“EM BREVE”

Gilson Camargo e Octavio Camargo
Guia de orientação urbana a partir da rosa dos ventos.
Mapeamento do corpo arquitetônico da cidade e seu desenho na linha do horizonte. Roteiro de observação paisagí­stica do “skyline” curitibano em clareiras acessí­veis ao olhar comum. Passeio pelos limites da cidade em seus sí­tios especí­ficos.
Exposição de fotografias de Curitiba no aniversário dos sete anos do Beto Batata, na Rua Professor Brandão 678, dia 29 de maio de 2006. A exposição revela Curitiba sob três perspectivas distintas: a cidade vista do centro a partir do terraço do edifí­cio Itatiaia, no Largo Bittencourt, em panorâmica de 360 graus; dos bairros, através do mapeamento do corpo arquitetônico dos edifí­cios; na linha do horizonte, a partir dos pontos cardeais, e o paisagismo ainda bucólico dos limites extremos da cidade.
A cidade nos seus pontos extremos apresenta ainda paisagens rurais.
Ao Norte, a colina do Abranches, ponto mais elevado da cidade, na Rua 1, divisa com o municí­pio de Almirante Tamandaré.
Ao Sul, o Aterro Sanitário da Caximba e a divisa do Rio Barigui com Araucária.
Ao Leste, as Cavas do Rio Iguaçu ao pé da Serra do Mar.
O encontro do Rio Passaúna com a BR 277 no Oeste.

Vista da Praça das Nações, bairro Alto da XV. Curitiba / PR. Sentido Leste – Oeste.

“EM BREVE”

Gilson Camargo e Octavio Camargo
Guia de orientação urbana a partir da rosa dos ventos.
Mapeamento do corpo arquitetônico da cidade e seu desenho na linha do horizonte. Roteiro de observação paisagí­stica do “skyline” curitibano em clareiras acessí­veis ao olhar comum. Passeio pelos limites da cidade em seus sí­tios especí­ficos.
Exposição de fotografias de Curitiba no aniversário dos sete anos do Beto Batata, na Rua Professor Brandão 678, dia 29 de maio de 2006. A exposição revela Curitiba sob três perspectivas distintas: a cidade vista do centro a partir do terraço do edifí­cio Itatiaia, no Largo Bittencourt, em panorâmica de 360 graus; dos bairros, através do mapeamento do corpo arquitetônico dos edifí­cios; na linha do horizonte, a partir dos pontos cardeais, e o paisagismo ainda bucólico dos limites extremos da cidade.
A cidade nos seus pontos extremos apresenta ainda paisagens rurais.
Ao Norte, a colina do Abranches, ponto mais elevado da cidade, na Rua 1, divisa com o municí­pio de Almirante Tamandaré.
Ao Sul, o Aterro Sanitáro da Caximba e a divisa do Rio Barigui com Araucária.
Ao Leste, as Cavas do Rio Iguaçu ao pé da Serra do Mar.
O encontro do Rio Passaúna com a BR 277 no Oeste.


Vista da Praça das Nações, bairro Alto da XV, Curitiba / PR. Sentido Leste – Oeste.

a farsa da cruz – exposição de joão osorio brzezinski no beto batata em 2001

Um dos aspectos que se vêem projetados pela cruz violeta é o de como í  sombra dos conceitos mais nobres que a humanidade concebeu se encontram fingidas atitudes contrárias ao seu conteúdo. Em nome da ciência e dos esclarecimentos desenvolveram-se a civilização industrial, a bomba atômica e recentemente a clonagem de animais e seres humanos. Em nome da democracia o capital internacional promove ainda uma série de regimes autoritários e ditatoriais no terceiro mundo, em nome da difusão da informação e da notí­cia surgiram mecanismos de massificação do pensamento e aculturamento da população. Em nome da simplificação do ensino baniu-se o estudo de filosofia e lí­nguas clássicas das escolas formando jovens imersos somente na contigência de suas necessidades imediatas sem referência histórica e condições de opinar criticamente sobre a sua própria existência. Em nome de Deus ou de Deuses travaram-se cruzadas e populações foram dizimadas sob o pretexto autoritário de uma relação previligiada com o além. Quando a humanidade se sente ameaçada, o mundo tende a se polarizar, as posições tornam-se radicais, os discursos rí­gidos, e as palavras são entendidas ao pé da letra. As consequências mais diretas da tirania do significado que se instaura nestes tempos são a intolerância, o preconceito, a massificação de idéias, a supressão da opinião individual e o silêncio permissivo. Os que oportunisticamente se multiplicam nestes perí­odos esquecem que o significado das palavras não está na sua referência objetiva mas no uso que delas se faz. A mesma faca que o dicionário define como arma pode servir para preparar o jantar de uma famí­lia, e a pomba, sí­mbolo universal da paz pode portar a mais terrí­vel das mensagens. A mesma igreja que excluiu de seus domí­nios a contestação herética dos dogmas da fé pela via árdua das chamas da inquisição, amparou a expressão artí­stica durante a idade média e preservou os tesouros da literatura clássica. No século XX o nazismo obteve o silêncio de Roma de Pio XII frente aos crimes cometidos contra o povo Judeu durante a Segunda guerra mundial. Israel desfruta agora de um silêncio parecido na ação contra a minoria palestina nos territórios ocupados. A imprensa mundial parece também se apegar aos princí­pios de realidade única que crescem no seio do maniqueí­smo. A excessiva importância í  vida da corte capitalista cega os olhos da opinião pública í  realidade do que acontece na esquina. Se a crueldade da soberania econômica sobre o oriente é manifesta, não o é menos a que acontece a nossa volta . As baixas ocorrem nos semáforos, nas ruas, nas casas, sem nenhuma questão de credo, territórios ou ideologia, mas pela irracionalidade da banalização da vida. Que o outro seja a medida da verdade. Não há saber . Todo o conhecimento é interpretação.

Octávio Camargo.

O lançamento de Ilusão e a consagração pública de Emiliano Perneta

“A Sagração do poeta”.

“O povo, í  maneira da fulgurante Hélade pagã de outrora, deslumbrado ante ao pináculo aurifulgente em que paira Ilusão, do alcandorado poeta paranaense Emiliano Perneta, que, semelhante a um Zeus Olí­mpico, pode ser chamado um artista inigualável, impecável, entre os mais finí­ssimos estetas que cultuam a arte, a beleza imortal, o povo, que também reconhece o que é belo, o que é fascinante, e não deixou também de prestar homenagem ao laureado mestre da poesia que inebria e arrebata.
Tanto assim, que o Passeio Público regurgitava de pessoas, pressurosas por verem de perto o ente singular que as tinha extasiado tantas vezes com a doçura extraordinária de seus versos de cristal.


Multidão no Passeio Público por ocasião das homenagens ao poeta de Ilusão.

O domingo amanhecera como nunca.
Mitra resplandecia em sua mais intensa plenitude, iluminando a limpidez do firmamento azul, que se havia revestido da túnica inspiradora do poeta festejado.
Na ilha do festival, ampla e bizarra, vicejavam risonhas engrinaldadas de ouro, e de acácias, que em aspersões suaves e delicadas, atiravam florinhas miúdas sobre aqueles que se abrigavam í  sombra benfazeja que elas proporcionam.
As águas deslizando melí­fluamente.
Tudo condizia perfeitamente com o espí­rito panteí­sta de Emiliano.
A natureza estava vivificante, e boa, e pura, e sã.
Nessa ilha chamada de Ilusão, elevava-se, estilo jônico, um templo grego, cujas colunas prendiam os festões de cedro e loureiro, que, cheios de graça, se cruzavam nos ares.
Uma caçoula onde havia incenso, despedia para o alto em espirais, eflúvios doces e embriagadores.
Ornamentavam ainda o local as estátuas de Flora, Pamona, Ceres e Vesta, cada qual representando uma estação do ano, os bustos de Minerva, a sabedoria, Vênus, a representar o amor e a beleza, e Apolo, o inspirador das belas artes.
Tudo contribuí­a para um conjunto delicioso e harmônico, fazendo lembrar os tempos das glorificações. Em pleno ar livre, aos poetas gregos na Acrópole.
Parecia reviver os tempos de Pí­ndaro, Anacreonte, e Safo; ressurgia o século de Péricles, quando Atenas atingiu o apogeu nas artes, ciências e letras.
Ao chegar, o poeta homenageado dirigiu-se, debaixo de estrepitosas palmas e aclamações, para o templo, onde tomou assento em um banco grego, sendo logo após, brilhantemente saudado pela talentosa oradora do Grêmio das Normalistas, a qual, em nome dessa agremiação, o presenteou com um chic ramalhete de flores.


Chegada de Emiliano Perneta no Passeio Público, em 20 de agosto de 1911 – data de sua coroação como prí­ncipe dos poetas paranaenses. O poeta traz nas mãos as flores oferecidas por uma criança.

Falou em seguida o orador oficial, o consagrado tribuno e homem das letras Dario Veloso, que com a palavra vibrante de que é possuidor, se incumbiu de expor em nome da coletividade os fins daquela justa e digna festa.
Via-se então, o prí­ncipe da oratória paranaense coroando com frases rutilantes e economiásticas ao prí­ncipe da poesia.
Em evocações ao passado helênico, o magistral tribuno, lembrando os jogos olí­mpicos da Grécia, mostrou que, a exemplo dos helenos, í  Curitiba cabem as glórias e os triunfos alcançados por Emiliano Perneta.
Referindo-se a Ilusão, Dario Veloso fez ver que o poeta reflete em seus versos todas as agruras, quimeras e ilusões dos primeiros anos da era cristã í  época da Renascença, e que através daquela melodia intensa, daquele sonho, durante mil e quinhentos anos – quando já í­amos galgando a escarpa terrí­fica do Calvário, para crucificá-lo como um novo Cristo – esse Gólgota se transmuda, num oceano de luz, esparsa por essa beleza esplandente de Sol, que ilumina e vivifica. O orador, voltado para o fulgor azulado deste céu pagão, exaltou a bondade da natureza, que tanto cooperou para maior encanto das festividades.
– Vede bem poeta, observai. Apolo deteve sua luminosa quádriga para contemplar-vos.
Ao finalizar, o homenageante entregou a Emiliano, em nome da cidade de Curitiba, uma finí­ssima encadernação de Ilusão, aureolada por uma coroa de louros naturais, tudo dentro de uma lavorada caixa feita de custosas madeiras do Paraná.
Em seguida três graciosas senhoritas recitaram, com o maior brilho possí­vel, alguns sonetos do poeta.
Terminando o que estava prescrito, ergueu-se o homenageado e disse não poder responder ao discurso de Dario Veloso, pois que este, não esteve admirável – afirmou, esteve assombroso.
Acrescentou que como prova da mais sincera gratidão ia ler os expressivos versos já publicados em seu livro – “para que todos que eu amo sejam felizes”. Então os espaços saturaram-se da melodia lí­mpida e sonora da sua voz argentina, enquanto o auditório, eletrizado, sentia-se ascender í s regiões empí­ricas do além.
O recitativo terminou debaixo de palmas ruidosas e aclamações febris daqueles que o escutavam, enlevados pela harmonia dos versos arrebatadores que só Emiliano sabe produzir.
Essa sublime sagração pública permanecerá inolvidada no coração de todos os paranaenses, será conservada tradicionalmente, para que nossos posteriores possam dizer, no futuro, que o Paraná, ao menos uma vez, reviveu a vida espiritual da Grécia antiga, na qual houve um Pí­ndaro, glorificado por esse novo povo helênico, robusto, belo, sereno e jovial”.

Oscar Gomes.
Fanal, Curitiba, 1 de setembro de 1911.


Banquete no Passeio Público no ígape na Ilha da Ilusão, em homenagem a Bueno Monteiro, em março de 1915.
da esquerda para a direita: Francisco Leite, Heitor França, Rodrigo Junior, Generoso Borges, Clemente Ritz, Emiliano Perneta, Celestino Junior, Bueno Monteiro e Santa Rita.


Residência d0 artista em Curitiba, í  Rua Aquidaban, 413. Atual rua Emiliano Perneta.

fonte. Revista Textura # 2 / julho 1981
ed. Secretaria do Estado da Cultura e do Esporte

arquivo


tela de Theodoro de Bona, mostra o cacique Tindiquera escolhendo o local da nova povoação.


página do livro-tombo com a assinatura dos fundadores que firmaram o documento de 29 de março de 1693, instituindo a criação da Câmara e da Justiça e elevaram a povoação í  categoria de vila.


tela de Arthur Ní­sio. Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

fonte: Imagens da Evolução de Curitiba
Otavio Duarte e Guinski
guinski design / quadrante editorial

exposição

A Galeria Ybakatu Espaço de Arte abre no dia 14 de janeiro o evento Surface Tension_Curitiba, uma colaboração entre os artistas Octávio Camargo, Ken Ehrlich, Brandon LaBelle, Guilherme Soares.

Serviço:
Exposição: Surface Tension_Curitiba
Abertura: 14 de janeiro, sábado, das 16 horas as 20 horas
Local: Ybakatu Espaço de Arte
Rua Itupava 414, Curitiba – PR Brasil CEP 80060-250
Telefone: 41 3264-4752
www.ybakatu.com.br

Visitação: 17 de janeiro a 17 de fevereiro de 2006
De terça í  sexta das 14 as 19 horas.

Mais informações:
www.errantbodies.org
www.errantbodies.org/st_insertions.html
www.errantbodies.org/st_insertions_curitiba_hr.html
www.errantbodies.org/st_insertions_curitiba_vh.html

Luz, Lucidez e Alucinação / Haroldo Viegas

agaviegas@terra.com.br


auto retrato haroldo viegas


capa de livreto da exposição no Beto Batata em 2001

Alterar definitivamente um original fotográfico é inicialmente uma atitude iconoclasta. Por mais comum que seja o assunto que se apresente ao olhar do fotógrafo esta imagem possuirá sempre a referência de um fato. Construir outra imagem a partir desta é uma atitude de rompimento com a atribuição comumente assinalada í  fotografia de documentar a realidade. Estas imagens de Haroldo Viegas mostram a ação criadora em face da passividade do documento e propõe um universo visual autônomo para a fotografia.

Octávio Camargo -Abril de 2001

é tudo verdade ou, culto e grosso

Caros fotografos e amigos, acho que o Orlando Azevedo, nesse seu “mergulho ao coração do Paranᔝ, tropeçou em sua vaidade e bateu com cabeça em um vespeiro!!!
Todo o meu apoio ao trabalho excelente que a Milla vem fazendo com o NUCLEO DE ESTUDOS DA FOTOGRAFIA, ao Beto Batata e aos outros bares trôpegos que sempre abrigaram a fotografia curitibana, tão desprezada por esse senhor.
João Urban

http://www.oplanob.com.br/index.php?itemid=35&catid=4#

as fotos da mylla são absolutamente sem pilha ,sem emoção e nenhuma poética.
não acrescentam nada, rien de tout
a fotografia percorre esse universo do discurso da obscuridade e curitiba tem essa pegada patética de divinas criaturas , sosella, núcleo de, betos batatas etc etc
guetos da mediocridade. falta crí­tica e nos bares trôpegos nascem as deformações dos pesadelos.
etí­licos passaportes da conivência.

as tears go by

aqui de prudentópolis
desejo prudência
devagar com o andor
porque o santo está nu
palmas para dom quixote
sempre
20/11 20:55:30
Orlando Azevedo

CHOVEU!

O presságio do nascer do sol as 06:18h. / A espera. O contraste entre leste e sudoeste as 19:25h. / A chegada da chuva as 19:38h. / O rio Belém no cruzamento da Mariano Torres com a Amintas de Barros. Curitiba 16 de novembro de 2005.