Segundo uma conhecida lenda urbana de Curitiba, existe dentro de seu perímetro urbano e central uma cachoeira escondida. Lá, aguardando pelo momento em que terá suficiente eloqüencia para sustentar as bases de um discurso produtivo sobre as bases desta experiência, o nosso herói nbp, aguarda por bases que ainda restam para isso E/OU quem sabe alguma nova base para seguir seu rumo a fragmentação de seu discurso num simulacro de genêro.
Deixando em aberto a posibilidade de circulação do “objeto” em um ponto cego dos mapas, queremos aqui provocar discussões sobre a imaterialidade da experiência, intagilibilidade entre os elos da tal “corrente”.
Reclamamos a relação de continuidade e relacionamentos que a rede que ele gera poderia potencialmente proporcionar, e que é desviada pela discussão em que sua forma plástica, conceito e relação com autoria e mesmo sua potencia semiótica eloqüente o coloca quando inevitavelmente é documentado como “objeto artístico”.
A pergunta: “Você quer participar de uma experiência artística”? Nos parece de resposta muito óbvia: Não tenho mais escolha, portanto reclamo viver simplesmente a experiência e dela tentar gerar caminhos para nossas buscas.
Na medida que essa pergunta me faz mínimo de sentido (quase em seu caráter puramente sintático) eu já não tinha mais escolha. Eu fui esmagado por um significado múltiplo de algo que quer se impor como simulacro de uma matriz de simulacros e a tal forma torna-se fractalmente infinitesimal.
Como escapar da fetichização que o objeto finge ser adverso (com sua “plástica” supostamente austera, que harmoniosamente muta-se em sua “beleza”)?
Um amigo disse sabiamente que a melhor estratégia possível para ignorar este objeto como forma seria “reduzi-lo” ao seu lugar original de “escultura”.
Por que não o fizemos? Por que o simulacro nbp se instaurou? Porque o grande êxito do NBP é justamente sua potencia de vertigem. Amamos odiar o NBP.
Apesar de nos sentirmos oprimidos pelo nbp, estamos interessados nas tais Novas Bases para Personalidade.
Queremos a utopia de que vocês existem além desse objeto. Ele não é feio, ele não é belo, ele não é curioso, ele não é arte, ele não é nada. E nem o fato de poder ser afirmado que isso já nos era dado como conceito pode nos oprimir. Negamos qualquer autoria ou epistemologia “artística” sobre essa idéia. Queremos estar além do jogo de conceitos. Queremos traçar nossos próprios mapas .
Nem mais um suspiro pelo objeto ou pelo “objeto-conceito”. Você que aí que existe em si, é algo que almejamos. Queremos compartilhar nossas vertigens.
Por que eu gostaria de participar dessa experiência “artística” tentando trazê-la para além desta? Para reclamar um lugar de potencial simbólico para nossas epifanias como afirmação de realidades em comum, independente de institucionalizações, documentações e qualquer tipo de simulacro.
Quem é o “objeto”? Aquele que “usa” o NBP é usado por ele.
Negamos a existência do NBP. Quem existe somos nós. Solicitamos a presença de todos os envolvidos. São estes que nos interessam.
Queremos uma experiêcia muito mais que artística.
Sejam bem vindos.
E se Faltam Bases ?
nos galhos das árvores onde as palavras estão presas;
todos os jamais são sombras…
no meu braço que formiga adormecido
sobre o corpo que estanca o sangue;
o sangue não palavra,
e sim seiva
—->
Ok,
registros circunscritos. simulacros arrotam.
continuo tateando.
(restam bússolas? http://poeticasexperimentaisdavoz.wordpress.com/2007/09/11/ja-i-kant-wear-you/ )
Não sei mais quem são vocês, quem somos nós e nem quantos.
Gosto dessa ilusão de presença de uma rede de tateantes.
Pólos que atraem a bússola. Gira, eppur si muove.
Gostamos de pensar nosso “trabalho” sobre uma dimensão não-utilitarista, além da sobrevivência e consumo, além da sua coopção institucional.
Seremos capazes de ir além dessa relação de significação laboriosa?
Puxe o tapete das bases, resta um chão de onde a gravidade quer esmagar a personalidade.
Temos Personalidades a operacionar – além do objeto vão encarnar?
4 operações básicas – somar, multiplicar, subtrair, dividir?
(e/ou)
Além do limite tendendo a zero e ao infinito, uma nova integral ou derivação?
Recondicionar ESTE plano cartesiano.
além dos 3(você-eu-objeto) ou além dos X(com cópia) existem novas bases?
Uma dimensão de relações sociológicas, geográficas e psicológicas de interdependências para QUANTAS sobrevivênciaS (até quando). Uma base somática para um artifício de fundações simbólicas de um “novo” imaginário.
Você gostaria de participar de uma experiência?
talvez não tenha + – * / escolha.
o objeto será serrado, fragmentado, fundido, repersonificado entrará na dimensão do juízo de valor em si próprio e ainda assim não responderá a questão cartesiana.
restam planos?
RB, em P.