MÉTODO RíPIDO PARA APRENDER
A BELA LíNGUA DE CERVANTES
por Aparício Torelly
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Para que os povos possam se entender, precisam, antes de tudo, conhecer as línguas dos outros países.
O Paraguai compreendeu bem o problema, decretando o ensino obrigatório do português.
Antes que venha um decreto do Brasil tornando obrigatório o ensino do espanhol, nós, dando uma prova espontânea do nosso vivo desejo de confraternização sulamericana, propomo-nos a ensinar a língua espanhola í s pessoas de boa vontade que desejam visitar o Paraguai, ou, pelo menos, lavar as mãos na bacia do Prata.
O espanhol é um idioma que não oferece nenhuma dificuldade para os brasileiros, porque é muito parecido com o português. Há muitos vocábulos que são até completamente iguais.
Por exemplo: a palavra “surdo” é tanto português como espanhol. Em português, “surdo” é um indivíduo que não ouve. Em espanhol, porém, um “surdo” pode ouvir perfeitamente porque “surdo” no Paraguai é um sujeito “canhoto”. Mas isto não quer dizer nada, porque também em português um canhoto pode ser “surdo”, como uma porta.
Como se vê, o espanhol é uma língua facílima e pode, portanto, ser dominada completamente ao fim de meia dúzia de lições, dependendo tudo de um pouco de paciência.
Prometemos oferecer gratuitamente esse serviço e iremos até o fim, febrilmente, se os distintos leitores se comprometerem a prestar atenção e a serem bonzinhos, como convém, durante as aulas.
Atenção, pois! Vamos começar! Quem quiser ir lá fora que levante o dedo! E, agora, silêncio! Ouçam!
EXERCíCIO DE CONVERSAÇÃO PORTUGUÃ?Å S ESPANHOL
1 – Senhora, quer uma ameixa?
2 – Não, senhor. As suas ameixas são más, porque estão embrulhadas com as ceroulas na mala, mas aceito uma pera.
3 – Quer café?
4 – Não, quero chá.
5 – Não te amo.
1 – Seí±orita, quiere una ciruela?
2 – No, seí±or. Sus ciruelas son malas, porque están envueltas con los calzoncillos en el bahul, pero acepto una pera.
3 – Quiere usted café?
4 – No, quiero té.
5 – No te quiero.
Extraído de Almanhaque para 1955 – Segundo semestre, “super-tele-visionado na sua parte científica, astronômica e profética pelo Exmo. Sr. Barão de Itararé, o Brando – marechal-almirante e brigadeiro do ar condicionado, que o escreveu todinho, em grande estilo e vertiginosa velocidade, com a sua nova caneta de propulsão a jato, comandando um exército de esteno-datilógrafas mecanizadas e sob a carinhosa e permanente vigilância das exmas. autoridades federais e internacionais da ordem política e social”. “Copyright by Baron of Itararé – Sob o patrocínio da SOciedade GRAfica Ltda. (SOGRA)”