TURBAlacaTURBA turba TÁ!

Num estado de crise social, indiví­duos assustados se arrebanham e se tornam uma turba – e “a turba, por definição, procura a ação, mas não pode produzir efeito sobre as causas naturais [da crise]. Assim sendo, busca uma causa acessí­vel que possa aplacar o seu apetite por violência.”O restante é muito confuso, mas fácil de imaginar e compreender : “No intuito de culpar as ví­timas pela perda de distinções resultantes da crise, elas. são acusadas de crimes que eliminam as distinções. Mas na verdade são identificadas como ví­timas a perseguir porque portam a marca de ví­timas.”64

judeu bauman

turbalacaturba turba tá (8x)
Quando o relógio bate í  uma
Todas caveiras saem da turba
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s duas
Todas caveiras pintam as unha (sic)
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s três
Todas caveiras imitam chinês
turbalacaturba turba tá (6x)
Quando o relógio bate í s quatro
Todas caveiras tiram retrato
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s cinco
Todas caveiras apertam o cinto
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s seis
Todas caveiras jogam xadrez
turbalacaturba turba tá (4x)
agora é sua vez (2x)
agora vocês
Quando o relógio bate í s sete
Todas caveiras imitam a Gretchen
turbalacaturba turba tá (6x)
Uh uh! (6x)
Quando o relógio bate í s oito
Todas caveiras comem biscoito
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s nove
Todas caveiras vestem um short
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s dez
Todas caveiras comem pastéis
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s onze
Todas caveiras se esconde (sic)
turbalacaturba turba tá (2x)
Quando o relógio bate í s doze
Todas caveiras voltam pra tuuuuuuumba
turbalacaturba turba tá (16x)

Anotações no coletivo

Anotações no coletivo
Submitted by felipefonseca on Sun, 16/11/2003 – 11:09.
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* brasil
* camelô
* cultura hacker

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Autor (a):
Felipe Fonseca

Anotações no Coletivo

Artigo escrito em novembro de 2003, na seqüência de uma palestra que dei junto com Hernani Dimantas no Cybercultura 2.0, no Senac, a convite de Lucia Leão.

Aí­ uma costura das anotações tomadas na linha Lapa – Santo Amaro, quinta-feira passada, a caminho do Cybercultura 2.0, com algumas coisas que realmente cheguei a comentar na mesa redonda com o Hernani, e mais algumas elucubrações posteriores. Meu nome é Felipe Fonseca. Dizem que fui co-fundador do Projeto MetaFora junto com o Hernani. Mas outros dizem que o Projeto MetaFora nunca existiu, foi uma espécie de alucinação coletiva.

A cultura brasileira como uma cultura hacker (ou poderí­amos definir: a ética hacker nas culturas populares brasileiras*).

Em primeiro lugar, quero me desculpar porque vou avançar em alguns assuntos sobre os quais não sou especialista. Não me preocupar muito com isso é uma das coisas que aprendi com os hackers com quem trabalho. Bom, vamos adiante.

A era das grandes verdades

Até há pouco tempo, a comunicação concentrava-se em torno das fontes “oficiais” de informação e conhecimento: a igreja, o estado, a escola e a academia, e no último século a mí­dia de massa. As estruturas de comunicação eram facilmente identificadas. Um mapeamento dos fluxos de comunicação revelariam três grandes vertentes:

* as “fontes oficiais” propriamente ditas;

* as derivações das fontes (aquele tiozinho que repete no boteco o argumento do padre ou do âncora do telejornal), paráfrases das grandes verdades;

* as vozes contrárias, antí­teses das grandes verdades.

Essas últimas eram responsáveis por uma espécie de equilí­brio e um movimento de renovação. Podem ser identificadas aqui as vanguardas do século XX e a contracultura do pós-guerra, que, de alguma forma, acabavam impedindo uma total tirania na comunicação.

A era das múltiplas verdades

Nas últimas décadas, entretanto, as fontes “oficiais” começaram a se multiplicar e pulverizar. Acredito que alguns fatores influenciaram bastante nesse movimento:

* os questionamentos sobre a ciência no século XX;

* os questionamentos sobre a arte e seu papel;

* o intenso desenvolvimento e a facilitação do acesso í s Tecnologias de Informação e Comunicação;

* o acirramento da competitividade nos mundos corporativo e acadêmico, e entre as empresas de mí­dia de massa.

Um hipotético mapa da comunicação nos dias de hoje revelaria um cenário complexo, tendendo ao caos. Apesar de o ambiente da comunicação continuar dominado pelas mesmas estruturas (hoje, sobremaneira, as megacorporações), não é tarefa simples identificar onde se encerra esse poder. Em tal cenário, o papel de uma suposta contracultura precisa necessariamente se reinventar. Há 30 anos, era fácil identificar “o inimigo”: a ditadura no Brasil, a guerra do Vietnã e as estruturas militares nos EEUU, etc. Hoje, para onde devem apontar as armas da contracultura?

Aliás, ainda existe uma contracultura?

Eu acredito que não haja uma resposta objetiva.

Mas a comunicação tem papel fundamental na aceitação e manutenção dessa realidade. Em O Sistema dos Objetos, Jean Baudrillard identifica que a dominação através da manipulação publicitária não se dá no âmbito de cada peça de comunicação influenciando uma decisão do “consumidor”, mas no contexto do conjunto das peças publicitárias seguindo fórmulas assemelhadas e ratificando um modo de vida ocidental, branco e consumista. Uma situação claramente emergente, em que a ação de cada parte é menos importante do que a ação do conjunto.

A mí­dia tática surge nesse cenário, também como uma força emergente, potencializada com o novo ativismo que surge ao fim da década passada, nos protestos em Seattle, Gênova, Davos, Washington e tantos outros. Grupos de ativistas midiáticos e artistas de todo o mundo passam a utilizar ferramentas í s quais anteriormente só as elites tinham acesso para questionar a credibilidade da comunicação. Usam, camuflados ou não, as próprias armas do inimigo para conscientizar as pessoas sobre o que se passa no mundo. A mí­dia tática pode ser vista como a retomada do “social” na comunicação. Sua estrutura como sistema descentralizado e emergente encontra justificativa em Steven Johnson, no Emergência:

(…) se você está tentando lutar contra uma rede distribuí­da como o capitalismo global, é melhor mesmo se tornar uma rede distribuí­da.

A ética hacker

No mundo do desenvolvimento tecnológico, uma contracultura atuante desde os anos 70 construiu colaborativamente a Ética Hacker. Não vou entrar em detalhes, mas alguns dos princí­pios postulados pelos hackers encontram eco e respaldo na mí­dia tática:

* a descentralização coordenada;

* ênfase na reputação pessoal, baseada no histórico de ações, ao invés de hierarquia baseada em tí­tulos ou honras;

* colaboração e conhecimento livre e aberto;

* questionamento profundo sobre a validade da propriedade intelectual;

* Release Early, Release Often – é mais importante realizar do que ter um plano perfeito;

* informalidade.

Hackerismo brazuca

Estive em setembro no Next5Minutes, festival internacional de mí­dia tática realizado em Amsterdam. Alguns dias antes de embarcar, comecei a debater com o pessoal no MetaFora sobre o que falar por lá. As primeiras idéias circularam em torno da ética hacker e uma apresentação do grupo MetaFora. Na manhã da partida (ou a manhã anterior, não estou certo), acordei com a opinião de que tal linha de argumentação tinha duas falhas. Em primeiro lugar, eu não havia sido chamado para representar o MetaFora, e sim o Mí­dia Tática Brasil, festival realizado em março de 2003 do qual participamos. Além disso, não faria sentido simplesmente fazer côro a diversas outras vozes que já apregoam os princí­pios da descentralização e da colaboração. Já há algum tempo, tí­nhamos percebido que, em termos de colaboração, nós, elite cultural revoltadinha brasileira, temos mais a aprender do que a ensinar com as culturas populares* no Brasil.

O hackerismo tecnológico tem grande aceitação no Brasil, como pode detalhar o Hernani. O governo está adotando Software Livre, o paí­s é um dos maiores em volume de ataques de crackers. Sexta-feira, Maratimba comentou comigo que ouviu da boca de Miguel de Icaza que o Brasil tem o maior parque instalado do ambiente gráfico Gnome. No N5M, alguns programadores de Taiwan que estavam na mesa redonda New Landscapes for Tactical Media, da qual eu e Ricardo Rosas também participamos, vieram a mim perguntar, maravilhados, se tudo o que se falava sobre Software Livre no Brasil era verdade. Assenti, orgulhoso. Eu vejo algumas raí­zes culturais hackers no Brasil desde muito antes da criação do primeiro computador.

Os mitos afro-brasileiros**

Durante alguns séculos, pessoas de várias regiões da ífrica foram violentamente seqüestradas e trazidas ao Brasil, comerciados como escravos e encarcerados a uma vida de trabalho duro, restos de comida e praticamente nenhum direito. Não bastassem as agressões fí­sicas e a humilhação contí­nua, eles eram proibidos de exercer suas crenças, originalmente aní­micas. Alguns convertiam-se í  “verdadeira fé” católica, mas muitos desenvolveram uma alternativa, análoga í  engenharia social hacker: o tal sincretismo religioso. Camuflando seus orixás com vestes católicas, puderam continuar praticando seus rituais e venerando seus deuses da guerra, do trovão e do vento. Embora tenham aparecido diversas lideranças na Umbanda, não havia uma centralização de poder ou dogma. Assim, as linguagens espirituais afrobrasileiras foram se desenvolvendo de maneira colaborativa. Têm uma base comum (o kernel hacker) e diversas adaptações locais (a customização descentralizada hacker), chegando a abarcar elementos do kardecismo, de culturas indí­genas, de tradições ciganas, do budismo e outras crenças orientais.

A cultura burguesa brasileira

Não é novidade que, no iní­cio do século XX, a incipiente intelectualidade brasileira, composta em sua maioria pelos jovens filhos das elites que estudavam na Europa e voltavam ao paí­s, passava por uma crise de identidade, como ocorreu com todas as ex-colônias européias emancipadas entre os séculos XVII e XX ao redor do mundo. Duas perspectivas levavam a um impasse: de um lado, a cultura européia, moderna, vibrante, mas associada í  ex-metrópole colonial. De outro, uma cultura bruta, neonaturalista e sertaneja, quase crua. Os modernistas resolveram o paradoxo com a antropofagia, basicamente hacker: não renegaram nenhum dos dois mundos para criar novas formas de expressão. Pelo contrário, ao invés de tentar começar uma nova cultura do zero, misturaram elementos da cultura européia com a cultura brasileira. Vestiram a cultura popular de raiz com a experimentação formal do primeiro mundo.

Fenômeno semelhante ocorreu no final dos anos 70 com a Tropicália. Uniram o samba ao roquenrou, adaptando a linguagem comum da contracultura mundial com o sotaque local.

A economia pirata

Premida por uma situação econômica em condições cada vez piores, pressionada pela dificuldade de encontrar colocação e subsistência na economia formal, grande parte da população no Brasil migrou nas últimas duas décadas para a economia informal. Caracterizada por um dinamismo e por uma espécie de empreendedorismo na gambiarra, esse mundo alternativo de trabalho, que possui seu próprio cí­rculo de produção e distribuição, envolve hoje praticamente metade da população considerada “economicamente ativa” no Brasil, e mais uma grande quantidade de jovens e idosos. Possui suas formas de uma mí­dia mambembe que, se não se assemelha í  mí­dia tática do primeiro mundo, também chega, de maneira emergente, a questionar os domí­nios da propriedade intelectual e do poder da mí­dia de massa, em especial o branding corporativo. Outros elementos da ética hacker presentes na economia pirata:

* colaboração;

* descentralização;

* ênfase na reputação;

* informalidade.

O mutirão

Maratimba descreveu uma analogia do puxadinho feito em mutirão com o princí­pio do Release Early, Release Often, que corre um certo risco de ser uma visão estereotipada, mas que funciona como sí­mbolo:

Começo | Barraco – “Vamo botar essa porra em pé!”

Sabe como é? Menos é mais. Minimalismo funcionalista.

Expansão | Puxadinho – “Chame os amigos e ponha água no feijão”

Contemplar o máximo de necessidades. Refinamento e oferta de adicionais.

Refundação | Alvenaria – “Tá na hora de botar ordem na casa”

Revisão de erros e melhoria da qualidade geral. Consistência de dados e de interface E agora? Subi um barraco? Puxei um quarto pras crianças e um banheiro do lado de fora? Troquei os aglomerados e madeirites por tijolo e telha? Basta seguir a vida e esperar. Se precisar de mais teto, você pode construir a famosa casa nos fundos ou o mais popular segundo andar.

Comunidades periféricas interconectadas

As autoridades, a academia e a sociedade civil já acordaram para as possibilidades de transformação que as tecnologias de informação e comunicação trazem para a melhoria de vida das populações periféricas. As duas primeiras fases da “inclusão digital” tinham lá suas falhas, mas podem ser encaradas como um bom começo. Há um paralelo com um movimento que Mario de Andrade fez no século passado, de planejar expedições ao Brasil rural em busca de uma suposta cultura brasileira. Hoje, sabendo que cerca de 70% da população brasileira vive na periferia das grandes cidades, esses projetos têm o potencial de mapear e consolidar as caracterí­sticas de cada comunidade e integrá-las í s conversações mundializadas. É questão de adaptar as tecnologias í s necessidades das pessoas, e não o contrário. Vamos nos esforçando.

* Observações da moderadora Rita de Oliveira. Obrigado, Rita.

** Lucia Leão comentou que o site preferido de Roy Ascott é um site sobre Umbanda. Não tenho o link aqui, vou pedir í  Lucia.

Comentários

Lucia Leão

O site indicado pelo Roy é: http://www.umbandaracional.com.br/

aCAMPAMENTo SardinhA…

animacamping

Motivados pelo deslocamento do Espaço Contramão (1) de Florianópolis í  Curitiba durante esse próximo fim-de-semana, dias 29 e 30 de setembro de 2007, em sua 12ê edição (2), quando acolheremos algumas de suas propositoras – Adriana Barreto, Tamara Willerding, Bruna Mansani – para um diálogo cultural e artí­stico, e, antes de tudo, existencial, vimos aqui convidar a comunidade eouí­stica afim para um acampamento no jardim da e/ou (3). Nesse perí­odo, em que pretendemos estabelecer uma brecha de acontecimentos experimentais na suposta linearidade do tempo, faremos uso dos instrumentos culturais fogueira, sardinha assada, música, imagens, corpo, conversa, softwares livres e de muitos outros etecéteras para vivenciarmos esse momento de liberdade e encontro coletivo.

Os desejosos em participar do acampamento por gentileza encaminhem seus e comentários e solicitações de reserva de área no gramado para gotonewtown[arroba]gmail.com , com o tí­tulo acampamento em si, para o email até sexta-feira (28/09) í  meia noite, por questões de logí­stica de programação e uso do espaço, ainda que isso possa ser subvertido. Sem justificativas convincentes outras, além da própria limitação territorial, imagina-se o quintal ocupado por barracas de pequeno porte. Será fundamental uma cooperação econômica per capta de R$ cincão entre os fruidores do fluxo para que possamos garantir nossa sardinha e garapirinha, e, conseqüentemente, a manutenção e o desdobramento do processo numa orientação de consciência alterada, a partir de algumas bases estruturais.

Sugestão do dia: algo mais para o imaterial, situacional e performático.

Seja fruidor do fluxo você também! Traga algo imaterial para compartilhar conosco!

Lugar e/ou:
mapeou
Rua Cel. João Guilherme Guimarães, 1.150, Bom Retiro.

A 2 quadras do cruzamento da Hugo Simas com Tapajós.

Cronograma de atividades detalhado:

Não sabemos precisar quando inicia o acampamento, pois será na somatória das derivações individuais que a convergência coletiva materializar-se-á. Entretanto, vagamente, esperamos a montagem das barracas a partir de sábado pela manhã (29/09); que uma leva de sardinha na brasa já possa ser comida í  tarde; e que as coisas todas estejam se adensando ao cair da noite. E na dimensão noturna, o grande lapso de planejamentos tomará corpo, abrindo-se para flashs de memória das intenções antes elencadas:

1) Espaço Contramão:

(…) estamos dessa vez bem mais espectadoras do que nunca… (…) nós vamos c/ a placa, c/ a malinha da biblioteca e tb c/ coisas p mostrar (…)

2) e/ou:

câmbio simbólico/indicial (ou troca do desapego): selecione um de seus objetos pessoais – coisas guardadas a tempos, das quais não consegue desprender-se, ou nunca pensou desfazer-se delas – traga-os para uma troca.
A dinâmica da ação está por configurar-se.

3) Orquestra Organismo:

usar o nbp de forno
DESCOBRI DESCOBRI!!!!!!!!!!!!!!!!!
a fogueira do e/ou é o elo perdido entre a geladeira e o nbp!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
menu do cozinhando puros dados: sardinha assada no NBP.

e/ou:

nbp + sardinha assada = cozinhando puros dados (4)

OBS 1.: tragam alto-falantes de brinquedos e/ou brinquedos sonoros.

OBS 2.: seria dessa vez a passagem adiante do NBP por RB?

5) epa!:

albergue para beija-flores : parte do jardim da e/ou é destinado ao cultivo de plantas cujas flores atraem colibris. Quem quiser pode trazer alguma muda para colaborar nessa construção. A idéia é projetar o jardim como um lugar de referência para encontro, alimento e aconchego no imaginário e no cotidiano dos colibris. E favorecer situações de encantamento mais constantes a nós, humanos, ao apreciar a presença aproximada deles, num lugar em comum, resgatando-nos a um nós trans-espécies, eu-nosnós-me natural, co-habitantes.

6) -+ toscolão (Glerm) -+ eletrototem (Lúcio Araújo) -+ computambor (Glerm, Lúcio e LucidaSans) -+ instrumentos musicais diversos -+

7) Mais novos hits do cancioneiro de Octávio Camargo.

8) Chamamentos da Graúna.

9) Garapirinha, com lançamento público do sabor derivado maracujá.

10) + Salvio Nienkí¶tter, Claudia Washington, aniversários de Lúcio Araújo e Goto, fogueira em si, acampamento em si, acontecimentos imprevisí­veis, etecéteras &… atividade de extensão: feirinha de domingo no Largo da Ordem…

…e/ou…

…Curitiba, 27/09/07…

contraeou

Notas:

(1) Contramão é um espaço móvel que migra através de residências propondo intervenções artí­sticas dentro do ambiente doméstico. Por concepção ele se molda e se adapta de acordo com o espaço de ocupação do momento e a configuração das pessoas envolvidas, ou seja, a cada mês ou exposição o evento acontece numa casa diferente, tendo seu dono como curador, que delimitará espaço, artista(s), perí­odo e horário de visitação. Existe desde outubro de 2005 e até o momento foram realizadas 11 edições, 9 em Florianópolis e 2 em São José – SC.

(2) A 12ê edição do Espaço Contramão – espaço contramão na e/ou: acampamento… – é a primeira migração do fluxo, enquanto base de acolhimento, para o além-fronteiras interestaduais, afirmando o obstinado ir adiante do Contramão num roteiro libertário de viagem, reinventado a cada parada. Essa nova conexão de indiví­duos desdobra-se a partir do: Agenciamento coletivo: epa!. Curadoria: Oní­rikson Flux. Realização: coletiva.

(3) e/ou: (…) O que e/ou quer, ou melhor, o que nós queremos: propor uma situação produtiva, reflexiva e de trocas de experiências sobre arte. E/ou: redimensionar a importância da arte em nossas vidas, acreditando nessa atividade cultural como uma possibilidade crí­tica, sensibilizante e conscientizadora do indiví­duo e da coletividade. E/ou, ainda: ampliar e aprofundar o espaço e o tempo do encontro entre as pessoas, no sentido de uma comunhão coletiva, conví­vio criativo e aperfeiçoamento humanos. Nós / os outros / nosso contexto relacional / a humanidade / as trocas. A ção coletiva, diferença afirmativa, proposições artí­sticas, circuitos, autogestão cultural, troca de idéias e experiências, vivências, intercâmbio, diálogo, reflexão e produção. (…)

(4) (…) vivemos uma época de sobrecarga de informações e possibilidade de conexão de redes moldadas em discursos similares que ultrapassam fronteiras sociais e geopolí­ticas. Por outro lado a organização cartesiana e sistemática destes dados, para qualquer tipo de função institucionalizada (da arte í  engenharia; do ativismo ao academicismo) tende a diluir-se no espaço onde ela quer tomar forma, e o fluxo de identidades que tocaram-se em subjetividade acaba perdendo a força moldando-se aos espaços, entrando em contradições e adquirindo um significado “institucional”. Observar estes discursos e “dados” como uma dança caótica de entidades, em forma de rituais simbolistas, teatros da crueldade e estetização da ação direta, molda sua prática e ética numa percepção imediata da dimensão humana. Esta é a busca destas performances.

Em “Cozinhando Puros Dados” trabalhamos com uma cozinha no espaço da mostra que pode conectar-se com outros participantes pela Internet em qualquer lugar do planeta. A cozinha estará incubando o conceito antropológico de “Cru e Cozido” trabalhado por Levi Strauss: a criação de processos rituais que estabelecem uma dialética daquilo que era um dado “puro” e sem função e que passará até o final do perí­odo da mostra assumir diversas dimensões de significado, convergindo intenções dos “cozinheiros”. A cozinha também pode ser vista como o espaço onde existe freqüentemente coletividade para a construção daquilo que nos alimenta. Busca-se construir uma metáfora da cozinha como espaço de “alquimia” onde a tal dialética ferve as intenções de coletividade e a fome (ou gula) é um anseio que nos traz de volta a dimensão humana. (…)

Nota entre Notas: Os trechos aqui destacados foram retirados do manifesto Cozinhando Puros Dados – Spaghetti al 5 Volts, acessado em: http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/?p=2331


ui don nid nou edukeixion!