Genêse de fetos bigodudos

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acabei de achar aqui nos meus arquivos…


O sonho é realidade / As reservas impostas ao prazer excitam o prazer de viver sem reservas / Sejamos cruéis! / Tenho algo a dizer, mas não sei o quê / Todo o poder abusa. O poder absoluto abusa absolutamente / O agressor não é aquele que se revolta, mas o que afirma / Ser livre em 1968 é participar / Um homem não é estúpido ou inteligente: ele é livre ou não é / Nós somos ratos (talvez) e mordemos. Os enraivecidos / Não me libertem, eu encarrego-me disso / A poesia está na rua / Façam amor e recomecem. / Gozem sem entraves. Vivam sem tempos mortos. Fodam sem cenouras / A ação não deve ser uma reação, mas uma criação / Corre camarada, o velho mundo está atrás de ti / Sob a calçada, a praia *./ A vontade geral contra a vontade do General / A Revolução tem de deixar de ser para existir / Abram o vosso cérebro tantas vezes como a braguilha / E se queimássemos a Sorbonne? / Proibido proibir / Quando a assembléia nacional se transforma num teatro burguês, todos os teatros burgueses devem transformar-se em assembléias nacionais. / Sejamos realistas, exijamos o impossí­vel / O álcool mata. Tomem LSD / A liberdade é o crime que contém todos os crimes e a nossa arma absoluta! / Fodam-se uns aos outros senão eles foder-vos-ão / Abramos as portas dos asilos, das prisões, e outras Faculdades / A barricada fecha a rua mas abre o caminho / Trabalhador: tu tens 25 anos, mas o teu sindicato é do outro século. Para mudar isso, vem ver-nos / Não reivindicaremos nada. Não pediremos nada. Conquistaremos. Ocuparemos / Tomem os vossos desejos pela realidade / Não é o homem, mas sim o mundo que se tornou anormal / Enfureçam-se! / A arte morreu. Não consumam o seu cadáver! / Quanto mais faço amor, mais vontade tenho de fazer a Revolução. Quanto mais faço a Revolução, mais vontade tenho de fazer amor / Venho-me na calçada / Violem a vossa Alma Mater / A Humanidade só será feliz quando o último capitalista for enforcado com as tripas do último esquerdista / A sociedade é uma flor carní­vora / Quando ouço o termo “cultura” saco os meus CRS / Abolição do trabalho alienado / As realizações, mesmo as mais modestas. O Poder tinha as Universidades; Os estudantes tomaram-nas. O Poder tinha as fábricas; Os trabalhadores tomaram-nas O Poder tinha a ORTF; Os jornalistas tomaram-na O Poder tem o Poder; Tomemo-lo / Não é uma revolução, Senhor; é uma mutação / A vida está alhures / Não vão í  Grécia este Verão, fiquem na Sorbonne / Não consumamos Marx / A imaginação no poder [1]

* (referência í  areia posta a descoberto depois de levantados os paralelepí­pedos para fazer barricadas) /

[1] Essas frases de Maio de 68 foram retiradas das seguintes fontes: www.mai68.net ; http://www.dhnet.org.br/desejos/revoluc/maio68slg.htm ; e dos livros I.S Situacionista. Teoria e prática da revolução. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2002 ; I.S., BERENSTEIN JAQUES, Paola (org). Apologia da deriva. Escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003 ; e COELHO, Teixeira. Guerras Culturais. São Paulo: Iluminuras, 2000.

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