CANTO DOIS: Das interfaces, naus, constelações, pólos, fundações e runas

Das grandes invenções da Humanidade:

Trad. Simp. Pinyin English
火èâ??Â¥ 火药 hu yí o gunpowder

Pólvora
IMAGENS
HISTÂRIA

Bússola:
IMAGENS
HISTÂRIA

æÅ?â?¡Ã¥Ââ??éâ?¡Â æÅ?â?¡Ã¥Ââ??éâ??Ë? zhí nán zhÂn compass

Curiosidade:
2 invenções antagônicas creditadas pelos greco-romanos aos povos “bárbaros”.

*SUBJETIVIDADE É FICÇÂO?
Resumo da narração

No décimo ano do cerco a Tróia, há um desentendimento entre as forças dos aqueus, comandadas por Agamémnom. Ao dividirem os espólios de uma conquista, o comandante aqueu fica, entre outros prêmios, com uma moça chamada Criseida, enquanto que a Aquiles cabe outra bela jovem, Briseida. Criseida era filha de Crises, sacerdote do deus Apolo, e este pede a Agamémnom lhe restitua a filha em troca de um resgate. O chefe aqueu recusa a troca e o pai ofendido pede ajuda a seu deus. Apolo passa então a castigar os aqueus com a peste. Quando forçado a devolver Criseida ao pai para aplacar o castigo divino, Agamémnom toma a Aquiles sua Briseida, como forma de compensação e desagravo a Aquiles. Este, ofendido, se retira da guerra junto com seus valentes Mirmidões. Aquiles pede então a sua divina mãe que interceda junto a Zeus, rogando-lhe para que favoreça aos troianos, como castigo pela ofensa de Aquiles. Tétis consegue a promessa de Zeus de que ajudará aos troianos, a despeito da preferência de sua esposa, Hera, pelo lado aqueu.

Então Zeus manda, através de Oneiros, a Agamémnom um sonho incitando-o a atacar Tróia sem as forças de Aquiles. Agamémnom resolve testar a disposição de seu exército. A tentativa por pouco não termina em revolta generalizada, incitada pelo insolente Tersites. A rebelião só é evitada graças í  decisiva intervenção de Odisseu, que fustiga Tersites e lembra a profecia de Calcas de que ílion cairia no décimo ano do cerco.

Os dois exércitos se perfilam no campo de batalha, diante de Tróia. Páris, prí­ncipe de Tróia, se adianta, mas logo recua ao ver Menelau, de quem roubara a esposa causando a guerra. Menelau o insulta e Páris responde propondo um desafio entre ambos. Os aqueus respondem com agressões, porém seu irmão Heitor, o maior herói troiano, reitera o desafio, propondo que o destino da guerra seja decidido numa luta entre Menelau e Páris. Menelau aceita, exigindo juramento de sangue sobre o pacto de respeitar o resultado do duelo. Enquanto os preparativos são feitos, Helena se junta a Prí­amo, rei de Tróia, no alto de uma torre para observar a contenda. Ela apresenta os maiores comandantes gregos, apontando-os para Prí­amo.

O duelo tem iní­cio e Menelau leva vantagem. Quando está para derrotar Páris, Afrodite intervém e o retira da batalha envolto em névoa, levando-o ao encontro de Helena. Agamémnom declara então que Menelau venceu a disputa e exige a entrega de Helena e pagamento do resgate. Porém Hera e Atena protestam junto a Zeus, pedindo a continuidade da guerra até a destruição de Tróia. Zeus cede em troca da não intervenção de Hera caso deseje destruir uma cidade protegida por ela. Atena então desce entre as tropas troianas e convence Pândaro, arqueiro troiano, a disparar contra Menelau, ferindo-o e rompendo o pacto com os gregos. O exército troiano avança, e Agamémnom incita os aqueus ao combate. Tem lugar então uma luta violenta, na qual os gregos começam a levar vantagem. Porém Apolo incita aos troianos, lembrando-os que Aquiles não participa da peleja.

Os troianos então avançam, retomando a vantagem sobre os gregos, a despeito dos grandiosos esforços de Diomedes, que insuflado pela deusa Palas Atena, chega a ferir os deuses Afrodite e Ares, que defendem os troianos. Os gregos por sua vez parecem retomar a vantagem, o que faz com que Heitor então retorne í  cidade para pedir a sua mãe tente acalmar í  Palas com oferendas. Após falar com a mãe, se encontra com sua esposa e filho em uma torre. O encontro é bastante triste, onde Heitor fala com a esposa e o filho sobre o seus futuros, pois pressente que Tróia cairá. A seguir, convoca Páris e com ele volta í  batalha.

Apolo combina com Atena uma trégua na batalha e para conseguí­-la incitam Heitor a desafiar um herói grego ao duelo. Ajax é os escolhido num sorteio e avança para o combate. O duelo é renhido e prossegue até a noite, quando é interrompido. Os aqueus então aproveitam para recolher seus mortos e preparar um baluarte.

Com a manhã, o combate recomeça, porém Zeus proí­be os outros deuses de interferir, enquanto que ele dispara raios dos céus, prejudicando aos aqueus. O combate prossegue desastroso para os gregos, que acabam por se recolher ao baluarte ao final do dia. Os troianos acampam por perto, ameaçadores.

Durante a noite Agamémnom se desespera, percebendo que havia sido enganado por Zeus. Porém Diomedes garante que os aqueus tem fibra e ficarão para lutar. Agamémnom acaba por ouvir os conselhos de Nestor, e envia a Aquiles uma embaixada composta por Odisseu, Ajax, dois arautos e o veterano Fenix presidindo, para oferecer presentes e pedir ao herói que retorne í  batalha. Aquiles, porém, ainda irado, não cede.

Agamémnom então envia Odisseu e Diomedes ao acampamento troiano numa missão de espionagem. Heitor, por sua vez, envia Dolon espionar acampamento aqueu. Dólon é capturado por Odisseu e Diomedes, que extraem informações e o matam. A seguir invadem o acampamento troiano e massacram o rei Reso e doze guerreiros que dormiam, se retirando de volta para o lado aqueu, onde são recebidos com festa.

Durante o dia o combate retoma, e os troianos novamente são superiores, empurrados por Zeus. Heitor manda uma grande pedra de encontro a um dos portões e invade o baluarte grego, expulsando-os e empurrando-os até as naus, de onde não haveria mais para onde recuar a não ser para o oceano. Há amargo combate, com os aqueus recebendo apoio agora de Poséidon enquanto Zeus favorece os troianos, com heróis realizando grandes feitos de ambos os lados.

Hera, então, consegue convencer Hipnos a adormecer Zeus. Os gregos, acuados terrivelmente, se aproveitam desse momento para recuperar alguma vantagem, e Ajax fere a Heitor. Porém Zeus acorda e, vendo os troianos dispersos e a momentânea vitória grega, reconhece a obra de Hera e a repreende. Hera diz que Poséidon é o único culpado, e Zeus a manda falar com Apolo e íris para que estes instiguem os troianos novamente í  luta. Então Zeus impede Poséidon de continuar interferindo, e os troianos retomam a vantagem. Os maiores heróis aqueus estão feridos.

Pátroclo, vendo o desastre dos aqueus, vai implorar a Aquiles que o deixe comandar os Mirmidões e se juntar í  batalha. Aquiles lhe empresta as armas e consente que lidere os Mirmidões, mas recomenda que apenas expulse os troianos da frente das naus, e não os persiga. Pátroclo então sai com as armas (incluindo a armadura) de Aquiles e combate os troianos junto í s naus. Ao ver fugindo os troianos, Pátroclo desobedece a recomendação de Aquiles e os persegue até junto da cidade. Lá, Heitor o confronta em duelo e acaba por matá-lo.

Há uma disputa pelas armas de Aquiles, e Heitor as ganha, porém Ajax fica com o corpo de Pátroclo. Os troianos então repelem os gregos, que fogem, acossados. Aquiles, ao saber da morte do companheiro, fica terrivelmente abalado, e relata o acontecido Tétis. Sua mãe promete novas armas para o dia seguinte e vai ao Olimpo encomendá-las a Hefestos. Enquanto isso o Aquiles vai de encontro aos troianos que perseguem os aqueus e os detém com seus gritos, permitindo que os gregos cheguem a salvo com o cadáver. A noite interrompe o combate.

Na manhã seguinte Aquiles, de posse das novas armas e reconciliado com Agamémnom, que lhe restituí­ra Briseida, acossa ferozmente os troianos numa batalha em que Zeus permite que tomem parte todos os deuses. Trucidando diversos heróis, Aquiles termina por empurrar o combate até os portões de Tróia. Lá Heitor, aterrorizado, tenta fugir de Aquiles, que o persegue ao redor da cidade. Por fim Heitor é enganado por Atena, que o convence a se deter e enfrentar o maior herói aqueu. Ele pede a Aquiles que seja feito um trato, com o vencedor respeitando o cadáver do vencido, permitindo seu enterro digno e funerais adequados. Aquiles, enlouquecido de raiva, grita que não há pacto possí­vel entre presa e predador. O terrí­vel duelo acontece e Aquiles fere mortalmente Heitor na garganta, única parte desprotegida pela armadura. Morrendo diante de seus entes queridos, que assistiam de dentro das muralhas, Heitor volta a implorar a Aquiles que permita que seu corpo seja devolvido a Tróia para ser devidamente velado. Aquiles, implacável, nega e diz que o corpo de Heitor será pasto de abutres enquanto o de Pátroclo será honrado.

Aquiles então amarra o corpo de Heitor pelos pés í  sua biga e o arrasta diante da famí­lia e depois o traz até o acampamento grego. É feito os jogos funerais de Pátroclo. Durante a noite, o idoso Prí­amo vem escondido ao acampamento grego pedir a Aquiles pelo corpo do filho. O seu apelo é tão comovente que Aquiles cede, chorando, com a ira arrefecida. Prí­amo leva o cadáver de seu filho para Tróia, onde são prestadas as honras fúnebres ao prí­ncipe e maior herói de Tróia.

———————

Rumo aos pólos magnéticos(de ambas polaridades) da Terra,
com votos de fortuna aos de boa ou mesmo má vontade,

abraço

glerm

PS: Os personagens desta epí­stola são fictí­cios, qualquer semelhança com a vida real, é mera coincidência.

saojoao

São joão,São João, acende a foguera no meu corassão…

Eu não estou ouvindo música: signos evidentes por si mesmos, por incrível que cresça e apareça – multiplicai-vos

[MEDIA=3]

“Dai-me agora um som alto e sublimado, um estilo grandiloqüo e corrente… Dai-me uma fúria grande e sonorosa, e não de _______ avena ou ____________ ruda, mas de ________ canora e belicosa que o peito ascende e a ____ ao gesto muda. Dai-me igual canto aos feitos da famosa Gente vossa, que a Marte tanto ajuda; Que se espalhe e se cante no universo, Se tão sublime preço cabe em verso.”

|

[MEDIA=4]

A confusão das línguas não deixa margem para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as esperanças de todos nós






 
 

a justa razão aqui delira
leminski – fragmento do catatau
pg 34 ed. sulina

leitura eletrônica em inglês – catataulido.ogg

1.jpg

“Preserva-se do real numa turris ebúrnea; o real
vem aí, o real está para

> chegar, eis o advento! Vrijburg defende-se,

se defendam vrijburgueses

> o cerco aperta, alerta, alarde, alarme, atalaia!
Todo o tiro é susto

, Todo > fumo – espanto, todo
cuidado – 



pouco caso

.
Vem nos negros dos quilombos,
> nas
> naus dos carcamanos,
na cara destes bichos:
basiliscos brasilicos queimam a
> cana, entre as chamas passando pendôes.

Cairás, torre de
Vrijburg

, de
> grande
> ruína.
Passeio entre cobras e es-
corpiões meu calcanhar de Aquino,
caminhar > de

Aq

uiles.

E essa torre da Babel do orgulho de Marcgravf e Spix,

pedra
> sobre pedra não ficará,
o mato virá sobre a pedra
e a pedra a espera da
> treva fica podre e vira hera a
pedra que era…

A confusão das línguas não
> deixa
margem
para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as
esperanças dos
> planos de todos nós:
as tábuas de eclipses de
Marcgravf não entram em
> acordo > com as de
Grauswinkel;
Japikse pensa que é macaco o aí que
Rovlox diz fruto
> dos coitos danados de
toupinamboults e tamanduás
;
Grauswinkel, perito nas
> manhas dos corpos celestes, nas manchas do sol e
outras raridades urânicas
>

é um lunático

;
Spix, cabeça de selva, onde uma

aiurupara
e

stá
pousada em cada
> embuayembo, uma aiurucuruca, um aiurucurau, uma
aiurucatinga, um tuim, uma
> tuipara, uma tuitirica, uma arara, uma
araracá, uma araracã, um araracanga,
> uma araraúna, em cada galho do
catálogo de caapomonga, caetimay, taioia,
> ibabiraba, ibiraobi! Viveiro? Isso está
tudo morto!

Por eles, as árvores
> nasciam com o nome em latim na casca, os animais
com o nome na testa dentro
> da moda que a besta do apocalipse lançou
com uma dízima periódica por
> diadema,
cada homem já nascia escrito em peito

o epitáfio,

os
frutos
brotariam
com o receituário
de suas propriedades,
virtudes e contraindicações.
> Esse é emético, esse
é diurético, esse é
antisséptico,
> laxante, dispéptico, adstringente

, isso é letal.”


Lançamento da Revista GLOBAL número 9 em Curitiba, no e/ou

global.jpg

Sumário

Trânsitos
Defender e construir a efetividade do Governo Lula, Giuseppe Cocco
Chega de chororô, Caia Fittipaldi
Sobre cansaços e golpismos, Adriano Pilatti

Conexões Globais
Notas sobre o protesto contra o G8 na Alemanha, Till Baumann
O êxodo constituinte da multidão, Leonora Corsini
É preciso que o ar circule, Walter Melo
“Que haces acá?” Giulia Janelli
Perguntar caminhando (parte2), Tomás Herreros Sala
Desde Bolí­via – entrevista a Antonio Negri, Giuseppe Cocco, Judith Revel e Michael Hardt

Caderno Brasil do Le Monde Diplomatique
O impasse boliviano, Antonio Martins

Universidade Nômade
Enade e Ações Afirmativas são eficazes, Alexandre do Nascimento
O obsceno de nossa universidade, Bruno Cava
A ética da democracia contra a moral da punição, najup/UERJ

Dossiê: Constituição do Comum
Cultura digital: para além da fragmentação, Fábio Malini
A cultura é a economia, Paulo Henrique de Almeida
O Prefeito e o Presidente na Terra do Sol, Barbara Szaniecki

Maquinações
Multitudes Icônes versus Documenta Magazine, E.Alliez e G.Zapperi
Mato Grosso tem A Fábrika, Eduardo Ferreira
Uma conversa com Rosa Mitô, Fabiane Borges e Verenilde Santos
Museu da Maré: memória da resistência, Gláucia Dunley
“Vidas Matáveis”, André Barros, Marta Peres e Pedro Bento

mapa do e/ou

mapa-eou.jpg

A revista GLOBAL/Brasil número 9 tem o apoio do
Programa Cultura e Pensamento
Patrocí­nio:
Petrobrás e Ministério da Cultura
Realização:
Fapex
Co-Realização:
TVE Bahia, SESC-SP, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, Ministério da Educação

a solidão não mata… dá a idéia

Claudete Pereira Jorge
texto: Alexandre França

A minha solidão hoje sorriu diferente, ela doeu meu choro contindo. A minha solidão foi surpreendente, me mostrou o que eu sou quando estou comigo. Hoje chorei como quem caminha para casa. Sou aquele cara interessante, a viver com a solidão ao lado, a cumprimentar os outros sentimentos de longe. A me achar bonito nos outros. A solidão me machucou, pois revelou a sua doença de permanecer para sempre nos meus olhos. Ela me falou baixinho no ouvido as minhas dúvidas. A solidão foi cruel esta noite, ela me contou o que eu sou nos mí­nimos detalhes. Eu não quero isto para ninguém. Não façam como eu, não levem em consideração o que a solidão fala. Pois dei ouvidos a ela e acreditei que eu não servia para nada. A solidão não mata, dá a idéia. A solidão se diz minha amiga, mas me faz dormir num lugar sujo com um ser humano solitário. A solidão mora em quem ela quer. As pessoas não tem a escolha de rejeitá-la. Ela come o nosso melhor pedaço, espera os outros comerem a carniça da alma. A solidão não tem calma, lambe o prato até o suco da vontade. A solidão que eu tenho eu não recomendo para ninguém, até por que foi eu quem a criou. A solidão não demora em narrar-nos o momento. A solidão nos causa sofrimento sem querer.

A solidão adulta permanece acordada, mesmo quando dormir é inevitável

.

Carvão – canção de Alexandre França e Edson Falcão
http://alexandrefranca.blogspot.com/

se você não clicar ali, algo também vai acontecer


monkey2.jpg

a tentativa vã de transgredir a casca da máquina que abriga o sujeito

tentar chegar ao uno – primal semente e arvore que contém todos os galhos da linguagem

alcança somente a borda do corpo humano, onde os signos fornicam como óvulos e espermatozóides.

la entre um breve esquadro, uma breve unidade pré-pitagórica que beira equilibrada e estreitamente o infinito e o zero, reina o caótico e assimétrico assobiar simultâneo de todos os signos.

Num movimento dantesco o sujeito se vê diante da mais severa das provas, a negação do eu pelo não-eu, a inversão de causa e efeito, onde tudo sabe tudo em todas as direções e são tantas as vozes que me paraliso o sucumbo diante de tua imensidão.

caótico mundo das simultâneas sinfonias: pensamento que você acaba de parir.

isso, agora.

se você não clicar aqui, algo também vai acontecer

cozinha aberta / Sesc

a cozinha aberta estudiolivre.org é um espaço aberto para produção e publicação de mí­dias livres, utilizando ferramentas livres.

atraves das praticas cotidianas de uma simples cozinha, pessoas poderão criar sua propria arte/expressão atraves de ações lúdicas, podendo realizar desde o preparo de uma simples omelete com picadinho de fotografias, ate uma ópera composta com o som de eletrodometicos, sempre tendo como como base conceitos de obras abertas, produções coletivas e trabalhos colaborativos

gracas ao uso de ferramentas livres e de licenças abertas para a publicacao de seu material na internet, o participante que criar sua obra-comida-processo dentro da cozinha e quiser publica-la, terá seu trabalho exposto na galeria de trabalhos na pagina da cozinha aberta:

texto extraí­do da pagina:
http://www.estudiolivre.org/cozinhaberta

Fotos e informações em:
http://cozinhaberta.wordpress.com/
http://www.flickr.com/photos/cozinhaberta/

Batrachomyomachia (o Physignathos, la Rana hija de Peleo)

batrachomyomachia
Zoomorfismo urbano nos subúrbios de Buenos Aires (Oct-2007).
Photo: Mathieu Struck

Great Physignathos I, from Peleus’ race,
Begot in fair Hydromede’s embrace.
Where, by the nuptial bank that paints his side,
The swift Eridanus delights to glide.
Parnell: Battle of the Frogs, bk. i.
Source: Dictionary of Phrase and Fable, E. Cobham Brewer, 1894


La Batramiomaquia

de Homero (ou de algum outro sujeito)

Al comenzar esta primera página, ruego al coro del Helicón que venga a mi alma para entonar el canto que recientemente consigné en las tablas, sobre mis rodillas ââ?¬â?una lucha inmensa, obra marcial llena de bélico tumultoââ?¬â? deseando que llegue a oí­dos de todos los mortales cómo se distinguieron los ratones al atacar a las ranas, imitando las proezas de los gigantes, hijos de la tierra. Tal como entre los hombres se cuenta, su principio fue del siguiente modo:

Un ratón sediento, que se habí­a librado del peligro de una comadreja, sumergí­a su ávida barba cerca de allí­, en un lago, y se refocilaba con el agua dulce como la miel cuando le vio una vocinglera rana, que en el lago tení­a sus delicias y le habló de esta suerte:

ââ?¬â?Forastero, í¿quién eres? í¿De dónde viniste a estas riberas? í¿Quién te engendró? Dí­melo todo sinceramente: no sea que yo advierta que mientes. Si te considerare digno de ser mi amigo, te llevaré a mi casa y te haré muchos y buenos presentes de hospitalidad. Yo soy Hinchacarrillos y en el lago me honran como perpetuo caudillo de las ranas: crióme mi padre Lodoso y me dio a luz Reinadelasaguas, que se habí­a juntado amorosamente con él a orillas del Erí­dano. Pero noto que también eres hermoso y fuerte, más aún que los otros; y debes de ser rey portador de cetro y valeroso combatiente en las batallas. Mas sea, declárame pronto tu linaje.

ââ?¬â?í¿Por qué me preguntas por mi linaje? Conocido es de todos los hombres y dioses y hasta de las aves que vuelan por el cielo. Yo me llamo Hurtamigas, soy hijo del magnánimo Roepán y tengo por madre a Lamemuelas, hija del rey Roejamones. Pero, í¿cómo podrás conseguir que sea tu amigo, si mi naturaleza es completamente distinta de la tuya? Para ti la vida está en el agua, mas yo acostumbro roer cuanto poseen los hombres: no se me oculta el pan floreado que se guarda en el redondo cesto; ni la gran torta rociada de sésamo; ni la tajada de jamón; ni el hí­gado, dentro de su blanca túnica; ni el queso fresco, de dulce leche fabricado; ni los ricos melindres, que hasta los inmortales apetecen; ni cosa alguna de las que preparan los cocineros para los festines de los mortales, echando a las ollas condimentos de toda especie.

Jamás huí­ de la griterí­a horrenda de las batallas, sino que siempre me encamino hacia el tumulto y pronto me mezclo con los combatientes más avanzados. No me espanta el hombre con su gran cuerpo, pues encaramándome a la cama en que reposa le muerdo la punta del dedo y hasta le cojo por el talón sin que le venga ningún dolor ni le desampare el dulce sueí±o mientras yo le muerdo. Dos son los enemigos de quienes en gran manera lo temo todo en toda la tierra: el gavilán y la comadreja, que me causan terribles pesares; y también el luctuoso cepo, donde se oculta traidora muerte. Pero temo mucho más a la comadreja, que es fortí­sima y, cuando me escondo en un agujero, al mismo agujero va a buscarme. No como rábanos, ni coles, ni calabazas ni me nutro de verdes acelgas ni de apio; que estos son vuestros manjares, alimentos propios de los que habitáis en la laguna.

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A estas razones Hinchacarrillos contestó sonriendo: ââ?¬â?áOh forastero! Mucho te envaneces por lo del vientre; también las ranas tenemos muy muchas cosas admirables de ver, así­ en el lago como en la tierra firme. Pues el Cronión nos dio un doble modo de vivir y podemos saltar en la tierra y zambullir nuestro cuerpo en el agua, habitando moradas que de ambos elementos participan. Si quieres comprobarlo, muy fácil te ha de ser: monta sobre mi espalda, agárrate a mí­ para que no resbales y llegarás contento a mi palacio. Así­ dijo; y le presentó la espalda. El otro, subiendo al punto con fácil salto, asióse con las manos al tierno cuello. Y al principio regocijábase contemplando los vecinos puertos y deleitándose con el nado de Hinchacarrillos; mas, así­ que se sintió baí±ado por las purpúreas olas, brotáronle copiosas lágrimas y, tardí­amente arrepentido, se lamentaba y se arrancaba los pelos, apretaba con sus pies el vientre de la rana, le palpitaba el corazón por lo insólito de la aventura y anhelaba volver a tierra firme; y en tanto el glacial terror le hací­a gemir horriblemente. Extendió entonces la cola sobre el agua, moviéndola como un remo, y, mientras pedí­a a las deidades que le dejaran arribar a tierra firme, iban baí±ándolo las purpúreas ondas. Gritó, por fin, y estas fueron las palabras que profirió su boca:

ââ?¬â?No fue así­ ciertamente como llevó sobre los hombros la amorosa carga el toro que, al través de las olas, condujo a Creta la ninfa Europa; como, nadando me transporta a mí­ sobre los suyos esta rana que apenas levanta el amarillo cuerpo entre la blanca espuma.

De súbito apareció una hidra, con el cuello erguido sobre el agua áAmargo espectáculo para entrambos! Al verla, sumergióse Hinchacarrillos, sin parar mientes en la calidad del compaí±ero que, abandonado, iba a perecer. Fuese, pues, la rana a lo hondo del lago y así­ evitó la negra muerte. El ratón, al soltarlo la rana, cayó en seguida de espaldas sobre el agua; y apretaba las manos; y, en su agoní­a, daba agudos chillidos. Muchas veces se hundió en el agua, otras muchas se puso a flote coceando; pero no logró escapar a su destino. El pelo, mojado, aumentaba aún más su pesantez. Y pereciendo en el agua, pronunció estas palabras:

ââ?¬â?No pasará inadvertido tu doloso proceder, oh Hinchacarrillos, que a este náufrago despeí±aste de tu cuerpo como de una roca. En tierra, oh muy perverso, no me vencieras ni en el pancracio, ni en la lucha, ni en la carrera; pero te valiste del engaí±o para tirarme al agua. Tiene la divinidad un ojo vengador, y pagarás la pena al ejército de los ratones sin que consigas escaparte.

Diciendo así­, expiró en el agua. Mas acercó a verlo Lameplatos, que se hallaba en el blando césped de la ribera; y, profiriendo horribles chillidos corrió a participarlo a los ratones. Así­ que éstos se enteraron de la desgracia, todos se sintieron poseí­dos de terrible cólera. En seguida ordenaron a los heraldos que al romper el alba convocaran a junta en la morada de Roepán, padre del desdichado Hurtamigas, cuyo cadáver aparecí­a tendido de espaldas en el estanque, pues el mí­sero ya no se hallaba próximo a la ribera, sino que iba flotando en medio del ponto. Y cuando, al descubrirse la aurora, todos acudieron diligentes, Roepán, irritado por la suerte de su hijo, se levantó el primero y les dijo estas palabras:

ââ?¬â?áOh amigos! Aunque a mí­ solo me han hecho padecer las ranas tantos males, la actual desventura a todos nos alcanza. Soy muy desgraciado, puesto que perdí­ tres hijos. Al mayor lo mató la odiosí­sima comadreja, echándole la zarpa por un agujero. Al segundo lleváronlo a la muerte los crueles hombres, con noví­simas artes, inventando un lí­gneo armadijo que llaman ratonera y es la perdición de los ratones. Y el que era mi tercer hijo, tan caro a mi y a su veneranda madre, lo ha ahogado Hinchacarrillos, conduciéndolo al fondo de la laguna. Mas, ea, armaos y salgamos todos contra las ranas, bien guarnecido el cuerpo con las labradas armaduras.

Diciendo semejantes razones, a todos les persuadió a que se armaran; y a todos los armó Ares, que se cuida de la guerra. Primeramente ajustaron a sus muslos, como grebas, vainillas de verdes habas bien preparadas, que entonces abrieron y que durante la noche habí­an roí­do de la planta. Pusiéronse corazas de pieles con caí±as, que ellos mismos habí­an dispuesto con gran habilidad, después de desollar una comadreja. Su escudo consistí­a en una tapa de las que llevan en el centro los candiles; sus lanzas eran larguí­simas agujas, broncí­nea labor de Ares; y formaba su morrión una cáscara de guisante sobre las sienes.

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Así­ se armaron los ratones. Las ranas, al notarlo, salieron del agua y, reuniéndose en cierto lugar, celebraron consejo para tratar de la perniciosa guerra. Y mientras inquirí­an cuál fuera la causa de aquel levantamiento y de aquel tumulto, acercóseles un heraldo con una varita en la mano ââ?¬â?Penetraollas, hijo del magnánimo Roequesoââ?¬â? y les anunció la funesta declaración de guerra, hablándoles de esta suerte: ââ?¬â?áOh ranas! Los ratones os amenazan con la guerra y me enví­an a deciros que os arméis para la lucha y el combate, pues vieron en el agua a Hurtamigas, a quien mató vuestro rey Hinchacarrillos. Pelead, pues, los que más valientes seáis entre las ranas.

Diciendo así­, les declaró el mensaje. Su discurso penetró en todos los oí­dos y turbó la mente de las soberbias ranas. Y como ellas increparan a Hinchacarrillos, éste se levantó y les dijo:

ââ?¬â?áAmigos! Ni he dado muerte al ratón, ni le he visto perecer. Debió de ahogarse mientras jugaba a orillas del lago, imitando el nadar de las ranas; y los perversos me acusan a mí­ que soy inocente. Mas, ea, busquemos de qué manera nos será posible destruir los pérfidos ratones. Voy a deciros la que me parece más conveniente. Cubramos el cuerpo con las armas y coloquémonos todos en los bordes más altos de la ribera, en el lugar más abrupto; y cuando aquéllos vengan a atacarnos, asgamos por el casco a los que a nosotros se aproximen y echémoslos prestamente al lago con sus mismas armaduras. Y después que se ahoguen en el agua, pues no saben nadar, erigiremos alegres un trofeo que el ratonicidio conmemore.

Diciendo así­, a todos les persuadió a que se armaran. Cubrieron sus piernas con hojas de malva; pusiéronse corazas de verdes y hermosas acelgas, transformaron hábilmente en escudos unas hojas de col; tomaron a guisa de lanza sendos juncos, largos y punzantes; y cubrieron su cabeza con yelmos que eran conchas de tenues caracoles. Vestida la armadura, formáronse en lo alto de la ribera, blandiendo las lanzas, llenos de furor.

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Entonces Zeus llamó a las deidades al estrellado cielo y, mostrándoles toda la batalla y los fuertes combatientes, que eran muchos y grandes y manejaban luengas picas ââ?¬â?como si se pusiera en marcha un ejército de centauros o de gigantesââ?¬â? preguntó sonriente “í¿Cuáles dioses auxiliarán a las ranas y cuáles a los ratones?” Y dijo a Atenea:

ââ?¬â?áHija! í¿Irás por ventura a dar auxilio a los ratones, puesto que todos saltan en tu templo, donde se deleitan con el vapor de la grasa quemada y con manjares de toda especie?

ââ?¬â?áOh padre! Jamás iré a prestar mi auxilio a los afligidos ratones, porque me han causado multitud de males, estropeando las diademas y las lámparas para beberse el aceite. Y aun me atormenta más el ánimo otra de sus fechorí­as: me han roí­do y agujereado un peplo de sutil trama y fino estambre que tejí­ yo misma; y ahora el sastre me apremia por la usura ââ?¬â?ásituación horrible para un inmortal!ââ?¬â? pues tomé al fiado lo que necesitaba para tejer y ahora no sé como devolverlo. Mas ni aun así­ querré auxiliar a las ranas, que tampoco tienen ellas sano juicio: pues recientemente, al volver de un combate en que me cansé mucho, me hallaba falta de sueí±o y no me dejaron pegar los ojos con su alboroto; y estuve acostada, sin dormir y doliéndome la cabeza, hasta que cantó el gallo. Ea, pues, oh dioses, abstengámonos de darles nuestra ayuda: no fuese que alguno de vosotros resultase herido por el punzante dardo, pues combatirán cuerpo a cuerpo, aunque una deidad se les oponga; y gocémonos todos en contemplar desde el cielo la contienda.

Así­ dijo. Obedeciéronla los restantes dioses y todos juntos se encaminaron a cierto paraje. Entonces los cí­nifes preludiaron con grandes trompetas el fragor horroroso del combate; y Zeus Cronida tronó desde el cielo, dando la seí±al de la funesta lucha.

Primeramente Chillafuerte hirió con su pica a Lamehombres, que se hallaba entre los más avanzados luchadores, clavándosela en el vientre, en medio del hí­gado: el ratón cayó boca abajo, se le mancharon las tiernas crines, y, al venir a tierra con gran ruido, las armas resonaron sobre su cuerpo. Después Habitagujeros, como alcanzara a Cienolento, le hundió en el pecho la robusta lanza: hizo presa en el caí­do la negra muerte y el alma le voló del cuerpo. Acelguí­voro mató a Penetraollas, tirándole un dardo al corazón, y en la propria orilla mató también a Roequeso.

Comepan hirió en el vientre a Muchavoz, que cayó boca abajo y el alma le voló de los miembros. Gozalago al ver que Muchavoz se morí­a, adelantóse e hirió a Habitagujeros en el delicado cuello con una piedra como de molino y a éste la oscuridad le veló los ojos.

Grandemente apesarado Albahaquero hirió al ratón con el aguzado junco, sin que luego se le acercara para recobrar la lanza. Así­ que lo vio Lamehombres, dirigióle un brillante dardo y no le erró, pues se lo clavó en el hí­gado. Y como viera que Comecosto huí­a, cayóse al pie de la elevada orilla. Pero ni aun así­ cesó de luchar, sino que le hirió; y éste vino al suelo para no levantarse más; tií±óse el lago con la purpúrea sangre y el ratón quedó en la ribera envuelto en las delgadas cuerdas de sus intestinos.

Juncalero, al ver a Taladrajamones, entró en gran temor, tiró el escudo y huyó, echándose de un salto en el agua. El irreprensible Reposaenelcieno mató a Pastinascí­voro y Gozaenelagua dio muerte al rey Roejamones, hiriéndole con un canto en la parte superior de la cabeza: el cerebro le fluí­a al ratón por la nariz y la tierra se manchaba de sangre.

Lameplatos mató al irreprensible Reposaenelcieno, acometiéndole con la lanza; y a éste la obscuridad le veló los ojos. Puerrí­voro, al verlo, cogió por el pie a Oliscasado y, apretándole con la mano el tendón, lo ahogó en el lago.

Ladrondemigajas quiso vengar a su difunto compaí±ero e hirió a Puerrí­voro en el vientre, en medio del hí­gado: cayó a sus pies la rana y el espí­ritu de la misma fuese al Hades. Andaentrecoles, cuando lo vio, tiróle desde lejos un puí±ado de cieno, que le manchó el rostro y por poco no le ciega.

batrachomyo

Encolerizóse el ratón y cogiendo con su robusta mano una enorme piedra que habí­a en la llanura, verdadera carga de la tierra, con ella hirió a Andaentrecoles debajo de las rodillas: quebróse toda la pierna derecha de la rana, y cayó ésta de espaldas en el polvo. Vocinglero acudió en su auxilio y, acometiendo a Ladrondemigajas, le hirió en medio del vientre: envasóle todo el aguzado junco y, al arrancarle la pica con su robusto brazo, todos los intestinos se desparramaron por el suelo.

Y así­ que lo vio en lo alto de la ribera Habitagujeros ââ?¬â?el cual, hallándose sumamente abatido, se retiraba del combate cojeandoââ?¬â? saltó a un foso para escapar de la horrible muerte. Roepán hirió en la extremidad del pie a Hinchacarrillos; y éste, afligido, diose en seguida a la fuga y saltó el lago.

Alguí­voro, cuando le vio caí­do y casi exánime, abrióse paso por entre los combatientes delanteros y acometió a Roepán con el aguzado junco, mas no logró romperle el escudo y en éste se quedó clavada la punta de la pica. Pero le hirió en el eximio casco de cuádruple penacho, haciéndose émulo del propio Ares, el divinal Catorégano, único combatiente que sobresalí­a entre la muchedumbre de las ranas. Mas arremetieron contra él y, al verlo, no se atrevió a esperar a los esforzados héroes y fue a sumergirse en lo profundo del lago.

Figuraba entre los ratones el mancebo Robaparte, seí±alado entre todos e hijo del irreprensible Roedor que acecha el pan. Roedor fue a su casa y mandó a su hijo que interviniera en el combate, y éste aseguró, braveando, que habí­a de exterminar el linaje de las ranas. Púsose cerca de ellas con ganas de combatir reciamente; rompió por la mitad una cáscara de nuez y armóse metiendo las manos en ambos fragmentos. Temerosas las ranas fuéronse todas al lago. Y aquél hubiera llevado a cabo su propósito, pues su fuerza era grande, si no lo hubiese advertido en seguida el padre de los hombres y de los dioses. El Cronión se compadeció entonces de las ranas, que perecí­an, y, moviendo la cabeza, dijo de esta suerte:

ââ?¬â?áOh dioses! Grande es la hazaí±a que van a contemplar mis ojos. Muy perplejo me dejó Robaparte al gloriarse fieramente de que ha de destruir las ranas en el lago. Mas enviemos cuanto antes a Palas, que produce el tumulto de la guerra, o a Ares, para que lo aparten de la batalla no obstante su valentí­a.

Así­ se expresó el Cronida, y Ares contestóle diciendo: ââ?¬â?Ni el poder de Atenea ni el de Ares bastarán, oh Cronida, para librar a las ranas de la perdición horrenda. Mas, ea, vayamos en su auxilio todos juntos o mueve tu arma con la cual mataste a los titanes, que eran con mucho los mejores de todos; y de esta manera quedará domeí±ado el más valiente, como en otro tiempo hiciste perecer al robusto varón Capaneo, al gran Enceladonte y a las feroces familias de los Gigantes. Así­ dijo; y el Cronida arrojó el brillante rayo. Primeramente despidió un trueno, que hizo estremecer el vasto Olimpo, y en seguida lanzó el rayo ââ?¬â?temible arma de Zeusââ?¬â? que voló, serpeando, de la soberana mano. Su caí­da a todos les causó pavor, así­ a las ranas como a los ratones; mas no por eso abandonó el combate el ejército de estos últimos, que hubiera esperado aún más que antes destruir el linaje de las belicosas ranas, si Zeus, compadeciéndose de ellas desde el Olimpo, no les hubiera enviado prestamente auxiliares.

De pronto se presentaron unos animales de espaldas como yunques, de garras corvas, de marcha oblicua, de pies torcidos, de bocas como tijeras, de piel crustácea, de consistencia ósea, de lomos anchos y relucientes, patizambos, de prolongados labios, que miraban por el pecho y tení­an ocho pies y dos cabezas, indomables: eran cangrejos, los cuales se pusieron a cortar con sus bocas las colas, pies y manos de los ratones, cuyas lanzas se doblaban al acometer a los nuevos enemigos.

Temiéronles los tí­midos ratones y, cesando en su resistencia, se dieron a la fuga. Y al ponerse el sol, terminó aquella batalla que habí­a durado un solo dí­a.

vandepasse2

[Greek and German translations of the Batrachomyomachia]

http://www.nbp.pro.br – uma experiência kÃ?¼nstlerischen

danospaguem
.
.
.
.
.
Ok,registros circunscritos. simulacros arrotam.

continuo tateando.
(restam bússolas? ???? )

Não sei mais quem são vocês, quem somos nós e nem quantos.
Gosto dessa ilusão de presença de uma rede de tateantes.
Pólos que atraem a bússola. Gira, eppur si muove.
Gostamos de pensar nosso “trabalho” sobre uma dimensão não-utilitarista, além da sobrevivência e consumo, além da sua coopção institucional.
Seremos capazes de ir além dessa relação de significação laboriosa?
Puxe o tapete das bases, resta um chão de onde a gravidade quer esmagar a personalidade.
Temos Personalidades a operacionar – além do objeto vão encarnar?
4 operações básicas – somar, multiplicar, subtrair, dividir?
(e/ou)
Além do limite tendendo a zero e ao infinito, uma nova integral ou derivação?

Recondicionar ESTE plano cartesiano.

além dos 3(você-eu-objeto) ou além dos 7(com cópia) existem novas bases?
Uma dimensão de relações sociológicas, geográficas e psicológicas de interdependências para QUANTAS sobrevivênciaS (até quando). Uma base somática para um artifí­cio de fundações simbólicas de um “novo” imaginário.

Você gostaria de participar de uma experiência?

talvez não tenha + – * / escolha.

o objeto será serrado, fragmentado, fundido, repersonificado entrará na dimensão do juí­zo de valor em si próprio e ainda assim não responderá a questão cartesiana.

restam planos?

RB, em P.

http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/?cat=30

login: rb.restambases@gmail.com

senha: 814fh2_rb

foi (é) no sentido de que algo desta conversa seja enviado ao site do projeto, para um acesso ampliado í queles que têm acompanhado (aqui, lá fora, etc) aquela conversa em torno do tal “objeto + projeto”.

nestes emails em circulação circular os tópicos ficam em torno das “comunidades dos senhores NBP” – sugiro ampliação e envio de algo a

Username: rb
Password: f099957
http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/wp-login.php

( x ) pode ser

( x) já é

( x) u

abraços,

RB.

documetastase.jpg

cronos – comida para bebês?

massa
::Metologias __MELZINHO NA CHUPETA__ para construir mimoSas capazes de::
::{img src=http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/wp-content/uploads/2007/06/anomalua_cooc.gif link=http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/wp-content/uploads/2007/06/mimosassan.jpg }::

::* ”jardinar Jardins de Volts”::
::* ”cozinhar puros dados”::
::* ”conSertar an_tenas”::
::* ”conSertar conçertos”::
::* ”mimoSar”::
::* ”publicar nos blogs envolvidos”::

sevira

“você gostaria de participar de uma experiência artística” – “Do you like to participe of an artistic experience?” – live in HRVTSKA

nbp_de_bigode.jpeg
nbp de bigode *NOVAS BASES PARA PERSONALIDADE

cachaça connecting people

esquema do orgao de mar...

set -> pela_paz_de_todos_os povos_na_vida_e_a_morte
set-> for peace of all people in life and death


um muro separa este cemitérios de religiões “diferentes”. todos iguais perante a morte?
a wall that separates this cemetery of “different” religions. Everyone is equal in death?

{

Vai ficar aqui a caneta em cima deste muro
em ato simbólico a todos aqueles que escreveram,
disseram e tentaram fazer algo melhor da sua vida
do que simplesmente usar os DENTES com os quais nasceram…
fica aqui neste cemitério então ( e os mortos sabem disso melhor do que ninguém )
de que nada adiantam muros…
e que não é possí­vel dividir…

This Pen Will Stay here Up in this wall
in a simbolic act to all whom that have written,
said and tried to make something better in their lives
than simply use the TEETH wich they born…
Will stay in this cemetery then (and the death know that better than no one)
that there’s no use for walls,
and it’s impossible to divide…

-> PELA PAZ NO MUNDO

assinado:
Octavio Camargo, Simone Azevedo e Guilherme Soares
(em performance web-site specific )

}

Canetas Derrubam Muros -> mp3

Canetas Derrubam Muros -> ogg



Borges Jazzzzzzz :


NBP-Novas Bases Para personalidade

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CLIQUE PARA VER O DIAGRAMA

nbp_zero.jpeg
“Não tem foto”


Novas
Bases para a Personalidade

por Cezar Migliorin

(texto “emprestado” do site revista_cinética )



“Você gostaria de participar de uma experiência
artí­stica?”

Assim começa o trabalho que Ricardo Basbaum
leva í  Documenta 12, em Kassel, a mais importante exposição de arte contemporânea
da Alemanha e uma das mais importantes do mundo. Se a pessoa aceitar a proposta
do artista, ela deve ficar um mês com um objeto inventado por Basbaum, utilizá-lo
como quiser, ser responsável por seus atos e documentar essa utilização. O projeto
acontece desde 1994, parte de um projeto maior – NBP
(Novas Bases para a Personalidade) – e encontra diversos desdobramentos.
Em Kassel, por exemplo, ele é apresentado como uma instalação que disponibiliza
para o público o work in progress – trabalho não finalizado, em processo.

Em
Kassel, Basbaum construiu uma arquitetura escultural (definição do artista) em
que há partes de toda a teia que compõe o dispositivo relacional inventado por
ele. São oito monitores onde vemos ví­deos e fotografias (1045) feitas por pessoas
e grupos que participaram da experiência, dois monitores ligados ao site Você
quer participar de uma experiência artí­stica
,
no qual temos acesso í s
declarações dos participantes e do artista e um grande banco de dados sobre o
projeto e, ainda, dois monitores divididos em quatro imagens advindas de câmeras
de segurança colocadas na própria instalação: o público pode também se ver entre
as imagens.

Operando dentro de um regime contemporâneo da
imagem em que cada espectador é uma célula única de produção, tendendo para um
esfacelamento das distinções entre produtor e receptor, doméstico e industrial,
público e privado, as diversas fotos e ví­deos que vemos são imagens ordinárias
que perdem a banalidade porque são impregnadas por um desejo de encontro entre
artista, objeto, participante e espectador. O projeto de Basbaum poderia facilmente
tornar-se uma busca das relações extraordinárias e espetaculares com o objeto,
porém não é isso que acontece. Ao se distanciar do exótico e único, é a própria
vida ordinária, que leva o objeto para a praia ou o transforma em isopor para
gelar a cerveja, que ganha uma dimensão poética. Com o objeto, a banalidade é
atravessada por uma escritura, por uma montagem entre os elementos que se relacionam
no dispositivo – participante, praia, mar, areia, sol, água, flor, globo, bola,
máscara, ví­deo, artista.

Dispositivo aqui entendido como

a construção de um espaço em que existe um enfrentamento, um encontro entre heterogêneos.
Não somente um acordo entre as diferentes partes que o compõem, mas uma presença
de um desacordo, de rejeições e desarmonias, trazendo para o projeto um caráter
propriamente polí­tico. NBP é um dispositivo que operam com múltiplos indiví­duos,
máquinas e instituições e é esta relação que possibilita a produção de imagens
– que são, elas próprias, parte do dispositivo, como fica claro no modo como a
instalação é apresentada.


uma saborosa heterogeneidade de imagens que se unificam no objeto, não para formar
um todo consistente, criar uma narrativa ou um sistema. O objeto que Basbaum empresta
í s pessoas se constitui como uma força que impossibilita que as imagens adentrem
uma lógica aleatória ou esquizofrênica onde nada se liga a nada – sem deixar,
entretanto, de fazer aparecer uma diversidade caótica. O objeto está a cada vez
em lugares diferentes, participando de ações diferentes e sendo parte da invenção
de gestos singulares. Esta reincidência do objeto faz com que ele acabe por desaparecer
das imagens. Apesar de estar ali, o que vemos é o entorno – pessoas, grupos, sons,
outros objetos – que se contorcem, batem, equilibram, falam e ouvem em relação,
harmônica ou tensa, com o objeto e com o dispositivo como um todo.

Basbaum
modula sua presença entre momentos onde parece perder o controle dos desdobramentos
de sua experiência e outros em que se faz mais presente, como na feliz invenção
do objeto. Ao entregá-lo para o participante ou ao fazer essa instalação que reúne
objeto, participante e público, o artista está construindo uma cena, um espaço
onde se apresenta o que pode ser dito e visto. Mas esta decisão estética não pertence
ao artista somente, é uma operação compartilhada em que o artista é parte do dispositivo,
parte da cena que está sempre se criando.

Em
um dos ví­deos apresentados na instalação na Documenta vemos um grupo destruindo
o objeto. Uma ação violenta que materializa este distanciamento do artista em
relação aos desdobramentos pré-concebidos para o projeto. A circulação do objeto
e das imagens compõem assim uma obra mutante e metaestável, que encontra esses
momentos de estabilidade, como na instalação da Documenta, mas sempre apontado
para fora dali. Em 2003, por exemplo, o Coletivo Vaca Amarela, de Florianópolis,
entra na experiência proposta por Basbaum com a fina ironia de quem percebe o
destino do objeto e o doa para o Museu de Arte de Santa Catarina com o nome de
“Doação do NBP”. Nesta época, por questões financeiras, havia um único NBP em
circulação, apesar de ele nunca ter sido pensado como um objeto de tiragem limitada,
segundo Basbaum. Um dispositivo não é um sistema, e isso fica claro com a ação
do coletivo. Ao dispositivo lhe falta a coerência interna, lhe falta as fronteiras
que o separariam de outros dispositivos e instituições; o museu, a Documenta,
etc.

Um dispositivo, este de Basbaum, nos permite sair da
dicotomia do um e do outro, tão cara í  teoria ligada ao documentário, por exemplo.
Uma dicotomia que trabalha com relações de simetria como se cada lado da relação
tivesse uma integridade, uma totalidade e as relações de troca, mistura e tensão
se dessem de um ao outro, entre duas entidades limitadas. Neste dispositivo, não
cabe uma relação entre dois que se dê de forma dialética ou como causa e efeito.
A partir de um certo momento, as separações entre artista, participantes e todo
o dispositivo são irrelevantes. O que não significa dizer que a tensão desaparece,
que há solução do dissenso.

A relação polí­tica e estética
que se dá entre indiví­duos e grupos nas NBP acontece na imanência do dispositivo
e não como adequação de um indiví­duo í  uma forma que lhe antecede. Se o indiví­duo
é algo que sempre aparece em um processo de individuação, distante sempre de uma
realidade substancial, o trabalho de Basbaum intensifica essa percepção inventado
um dispositivo que materializa e traz uma presença estética para o próprio processo
de individuação. Em outras palavras, as imagens que vemos no site ou em Kassel,
aparecem como fugidios modos de vermos os participantes experimentando seus corpos,
imaginações, inteligências. Um dos participantes – Jorge Menna Barreto –. por
exemplo, decide enterrar o objeto, tirando-o de circulação e manifestando o desejo
de não ter a experiência: uma das experiências mais singulares do mundo contemporâneo.

O
objeto passa a fazer parte da vida como um shifter de subjetividade, como
escreveu Félix Guatarri, um elemento que bifurca a cena em que a vida se dá, um
acontecimento que não obriga o gesto ou a fala, mas que não permite nem o mesmo
gesto, nem a mesma fala. O objeto é então um intensificador de processos de individuação.
As imagens que aparecem nos ví­deos e fotos documentam esses deslocamentos, do
objeto e do participante e a relação dinâmica que se dá entre eles. A entrada
do objeto na cena do participante acaba por ser delicadamente reveladora do indiví­duo
ou grupo que o utiliza, como em um documentário; sem perguntas, sem off e sem
um mundo que se entregue in-natura; tudo passa pelo dispositivo que é sempre um
agenciamento coletivo, desindividuado, transubjetivo, como escreveu Brian
Holmes sobre o trabalho de Basbaum
, nem social nem individual. O que se vê
é o indiví­duo deixando um lugar estável, identitário, para jogar com gestos e
modos possí­veis de lidar com essa Nova Base da Personalidade.

Entretanto,
há uma ironia nesse movimento que é parte do diálogo que Basbaum
estabelece
com artistas como Ligia Clark e Helio Oiticica. A ironia não é
propriamente com os artistas, mas com a história e com o tempo. Se a experiência
da arte passa para todos eles por uma interação sensorial e afetiva com o objeto,
no caso de Basbaum estamos distantes de uma reinvidicação utópica libertária.
Entretanto, ele escolhe um nome e um processo que não deixa de fazer uma aposta
na vida e na produção subjetiva como um operação estética e ética. Há nesse sentido
uma inadequação entre a arte, tão incerta, falha e ambí­gua e a idéia de criar
novas bases para a personalidade através de uma experiência sem garantias. Há
um humor mesmo nesta escolha do nome do objeto – Novas Bases para a Personalidade.
Podemos imaginar que a arte está sempre dando essas novas bases da personalidade,
inventando objetos em que o processo de subjetivação seja uma constante, interminável
– esta é a noção mesmo de resistência ao totalitarismo e ao fascismo exposta por
Guatarri. Mas, ao escolher o efeito como nome do objeto, Basbaum está, pelo menos
hoje, flertando uma certa crença excessiva na arte.

Se desconsiderarmos
o humor presente no projeto de Ricardo Basbaum, ele ganha uma dimensão utópica
e perde sua força tanto como obra que efetivamente mobiliza o público e o participante
de maneira estética e ética, assim como se perde o comentário generoso e irônico
em relação í s artes em geral. A força deste trabalho está, por um lado, no modo
como ele se coloca na fronteira entre um ideal utópico fundado no encontro e no
acontecimento que se desdobra na invenção subjetiva como modo de resistência aos
poderes produtores de identidades funcionalizáveis para o capitalismo, e, por
outro, no humor de quem se percebe caminhando em campo minado. Com auto-ironia
o artista se vê na fronteira do próprio poder ligado ao capitalismo contemporâneo
que, tendo incorporado a crí­tica artí­stica (Boltanski) por mais independência,
autenticidade e inovação nas relações de trabalho, criação e dehierarquização
fundadas na autonomia do trabalhador e do consumidor; se alimenta das invenção
subjetivas. Trata-se de uma passagem no mundo do trabalho do savoir-faire

(saber fazer) para o savoir-être (saber ser) (Boltanski, de novo).
No encontro com o seu oposto – personalidades divergentes, criações subjetivas,
modos singulares do ser – as forças do capitalismo encontram uma adaptabilidade
superior. A adaptação as torna mais forte.

A dimensão utópica
de uma arte móvel, de uma arte sem barreiras geográficas ou fronteiras, é revista
pela ironia que existe no projeto. É ainda a partir dessa ironia presente no tí­tulo
do projeto e na forma dos NBP que Basbaum marca um distanciamento crí­tico em relação
í  possibilidade emancipadora da criação de ligações sociais. O conexismo, a criação
de redes recebe um impulso e um piscar d’olhos. O projeto consegue se descolar
do puro elogio í  formação de uma teia, como se a sua criação tivesse sempre desdobramentos
ótimos e como se a crescente mobilidade não estivesse ligada í  fixidez e imobilidade
de outros (Boltanski).


ainda humor na forma do objeto inventado por Basbaum. Trata-se um “trambolho”.
Imagino que a cada vez que o artista mostra seu objeto ao participante a apresentação
deve ser acompanhada de um sorriso. Estamos distantes de objetos maleáveis como
os Bichos de Ligya Clark, da leveza e coloridos dos Parangolés
de Oiticica. Trata de um objeto industrial, grande, rí­gido, que não pode ser escondido
em um armário ou esquecido em um canto qualquer da casa e que se aproxima de um
objeto duchampiano por dificultar qualquer julgamento de gosto ou de simples contemplação
estética. A mobilidade do objeto e a experiência de seu conví­vio não são separadas
de um desconforto com sua presença.

O trabalho de Basbaum
leva ao limite a arte contextual tal como descreve Paul Ardenne para, ao
mesmo tempo, pela ironia, se distanciar dela. O elogio de Ardenne í  arte contextual
se baseia em uma arte que se coloca “sob o risco do real”, para usar
a expressão de Jean Louis Commoli. Seu contraponto é de uma arte estética fundada
em critérios acadêmicos. Para Ardenne, colocar-se em contexto é estabelecer conexões
que recusam o distanciamento do artista da realidade e, por isso, o elogio que
o pesquisador faz í  arte contextual e í  contingência em que ela opera. Esse corpo-a-corpo
com o real é seguido da necessidade de experimentar – a si a ao mundo -, conectar,
se colocar em relação com o outro, procurar co-implicações, confrontações com
o espaço coletivo, ação no lugar da contemplação, expansão fundada na experiência
– sempre mais, sempre outro – e, por fim, uma posição, menos estética que polí­tica.
A polí­tica, para Ardenne, passa então pela experiência. A experiência é o que
permite alargar o saber, os gestos, as atitudes, os conhecimentos, dinamizar as
criações e as conexões possibilitando a vivência de fenômenos inéditos e melhores
formas de habitar o mundo.

Se voltarmos ao trabalho de Basbaum,
o desdobramento das Novas Bases para a Personalidade se encaixam com perfeição
nesta aposta contextual de Ardenne. Não por acaso, e com razão, Ardenne comenta
os Bichos de Ligya Clark como momento “chave” da prática contextual
em que o artista “pode colocar óleo nas engrenagens da vida coletiva e, assim
fazendo, se tornar um multiplicador de democracia”. Entretanto, o projeto
de Basbaum explicita o dispositivo ao chamá-lo de Você quer participar de uma
experiência artí­stica
e ao nomear o objeto não pela forma, como Ligya Clark,
mas pelo resultado; Novas Bases para a Personalidade. Entre o nome do projeto
e o nome do objeto existe o espectador que transita entre a relação experimental
com o objeto, sua vida e seu meio e o ponto possí­vel de chegada: bases para uma
nova personalidade.

Um ponto de chegada, evidentemente irônico.
Colocar o participante entre a experiência e as novas bases parece ser
ao mesmo tempo a aposta na experiência e a percepção de como ela pode ser capturada,
funcionalizada. Não há devir utópico possí­vel baseado na experiência e é essa
dimensão ambivalente da arte em contexto que escapa a Ardenne e não a Basbaum.
Penso esse trabalho de Basbaum como parte dessa encruzilhada, desse lugar tenso
em que a arte atravessada pela vida resiste e não pára de tensionar e se esquivar
das freqüentes capturadas feitas pelos poderes contemporâneos.

INSTRUÇÃ?â?ES DE USO (PDF)

referencia em inglês “emprestada” do blog deste trabalho.

Would you like to participate in an artistic experience? is a project about involving the other as participant in a set of protocols indicative of the effects, conditions and possibilities of contemporary art.

Would you like to participate in an artistic experience? starts with the offering of a painted steel object (125 x 80 x 18 cm) to be taken home by the participant (individual, group or collective), who will have a certain period of time (around one month) to realize an artistic experience with it. Although the physical object is the actual element which triggers the processes and starts up the experiences, it in fact brings to the foreground certain sets of invisible lines and diagrams concerning all kinds of relations and sensorial data, making visible networking and mediation structures.

It is up to the participants to take the decisions of what kind of experience will be enacted, where the object will be taken and how will it be useful, during the time they are in the possession of it. The participants of Would you like to participate in an artistic experience? – individuals or groups – perform experiences from their own proposition and choice that can reflect on life and art issues, regarding the relationship between the subject and the other, conducting to some transformation process. The participants send feedback in the form of texts, images, videos or objects, and the documents will be displayed in a website, especially developed for the project – each participant will have access to editing tools, which will permit them to upload the documentation themselves.

Would you like to participate in an artistic experience? was initiated in 1994 and has already circulated through several cities, from London (UK) and San Sebastián (Spain), in Europe, to Rio de Janeiro, Vitória, Brasí­lia, São Paulo, Porto Alegre and Florianópolis, in Brazil. More than 30 participants (some of them, groups and collectives) have produced several experiences and an extensive and interesting documentation – which is displayed at the project website. Would you like to participate in an artistic experience? is clearly a piece of work-in-progress, as it finds its way in the very process of being developed. Virtually, this project has no near end at all, since its continuity does not depend on its author/proposer lifetime – the object is conceived as a multiple, and so new objects can be produced any time it is required.

The object used at Would you like to participate in an artistic experience? has its shape designed according to the NBP – New Bases for Personality project, an on-going project comprising drawings, diagrams, objects, installations, texts and manifestos, initiated in the 1990s. The NBP project connects contemporary artââ?¬â?¢s practices and concepts to communicational strategies, getting in touch with some of the recent developments on the politics of subjectivity. NBPââ?¬â?¢s specific shape was designed to be as easily memorizable as its sign: after experiencing any NBP work the viewer leaves with NBP and its specific shape in his or her body – a kind of implanted or artificial memory, as the result of a subliminal sensorial contamination strategy. NBP project addresses transformation, as it is meant to transform itself as a result of its history and process.

the collaboration with documenta 12

For documenta 12, twenty new objects were produced. Ten of them circulate in Brazil and Latin America, nine in Europe and one in Africa. The project is conducted in four different and complementary stages: (1) invitation to participate; (2) experiences by the participants; (3) display of the experiences at the website; (4) installation-exhibition. The first three stages are performed since the objects are distributed at the experiences� sites, and start circulating; the fourth stage takes place with the display of the results in an sculptural-architectonic installation developed for the exhibition in Kassel in June 2007.

——————-e/ou:

Experiência de Claudia Washington com NBP
Ação/Reação

Resultante da coleta de dados ação/reação na Casa Hoffmann. 27 de março/18 de abril de 2007.

AÇÃ?â?¢ES
1. introduzir NBP;
2. Informar (incitar o questionamento da forma);
3. observar reações;
4. selecionar e classificar dados;
5. manipular resultados.

NBP
estrutura desconhecida

COMO LIDAR COM ESTRUTURAS
DESCONHECIDAS
1. questione-as
2. ignore-as
3. acredite nelas
4. tire-as do seu campo de visão
5. aproxime-se delas

NíVEL DE ACEITAÇÃO
Relação entre oferta e resposta por via de extensões não orgânicas registráveis em suportes matéricos, virtuais, ou mnemônicos. Ex. e-mail, texto impresso, número de contatos diretos, oralidade remota (telefone).

puros_dados_claudia

Experiência de Newton Goto com NBP
O Ancestral Comum entre a Geladeira e o NBP

Olá, Ricardo

Nesse último domingo, dia 22 de abril (!), estávamos fazendo uma reunião na casa e/ou, basicamente motivada por um encontro dos artistas que participaram do projeto Bolsa Produção em Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, visto que recentemente haví­amos inaugurado nossos trabalhos em museus da cidade (isso se deu nos dias 17 e 18). No meu caso, foi a estréia do Desligare… Conversávamos ao redor da fogueira… Além dos bolsistas, alguns outros artistas da cidade, alguns dos e/ous, e Marcos Hill (do CEIA, de BH) também estavam por lá. Marcos foi um dos curadores do projeto e envolveu-se bastante com a comunidade local, para nossa satisfação, tanto é que além de termos feito algumas caminhadas pela cidade, estávamos todos lá naquele amistoso encontro presente, entre outros projetos futuros.

Enfim, em meio aquele começo de noite gostoso, com clima bom, fogueira e garapirinha (e uma clandestina), e muito papo, fomos contatados por telefone numa chamada de Claudia Washington, dizendo que o NBP estava naquele momento migrando para a e/ou. Já haví­amos conversado sobre essa perspectiva, ainda assim, sem definirmos uma data. O próprio domingo havia sido cogitado como possibilidade para a chegada do não-objeto, entretanto, sem tempo hábil para nos programarmos, haví­amos protelado os planos de chegada do NBP. Então, mesmo já havendo um certo clima para o acolhimento da proposta, foi um acontecimento um pouco inesperado também, uma surpresa.

NBP chegou no porta-malas de um carro. Era aproximadamente 19h, e já era noite. Carregamos a estrutura em três pessoas, levando-a para perto da fogueira, no meio de nossa roda-de-papo. Esse pequeno trânsito entre a rua e o quintal já foi uma experiência corporal, por assim dizer: adaptar-se í  forma do não-objeto, distribuir seu peso entre os carregadores. Lembrou-me na hora o transporte de uma tora, e mais ainda, o de um caixão…

PARÃ?Å NTESES NÂS 1:
(muitas idéias de arte já morreram mesmo, e ainda que naquele momento imediato tenha surgido a lembrança de algum cortejo fúnebre, sabí­amos que o campo de relações e sensações desejadas pelo NBP faz parte de uma outra dinâmica artí­stica, bem mais aberta: relacional, situacional, que considera o outro como significante das coisas, que incorpora as singularidades culturais, históricas e geográficas do indiví­duo participante. O NBP pendurado num museu tradicional, com um polí­tica tradicional, aí­ sim seria um cadáver no cemitério da cultura. Entretanto, o Novas Bases para a Personalidade – você gostaria de participar de uma experência artí­stica? Propõe-se como um ideário e prática nas quais a meta é a troca, o diálogo (o renascer a cada encontro), buscando adequar-se a contextos e a um mundo incansavelmente em transformação, querendo armazenar um pouco de cada uma das singularidades existenciais com as quais co-existe, de passagem, como um viajante).

PARÃ?Å NTES EU 1:
(pra mim, pensar na morte a partir do peso fí­sico do NBP foi um paradoxo experimental inesperado)…(uma descoberta?!!)…(!) (…) (?)

As conversas continuaram, o encontro continuou, NBP entrou no papo, foi motivo de diversos improvisos, uma intervenção material inclusive, muitas fotos e idéias…

PARÃ?Å NTESES EU-NOS NÂS-ME 1:
(depois quero falar com o pessoal pra gente fazer algum memorial sobre a passagem do NBP na e/ou, juntando registros e depoimentos, inclusive…) (…)

Já tarde da noite (considerando que o dia seguinte seria uma segunda) as pessoas foram embora. Arrumei um saco de dormir perto da fogueira e queimei as últimas lenhas disponí­veis. Eu e NBP permanecemos ali, cada qual deitado num lado da fogueira, cada qual envolto em seu campo de reflexões e história, e ainda assim, compartilhando aquele momento de solidão e meditação, iluminados pelas chamas alaranjadas do fogo.

Mais tarde fui para dentro da casa, para dormir. Realoquei NBP na cozinha, ao lado da geladeira, onde tem ficado por esses dias).

PARÃ?Å NTES EU 2:
(NBP e a minha geladeira parecem ter algum parentesco, ou algum ancestral em comum… A geladeira é um modelo Prosdócimo – do final dos anos 50 ou dos 60, um produto genuinamente curitibano, tão genuí­no que a própria empresa fabricante já foi comprada por uma grande multinacional, assim como diversas outras tradicionais empresas da cidade… A geladeira, cujas formas meio arredondadas e sua cor branca já faziam-na lembrar uma kombi, tinha agora também essa anunciada ancestralidade com o NBP, talvez subjetiva, entretanto, de aparência e materialidade evidentes: o metal, o esmalte branco, o peso, o tamanho, uma certa semelhança na forma… Fica em princí­pio sem resposta a questão da função, do uso… Existiria algum vestí­gio arqueológico entre utensí­lios e inutensí­lios capaz de identificar alguma matriz de ferramenta tecnológica ou artí­stica comum entre o NBP e minha geladeira? (?) Isso parece abrir espaço para uma pesquisa no campo das ficções antropo-arqueológicas… Uma pesquisa autônoma, provavelmente, pois dificilmente deva haver um doutorado nessa área… talvez em arte… numa arqueologia artí­stica sobre readymades-modificados ou não-objetos, ou nas apropriações e transformações de objetos feitas por indiví­duos de distintas culturas…)

PARÃ?Å NTES EU 3:
(…) e/ou (?) e/ou (!)

(…)

um abraço,
inté,
go to

nbp1.jpg

arte, estética e labirintos e/ou A Iliada, o trambolho do basbaum e o Software livre. …apoio: algum banco.

.
.
.
.

NÂO TEM FOTO


/* Copyright (c) 1997-1999 Miller Puckette.
* For information on usage and redistribution, and for a DISCLAIMER OF ALL
* WARRANTIES, see the file, "LICENSE.txt," in this distribution. */

#include
#include "m_pd.h"
#include "m_imp.h"

/* FIXME no out-of-memory testing yet! */

t_pd *pd_new(t_class *c)

{
t_pd *x;
if (!c)
bug ("pd_new: apparently called before setup routine");
x = (t_pd *)t_getbytes(c->c_size);
*x = c;
if (c->c_patchable)
{
((t_object *)x)->ob_inlet = 0;
((t_object *)x)->ob_outlet = 0;
}
return (x);
}

void pd_free(t_pd *x)

{
t_class *c = *x;
if (c->c_freemethod) (*(t_gotfn)(c->c_freemethod))(x);
if (c->c_patchable)
{
while (((t_object *)x)->ob_outlet)
outlet_free(((t_object *)x)->ob_outlet);
while (((t_object *)x)->ob_inlet)
inlet_free(((t_object *)x)->ob_inlet);
if (((t_object *)x)->ob_binbuf)
binbuf_free(((t_object *)x)->ob_binbuf);
}
if (c->c_size) t_freebytes(x, c->c_size);
}

void gobj_save(t_gobj *x, t_binbuf *b)

{
t_class *c = x->g_pd;
if (c->c_savefn)
(c->c_savefn)(x, b);
}

[comment]

/* deal with several objects bound to the same symbol. If more than one, we
actually bind a collection object to the symbol, which forwards messages sent
to the symbol. */

static t_class *bindlist_class;

typedef struct _bindelem

{
t_pd *e_who;
struct _bindelem *e_next;
}

t_bindelem;

typedef struct _bindlist

{
t_pd b_pd;
t_bindelem *b_list;
}

t_bindlist;

static void bindlist_bang(t_bindlist *x)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_bang(e->e_who);
}

static void bindlist_float(t_bindlist *x, t_float f)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_float(e->e_who, f);
}

static void bindlist_symbol(t_bindlist *x, t_symbol *s)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_symbol(e->e_who, s);
}

static void bindlist_pointer(t_bindlist *x, t_gpointer *gp)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_pointer(e->e_who, gp);
}

static void bindlist_list(t_bindlist *x, t_symbol *s,
int argc, t_atom *argv)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_list(e->e_who, s, argc, argv);
}

static void bindlist_anything(t_bindlist *x, t_symbol *s,
int argc, t_atom *argv)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_typedmess(e->e_who, s, argc, argv);
}

void m_pd_setup(void)

{
bindlist_class = class_new(gensym("bindlist"), 0, 0,
sizeof(t_bindlist), CLASS_PD, 0);
class_addbang(bindlist_class, bindlist_bang);
class_addfloat(bindlist_class, (t_method)bindlist_float);
class_addsymbol(bindlist_class, bindlist_symbol);
class_addpointer(bindlist_class, bindlist_pointer);
class_addlist(bindlist_class, bindlist_list);
class_addanything(bindlist_class, bindlist_anything);
}

void pd_bind(t_pd *x, t_symbol *s)

{
if (s->s_thing)
{
if (*s->s_thing == bindlist_class)
{
t_bindlist *b = (t_bindlist *)s->s_thing;
t_bindelem *e = (t_bindelem *)getbytes(sizeof(t_bindelem));
e->e_next = b->b_list;
e->e_who = x;
b->b_list = e;
}
else
{
t_bindlist *b = (t_bindlist *)pd_new(bindlist_class);
t_bindelem *e1 = (t_bindelem *)getbytes(sizeof(t_bindelem));
t_bindelem *e2 = (t_bindelem *)getbytes(sizeof(t_bindelem));
b->b_list = e1;
e1->e_who = x;
e1->e_next = e2;
e2->e_who = s->s_thing;
e2->e_next = 0;
s->s_thing = &b->b_pd;
}
}
else s->s_thing = x;
}

void pd_unbind(t_pd *x, t_symbol *s)

{
if (s->s_thing == x) s->s_thing = 0;
else if (s->s_thing && *s->s_thing == bindlist_class)
{
/* bindlists always have at least two elements... if the number
goes down to one, get rid of the bindlist and bind the symbol
straight to the remaining element. */

t_bindlist *b = (t_bindlist *)s->s_thing;
t_bindelem *e, *e2;
if ((e = b->b_list)->e_who == x)
{
b->b_list = e->e_next;
freebytes(e, sizeof(t_bindelem));
}
else for (e = b->b_list; e2 = e->e_next; e = e2)
if (e2->e_who == x)
{
e->e_next = e2->e_next;
freebytes(e2, sizeof(t_bindelem));
break;
}
if (!b->b_list->e_next)
{
s->s_thing = b->b_list->e_who;
freebytes(b->b_list, sizeof(t_bindelem));
pd_free(&b->b_pd);
}
}
else pd_error(x, "%s: couldn't unbind", s->s_name);
}

void zz(void)

{}

t_pd *pd_findbyclass(t_symbol *s, t_class *c)

{
t_pd *x = 0;

if (!s->s_thing) return (0);
if (*s->s_thing == c) return (s->s_thing);
if (*s->s_thing == bindlist_class)
{
t_bindlist *b = (t_bindlist *)s->s_thing;
t_bindelem *e, *e2;
int warned = 0;
for (e = b->b_list; e; e = e->e_next)
if (*e->e_who == c)
{
if (x && !warned)
{
zz();
post("warning: %s: multiply defined", s->s_name);
warned = 1;
}
x = e->e_who;
}
}
return x;
}

[comment]

/* stack for maintaining bindings for the #X symbol during nestable loads.
*/

typedef struct _gstack

{
t_pd *g_what;
t_symbol *g_loadingabstraction;
struct _gstack *g_next;
}

t_gstack;

static t_gstack *gstack_head = 0;
static t_pd *lastpopped;
static t_symbol *pd_loadingabstraction;

int pd_setloadingabstraction(t_symbol *sym)

{
t_gstack *foo = gstack_head;
for (foo = gstack_head; foo; foo = foo->g_next)
if (foo->g_loadingabstraction == sym)
return (1);
pd_loadingabstraction = sym;
return (0);
}

void pd_pushsym(t_pd *x)

{
t_gstack *y = (t_gstack *)t_getbytes(sizeof(*y));
y->g_what = s__X.s_thing;
y->g_next = gstack_head;
y->g_loadingabstraction = pd_loadingabstraction;
pd_loadingabstraction = 0;
gstack_head = y;
s__X.s_thing = x;
}

void pd_popsym(t_pd *x)

{
if (!gstack_head || s__X.s_thing != x) bug("gstack_pop");
else
{
t_gstack *headwas = gstack_head;
s__X.s_thing = headwas->g_what;
gstack_head = headwas->g_next;
t_freebytes(headwas, sizeof(*headwas));
lastpopped = x;
}
}

void pd_doloadbang(void)

{
if (lastpopped)
pd_vmess(lastpopped, gensym("loadbang"), "");
lastpopped = 0;
}

void pd_bang(t_pd *x)

{
(*(*x)->c_bangmethod)(x);
}

void pd_float(t_pd *x, t_float f)

{
(*(*x)->c_floatmethod)(x, f);
}

void pd_pointer(t_pd *x, t_gpointer *gp)

{
(*(*x)->c_pointermethod)(x, gp);
}

void pd_symbol(t_pd *x, t_symbol *s)

{
(*(*x)->c_symbolmethod)(x, s);
}

void pd_list(t_pd *x, t_symbol *s, int argc, t_atom *argv)

{
(*(*x)->c_listmethod)(x, &s_list, argc, argv);
}

void mess_init(void);
void obj_init(void);
void conf_init(void);
void glob_init(void);

void pd_init(void)

{
mess_init();
obj_init();
conf_init();
glob_init();
}

////////////////////////////

/* Copyright (c) 1997-1999 Miller Puckette.
* For information on usage and redistribution, and for a DISCLAIMER OF ALL
* WARRANTIES, see the file, "LICENSE.txt," in this distribution. */

/* sinusoidal oscillator and table lookup; see also tabosc4~ in d_array.c.
*/

#include "m_pd.h"
#include "math.h"

#define UNITBIT32 1572864. /* 3*2^19; bit 32 has place value 1 */

[comment]

/* machine-dependent definitions. These ifdefs really
should have been by CPU type and not by operating system! */

#ifdef IRIX
/* big-endian. Most significant byte is at low address in memory */
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#define int32 long /* a data type that has 32 bits */
#else
#ifdef MSW
/* little-endian; most significant byte is at highest address */
#define HIOFFSET 1
#define LOWOFFSET 0
#define int32 long
#else
#ifdef __FreeBSD__
#include
#if BYTE_ORDER == LITTLE_ENDIAN
#define HIOFFSET 1
#define LOWOFFSET 0
#else
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#endif /* BYTE_ORDER */
#include
#define int32 int32_t
#endif
#ifdef __linux__

#include

#if !defined(__BYTE_ORDER) || !defined(__LITTLE_ENDIAN)
#error No byte order defined
#endif

#if __BYTE_ORDER == __LITTLE_ENDIAN
#define HIOFFSET 1
#define LOWOFFSET 0
#else
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#endif /* __BYTE_ORDER */

#include
#define int32 int32_t

#else
#ifdef MACOSX
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#define int32 int /* a data type that has 32 bits */

#endif /* MACOSX */
#endif /* __linux__ */
#endif /* MSW */
#endif /* SGI */

union tabfudge

{
double tf_d;
int32 tf_i[2];
}

;

/* -------------------------- phasor~ ------------------------------ */
static t_class *phasor_class, *scalarphasor_class;

#if 1 /* in the style of R. Hoeldrich (ICMC 1995 Banff) */

typedef struct _phasor

{
t_object x_obj;
double x_phase;
float x_conv;
float x_f; /* scalar frequency */
}

t_phasor;

static void *phasor_new(t_floatarg f)

{
t_phasor *x = (t_phasor *)pd_new(phasor_class);
x->x_f = f;
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, &s_float, gensym("ft1"));
x->x_phase = 0;
x->x_conv = 0;
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
return (x);
}

static t_int *phasor_perform(t_int *w)

{
t_phasor *x = (t_phasor *)(w[1]);
t_float *in = (t_float *)(w[2]);
t_float *out = (t_float *)(w[3]);
int n = (int)(w[4]);
double dphase = x->x_phase + UNITBIT32;
union tabfudge tf;
int normhipart;
float conv = x->x_conv;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];
tf.tf_d = dphase;

while (n--)
{
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
dphase += *in++ * conv;
*out++ = tf.tf_d - UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
}
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
x->x_phase = tf.tf_d - UNITBIT32;
return (w+5);
}

static void phasor_dsp(t_phasor *x, t_signal **sp)

{
x->x_conv = 1./sp[0]->s_sr;
dsp_add(phasor_perform, 4, x, sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[0]->s_n);
}

static void phasor_ft1(t_phasor *x, t_float f)

{
x->x_phase = f;
}

static void phasor_setup(void)

{
phasor_class = class_new(gensym("phasor~"), (t_newmethod)phasor_new, 0,
sizeof(t_phasor), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(phasor_class, t_phasor, x_f);
class_addmethod(phasor_class, (t_method)phasor_dsp, gensym("dsp"), 0);
class_addmethod(phasor_class, (t_method)phasor_ft1,
gensym("ft1"), A_FLOAT, 0);
}

#endif /* Hoeldrich version */

/* ------------------------ cos~ ----------------------------- */

float *cos_table;

static t_class *cos_class;

typedef struct _cos

{
t_object x_obj;
float x_f;
}

t_cos;

static void *cos_new(void)

{
t_cos *x = (t_cos *)pd_new(cos_class);
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
x->x_f = 0;
return (x);
}

static t_int *cos_perform(t_int *w)

{
t_float *in = (t_float *)(w[1]);
t_float *out = (t_float *)(w[2]);
int n = (int)(w[3]);
float *tab = cos_table, *addr, f1, f2, frac;
double dphase;
int normhipart;
union tabfudge tf;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];

#if 0 /* this is the readable version of the code. */
while (n--)
{
dphase = (double)(*in++ * (float)(COSTABSIZE)) + UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
}
#endif
#if 1 /* this is the same, unwrapped by hand. */
dphase = (double)(*in++ * (float)(COSTABSIZE)) + UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
while (--n)
{
dphase = (double)(*in++ * (float)(COSTABSIZE)) + UNITBIT32;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
}
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
#endif
return (w+4);
}

static void cos_dsp(t_cos *x, t_signal **sp)

{
dsp_add(cos_perform, 3, sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[0]->s_n);
}

static void cos_maketable(void)

{
int i;
float *fp, phase, phsinc = (2. * 3.14159) / COSTABSIZE;
union tabfudge tf;

if (cos_table) return;
cos_table = (float *)getbytes(sizeof(float) * (COSTABSIZE+1));
for (i = COSTABSIZE + 1, fp = cos_table, phase = 0; i--;
fp++, phase += phsinc)
*fp = cos(phase);

/* here we check at startup whether the byte alignment
is as we declared it. If not, the code has to be
recompiled the other way. */
tf.tf_d = UNITBIT32 + 0.5;
if ((unsigned)tf.tf_i[LOWOFFSET] != 0x80000000)
bug("cos~: unexpected machine alignment");
}

static void cos_setup(void)

{
cos_class = class_new(gensym("cos~"), (t_newmethod)cos_new, 0,
sizeof(t_cos), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(cos_class, t_cos, x_f);
class_addmethod(cos_class, (t_method)cos_dsp, gensym("dsp"), 0);
cos_maketable();
}

/* ------------------------ osc~ ----------------------------- */

static t_class *osc_class, *scalarosc_class;

typedef struct _osc

{
t_object x_obj;
double x_phase;
float x_conv;
float x_f; /* frequency if scalar */
}

t_osc;

static void *osc_new(t_floatarg f)

{
t_osc *x = (t_osc *)pd_new(osc_class);
x->x_f = f;
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, &s_float, gensym("ft1"));
x->x_phase = 0;
x->x_conv = 0;
return (x);
}

static t_int *osc_perform(t_int *w)

{
t_osc *x = (t_osc *)(w[1]);
t_float *in = (t_float *)(w[2]);
t_float *out = (t_float *)(w[3]);
int n = (int)(w[4]);
float *tab = cos_table, *addr, f1, f2, frac;
double dphase = x->x_phase + UNITBIT32;
int normhipart;
union tabfudge tf;
float conv = x->x_conv;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];
#if 0
while (n--)
{
tf.tf_d = dphase;
dphase += *in++ * conv;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
}
#endif
#if 1
tf.tf_d = dphase;
dphase += *in++ * conv;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
while (--n)
{
tf.tf_d = dphase;
f1 = addr[0];
dphase += *in++ * conv;
f2 = addr[1];
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
}
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
#endif

tf.tf_d = UNITBIT32 * COSTABSIZE;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];
tf.tf_d = dphase + (UNITBIT32 * COSTABSIZE - UNITBIT32);
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
x->x_phase = tf.tf_d - UNITBIT32 * COSTABSIZE;
return (w+5);
}

static void osc_dsp(t_osc *x, t_signal **sp)

{
x->x_conv = COSTABSIZE/sp[0]->s_sr;
dsp_add(osc_perform, 4, x, sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[0]->s_n);
}

static void osc_ft1(t_osc *x, t_float f)

{
x->x_phase = COSTABSIZE * f;
}

static void osc_setup(void)

{
osc_class = class_new(gensym("osc~"), (t_newmethod)osc_new, 0,
sizeof(t_osc), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(osc_class, t_osc, x_f);
class_addmethod(osc_class, (t_method)osc_dsp, gensym("dsp"), 0);
class_addmethod(osc_class, (t_method)osc_ft1, gensym("ft1"), A_FLOAT, 0);

cos_maketable();
}

/* ---------------- vcf~ - 2-pole bandpass filter. ----------------- */

typedef struct vcfctl

{
float c_re;
float c_im;
float c_q;
float c_isr;
}

t_vcfctl;

typedef struct sigvcf

{
t_object x_obj;
t_vcfctl x_cspace;
t_vcfctl *x_ctl;
float x_f;
}

t_sigvcf;

t_class *sigvcf_class;

static void *sigvcf_new(t_floatarg q)

{
t_sigvcf *x = (t_sigvcf *)pd_new(sigvcf_class);
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, &s_signal, &s_signal);
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, gensym("float"), gensym("ft1"));
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
x->x_ctl = &x->x_cspace;
x->x_cspace.c_re = 0;
x->x_cspace.c_im = 0;
x->x_cspace.c_q = q;
x->x_cspace.c_isr = 0;
x->x_f = 0;
return (x);
}

static void sigvcf_ft1(t_sigvcf *x, t_floatarg f)

{
x->x_ctl->c_q = (f > 0 ? f : 0.f);
}

static t_int *sigvcf_perform(t_int *w)

{
float *in1 = (float *)(w[1]);
float *in2 = (float *)(w[2]);
float *out1 = (float *)(w[3]);
float *out2 = (float *)(w[4]);
t_vcfctl *c = (t_vcfctl *)(w[5]);
int n = (t_int)(w[6]);
int i;
float re = c->c_re, re2;
float im = c->c_im;
float q = c->c_q;
float qinv = (q > 0? 1.0f/q : 0);
float ampcorrect = 2.0f - 2.0f / (q + 2.0f);
float isr = c->c_isr;
float coefr, coefi;
float *tab = cos_table, *addr, f1, f2, frac;
double dphase;
int normhipart, tabindex;
union tabfudge tf;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];

for (i = 0; i < n; i++) { float cf, cfindx, r, oneminusr; cf = *in2++ * isr; if (cf < 0) cf = 0; cfindx = cf * (float)(COSTABSIZE/6.28318f); r = (qinv > 0 ? 1 - cf * qinv : 0);
if (r < 0) r = 0; oneminusr = 1.0f - r; dphase = ((double)(cfindx)) + UNITBIT32; tf.tf_d = dphase; tabindex = tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1); addr = tab + tabindex; tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart; frac = tf.tf_d - UNITBIT32; f1 = addr[0]; f2 = addr[1]; coefr = r * (f1 + frac * (f2 - f1)); addr = tab + ((tabindex - (COSTABSIZE/4)) & (COSTABSIZE-1)); f1 = addr[0]; f2 = addr[1]; coefi = r * (f1 + frac * (f2 - f1)); f1 = *in1++; re2 = re; *out1++ = re = ampcorrect * oneminusr * f1 + coefr * re2 - coefi * im; *out2++ = im = coefi * re2 + coefr * im; } if (PD_BIGORSMALL(re)) re = 0; if (PD_BIGORSMALL(im)) im = 0; c->c_re = re;
c->c_im = im;
return (w+7);
}

static void sigvcf_dsp(t_sigvcf *x, t_signal **sp)

{
x->x_ctl->c_isr = 6.28318f/sp[0]->s_sr;
dsp_add(sigvcf_perform, 6,
sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[2]->s_vec, sp[3]->s_vec,
x->x_ctl, sp[0]->s_n);

}

void sigvcf_setup(void)

{
sigvcf_class = class_new(gensym("vcf~"), (t_newmethod)sigvcf_new, 0,
sizeof(t_sigvcf), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(sigvcf_class, t_sigvcf, x_f);
class_addmethod(sigvcf_class, (t_method)sigvcf_dsp, gensym("dsp"), 0);
class_addmethod(sigvcf_class, (t_method)sigvcf_ft1,
gensym("ft1"), A_FLOAT, 0);
}

/* -------------------------- noise~ ------------------------------ */
static t_class *noise_class;

typedef struct _noise

{
t_object x_obj;
int x_val;
}

t_noise;

static void *noise_new(void)

{
t_noise *x = (t_noise *)pd_new(noise_class);
static int init = 307;
x->x_val = (init *= 1319);
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
return (x);
}

static t_int *noise_perform(t_int *w)

{
t_float *out = (t_float *)(w[1]);
int *vp = (int *)(w[2]);
int n = (int)(w[3]);
int val = *vp;
while (n--)
{
*out++ = ((float)((val & 0x7fffffff) - 0x40000000)) *
(float)(1.0 / 0x40000000);
val = val * 435898247 + 382842987;
}
*vp = val;
return (w+4);
}

static void noise_dsp(t_noise *x, t_signal **sp)

{
dsp_add(noise_perform, 3, sp[0]->s_vec, &x->x_val, sp[0]->s_n);
}

static void noise_setup(void)

{
noise_class = class_new(gensym("noise~"), (t_newmethod)noise_new, 0,
sizeof(t_noise), 0, 0);
class_addmethod(noise_class, (t_method)noise_dsp, gensym("dsp"), 0);
}

/* ----------------------- global setup routine ---------------- */
void d_osc_setup(void)

/////////////////////////////////////////

=zero graus

canção:

voicebox.jpg

penguim-adventure.jpg

bablabalbalbblablabalblablabla
blablablablabalbambbmoiwnanan
bmeambemb
bae brei boe a boanra orin rgn rigo rgi dgm:

jpojpojpojpojposjfaopsjfajfo\jg\jb w\]mnbonbws\objsp]ojbpo]s\jb]a\o]SAÂJbn]\sojvspojdjsd\oçjv]sO|jkv]osj\kvs\ojvm\mv\svm \vs\mvsodvnsodv sdomvdo\vmv xvps\djopm jvxjvpovbjxl mpsodvjpo çlzjvm ojvsvsdojvpsd\ ojvposjvcsp jvpojvpso jvpodvpo ojvsopvdp\dz;lnv \dv n pivjvdv çknvd lvçljv\d çozjdvovz ojcvpojvda\ipv ovopjdvopj çojvcojí± iopjv sdopjv c oncvin\aodv pojcvopjsvodi opijvopjv\n pov jpdvjodv\ opasdv\p oçjdvopjvõpv opjdvopdvopv jcn okfdsojf ljfopsj jvdjvs\ pojvozx jvçjvcxjopsdm soçjvposjv pozjfosje jfopjpfo kzdjfosjdvc osjvp ojvdops oxjfvosjv jvpsvjpjv ioj oizxjvops\jdv sjvops\djv sjvpos\djvp\ posjfdv ozxjvsop sodjvp fjpsdjjvopsd vjpo lzdfjvlçxd opsdjvsç nvsjvp\n o jvsjv jvopsd\jvops\ osjvpos\zdjvpsz posjvpos\djv vsdjpv vopsdjv zifvjpv jvpsojvpso pjvpos ljvpos\jv lz\jvcpoa\jv opzjvpoj çjopvjo\av vzlçojvps\ opjvpdos\jvpois jvnilshv znvcoizsdv hvcosnmcv .\jp oivnls\hv klihc ch oçiznl\shv çlzvhnoi\shv jpoxjdv vsjvpizsoj c hsoidvz ojvklsjdv lsvhjoiswjfilszhfyoz\gtvbz7t m nvxlkhnvoil khvozshdvo ksfhvlsnv ishdvklsdnv xkzvhiosd\nv hjvos\z izhcv \nzs iuzvhois\d ihfoish sui hvdoiszv zhvidsz xk j ihvjio\v isjvi a\vlk n kmvsdopijkv hvshv ahvisd lhvisd kxdvjs zkvniosjhv vjcsidjv a\hv lsvn lv hx ovhniosvn f is\hvis\nv ios\vhjksl\ ishjvkx p\gvb vlknskzdnv lszjvls jdpofkl nvcls


autor:Guilherme Soares

ftdi.jpg

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367.97 Manufacturer Part Number 61729-0010BLF Description CONN RCPT USB TYPE B R/A PCB Quantity Available 14,831 All prices are in US dollars.

Um weblog, blog ou blogue é uma página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são organizadas cronologicamente de forma inversa (como um diário). Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou ter sido escritos pela mesma pessoa.

O weblog conta com algumas ferramentas para classificar informações técnicas a seu respeito, todas elas são disponibilizadas na internet por servidores e/ou usuários comuns. As ferramentas abrangem: registro de informações relativas a um site ou domí­nio da internet quanto ao número de acessos, páginas visitadas, tempo gasto, de qual site ou página o visitante veio, para onde vai do site ou página atual e uma série de outras informações.

Os sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que oferecem, pois dispensam o conhecimento de HTML, o que atrai pessoas a criá-los.

A Deutsche Welle premia a cada ano os melhores weblogs internacionais em onze categorias no evento The Bobs – Best of Blogs.

História

Jorn Barger, autor de um dos primeiros FAQ – Frequently Asked Questions, foi o editor do blog original robotwisdom e concebeu o termo – “weblog” – em 1997, definindo-o como uma página da Web onde um diarista (da Web) relata todas as outras páginas interessantes que encontra. O blog de Barger tem uma aparência diferente dos atuais e ainda hoje mantém a mesma interface de quando foi criado. O termo foi alterado por Peter Merholz, que decidiu pronunciar “wee-blog”, que tornou inevitável o encurtamento para o termo definitivo “blog”. Rebecca Blood, pioneira no uso de blogs, relatou suas experiências, explicando que em 1999, os blogs eram distintos tanto em forma como conteúdo das publicações periódicas que os precederam (ezines e journals). Eles eram rudimentares em design e conteúdo, mas aqueles que os produziam achavam que estavam realizando algo interessante e decidiram ir adiante. Os blogueiros referenciavam entradas interessantes em outros blogs,normalmente adicionando suas opiniões. Créditos eram concedidos a um blogueiro individual quando outros reproduziam os links que este havia encontrado. Devido í  freqüente interligação entre os blogs existentes na época, os crí­ticos chamaram os blogueiros de incestuosos, que por sua vez sabiam que amplificavam as vozes uns dos outros quando criavam links entre si. E assim a comunidade cresceu. Os blogueiros pioneiros trabalharam para se tornar fontes de links para material de qualidade, aprendendo a escrever concisamente, utilizando os elementos que induziam os leitores a visitar outros sites.

O panorama mudou quando, naquele mesmo ano de 1999, diversas empresas lançaram softwares desenvolvidos para automatizar a publicação em blogs. Um destes softwares, chamado Blogger, apresentava enorme facilidade para publicação de conteúdo, e com a sua interface privilegiando a escrita espontânea, foi adotado por centenas de pessoas. O conhecimento tecnológico para manutenção de uma ferramenta para publicação na Web passou a não ser mais um requisito. A estrutura técnica era gerenciada pela empresa, que também oferecia a criação de blogs a custo zero, assim como os valores agregados: um item em um blog possui valor de produção irrisório comparado com o de um artigo veiculado na grande mí­dia. Essa adoção em massa, e a não utilização dos links como o elemento central da forma, causou controvérsia na comunidade original blogueira. Eles acusavam os blogs gerados pelos novos softwares de serem simplesmente diários, e não blogs – e o que representava os blogs “de verdade” eram os links. Alguns achavam que com a seleção criteriosa e justaposição de links, os blogs poderiam se tornar uma importante nova forma de mí­dia alternativa, agregando informações oriundas de diversas fontes, revelando diferentes pontos de vista e talvez, influenciar a opinião em larga escala – uma visão chamada “mí­dia participativa”.

Mas a mensagem passou a modelar o meio. No iní­cio de 2000, Blogger introduziu uma inovação – o permalink, conhecido em português como ligação permanente ou apontador permanente – que transformaria o perfil dos blogs. Os permalinks garantiam a cada publicação num blog uma localização permanente – uma URL – que poderia ser referenciada. Anteriormente, a recuperação em arquivos de blogs só era garantida através da navegação livre (ou cronológica). O permalink permitia então que os blogueiros pudessem referenciar publicações especí­ficas em qualquer blog. Em seguida, hackers criaram programas de comentários aplicáveis aos sistemas de publicação de blogs que ainda não ofereciam tal capacidade. O processo de se comentar em blogs significou uma democratização da publicação, consequentemente reduzindo as barreiras para que leitores se tornassem escritores.

A blogosfera, termo que representa o mundo dos blogs, ou os blogs como uma comunidade ou rede social, cresceu em ritmo espantoso. Em 1999 o número de blogs era estimado em menos de cinqüenta; no final de 2000, a estimativa era de poucos milhares. Menos de três anos depois, os números saltaram para algo em torno de 2,5 a 4 milhões. Atualmente existem cerca de 70 milhões de blogs e cerca de 120 mil são criados diariamente, de acordo com o estudo State of Blogosphere[1]. O estudo revela que a blogosfera aumentou em 100 vezes nos três últimos anos e que atualmente ela tende a dobrar a cada seis meses. Esse aumento significativo no número de blogs ao longo dos anos, fez com que a grande mí­dia desse maior importância ao fenômeno: entre 1995 e 1999 apenas onze artigos jornalí­sticos sobre blogs foram publicados. No ano de 2003, estima-se que 647 artigos foram publicados.

Provavelmente a maior diferença entre os blogs e a mí­dia tradicional é que os blogs compõem uma rede baseada em ligações – os links, propriamente. Todos os blogs por definição fazem ligação com outras fontes de informação, e mais intensamente, com outros blogs. Muitos blogueiros mantêm um “blogroll”, uma lista de blogs que eles frequentemente lêem ou admiram, com links diretos para o endereço desses blogs. Os blogrolls representam um excelente meio para observar os interesses e preferências do blogueiro dentro da blogosfera; os blogueiros tendem a utilizar seus blogrolls para ligar outros blogs que compartilham os mesmos interesses.

[editar] Blogueiro
Wikcionário
O Wikcionário possui o verbete: blogueiro

Blogueiro é um palavra utilizada para designar aquele que escreve em blogs. O universo dos blogueiros (a soma de tudo o que está relacionado a este grupo e este grupo em si) é conhecido como blogosfera.

No dia 31 de agosto, comemora-se o Dia do Blog, que se propõe a promover a descoberta de novos blogs e novo blogueiros.

[editar] Ver também

* Flog
* Vlog
* Blogosfera
* Blogs educativos

[editar] Referências

Ementário

CE003 ESTATíSTICA II
Representação tabular e gráfica. Distribuições de freqüências. Elementos de probabilidades. Distribuições discretas de probabilidades. Noções de amostragem. Estimativa de parâmetros. Teoria das pequenas amostras. Testes de hipóteses. Análise da variância. Ajustamento de curvas. Regressão e correlação. Séries temporais. Controle estatí­stico de qualidade.
CE211 PROCESSOS ESTOCíSTICOS
Definição, especificação e momentos de processos estocásticos. Processos estocásticos usuais. Processos estocásticos estacionários: sentido restrito, sentido amplo e processos ergóticos. Estatí­sticas conjuntas e processos estacionários. Densidade espectral de potência.

CI055 ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS I
Caracterí­sticas básicas do computador. Representação e aritmética binária. Algoritmos. Representação de dados. Introdução a uma linguagem de programação. Solução de problemas simples por computadores.
CI056 ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS II
Estilos de programação. Refinamentos sucessivos. Tipos abstratos de dados: listas, pilhas, filas. Recursividade. Ordenação interna. Busca. Análise de complexidade dos algoritmos.
CI057 ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS III
Memória principal. Acesso seqüêncial, indexado. írvore. Complexidade algoritmos. Ordenação externa. írvores balanceadas. Conjuntos não ordenáveis.
CI058 REDES DE COMPUTADORES I
Projeto de sistemas de teleprocessamento. Transmissão de dados a alta e baixa velocidade. Camadas 1 e 2 do modelo ISO/OSI.

CI059 INTRODUÇÃO à TEORIA DA COMPUTAÇÃO
Linguagem regulares, livres de contexto, sensí­vel a contexto. Autômatos, máquina de Touring. Computabilidade. Problema da parada. Noções de Lambda calculus, funções recursivas e computabilidade.
CI060 SEMINíRIOS DE INFORMíTICA I
Seminários de introdução í  informática e a Universidade.
CI061 REDES DE COMPUTADORES II
Topologia de rede e técnicas de chaveamento. Componentes e funções da rede. Processadores de comunicação. Redes locais. Confiabilidade e segurança de redes. Modelo OSI. Padrões nacionais.
CI062 TECNICAS ALTERNATIVAS DE PROGRAMAÇÃO
Programação em lógica. Programação funcional. Programação orientada a objetos.

CI063 MíQUINAS PROGRAMíVEIS
Programação em linguagem de máquina. Elementos de arquitetura de computadores. Noções de periféricos.
CI064 SOFTWARE BíSICO I
Linguagem de máquina. Técnicas de endereçamento. Representação digital de dados. Codificação simbólica e montadores. Definição e geração de macros. Segmentação e ligação de programas. Projetos ilustrativos da estrutura básica das máquinas e técnicas de programação.
CI065 ALGORITMOS E TEORIA DOS GRAFOS
Introdução í  teoria dos grafos. Algoritmos em grafos.
CI066 OFICINA DE PROGRAMAÇÃO
Uso dirigido de ferramentas de programação. O computador como ferramenta de trabalho. Práticas de Programação.

CI067 OFICINA DE COMPUTAÇÃO
Uso dirigido de ferramentas de desenvolvimento de software. Práticas de projetos de algoritmos.
CI068 CIRCUITOS LÂGICOS
Sistema de numeração e códigos. Minimização e decomposição de funções booleanas. Aritmética binária. Circuitos combinacionais e seqüenciais. Projetos de máquinas de estados e sistemas digitais.
CI069 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE INFORMíTICA
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Empresas de Informática, sob orientação de um professor.
CI070 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Engenharia d Software, sob orientação de um professor.
CI071 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Engenharia de Software, sob orientação de um professor.
CI072 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM BANCO DE DADOS I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Banco de Dados, sob orientação de um professor.
CI073 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM BANCO DE DADOS II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Banco de Dados, sob orientação de um professor.
CI074 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM REDES DE COMPUTADORES I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Redes de Computadores, sob orientação de um professor.

CI075 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM REDES DE COMPUTADORES II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Redes de Computadores, sob orientação de um professor.
CI076 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE INFORMíTICA I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Administração de Informática, sob orientação de um professor.
CI077 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE INFORMíTICA II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Administração de Informática, sob orientação de um professor.
CI078 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM COMPUTAÇÃO I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Computação Gráfica, Visão computacional e áreas correlatas, sob orientação de um professor.

CI079 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM COMPUTAÇÃO II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Computação Gráfica, Visão computacional e áreas correlatas, sob orientação de um professor.
CI080 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INTELIGÃ?Å NCIA ARTIFICIAL I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Inteligência Artificial, sob orientação de um professor.
CI081 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INTELIGÃ?Å NCIA ARTIFICIAL I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Inteligência Artificial, sob orientação de um professor.
CI082 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO E ARQUITETURA DE COMPUTADORES I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Organização e Arquitetura de Computadores, sob orientação de um professor.

CI083 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO E ARQUITETURA DE COMPUTADORES II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Organização e Arquitetura de Computadores, sob orientação de um professor.
CI084 TÂPICOS EM TEORIA DOS GRAFOS
Tópicos em teoria dos grafos.
CI085 TÂPICOS EM COMPUTAÇÃO GRAFICA
Tópicos em Computação gráfica.
CI086 TÂPICOS EM ARQUITETURA DE COMPUTADORES
Tópicos em Arquitetura de Computadores.

CI087 TÂPICOS EM BANCO DE DADOS
Tópicos em Banco de Dados.
CI088 TÂPICOS EM SISTEMAS DISTRIBUíDOS
Tópicos em Sistemas Distribuí­dos.
CI089 TÂPICOS EM TEORIA DA COMPUTAÇÃO
Tópicos em Teoria da Computação.
CI090 TÂPICOS EM ENGENHARIA DE SOFTWARE
Tópicos em Engenharia de Software.

CI091 TÂPICOS EM AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Tópicos em Avaliação de Desempenho.
CI092 TÂPICOS EM TECNOLOGIAS E APLICAÇÃ?â?¢ES
Tópicos em Tecnologias e Aplicações.
CI093 TÂPICOS EM ANíLISE NUMÉRICA
Tópicos em Análise Numérica.
CI094 TÂPICOS EM PROCESSAMENTO DE IMAGENS
Tópicos em Processamento de Imagens.

CI095 TÂPICOS EM COMPILADORES
Tópicos em Compiladores.
CI096 TÂPICOS EM INTERFACE HOMEM-MíQUINA
Tópicos em Interface Homem-Máquina.
CI097 TÂPICOS EM SISTEMAS DIGITAIS
Tópicos em Sistemas Digitais.
CI098 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INFORMíTICA NA EDUCAÇÃO I
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Informática na Educação, sob orientação de um professor.

CI099 TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM INFORMíTICA NA EDUCAÇÃO II
Trabalho de ní­vel profissional ou de pesquisa na área de Informática na Educação, sob orientação de um professor.
CI202 MÉTODOS NUMÉRICOS
Matrizes. Sistemas lineares. Soluções de sistemas lineares. Zeros de funções algébricas e transcendentes. Interpolação. Integração.
CI204 ADMINISTRAÇÃO DE INFORMíTICA
Organização da função de informática. Medidas de desempenho e seleção de sistemas. Controle de custos. Planejamento e controle de atividades de um CPD. Relacionamento com clientes, fornecedores, público interno e externo. Segurança e privacidade. Avaliação da função da informática pela alta administração.
CI205 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO PARA INFORMíTICA
A função de produção. Planejamento e controle da produção. Medidas de desempenho: custo, qualidade, produtividade e outros. Mudanças. Manutenção. Esquema de trabalho normal e para crises. Ergonomia. Layout e fluxo de trabalho.

CI206 ADMINISTRAÇÃO DE TECNOLOGIA DE INFORMíTICA E INOVAÇÃO TECNOLÂGICA
Previsão e avaliação do avanço tecnológico em computação e comunicação. A estratégia da organização e administração tecnológica de informática. Fomento da inovação tecnológica.

CI209 INTELIGÃ?Å NCIA ARTIFICIAL
Simulação da Inteligência em Diferentes íreas. Linguagem Natural. Linguagem Artificial. Aplicações.
musica gerada a partir de inteligencia artificial:

CI210 PROJETOS DIGITAIS E MICROPROCESSADORES
Estruturas de microcomputadores: microprocessador, memória, entrada e saí­da. Arquitetura do microprocessador: registradores, indexadores, pilhas, endereçamento. Interfaces: paralelas, seriais, analógicas/digitais. organização de memórias: RAM, EPROM, EAROM. Aplicações.
CI211 CONSTRUÇÃO DE COMPILADORES
Gramáticas. Autômatos. Computabilidade. Análise léxica. Análise sintática. Geração de código. Recuperação de erro. Compiladores de compiladores.

CI212 ORGANIZAÇÃO E ARQUITETURA DE COMPUTADORES
Componentes do fluxo de dados e sua organização. Unidade aritmética e lógica. Unidade de controle. Memória. Vias de acesso. Elementos de um conjunto de instruções. A arquitetura Von Neumann. Arquitetura de entrada e saí­da. Otimização de arquitetura.
CI214 ESTRUTURAS DE LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO
Descrição de algumas linguagens de programação. Tipos de dados: organização lógica; estrutura de armazenamento; representação sintática. Caracterí­sticas gerais de operações. Estruturas de controle. Gerenciamento de memória.
CI215 SISTEMAS OPERACIONAIS
Componentes de um sistema. Administração dos recursos: memória principal e secundária. Administração dos processos: prioridades, interrupção, filas. Comunicação entre processos: semáforos e mensagens. Segurança.
CI218 SISTEMAS DE BANCO DE DADOS
Sistemas de informação em ambiente de banco de dados. Estruturas em rede, hierárquicas e relacional. Administração de dados.

CI219 ANíLISE E PROJETO DE SISTEMAS
Sistemas aplicativos. Instrumentos de análise. Determinação de alternativas. Projeto fí­sico de sistema computacional e manual. Caracterí­sticas especiais de sistemas.
CI220 TEORIA DE SISTEMAS
O conceito de sistemas. Definição e modelação de sistemas. Aplicação das abordagens de sistemas. Sistemas de administração.
CI221 ENGENHARIA DE SOFTWARE
Administração do projeto de engenharia de software. Validação. Técnicas de testes de produto. Metodologias de programação. Qualidades de produto de software. Complexidade de software: recursos, confiabilidade, disponibilidade. Planejamento de recursos.
CI233 TRABALHO DE GRADUAÇÃO I
CI234 TRABALHO DE GRADUAÇÃO II
CI235 ESTíGIO SUPERVISIONADO I
CI236 ESTíGIO SUPERVISIONADO II
CI237 MATEMíTICA DISCRETA
Análise combinatória. Funções geradoras. Relações de recorrência. Enumeração.

CM003 CíLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL III
Integral múltipla. Integral de linha. Equações diferenciais ordinárias.
CM005 íLGEBRA LINEAR
Matrizes e equações lineares. Espaços vetoriais. Transformações lineares. Operadores e matrizes diagonalizáveis. Espaços com produto interno. Operadores sobre espaços com produto interno. Cônicas e quádricas.
CM045 GEOMETRIA ANALíTICA I
Vetores no plano e no espaço, Retas e planos no espaço com coordenadas cartesianas. Translação e rotação de eixos. Curvas no plano. Superfí­cies. Outros sistemas de coordenadas.
CM046 INTRODUÇÃO à íLGEBRA
Operações. Grupos. Anéis e corpos.

CM201 CíLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I
Funções. Derivadas. Aplicações do cálculo diferencial. Integrais. Séries.
CM202 CíLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II
Conjuntos de Rn. Funções de várias variáveis: limites, continuidade. derivação parcial e diferenciação. Funções compostas. Funções homogêneas. Funções implí­citas. Máximos e mí­nimos das funções de várias variáveis. Integrais duplas e triplas. Análise vetorial. Integrais de linha e de superfí­cie. Equações diferenciais de primeira ordem .Equações diferenciais de ordem n. Sistema de equações diferenciais lineares.
CM224 PESQUISA OPERACIONAL I
Revisão de álgebra linear. Modelos de programação linear. O método simplex. O problema do transporte. O problema da designação. Dualidade. Análise de Pós-Otimização.
HL077 COMUNICAÇÃO E LINGÃ?Å?íSTICA
Lingüí­stica formal. Revisão gramatical. Elaboração de textos.

SA017 ADMINISTRAÇÃO III
Localização da disciplina no contexto das atividades do paí­s. Conceito geral de administração. Visão global e importância. Elemento de administração. Função administrativa na empresa. Função financeira na empresa. Função comercial na empresa.
SA214 INTRODUÇÃO à TEORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO
Introdução í  teoria geral da administração: papel da administração nos empreendimentos humanos. Conceitos de teoria e arte, perspectiva cientí­fica da administração, modelo como técnica de estudo, poder e autoridade, liderança. Evolução das correntes de pensamento administrativo: clássicos, a corrente de relações humanas, os comportamentalistas, os estruturalistas e a teoria geral de sitemas; tendências atuais. Análise de sistemas em administração: concepção da administração como sistema. Desenvolvimento organizacional e institucional. Principais funções administrativas, planejamento, organização, direção e controle. Comportamento administrativo. Administração e a informática.
SC003 CONTABILIDADE GERAL I
As entidades e seu campo de ação econômica. Patrimônio. Gestão. Inventário. Orçamento. O controle administrativo e contábil. Escrituração (teoria e prática). A relevação da gestão nas empresas. A revelação da gestão nas instituições. Sistemas suplementares.
SC202 CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA INFORMíTICA
Introdução aos custos. Elementos de custos. Classificação dos custos. Formação dos custos. Departamentalização. Apuração dos custos. Sistemas de custeio. Custos de distribuição. Instrumentos de análise. Preço de venda, lucro e inflação.

SC203 MATEMíTICA FINANCEIRA PARA INFORMíTICA
Juros e descontos simples. Juros e descontos compostos. Formação e recuperação de capital. Análise de investimentos.
SE044 ECONOMIA I
Visão conceitual básica. Abordagem estruturalista. Sistema financeiro. Economia internacional.
SE045 ECONOMIA II
Introdução ao estudo microeconômico. Análise das funções: oferta e procura. Teoria da produção. Teoria do consumidor. Análise genérica.
SIN070 ORIENTAÇÃO BIBLIOGRíFICA – B
Orientação bibliográfica, elaboração e apresentação de trabalhos normalizados.


envolvido para não mais sorrir
apenas escancarar as narinas
e atingir o orgasmo néonatal
conchas eletroacústicas
sí­stoles e diástoles
em favor do caos

mas não seriam todos os seres do sonho
espectros oní­ricos, fantasmagóricos,
alegorias, simbólicos,
e daí­ um corte arbitrário de separar e classificar
como pornográfico apenas esse corte aqui

eu que não existo,
mas que não páro de me sentir”

Guilherme Pilla

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Rapsodos trabalhando – Ilíada Canto XVI com Richard Rebelo e direção de Octávio Camargo – Curitiba, 26/07/2007

rapsodos-trabalhando

Confira aqui fotos do espetáculo e outros documentos em produção colaborativa a partir de 27/07/2007.

Clique aqui para ver as fotos de Gilson Camargo, em Olhar Comum.

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Da nau fervia o prélio, e ao divo Aquiles
Vem Patroclo a verter cálido choro,
Como de celsa rocha em fio brota
Fundo olho d’água. Comovido o encontra
O amigo velocí­pede: “Patroclo,
Pranteias molemente? És qual menina
Que, da mãe apressada após, retêm-na
Pelo vestido, e em lágrimas olhando,
Insta-lhe até que em braços a receba.
Aos Mirmidões, a mim, que novas trazes?
Veio de Ftia um núncio? Vivem, consta,
Menetes e Peleu, cujo trespasso
Tinha de entristecer-nos. Ou lamentas
Os que ante as cavas naus ingratos morrem?
Não me ocultes, amigo, as mágoas tuas.”
Gemente assim Patroclo: “Não te agastes,
Aqueu sem par; dor grave oprime os nossos:
Os mais valentes já feridos jazem,
De lança o Atrida e Ulisses, e frechados
Na coxa Eurí­pilo e no pé Diomedes.
Médicas mãos os curam cuidadosas;
Mas não se dobra teu rancor, Pelides.
Nunca ira tal me cegue, herói funesto!
Quem mais em teu valor fiar-se pode,
Quando não livras da ruí­na os Gregos?
Nem te gerou, cruel, Peleu nem Tétis;
Filho és do turvo mar, de broncas penhas.
Se agouros temes, se de Jove arcanos
Declarou-te a mãe deusa, ao menos dá-me
Teus Mirmidões, e aos nossos lume escasso
Talvez serei. Tua armadura emprestes:
Crendo-te em liça os Teucros, é factí­vel
Cessem do assalto, e aos márcios Gregos deixem
Útil breve respiro em tanta lida;
Frescos nós outros, o inimigo lasso
Fácil do campo e naus rechaçaremos.”
Ai! Néscio implora, e o fado e a morte chama.

Suspira Aquiles: “Como! Eu, bom Menécio,
De agouros me temer! De Jove Tétis
Nada me revelou. Mas dói-me o agravo
De um prepotente par, que o prêmio ganho
Por minha lança na invadida praça,
A jovem bela escrava, arrebatou-me;
Dói-me sim que esse Atrida ma tirasse,
Como das mãos de ignóbil vagabundo.
Olvide-se o passado, nem perpétuo
Âdio quero nutrir: de não depô-lo
Voto fiz, sem primeiro í  minha esquadra
Chegar o estrondo e a pugna. O arnês que pedes,
Veste-o, conduz os Mirmidões fogosos:
De Teucros nuvem basta as naus circunda;
Pouca ourela da praia aos Dânaos resta;
ílio em peso concorre e afouta inunda.
Oh! Não vêem mais luzir meu capacete:
Se o rei me fora justo, em fuga tinham
O fosso de cadáveres enchido;
Ora, opugnando, o exército encurralam.
Não mais braveja a Diomédea lança,
Os Dânaos resguardando; a voz calou-se
Das goelas do Atrida abominável:
A de Heitor homicida aos seus troveja;
Guerreiros vivas o triunfo aclamam.
Sus, Patroclo, das naus remove a peste,
Anda, acomete; a frota não se abrase,
Que nos deve repor na doce pátria.
Ouve e do meu conselho não te olvides,
A fim que honras os Dânaos me prodiguem,
E a cativa gentil me restituam
Com magní­ficos dons: repulsos, volta;
Embora o esposo altí­ssimo de Juno
Te apreste a glória, os bélicos Hectóreos
Não combatas sem mim, que me é desdouro;
Nem ávido exultando na carnagem,
Aos muros de ílio o exército avizinhes;
Pois descerá do Olimpo um dos Supremos,
Talvez o Longe-vibrador que os ama.
Salva as naus e retorna; eles pleiteiem
Em raso campo. Â sempiterno Padre,
Minerva e Apolo, a morte a nenhum Teucro
E a nenhum Grego poupe; escapos ambos,
Sós ílio sacra derribar nos caiba.”
De rojões, entretanto, Ajax vexado,
Mal se sustinha, que o domava Jove
E o dardejar contino; em torno í s fontes
O elmo hórrido rouqueja, que o brilhante
Artí­fice cocar alvo é dos tiros.
Do pavês o ombro esquerdo já tem lasso,
Mas quedo apara a chuva de arremessos;
De anélito açodado, os membros todos
Escorrendo em suor, nem resfolgava,
Aumentando um perigo outro perigo.
Musas do Olimpo, recontai-me como
O fogo se ateou na Argiva armada.
Onde a espiga se encava, de montante,
Corta o Priâmeo o freixo ao Telamônio,
Que mutilado vibra hastil inútil,
E cai no chão tinindo a cúspide ênea.
Treme o indômito Ajax reconhecendo
Que obra é celeste, que o senhor do raio
Decide e quer aos Teucros a vitória;
Enfim recua. A infadigável chama,
Remessada ao baixel, inextinguí­vel
Pega de popa a proa; então veemente
Bate Aquiles na coxa: “Eia, Patroclo,
Vejo lavrar tenaz o hostil incêndio;
Não se nos tolha o meio í  retirada;
Já já te arneses, e eu reúno as hostes.”
Cinge o Menécio deslumbrante saio;
Com prata afivelando, as finas grevas
Ajusta í s pernas; estrelada e vária
Aos peitos liga a do veloz Pelides
Érea couraça; o claviargênteo gládio
Pendura; o grã pavês, sólido ombreia;
Põe í  forte cabeça o casco insigne,
De nutante penacho e horrente crista;
Válidas lanças a seu pulso adapta,
Que a do Eácida exí­mio, por disforme,
Argeu nenhum, só ele, manejava:
Cortou Quiron seu freixo no alto Pélion,
De heróis futuro dano, a Peleu dado.
A Automedon manda aprontar o coche,
A quem mais preza após o rompe-esquadras,
Pajem fiel, no afogo das batalhas.
Este junge os ligeiros Xanto e Bálio,
Ao vento iguais: Podarga harpia, ao sopro
De Zéfiro num prado os concebera
Junto ao rio Oceano. Ata í  boléia
Com imortais corcéis Pédaso fero,
Preia de Aquiles d’Eetion nos muros.
O filho de Peleu, de tenda em tenda,
Arma os seus. Quando crus vorazes lobos,
O estômago a instigá-los, dilaceram
Montês cervo ramoso, em alcatéia,
Rubros os queixos, com delgadas lí­nguas
Lambem de cima a funda escura fonte;
E, teso o ventre, a impar, cruor vomitam,
Mais gana inda os instiga e os acorçoa:
Dos Mirmidões os prí­ncipes, não menos,
O amigo audaz famintos e animosos
Do Eácida ladeiam, que os ginetes
E adargados belí­gero afervora.
Cinqüenta lestes naus a Tróia Aquiles,
Caro ao Satúrnio, trouxe, com cinqüenta
Remos em cada uma, e a cabos cinco
Diviso o mando, presidia a todos.
Menéstio encouraçado era o primeiro,
Que a Espérquio rio, gênito de Jove,
Polidora pariu, de Peleu filha,
Gentil mulher que ao deus se unira assí­duo:
Nado o criam de Bóros Periério,
Que lhe esposara a mãe com dote imenso.
Era Eudoro o segundo, que houve oculta
A de Filas garbosa Polimela:
O Argicida Mercúrio amou-a, vendo-a
Cantos guiar e danças da auri-archeira
Diana estrepitosa, e manso ao quarto
Subindo virginal, teve este egrégio
Rápido campeão; mas, dês que ao lume
Do sol o deu cruí­ssima Ilitia,
Casou com Polimela o Actório Equecles,
Dotando-a com mil dons: o avô cuidoso
O criou como seu. Era o terceiro
Pisandro Memalides, que excedia
Na lança os Mirmidões, Patroclo exceto.
Quarto, o équite Fênix; era o quinto
Alcimedon famoso Laerceio.
Tudo Aquiles ordena, e diz severo:
“Não vos esqueça, Mirmidões, que a bordo
Ameaçáveis os Troas; que freqüente,
Condenando meu ódio, me exclamáveis:
– De fel a mãe te amamentou, Pelides;
Tirano, os sócios í  inação constranges;
Pois que a ira fatal caiu-te n’alma,
De volta í  casa o pélago sulquemos. –
Ei-lo o conflito pelo qual bramí­eis:
Quem tiver coração, corra aos Troianos.”

A voz régia afogueia as filas todas.
Como, a prova dos ventos, o arquiteto
Em parede superba ajunta as pedras;
Ajuntam-se, elmo a elmo, escudo a escudo,
Lado a lado, os varões: tocam-se e ondeiam
Indistintos penachos e cocares.
Sós dois, Patroclo e Automedon, concordes
Em ferir a batalha, os precediam.
Vai logo í  tenda Aquiles, abre a tampa
Da que a mãe argentí­pede, í  partida,
Lhe dera arca louçã, de agasalhados
Capotes cheia, e túnicas e mantas
E tapetes felpudos: copa tira
De alto lavor, em que ele só bebia
E a Jove só libava; com enxofre
Untada a expurga e em água a purifica;
Também lavando as mãos, purpúreo vinho
Despeja, e em meio dos guerreiros posto,
Nos céus a vista, ao fulminante Padre,
A seus rogos atento, assim brindava:
“Jove Pelasgo, tu que longe habitas
E imperas em Dodona hiberna e fria,
Dos Selos teus intérpretes cercado,
Que de pés andam nus e em terra dormem,
Perfaze ora os meus votos, já que os Dânaos
Por honrar-me afligiste: eu permaneço,
E de muitos í  testa envio o sócio;
Dá-lhe vitória, altí­ssono, e a coragem
No peito lhe confirma; Heitor aprenda
Se é de si forte o amigo, ou se invencí­vel
É só quando combate í  minha ilharga.
Mas, depois que do assalto as naus liberte
E do tumulto, incólume aqui volte,
Com meu arnês inteiro e os meus soldados.”
Previsto Jove, anui somente em parte:
Salve Patroclo as naus, mas não se salve.
Depois que liba súplice, o Peleio
Entra na tenda, e a copa na arca fecha;
à porta volve, e espectador ainda
Quis ser da atroz mortí­fera batalha.
Como Patroclo bizarro as hostes marcham,
Té que aos Troas remetem corajosas.
Quando as vespas, que encelam-se na estrada,
Insensatos meninos irritando,
Público mal preparam buliçosos,
Por descuido se as toca o viandante,
Elas com forte coração rebentam
Em defesa do enxame: assim prorrompem
Os Mirmidões, e a cuquiada ruge.
Grita Patroclo: “Â sócios do Pelides,
De quem sois recordai-vos, com façanhas
Esse herói dos heróis honremos hoje:
O amplo-dominador confesse a culpa
De agravar o fortí­ssimo dos Gregos.”
Com tal estí­mulo, adensados ruem;
Das naus em torno o alarma horrí­vel soa.
Vendo ao Menécio coruscar nas armas
E o mesmo auriga, trépidos os Teucros
Se desconcertam; cuidam congraçado
O Eácida veloz, e olhando em roda
Cada qual busca efúgio í  instante Parca.
Patroclo estréia, com fulgente lança,
Onde mais tumultuam, junto í  popa
Do Grã Protesilau: fere o armo destro
A Pericmeu, que os équites Peônios
Caudilha de Amidon e do íxio largo;
Vai de costas, no pó gemendo rola,
E a flor de seus espavoridos fogem.
Remove e extingue o fogo, e atropelados
Da nau já semi-ardida os Frí­gios deita:
Por entre as outras, com ruí­do enorme
Derramando-se os Dânaos, os repulsam.
Se alquando espalha Júpiter fulgúreo
O negrume do cimo da montanha,
Aberto o máximo éter, aparecem
Rocas, pí­ncaros, bosques; tais os Dânaos,
Livres do incêndio, um pouco respiraram:
Porém dura ainda a pugna; que os Troianos
Costas não davam todos, mas forçados
Iam deixando o campo e resistindo.

Cada chefe um contrário acossa e mata.
Logo a bronze o Menécio de Areilico
Fratura o fêmur e o debruça em terra.
A Toas, que do peito arreda o escudo,
Prosterna Menelau. Na arremetida,
Meges lanceia a perna, onde há mais polpa,
Ao nobre Anficlo, e os nervos lhe descose;
Letal escuridão lhe cega os olhos.
Antí­loco Nestório de érea ponta
A Atí­nio espeta o lado e o prostra. Máris,
Ante o fraterno corpo, ao Grego vibra;
Mas Trasimedes, prevenindo o golpe,
No ombro lhe mete a cúspide, e lhe corta
Os músculos do braço e o osso escarna:
Baqueia Máris em medonha treva.
E dois irmãos a Dite assim remete,
Ambos hasteiros, a Sarpédon caros,
Filhos de Amisodar, que, infensa a muitos,
A Quimera nutria insuperável.
Na baralha a Cleóbulo impedido
O Oiliades empolga, e na garganta
Lha ensopa toda e em sangue a espada aquece:
Purpúrea morte o imerge em noite escura.
Lí­con e Peneleu, que se entrechocam,
Botes errando, í s lâminas recorrem:
Lí­con no hostil cocar imprime o gládio,
Que pelo punho estrala; sob a orelha,
Peneleu de um revés lhe fende o colo,
E a cabeça, da pele só retida,
Lhe dependura e os órgãos lhe desata.
Merion desenvolto após Acamas,
Ao montar, o escalavra no ombro destro:
Ofusca-se-lhe a vista e rui do coche.
De pique atroz Idomeneu, de Erimas
Por sob o cérebro atravessa a boca,
Racha alvos ossos e desloca os dentes:
Os olhos dois infiltram-se de sangue,
Sangue das ventas bolha e abertas fauces;
Da nera morte o envolve a nuvem baça.

Cada herói Grego assim talha uma vida.
Como lobos roazes que, de espreita,
A mães roubam cabritos ou cordeiros,
Cujo pastor os descuidou no monte,
E aos balantes imbeles despedaçam;
Dão sobre os Troas, que olvidando o brio,
Só na horrí­ssona fuga se afiúzam.
Ansioso o grande Ajax a Heitor procura;
Que, adargando experiente os ombros largos,
Dos tiros o zunido ou silvo observa,
E inclinada a vitória, inda constante
Vela nos companheiros. Qual do Olimpo
Ao céu vai nuvem, se o nimboso Padre
O éter sereno tolda, as naus expedem
O trépido Tumulto: os de Heitor passam
Em debandada, e os rápidos ginetes
Apartam-no dos seus, que o fosso embarga.
Quantos corcéis, na escarpa escorregando,
Quebram temões, donos e coches largam!
Uns alenta o Menécio, outros acossa
Com ignito furor: em gritos fogem,
As estradas enchendo, e os corredores,
Por turbilhões de pó que os ares turvam,
Das naus e tendas í  cidade voam.
Trota e se envia onde há maior distúrbio,
E minaz urra: sob os eixos muitos
Rolam dos voltos clamorosos carros.
Os imortais ungüí­ssonos dos deuses,
Dom preclaro a Peleu, transpõe o fosso
De um pulo; e de ir o impulso tem Patroclo
Sobre Heitor, que é de biga arrebatado.
No outono, quando Júpiter, sanhudo
Contra o julgar dos homens que a justiça
Do foro banem sem temor dos numes,
A negra terra agrava de chuveiros,
Com tal fúria desfecha, que em dilúvio
Rios dos montes, sementeiras e agros
Arrasando, a gemer se precipitam
No vasto mar purpúreo: assim nitrindo
Iam na desfilada as Teucras éguas.
Rotas as hostes, para as naus Patroclo,
De ílio tolhendo o ingresso desejado,
As repulsa, e entre a praia e o Xanto e o muro
Gira a vingança e a morte. Nu de escudo
Fere a Pronos o peito; os membros laxa,
E fragoroso expira. De outro bote
Prostra o Enópio Testor, que perturbado
No assento encolhe-se e demite as rédeas:
Pela destra maçã lhe fisga os dentes,
A si contrai a lança; e, qual se pesca
De linha e anzol, de cima de um rochedo,
Grã sacro peixe, pela boca hiante
Do carro abaixo o tira inanimado.
Joga uma pedra a Erí­alo que arrosta,
O elmo parte a cabeça racha em duas;
Por terra se debruça, e a morte o cinge.
Patroclo, um após outro, ao chão derriba
A Erimas e Anfotero, Epalte e Pires,
Équio e Ifeu, Tlepolemo Damastório,
A Polí­melo Argeiades e Evipo.
Dele Sarpédon vendo os seus domados,
Repreende os nobres Lí­cios: “Que vergonha!
Onde, Lí­cios, fugis? Como sois ágeis!
Corro a provar o armipotente braço,
Que a tantos campeões tolhe os joelhos.”
Do carro eis salta e apeia-se Patroclo.
Quais, de bico recurvo e garra adunca,
Sobre alta penha aos guinchos dois abutres,
Travam-se eles gritando. – Ao contemplá-lo,
Para a consorte e irmã suspira Jove:
“Dos homens o mais caro, ai! Meu Sarpédon,
à lança do Menécio está votado:
Hesito n’alma se na Lí­cia o ponha,
Subtraí­do ao combate lutuoso,
Ou se ao cruel destino o deixe entregue.”
Mas a augusta olhitáurea: “Que proferes,
 formidável Júpiter? Salvares
Mortal í  triste Parca já fadado!
Salva-o, porém do Céu não tens o assenso.
Digo mais, e reflete, í  pátria vivo
Se envias teu Sarpédon, outros numes,
Da injustiça irritados, hão de os filhos
Muitos livrar que ante ílio estão pugnando.
E do teu predileto se hás piedade,
Mal do Menécio a mão do alento o prive,
Consente í  Morte e ao Sono que o transportem
à opulenta alma Lí­cia: irmãos e amigos
Façam-lhe exéquias e lhe sangrem pios
Túmulo e cipo, aos mortos honra extrema.”
O pai de homens e deuses resignou-se;
Mas pelo filho, a quem da pátria longe
Na feraz Tróia imolará Patroclo,
Asperge a terra de sanguí­neo orvalho.
Já se contrastam; mas Patroclo ao bravo
Pajem do rei Sarpédon, Trasimelo,
Vulnera no imo ventre e solta a vida.
Sarpédon brande a lança impetuosa,
E o golpe errado a pá direita fere
De Pédaso corcel, que em vascas geme
Na arena a espernear e arcando expira.
Xanto escouceia e Bálio; o jugo estala,
E as bridas se embaraçam no que atado
Ao temão jaz no pó. Na afronta, o hasteiro
Automedon provê: de Junto í  coxa
Robusta saca a lâmina aguçada,
E ao da boléia presto aos loros talha.
Direita a imortal biga ao freio acode.
Aos dois rói nova sanha e fogo novo:
Inda a Sarpédon falha a cúspide ênea,
O ombro só roça esquerdo; mas certeiro
Patroclo o pique lhe enterrou por onde
O coração as ví­ceras torneiam.
Como o carvalho, ou choupo ou celso pinho,
Para naval fabrico, ao truz desaba
De afiada secure; ante os cavalos
E o carro jaz, e o pó sanguí­neo apalpa,
Os dentes a estrugir. Qual fulvo touro,
Soberbo entre a flexí­pede manada,
Sob os colmilhos do leão morrendo,
Muge, inda se debate; assim, vencido,
Gemente o rei dos adargados Lí­cios,
A bracejar, o camarada chama:
“Diletí­ssimo Glauco, mais que nunca,
Mostra o que és, sê pugnaz, o mando assume.
Por Sarpédon concita os cabos todos
A pelejar; tu mesmo a lança enrestes.
Infâmia e opróbrio te será perpétuo
Os Gregos despojarem-me o cadáver,
Onde os Lí­cios heróis as naus disputam.
Eia, as tropas inflama, inabalável.”
Cala, afila o nariz e empana os lumes,
Revolto em morte. O Aqueu lhe calca os peitos,
A cúspide lhe saca e entranhas e alma.
Os Mirmidões retêm corcéis que vagam
Açodados, sem coches nem senhores.
De Sarpédon a voz contrista a Glauco,
Nem este lhe valeu, que na mão preso
Tinha o braço, e a frechada o confrangia
Do Aquivo Teucro na mural contenda;
Mas ora a Febo: “De ílio, ou da possante
Lí­cia, Escuta-me, ó nume arcipotente;
Queixas em qualquer parte e rogos ouves
De afligido mortal: picadas sinto
Lancinantes, o sangue não se estanca,
O ombro é pesado, o pique mal sustento.
Nada posso compreender; mas jaz Sarpédon,
Sem que ao valente filho acuda Jove.
 rei, sequer me sara esta ferida,
Alivia-me, a fim que esforce os Lí­cios
E o cadáver eu mesmo lhe defenda.”

Benigno Febo, as dores já lhe acalma,
Veda o sangue e o robora. Exulta Glauco
Da proteção do deus; primeiro os chefes
Lí­cios procura, e a cheio passo aos Teucros
Agenor se dirige e Polidamas,
Mais a Eneias e Heitor, e a este exprobra:
“Sócios esqueces que da pátria e amigos
Longe perecem, nem salvá-los queres!
Sarpédon morto jaz, da Lí­cia apoio,
Valoroso, eloqüente e justiceiro;
Pelas mãos do Menécio o prostrou Marte.
Indignai-vos, consócios, de que o dispam
E insultem Mirmidões, vingando irosos
Aos que ante as naus a botes aterramos.”
Lavra um luto geral; que, estranho embora,
Esteio era de Tróia, e o mais galhardo
Entre os galhardos Lí­cios. Por Sarpédon
Chameja e os guia Heitor; Patroclo, os Dânaos,
Instigando os Ajax de si fogosos:
“Vós Ajax, dantes sempre os mais estrênuos,
Hoje aos Teucros. O herói que entrou primeiro
No Graio muro, em terra está, Sarpédon.
Possamos nós despi-lo e encher de afrontas,
A bronze escarmentar os que se oponham!”
De estí­mulo os Ajax não careciam.
Uns e outros firmam-se em renhida pugna,
Teucros e Lí­cios, Mirmidões e Aquivos,
Com medonho alarido e fragor de armas.
Para estrago maior em torno ao corpo
Do amado filho, Júpiter estende
Lôbrega noite sobre o atroz conflito.
Olhinegros Aqueus primeiro afrouxam,
Ferido um Mirmidon não lerdo, prole
De Agacles valoroso, Epigeu divo,
Que em Budeia magní­fica imperava,
E morto um primo audaz, súplice veio
A Tétis argentí­pede e ao marido,
Que a Tróia em poldros fértil o enviaram
Do seu rompe-esquadrões na comitiva:
Sobre Sarpédon quando a mão já punha,
De uma pedrada o elmo Heitor partiu-lhe
E em duas a cabeça; do cadáver
Descai por cima, e a feia Parca o cinge.
Qual açor caça a gralhos e estorninhos,
Entre os primipilares, anojado
Pelo defunto sócio, tu Menécio,
De chofre dás nos Lí­cios e Troianos,
De seixo a Atenelau Itemeneides
Os tendões rompes da cerviz; recua
Com seus primipilares o Priâmeo:
Quanto, ou no jogo ou na homicida guerra,
Alcança um tiro de esforçado pulso,
Ganham tanto os Aqueus e os Teucros perdem.
Glauco o primeiro se voltou, matando
O caro filho de Calcon, Baticles,
De Hélade opulentí­ssima habitante
E o Mirmidon mais rico: este após ele,
Já quase o apanha; de repente o Lí­cio
Vira-se e a lança embebe-lhe no seio:
Ao baquear do braço, um grito soltam,
Com mágoa os Dânaos, com prazer os Troas,
Que em derredor se apinham; mas briosos
Vêm de encontro os Aqueus. Merion derriba
O audaz Laogono, de Onetor progênie,
Do Ideu Jove ministro e um nume ao povo;
Sob a orelha e a maxila o fere e prostra:
A alma afunda-se logo em treva horrenda.
O Anquí­seo a Merion dispara, crendo
Sob o escudo o enfiar na arremetida;
Ele previsto se proclina, e o freixo
Por cima zune, enterra-se na areia,
E o conto fixo treme, até que Marte
A fúria impetuosa lhe aquieta,
Pois dardou mão robusta o bote inútil.
E Eneias irritado: “És bom dançante;
Mas o pique, Merion, certeiro fosse,
Que para sempre te afracara as pernas.”
Ao que retorque o hasteiro: “És forte, Eneias;
Mas nem a todos que arrostar-te ousarem,
Tu contes extinguir. Mortal nasceste;
A tocar-te o meu bronze, embora sejas
Na destra afouto, me darias glória,
Tua alma ao rei da lúgubre quadriga.”
Mas o Menécio a Merion censura:
“Que te apresta o falar, valente amigo?
Antes que um morda o pó, com feros nunca
Arredarás os Teucros do cadáver:
O braço í  guerra, ao parlamento a lí­ngua;
Não palavras, sim obras.” Nisto avança,
Marcha e o ladeia Merion deiforme.
Qual soa ao longe a mata, em fundo vale,
Dos lenhadores aos contí­nuos golpes,
Ei-los em todo o campo o estrondo excitam
De êneos arneses, bipontudas hastas,
Elmos, lorigas, e broquéis e espadas.
Desconhecera o experto ao Lí­cio cabo,
Desde a cabeça aos pés de pó coberto
E sangue e tiros: cercam-no e vozeiam,
Como em curral, na primavera, moscas
De alvos tarros de leite em roda zumbem.
Júpiter, fitos no combate os olhos,
Medita ansioso de Patroclo o fado:
Se ali sobre Sarpédon o Priâmeo
O imole e dispa, ou se ele a vários inda
Lance no extremo afã. Por fim resolve
Que o fâmulo de Aquiles í  cidade
Com matança repila o chefe e os Teucros.
O coração primeiro a Heitor quebranta,
Que í  pressa monta e exorta os seus que fujam,
A balança Dial pender sentindo.
Nem os Lí­cios resistem, vendo em meio
Jazer seu rei de um vasto morticí­nio,
Pois sobre ele muití­ssimos caí­ram,
Quando o Satúrnio o prélio exasperava.
Despem-lhe as éreas coruscantes armas,
Que í s naus remete o vencedor Patroclo.

Diz a Febo o Nubí­cogo: “Anda, filho,
De sob os dardos meu Sarpédon ergas,
Puro do negro sangue, a parte, em veia
Limpa o lava, e de ambrosia perfumado
Veste-lhe imortal roupa, e o dá que o levem
Os dois gêmeos cursores Morte e Sono
à opulenta ampla Lí­cia: irmãos e amigos
Façam-lhe exéquias e lhe sagrem pios
Túmulo e cipo, aos mortos honra extrema.”
Dócil Apolo, do Ida ao campo desce:
De sob os dardos a Sarpédon ergue,
Puro do negro sangue, a parte, em veia
Limpa o lava, e de ambrosia perfumado
Veste-lhe imortal roupa, e í  Morte e ao Sono
O dá, que na alma Lí­cia o depuseram.

A Automedon excita e aos inimigos
Deita o coche Patroclo; e, se os preceitos
Louco não desprezasse do Pelides,
O trespasso evitara. Mas os de homens
Vence o aviso de Jove, que afugenta
E ao forte que instigou tolhe a vitória,
Ao Grego estimulando. – A quem, Menécio,
Derribaste primeiro, a quem postremo,
Quando a morrer os deuses te chamaram?
A Adresto e Equeclo e o Mégades Perimo,
E Autonoo, e Epistor e Melanipo;
Depois a Elaso e Múlio, enfim Pilarte:
Mata-os, os mais persegue. E a de altas portas
à tremebunda lança ajoelhara,
Na grã torre se Apolo não parasse,
Em mal dos Dânaos e a favor dos Troas.
O herói pelo espigão do altivo muro
Três vezes trepa, três a eterna destra
O empurra e bate-lhe o fulgente escudo;
Qual deus indo a investir, minaz o impede
O Longe-vibrador: “Não mais, Patroclo,
à brava lança tua os fados vedam
ílio santa arrasar; compete a braço
Que o teu muito mais forte; ao grande Aquiles.”
Temendo a frecha do agastado Apolo,
Retrograda o Menécio. às portas Ceias
Tem-se Heitor, cogitando se os cavalos
De novo atire í  turba, ou clame í s tropas
E as congregue ante o muro; e, enquanto hesita,
Aproxima-se Apolo em forma de ísio,
Tio seu maternal, mas verde e guapo,
De Dimas geração, que í s Frí­gias margens
Do Sangário habitava, e assim lhe fala:
“Que vil moleza, Heitor! Oh! Quanto em forças
Te cedo, eu te excedesse, que da inércia
Te havia de pesar. Anda, coragem!
A Patroclo os ungüí­ssonos propele;
Busca matá-lo, e dê-te a glória Febo.”
Disse, e torna í  refrega: Heitor ordena
Ao belaz Cebrion que açoute as éguas
E entre em peleja. O deus corre as fileiras,
Turba e assusta os Aqueus, exalça os Teucros.
Despreza os mais Heitor, só trata e marcha
Contra o Menécio, que do coche pula,
Na sestra o pique, na direita um branco
íspero seixo oculto, e forcejando
Errado o joga, mas não foi baldio,
Que acerta em Cebrion, Priâmeo espúrio,
Tendo as rédeas auriga: í s sobrancelhas
O esmecha a pedra e o osso lhe espedaça,
Aos pés vaza-lhe os olhos na poeira;
Ele exânime ao chão vai de mergulho.
E Patroclo a zombar: “Oh! Como é ágil!
De nau saltara no piscoso ponto,
Como da sela, e a mergulhar nas vagas,
Sustentara de ostrinhos a maruja.
São bons mergulhadores os Troianos.”
Aqui, remete a Cebrion, em guisa
De agro leão, que ao devastar o cerco,
É malferido, e ní­mia ardência o perde.
Pronto apeia-se Heitor. Qual num cabeço
Crus também dois leões esfomeados
Morta corça tetérrimos disputam;
Os dois, Patroclo e Heitor, da pugna mestres,
Cortarem-se almejando a sevo bronze,
Brigam por Cebrion: dos pés o aferra
O Menécio, e o Priâmeo da cabeça;
Teucros e Argeus frenéticos se abarbam.
Quando, em floresta ou brenha, de Euro e Noto
O certame sacode o cortiçoso
Corniso e o freixo e a faia, gemebundos
Seus longos ramos confundindo, estralam
Num contí­nuo fragor: tais se entrelaçam,
Não pensando na fuga desastrosa,
De Cebrion em roda os contendores,
Em recí­proco ataque a trucidar-se.
Lanças pregam-se e dardos, setas voam
Dos nervos rechinando, e a rodar pedras
Aos combatentes os broquéis abolam;
Da boléia esquecido, o herói se estira
De pó num turbilhão por grande espaço.
Enquanto o Sol montava, a tiros morrem
De parte a parte; mas no seu declive
Era imensa dos Gregos a vantagem,
Que a Cebrion arrancam do tumulto
E do acervo das armas e o despojam.
Patroclo a Marte igual, medonho urrando,
Três vezes rui, três vezes mata a nove;
Mas ah! da quarta, ó campeão divino,
Luziu teu fim! Terrí­vel sai Apolo;
Oculto em nevoeiro, a mão pesada
Lhe carrega no dorso e largos ombros;
Vidra-lhe os olhos súbita vertigem;
Desenlaçado o esguio capacete,
Rola aos pés dos ungüí­ssonos tinindo;
Sangue e pó suja as crinas e a cimeira,
Nunca dantes manchadas, quando ornavam
Do divo Aquiles a venusta fronte:
Na cabeça de Heitor, para seu dano,
Pôs Jove esse elmo. Reforçado e rijo
De Patroclo nas mãos rebenta o pique;
Dos loros o pavês se lhe desliga;
Mesmo Febo a couraça lhe desprende.
Quedo e estúpido, os membros entorpece:
Traspassa-o pelas costas o Pantóides
Jovem Euforbo, auriga e hasteiro insigne,
Celérrimo e adestrado, que dos carros
Novel já despenhou vinte inimigos,
E a ti, Menécio, te feriu primeiro,
Sem derribar-te; e, assim que extrai a lança,
Mete-se no tropel; pois não se atreve
Encarar com Patroclo, bem que inerme.
Este, opresso de um nume e vulnerado,
Aos seus retrocedendo, ia salvar-se;
Mas Heitor, ao magnânimo ferido
E em retirada, vem por entre as alas,
No vazio lhe ensopa o aêneo gume:
Tomba o herói com fracasso, e os Gregos gemem.
Qual se um leão com javali forçudo,
Beber ambos querendo em fonte exí­gua,
Luta cruel empenha em árduo cume,
Té que o cerdo açodado enfim sucumbe;
Tal ao Menécio, a tantos pernicioso,
Desalma Heitor. Sobre ele ovante o insulta:
“Creste assolar, demente, a pátria nossa,
E í  tua, subtraí­do o livre dia,
As Teucras embarcar: por defendê-las
Desse dia servil, é que os soní­pedes
Corredores de Heitor í  pugna o levam;
Por guardar seu decoro, é que na lança
Os Troianos supero belicosos.
Hão de comer-te, mí­sero, os abutres!
Nem vale o forte Aquiles, que ao ficar-se
Recomendou-te certo: – às naus bojudas
Não me revertas, cavaleiro amigo,
Sem que de Heitor ferino aos peitos rasgues
A cruenta loriga. – Essas palavras
Seduziram-te, louco, e te perderam.”
E lânguido o Menécio: “Ora blasonas!
Domado eu fui por Júpiter e Apolo,
Que o próprio arnês dos ombros me arrancaram.
Sem eles, como tu vinte guerreiros
Pelo meu dardo acabariam todos;
Mas fatal sorte e o filho de Latona,
E entre os mortais Euforbo, me renderam:
És terceiro e despojas um finado.
Escuta, e fixo o tenhas: longo tempo
Não viverás; a Parca já te espera
Sob a lança do Eácida invencí­vel.”
Disse, e expira: dos membros desatada,
A alma voa aos infernos lamentando
O seu viril esforço e mocidade.

Ao morto fala Heitor: “Por que me agouras
Destino tal? Quem sabe se inda ao nado
Da pulcrí­coma Tétis hei-de a vida
Extinguir?” Nisto, o calca, e o êneo pique
Da ferida sacando, o ressupino
Corpo com ele afasta; o enresta ansioso
Trás o pajem deiforme do Pelides,
Automedon, que os imortais ginetes,
A Peleu dom celeste, arrebataram.

Photos: Mathieu Bertrand Struck