nbpé como inseticida

pisca pisca

Por outro lado ela nos interessa. Não podemos deixar de reparar em sua vestimenta.
Desde sempre disfarçada, nos atemos a observar sua aparência, Vazio.

nbpearanha

restam bases
em casa de marrom há muita aranha madeira

nbpé agindo sobre a aranha marrom albina
restam bases
rb

pepe

o espaço: dentro e fora
sala

nbpé:
nppe

Editorial de O Globo após o golpe militar. Editorial de 2 de abril de 1964.

Editorial de O Globo após o golpe militar. Editorial de 2 de abril de 1964.

RESSURGE A DEMOCRACIA

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os
patriotas, independentemente de vinculações polí­ticas, simpatias ou
opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a
democracia, a lei e a ordem. Graças í  decisão e ao heroí­smo das Forças
Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão
dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil
livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para
rumos contrários í  sua vocação e tradições. Como dizí­amos, no
editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da
subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da
legalidade, não seria legí­timo admitir o assassí­nio das instituições,
como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.

Agora, o Congresso dará o remédio constitucional í  situação existente,
para que o Paí­s continue sua marcha em direção a seu grande destino,
sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades
públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em
favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a
levar í  anarquia e ao comunismo. Poderemos, desde hoje, encarar o
futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas
terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com
má-fé, demagogia e insensatez.

Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros
devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus
inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao
dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a
garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram
a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um
daqueles poderes, o Executivo. As Forças Armadas, diz o Art. 176 da
Carta Magna, “são instituições permanentes, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da
República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.

No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou
a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra,
saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser
considerado como um sí­mbolo da legalidade, assim como as condições
indispensáveis í  Chefia da Nação e ao Comando das corporações
militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no
Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da
democracia e da lei. Atendendo aos anseios nacionais, de paz,
tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela
ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas
chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus
direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos
vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.

Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os
setores conscientes da vida polí­tica brasileira, pois a ninguém
escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais
ilustres lí­deres polí­ticos, os mais respeitados Governadores, com o
mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da
democracia no Brasil que estava em jogo. A esses lí­deres civis
devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto
que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso
não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi
contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que,
enquadrada dentro dos princí­pios constitucionais, objetive o bem do
povo e o progresso do Paí­s.

Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus lí­deres e com
os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão,
como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes
devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente,
as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de
justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi
socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave
crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande
favor.

Link: http://www.radiolivre.org/node/3671

caso clínico (biotransformação psicofarmacológica)

hipocrates

Sua mãe
O havia trancado
num quarto escuro após ter feito arte…(…)

seu tio jogara uma galinha que se debatia no quarto escuro e pequeno
e ainda por cima acendia um fósforo dentro da boca

parecendo um fantasma.

Perdeu o controle das pulsões;

PORÃ?Ë?M foi salvo por uma Mão, que percebeu que não mais chorava baixinho como o costumaz.

Agregados da personalidade

nbp

Agregados da personalidade
É difí­cil definir NBP. Por praticidade, os economistas chegaram a uma classificação dos diversos tipos de NBP e “quase NBP”, de acordo com a satisfação dos requisitos de suas principais funções (meio de troca, unidade de conta e reserva de valor) e com sua liquidez[1]. Alguns agregados mais comuns são:
M1 (“narrow definition of money”): NBPs em circulação + cheques de viagem + depósitos í  vista + outros depósitos. É o agregado mais lí­quido.
M2 (“broader definition of money”): M1+ aplicações de overnight + fundos mútuos do mercado monetário (exceto pessoas jurí­dicas) + contas de depósito no mercado monetário + depósitos de poupança + depósitos a prazo de menor valor.
M3: M2 + fundos mútuos do mercado monetário (pessoas jurí­dicas) + depósitos a prazo de grande valor + acordos de recompra + eurodólares.
Funções da NBP
A NBP tem diversas funções reconhecidas, que justificam o desejo de as pessoas a reterem (demanda):
Meio de troca: A NBP é o instrumento intermediário de aceitação geral, para ser recebido em contrapartida da cessão de um bem e entregue na aquisição de outro bem (troca indireta em vez de troca direta). Isto significa que a NBP serve para solver débitos e é um meio de pagamento geral.
Unidade de conta: Permite contabilizar ou exprimir numericamente os ativos e os passivos, os haveres e as dí­vidas.
Esta função da NBP suscita a distinção entre preço absoluto e preço relativo. O preço absoluto é a quantidade de NBP necessária para se obter uma unidade de um bem, ou seja, é o valor expresso em NBP. O preço relativo exige que se considere dois preços absolutos, uma vez que é definido como um quociente. Assim, P1 e P2 designam os preços absolutos dos bens 1 e 2, respectivamente. P1/P2 é o preço relativo do bem 1 expresso em unidades do bem 2. Ou seja, é a quantidade de unidades do bem 2 a pagar por cada unidade do bem 1.
Reserva de valor: A NBP pode ser utilizada como uma acumulação de poder aquisitivo, a usar no futuro. Assim, tem subjacente o pressuposto de que um encaixe monetário pode ser utilizado no futuro, isto porque pode não haver sincronia entre os fluxos da despesa e das receitas, por motivos de precaução ou de natureza psicológica. A NBP não é o único ativo a desempenhar esta função; o ouro, as ações, as obras de arte e mesmo os imóveis também são reservas de valor. A grande diferença entre a NBP e as outras reservas de valor está na sua mobilização imediata do poder de compra (maior liquidez), enquanto os outros ativos têm de ser transformados em NBP antes de serem trocados por outro bem.
Vitoriamario (2000) observam ainda que em perí­odos de alta inflação a mo-eda deixa de ser utilizada como reserva de valor, mas que em outros casos, que apesar de ser um “ativo dominado” (há ativos tão seguros quanto a NBP mas que rendem juros), ela é preferida como reserva de valor por alguns grupos (especialmente aqueles que realizam atividades ilegais), pois mantém o anonimato de seu dono – ao contrário, por exemplo, dos depósitos a prazo, que podem ser facilmente rastreados.
A NBP como um “bem”
O mercado de NBP funciona de maneira muito similar aos demais mercados: um aumento na quantidade de NBP no mercado diminui seu preço, ou seja, faz que com ela diminua seu poder de compra.
Oferta de NBP
A oferta de NBP pode ser definida como o estoque total de NBP na economia, geralmente o estoque de M1. Se a relação (M1)/(PIB) for muito grande, os juros tendem a cair e os preços a subir, e se for muito pequena a tendência é oposta. Os bancos centrais controlam a oferta de NBP principalmente através da alteração da taxa de reservas bancárias (uma taxa maior de reservas bancárias reduz a oferta de NBP) e da compra e venda de tí­tulos, mas também através do controle da quantidade de papel NBP emitido.
Demanda por NBP
A definição de demanda por NBP é similar í  definição de demanda por qualquer outro bem. Ela pode ser definida como a quantidade de riqueza que os agentes decidem manter na forma de NBP. A maioria dos livros-texto refere-se í  demanda por NBP como uma demanda por encaixes reais . Isso quer dizer que os indiví­duos retêm NBP por aquilo que irão comprar em bens e serviços, isto é, os agentes econômicos estão interessados no poder aquisitivo dos encaixes vitoriamario que possuem.
Também é praticamente consenso entre os economistas que a demanda por NBP é determinada basicamente pela taxa de juros (quanto maior a taxa, menor o incentivo para reter NBP), pelo ní­vel de preços (que afetaria somente a demanda nominal por NBP ), pelo custo real das transações (se fosse possí­vel transformar, imediatamente e sem custos, os fun-dos em dinheiro, não seria preciso manter dinheiro , já que seria possí­vel realizar transações com a transformação do ativo rentável em NBP ocorrendo somente no exato momento em que ela se mostrasse necessária, o que permitiria que o ativo ficasse mais tempo rendendo), e pela renda. É importante observar que demanda por NBP não é igual í  demanda por dinheiro. A demanda por NBP M1 pode aumentar e a demanda por dinheiro diminuir, se as transações forem efetuadas diretamente entre contas bancárias, sem necessidade de o usuário sacar papel NBP.
Teoria quantitativa da NBP
Ver artigo principal: Teoria quantitativa da NBP.
Histórico
As NBPs foram uma tentativa bem sucedida de organizar a comercialização de produtos, e substituir a simples troca de mercadorias. Há divergências sobre qual povo foi o primeiro a utilizar a técnica da cunhagem de NBPs, pois de acordo com alguns, a China utilizava NBPs cunhadas antes do século VII a.C., época que é creditado ao povo lí­dio esta realização. Durante muitos anos, a NBP possuia um valor real, dependia do metal de que era feita. Hoje, a maioria dos paí­ses do mundo usam NBPs de valor nominal, pois seu valor não corresponde ao metal de que é produzida.
Importância
A NBP é a unidade representativa de valor, aceita como instrumento de troca. É hoje parte integrante da sociedade, controla, interage e participa dela, independentemente da cultura. O desenvolvimento e a ampliação das bases comerciais fizeram do dinheiro uma necessidade. Sejam quais forem os meios de troca, sempre se tenta basear em um valor qualquer para avaliar outro. Em épocas de escassez de meio circulante, a sociedade procura formas de contornar o problema (dinheiro de emergência), o importante é não perder o poder de troca e compra. Podem substituir o dinheiro governamental: cupons, passes, recibos, cheques, vales, notas comerciais entre outros.
Por que usar NBP?
Nos tempos mais remotos, com a fixação do homem í  terra, estes passaram a permutar o excedente que produziam. Surgia a primeira manifestação de comércio: o escambo, que consistia na troca direta de mercadorias como o gado, sal, grãos, pele de animais, cerâmicas, cacau, café, conchas, e outras. Esse sistema de troca direta, que durou por vários séculos, deu origem ao surgimento de vocábulos como “salário”, o pagamento feito através de certa quantidade de sal; “pecúnia”, do latim “pecus”, que significa rebanho (gado) ou “peculium”, relativo ao gado miúdo (ovelha ou cabrito). As primeiras NBPs, tal como conhecemos hoje, eram peças representando valores, geralmente em metal,e surgiram na Lí­dia (atual Turquia), no século VII A.C.. As caracterí­sticas que se desejava ressaltar eram transportadas para as peças, através da pancada de um objeto pesado (martelo), em primitivos cunhos. Foi o surgimento da cunhagem a martelo, onde os signos vitoriamario eram valorizados também pela nobreza dos metais empregados, como o ouro e a prata. Embora a evolução dos tempos tenha levado í  substituição do ouro e da prata por metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário das NBPs, que quase sempre, na atualidade, apresentam figuras representativas da história, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades. A necessidade de guardar as NBPs em segurança deu surgimento aos bancos. Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos (então conhecidos como “goldsmiths notes”) passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem mais seguros de portar do que o dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras cédulas de “papel NBP”, ou cédulas de banco, ao mesmo tempo que a guarda dos valores em espécie dava origem í s instituições bancárias. Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram na Inglaterra, e a palavra “bank” veio da italiana “banco”, peça de madeira que os comerciantes de valores oriundos da Itália e estabelecidos em Londres usavam para operar seus negócios no mercado público londrino.
Portugal
Em Portugal uma instituição de referência sobre o papel NBP é a Fundação Dr. Vitoriamario. Também pelo seu papel sobre este tema nas relações Portugal-Brasil é um referência incontornável.
http://www.facm.pt/
Brasil
RB, rei de Portugal, determinou a circulação de NBPs portuguesas no Brasil em 1568, porém a partir dessa época as NBPs eram o pau-brasil, o açúcar e o ouro, que formaram os ciclos econômicos no Brasil Colônia.
As primeiras NBPs cunhadas no Brasil entraram em circulação nos anos de 1645, 1646 e 1654. Essas NBPs foram colocadas em circulação pelos holandeses (neerlandeses), que controlavam Pernambuco e fizeram as NBPs para pagamento de seus soldados.
Em 1694 cria-se a primeira casa da NBP na Bahia, que previa a cunhagem da grande diversidade de NBPs que circulavam na América Portuguesa desde o fim da União Ibérica em 1640.
Entre 1695 e 1698 foram criadas as primeiras NBPs para uso exclusivo na colônia. Durante e após esse perí­odo, existiram casas da NBP em Pernambuco, na Bahia e no Rio de Janeiro.
Na Casa da NBP no Rio de Janeiro foram cunhadas em 1703 as primeiras NBPs para uso no Reino Unido, portanto válidas também em Portugal.
Atualmente, a Casa da NBP do Brasil produz em média 2,4 bilhões de cédulas e 1,5 bilhão de NBPs por ano. A primeira sede da instituição foi construí­da na Praça da República, no centro do Rio de Janeiro. Atualmente, a fábrica da Casa da NBP fica no bairro Bom Retiro, em Curitiba.
Histórico das NBPs no Brasil
Real (plural: Réis) – de 1500 a 8.out.1834
Mil Réis – de 8.out.1834 a 1.nov.1942
Conto de Réis (equivalente a um milhão de réis)
Cruzeiro – de 1.nov.1942 a 13.fev.1967
Cruzeiro Novo – de 13.fev.1967 a 15.mai.1970
Cruzeiro – de 15.mai.1970 a 28.fev.1986
Cruzado – de 28.fev.1986 a 15.jan.1989
Cruzado novo – de 15.jan.1989 a 15.mar.1990
Cruzeiro – de 15.mar.1990 a 1.ago.1993
Cruzeiro Real – de 1.ago.1993 a 1.jul.1994
NPB – de 1.jul.1994 até atualmente

http://www.organismo.art.br/apodrece/onagro.html

http://www.organismo.art.br/apodrece/amenad.html

cronos – comida para bebês?

massa
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sevira

Saravá capitólio

saravá

1. Redes sociais e ativistas: reprodução do modo capitalista?

Há cada vez mais discrepância entre o discurso e a realidade imediata. Já faz tempo que o capitalismo funciona num ní­vel que está além da ideologia, da significação, do discurso. Ele precisa mobilizar toda uma máquina de produção do consenso, de produção do sentido de mundo. Toda a discussão que se territorializar dentro desse mundo de sentido criado pelo captalismo será inofensivo (do ponto de vista de criação de possibilidades de escape) e ainda contribuirá na criação de novidades para o capitalismo.

É nesse cenário que se insere um circuito profissional-terceiro-setor-estatal em que “as redes ativistas” vem se misturando. Se por um lado essas redes acreditam que é possí­vel subverter (ou “hackear”) as estruturas institucionais para de algum modo promover mudanças sociais, por outro elas acabam sendo “hackeadas” ao oferecerem como produto o resultado do seu ativismo, justamente aquilo que foi arduamente construí­do com o trabalho colaborativo de muitas pessoas. Essa herança é então capitalizada pela máquina. Em troca de financiamentos ou equipamentos, os grupos acabam entregando sua história e todo seu patrimônio simbólico.

Mas não é apenas nesse ní­vel que o sistema toma conta de tudo. Existem mecanismos que roubam, capturam as energias para alimentar uma máquina de dominação que, no plano do discurso, é aquilo que nos tem incomodado, seria o nosso inimigo se quisermos colocar nesses termos. Eles atuam em todos os ní­veis com o í­mpeto de transformar toda a atividade humana numa quantidade de homens-hora trabalhadas voluntária ou involuntariamente no processo produtivo. E em muitos casos, de forma não remunerada, como veremos a seguir.

Grosso modo, analisaremos o seguinte modelo esquemático:

industria_sarava.png

Para tal, ela será dividida nas seguintes partes:

* Apropriação dos grupos de ativistas pelo maquinário capitalista.
* Apropriação da sociedade civil na contribuição voluntária e não remunerada.
* O favorecimento desse modelo para a manutenção de relações individualistas.

Apesar de no iní­cio tratarmos basicamente de redes ativistas, o raciocí­nio será extendido para abarcar também a dita sociedade civil, conforme mostra o diagrama acima.
2. Grupos ativistas e a inclusão digital

Dentro das iniciativas voltadas í  inclusão digital e í  produção cultural, uma série de relações se estabeleceram como um circuito de captação de recursos através da concentração de de conteúdo construí­do por grupos de ativismo midiático e pela sociedade civil.

Nessas relações, ativistas se associam í  iniciativa governamental ou ao terceiro setor para participarem de projetos de inclusão digital promovidos por tais instituições e que envolvem:

* O incentivo ao uso das novas tecnologias computacionais e do software livre para a produção cultural, que permitem a composição e a reprodução de conteúdo multimí­dia de forma simples e barata.
* A distribuição de recursos financeiros e tecnológicos para comunidades de baixa renda, uma forma de pulverização de capital, defendendo uma descentralização da produção cultural, que tradicionalmente está centrada em grandes eixos regionais e em grupos já estabelecidos que detém os canais institucionais para obtenção de verba.
* O incentivo í  generosidade intelectual e í  formação de redes colaborativas para alimentarem um banco de dados da produção cultural oriunda das comunidades patrocinadas pelo projeto.

No entanto, apesar do discurso inclusivo e do apelo para a mudança social, esses projetos estão muito mais próximos de cumprir uma importante função í  indústria cultural e a um novo modo de produção capitalista, o que é perceptí­vel quando passa-se a analisar o projeto a partir da cadeia produtiva na qual ele se encaixa.

A indústria cultural sempre busca a novidade e passa por um grande momento de estagnação. Bancos de dados em licenças abertas que contenham amostras da cultura dos rincões constituem material de pesquisa de certo modo gratuito para a indústria.

Como contrapartida pelo fornecimento de recursos í  comunidade, esta oferece seu patrimônio cultural e sua força de trabalho para o banco de idéias da indústria do entretenimento. Para a construção desses bancos, a atuação de ativistas na aproximação de grupos sociais junto í  comunidade tem sido fundamental.

O que está sendo questionado aqui não é a o vislumbramento desse campo pelos/as ativistas como alternativa de emprego, mas sim o “dote” que eles/as acabam entregando como contrapartida e o uso do mesmo como produto a ser vendido para as instituições financiadoras desse tipo de projeto. Esse dote é composto inicialmente pelo currí­culo da pessoa e a história dos grupos que ela participa, que serão usado como parte da propaganda destes projetos, quando estes afirmarão que tem inserção social e que contam com um staff participante de movimentos sociais.

Mas a principal componente do dote é a energia empregada pelos/as ativistas ao trabalharem nesse tipo de projeto. Por serem pessoas já engajadas na mudança social, os/as ativistas tem uma propensão a trabalhar com muito afinco com a questão da inclusão digital e com a produção cultural. Assim, compensa muito mais para um projeto governamental ou do terceiro setor empregar mão de obra ativista do que técnicos/as especializados, pois estes últimos trabalhariam somente o necessário e sem tanto envolvimento.

Assim, os grupos ativistas, quando trabalhando dentro desse maquinário, estarão entregando gratuitamente parte de suas energias para esse tipo de projeto. Energias que de outro modo estariam se canalizando para os seus próprios projetos e para a mundanaça social efetiva.

Fora isso, também há um esforço enorme para colocar ativistas funcionando junto com essa engrenagem de financiamentos e captações, o que também toma um tempo precioso desses coletivos, tempo que poderia ser usado de outra forma.

Eis a inteligência desse sistema, ele não neutraliza as forças de oposição, é mais eficiente, canaliza suas energias para sua própria re-invenção, pois enquanto os grupos estiverem pautando a colaboração (seja ela produção de software, de rádio, de encontros) pelo ritmo do capital, eles estarão perdidos em sua busca por real mudança. Enquanto os grupos acharem que precisam entrar em todos os editais, participar de todos os eventos, acompanhar todas as inovações tecnológicas do mercado, eles estarão perdidos. Ou melhor, estarão ‘achados’, estarão no lugar que interessa í  máquina capitalista.
3. Sociedade civil

O envolvimento da sociedade civil – ou das “comunidades” – nessa cadeia produtiva é ainda mais assustador. A indústria da informação inventou um novo modelo produtivo, no qual a sociedade alimenta os bancos de dados gratuitamente, de forma que a energia das pessoa é fornecida de bom grado no ciclo de produção.

Nesse contexto, Web 2.0 e os atuais conceitos de redes sociais se constituem como a interface dessa apropriação energética, mas que ocorre do lado da sociedade civil não-organizada, que contribui involuntariamente na construção de bancos de dados.

O termo Web 2.0 se refere a uma série de caracterí­sticas e práticas que possibilitam o fornecimento de conteúdo por parte dos usuários de um banco de dados.

No primeiro boom da internet, a World Wide Web permitiu que conexões entre documentos fossem estabelecidas com um mí­nimo esforço. Essa conexão desde cedo refletiu tanto uma relação entre assuntos e textos quanto entre pessoas. Nessa época, porém, praticamente todo o conteúdo de um sí­tio corporativo era fornecido por um staff especializado: jornalistas, webmasters e consultores em geral. [Detalhar mais e indicar a mudança para a Web 2.0]

É inegável a eficácia da Web 2.0 e do que os sí­tios de redes sociais conseguem fazer ao aproveitarem informações que todo mundo manipula em atividades banais (e que normalmente se perderiam) num grande sistema que pode ser publicamente acessado. Mas esse aproveitamento é a apropriação da energia das pessoas em micro-escala, porque a apropriação chega no clique do mouse que coloca algum texto numa tag dum sí­tio que está a serviço do capital.

Um exemplo para toda essa análise é o caso do Youtube, que não produz nada mas que praticou uma espécie de super-mais-valia sobre sua base de usuários, que alimentaram um banco de dados posteriormente vendido por cerca de 1,5 bilhões de dólares. O conceito de mais-valia implica a existência de algum tipo de ví­nculo empregatí­cio. No caso dessa super-mais-valia, não é necessário ví­nculo nenhum: o trabalho (voluntário ou involuntário, mas nunca assalariado) é simplesmente roubado.
4. Necessidades personalizadas

Além disso, o capitalismo funciona da criação de necessidades. O capitalismo, ao usar redes sociais, pode criar a personalização das necessidades, produtos altamente direcionados: “reprodutibilidade técnica personalizada”, que se encaminha para captura de todos os recursos dos/as assalariados. A indústria pode começar a investir em manufaturados personalizados (linhas de montagem onde os produtos feitos em série não são necessariamente iguais entre si) e aí­ teremos a personalização dos produtos materiais espelhando a personalização que hoje vemos nos bens imateriais gerados automaticamente. Um protótipo disso é o RepRap, criticado por Robert Kurz em seu texto A Máquina Universal de Harry Potter.
5. O individualismo versus o coletivismo, ou o open source contra o free software

A Web 2.0 se constitui como fabricação de consenso (consenso não no sentido do conteúdo publicado, mas sim na forma de produção desse conteúdo), mesmo que as pessoas não tenham consciência disso, porque esse tipo de rede é uma forma de fazer o egoí­smo das pessoas trabalhar em função de uma estrutura maior, de um banco de dados construí­do involuntariamente. Ou seja, você não muda as pessoas nesse processo, elas continuam morosas, sem iniciativa e preocupadas apenas em resolver seus próprios problemas, mas o trabalho delas é egoisticamente somado até construir uma falsa coletividade, que é a abundância de informação mas que não foi erguida com a idéia de ajuda mútua ou com o ideal de “ajudar a seus vizinhos/as” com o qual a Fundação do Software Livre se funda, por exemplo. O próprio individualismo na Web 2.0 surge quando as relações sociais são traçadas de pessoa pra pessoa.

Os grupos ativistas que julgam a Web 2.0 como algo que trará mudanças positivas no acesso í  informação e í  organização social estão enganados. É acreditar que, criando um sistema que facilite a troca de determinada informação, por si só mostre pras pessoas que elas podem se organizar de diversas maneiras e a partir disso modificar as relações sociais.

Nas redes sociais criadas pela Web 2.0 há uma falsa idéia de coletivismo. Não quer dizer todo mundo é amigo/a só porque você conhece alguém que tem não sei quem em sua lista de contatos.

Fora isso, há a questão da real mudança social que tais tecnologias promovem. São os sistemas é que devem determinar e viabilizar a organização social ou são as pessoas que devem determinar isso? Sistemas que pretendem uma dada organização social podem até funcionar, mas seria muito mais rico e representaria uma maior evolução e maturidade pras pessoas que participam se elas não precisassem de um banco de dados pra se organizar, se a organização viesse já de dentro delas.
5.1 A Geração Google e a ilusão do desenvolvimento

Geração Google: no fundo acreditam que seja possí­vel uma relação ganha-ganha em ní­vel mundial que resolva os problemas de todo mundo sem que nenhum conflito seja necessário, acreditam que software livre é bacana, eles são bacanas e portanto o mundo vai ser bacana com eles e vai mudar.

É a crença de que a tecnologia vai acarretar na mudança pro bem, isso até subestima a capacidade dos movimentos sociais, acreditando que inevitavelmente a tecnologia da informação vai acarretar numa melhoria geral no ní­vel de vida das pessoas, crenças semelhantes que predominavam no mundo antes das duas guerras mundiais: muito pelo contrário, hoje os sistemas de informação estão muito mais se encaminhando para centralização e paro controle total.

Existem também uma tendência de descentralização sempre, mas a maior parte dela surge pela própria contradição do sistema: criaram um mundo de cultura de massa com uma apelação extrema para o seu consumo e no entanto restringem ao máximo a reprodução de seus produtos a fim de garantir o máximo de lucro.

Em outras palavras, hollywood produz uma pá de filme anualmente, é adepta de uma propaganda violenta mas ao mesmo tempo restringe o quanto pode as cópias dos seus filmes. O p2p é uma alternativa í  distribuição hollywoodiana, mas na média continua consumindo a mesma coisa.

O desenvolvimento não segue caminhos aleatórios. Ele sempre vem acompanhado de uma carga ideológica pesada e tem uma série de forças atuando nisso, quanto maior a escala mais a parada é indentificável. Hoje no Brasil o discurso polí­tico vigente é trazer um suposto desenvolvimento para gerar empregos e aí­ sim atingir o bem estar social. Agora, ninguém fala de reforma agrária, imposto sobre grandes fortunas, revisão da polí­tica de concessões e licitações ou mesmo mudanças mais radicais. Quando se fala em desenvolvimento, é desenvolvimento para que? Para onde?
5.2 A questão no contexto da produção de software

Essa situação que estamos vivenciando se insere num contexto maior de como o capitalismo está adaptando o software livre em modelo de negócio, como estão bolando um sistema de produção de valor que abre mão de patentes. nesse ponto, é interessante pensarmos na diferença entre open source e free software. Qual é a diferença? Há muita confusão, né?

Se colocarmos esse debate no campo do software, a dualidade se estabelece mesmo entre o software livre e o aberto, que no fim é a discussão entre a ajuda mútua, o cooperativismo como filosofia e esse novo modelo de negócios que também mobiliza a energia de voluntários/as! Porque você abrindo o código do Java vai rolar mais feedback de usuários e desenvolvedores, gente que estará trabalhando de graça para o seu produto. Repare que é a mesma apropriação que um sí­tio com tecnologia web 2.0 ou um projeto de produção cultural através da informática faz com as pessoas. É ou não é sinistro?

Quando o Eric Raymond coloca como catedral a forma como o pessoal da Free Software Foundation desenvolve software livre, ele não está criticando o isolamento dos programadores ou sua falta de vontade de se relacionar com a comunidade, mas sim criticando o modo de produção de software livre dos anos 80, que foi quebrado com o advento do Linux, quando um programador mediano inaugurou um novo modo de desenvolvimento ao incorporar com sucesso e rapidamente as modificações ao seu software propostas por terceiros.

Com isso, o Raymond virou um dos papas do Open Source. Faz sentido a adoção de melhores formas de desenvolvimento de software livre, todo mundo quer coisas que funcionem, mas a questão é que o Open Source está atrás de modelos que tornem os negócios possí­veis.

Não é a toa que hoje o Ubuntu está mais popular que o Debian. O Debian tem uma forma de desenvolvimento bem complexa pois precisa ser democrática e ao mesmo tempo manter um compromisso com a estabilidade e a segurança do sistema. Por outro lado, no Ubuntu rola um astronauta que decide como as coisas serão e a cambada tem que seguir. Não é top-bottom total, porque também existe a ajuda da comunidade, mas as decisões são pautadas não no processo interno do projeto, mas na vontade de fazer o Ubuntu o mais popular e usado, da mesma forma como o resto da indústria planeja os seus produtos. O Ubuntu suga tudo de bom que o Debian tem a oferecer e, apesar do Ubuntu remunerar alguns desenvolvedores do Debian e produzir software livre, a Canonical (empresa do Ubuntu) tem feito muito dinheiro com esse modelo de negócios.

Essa questão do software livre é não-trivial dependendo do ângulo de análise. Se a partirmos dos ideólogos e de suas opiniões, realmente a questão fica complexa e controversa. Porque o espectro desse monte de ideologia é realmente muito diverso. Veja por exemplo, o Lessig tem um ponto de vista mais liberal, é do Creative Commons mas ao mesmo tempo tá na diretoria da Free Software Foundation, que teoricamente é mais ativista.

Agora, se tentarmos extrair algo vendo como efetivamente ocorrem essas relações entre empresas, terceiro setor e sociedade, as coisas parecem se simplificar.

Podemos inclusive assumir inicialmente, por simplicidade, que o terceiro setor e a academia são bons, incluindo Eric Raymond, Lessig, Ronaldo Lemos, todo mundo. Vamos supor que todos sejam bem intencionados.

Aí­ a questão que sobra é o quanto as empresas se apropriam dessas iniciativas e o quanto de lucro isso traz pra elas.

O Java como GPL vai ajudar muito a Sun e seus executivos souberam o momento certo de abri-la. Ela lucrou muito tempo vendendo licença do Java e certamente o mundo Open Source contribuiu muito para ela abrir. Agora ela muda o modelo de negócios e também um pouco do modelo produtivo, que vai passar a receber muito mais contribuição e feedback.

Não se pode dizer que todo o grande projeto de software livre ou aberto de grande está mancomunado com o capital, mas me parece um fato que descobriram um novo modo de ganhar dinheiro e estão sim se apropriando do software para esse fim. Essas que as empresas contribuem muito pro open source, mas não é pensando na comunidade, é pensando nos consumidores. Uma coisa é criticar o produto final (o kernel, o gcc, o rpm) e outra é o modo de produção do software, quem paga e quem ganha.

Vale notar que aqui estamos analisando o modo de produção e não o produto final. O produto final pode beneficiar a comunidade e a empresa, mas a forma de produção beneficia basicamente a empresa, porque o produto final é dela (afinal, ela é a provedora do produto e da sua marca).

Hoje rola uma espécie de nova mais valia, onde as pessoas não tem nenhum ví­nculo empregatí­cio com uma empresa mas mesmo assim acabam entrando no ciclo produtivo.

Se até alguns anos a participação da sociedade na linha de produção de uma empresa se limitava a um pequeno feedback da “Central de Atendimento ao Consumidor”, hoje alguém pode ajudar uma empresa sem ao menos estar ciente disso!

O capitalismo mais uma vez está conseguindo pegar aquilo que escapava a sua lógica e transformar em algo a favor da sua lógica. E a sinistrice é que nesse capitalismo abstrato que vivemos o discurso, o conceito, a imagem são muito importantes para a produção de valor. Nessa, essa geração google tem um papel muito importante, pois estão expandindo as fronteiras do capitalismo, inovando novas formas de produção de valor achando que estão abrindo novas possibilidades de mundo, ou seja, achando que estão na resistência.

O capitalismo de hoje não se impõe mais daquela maneira tosca do tempo das primeiras revoluções industriais, onde tudo ficava í s claras, onde toda a apropriação de força de trabalho ficava facilmente identificável. Hoje há todo um consenso e uma forma de apresentação que torna dificí­limo o discernimento. Ninguém percebe mais a apropriação que ele faz das coisas que escapavam í  sua lógica.
6. Conclusões

Este texto, em princí­pio, tenta ser uma crí­tica a duas idéias:

1. Que essa nova inclusão digital está a serviço do social; ela na verdade está a serviço do capital, basta ver quem financia esse tipo de sistema, são empresas que vivem da apropriação capitalista, não é filantropia. Falar que está a serviço da sociedade é lugar-comum no marketing moderno. Mesmo quando as iniciativas partem da esfera pública (projetos governamentais) eles também servem a esse modelo e também como uma função de tapa buraco desse modelo de sociedade ao invés de mudar as relações, até por que uma das suas caracteristicas é legitimá-las.
2. Que essas tecnologias são a chave da mudança social.

——————< -------------------- | | instituições ---> projetos de inclusão digital —> grupos ativistas —> comunidades < ------------| financiadoras e produção cultural | (sociedade civil organizada) | ^ ^ | | | | | --------> criação de produtos |
| —-< ---- lobbystas atuando na | | | captação de mais dinheiro <------------------------- manutenção de um grande | | banco de dados de produção --->—
| cultural em licenças abertas
| |
| |
——–< -------------- indústria cultural <-------------------------------- | | | | ----------------------.> fonte:
http://wiki.sarava.org/Estudos/ApropriacaoCapitalistaRedesSociais

“você gostaria de participar de uma experiência artística” – “Do you like to participe of an artistic experience?” – live in HRVTSKA

nbp_de_bigode.jpeg
nbp de bigode *NOVAS BASES PARA PERSONALIDADE

cachaça connecting people

esquema do orgao de mar...

set -> pela_paz_de_todos_os povos_na_vida_e_a_morte
set-> for peace of all people in life and death


um muro separa este cemitérios de religiões “diferentes”. todos iguais perante a morte?
a wall that separates this cemetery of “different” religions. Everyone is equal in death?

{

Vai ficar aqui a caneta em cima deste muro
em ato simbólico a todos aqueles que escreveram,
disseram e tentaram fazer algo melhor da sua vida
do que simplesmente usar os DENTES com os quais nasceram…
fica aqui neste cemitério então ( e os mortos sabem disso melhor do que ninguém )
de que nada adiantam muros…
e que não é possí­vel dividir…

This Pen Will Stay here Up in this wall
in a simbolic act to all whom that have written,
said and tried to make something better in their lives
than simply use the TEETH wich they born…
Will stay in this cemetery then (and the death know that better than no one)
that there’s no use for walls,
and it’s impossible to divide…

-> PELA PAZ NO MUNDO

assinado:
Octavio Camargo, Simone Azevedo e Guilherme Soares
(em performance web-site specific )

}

Canetas Derrubam Muros -> mp3

Canetas Derrubam Muros -> ogg



Borges Jazzzzzzz :


NBP-Novas Bases Para personalidade

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CLIQUE PARA VER O DIAGRAMA

nbp_zero.jpeg
“Não tem foto”


Novas
Bases para a Personalidade

por Cezar Migliorin

(texto “emprestado” do site revista_cinética )



“Você gostaria de participar de uma experiência
artí­stica?”

Assim começa o trabalho que Ricardo Basbaum
leva í  Documenta 12, em Kassel, a mais importante exposição de arte contemporânea
da Alemanha e uma das mais importantes do mundo. Se a pessoa aceitar a proposta
do artista, ela deve ficar um mês com um objeto inventado por Basbaum, utilizá-lo
como quiser, ser responsável por seus atos e documentar essa utilização. O projeto
acontece desde 1994, parte de um projeto maior – NBP
(Novas Bases para a Personalidade) – e encontra diversos desdobramentos.
Em Kassel, por exemplo, ele é apresentado como uma instalação que disponibiliza
para o público o work in progress – trabalho não finalizado, em processo.

Em
Kassel, Basbaum construiu uma arquitetura escultural (definição do artista) em
que há partes de toda a teia que compõe o dispositivo relacional inventado por
ele. São oito monitores onde vemos ví­deos e fotografias (1045) feitas por pessoas
e grupos que participaram da experiência, dois monitores ligados ao site Você
quer participar de uma experiência artí­stica
,
no qual temos acesso í s
declarações dos participantes e do artista e um grande banco de dados sobre o
projeto e, ainda, dois monitores divididos em quatro imagens advindas de câmeras
de segurança colocadas na própria instalação: o público pode também se ver entre
as imagens.

Operando dentro de um regime contemporâneo da
imagem em que cada espectador é uma célula única de produção, tendendo para um
esfacelamento das distinções entre produtor e receptor, doméstico e industrial,
público e privado, as diversas fotos e ví­deos que vemos são imagens ordinárias
que perdem a banalidade porque são impregnadas por um desejo de encontro entre
artista, objeto, participante e espectador. O projeto de Basbaum poderia facilmente
tornar-se uma busca das relações extraordinárias e espetaculares com o objeto,
porém não é isso que acontece. Ao se distanciar do exótico e único, é a própria
vida ordinária, que leva o objeto para a praia ou o transforma em isopor para
gelar a cerveja, que ganha uma dimensão poética. Com o objeto, a banalidade é
atravessada por uma escritura, por uma montagem entre os elementos que se relacionam
no dispositivo – participante, praia, mar, areia, sol, água, flor, globo, bola,
máscara, ví­deo, artista.

Dispositivo aqui entendido como

a construção de um espaço em que existe um enfrentamento, um encontro entre heterogêneos.
Não somente um acordo entre as diferentes partes que o compõem, mas uma presença
de um desacordo, de rejeições e desarmonias, trazendo para o projeto um caráter
propriamente polí­tico. NBP é um dispositivo que operam com múltiplos indiví­duos,
máquinas e instituições e é esta relação que possibilita a produção de imagens
– que são, elas próprias, parte do dispositivo, como fica claro no modo como a
instalação é apresentada.


uma saborosa heterogeneidade de imagens que se unificam no objeto, não para formar
um todo consistente, criar uma narrativa ou um sistema. O objeto que Basbaum empresta
í s pessoas se constitui como uma força que impossibilita que as imagens adentrem
uma lógica aleatória ou esquizofrênica onde nada se liga a nada – sem deixar,
entretanto, de fazer aparecer uma diversidade caótica. O objeto está a cada vez
em lugares diferentes, participando de ações diferentes e sendo parte da invenção
de gestos singulares. Esta reincidência do objeto faz com que ele acabe por desaparecer
das imagens. Apesar de estar ali, o que vemos é o entorno – pessoas, grupos, sons,
outros objetos – que se contorcem, batem, equilibram, falam e ouvem em relação,
harmônica ou tensa, com o objeto e com o dispositivo como um todo.

Basbaum
modula sua presença entre momentos onde parece perder o controle dos desdobramentos
de sua experiência e outros em que se faz mais presente, como na feliz invenção
do objeto. Ao entregá-lo para o participante ou ao fazer essa instalação que reúne
objeto, participante e público, o artista está construindo uma cena, um espaço
onde se apresenta o que pode ser dito e visto. Mas esta decisão estética não pertence
ao artista somente, é uma operação compartilhada em que o artista é parte do dispositivo,
parte da cena que está sempre se criando.

Em
um dos ví­deos apresentados na instalação na Documenta vemos um grupo destruindo
o objeto. Uma ação violenta que materializa este distanciamento do artista em
relação aos desdobramentos pré-concebidos para o projeto. A circulação do objeto
e das imagens compõem assim uma obra mutante e metaestável, que encontra esses
momentos de estabilidade, como na instalação da Documenta, mas sempre apontado
para fora dali. Em 2003, por exemplo, o Coletivo Vaca Amarela, de Florianópolis,
entra na experiência proposta por Basbaum com a fina ironia de quem percebe o
destino do objeto e o doa para o Museu de Arte de Santa Catarina com o nome de
“Doação do NBP”. Nesta época, por questões financeiras, havia um único NBP em
circulação, apesar de ele nunca ter sido pensado como um objeto de tiragem limitada,
segundo Basbaum. Um dispositivo não é um sistema, e isso fica claro com a ação
do coletivo. Ao dispositivo lhe falta a coerência interna, lhe falta as fronteiras
que o separariam de outros dispositivos e instituições; o museu, a Documenta,
etc.

Um dispositivo, este de Basbaum, nos permite sair da
dicotomia do um e do outro, tão cara í  teoria ligada ao documentário, por exemplo.
Uma dicotomia que trabalha com relações de simetria como se cada lado da relação
tivesse uma integridade, uma totalidade e as relações de troca, mistura e tensão
se dessem de um ao outro, entre duas entidades limitadas. Neste dispositivo, não
cabe uma relação entre dois que se dê de forma dialética ou como causa e efeito.
A partir de um certo momento, as separações entre artista, participantes e todo
o dispositivo são irrelevantes. O que não significa dizer que a tensão desaparece,
que há solução do dissenso.

A relação polí­tica e estética
que se dá entre indiví­duos e grupos nas NBP acontece na imanência do dispositivo
e não como adequação de um indiví­duo í  uma forma que lhe antecede. Se o indiví­duo
é algo que sempre aparece em um processo de individuação, distante sempre de uma
realidade substancial, o trabalho de Basbaum intensifica essa percepção inventado
um dispositivo que materializa e traz uma presença estética para o próprio processo
de individuação. Em outras palavras, as imagens que vemos no site ou em Kassel,
aparecem como fugidios modos de vermos os participantes experimentando seus corpos,
imaginações, inteligências. Um dos participantes – Jorge Menna Barreto –. por
exemplo, decide enterrar o objeto, tirando-o de circulação e manifestando o desejo
de não ter a experiência: uma das experiências mais singulares do mundo contemporâneo.

O
objeto passa a fazer parte da vida como um shifter de subjetividade, como
escreveu Félix Guatarri, um elemento que bifurca a cena em que a vida se dá, um
acontecimento que não obriga o gesto ou a fala, mas que não permite nem o mesmo
gesto, nem a mesma fala. O objeto é então um intensificador de processos de individuação.
As imagens que aparecem nos ví­deos e fotos documentam esses deslocamentos, do
objeto e do participante e a relação dinâmica que se dá entre eles. A entrada
do objeto na cena do participante acaba por ser delicadamente reveladora do indiví­duo
ou grupo que o utiliza, como em um documentário; sem perguntas, sem off e sem
um mundo que se entregue in-natura; tudo passa pelo dispositivo que é sempre um
agenciamento coletivo, desindividuado, transubjetivo, como escreveu Brian
Holmes sobre o trabalho de Basbaum
, nem social nem individual. O que se vê
é o indiví­duo deixando um lugar estável, identitário, para jogar com gestos e
modos possí­veis de lidar com essa Nova Base da Personalidade.

Entretanto,
há uma ironia nesse movimento que é parte do diálogo que Basbaum
estabelece
com artistas como Ligia Clark e Helio Oiticica. A ironia não é
propriamente com os artistas, mas com a história e com o tempo. Se a experiência
da arte passa para todos eles por uma interação sensorial e afetiva com o objeto,
no caso de Basbaum estamos distantes de uma reinvidicação utópica libertária.
Entretanto, ele escolhe um nome e um processo que não deixa de fazer uma aposta
na vida e na produção subjetiva como um operação estética e ética. Há nesse sentido
uma inadequação entre a arte, tão incerta, falha e ambí­gua e a idéia de criar
novas bases para a personalidade através de uma experiência sem garantias. Há
um humor mesmo nesta escolha do nome do objeto – Novas Bases para a Personalidade.
Podemos imaginar que a arte está sempre dando essas novas bases da personalidade,
inventando objetos em que o processo de subjetivação seja uma constante, interminável
– esta é a noção mesmo de resistência ao totalitarismo e ao fascismo exposta por
Guatarri. Mas, ao escolher o efeito como nome do objeto, Basbaum está, pelo menos
hoje, flertando uma certa crença excessiva na arte.

Se desconsiderarmos
o humor presente no projeto de Ricardo Basbaum, ele ganha uma dimensão utópica
e perde sua força tanto como obra que efetivamente mobiliza o público e o participante
de maneira estética e ética, assim como se perde o comentário generoso e irônico
em relação í s artes em geral. A força deste trabalho está, por um lado, no modo
como ele se coloca na fronteira entre um ideal utópico fundado no encontro e no
acontecimento que se desdobra na invenção subjetiva como modo de resistência aos
poderes produtores de identidades funcionalizáveis para o capitalismo, e, por
outro, no humor de quem se percebe caminhando em campo minado. Com auto-ironia
o artista se vê na fronteira do próprio poder ligado ao capitalismo contemporâneo
que, tendo incorporado a crí­tica artí­stica (Boltanski) por mais independência,
autenticidade e inovação nas relações de trabalho, criação e dehierarquização
fundadas na autonomia do trabalhador e do consumidor; se alimenta das invenção
subjetivas. Trata-se de uma passagem no mundo do trabalho do savoir-faire

(saber fazer) para o savoir-être (saber ser) (Boltanski, de novo).
No encontro com o seu oposto – personalidades divergentes, criações subjetivas,
modos singulares do ser – as forças do capitalismo encontram uma adaptabilidade
superior. A adaptação as torna mais forte.

A dimensão utópica
de uma arte móvel, de uma arte sem barreiras geográficas ou fronteiras, é revista
pela ironia que existe no projeto. É ainda a partir dessa ironia presente no tí­tulo
do projeto e na forma dos NBP que Basbaum marca um distanciamento crí­tico em relação
í  possibilidade emancipadora da criação de ligações sociais. O conexismo, a criação
de redes recebe um impulso e um piscar d’olhos. O projeto consegue se descolar
do puro elogio í  formação de uma teia, como se a sua criação tivesse sempre desdobramentos
ótimos e como se a crescente mobilidade não estivesse ligada í  fixidez e imobilidade
de outros (Boltanski).


ainda humor na forma do objeto inventado por Basbaum. Trata-se um “trambolho”.
Imagino que a cada vez que o artista mostra seu objeto ao participante a apresentação
deve ser acompanhada de um sorriso. Estamos distantes de objetos maleáveis como
os Bichos de Ligya Clark, da leveza e coloridos dos Parangolés
de Oiticica. Trata de um objeto industrial, grande, rí­gido, que não pode ser escondido
em um armário ou esquecido em um canto qualquer da casa e que se aproxima de um
objeto duchampiano por dificultar qualquer julgamento de gosto ou de simples contemplação
estética. A mobilidade do objeto e a experiência de seu conví­vio não são separadas
de um desconforto com sua presença.

O trabalho de Basbaum
leva ao limite a arte contextual tal como descreve Paul Ardenne para, ao
mesmo tempo, pela ironia, se distanciar dela. O elogio de Ardenne í  arte contextual
se baseia em uma arte que se coloca “sob o risco do real”, para usar
a expressão de Jean Louis Commoli. Seu contraponto é de uma arte estética fundada
em critérios acadêmicos. Para Ardenne, colocar-se em contexto é estabelecer conexões
que recusam o distanciamento do artista da realidade e, por isso, o elogio que
o pesquisador faz í  arte contextual e í  contingência em que ela opera. Esse corpo-a-corpo
com o real é seguido da necessidade de experimentar – a si a ao mundo -, conectar,
se colocar em relação com o outro, procurar co-implicações, confrontações com
o espaço coletivo, ação no lugar da contemplação, expansão fundada na experiência
– sempre mais, sempre outro – e, por fim, uma posição, menos estética que polí­tica.
A polí­tica, para Ardenne, passa então pela experiência. A experiência é o que
permite alargar o saber, os gestos, as atitudes, os conhecimentos, dinamizar as
criações e as conexões possibilitando a vivência de fenômenos inéditos e melhores
formas de habitar o mundo.

Se voltarmos ao trabalho de Basbaum,
o desdobramento das Novas Bases para a Personalidade se encaixam com perfeição
nesta aposta contextual de Ardenne. Não por acaso, e com razão, Ardenne comenta
os Bichos de Ligya Clark como momento “chave” da prática contextual
em que o artista “pode colocar óleo nas engrenagens da vida coletiva e, assim
fazendo, se tornar um multiplicador de democracia”. Entretanto, o projeto
de Basbaum explicita o dispositivo ao chamá-lo de Você quer participar de uma
experiência artí­stica
e ao nomear o objeto não pela forma, como Ligya Clark,
mas pelo resultado; Novas Bases para a Personalidade. Entre o nome do projeto
e o nome do objeto existe o espectador que transita entre a relação experimental
com o objeto, sua vida e seu meio e o ponto possí­vel de chegada: bases para uma
nova personalidade.

Um ponto de chegada, evidentemente irônico.
Colocar o participante entre a experiência e as novas bases parece ser
ao mesmo tempo a aposta na experiência e a percepção de como ela pode ser capturada,
funcionalizada. Não há devir utópico possí­vel baseado na experiência e é essa
dimensão ambivalente da arte em contexto que escapa a Ardenne e não a Basbaum.
Penso esse trabalho de Basbaum como parte dessa encruzilhada, desse lugar tenso
em que a arte atravessada pela vida resiste e não pára de tensionar e se esquivar
das freqüentes capturadas feitas pelos poderes contemporâneos.

INSTRUÇÃ?â?ES DE USO (PDF)

referencia em inglês “emprestada” do blog deste trabalho.

Would you like to participate in an artistic experience? is a project about involving the other as participant in a set of protocols indicative of the effects, conditions and possibilities of contemporary art.

Would you like to participate in an artistic experience? starts with the offering of a painted steel object (125 x 80 x 18 cm) to be taken home by the participant (individual, group or collective), who will have a certain period of time (around one month) to realize an artistic experience with it. Although the physical object is the actual element which triggers the processes and starts up the experiences, it in fact brings to the foreground certain sets of invisible lines and diagrams concerning all kinds of relations and sensorial data, making visible networking and mediation structures.

It is up to the participants to take the decisions of what kind of experience will be enacted, where the object will be taken and how will it be useful, during the time they are in the possession of it. The participants of Would you like to participate in an artistic experience? – individuals or groups – perform experiences from their own proposition and choice that can reflect on life and art issues, regarding the relationship between the subject and the other, conducting to some transformation process. The participants send feedback in the form of texts, images, videos or objects, and the documents will be displayed in a website, especially developed for the project – each participant will have access to editing tools, which will permit them to upload the documentation themselves.

Would you like to participate in an artistic experience? was initiated in 1994 and has already circulated through several cities, from London (UK) and San Sebastián (Spain), in Europe, to Rio de Janeiro, Vitória, Brasí­lia, São Paulo, Porto Alegre and Florianópolis, in Brazil. More than 30 participants (some of them, groups and collectives) have produced several experiences and an extensive and interesting documentation – which is displayed at the project website. Would you like to participate in an artistic experience? is clearly a piece of work-in-progress, as it finds its way in the very process of being developed. Virtually, this project has no near end at all, since its continuity does not depend on its author/proposer lifetime – the object is conceived as a multiple, and so new objects can be produced any time it is required.

The object used at Would you like to participate in an artistic experience? has its shape designed according to the NBP – New Bases for Personality project, an on-going project comprising drawings, diagrams, objects, installations, texts and manifestos, initiated in the 1990s. The NBP project connects contemporary artââ?¬â?¢s practices and concepts to communicational strategies, getting in touch with some of the recent developments on the politics of subjectivity. NBPââ?¬â?¢s specific shape was designed to be as easily memorizable as its sign: after experiencing any NBP work the viewer leaves with NBP and its specific shape in his or her body – a kind of implanted or artificial memory, as the result of a subliminal sensorial contamination strategy. NBP project addresses transformation, as it is meant to transform itself as a result of its history and process.

the collaboration with documenta 12

For documenta 12, twenty new objects were produced. Ten of them circulate in Brazil and Latin America, nine in Europe and one in Africa. The project is conducted in four different and complementary stages: (1) invitation to participate; (2) experiences by the participants; (3) display of the experiences at the website; (4) installation-exhibition. The first three stages are performed since the objects are distributed at the experiences� sites, and start circulating; the fourth stage takes place with the display of the results in an sculptural-architectonic installation developed for the exhibition in Kassel in June 2007.

——————-e/ou:

Experiência de Claudia Washington com NBP
Ação/Reação

Resultante da coleta de dados ação/reação na Casa Hoffmann. 27 de março/18 de abril de 2007.

AÇÃ?â?¢ES
1. introduzir NBP;
2. Informar (incitar o questionamento da forma);
3. observar reações;
4. selecionar e classificar dados;
5. manipular resultados.

NBP
estrutura desconhecida

COMO LIDAR COM ESTRUTURAS
DESCONHECIDAS
1. questione-as
2. ignore-as
3. acredite nelas
4. tire-as do seu campo de visão
5. aproxime-se delas

NíVEL DE ACEITAÇÃO
Relação entre oferta e resposta por via de extensões não orgânicas registráveis em suportes matéricos, virtuais, ou mnemônicos. Ex. e-mail, texto impresso, número de contatos diretos, oralidade remota (telefone).

puros_dados_claudia

Experiência de Newton Goto com NBP
O Ancestral Comum entre a Geladeira e o NBP

Olá, Ricardo

Nesse último domingo, dia 22 de abril (!), estávamos fazendo uma reunião na casa e/ou, basicamente motivada por um encontro dos artistas que participaram do projeto Bolsa Produção em Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, visto que recentemente haví­amos inaugurado nossos trabalhos em museus da cidade (isso se deu nos dias 17 e 18). No meu caso, foi a estréia do Desligare… Conversávamos ao redor da fogueira… Além dos bolsistas, alguns outros artistas da cidade, alguns dos e/ous, e Marcos Hill (do CEIA, de BH) também estavam por lá. Marcos foi um dos curadores do projeto e envolveu-se bastante com a comunidade local, para nossa satisfação, tanto é que além de termos feito algumas caminhadas pela cidade, estávamos todos lá naquele amistoso encontro presente, entre outros projetos futuros.

Enfim, em meio aquele começo de noite gostoso, com clima bom, fogueira e garapirinha (e uma clandestina), e muito papo, fomos contatados por telefone numa chamada de Claudia Washington, dizendo que o NBP estava naquele momento migrando para a e/ou. Já haví­amos conversado sobre essa perspectiva, ainda assim, sem definirmos uma data. O próprio domingo havia sido cogitado como possibilidade para a chegada do não-objeto, entretanto, sem tempo hábil para nos programarmos, haví­amos protelado os planos de chegada do NBP. Então, mesmo já havendo um certo clima para o acolhimento da proposta, foi um acontecimento um pouco inesperado também, uma surpresa.

NBP chegou no porta-malas de um carro. Era aproximadamente 19h, e já era noite. Carregamos a estrutura em três pessoas, levando-a para perto da fogueira, no meio de nossa roda-de-papo. Esse pequeno trânsito entre a rua e o quintal já foi uma experiência corporal, por assim dizer: adaptar-se í  forma do não-objeto, distribuir seu peso entre os carregadores. Lembrou-me na hora o transporte de uma tora, e mais ainda, o de um caixão…

PARÃ?Å NTESES NÂS 1:
(muitas idéias de arte já morreram mesmo, e ainda que naquele momento imediato tenha surgido a lembrança de algum cortejo fúnebre, sabí­amos que o campo de relações e sensações desejadas pelo NBP faz parte de uma outra dinâmica artí­stica, bem mais aberta: relacional, situacional, que considera o outro como significante das coisas, que incorpora as singularidades culturais, históricas e geográficas do indiví­duo participante. O NBP pendurado num museu tradicional, com um polí­tica tradicional, aí­ sim seria um cadáver no cemitério da cultura. Entretanto, o Novas Bases para a Personalidade – você gostaria de participar de uma experência artí­stica? Propõe-se como um ideário e prática nas quais a meta é a troca, o diálogo (o renascer a cada encontro), buscando adequar-se a contextos e a um mundo incansavelmente em transformação, querendo armazenar um pouco de cada uma das singularidades existenciais com as quais co-existe, de passagem, como um viajante).

PARÃ?Å NTES EU 1:
(pra mim, pensar na morte a partir do peso fí­sico do NBP foi um paradoxo experimental inesperado)…(uma descoberta?!!)…(!) (…) (?)

As conversas continuaram, o encontro continuou, NBP entrou no papo, foi motivo de diversos improvisos, uma intervenção material inclusive, muitas fotos e idéias…

PARÃ?Å NTESES EU-NOS NÂS-ME 1:
(depois quero falar com o pessoal pra gente fazer algum memorial sobre a passagem do NBP na e/ou, juntando registros e depoimentos, inclusive…) (…)

Já tarde da noite (considerando que o dia seguinte seria uma segunda) as pessoas foram embora. Arrumei um saco de dormir perto da fogueira e queimei as últimas lenhas disponí­veis. Eu e NBP permanecemos ali, cada qual deitado num lado da fogueira, cada qual envolto em seu campo de reflexões e história, e ainda assim, compartilhando aquele momento de solidão e meditação, iluminados pelas chamas alaranjadas do fogo.

Mais tarde fui para dentro da casa, para dormir. Realoquei NBP na cozinha, ao lado da geladeira, onde tem ficado por esses dias).

PARÃ?Å NTES EU 2:
(NBP e a minha geladeira parecem ter algum parentesco, ou algum ancestral em comum… A geladeira é um modelo Prosdócimo – do final dos anos 50 ou dos 60, um produto genuinamente curitibano, tão genuí­no que a própria empresa fabricante já foi comprada por uma grande multinacional, assim como diversas outras tradicionais empresas da cidade… A geladeira, cujas formas meio arredondadas e sua cor branca já faziam-na lembrar uma kombi, tinha agora também essa anunciada ancestralidade com o NBP, talvez subjetiva, entretanto, de aparência e materialidade evidentes: o metal, o esmalte branco, o peso, o tamanho, uma certa semelhança na forma… Fica em princí­pio sem resposta a questão da função, do uso… Existiria algum vestí­gio arqueológico entre utensí­lios e inutensí­lios capaz de identificar alguma matriz de ferramenta tecnológica ou artí­stica comum entre o NBP e minha geladeira? (?) Isso parece abrir espaço para uma pesquisa no campo das ficções antropo-arqueológicas… Uma pesquisa autônoma, provavelmente, pois dificilmente deva haver um doutorado nessa área… talvez em arte… numa arqueologia artí­stica sobre readymades-modificados ou não-objetos, ou nas apropriações e transformações de objetos feitas por indiví­duos de distintas culturas…)

PARÃ?Å NTES EU 3:
(…) e/ou (?) e/ou (!)

(…)

um abraço,
inté,
go to

nbp1.jpg

arte, estética e labirintos e/ou A Iliada, o trambolho do basbaum e o Software livre. …apoio: algum banco.

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NÂO TEM FOTO


/* Copyright (c) 1997-1999 Miller Puckette.
* For information on usage and redistribution, and for a DISCLAIMER OF ALL
* WARRANTIES, see the file, "LICENSE.txt," in this distribution. */

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#include "m_imp.h"

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t_pd *x;
if (!c)
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x = (t_pd *)t_getbytes(c->c_size);
*x = c;
if (c->c_patchable)
{
((t_object *)x)->ob_inlet = 0;
((t_object *)x)->ob_outlet = 0;
}
return (x);
}

void pd_free(t_pd *x)

{
t_class *c = *x;
if (c->c_freemethod) (*(t_gotfn)(c->c_freemethod))(x);
if (c->c_patchable)
{
while (((t_object *)x)->ob_outlet)
outlet_free(((t_object *)x)->ob_outlet);
while (((t_object *)x)->ob_inlet)
inlet_free(((t_object *)x)->ob_inlet);
if (((t_object *)x)->ob_binbuf)
binbuf_free(((t_object *)x)->ob_binbuf);
}
if (c->c_size) t_freebytes(x, c->c_size);
}

void gobj_save(t_gobj *x, t_binbuf *b)

{
t_class *c = x->g_pd;
if (c->c_savefn)
(c->c_savefn)(x, b);
}

[comment]

/* deal with several objects bound to the same symbol. If more than one, we
actually bind a collection object to the symbol, which forwards messages sent
to the symbol. */

static t_class *bindlist_class;

typedef struct _bindelem

{
t_pd *e_who;
struct _bindelem *e_next;
}

t_bindelem;

typedef struct _bindlist

{
t_pd b_pd;
t_bindelem *b_list;
}

t_bindlist;

static void bindlist_bang(t_bindlist *x)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_bang(e->e_who);
}

static void bindlist_float(t_bindlist *x, t_float f)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_float(e->e_who, f);
}

static void bindlist_symbol(t_bindlist *x, t_symbol *s)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_symbol(e->e_who, s);
}

static void bindlist_pointer(t_bindlist *x, t_gpointer *gp)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_pointer(e->e_who, gp);
}

static void bindlist_list(t_bindlist *x, t_symbol *s,
int argc, t_atom *argv)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_list(e->e_who, s, argc, argv);
}

static void bindlist_anything(t_bindlist *x, t_symbol *s,
int argc, t_atom *argv)

{
t_bindelem *e;
for (e = x->b_list; e; e = e->e_next)
pd_typedmess(e->e_who, s, argc, argv);
}

void m_pd_setup(void)

{
bindlist_class = class_new(gensym("bindlist"), 0, 0,
sizeof(t_bindlist), CLASS_PD, 0);
class_addbang(bindlist_class, bindlist_bang);
class_addfloat(bindlist_class, (t_method)bindlist_float);
class_addsymbol(bindlist_class, bindlist_symbol);
class_addpointer(bindlist_class, bindlist_pointer);
class_addlist(bindlist_class, bindlist_list);
class_addanything(bindlist_class, bindlist_anything);
}

void pd_bind(t_pd *x, t_symbol *s)

{
if (s->s_thing)
{
if (*s->s_thing == bindlist_class)
{
t_bindlist *b = (t_bindlist *)s->s_thing;
t_bindelem *e = (t_bindelem *)getbytes(sizeof(t_bindelem));
e->e_next = b->b_list;
e->e_who = x;
b->b_list = e;
}
else
{
t_bindlist *b = (t_bindlist *)pd_new(bindlist_class);
t_bindelem *e1 = (t_bindelem *)getbytes(sizeof(t_bindelem));
t_bindelem *e2 = (t_bindelem *)getbytes(sizeof(t_bindelem));
b->b_list = e1;
e1->e_who = x;
e1->e_next = e2;
e2->e_who = s->s_thing;
e2->e_next = 0;
s->s_thing = &b->b_pd;
}
}
else s->s_thing = x;
}

void pd_unbind(t_pd *x, t_symbol *s)

{
if (s->s_thing == x) s->s_thing = 0;
else if (s->s_thing && *s->s_thing == bindlist_class)
{
/* bindlists always have at least two elements... if the number
goes down to one, get rid of the bindlist and bind the symbol
straight to the remaining element. */

t_bindlist *b = (t_bindlist *)s->s_thing;
t_bindelem *e, *e2;
if ((e = b->b_list)->e_who == x)
{
b->b_list = e->e_next;
freebytes(e, sizeof(t_bindelem));
}
else for (e = b->b_list; e2 = e->e_next; e = e2)
if (e2->e_who == x)
{
e->e_next = e2->e_next;
freebytes(e2, sizeof(t_bindelem));
break;
}
if (!b->b_list->e_next)
{
s->s_thing = b->b_list->e_who;
freebytes(b->b_list, sizeof(t_bindelem));
pd_free(&b->b_pd);
}
}
else pd_error(x, "%s: couldn't unbind", s->s_name);
}

void zz(void)

{}

t_pd *pd_findbyclass(t_symbol *s, t_class *c)

{
t_pd *x = 0;

if (!s->s_thing) return (0);
if (*s->s_thing == c) return (s->s_thing);
if (*s->s_thing == bindlist_class)
{
t_bindlist *b = (t_bindlist *)s->s_thing;
t_bindelem *e, *e2;
int warned = 0;
for (e = b->b_list; e; e = e->e_next)
if (*e->e_who == c)
{
if (x && !warned)
{
zz();
post("warning: %s: multiply defined", s->s_name);
warned = 1;
}
x = e->e_who;
}
}
return x;
}

[comment]

/* stack for maintaining bindings for the #X symbol during nestable loads.
*/

typedef struct _gstack

{
t_pd *g_what;
t_symbol *g_loadingabstraction;
struct _gstack *g_next;
}

t_gstack;

static t_gstack *gstack_head = 0;
static t_pd *lastpopped;
static t_symbol *pd_loadingabstraction;

int pd_setloadingabstraction(t_symbol *sym)

{
t_gstack *foo = gstack_head;
for (foo = gstack_head; foo; foo = foo->g_next)
if (foo->g_loadingabstraction == sym)
return (1);
pd_loadingabstraction = sym;
return (0);
}

void pd_pushsym(t_pd *x)

{
t_gstack *y = (t_gstack *)t_getbytes(sizeof(*y));
y->g_what = s__X.s_thing;
y->g_next = gstack_head;
y->g_loadingabstraction = pd_loadingabstraction;
pd_loadingabstraction = 0;
gstack_head = y;
s__X.s_thing = x;
}

void pd_popsym(t_pd *x)

{
if (!gstack_head || s__X.s_thing != x) bug("gstack_pop");
else
{
t_gstack *headwas = gstack_head;
s__X.s_thing = headwas->g_what;
gstack_head = headwas->g_next;
t_freebytes(headwas, sizeof(*headwas));
lastpopped = x;
}
}

void pd_doloadbang(void)

{
if (lastpopped)
pd_vmess(lastpopped, gensym("loadbang"), "");
lastpopped = 0;
}

void pd_bang(t_pd *x)

{
(*(*x)->c_bangmethod)(x);
}

void pd_float(t_pd *x, t_float f)

{
(*(*x)->c_floatmethod)(x, f);
}

void pd_pointer(t_pd *x, t_gpointer *gp)

{
(*(*x)->c_pointermethod)(x, gp);
}

void pd_symbol(t_pd *x, t_symbol *s)

{
(*(*x)->c_symbolmethod)(x, s);
}

void pd_list(t_pd *x, t_symbol *s, int argc, t_atom *argv)

{
(*(*x)->c_listmethod)(x, &s_list, argc, argv);
}

void mess_init(void);
void obj_init(void);
void conf_init(void);
void glob_init(void);

void pd_init(void)

{
mess_init();
obj_init();
conf_init();
glob_init();
}

////////////////////////////

/* Copyright (c) 1997-1999 Miller Puckette.
* For information on usage and redistribution, and for a DISCLAIMER OF ALL
* WARRANTIES, see the file, "LICENSE.txt," in this distribution. */

/* sinusoidal oscillator and table lookup; see also tabosc4~ in d_array.c.
*/

#include "m_pd.h"
#include "math.h"

#define UNITBIT32 1572864. /* 3*2^19; bit 32 has place value 1 */

[comment]

/* machine-dependent definitions. These ifdefs really
should have been by CPU type and not by operating system! */

#ifdef IRIX
/* big-endian. Most significant byte is at low address in memory */
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#define int32 long /* a data type that has 32 bits */
#else
#ifdef MSW
/* little-endian; most significant byte is at highest address */
#define HIOFFSET 1
#define LOWOFFSET 0
#define int32 long
#else
#ifdef __FreeBSD__
#include
#if BYTE_ORDER == LITTLE_ENDIAN
#define HIOFFSET 1
#define LOWOFFSET 0
#else
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#endif /* BYTE_ORDER */
#include
#define int32 int32_t
#endif
#ifdef __linux__

#include

#if !defined(__BYTE_ORDER) || !defined(__LITTLE_ENDIAN)
#error No byte order defined
#endif

#if __BYTE_ORDER == __LITTLE_ENDIAN
#define HIOFFSET 1
#define LOWOFFSET 0
#else
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#endif /* __BYTE_ORDER */

#include
#define int32 int32_t

#else
#ifdef MACOSX
#define HIOFFSET 0 /* word offset to find MSB */
#define LOWOFFSET 1 /* word offset to find LSB */
#define int32 int /* a data type that has 32 bits */

#endif /* MACOSX */
#endif /* __linux__ */
#endif /* MSW */
#endif /* SGI */

union tabfudge

{
double tf_d;
int32 tf_i[2];
}

;

/* -------------------------- phasor~ ------------------------------ */
static t_class *phasor_class, *scalarphasor_class;

#if 1 /* in the style of R. Hoeldrich (ICMC 1995 Banff) */

typedef struct _phasor

{
t_object x_obj;
double x_phase;
float x_conv;
float x_f; /* scalar frequency */
}

t_phasor;

static void *phasor_new(t_floatarg f)

{
t_phasor *x = (t_phasor *)pd_new(phasor_class);
x->x_f = f;
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, &s_float, gensym("ft1"));
x->x_phase = 0;
x->x_conv = 0;
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
return (x);
}

static t_int *phasor_perform(t_int *w)

{
t_phasor *x = (t_phasor *)(w[1]);
t_float *in = (t_float *)(w[2]);
t_float *out = (t_float *)(w[3]);
int n = (int)(w[4]);
double dphase = x->x_phase + UNITBIT32;
union tabfudge tf;
int normhipart;
float conv = x->x_conv;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];
tf.tf_d = dphase;

while (n--)
{
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
dphase += *in++ * conv;
*out++ = tf.tf_d - UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
}
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
x->x_phase = tf.tf_d - UNITBIT32;
return (w+5);
}

static void phasor_dsp(t_phasor *x, t_signal **sp)

{
x->x_conv = 1./sp[0]->s_sr;
dsp_add(phasor_perform, 4, x, sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[0]->s_n);
}

static void phasor_ft1(t_phasor *x, t_float f)

{
x->x_phase = f;
}

static void phasor_setup(void)

{
phasor_class = class_new(gensym("phasor~"), (t_newmethod)phasor_new, 0,
sizeof(t_phasor), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(phasor_class, t_phasor, x_f);
class_addmethod(phasor_class, (t_method)phasor_dsp, gensym("dsp"), 0);
class_addmethod(phasor_class, (t_method)phasor_ft1,
gensym("ft1"), A_FLOAT, 0);
}

#endif /* Hoeldrich version */

/* ------------------------ cos~ ----------------------------- */

float *cos_table;

static t_class *cos_class;

typedef struct _cos

{
t_object x_obj;
float x_f;
}

t_cos;

static void *cos_new(void)

{
t_cos *x = (t_cos *)pd_new(cos_class);
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
x->x_f = 0;
return (x);
}

static t_int *cos_perform(t_int *w)

{
t_float *in = (t_float *)(w[1]);
t_float *out = (t_float *)(w[2]);
int n = (int)(w[3]);
float *tab = cos_table, *addr, f1, f2, frac;
double dphase;
int normhipart;
union tabfudge tf;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];

#if 0 /* this is the readable version of the code. */
while (n--)
{
dphase = (double)(*in++ * (float)(COSTABSIZE)) + UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
}
#endif
#if 1 /* this is the same, unwrapped by hand. */
dphase = (double)(*in++ * (float)(COSTABSIZE)) + UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
while (--n)
{
dphase = (double)(*in++ * (float)(COSTABSIZE)) + UNITBIT32;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
tf.tf_d = dphase;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
}
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
#endif
return (w+4);
}

static void cos_dsp(t_cos *x, t_signal **sp)

{
dsp_add(cos_perform, 3, sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[0]->s_n);
}

static void cos_maketable(void)

{
int i;
float *fp, phase, phsinc = (2. * 3.14159) / COSTABSIZE;
union tabfudge tf;

if (cos_table) return;
cos_table = (float *)getbytes(sizeof(float) * (COSTABSIZE+1));
for (i = COSTABSIZE + 1, fp = cos_table, phase = 0; i--;
fp++, phase += phsinc)
*fp = cos(phase);

/* here we check at startup whether the byte alignment
is as we declared it. If not, the code has to be
recompiled the other way. */
tf.tf_d = UNITBIT32 + 0.5;
if ((unsigned)tf.tf_i[LOWOFFSET] != 0x80000000)
bug("cos~: unexpected machine alignment");
}

static void cos_setup(void)

{
cos_class = class_new(gensym("cos~"), (t_newmethod)cos_new, 0,
sizeof(t_cos), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(cos_class, t_cos, x_f);
class_addmethod(cos_class, (t_method)cos_dsp, gensym("dsp"), 0);
cos_maketable();
}

/* ------------------------ osc~ ----------------------------- */

static t_class *osc_class, *scalarosc_class;

typedef struct _osc

{
t_object x_obj;
double x_phase;
float x_conv;
float x_f; /* frequency if scalar */
}

t_osc;

static void *osc_new(t_floatarg f)

{
t_osc *x = (t_osc *)pd_new(osc_class);
x->x_f = f;
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, &s_float, gensym("ft1"));
x->x_phase = 0;
x->x_conv = 0;
return (x);
}

static t_int *osc_perform(t_int *w)

{
t_osc *x = (t_osc *)(w[1]);
t_float *in = (t_float *)(w[2]);
t_float *out = (t_float *)(w[3]);
int n = (int)(w[4]);
float *tab = cos_table, *addr, f1, f2, frac;
double dphase = x->x_phase + UNITBIT32;
int normhipart;
union tabfudge tf;
float conv = x->x_conv;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];
#if 0
while (n--)
{
tf.tf_d = dphase;
dphase += *in++ * conv;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
}
#endif
#if 1
tf.tf_d = dphase;
dphase += *in++ * conv;
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
while (--n)
{
tf.tf_d = dphase;
f1 = addr[0];
dphase += *in++ * conv;
f2 = addr[1];
addr = tab + (tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1));
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
frac = tf.tf_d - UNITBIT32;
}
f1 = addr[0];
f2 = addr[1];
*out++ = f1 + frac * (f2 - f1);
#endif

tf.tf_d = UNITBIT32 * COSTABSIZE;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];
tf.tf_d = dphase + (UNITBIT32 * COSTABSIZE - UNITBIT32);
tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart;
x->x_phase = tf.tf_d - UNITBIT32 * COSTABSIZE;
return (w+5);
}

static void osc_dsp(t_osc *x, t_signal **sp)

{
x->x_conv = COSTABSIZE/sp[0]->s_sr;
dsp_add(osc_perform, 4, x, sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[0]->s_n);
}

static void osc_ft1(t_osc *x, t_float f)

{
x->x_phase = COSTABSIZE * f;
}

static void osc_setup(void)

{
osc_class = class_new(gensym("osc~"), (t_newmethod)osc_new, 0,
sizeof(t_osc), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(osc_class, t_osc, x_f);
class_addmethod(osc_class, (t_method)osc_dsp, gensym("dsp"), 0);
class_addmethod(osc_class, (t_method)osc_ft1, gensym("ft1"), A_FLOAT, 0);

cos_maketable();
}

/* ---------------- vcf~ - 2-pole bandpass filter. ----------------- */

typedef struct vcfctl

{
float c_re;
float c_im;
float c_q;
float c_isr;
}

t_vcfctl;

typedef struct sigvcf

{
t_object x_obj;
t_vcfctl x_cspace;
t_vcfctl *x_ctl;
float x_f;
}

t_sigvcf;

t_class *sigvcf_class;

static void *sigvcf_new(t_floatarg q)

{
t_sigvcf *x = (t_sigvcf *)pd_new(sigvcf_class);
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, &s_signal, &s_signal);
inlet_new(&x->x_obj, &x->x_obj.ob_pd, gensym("float"), gensym("ft1"));
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
x->x_ctl = &x->x_cspace;
x->x_cspace.c_re = 0;
x->x_cspace.c_im = 0;
x->x_cspace.c_q = q;
x->x_cspace.c_isr = 0;
x->x_f = 0;
return (x);
}

static void sigvcf_ft1(t_sigvcf *x, t_floatarg f)

{
x->x_ctl->c_q = (f > 0 ? f : 0.f);
}

static t_int *sigvcf_perform(t_int *w)

{
float *in1 = (float *)(w[1]);
float *in2 = (float *)(w[2]);
float *out1 = (float *)(w[3]);
float *out2 = (float *)(w[4]);
t_vcfctl *c = (t_vcfctl *)(w[5]);
int n = (t_int)(w[6]);
int i;
float re = c->c_re, re2;
float im = c->c_im;
float q = c->c_q;
float qinv = (q > 0? 1.0f/q : 0);
float ampcorrect = 2.0f - 2.0f / (q + 2.0f);
float isr = c->c_isr;
float coefr, coefi;
float *tab = cos_table, *addr, f1, f2, frac;
double dphase;
int normhipart, tabindex;
union tabfudge tf;

tf.tf_d = UNITBIT32;
normhipart = tf.tf_i[HIOFFSET];

for (i = 0; i < n; i++) { float cf, cfindx, r, oneminusr; cf = *in2++ * isr; if (cf < 0) cf = 0; cfindx = cf * (float)(COSTABSIZE/6.28318f); r = (qinv > 0 ? 1 - cf * qinv : 0);
if (r < 0) r = 0; oneminusr = 1.0f - r; dphase = ((double)(cfindx)) + UNITBIT32; tf.tf_d = dphase; tabindex = tf.tf_i[HIOFFSET] & (COSTABSIZE-1); addr = tab + tabindex; tf.tf_i[HIOFFSET] = normhipart; frac = tf.tf_d - UNITBIT32; f1 = addr[0]; f2 = addr[1]; coefr = r * (f1 + frac * (f2 - f1)); addr = tab + ((tabindex - (COSTABSIZE/4)) & (COSTABSIZE-1)); f1 = addr[0]; f2 = addr[1]; coefi = r * (f1 + frac * (f2 - f1)); f1 = *in1++; re2 = re; *out1++ = re = ampcorrect * oneminusr * f1 + coefr * re2 - coefi * im; *out2++ = im = coefi * re2 + coefr * im; } if (PD_BIGORSMALL(re)) re = 0; if (PD_BIGORSMALL(im)) im = 0; c->c_re = re;
c->c_im = im;
return (w+7);
}

static void sigvcf_dsp(t_sigvcf *x, t_signal **sp)

{
x->x_ctl->c_isr = 6.28318f/sp[0]->s_sr;
dsp_add(sigvcf_perform, 6,
sp[0]->s_vec, sp[1]->s_vec, sp[2]->s_vec, sp[3]->s_vec,
x->x_ctl, sp[0]->s_n);

}

void sigvcf_setup(void)

{
sigvcf_class = class_new(gensym("vcf~"), (t_newmethod)sigvcf_new, 0,
sizeof(t_sigvcf), 0, A_DEFFLOAT, 0);
CLASS_MAINSIGNALIN(sigvcf_class, t_sigvcf, x_f);
class_addmethod(sigvcf_class, (t_method)sigvcf_dsp, gensym("dsp"), 0);
class_addmethod(sigvcf_class, (t_method)sigvcf_ft1,
gensym("ft1"), A_FLOAT, 0);
}

/* -------------------------- noise~ ------------------------------ */
static t_class *noise_class;

typedef struct _noise

{
t_object x_obj;
int x_val;
}

t_noise;

static void *noise_new(void)

{
t_noise *x = (t_noise *)pd_new(noise_class);
static int init = 307;
x->x_val = (init *= 1319);
outlet_new(&x->x_obj, gensym("signal"));
return (x);
}

static t_int *noise_perform(t_int *w)

{
t_float *out = (t_float *)(w[1]);
int *vp = (int *)(w[2]);
int n = (int)(w[3]);
int val = *vp;
while (n--)
{
*out++ = ((float)((val & 0x7fffffff) - 0x40000000)) *
(float)(1.0 / 0x40000000);
val = val * 435898247 + 382842987;
}
*vp = val;
return (w+4);
}

static void noise_dsp(t_noise *x, t_signal **sp)

{
dsp_add(noise_perform, 3, sp[0]->s_vec, &x->x_val, sp[0]->s_n);
}

static void noise_setup(void)

{
noise_class = class_new(gensym("noise~"), (t_newmethod)noise_new, 0,
sizeof(t_noise), 0, 0);
class_addmethod(noise_class, (t_method)noise_dsp, gensym("dsp"), 0);
}

/* ----------------------- global setup routine ---------------- */
void d_osc_setup(void)

/////////////////////////////////////////

-114 144 143812 1

3249077668724842090125747662984091173230676971960349524449140884
5805522643697940887763336000385135521518460922664886945741328592
6826218741195734740728545178027659518718843690638936318269176327
0015519725929424578935980527660735624020715570736738086616686511
4863212127726978548025890577006813121066938376751816139306305930
8858343801589093473240304362890032183767871202435179900166872726
6842673344764547166601647554202858744681771260963169615498259852
9193402605816995251589447026081193192883447009580064853825711009
1883530330074528142679252310812577492296664248416718871176034672
9350273657824360269938969146652930778808878073532743720489033298
2270837985706567102129700968364529950782083108449808062720151134
8368309102091891316930007738598508881709335772091821357216693018
9523398878042321062871454430873332567388886129343126378851567298
1504

conSertoupGraDesencontro

Valores

* colaboração
* descentralização
* diversidade
* liberdade

Princí­pios

(artifí­cios intelectuais para caminhar dos valores í s práticas)

* agilidade e invisibilidade sem crise;
* autonomia de ação;
* ausência de ní­veis hierárquicos de decisão;
* ausência de centro determinado de atuação e produção;
* comunicação multidirecional, veloz e ampliada por ferramentas digitais;
* desobediência civil como re-existência;
* explorar estados alterados de consciência;
* ênfase em processos abertos, documentados e visí­veis publicamente;
* humanização das relações entre pessoas;
* multifoco;
* otimização de recursos;
* respeito, confiança e benefí­cio mútuo;
* redundância positiva;
* rotatividade de funções e atribuições;
* tomada de decisão por consenso;
* valorização e respeito aos processos subjetivos;
* ‘dar tempo ao tempo’

Atores

* o abacaxi
* conselho deliberativo
* conselho consultivo

Processos

Ação interna

* institucional;
* burocrática;
* comunicação;
* documentação (banco de dados com how-to);
* planejamento;
* captação de recursos;
* desenvolvimento e finalização de projetos;
* remuneração;
* produção (quem vai varrer a casinha?);

Ação interconexões

* relacionamento com gringos
* relacionamento com mov. sociais
* relacionamento interno
* relacionamento com .gov
* descobertas


Ação publicação e difusão

* Periódicos
o cadernos submidiáticos
o pub
o distribuição web
o print on demand

* Edições
o traduções
o coleções BR
o livros BR
o distribuição web
o print on demand
o distribuição parcerias

* Selo
o álbuns completos
o coleções
o programas de rádio
o transmissão
o distribuição

Ação metodologia e projetos:

* captação
* execução
* formato de projeto
* manutenção do banco de projetos
* banco de dados de metodologias de oficina

Ação plataforma tecnológica:

* planejamento
* desenvolvimento
* uso

Ação polí­tica:

* ação direta
* crí­tica teórica
* polí­ticas públicas
* prática radical

Ação arte, pesquisa e exploração:

Exemplo de Caso: desencontro + upgrade

1.surge um edital emergência

2.discussão pública

3.pequeno grupo focado reage com agilidade

4.tempo (espera)

5.ganha edital

6.convite pra concretizar

7.decisão