Umbará, entre Tijolos, Bruxas e Barricas

araucaria & sunset
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UMBARí: História, histórias e particularidades

Em 29 de março de 1693, nasce oficialmente a Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, hoje Curitiba. Acredita-se que a região era habitada por povos indí­genas, que utilizavam o barro extraí­do ao redor dos rios Barigui e Passaúna para a atividade cerâmica e, mais tarde, cresceria o bairro Umbará.

Os tropeiros utilizavam a região do Umbará como caminho entre os Campos Gerais e o litoral, constituindo o chamado Caminho do Arraial Grande. O Umbará tornou-se importante para dar vazão í  produção econômica.

Os tropeiros vindos dos Campos Gerais passavam por Araucária e pelo rio Barigui, depois seguiam o caminho das atuais ruas Delegado Bruno de Almeida, Vereador Ângelo Burbello, Luiz Nichele, Eduardo Pinto da Rocha, até chegar em São José dos Pinhais.

Na metade do século XIX, acentuou-se o tráfego pelo atalho ligando Umbará ao Campo Comprido. Foi nesses caminhos lamacentos que os primeiros caboclos se estabeleceram habitando pequenos ranchinhos.

Próximo aos anos de 1880, um grupo de italianos rebeldes estavam insatisfeitos com a polí­tica de imigração, fundaram a Colônia Dantas no atual bairro ígua Verde. Muitas destas famí­lias que já trabalhavam na agricultura resolveram procurar áreas para a lavoura. Dirigiram-se ao extremo sul da cidade, próximo a fazenda de João Santana Pinto, encontrando uma grande porção de terras. No final do século XIX, muitas famí­lias de origem italiana e polonesa deram um impulso no movimento agrí­cola da região.

Em maio de 1886 , o sacerdote Pietro Cobbalcchini inicia visitas periódicas e ajuda o povo a construir a primeira capelinha de madeira, situada um pouco a direita da atual matriz.

O nome do bairro surgiu por causa da grande quantidade de argila da região, que na época das chuvas formava grande quantidade de barro nos caminhos. Para a população era “um bará“, ou seja, um barro só.

são pedro do umbará

Paróquia de São Pedro
A paróquia está localizada no centro do bairro e o primeiro padre que chegou foi Padre Pietro Cobbalcchini, que foi o fundador da Colônia. Este padre fez de tudo para as comunidades italianas: foi sacerdote, pai, arquiteto, escultor, mestre de obras, pedreiro, carpinteiro e foi ele quem construiu as primitivas igrejas de Umbará e Rondinha.

Em 1895, o Bispo Dom José Camargo de Barros dava ordem para que fosse erguida uma nova Igreja, desde que fosse em um lugar alto e conveniente. Faziam parte da comissão da Igreja: Bortolo Pellanda, Francisco Bonato, Antonio Negrello e Valentim Gabardo. Em 29 de junho de 1897, a nova igreja foi abençoada pelo Padre Francisco Brescianini.

Em 10 de Fevereiro de 1897, foi abençado pelo Padre Faustino Consoni, o cemitério de Umbará. Em 15 de setembro de 1904, foi nomeado o primeiro Padre residente de Umbará que se chamava Matheus Francisco Bonato que atendeu a paróquia por dois anos. Mais tarde assume a Igreja o Padre Cláudio Morelli, que adquiriu sinos, novas imagens e abriu a velha escola paroquial confiada í s irmãs. Faleceu em 27 de junho de 1915 repentinamente.
A Igreja Matriz atual ficou pronta em 1938 e foi erguida pelo Padre Orestes Tardelli com a ajuda da comunidade de Umbará. Os tijolos foram doados pelas olarias de Umbará. Alguns executores da obra: João Parolin, Paulo de Conto, Domingos Baldan , Luiz Zonta, Hilário e Raimundo Gabardo.

Em 1952 o Padre Albino Vico construiu o prédio da escola paroquial atual Escola Estadual Padre Cláudio Morelli. Fundada em 1938, a Igreja matriz de Umbará continua sendo o principal ponto de referência do bairro. Sobre a construção da Igreja, Arestides Parolin lembra com entusiasmo: “…no tempo em que foi construí­da esta igreja, meu pai (João Parolin) era presidente da comissão; (…) as telhas para a construção da Igreja vieram da olaria do Alberto Klemtz, compradas em troco de lenha. Os tijolos foram doados pelas olarias de Umbará. Os vigamentos foi o meu pai que na própria serraria serrou e montou com a ajuda do Paulo Deconto, Domingos Baldan e Luiz Zonta. Cortaram lá, montaram lá, e trouxeram para cima da igreja, encaixaram, e pronto! Os pedreiros eram o Batista, o Hilário e o Raimundo Gabardo. Os serventes eram o pessoal da colônia. Era escolhido de uma e outra famí­lia e aí­ ajudava. Toda semana era um grupo.”

Economia
A economia era voltada para agricultura e í  extração de erva-mate e possuí­am pequenas criações, como suí­nos e aves. No iní­cio da década de 40 chegou ao fim o ciclo da erva-mate e das barricarias. Com a vinda dos imigrantes estimulou-se o comércio, a indústria e as atividades com carpintaria, celaria, sapataria, etc.

Comércio

Entre as pessoas era comum a troca de produtos como queijo, sal e farinha de mandioca. Os carroceiros, se deslocavam até o centro da cidade para vender seus produtos, tais como lenha, ovos, galinhas, porcos, queijo, leite, vinho, cereais e verduras.

umbará, curitiba

Benefí­cios
Em 1941 inaugurou-se a primeira linha de ônibus. As pessoas moravam longe e chegavam a pé ou í  cavalo até a Igreja(local do ponto de ônibus), onde lavavam os pés e calçavam sapatos para ir até a cidade. Com a chegada da luz elétrica, vieram os primeiros eletrodomésticos como a geladeira, onde as pessoas não precisavam mais ir aos armazéns todos os dias. O progresso trouxe melhorias para o Umbará, com a Rua Nicola Pelanda asfaltada, onde extinguiu-se a antiga estrada de terra por onde passavam os tropeiros.

A Indústria
Voltadas na década de 40 com a confecção de barricas para acondicionar a erva. Essa atividade tomava toda a mão-de-obra local, bem como a matéria-prima abundante na região.

Passado algum tempo, esta atividade entrou em decadência porque o custo das barricas passou a ser superior ao preço da erva a ser transportada.

Vitor Bobato instala a primeira olaria em 1938, parecendo que não teria muito sucesso, porém as condições foram melhorando e surgiram outras olarias com as da famí­lia Parolin, Ângelo Costa, Pedro Claudino, Francisco Segala. Em pouco tempo as olarias absorveram a facilidade da mão-de-obra e matéria-prima do local.

Nos anos 60 modificaram-se os hábitos com a chegada da luz elétrica. As olarias trocaram os motores a óleo pelos elétricos e as casas, dependendo da região também recebiam eletricidade.
Nessa época, as olarias, os areais, as grameiras e as lavouras se destacavam e proporcionavam bons negócios para quem sabia aproveitar as riquezas da região.

Lazer
As principais atividades de lazer eram o jogo de bocha, mora, jogo de cartas(truco e três sete), caçadas, pescarias, bailes de casamento e o entoar de saudosas canções italianas regadas a vinho, grappa, polenta e salame. Também existiam as rodas de chimarrão enriquecidas com as histórias de pescarias e caçadas, que permanecem vivos na memória e passam de geração para geração. Outro atrativo eram as festas de São Pedro e Santo Antônio que eram as duas principais festas do ano. Mais tarde surge o futebol e um dos primeiros times que se chamava Seleto que tinha alguns integrantes como: Angelim Gai, Braz Zonta, Antônio Gabardo, Antônio de Conto, Fiorindi de Conto. Em 1949, inaugurou-se o primeiro posto telefônico na casa de Francisco Gabardo. Nessa época surge uma nova alternativa de lazer: A Lagoa Azul na propriedade de Ângelo Segalla.
Em 1956 a sociedade Operária Beneficiente foi fundada por Reginaldo Wacheski e Ângelo Burbello com intuito de proporcionar o lazer através de bailes, bingos, jantares e locais para prática de esportes.

Educação

No dia 31 de dezembro de 1913, a convite do Padre Cláudio Morelli, as irmãs Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus abriram a primeira escola propriamente dita, matriculando 60 alunos. Em 15 de novembro de 1953 foi inaugurada a escola paroquial de Nossa Senhora de Misericórdia, iniciando suas atividades em fevereiro do ano seguinte com 150 alunos matriculados. Em março de 1967 são iniciadas as aulas no Ginásio Paroquial Padre Cláudio Morelli, sendo esses dois colégios (primário e ginásio) unificados em 1972 com a administração passando para o governo. Em 1980 é criado o ensino de segundo grau nas áreas de magistério e de Técnica em Contabilidade. Nos tempos atuais a Escola Estadual Padre Cláudio Morelli oferece aos seus alunos ensinos de primeiro e segundo graus, sendo este último conhecido como Educação Geral
“.

Fonte: Portal Umbará

umbará, curitiba

No bairro curitibano de Umbará, em 1906, um benzedor de 85 anos teve sua casa atacada por colonos italianos, tendo sido espancado e suas vestes atirradas ao fogo. Posteriormente, uma senhora com 100 anos foi pelos mesmos colonos considerada uma bruxa, e para não ser morta mudou-se com a famí­lia para o centro da cidade. As bruxas são personagens sociais que permanecem toleradas durante algum tempo, sendo em determinada ocasião responsabilizadas pela grande maioria dos problemas vigentes na ocasião. Na Europa esse fenômeno era muito comum: “os processos da inquisição revelam uma acumulação de queixas aldeãs clássicas (…) revelam tensões internas dos camponeses” (Laura de Mello e Souza).

Segundo pesquisa de História oral que efetuamos no mesmo bairro de Umbará (1991), as crenças na feitiçaria são ainda muito comuns. Para grande parte dos moradores existe uma famí­lia de Umbará que perpetua tradições de bruxaria européia desde o Oitocentos: a avó ou mãe transmite os conhecimentos secretos para a filha. Em determinadas épocas do ano, principalmente em 22 de dezembro, as bruxas se reuniriam coletivamente para realizar um Sabbat em volta da Lagoa Azul, em uma área afastada do bairro. Infelizmente não conseguimos evidências concretas desse suposto fato“.

(continue a ler aqui – to foreign readers: the above text is about witchcraft rumors in Paraná – the brazilian state of wich Curitiba is the capital. This excerpt mentions witchcraft stories in the early 1900ôs specifically in Umbará, the neighbordhood where these shots were taken a few weeks ago).

umbará, curitiba

O nome Umbará surgiu em consequência da constituição argilosa do solo da região que, em tempos de chuva, formava grande quantidade de barro nos caminhos: “um barᔝ, ou seja, um barro só, segundo a tradição oral do povo. Segundo o historiador Marcos Affonso Zanon no seu livro “Oleiros do Umbará – História e Tecnologia (1935 – 2000)”, a origem do nome se deve porque “Umbará era a palavra que os indí­genas utilizavam para designar as pequenas frutas silvestres quando começavam a amadurecer”. Pág. 23 do livro. A localização do bairro, facilitando o escoamento da produção econômica e a exportação da erva-mate, proporcionou a chegada dos primeiros caboclos e mestiços brasileiros. Os colonos alemães, poloneses e, no final do século XIX, italianos, estabeleceram-se com o incentivo do governo provincial í  polí­tica migratória, visando a ocupação dos espaços vazios“.

Fonte: PMC

iguaçu
Iguaçu River, Curitiba, southern Brazil. It was taken in Umbará, a semi-rural neighborhood. 820 miles (1,320 km) later (E-W), this river joins the Paraná River at the point where Argentina, Brazil, and Paraguay meet, creating the world-known Iguaçu Falls.
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Rio Iguaçu, no bucólico bairro do Umbará, sul de Curitiba. 1320 km depois (sentido leste-oeste), esse rio se junta ao Rio Paraná e, nas fronteira entre Argentina, Paraguai e Brasil forma as Cataratas do Iguaçu.

Causos da Região do Umbará

Os Quatro Irmãos Maia
Eram tempos em que Curitiba mais parecia uma cidade de “faroeste”americano. Época brava. Os Santana já eram “donos” de toda a região atual do bairro e sua grande fazenda fazia divisa com as propriedades dos Maia, dos Cruz, dos Claudino e dos Calisto. Ainda antes do Paraná deixar de ser a 5ê Comarca de São Paulo, os Maia brigaram com os Santana. O motivo da briga foi um cavalo roubado. Como os Santana eram mais fortes politicamente, os Maia foram obrigados a fugir para o Rio Grande do Sul. Um ano depois, um deles voltou e preparou uma tocaia para um dos irmãos Santana. Um dia depois, durante o enterro do Santana, a cada 5 minutos o Maia interrompia as falas do padre e com uma faca na mão perguntava se alguém tinha alguma reclamação a fazer. Ninguém abriu a boca e o Maia voltou para o Rio Grande do Sul.

Hoje, Não!
Conta-se que os quatro irmãos Maia, certa vez, publicaram um anúncio em um jornal carioca desafiando qualquer homem a ser melhor do que eles em briga de faca. Algumas semanas se passaram até aparecerem quatro irmãos cariocas, justamente no dia 25 de maio, dia da Anunciação da Nossa Senhora. Quando a luta estava para começar, entrou na história a mãe dos Maia, mandando todo mundo para casa e dizendo que briga de faca no Dia da Anunciação era uma tremenda falta de respeito. Os cariocas pensaram bem e foram embora.

A Cantada
Certo dia, antes dos Maia irem embora para o Rio Grande do Sul, um tal de Chico Elias, rapaz novo na região, caminhava faceiro pelo Campo de Santana, quando viu uma moça trabalhando na roça. Muito educado, Chico Elias a cumprimentou:
– Dia, moça!
Essa moça era Leopoldina Maia.
Um dos irmãos Maia viu Chico Elias cumprimentando a irmã e entendeu aquilo como uma “cantada”. No mesmo dia, os irmãos Maia levaram o “casalzinho”para São José dos Pinhais e os obrigaram a casar. Contam que eles foram felizes para sempre.

A carona
Estavam voltando para o Capão Raso o falecido tio Jane e seus sobrinhos. A carroça seguia no ritmo do trote dos cavalos. Ao dobrar uma das curvas da estrada, viram a frente um tal de Zé que tinha fama na região de Lobisomem. Ressabiados, eles resolveram não parar para dar uma carona. A carroça continuou seguindo no trote cadenciado dos cavalos. A estrada estava vazia e, até chegar no Umbará eles não foram ultrapassados por ninguém. A maior surpresa aconteceu quando eles lá chegaram. Ao lado da Igreja estava o tal de Zé. Como ele chegou antes? Era mais uma comprovação de que ele era lobisomem.
Obs: Contam os antigos que pessoas mal batizadas tinham grandes chances de se tornarem lobisomens.

Cachorro de Três Patas
Dizem que o lobisomem, quando não quer ficar com a forma de um ser humano e precisa caçar, pode se transformar num cachorro de três patas. Sabendo disso, certa vez um grupo de moradores viu justamente um cachorro de três patas entrar num dos galinheiros do Umbará. Rapidamente eles foram até o local e trancaram o animal. No dia seguinte, pouco depois do raiar o sol, eles voltaram ao galinheiro e não viram o cachorro. No seu lugar estava dormindo, pelado, um antigo padre da região.

O Endereço do Boitatá
Foram tarrafear no Rio Iguaçu, Naldinho Wacheski, Henrique Kaminski, Ari Negrello, Faustino Scroccaro, Pedro Negrello e José Cavichiolo. Era noite. Choveu. O rio encheu em pouco e não se conseguia pescar nada. O luar era pardo. Os amigos proseavam. Um preparou um cigarro, outro encheu o caneco de pinga, outro foi ajeitar o fogo. Num momento, Naldinho viu algo agitando os capins na Várzea do rio. Era peixe? Naldinho jogou a tarrafa. Vieram umas traí­ras e uns carás. Jogaram outra vez, outra e mais outra. Sem explicação, em meia hora dois balaios de peixes.
Pra comemorar, cada um acendeu mais um palheiro. Enquanto fumavam, viram uma luz forte vindo em direção a eles. Ficaram todos quietos. A luz foi se aproximando a eles, que estavam afastados um dos outros, foram se juntando. A luz vinha. Não era avião. Ao se aproximar de uma casa que ficava na beira do rio, a luz parou. Ficou um tempo sobre a casa, foi diminuindo e entrou. No outro dia Umbará sabia qual era o endereço do boitatá.
Obs: Boitatá é palavra proveniente do tupi-guarani da junção das palavras mbôy, cobra e tatá, fogo. Para a mitologia brasileira o boitatá é uma entidade protetora dos campos e das matas.

umbará, curitiba

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(Embaixo do indiferente azul do céu)

10 comments

  1. Da SeÃ?§Ã?£o ‘Folclore’ do Portal UmbarÃ?¡:

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    Da L’ItÃ?¡lia Noi Siamo Partiti

    Da l’ItÃ?¡lia noi siamo partiti
    Siamo partiti col nostro onore
    Trenta sei giorni di macchina e vapore
    In Am�©rica siamo arriv�¡.

    Merica, Merica, Merica,
    Cossa sarala sta Merica
    Merica, Merica, Merica,
    Un bel massolino de fior

    Al’America noi siamo arrivati
    Non abbiam trovato n�© paglia n�© fieno
    Abbiam dormito sul nudo terreno
    Cumo l�ª bestie abbiam ripos�¡

    Merica, Merica, Merica,
    Cossa sarala sta Merica
    Merica, Merica, Merica,
    Un bel massolino de fior

    L’ America l’ Ã?© lunga e l’Ã?© larga
    L’e formada di monti e di piani
    E com l’industria de noaltri italiani
    Abbiam forndato paesi e citt�¡

    Merica, Merica, Merica,
    Cossa sarala sta Merica
    Merica, Merica, Merica,
    Un bel massolino de fior

    —————————————-
    La Bella Polenta

    Quanto si pianta la bella polenta,
    La bella polenta, si pianta cosi, is pianta cosi
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun,

    Quando cresce la bella polenta,
    La bella polenta, la cresce cosi,
    Se pianta cosi, la cresce cosi
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun,

    Quando fiorisce la bella polenta,
    La bella polenta, la fiorisce cosi,
    Se pianta cosi, la cresce cosi, fiorisce cosi.
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun,

    Quando si taglia la bella polenta,
    La bella polenta , si t�¡glia cosi,
    Se pianta cosi, la cresce cosi, fiorisce cosi, si taglia cosi.
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun,

    Quando si spaglia la bella polenta,
    La bella polenta , si spaglia cosi,
    Se pianta cosi, la cresce cosi, fiorisce cosi,
    si taglia cosi, si spaglia cosi.
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun,

    Quando si cuoce la bella polenta,
    La bella polenta , si cuoce cosi,
    Se pianta cosi, la cresce cosi, fiorisce cosi,
    si taglia cosi, si spaglia cosi, si cuoce cosi.
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun,

    Quando si smissia la bella polenta,
    La bella polenta , si smissia cosi,
    Se pianta cosi, la cresce cosi, fiorisce cosi,
    si taglia cosi, si spaglia cosi, si cuoce cosi.
    Si smissia cosi.
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun,

    Quando si mangia la bella polenta,
    La bella polenta , si mangia cosi,
    Se pianta cosi, la cresce cosi, fiorisce cosi,
    si taglia cosi, si spaglia cosi, si cuoce cosi.
    Si smissia cosi, si mangia cosi.
    Oh! Oh! Oh!, bella polenta cosi
    Cia cia pun, Cia cia pun, Cia cia pun

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    La Gigiota

    Eu casei com uma italiana que veio la de Turim
    A coisa melhorou muito, ficou tudo bom pra mim
    Quando nasceu nosso filho, a festa n�£o tinha fim
    Convidei a italianada pra cantar uma moda assim

    Refr�£o
    La gigiota la ga um bambim
    Que belim m�¡ que belim
    Que boquim, que bel nazim
    E la gigiota la ga um bambim

    A minha italiana �© linda e trata muito bem de mim
    Almo�§o macarronada, polenta com codeguim
    De novo em nossa casa a cegonha traz pra mim
    E n�³s vai canta de novo aquela cantiga assim

    La gigiota la ga um bambim
    Que belim m�¡ que belim
    Que boquim, que bel nazim
    E la gigiota la ga um bambim

    A minha italiana deseja, que seja sempre assim
    Eu tenho que gostar dela, pois ela gosta de mim
    Quando volto do trabalho, seus carinhos n�£o tem mais fim,
    Eu pego o menino no colo, e n�³s junto canta assim

    La gigiota la ga um bambim
    Que belim m�¡ que belim
    Que boquim, que bel nazim
    E la gigiota la ga um bambim

    Daqui uns vinte anos, se as coisas seguirem assim
    Eu e minha italiana, j�¡ temos vinte bambins
    Mas at�© l�¡ minha gente, os anos que est�£o pra mim
    E n�³s vai cant�¡ de novo aquela modinha assim

    La gigiota la ga um bambim
    Que belim m�¡ que belim
    Que boquim, que bel nazim
    E la gigiota la ga um bambim

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    Pelegrin che vien de Roma

    Pelegrin che vien de Roma
    Scarperote g�¡ male ai pi�©.

    Refr�£o
    Ciribiribin, Oil�¡
    Ciribiribin, ah, ah, ah, ah!
    Pelegrin che vien de Roma
    Scarperote, g�¡ male ai pi�©
    G�¡ male ai pi�©.

    Lu va dentro de una casa,
    El demanda de dormir…

    Ciribiribin, Oil�¡
    Ciribiribin, ah, ah, ah, ah!
    Pelegrin che vien de Roma
    Scarperote, g�¡ male ai pi�©
    G�¡ male ai pi�©.

    —————————————-
    Monte Grappa

    O monte Grapa come sei bello.
    Tu sei il macello della giuvent�¹

    Monte Grappa verde e bianco
    Gran campo santo della giuvent�¹

    Monte Grappa como sei Nero
    Sei cimitero della giuvent�¹

    Ho girato L’ItÃ?¡lia e il tirolo

    Ho girato l’ItÃ?¡lia il tirolo
    Sol per trovami ‘na verginella.

    Verginella no posso trovare
    Solo mi basta Che la sia bela…

    I tirolessi son bravi soldati
    Tute le note de sentinella…
    Ciom-ba-la-ri-la-le-la e viva l’amor.

    —————————————-
    Babbo non Vuole

    Bella ragazza, dalla treccia bionda
    I Giovanni per noi fanno la ronda

    Refr�£o
    Babbo non Vuole, mamma nemeno
    Come faremo a fare l’amor

    Veni se voi volete nel giardino
    Vi trovorete o bella un gelsomino

    Babbo non Vuole, mamma nemeno
    Come faremo a fare l’amor

    Un gelsomino a voi vo regalare
    In pegno del mio bene e grande amore

    Babbo non Vuole, mamma nemeno
    Come faremo a fare l’amor

    Foi vi diro che rosa in primavera
    Nom e quanto voi siete tanto cara.

    Babbo non Vuole, mamma nemeno
    Come faremo a fare l’amor

    —————————————-
    Addio Bel Trento

    Addio bel Trento
    Verona �© bella
    Per’na putela si, si, si
    Per’na putela si, si, si
    Per’na putela zugava si cor.
    Felice sera
    Che noi partiamo
    Andiamo in merica, si, si
    Andiamo in merica si, si
    Andiamo in merica, e andiam.

    —————————————
    Filtron

    Vivo triste amargurado
    Eu s�³ l�¡ de Antonio Prado
    E n�£o tenho um caminhon
    Mas com a safra da uva
    Este ano a coisa muda
    E compro um diabo de filtron

    Tiro o carro da ag�ªncia
    Levo logo para quer�ªncia
    E digo adeus ao meu patron
    Levo junto a Juliana
    E uma carga de banana
    De S�£o Paulo e Jaguaron

    Eu me mando pra Caxias
    Vou botar carroceria
    E buzina de correntela
    Examino as balacas
    E dou um aperto nas catracas
    E na secret�¡ria Vera

    J�¡ est�¡ pronta a Jamanta
    Para cruzar o Rio das Antas
    E subir aquela serra
    Se algu�©m quiser cruzar
    Eu aceno devagar
    Ent�£o eu digo a�­
    Madona espera

    Numa cruza de la�§ante
    Pego firme o volante
    E abro a buzina e sineta
    De repente um caminhon
    Me cruza na contra mon
    Jogou-me na valeta

    Acho que era de Bento
    Dirigia um F.Cento
    Vi a coisa fica preta
    S�³ ouvi um assobio
    E me volto par de drio
    Porco Can quase perdo a carreta

    Vou reduzindo a mudan�§a
    Logo ali esta balan�§a
    Vem o guarda da semana
    Vai no carro e faz revista
    Diz boa viagem motorista
    E pisca o olho pra Juliana

    Caminhoneiro ou chofer
    Venha de onde vier
    �� uma profiss�£o bacana
    Rindo, cantando ou chorando
    Amanh�£ estarei chegando
    Com outra carga de banana.

    —————————————-
    Polenta e Bacal�¡

    La mula de Parenzo (larilil�¡)
    L’ha mezo su bottega larililÃ?¡;
    E tuto la vendeva
    Fora ch’el bacalÃ?¡.
    PerchÃ?© non m’ami piÃ?º?

    La memorosa vecia (larilil�¡)
    Le tengo de riserva
    E quando spunta l’erba
    La meno a pascolar.
    PerchÃ?© non m’ami piÃ?º?

    La mando a pascolare (larilil�¡)
    Nel mese di setembre
    E quando vien novembre
    La vado a ritirare.
    PerchÃ?© non m’ami piÃ?º?

    La mando a pascolare (larilil�¡)
    Insieme a le caprette.
    L’amor co’le servete
    Non lo far�³ mai pi�º.

    Se’l mare foss e tocio (larililÃ?¡)
    E i monti de polenta,
    A mamma, che pociade,
    “polenta e bacalÃ?¡”.
    PerchÃ?© non m’ami piÃ?º?
    (ohÃ?© la sbronza!…)

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    Quattro cavai che Trottano

    Quattro cavai che trottano
    Sotto la timonella
    Vuoi tu venir mia bella
    Vuoi tu venir mia bella.

    Quattro cavai che trottano
    Sotto la timonella
    Vuoi tu venir mia bella
    In su la riva del mar.

    Che bella notte che fa
    In barchetta si va
    A fa l’amore con te
    Che bella notte che fa.

    In barchetta si va
    E fa l’amore con te.
    In riva al mar si pescano
    Si pescano le sardelle
    Sono lucenti e belle
    Sono lucenti e belle

    In Riva al mar si pescano
    Si pescano le sardelle
    Sono lucenti e belle
    Come in tuoi occhi per me.

    Che bella notte che fa
    In barchetta si va
    A fa l’amore con te
    Che bella notte che fa
    In barchetta si va
    E fa l’amore con te.

    Viene alla tua finestra
    Bruna o mia bella Bruna
    Che al chiaro della luna
    Che al chiaro della luna
    Andremo a fare l’amor

    —————————————-
    Quel mazzolin di Fiori

    Quel mazzolin di fiori
    Che vien da la montagna,
    I tron bai la…
    E bada ben che nol si bagna,
    Che lo voglio regalar(Bis)

    Lo voglio regalare
    PerchÃ?© l’Ã?© un bel mazzetto
    Lo voglio dare al mio moretto
    Questa sera quando’l vien.

    Sta sera quando l’viene
    Sara tua brutta sera
    e perch�© sabato di sera
    non l�¡ ven�¹ da me.

    Non �© ven�¹ da me
    L’Ã?©’ndade da la rosina,
    Perch�© mi son poverina
    Mi fa pianger e sospirar.
    Mi fa piangere e sospirare
    Sul letto del lamenti
    Cosa mai diran la gente
    Cosa mai diran de me

    Diran que son tradita
    Tradita nell’amore
    E mi me piange forte il cuore
    E per sempre pianger�³.

    —————————————-
    Reginella Campagnola

    All’alba quando spunta il sole
    LÃ?  nell’Abruzzo tutto d’or
    L�ª presperose campagnole
    Discendono lÃ?ª valli in fior… la la la ralala

    O Campagnola bella tu sei la Reginella
    Negli occhi tuoi c’Ã?© il sole
    C’ Ã?© il colore delle viole
    Delle valli tutte in fior.

    Se cante la tua voce Ã?© un’armonia
    Di pace Che si diffonde e dice:
    “se vuoi vivere felice
    devi vivere quasÃ?º”.

    Quand’ Ã?© la festa Del paeselho
    Com la su cesta se ne va;
    Trotterellando l’asinello
    La porta verso la citt�¡.

    Ma poi la sera al tramontare
    Con le sue amiche se ne va
    Ã?â?° tutta intenta a raccontare
    Quel Che h�¡ visto l�¡ in citt�¡.

    —————————————-
    Santa Lucia

    Sul marÃ?© luccica, l’astro d’argento
    PlÃ?¡cida Ã?© l’onda prÃ?³spero e il vento
    Venite all”agile, barchetta mia
    Santa Lucia, Santa Lucia.

    Con Questo z�©ffiro, cosi saove
    Oh! Com �¨ bello, star sulla nave
    Su passagieri, venite via
    Santa Lucia, Santa Lucia.

    O dolce Napoli, o suol beato
    Ove sorridere, volle il creato
    Tu sei l’impero, Dell’armonia
    Santa Lucia, Santa Lucia

    Perche tardare? Bella �© la sera
    Spira un’ auretta, fresca e leggera
    Venite all”agile, Barchetta mia
    Santa Lucia, Santa Lucia

    —————————————-
    Se bem Che son da�­ Monti

    Se bem Che son da�­ monti
    E Che non so cantare
    L’amore lo so ben fare
    Al par d�ºn citadin

    Che bella notte si fa
    In gondoleta si va
    Con la Nineta a fare l’amor
    Che bella note si fa
    In gondoleta si va
    Con il moroso
    A fare l’amor.

    Se ben che son dai monti
    Znch’io so ben ballare
    Oh che piacere danzare
    Con il mio bel moretin.

    Che bella notte si fa
    In gondoleta si va
    Con la Nineta a fare l’amor
    Che bella notte si fa
    In gondoleta si va
    Con il moroso
    A fare l’amor.

    Se ben che son dai monti
    Non sono montanara
    Prendo la mia chitarra
    E poi mi metto a suonar.

    Che bella note si fa
    In gondoleta si va
    Con la Nineta a fare l’amor
    Che bella note si fa
    In gondoleta si va
    Con il moroso
    A fare l’amor.

    —————————————-
    Ti Ricordi Adelina

    Ti ricordi Adelina
    Sotto L’ombra di quel ramo
    Mi device ti amo
    Mi device ti amo

    Refr�£o
    Ti ricordi Adelina
    Sotto l’ombra di quel ramo
    Mi device ti amo
    Ma era tutta falsit�¡.
    Ma perch�©, ma perch�©
    Adelina non pensi pi�º me?
    Me perch�© ma perch�©, ma perch�©.
    I bersaglieri sono meglio di te.

    Fin Che vivi su sta terra
    Mai pi�º pace non avrai
    Perch�© sempre pensarei
    Alle tue falsit�¡.

    Ti ricordi Adelina
    Sotto l’ombra di quel ramo
    Mi device ti amo
    Ma era tutta falsit�¡.
    Ma perch�©, ma perch�©
    Adelina non pensi pi�º me?
    Me perch�© ma perch�©, ma perch�©.
    I bersaglieri sono meglio di te.

    Me ne vado per l�ª strade
    Per la via Del campo santo
    Uma lagrima de pianto
    I miei occhi scurir� .

    Ti ricordi Adelina
    Sotto l’ombra di quel ramo
    Mi device ti amo
    Ma era tutta falsit�¡.
    Ma perch�©, ma perch�©
    Adelina non pensi pi�º me?
    Me perch�© ma perch�©, ma perch�©.
    I bersaglieri sono meglio di te.

    Ander�³ dietro i monti
    D’eremita mi vestirÃ?³
    Tutto il tempo di mia vitta
    Penitenza io faro.

    Ti ricordi Adelina
    Sotto l’ombra di quel ramo
    Mi device ti amo
    Ma era tutta falsit�¡.
    Ma perch�©, ma perch�©
    Adelina non pensi pi�º me?
    Me perch�© ma perch�©, ma perch�©.
    I bersaglieri sono meglio di te

    —————————————-
    Vecchia

    Quando costa gera vecchia
    Bisognava scambiare cruel muzo
    El portego de la faliva
    Che no stazea de o suzo
    Che zera gue’l to vecio
    La estrada sioto lar
    El suzo en te le fontane
    La che toto, tuto dal far

    Refr�£o
    Viva la bela costa
    Paese embriagoni
    E mangia e be rissosta
    Senza pagar ni suni
    E quando i varda loste
    E diz pagare doman
    Par ti qui, par de qu�¡, par de l�¡
    Embriagoni que ne na infinita

    Siam demo em via Roma
    Che xe la ferrovia
    El viale de la stanzione
    Le tuta n’armonia
    Siam demo a cal sola
    La casa popolar
    Siam demo a cal da passo
    La ciezeta del colombar.

    Viva la bela costa
    Paesi embriagoni
    E mangia e be rissosta
    Sensa pagar ni suni
    E quando i varda loste
    E diz pagare domam
    Par ti qui, par de qu�¡, par de l�¡
    Embriagoni que ne na infinita

    Viva la bela costa
    Paese embriagone
    E ci em quatro bochi
    A l’ombra dei lampioni
    E pa na gran canaran
    Che paren desesperai
    Par ti qui, par de qu�¡, par de l�¡
    Embriagoni que ne na infinita

    —————————————-

  2. Desde pequena ouvia minha av�³ cantar La Gigiota, mas n�£oa cho est�¡ m�ºsica em nenhum lugar, aki encontrei a letra, sabe onde acho est�¡ m�ºsica?
    brigaduuuuuuuuuuuuuuu

  3. Tenho procurado desesperadamente a mÃ?ºsica “Ti ricordi Adelina?” mas nÃ?£o a encontro. Poderiam me informar como poderei obtÃ?ª-la. Cordiali Saluti a tutti voi, di un vero cuore italiano.

  4. Acho legal toda iniciativa de escrever sobre hist�³ria. Voc�ª est�¡ de parab�©ns. Tem fotos muito boas tamb�©m. Por�©m reconheci diversos textos tirados de diferentes fontes que mereceriam sua cita�§�£o por uma quest�£o de cr�©dito para seus autores.
    Sauda�§�µes!

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