nao sonhei.
ou quase.
colisão
silêncio
perfeitamente elástico
no bar da esquina
nostálgica –
lucida hesitava
(…)
(…)
e agora que eu soube
é simples ficar olhando.
tivesse umas cinco
ou cinco chances de me cancelar
demitida do espaço entre racionais e números reais
tal que todos passos de uma dança
a gente pudesse chamar de ainda
como este mapa de toques
do que não era isto
acontece –
que um isto que não era foi visitado
nesta rua
neste endereço
um dia que fosse
nesse lugar
e estaria entregue a você meu idioma
desperto pelos baixos meios em nome de meu nome
e a descoberta
sem jeito e de circo
cortante por dentro e sem sapatos
não passa de estilhaço de terra
eu quis dizer céu eu quis dizer sabia
eu edito: asteriscos*de*céus*do*sul
(você pergunta. qualquer coisa.
não passo de um sintoma. qualquer)
quanto a ir até chegar ou criar mais
ou não conceber distância – – –
estou por perto afinal.
esquecer a lei de ping-pong
tudo sempre como agora em diante
menos para não lugar segredo
surpresa sem quedas
– brinquedo sob vontade
eu que não vestia simples olhos ar puro
desde um dia aí em que o café acabou
{eu não digo
[controle (não sei bem) eu não entendo]
o que é próprio} monomania,
monodia. nenhum mais do que nenhum mais do que isso.
destreza em função (aplicação) dos parênteses.
sem tinta sobre branco eles dissecaram amarelo
verdade sob a luz fria variáveis ocultas
as cartas como gravuras carmim
em jogos
não meus.
lixo o anjo
para me esquecer hoje eu não cruzei a rua para onde essa memória vai eu lembro
de onde vim.
eu posso continuar crescendo
amanhã
sob a mesma natureza apaixonada
primogênita
em si
sinto o gostinho,
a não-hora, o tempo recorde em que droguei meus origamis
lícitos
(e te amo)
que caiam então todas as chaves.