Diabolus in Musica

J.C. –
O diabo é um idiota, Sr. Flusser?
V.F. –
Há uma faceta idiótica no diabo. Desde que a palavra seja tomada no seu sentido grego. A idiotice é a vida, em particular na economia. Um dos deveres do diabo é seduzir-nos para a integração na famí­lia e no emprego. Além disso, o paraí­so da satisfação que nos é prometido pelos diversos messianismos psicossomáticos, psicanalí­ticos e econômicos é uma das metas do diabo enquanto idiota.
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J.C. –
Se o diabo implica Deus, este é também um idiota?
V.F. –
Se o termo Deus pode ter significado, este seria meramente negativo, a saber, “não-diabo”. Desde que nessas perguntas a idiotice do diabo foi salientada, Deus poderia ser concebido como a negação da idiotice, portanto, como o lugar da alienação, da famí­lia e da economia; portanto, da natureza. Resumindo, o idiótico no diabo seria sua sedução para a natureza e Deus seria a sedução para fora da natureza.

J.C. –
Explique-se melhor.
V.F. –
Poderia dizer que no homem há duas tendências: aquela que faz o homem integrar-se na natureza e aquela que o propele para além dela. A tendência integralista é aquela que chamei de diabólica na sua primeira pergunta. Mas seria simplificar demais querer, por isso, identificar a tendência alienadora com a divina. O diabo não é apenas idiota. Ele não seduz também para uma forma de alienação, mas diversas formas.

J.C. –
Isso tudo é muito bonito, mas me parece estudado demais. A alienação não é também uma forma de engajamento?
V.F. –
Sem dúvida. Os termos alienação e engajamento são relativos. Se de fato há duas realidades no homem, uma natural e outra valorativa, toda vez que o homem se engaja na natureza para valorizá-la, aliena-se dos valores mesmos. E toda vez que se engaja na contemplação dos valores, na pura teoria, aliena-se da dimensão natural que o caracteriza. Em outras palavras, a ambivalência humana (a sua liberdade de seguir o diabo ou Deus) reside injustamente no fato de que em toda escolha é simultaneamente um aceitar e um recusar de algo meu.

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J.C. –
Então para a juventude moderna, os termos alienação e engajamento significam a mesma coisa? Isto é, tanto faz estudar filosofia como defender o flagelado nordestino?
V.F. –
Significam a mesma coisa no sentido de serem fugas parciais, embora em dois sentidos diferentes. Se me decido a engajar-me em prol do flagelado fujo de uma realidade em mim que me propele para a filosofia. E se me decido para a filosofia, fujo da realidade do flagelado que afinal de contas também é minha. Naturalmente posso encobrir este dilema trágico com bonitas palavras, dizendo que sacrifico a minha tendência filosófica no altar do flagelado, ou que sacrifico o flagelado no altar da filosofia. Mas deve ser claro que em ambos os casos trata-se de má-fé. É por isso que eu disse que o diabo também funciona como sedutor para a teoria. E o diabo dispõe de mais um truque neste caso; pode insuflar-me que, ao empenhar-me no flagelado, também de alguma forma filosofo. E que ao filosofar, também de alguma forma ajudo o flagelado. Como vê, a situação é extremamente complexa e confusa, que é aliás o significado da palavra diabo.

J.C. –
Concordo que seja confusa, mas não a ponto de imaginar que Heidegger possa fazer algo pelos nordestinos. Isso me parece de extremo cinismo.
V.F. –
Pois é, concordo que é cí­nico, e que a atitude honesta é admitir que quando me decido para o engajamento ao nordestino perdi uma dimensão da minha existência, e a perdi definitivamente, já que todo o instante é irrevogável; e, também, quando me decido para a filosofia devo por honestidade admitir que traí­ a minha capacidade de engajar-me no nordestino. É nesta honestidade que se revela a agonia da existência humana.

J.C. –
Fala-se demasiadamente em sexo. O diabo tem algo a ver com isso? Ele se encontra nas ante-salas do amor e incita ao pecado? Veja o sr. que as revistas e publicações modernas incluem sistematicamente fotografias e falsos estudos de sexologia com o intuito de espicaçar a libido do leitor. Seria o diabo pecador?
V.F. –
Gostaria de enquadrar este problema também no contexto do desenvolvimento. O que impressiona um viajante brasileiro nos EUA. é a circunstância de ter sido o sexo aparentemente abolido pelo diabo em prol de pecados mais refinados. As revistas que você menciona estão sendo vendidas em massa na rua 42, o que provoca apenas bocejos. No seu desenvolvimento, o diabo superou o sexo e a juventude americana usa portanto o sexo como meio para alcançar popularidade, como aqui ainda utiliza-se a popularidade como meio para alcançar o sexo. Comparada com a situação americana a sexualidade da juventude brasileira, longe de ser pecaminosa, parece pia.

J.C. –
E o adágio “faça amor e não a guerra” é um convite ao amor ou uma distração da guerra?
V.F. –
O adágio comprova exatemente o que acabo de dizer. No contexto desenvolvido o ato sexual, se ainda for conseguido, é um sintoma de simplicidade cristã e voltado para a sanidade ingênua. Com efeito, o ato sexual neste contexto é algo semelhante í  sentença do Cristo: tornai-vos como crianças. Compare o ato sexual, que afinal é um ato natural a dois, com as cenas psicodélicas em [Green Village].

J.C. –
Os “hippies” são, ao que parece, os últimos cristãos sobre a Terra, afinal pregam descaradamente o “amai-vos uns aos outros”. O que fazem eles em [Green Village]?
V.F. –
Justamente, o problema é o de distinguir Deus do diabo. Se os hippies te parecem ser cristãos é que estams perdendo a noção da distinção entre o bem e o mal. Finalmente Nietszche alcançou-nos.

J.C. –
E daí­?
V.F. –
Quando Nietszche falou que estamos no além do bem e do mal ele estava apenas articulando o desespero individual e profético. Agora esse desespero da indiferença alcançou-nos com camadas amplas.

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J.C. –
Camadas amplas brasileiras? Veja bem, sr. Flusser, aqui e agora esse Nietszche como pode ser aplicado?
V.F. –
Na nossa situação de intelectuais paulistanos estamos literalmente flutuando sobre um abismo. Se enquanto intelectuais participamos da problemática da nossa época que é a problemática do super-desenvolvimento, enquanto paulistas participamos da problemática do sub-desenvolvimento. De maneira que o diabo nos agarra de ambos os lados, na forma nietszcheniana da indiferença e na forma tradicional da impotência ante problemas fora do nosso alcance. Estas duas garras se superam dialeticamente da seguinte forma: recusamo-nos de agir já que nenhuma ação adianta e já que toda ação é indiferente. Ou agimos a despeito da nossa plena consciência da inocuidade da nossa ação e da aleatoriedade da nossa escolha. No entanto não quero negar que talvez haja uma brecha nas garras do diabo. A nossa tarefa é talvez encontrá-la.

J.C. –
É isso que senhor tem pretendido ao longo de sua vida?
V.F. –
Tenho caminhado em duas direções diferentes. Na primeira etapa procurei encontrar-me negativamente, isto é, por redução sistemática de todas as falsidades que deturpam a visão da situação na qual nos encontramos. Sem ter alcançado essa meta talvez movido por impaciência, iniciei uma segunda etapa, na qual procuro, na medida das minhas forças extremamente limitadas, influir na situação imediata no sentido de um saneamento conta essas falsidades. Em outras palavras, publico e ensino.

J.C. –
O sr. vem sido acusado sistematicamente de ótimo poeta. Agora vejo que seus acusadores têm razão.
V.F. –
Se você levar a pergunta a um campo pessoal, devo admitir que me engajei em filosofia e que portanto resisti ao diabo idiótico para talvez cair nas malhas de um diabo estetizante. Com efeito, a filosofia e a teologia são para mim indistintas, já que ambas propõem o terreno do até agora não pensado, e o propõem no clima da beleza. Não me iludo; sei que a minha decisão em prol da teoria é uma decisão que abre mão da minha ação imediata no campo daquilo que é geralmente chamado de subdesenvolvimento. Como desculpa, que talvez me foi insuflada pelo diabo, só posso recorrer ao seguinte: talvez a minha incompetência seja um pouco menos desesperadamente limitada no campo da teoria, do que na ação imediata.

J.C. –
O sr. falou em subdesenvolvimento. Se somos subdesenvolvidos, como o diabo se comporta entre nós? Ele o é igualmente? A figura de um diabo subdesenvolvido me parece extremamente melancólica.
V.F. –
Pelo contrário, no subdesenvolvimento o diabo tem muito mais seiva, seduz com armas tão ingênuas como o são o sexo e o dinheiro. E castiga com pragas tão palpáveis como o são a doença e a fome. Compare isso com o diabo desenvolvido.

J.C. –
Assim nos EUA o diabo morreu?
V.F. –
Quem morreu obviamente é Deus, ou como dizem os bottons americanos, vive mas não quer ser envolvido. O diabo nos EUA seduz por pseudo-comunicações e pseudo-sensações e castiga pelo tédio e pela falta de meta, mas não se iluda com a “cocacolonização” do Brasil, também, há infiltração deste tipo adiantado no nosso meio.

J.C. –
O senhor falou em comunicação que já me parece uma palavra gastí­ssima. Afinal, ela significa verdadeiramente algo?
V.F. –
Você tem razão, já ouvi que os que não podem comunicar poderiam calar a boca. Quando falei em pseudo-comunicação referi-me justamente í quela massa de mensagens sem informação que amalgama as solidões individuais em solidões coletivas. Não resta dúvida que exista comunicação autêntica. Não quero recorrer ao exemplo do amor, já que esse nosso diálogo presente prova ser ela possí­vel. Aventuro a tese que onde há autêntica comunicação, isto é, onde dois seres humanos se abrem mutuamente o diabo é derrotado. Talvez por isso mesmo a comunicação autêntica é tão rara. Por exemplo, será que esta entrevista comunicará com alguém entre os leitores?

J.C. –
É outro lugar comum, sr. Flusser, dizer que a incomunicabilidade destroi o amor. Talvez os seres não se comuniquem simplesmente porque não há nada para se comunicar. O diálogo já foi há muito interrompido, talvez por se ter alhures realizado. Agora há o silêncio, o ensimesmamento de que falava o cordial Ortega.
V.F. –
Você está tocando num ponto crucial da problemática da felicidade. A nossa tradição imagina a felicidade como um lugar de eterna contemplação e também de diálogo eterno. Compare Sócrates com o cristianismo. Mas há uma óbvia contradição nessas duas imagens. Onde há contemplação não pode haver diálogo porque todas as informações possí­veis já foram trocadas. Nesse sentido a felicidade é tédio imenso e não pode haver diálogo, onde há diálogo não pode haver contemplação porque o diálogo é um processo, portanto algo imperfeito. Em suma, a felicidade é inimaginável.

J.C. –
Assim, o céu é um lugar miseravelmente silencioso e entendiante?
V.F. –
Já disse que não podemos sequer imaginá-lo, mas certamente um dos seus aspectos está sendo realizado na terra, a saber nos subúrbios novaiorquinos e outro aspecto nos parques de cultura e diversão moscovita.

J.C. –
No seu livro “A história do diabo” o senhor se referiu ao Brasil como sendo um território periférico do Ocidente, em cuja sociedade se distinguiam dois traços fundamentais: a tristeza e a preguiça, cuja superação seria a meta do pensamento brasileiro. Ainda endossa essas palavras?
V.F. –
Permita um esclarecimento: tristeza e preguiça no trabalho mencionado na pergunta são termos emprestados í  terminologia teológica da Igreja e são usados ironicamente. Traduzidos para uma linguagem mais comum seriam aproximadamente ideologia alienante e ensimesmamento mistificante. Subscrevo ainda a afirmativa anterior que superar tais perigos é, ou deve ser, a meta do pensamento dos que habitam o Brasil, como aliás do pensamento tout court. Admito que a grandiloqüência alienada e alienante é maior no Brasil do que, por exemplo, na França e neste sentido admito ser o Brasil território periférico do Ocidente. Mas não admito tratar-se de juí­zo valorativo. Trata-se simplesmente da constatação que o Brasil enfrenta os acontecimentos atuais de posição diferente da ocupada pelos paí­ses ditos desenvolvidos, embora os eventos enfrentados sejam os mesmos: a lenta decadência dos valores ditos ocidentais e sua substituição por outros ainda mal definidos.

J.C. –
Seu livro “A história do diabo” me parece ser uma longa e penosa meditação sobre a morte. O senhor pretendeu forçar o leitor a pensar na morte, principalmente, é claro, o leitor brasileiro? Se o fez, por que o fez?
V.F. –
A elaboração daquele livro fez parte da minha primeira etapa. Com efeito, a conversa fiada que encobre a morte me parece ser a máxima falsidade a ser destruí­da. Se publiquei o livro, foi depois de muitas dúvidas, hesitações e devo dizer que felizmente o livro teve uma repercussão pequena. Exije não apenas uma ginástica mental por parte do leitor, mas também uma prontidão de brincar comigo que poucos terão me concedido. Mas as minhas publicações posteriores já são deliberadas, fazem parte da segunda etapa.

J.C. –
Isso quer dizer que o diabo riu por último?
V.F. –
Não superei a problemática do diabo, apenas decidi-me contra a loucura. Se tivesse continuado no mesmo caminho teria perdido o controle crí­tico dos meus pensamentos, portanto optei pela sanidade e contra a radicalidade de pesquisa. Outra demonstração do fato de que toda escolha prefere uma alternativa em detrimento í  outra.

Orquestra Organismo no e_squina

oi amigos, tamos essa semana ali no sesc da esquina com alguns instrumentos que estamos construindo e prontos pra fazer um som com vocês (ou pra construir + instrumentos)

cheguem lá das 18 até 20hs qqer dia dessa semana (de 25 a 28 de setembro)

Endereço:. Rua Visconde do Rio Branco, 969

apareçam e levem amigos, a entrada é franca

abraço

glerm

Algonauta


æ®â?¹Ã£â??Šçâ?°Â©Ã£ÂÂ«Ã£ÂÂ¯Ã§Â¦ÂÃ£ÂÅ?ãâ??ãâ??â?¹Ã£â?¬â??
çí¯Ç ÂçÂçí¦Ã?Å? í¨Âí¯Ã?Å?Ã?Å? Ã?â? í±ç í®Ã?Ë?çí¨ê Ã?â? Ã?â?¦Ã?Å?í¨í±Ç

SEM LETRAS

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bababadalgharaghtakamminarronnkonnbronnt
onnerronntuonnthunntrovarrhounawnskawn
toohoohoordenenthurnuk!

J.Joyce (In: Finnegan`s Wake, 1939)

o latido da harpa

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Assim falou o velho feiticeiro; depois olhou maliciosamente ao derredor e pegou na harpa.

“Na serena atmosfera, quando já o consolo do rocio desce í  terra, invisí­vel e silencioso ââ?¬â? porque o rocio consolador veste delicadamente como todos os meigos consoladores, ââ?¬â? então recordas tu, coração ardente, como estavas sedento de lágrimas divinas e gotas de orvalho, quando te sentias abrasado e fatigado, porque nos erbosos caminhos amarelos corriam em torno de ti através das escuras árvores, maliciosos raios de sol poente, ardentes olhares de sol, deslumbrantes e malévolos.

“Pretendente da verdade! tu? ââ?¬â? Assim chasqueavam. ââ?¬â? Não. Simples poeta. Um animal astuto e rasteiro que mente deliberadamente; um animal ansioso de presa, mascarado de cores vivas, máscara para si próprio, presa para si mesmo. Isto… pretendente da verdade?… Um pobre louco! um simples poeta! um palrador pitoresco que perora por detrás de uma máscara de demente que anda vagueando por enganosas pontes de palavras, por ilusórios arco-í­ris; que anda errante e bamboleante de cá para lá em
ilusórios zelos! Um louco, nada mais!

(…)

Foi isso que despertou o cão. Que os cães acreditam em ladrões e fantasmas.

E quando o tornei a ouvir uivar, tornei a sentir dó dele. Que fora feito, entretanto, do anão, do pórtico, da aranha e dos segredos? Teria sonhado? Teria acordado? Encontrei-me de repente entre agrestes brenhas, sozinho, abandonado í  luz da solitária lua.

Mas ali jazia um homem! E o cão, a saltar e a gemer, com o pêlo eriçado ââ?¬â? via-me caminhar ââ?¬â? começou a uivar outra vez, e pôs-se a gritar. Nunca ouvira um cão pedir socorro assim.

Nunca vi nada semelhante ao que ali presenciei. Vi um moço pastor a contorcer-se anelante e convulso, com o semblante desfigurado, e uma forte serpente negra pendendo-lhe da boca.

Quando vira eu tal repugnância e pálido terror num semblante? Adormecera, de certo, e a serpente introduziu-se-lhe na garganta, aferrando-se ali?

A minha mão começou a tirar a serpente, a tirar… mas em vão! Não conseguia arrancá-la da garganta. Então saiu de mim um grito: “Morde! Morde! Arranca-lhe a cabeça! Morde!” Assim gritava qualquer coisa em mim; o meu espanto, o meu ódio, a minha repugnância, a minha compaixão, todo o meu bem e o meu mal se puseram a gritar em mim num só grito.

Valentes que me rodeiais! Exploradores, aventureiros! Vós outros que apreciais os enigmas, adivinhais o enigma que eu vi então e explicai-me a visão do mais solitário.

Que foi uma visão e uma previsão: que sí­mbolo foi o que vi naquele momento? E quem é aquele que ainda deve chegar?

Quem é o pastor em cuja garganta se introduziu a serpente? Quem é o homem em cuja garganta se atravessara assim o mais negro e mais pesado que existe?

O pastor, porém, começou a morder como o meu grito lhe aconselhava: deu uma dentada firme! Cuspiu para longe de si a cabeça da serpente e saltou para o ar.

Já não era homem nem pastor; estava transformado, radiante; ria! Nunca houve homem na terra que risse como ele!

Somos 190 milhões

Somos agora no Brasil: 189.739.433 habitantes.
Somos agora no Mundo: 6.621.930.169 habitantes.

Fonte: IBGE (acesso í s 18:23 18/09/2007)

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O Brasil conta hoje com rede de proteção social que beneficia cerca de 60 milhões de brasileiros, da qual faz parte o “Bolsa Famí­lia”, com 11 milhões de famí­lias inscritas.

Trecho de entrevista do Ministro do Desenvolvimento Social e Combate í  Fome, Patrus Ananias

http://www.brasil.gov.br/noticias/em_questao/.questao/ent043/

o impensável

Não tentei arruinar o sentido da sentença, tampouco o da metáfora: pelo contrário, tentei torná-los mais fortes. Atacar o sentido rebelando-se contra a sentença não significa que a mesma seja destruí­da. Pelo contrário, ela é preservada porque um caminho para o outro sentido foi aberto. Tudo isso me parece como se eu tivesse sido confrontado por dois discursos opostos igualmente persuasivos. Isso resulta na impossibilidade de privilegiar um em detrimento do outro, o que, por sua vez adia constantemente o controle do sentido sobre a sentença. Talvez o impensável seja pura e simplesmente a suspensão mútua de dois pensamentos opostos e definitivos.

Gororoba poética, digestão além da estética.

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Atenção: Mandem seus links sonoros,gráficos ou textuais que possam ser recombinados nos comentários deste post

Buscando a receita!!!! Calma, senão queima a lí­ngua:

O conSerto inicia-se com duas fontes sonoras em contraponto: uma panela de água fervente e um microchip de 8 bits alimentado pela energia dos limões de um balde de caipirinha.

Os participantes levam qualquer brinquedo eletrônico ou instrumento musical que possa ser modificado e descontruí­do e/ou qualquer tempero ou acompanhamento para o spaghetti e/ou sua presença instrumental tocando algo de sua preferência e/ou dados puros em qualquer formato áudio, texto ou imagem para serem cozidos.

A musica vai sendo costurada com o ferver das panelas, emendas de fios numa protoboard e código computacional sendo remendado ao vivo. Instrumentos de corda, percussão e sopro são bem vindos para ajudar a encontrar as tonalidades, além destes usaremos novos tipos de instrumentos que ainda estão buscando sua afinação e afiação.

Os dados vão cozindo até transbordar numa explosão de harmonia versus músicos famintos por digestão.

——————————-

Dados crus:

Trabalhando em um formato de grupo aberto a participações mediadas apenas pela intersecção de buscas sociais e estéticas, que organiza suas ações por meio de convergências de redes de coletivos principalmente pela Internet, a Orquestra Organismo tem um meio de trabalho onde o processo de “solda de discursos” é colocado desde seu í­nicio como o próprio “objeto” a ser realizado. Um “produto da ação destes encontros sendo moldado no tempo”, onde o objeto “em cena” é a própria intenção dos indí­viduos (e sua função como catalisador destas relações) buscando equilí­brio entre o grupo e sua dimensão subjetiva (além de qualquer análise social ou artí­stica). Obras que se constroem e são esculpidas de acordo com a interação e envolvimento e que trabalham também com idéia da transformação do significado destas ações nos espaços em que ele é percebido, sendo estas moldadas pelas institucionalizações em que se inscrevem (música, teatro, audiovisual, galerias, internet, bares, lares ou ruas), mas sempre reforçando a lúcida situação em que o que fica de todos estes signos são as relações humanas que eles permeiam e estimulam.
A proposta de “Cozinhando Puros Dados” pode ser vista como continuação dos trabalhos que a Orquestra Organismo desenvolveu em suas performances/mostras mais recentes: “Desafiatlux”, “A justa razão aqui delira” e teve sua genêse durante “Surface Tension@Curitiba”. A idéia em comum destes trabalhos é a de que vivemos uma época de sobrecarga de informações e possibilidade de conexão de redes moldadas em discursos similares que ultrapassam fronteiras sociais e geopolí­ticas. Por outro lado a organização cartesiana e sistemática destes dados, para qualquer tipo de função institucionalizada (da arte í  engenharia; do ativismo ao academicismo) tende a diluir-se no espaço onde ela quer tomar forma, e o fluxo de identidades que tocaram-se em subjetividade acaba perdendo a força moldando-se aos espaços, entrando em contradições e adquirindo um significado “institucional”. Observar estes discursos e “dados” como uma dança caótica de entidades, em forma de rituais simbolistas, teatros da crueldade e estetização da ação direta, molda sua prática e ética numa percepção imediata da dimensão humana. Esta é a busca destas performances.
Em “Cozinhando Puros Dados” trabalhamos com uma cozinha no espaço da mostra que pode conectar-se com outros participantes pela Internet em qualquer lugar do planeta. A cozinha estará incubando o conceito antropológico de “Cru e Cozido” trabalhado por Levi Strauss: a criação de processos rituais que estabelecem uma dialética daquilo que era um dado “puro” e sem função e que passará até o final do perí­odo da mostra assumir diversas dimensões de significado, convergindo intenções dos “cozinheiros”. A cozinha também pode ser vista como o espaço onde existe freqüentemente coletividade para a construção daquilo que nos alimenta. Busca-se construir uma metáfora da cozinha como espaço de “alquimia” onde a tal dialética ferve as intenções de coletividade e a fome (ou gula) é um anseio que nos traz de volta a dimensão humana.
A instalação funciona da seguinte maneira:
1. Deve-se utilizar a cozinha do espaço da mostra e montar uma exposição plástica dentro dela, com rascunhos, pinturas, desenhos, esculturas, registros sonoros e audiovisuais, e principalmente objetos do cotidiano de participantes da ação, incluindo organizadores e visitantes da mostra que desejem interagir. Isto deve ser feito sem tentar tornar a cozinha uma “galeria”, o foco está em deixar diponí­veis os “dados” a serem cozidos. Isto tornará a cozinha um espaço em comum entre os participantes, para encontros informais que tentam trazê-la para uma dimensão de “zona autonôma temporaria” dentro do espaço onde os “dados” serão “fervidos”.
2. Simultaneamente ao local da mostra, pretende-se articular estruturas similares em diversas cidades do Brasil: Curitiba, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Campinas, Belem, Porto Alegre, Recife, Brasilia e Florianópolis e possivelmente outras cidades em locais distintos no mundo. Tal ação será articulada pela internet e seu processo de articulação também faz parte do registro de “dados” a ser reprocessado a cada ação.
3. Desconstruindo a percepção de “lar”, faremos música com eletrodomésticos como liquidificadores, batedeiras, aspiradores de pó, abajures, ventiladores; que devem ser pintados como telas brancas e cobertos de escritos com trechos poéticos, desenhos e instruções técnicas para as ações. Os eletrodomésticos devem ser trocados entre os locais distintos e ficarão nas cozinhas. Estes eletrodomésticos poderão ser controlados remotamente via Intenet, por um website.
4. Serão programados rituais de “cozinha” no mesmo horário entre as cidades, considerando fusos, onde participantes preparam comida enquanto a ação é gravada em som e video, desenhada, fotografada, escrita e este registro interage com os outros locais no mesmo instante pela internet recombinando e transformando dados. Esta “realimentação” de dados no espaço da cozinha causa uma sensação de simultaniedade e a cozinha passa tornar-se um local único que vence barreiras geográficas tornando os dados repertórios comuns de construção de realidades. Estas influenciarão ações diretas e relacionamentos entre esta rede. Os processos desencadeados pela “cozinha” também devem ser registrados e reprocessado em novos rituais de cozinha e futuras ações.
5. Tempere a gosto e leve ao forno.
6. Estimula-se o uso rí­tmico da cozinha, leitura de textos e poemas, musicalização do ato de cozinhar e da refeição. Pede-se o uso de diferentes lí­nguas e sotaques ao fornecer os dados. Depois da refeição deve-se digerir os dados e consumir sua energia em ações diretas pelas ruas.

//COZINHANDO DADOS PUROS
//COZINHANDO DADOS CRUS
//IDEIAS CRUAS ?

Receitas convergentes…
Estamos sempre prontos para cozinhar…

Estas idéias cruas fervem por vivermos uma época de sobrecarga de informações que ao mesmo tempo nos
conectam a redes formadas por discursos que vão além de fronteiras territoriais e lingüisticas.

Por outro lado, esses DADOS tendem a sujeitar-se a uma organização
cartesiana e sistemática através de sistemas institucionalizados como artes,
engenharia, ativismo ou teoria social

De qualquer maneira, estas identidades fluidas de dados crus tendem a extravazar tentativas de formatá-las – produzindo contradições ao infiltrar-se em modelos instituicionais.

Nosso esforço é que todos estes “discursos-de-DADOS-processados” sejam percebidos

como uma caótica dança de entidades, esculpindo-se em rituais simbólicos,
“teatros da crueldade”, estética e REAL PRESENÇA da ação direta, dirigindo-nos
para uma percepção imediata da dimensão humana.

Esta é a ambição dos projetos que “cozinhamos”

Esta re-alimentação e espelhamento de dados irá causar uma
sensação de presença e as “cozinhas” irão tornar-se lugares que
transcendem fronteiras geográficas, articulando os ingredientes e contribuindo
para uma base de dados para construção de realidades.

Este trabalho vai influenciar a ação direta e relacionamentos
através da rede. O processo causado pela “cozinha” deve também ser
registrado e reprocessado em novos rituais e novas idéias.

Nós estimulamos o uso rí­tmico da “cozinha”, poesia falada,
musicalização do ato de cozinhar. Nós sugerimos o uso de
diferentes lí­nguas e sotaques enquanto você cozinha estes dados.
Depois da “ceia”, digerir os dados e espalhar a energia resultante
em ação direta pela ruas.

Estudiolivre, Barcelona, 2006

///
______________________________
——

//COCINANDO DATOS PUROS
//COCINANDO DATOS CRUDOS
//IDEAS EN CRUDO ?

Recetas convergentes…
siempre estamos preparados para cocinar…

Estas ideas en crudo provienen de reconocer que vivimos en una época
de sobreinformación que nos provee al mismo tiempo con posibilidades
para conexión en redes formadas por discursos compartidos más allá de
fronteras territoriales y lingüí­sticas.

Sin embargo, esta DATA en crudo tiende a ser sometida a la
organización cartesiana y sistemática a través de sistemas
institucionalizados como el arte, la ingenierí­a, el activismo o la
teorí­a social.

Pero esas identidades fluyentes de data cruda sobrepasan cualquier
intento de formatearlos – produciendo contradicciones incluso
mientras adquieren un significado “institucional”.

Nuestro esfuerzo es para que todos los “discursos-procesados-de
DATA” sean percibidos como una danza caótica de entidades,
esculpidas como rituales simbólicos, estéticas del “teatro de
crueldad” Y PRESENCIA REAL de accion directa, que conducen a una
percepción inmediata de la dimensión humana.

Esta “retroalimentación” y replicación de data causará la sensación
de presencia simultánea y las “cocinas” se volverán lugares que
transcienden fronteras geográficas tomando los ingredientes, y
contribuyendo, de una base de datos común para constucciones de
realidad.

Estimulamos el uso rí­tmico de la “cocina”, palabras habladas,
musicalización de los actos de cocina. Pedimos el uso de diferentes
lenguages y acentos a medida que cocinas esta data. Después de la
comida, uno debiera digerir la data y gastar la consecuente energí­a a
través de acciones directas en las calles.

Estudiolivre, Barcelona, 2006

///

—————–

COOKING PURE DATA
COOKIN RAW DATA
RAW IDEAS ?

Converging recipes”¦
weââ?¬â?¢re always ready to cook”¦

These raw ideas stem from recognizing that we live in an age of
information overload which provides us at the same time with
possibilities for connection over networks formed by shared
discourses beyond territorial and linguistic borders.

However, this raw DATA tends be subjected to Cartesian and systematic
organization through institutionalized systems like arts,
engineering, activism or social theory.

Nonetheless, these flowing identities of raw data overflow any
attempt to format them – producing contradictions even while
acquiring an “institutional” meaning.

Our effort is for all “DATA-processed-discourses” to be perceived as
a chaotic dance of entities, sculpted into symbolic rituals, “cruelty
theater” aesthetics AND REAL PRESENCE of direct action, leading to an
immediate perception of human dimension.

This is the ambition of “cooking” projects.

This feedback and mirroring of data will cause the sensation of
simultaneous presence and the “kitchens” will become places that
transcend geographical borders taking the ingredients from, and
contributing to, a common database for reality constructions.

This will influence direct action and relationships through the
network. The processes caused by the “kitchen” should also be
registered and reprocessed in new rituals and future ideas.

We stimulate the rhythmic use of the “kitchen”, spoken words,
musicalization of cooking acts. We ask for the use of different
languages and accents as you cook this data. After the dinner, one
should digest the data and spread the consequent energy through
direct action in the streets.

Uma das encarnações deste ritual, em Barcelona 2006 –

Praça Nueva Brasília – Itaparica – Erik Goengrich – 16/09/2007 – 2pm

nova-brasilia-1.jpg

hallo to all
on sunday the 16.sept.07 at 2pm will be the inauguration of “Praça
Nueva Brasilia” in Itaparica.
For all who like to come I would propose that we meet at 1:30pm in
front of SACATAR-Foundation in Itaparica and then we walk to the
place.
(5 min.walk but too complicated to explain)
Hope all of you who are near find the time to come.
all the best
greetings
Erik

there is an informal settlement just around the corner of SACATAR with
5 big Trees that form a kind of an open public space.
Three weeks ago I found this place and was impressed….
Is it that I am still too romantic?
In portugese these 10 to 15 small houses surrounding that place they
are called “invasâo” which I find a very interesting:
like a wave of the see which is just in front….

Then, as you know of my last two emails I returned from:

and I met Robinson, without whom that whole intervention would not
have been possible:

trying to change the human relationship / thinking about nature.
He is trying to build up this organisation and doing a very imortant
work.
I would say he is the best communicator i met until now in Itaparica.
And I was never so astonished how many ways somebody is introducing me
and my work….
andfrom monday the 3.sept when i returned from Brasilia until today I
was nearly every day working at “Praca Nueva Brasilia”:
responsibility.
everybody liked it sometimes of diffrent reasons:
for some it was important that it is not coming from the Itaparica
official administration
for some it was just good that there will come something to sit on
some liked the fact of having little Brasilia in front of their door
some liked the idea of having meetings there
and others thought immediatley that the value of their small house
will increase….
and as well i got very quick offers to buy a house or land (for
2000euro) in this area without official papers…

brasilia.jpg

so we began to collect the left over wood of Sacatar and started to
build benches:

here we coming to the architectural part because the congress of
Brasilia is made out of “pau-a-pique”

with varas (the palm tree leaves stem) and clay

this is the structure with all the greenpalmtree leaves stems
cooked from Maria (a sister of robinson living directliy there)
the kids started to like it and helped as well,

but still wondering what that all means?
the ramp for the congress arrived
the sign to the place is painted…

would be happy to see you sunday at 2pm
if everything works out well the itaparica-caboclos which used to
perform on this place will come as well…
greetings
erik

nova-brasilia-3.jpg

nova-brasilia-2.jpg

faltam bases

nos galhos das árvores onde as palavras estão presas;

todos os jamais são sombras…

no meu braço que formiga adormecido
sobre o corpo que estanca o sangue;
o sangue não palavra,
e sim seiva

faltam

http://www.nbp.pro.br – uma experiência kÃ?¼nstlerischen

danospaguem
.
.
.
.
.
Ok,registros circunscritos. simulacros arrotam.

continuo tateando.
(restam bússolas? ???? )

Não sei mais quem são vocês, quem somos nós e nem quantos.
Gosto dessa ilusão de presença de uma rede de tateantes.
Pólos que atraem a bússola. Gira, eppur si muove.
Gostamos de pensar nosso “trabalho” sobre uma dimensão não-utilitarista, além da sobrevivência e consumo, além da sua coopção institucional.
Seremos capazes de ir além dessa relação de significação laboriosa?
Puxe o tapete das bases, resta um chão de onde a gravidade quer esmagar a personalidade.
Temos Personalidades a operacionar – além do objeto vão encarnar?
4 operações básicas – somar, multiplicar, subtrair, dividir?
(e/ou)
Além do limite tendendo a zero e ao infinito, uma nova integral ou derivação?

Recondicionar ESTE plano cartesiano.

além dos 3(você-eu-objeto) ou além dos 7(com cópia) existem novas bases?
Uma dimensão de relações sociológicas, geográficas e psicológicas de interdependências para QUANTAS sobrevivênciaS (até quando). Uma base somática para um artifí­cio de fundações simbólicas de um “novo” imaginário.

Você gostaria de participar de uma experiência?

talvez não tenha + – * / escolha.

o objeto será serrado, fragmentado, fundido, repersonificado entrará na dimensão do juí­zo de valor em si próprio e ainda assim não responderá a questão cartesiana.

restam planos?

RB, em P.

http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/?cat=30

login: rb.restambases@gmail.com

senha: 814fh2_rb

foi (é) no sentido de que algo desta conversa seja enviado ao site do projeto, para um acesso ampliado í queles que têm acompanhado (aqui, lá fora, etc) aquela conversa em torno do tal “objeto + projeto”.

nestes emails em circulação circular os tópicos ficam em torno das “comunidades dos senhores NBP” – sugiro ampliação e envio de algo a

Username: rb
Password: f099957
http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/wp-login.php

( x ) pode ser

( x) já é

( x) u

abraços,

RB.

documetastase.jpg

Duração

ANOTAÇÃ?â?¢ES A PARTIR DE A DIALÉTICA DA DURAÇÃO DE GASTON BACHELARD

A DISTENSÃO E O NADA

  • a dualidade na unidade
  • sucessão
  • devir
  • o tempo é hesitação
  • o tempo é contí­nuo como possibilidade, como nada. Ele é descontí­nuo como ser
  • partimos não de uma unidade mas de uma dualidade temporal
  • durar no tempo / permanecer no espaço

Numa palavra , sempre vimos, tomada no detalhe de seu curso, uma duração precisa fervilhar de lacunas.” 8

A PSICOLOGIA DOS FEN��MENOS TEMPORAIS

  • lembrança do passado ââ?°Â  lembrança de nossa duração
  • é o acréscimo de razões que faz a coragem
  • continuidade de um esforço / intensidade de um esforço
  • geometrização do esforço – volume muscular / aritmetização do esforço – número de músculos
  • homográficas
  • supremacia do tempo desejado sobre o tempo vivido
  • possibilidade das repetições, liberdade dos começos, agrupamento ativo e polimorfo dos instantes realizadores
  • conduta do começo / psicologia da mudança
  • conduta do nada
  • condutas adiadas

O tempo é o que se sabe dele.” 36

DURAÇÃO E CAUSALIDADE FíSICAS

  • necessidades lingüí­sticas e espacilalizantes (que) dominam nossa inteligência
  • causalidade/participação
  • indispensável papel polêmico das falsas hipóteses
  • antes da intuição há o espanto
  • potência / ato
  • causa / efeito
  • dupla continuidade do espaço e do tempo
  • toda causalidade torna orgânicos o tempo e o espaço

Toda causalidade se exprime no descontí­nuo dos estados.” 53

A causalidade fí­sica não se quantifica pela duração.” 54

DURAÇÃO E CAUSALIDADE INTELECTUAIS

  • dinâmica
  • cinemática
  • descrição de destreza
  • comparação, dialética, dualismo
  • esquema de desencadeamento (sinais breves e simples)

Nosso espí­rito, em sua atividade pura, é um detector temporal ultrasensí­vel.” 66

A CONSOLIDAÇÃO TEMPORAL

  • oposição = instantes / intervalos
  • tempo recusado / tempo utilizado
  • consolidados de coexistência
  • consolidados de sucessão
  • mnemotécnicos
  • Só há conhecimento por intercalação.”(Dupreel)
  • crescimento por densidade (a vida é essencialmente)
  • estabelecimento da forma
  • intercalação material
  • intervalo da causa ou efeito
  • evolução pela probabilidade

…, uma duração é, não um dado, mas uma obra.” 74

AS SUPERPOSICÃ?â?¢ES TEMPORAIS

  • duração é relativa
  • o tempo tem várias dimensões
  • o tempo tem uma espessura
  • o tempo só aparece como contí­nuo graças a superposição de muitos tempos independentes
  • depreender e descobrir o tempo (Hegel)
  • o tempo não é cifra do movimento
  • o tempo não é ordem dos fenômenos
  • tempo visual
  • tempo verbal
  • o tempo visual corre mais depressa que o tempo verbal, estes se superpõem
  • parasitas temporais
  • cogitos superpostos
  • sucessão do “penso logo existo” ao “penso que penso logo existo.”
  • cogito cogitem?
  • cogito cartesiano, plenamente horizontal
  • eu peso que eu penso
  • eu penso que penso
  • eu peso que penso que penso (cogito)ó (experiências consecutivas em seu poder formalizante)(uma dimensão do espirito)
  • o tempo vulgar (horizontal) transitivo
  • o fingimento tem menos densidade que um sentimento autêntico, a densidade é compensada pela intensidade
  • fingimento = superposição temporal / não está colado sobre a trama contí­nua da vida
  • para todos os sentimentos fingidos o sincronismo é primordial
  • Crime e Castigo – Dostoievski
  • (fingimento)í² – o fingimento do fingimento
  • (fingimento)ó = ?
  • Paul Valéry

Jean de Latour, Examen de Paul Valéry

A continuidade seria então o resultado de superposições temporais.” (Lecomte du Nouy) 86

AS METíFORAS DA DURACÃO

 

  • filosofia Bergsoniana
  • a intensidade faz a duração
  • a relação estabelecida entre a duração e a intensidade dos sons é direta
  • vida acidentada e livre
  • poesia surrealista
  • causalidade poética
  • o principio das freqüências domina o principio das medidas = a questão “quantas vezes?” precede a questão “quanto tempo?”

A continuidade do tecido sonoro e tão frágil que um corte local determina por vezes uma ruptura em outro local.” 106

 

 

A RITMANíLISE

 

  • Paul Valéry – durações essencialmente dialéticas, construí­das sobre ondulações e ritmos
  • Pinheiro dos Santos, Lúcio Alberto. La rythmanalyse. RJ, 1931
  • estabilidade / desordem temporal
  • simetria / ritmia
  • a ritmanálise procura motivos de dualidade para a atividade espiritual
  • A sublimação não é um impeto obscuro é um chamado
  • A função do indiví­duo é enganar-se

A matéria não está exposta no espaço, indiferente ao tempo; não subsiste nele de forma constante, inerte, numa duração uniforme. Tampouco vive nele como alguma coisa que se desgosta e se dispersa. Não á apenas sensí­vel aos ritmos: existe, com toda forca do termo, no plano do ritmo, e o tempo em que ela desenvolve algumas manifestações delicadas é um tempo ondulante, tempo que só tem um modo de ser uniforme: a regularidade de sua freqüência.” 119

 

Grande, mas não dois

frango assassinados

O galo Gonzagão, fruto de experiências de seleção genética, após ter sido expulso da vizinhança pelo seu canto matutino imponente, chegou í s manchetes dos jornais. Entretanto, sua alegria não duraria muito: do puleiro do estrelato, acabou se dando mal e o destino não poderia ser mais cruel. Numa briga de galo foi assassinado por um franzino e raquí­tico frango anônimo. Ao contrário do galo índio (foto abaixo), jamais cacarejou pelas bandas da internet.

indio

eu: dae,
rb: fala
22:25 eu: boas novas?
rb: sim
ajudem a divulgar
eu: o nabupe
rb: sim
22:26 eu: já tá na mí­dia
rb: to vendo
eu: pitou de galo
rb: hehe
agora vai
eu: franzino,mais parecia uma saracura
22:27 mas sonoro – metal
rb: soou bem?
gostei muito do video
eu: segundo a vizinhança era bom, porém demasiado cedo
22:28 começaram a jogar água quente pela goela
rb: acordou a vizinhaça?
eu: nem deixava ela dormir
22:29 segundo as galinhas d’angola
22:30 apesar de fotografado, mas muito mal retratado
rb: abraço lúcio
eu: valeu rb
rb: até
Rb

login: rb.restambases@gmail.com / senha: nbpnbpnbp

18:19 rb.restambases : ola
restam bases
eu: buenas
habla hombre
rb.restambases: estou mandando um email
18:20 eu: opa
rb.restambases: conctando as propostas de novas bases
eu: massa
ta chegando?
rb.restambases : foi
18:21 eu: blz
vou abrir
rb.restambases: ok
minha senha é nbpnbpnbp
é só entrar
abraço
eu: valew
rb.restambases: té mais
eu: abraço
18:22 não chegou
rb.restambases: hmm desculpe
faltaram bases
eu: hehe
18:24 rb.restambases: pronto
eu: opa chegou!
18:25 Tem um amigo meu
que tem uma companhia de teatro
ja bastante antiga aqui na cidade de ctba
18:26 que se chama nbp
rb.restambases: opa
deve haver alguma conexão com as bases
eu: É Nautilio (o B bão tenho certeza ) Portela
18:27 rb.restambases : de qualquer maneira NBP 🙂
eu: sim, de certeza
rb.restambases: Você gostaria de participar de uma experiência artí­stica?
eu: NBP produções teatrais
ja dei olink
hehe
18:28 rb.restambases: basta levar pra casa o seguinte objeto
(NBP)
posso documentar esse processo?
eu: sim, tenho participado com a orquestra
no e/ou
vou te passar
18:29 o curriculum da produtora do nautilio
guenta que3 eu vou pedir pra ele
rb.restambases: a NBP?
eu: sim
existe a mais de 20 anos
muita peça feita
aqui na cidade
18:30 rb.restambases: Existem mais peças de NBP circulando?
eu: durante esses 20 anos
a NBP realizou muitas peças
18:31 rb.restambases: então era uma boa eu te passar o login e senha, pra você documentar sua experiência artí­stica com NBP.
eu: sim
assim que eu tiver a lista delas
vou subindo
nbp por nbp
rb.restambases: ok
login: rb.restambases@gmail.com
senha: 814fh2_rb
18:32 no site
http://www.nbp.pro.br
eu: hehe
massen
rb.restambases: tem também em
18:33 http://nbp.organismo.art.br
la é só clicar na interrogação
e logar com
user:RB
18:34 login:nbpnbpnbp
eu: divertido
rb.restambases: de qualquer maneira não esqueça de documentar
eu: pó dexa
jamais perdemos um documentosinho
z
18:35 rb.restambases: precisamos amarrar o conceito e criar pra ele um sentido que realmente compense nosso tempo investido
eu: de que maneira?
rb.restambases : isso
poderia começar documentando essa pergunta
eu: ja tá
p- google fez isso por rb
18:36 rb.restambases: vou enviar a proposta dessa discussão para os outros interessadfos que no momento estão com NBP em mãos
eu: opa
maravilha
rb.restambases: o google é só um robô
nós vamos contextualizar
eu: necas
ótimo
19:37 ta no teu mail
19:38 rb.restambases: isso
vou repassar a conversa
um bom começo
eu: blz
sobe lá
rb.restambases: grande abraço
eu: outro
19:39 rb.restambases: não esqueça também de divulgar minha senha:
eu: opa
rb.restambases: rb.restambases@gmail.com
eu: gostei da ideia
rb.restambases: senha:nbpnbpnbp
eu: vou circular
rb.restambases: isso
NBP
tem que circular
mas nao deixe de documentar ok?
eu: não
rb.restambases: você ja tem as senhas.
eu: jamais esquecerei
pode deixar
rb.restambases: obrigado por sua colaboração
19:40 eu: valew rb

Descartógrafos!

Excelente video da Vasssssss com a mais pura descartografia e suas novas bases:

– “Máscara Libertária” –
(RB, VvVanderlyne e Vitoriamario)

A galera vai no cinismo
Mas restam Bases
Para Novas Bases
Da personalidade

áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!