciação era uma tremenda falta de respeito. Os cariocas pensaram bem e foram embora.

A Cantada
Certo dia, antes dos Maia irem embora para o Rio Grande do Sul, um tal de Chico Elias, rapaz novo na região, caminhava faceiro pelo Campo de Santana, quando viu uma moça trabalhando na roça. Muito educado, Chico Elias a cumprimentou:
– Dia, moça!
Essa moça era Leopoldina Maia.
Um dos irmãos Maia viu Chico Elias cumprimentando a irmã e entendeu aquilo como uma “cantada”. No mesmo dia, os irmãos Maia levaram o “casalzinho”para São José dos Pinhais e os obrigaram a casar. Contam que eles foram felizes para sempre.

A carona
Estavam voltando para o Capão Raso o falecido tio Jane e seus sobrinhos. A carroça seguia no ritmo do trote dos cavalos. Ao dobrar uma das curvas da estrada, viram a frente um tal de Zé que tinha fama na região de Lobisomem. Ressabiados, eles resolveram não parar para dar uma carona. A carroça continuou seguindo no trote cadenciado dos cavalos. A estrada estava vazia e, até chegar no Umbará eles não foram ultrapassados por ninguém. A maior surpresa aconteceu quando eles lá chegaram. Ao lado da Igreja estava o tal de Zé. Como ele chegou antes? Era mais uma comprovação de que ele era lobisomem.
Obs: Contam os antigos que pessoas mal batizadas tinham grandes chances de se tornarem lobisomens.

Cachorro de Três Patas
Dizem que o lobisomem, quando não quer ficar com a forma de um ser humano e precisa caçar, pode se transformar num cachorro de três patas. Sabendo disso, certa vez um grupo de moradores viu justamente um cachorro de três patas entrar num dos galinheiros do Umbará. Rapidamente eles foram até o local e trancaram o animal. No dia seguinte, pouco depois do raiar o sol, eles voltaram ao galinheiro e não viram o cachorro. No seu lugar estava dormindo, pelado, um antigo padre da região.

O Endereço do Boitatá
Foram tarrafear no Rio Iguaçu, Naldinho Wacheski, Henrique Kaminski, Ari Negrello, Faustino Scroccaro, Pedro Negrello e José Cavichiolo. Era noite. Choveu. O rio encheu em pouco e não se conseguia pescar nada. O luar era pardo. Os amigos proseavam. Um preparou um cigarro, outro encheu o caneco de pinga, outro foi ajeitar o fogo. Num momento, Naldinho viu algo agitando os capins na Várzea do rio. Era peixe? Naldinho jogou a tarrafa. Vieram umas traí­ras e uns carás. Jogaram outra vez, outra e mais outra. Sem explicação, em meia hora dois balaios de peixes.
Pra comemorar, cada um acendeu mais um palheiro. Enquanto fumavam, viram uma luz forte vindo em direção a eles. Ficaram todos quietos. A luz foi se aproximando a eles, que estavam afastados um dos outros, foram se juntando. A luz vinha. Não era avião. Ao se aproximar de uma casa que ficava na beira do rio, a luz parou. Ficou um tempo sobre a casa, foi diminuindo e entrou. No outro dia Umbará sabia qual era o endereço do boitatá.
Obs: Boitatá é palavra proveniente do tupi-guarani da junção das palavras mbôy, cobra e tatá, fogo. Para a mitologia brasileira o boitatá é uma entidade protetora dos campos e das matas.

umbará, curitiba

All Photos in this post by: Mathieu Bertrand Struck
cc-bouton-francais

(Embaixo do indiferente azul do céu)

Gnômon: dos Caldeus ao Leite Quente, passando pela Califórnia e pela Lua

gnomon
Relógio de Sol, Praça Tiradentes, Curitiba-PR. Casa da ‘Farmácia Allemã’, construí­da em 1857.
(Sun watch, Tiradentes Square, Curitiba, Brasil. ‘German Drugstore House’, built in 1857)

Photo: Mathieu Bertrand Struck
cc-bouton-francais

A primeira drogaria de Curitiba foi a Farmácia Allemã, de 1857, fundada por Augusto Stellfeld. Inicialmente, funcionou na Santa Casa de Misericórdia, mas foi logo transferida para a Praça Tiradentes. A casa onde funcionou é até hoje um marco arquitetônico da cidade de Curitiba, com seu relógio de sol, sua escada em caracol e seu telhado (construí­do pelo carpinteiro Strobel), na época considerado inovador por ter tido seu madeirame armado sem um único prego. Um poço, localizado na cozinha, fornecia a água para a preparação das fórmulas magistrais.

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O Gnômon

The word “gauge” is a translation of the Chinese term biao, which literally means gnomon. A gnomon is one of the earliest astronomical instruments in many cultures. It is very simple, consisting of a straight stick planted perpendicular to the ground, but it provides a wealth of information. When the shadow is shortest, it is noon. The direction the shadow points at noon is North (as long as you are in the northern hemisphere). Furthermore, the direction of the shadow can provide information about the time of the day, and the length of the shadow can be used to determine the date, solstices, and equinoxes.

According to a myth recorded in the History, Sage King Yao ordered the Xi and He brothers to set the times of the seasons. Above is an illustration of one of the Xi brothers using a gnomon to perform this task. (For the story, see James Legge, trans., The Chinese Classics, Vol. 3, The Shoo King, pp. 18-22.)

The Mohists were pioneers in science and technology, so it is not surprising that they should use the Chinese word for gnomon as a metaphor for a rational standard. (Notice that these same three “gauges” are employed in the essay “On Ghosts.” This reflects the systematicity of the Mohist approach.) One major question raised by this text, however, is what the three guages are indicators of. Are all three tests of the truth (or falsity) of a doctrine? Or are all three simply pragmatic tests for the usefulness of accepting a doctrine? Or did the Mohists simply not see truth and pragmatic usefulness as separate?

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Le gnomon

Le gnomon est le premier instrument utilisé en astronomie. C’est une simple tige verticale (style) plantée sur un plan horizontal. Il est connu depuis la plus haute antiquité (égyptiens , chaldéens , grecs )

La longueur de l’ombre portée permet de mesurer la hauteur de l’astre , (soleil ou lune) ,l’angle alpha ;

la direction de l’ombre donne l’azimut de l’astre.

Le gnomon est l’ancêtre du cadran solaire.

Ératosthí¨ne savant grec (géomí¨tre de l’école d’Alexandrie) vers l’an 250 Av JC , mesura avec cet instrument rudimentaire le méridien terrestre avec une précision étonnante.

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Construção de um Gnomon e de um Relógio Solar

Profa. Thaisa Storchi Bergmann

Avaliação:
(1) Relatório escrito de acordo com instruções na homepage do curso e parte prática: (2) determinção da linha norte-sul usando Gnomon; (3) construção e demonstração do uso do relógio solar.

Material necessário:
(1) Uma base de isopor com espessura de cerca de 2,5cm e com cerca de 30cm x 30 cm de lado;
(2) Duas folhas de papel desenho ou dois pedaços de cartolina de 30cm x 30 cm;
(3) Uma haste vertical (que pode ser espetinho de madeira encontrados no supermercado – um aluno pode comprar para os demais colegas);
(4) Um esquadro com um ângulo de 30 graus;
(5) 2 taquinhos de madeira ou isopor ou uma caixa de uma fita cassete, para fazer dois “calços” entre os quais será encaixado o esquadro;
(6) Transferidor, cola, régua e lápis.

Instruções:

O Gnomon nada mais é do que uma haste vertical, e será construí­do colando uma das folhas de desenho em um dos lados do isopor e fincando o espetinho ou haste na vertical. Verificar, com o auxí­lio do esquadro, se a haste está realmente na vertical.

O Gnomon serve para várias aplicações:

1) Determinar a direção Norte-Sul (ou o meridiano local): para isto, mede-se a sombra do Gnomon ao longo de um dia; a direção Norte-Sul será aquela correspondente í  menor sombra. Para poder determinar bem esta direção é necessário se fazer várias medidas próximas í  passagem meridiana. Como o nosso Gnomon será portátil, é necessário orientá-lo em relação a algum marco local, uma vez que queremos determinar a direção Norte-Sul de determinado local.

2) Determinar a latitude do local;

3) Determinar a data do iní­cio das estações do ano.

Utilize o Gnomon para determinar a direção norte-sul na calçada entre os predios M e N medindo a sombra do espetinho entre as 11:00 horas da manhâ até í s 14:00 da tarde. Das 11:00h até as 12:15h faça medidas a cada 15 minutos; depois, a cada 2 minutos até as 12:35, depois de novo a cada 15 minutos:11:00,11:15,11:30,11:45,12:00, 12:15,12:17,12:19,12:21,12:23,12:25,12:27,12:29,12:31,12:33,12:35,12:50,13:05,13:20,13:35,13:50,14:05.

Faça a marcação na folha de desenho colada no verso do lado em que será construí­do o relógio solar. Registre a orientação da base de isopor em relação í  calçada, para poder utilizar a orientação da linha norte-sul marcada na base num outro dia, quando necessitarmos orientar o relógio solar.

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sundial-bridge
Sundial Bridge, Sacramento River, Redding, California, USA
(Designed by Santiago Calatrava)

Le gnomon fut d’abord un simple bâton planté dans la terre. En mesurant la longueur de l’ombre du bâton au long de la journée, on peut étudier les mouvements apparents du soleil.

Plus tard (environ 400 av. J.C.), le gnomon est perfectionné. On lui ajoute un socle d’abord creux puis horizontal avant de devenir une surface plane. On dispose alors d’un cadran solaire rudimentaire.

On trouve le gnomon partout : Amérique, Afrique, Bornéo, etc. Le gnomon sert surtout í  effectuer des mesures astronomiques.

sundial-bridge1

Vitoriamario DVD

Ya está. DVD vitoriamario en torrent. Listo para descarga a partir de las 7am GMT.
http://www.bitenova.nl/tt/dy1w3
If you can’t download, ask me for a seed.
Gracias
Thanks
Obrigado
Domo Arigato Gozaima shita
Merci

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“EM BREVE”

Gilson Camargo e Octavio Camargo
Guia de orientação urbana a partir da rosa dos ventos.
Mapeamento do corpo arquitetônico da cidade e seu desenho na linha do horizonte. Roteiro de observação paisagí­stica do “skyline” curitibano em clareiras acessí­veis ao olhar comum. Passeio pelos limites da cidade em seus sí­tios especí­ficos.
Exposição de fotografias de Curitiba no aniversário dos sete anos do Beto Batata, na Rua Professor Brandão 678, dia 29 de maio de 2006. A exposição revela Curitiba sob três perspectivas distintas: a cidade vista do centro a partir do terraço do edifí­cio Itatiaia, no Largo Bittencourt, em panorâmica de 360 graus; dos bairros, através do mapeamento do corpo arquitetônico dos edifí­cios; na linha do horizonte, a partir dos pontos cardeais, e o paisagismo ainda bucólico dos limites extremos da cidade.
A cidade nos seus pontos extremos apresenta ainda paisagens rurais.
Ao Norte, a colina do Abranches, ponto mais elevado da cidade, na Rua 1, divisa com o municí­pio de Almirante Tamandaré.
Ao Sul, o Aterro Sanitário da Caximba e a divisa do Rio Barigui com Araucária.
Ao Leste, as Cavas do Rio Iguaçu ao pé da Serra do Mar.
O encontro do Rio Passaúna com a BR 277 no Oeste.

Vista da Praça das Nações, bairro Alto da XV. Curitiba / PR. Sentido Leste – Oeste.

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A cidade nos seus pontos extremos apresenta ainda paisagens rurais.
Ao Norte, a colina do Abranches, ponto mais elevado da cidade, na Rua 1, divisa com o municí­pio de Almirante Tamandaré.
Ao Sul, o Aterro Sanitáro da Caximba e a divisa do Rio Barigui com Araucária.
Ao Leste, as Cavas do Rio Iguaçu ao pé da Serra do Mar.
O encontro do Rio Passaúna com a BR 277 no Oeste.


Vista da Praça das Nações, bairro Alto da XV, Curitiba / PR. Sentido Leste – Oeste.