Ninguém do seu quinhão queixar-se pode.

Uma ideia na mão e uma melancia na cabeça” V0.1 BETA


Orquestra Organismo – videoclipo – 2006

baixe o videoclipo e remixe – ele foi feito pra isso, ele fala sobre isso.
Baixe VLC pra assistir o filme se voce nao usa software livre ainda.

& A obra é feita.
Apronta-se o conví­vio.
Ninguém do seu quinhão queixar-se pode.

esse curta tem um trecho do primeiro ” videoclipe” da história, feito em 1894. Cozinhando com Puros Dados também. Este eletrodoméstico nasce com o propósito de ser desde sempre uma “obra” aberta. Ele não tem dono. Ele não tem forma. Ele não tem fim. Não é bom, não é ruim, não é nada. Não é pra consumir, é pra resolver. Vire-se.

8 comments

  1. Ok, Glerm, bacana o vÃ?­deo (jÃ?¡ estÃ?¡ bem melhor do que o primeiro). Mas o que exatamente vocÃ?ª quer dizer quando apÃ?µe, sob o post, a alcunha genÃ?©rica de “copyleft”?

    NÃ?£o quero parecer um tecnocrata, mas “copyleft” nada mais Ã?© do que um CONCEITO GENÃ?â?°RICO (“general concept”). Ou seja, dizer que uma determinada obra estÃ?¡ “sob copyleft” nÃ?£o implica, necessariamente, na conclusÃ?£o de que ela estÃ?¡ devidamente licenciada. Qual o contrato (porque licenÃ?§a Ã?© contrato, no caso do autor com seu pÃ?ºblico)? GNU? GFDL? CC? Art Libre? HÃ?¡ muitas opÃ?§Ã?µes.

    LicenÃ?§as inspiradas na principiologia do copyleft hÃ?¡ muitas, por isso nÃ?£o existe a mesma precisÃ?£o tÃ?©cnica ao dizer que uma dada obra estÃ?¡ licenciada sob “copyleft” do que sob “copyright” (este sÃ?­mbolo, de fato, traz implÃ?­cita uma licenÃ?§a de uso propriamente dita, nos moldes aprovados multilateralmente na ConvenÃ?§Ã?£o de Berna)

    Vale notar que os trechos do v�­deo de 1894 j�¡ s�£o de dom�­nio p�ºblico. Como foram objeto de uma obra derivada (sampling em outro v�­deo), o novo conte�ºdo pode ser objeto de um licenciamento (livre ou n�£o).

    Evidentemente, quanto ao vÃ?­deo sei que o teu propÃ?³sito nÃ?£o era “licenciÃ?¡-lo”, mas gerar uma reflexÃ?£o (“este eletrodomÃ?©stico nasce com o propÃ?³sito de ser desde sempre uma ‘obra’ aberta. Ele nÃ?£o tem dono”).

    Mas Ã?© que me lembrei do que vocÃ?ª disse na Panificadora Verde Vale (em frente Ã?  Galeria Ybakatu), ou seja, de que, doravante, vocÃ?ª iria pura e simplesmente apor um “copyleft” em suas obras. SÃ?³ que, legalmente, nÃ?£o resolve nada.

  2. Ali�¡s, acho que com a consolida�§�£o da id�©ia do banco de dados art�­stico-hist�³rico, dever�­amos pensar seriamente a respeito da quest�£o do licenciamento dos conte�ºdos.

    Arauc�¡ria Commons 1.0?

  3. he.

    sÃ?³ achei que era uma contradiÃ?§Ã?£o usar um “contrato” pra falar de domÃ?­nio pÃ?ºblico. Acabei usando o logo do copyleft por simpatia mesmo.

    -> Qto as licenÃ?§as “contratuais” no caso “INSTITUCIONAL”: NÃ?£o seria melhor usar “gpl” ou “cc” com alguns remendos, pela chance de jurisprudÃ?ªncia ( Ã?© esse o termo, quando o caso ja tem registro?)
    sinto falta de dois remendos na cc ( caso pessoal, n�£o �© todo mundo que precisa usar):
    * Se n�£o tem fins lucrativos nao precisa nem citar minha autoria. Explico: Citar meu nome n�£o pode ser uma obriga�§�£o, tem que ser organico e quando vier ao caso. E todo mundo sabe que assinar o quadro na frente com uma assinatura enorme, muda todo o sentido da obra. -> Opini�£o Pessoal. S�³ discuto isso na mesa do boteco ( ou da padaria).
    * Se tem fins partidÃ?¡rios, religiosos ou publicitÃ?¡rios, o uso Ã?© proibido. ( Apesar de eu ver isso mais como uma questÃ?£o moral – continuo achando que pra vigiar isso eu tenho contar com a ” polÃ?­cia” e suspeito que inverte todo o sentido desta intenÃ?§Ã?£o. ).

    Deem uma checada no http://www.archive.org/ , ele tem acervos bem interessantes de domÃ?­nio publico ou de licenÃ?§as colaborativas… Projeto bem prÃ?³ximo ao que discutimos na padaria ( obviamente em escopo megalomaniaco elevado ao cubo )

    Falando nisso meu servidor dom�©stico j�¡ ta rodando, j�¡ podemos come�§ar.

    -> para a mesa da padaria:
    Pessoalmente e honestamente: N�£o faz sentido apoiar minha expectaviva na institucionalidade. No momento em que eu vou na padaria discutir com amigos eu J� SOU DE DOM�NIO P�šBLICO. Afinal nem eu me entendo, e se alguem acha que se entende, a�­ o dom�­nio p�ºblico foi at�© pro espelho.

    Assim como Ã?© com o Estado, outro bem de ” domÃ?­nio publico”. Todo mundo vota. E dÃ?¡ sempre na mesma. E todo mundo acha “inevitÃ?¡vel”. Os mais “institucionalizados” reapropriam mais “profundamente”. Probleminha importante, mas parece aqueles cubos mÃ?¡gicos coloridos com 256 Terabytes de faces. Quem pensa nisso Ã?© considerado ” autista”.

    ..

    e voltando ao video: ele n�£o �© bom, n�£o �© ruim, n�£o �© nada. Nem sei se gosto dele. Mas tem tanta gente jogando tempo fora em consumos absurdos que talvez a auto-reflex�£o que ele me proporcionou compense a preocupa�§�£o f�ºtil com a bobagem autoral, institucional e est�©tica. Mas realmente n�£o sei se serve para terceiros. Para voc�ª j�¡ fez algo. Sei l�¡. Apodrece e vira adubo.

    E ei! de novo, esse video nÃ?£o Ã?© nada! nÃ?£o esperem nada dele! nÃ?£o esperem nada do espelho! ta todo mundo tateando em cadÃ?¡veres! que nem os vermes no adubo…

    quanta coisa sem sentido a gente faz (pior ainda as “sÃ?©rias”)… assustador…

    aaaaaaaaaaaaaaaa a lingua portuguesaaaaaaaaaa de desportosssssssssssssssssssssss
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  4. outro remendo na licenÃ?§a “opiniÃ?£o pessoal commons”:
    * Pode lucrar com a obra, n�£o precisa nem dividir o lucro comigo, mas entre em contato. _> Justificativa: N�£o tou afim de quebrar minha cabe�§a com auditoria na vida dos outros. Se o cara entra em contato �© por que interessa minha parceria. Se ele �© um falcatrua, ele vai ser sempre e n�£o sou eu que vou ficar armando a pol�­cia, e consequentemente todas as camadas do aparelho de guerra e barb�¡rie.

    “Cozinhando Puros Dados”:

    MÃ?­crofÃ?­sica da MetacomunhÃ?£o…

  5. Glerm, concordo com voc�ª quando o teu discurso est�¡ numa conota�§�£o mais principiol�³gica, de abertura, liberdade, compartilhamento. E os teus/meus/nossos vermes est�£o a�­ para nos lembrar de certas conting�ªncias inexor�¡veis.

    Mas eu me referia a uma faceta da discussÃ?£o que Ã?© mais tecnicista, sim, mas que orbita permanentemente em torno das possibilidades de frutificaÃ?§Ã?£o de alguns projetos “verdevalinos”. NinguÃ?©m ali comeu e partilhou pÃ?£o Ã?  toa, foi uma comunhÃ?£o de espÃ?­ritos.

    Ã?â?° que quando se pensa no projeto do banco de dados dos artistas, acho que teremos de ser um pouco mais frios. NÃ?£o se trata de interferir na forma como o pÃ?ºblico se “apropria” do conteÃ?ºdo (atÃ?© porque a forÃ?§a da acessibilidade Ã?© avassaladora e nÃ?£o tem lei ou contrato que segure isso). Mas Ã?© sempre um ato de linguagem. E num diÃ?¡logo, queira ou nÃ?£o, siga ou nÃ?£o, a linguagem e a simbÃ?³lica demarcam sempre o territÃ?³rio da troca. Se o territÃ?³rio de nossa troca nÃ?£o estiver demarcado (e partirmos do pressuposto de que decidiremos embarcar nisso sem esses cuidados) teremos de arcar com as conseqÃ?¼encias. E note que ninguÃ?©m estÃ?¡ falando de “polÃ?­cia”.

    Se nesse post vocÃ?ª fala em domÃ?­nio pÃ?ºblico, nÃ?£o faz sentido algum usar um signo do copyleft (jamais o open source conseguirÃ?¡ ser mais do que as pÃ?¡ginas rasgadas de um livro sem capa, do qual se nÃ?£o se sabe o tÃ?­tulo e o autor – e hÃ?¡ muitos por aÃ?­).

    No domÃ?­nio pÃ?ºblico, o buraco Ã?© mais embaixo. Ã?© o desprendimento completo, a ponto de se desapegar atÃ?© do conceito da Autoria (sempre uma decisÃ?£o individual do autor, jamais uma compulsoriedade – seria o Direito Intelectual das Abelhas). No domÃ?­nio pÃ?ºblico, os gestores do ECAD sÃ?£o os vermes do teu filme. VÃ?£o comer o Richard Stalmann, o Lessig de sobremesa e atÃ?© a logomarca do GNU e do Copyleft (porque Ã?© isso, no fim das contas, uma etiqueta) do Copyleft (podemos deixar essa pro Occam?).

    http://organismo.art.br/blog/?p=979
    Quem s�£o os autores das pinturas rupestres de Lascaux?
    Sou eu, p�´. �� voc�ª.

    Acho apenas que, antes dos vermes chegarem, ainda tenho uma margem de autonomia e identidade para escolher qual “etiqueta” coloco na minha criaÃ?§Ã?£o – ou se nÃ?£o coloco nenhuma.

  6. Sou pela criaÃ?§Ã?£o sem “etiqueta”

    “Ao poeta cabe ser casto
    Aos seus versos nÃ?£o”

    Catulo

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