Rituais pós-digitais – dia dos mortos cavando as covas-kernels

— estes Rituais serão telemáticos ou mesmo telepáticos e podem e devem ser acessado de qualquer ponto da Terra —

Estamos com esta convidando todos amigxs e coletivos ao redor a participar ->
Ensaios para uma celebração pós-digital-ritualí­stica da nossa presença como corpo sem orgãos no Dia dos Mortos – 02 de novembro (e outros dias que podem ser sugeridos durante o processo).

este texto esta sendo documentado em processo no wiki:
http://organismo.art.br/interfaces/wikka.php?wakka=CovaKernel/edit&id=181âË?ž

e tdo processo relacionado de constituição das ferramentas para este (Interfaces) estão sendo documentadas em:
http://organismo.art.br/interfaces/âË?ž

Devido a conhecimentos especí­ficos que fazem parte de toda esta celebração, gostarí­amos de convidar todos para ensaios que vão iniciar neste domingo dia 21 de setembro depois oficialmente pelas 16 horas – na sagração da primavera – entrem em contato por estes emails com cópia e/ou utilizem a sala de chat IRC no servidor irc.freenode.net no canal #jardimdevolts – quem não sabe o que é irc pergunte por email também ou no su buscador de web favorito)

“Cavando a própria cova-kernel”…

A idéia surgiu a partir da vontade de concretizar um espaço imersivo, onde pudéssemos criar um tipo de Ritual de celebração de todo caos informacional que nos faz presentes para além destas redes telemáticas que ajudamos a contruir e manter. Como dar conta de contar nossas histórias, despertar curiosidade e inspirar com nossas mitologias sem estar preso as aparelhos de espetacularização da realidade que moldam os atuais simulacros do cotidiano (tv?cinema?teatro?galeria de arte? igreja?)? Sabemos que existimos, sabemos que estamos construindo uma realidade através de nossas utopias e que nossa realidade pode parecer fragmentada para quem tenta entender de fora, sobretudo para aqueles que infelizmente entendem como real somente o que é mediado pela comunicação de massas e pelo deus-mercado. Para rasgar este véu de recalque e para cantar o quanto estamos aqui, seja conscientes de nosso papel ou embebidos(as) em nossas próprias dúvidas, entoaremos o mantra de cristalização de nossa presença e imediatamente sentiremos que as faí­scas desta sinapse dum cérebro sem bordas do qual fazemos parte tomará conta e nos acompanhará em nossas tateantes buscas.

Como alquimistas proponentes desta liturgia (que proposta em forma de wiki torna este arcano decisório um portal aberto pra todos interessados) queremos sugerir um método para estes Rituais, que vão direto a algumas discussões que são correntes em grupos que participamos, então é determinante para nossa conexão inconsciente o poder de elucidação destas decisões simbólicas…

Seu enterro vai ter caixão? Você quer desaparecer em cinzas? Sua mãe guardou seu cordão umbilical? Cantam parabéns no seu aniversário? Você se formou numa faculdade e usou uma roupa com chapéuzinho e ganhou um papélzinho dizendo que você sabe tudo do assunto? Fumou um charuto quando nasceu o último bebê?

Imaginamos então um espaço onde estamos tateando e admitimos que JUNTOS estamos tateando. Chamamos de “nossa própria cova”. Aquilo que estamos cavando em nossa busca errante. Que ritual celebra este espaço de tanta vertigem mas também de tanta liberdade? Surgiu daí­ então uma visão:

Com artefatos tecnológicos artesanais, cada vez mais artesanais e autonômos conectamos este espaços por meio da Internet. Uma Internet livre que queremos para nossa soberania de comunicação olho no olho, e por isso é bom lembrar, cantamos também para manter a liberdade de expressão através dela. Os espaços tem escritos por todas as paredes, como em cavernas do paleolí­tico e os artefatos tecnoartesanais escorrem em fios pelas paredes como veias de uma trepadeira em simbiose espalhando sua seiva.

Aos iniciantes no Ritual serão distribuí­das lanternas, velas, artefatos para enxergar no escuro. Desafiatlux. Pontos iluminados das paredes disparam memorias coletivas conectadas das redes. Imagens, Sons, Mensagens instantanêas, Notas musicais, tambores conectados e sem fronteiras.

Aos iniciados convém a liturgia do mantra “Vire-se” – o código está aberto. Ars ex Scientia. Deuses e Máquinas estão silentes, quem sabe catalépticos, observando suas criaturas desdobrarem-se em mil espelhos de presença e percebendo sua potencia de continuidade.

O Primeiro Ritual esta marcado para 02 de novembro – Dia dos Mortos
Primeiro ensaio pra dia 21 de Outubro, próximo domingo – Inicio da Primavera.

INSIRA AQUI MAIS SUGEST��ES:

aniversário pirata – panetone em infinito pelo infinito

glerm 11mai2008: Oi amigos,
Ja dando o recado mas vou dar de novo várias vezes essa semana.
Dia 17 de maio próximo sábado estamos querendo pilhar a inauguração oficial do espaço 8!8 aqui no água verde.
mapa: http://casa.devolts.org
Aproveitando também que é meu aniversário! 🙂
Vai estar presente também o amigo pan&tone de Porto Alegre com seus brinquedinhos eletrônicos hackeados dialogando com toscolão e toscolissess.
Aliás durante todo o fim de semana vai rolar uma imersão de artesanato de volts, pra quem quiser aparecer.
Queria pedir para amigos que querm fazer um som que tragam instrumentos e amps, pois a tendencia é rolar barulho.
E também pedir se alguem poderia me descolar um projetor, pra gente fazer uma sessão de filmes e afins.
que tal?
claudia 12mai2008: Legal, Seção de filmes!
Seria bom se alguém pudesse emprestar um projetor ou ajudar no aluguel de um, custa R$ 100,00 a diária.
barbara 14mai2008: Glerm, Feliz aniversario pra vc e pro 818 !! Um ano cheio de luz e brisa!!
balbino 15mai2008: ja to acendendo as velas! será que rola uma promoção do avião??
caralha santos dumont


818 17mai2008: caraia glerm e panetone!

– O QUE É ESTA MÃ?QUINA-ORGANISMO-MOEDA? —

O projeto se vale da musica eletroacústica em torno de uma suposta “máquina” e da história de um aspirante a artista (e seu amigo imaginário), que decidem construir esta máquina “de fazer moedas”, uma obra “conceitual” e carregada da ingenuidade ambiciosa que quer criticar o valor na sociedade de consumo, produzindo moedas personalizadas que tem impressas em sua coroa a frase “Qual seu real valor?” e o sí­mbolo matemático do infinito. Desde a concepção da obra e angústia do artista em tentar materializá-la até a sua decepção com a recepção desta pelo mercado da arte e sua rendição frente ao mercado e ao pragmatismo maquiavélico das massificações; o público participa e interage com a tal máquina e com a história, fazendo música e ao final recebendo a tal moeda, que subliminarmente propõe a tal reflexão.

A incrí­vel máquina de fazer moedas é um projeto que pretende explorar o recurso estético do fetiche tecnológico para criar um ambiente ritualí­stico, que contrapõe o homem versus máquina, não apenas no sentido da engenharia que envolve as máquinas criadas pelo o homem, mas também no sentido da máquina “instituição”, este grande ser sem rosto que impõe o valor dos objetos (sejam pessoas, animais ou coisas). Utilizando a meta linguagem de uma obra que fala da produção dela própria, usando de sarcasmo, brinca com a questão do valor da arte e do real valor das “geringonças conceituais”. Com isso acaba por analisar o valor da própria ação do homem numa sociedade “mecanizada” da era pós-industrial.

Este processo de composição e performance da obra também serve de laboratório para empregos alternativos da tecnologia, usando pesquisa com hardware “reciclado” para criação de ferramentas como controladores gestuais de eventos sonoros e visuais gravados e sintetizados pelo computador. Para isso serão utilizados “softwares livres” fomentando um conhecimento numa área da computação onde é possí­vel socializar e dividir muito melhor o conhecimento, alimentando uma cultura de inclusão e maior soberania cientí­fica.