“A Sagração do poeta”.
“O povo, í maneira da fulgurante Hélade pagã de outrora, deslumbrado ante ao pináculo aurifulgente em que paira Ilusão, do alcandorado poeta paranaense Emiliano Perneta, que, semelhante a um Zeus Olímpico, pode ser chamado um artista inigualável, impecável, entre os mais finíssimos estetas que cultuam a arte, a beleza imortal, o povo, que também reconhece o que é belo, o que é fascinante, e não deixou também de prestar homenagem ao laureado mestre da poesia que inebria e arrebata.
Tanto assim, que o Passeio Público regurgitava de pessoas, pressurosas por verem de perto o ente singular que as tinha extasiado tantas vezes com a doçura extraordinária de seus versos de cristal.
Multidão no Passeio Público por ocasião das homenagens ao poeta de Ilusão.
O domingo amanhecera como nunca.
Mitra resplandecia em sua mais intensa plenitude, iluminando a limpidez do firmamento azul, que se havia revestido da túnica inspiradora do poeta festejado.
Na ilha do festival, ampla e bizarra, vicejavam risonhas engrinaldadas de ouro, e de acácias, que em aspersões suaves e delicadas, atiravam florinhas miúdas sobre aqueles que se abrigavam í sombra benfazeja que elas proporcionam.
As águas deslizando melífluamente.
Tudo condizia perfeitamente com o espírito panteísta de Emiliano.
A natureza estava vivificante, e boa, e pura, e sã.
Nessa ilha chamada de Ilusão, elevava-se, estilo jônico, um templo grego, cujas colunas prendiam os festões de cedro e loureiro, que, cheios de graça, se cruzavam nos ares.
Uma caçoula onde havia incenso, despedia para o alto em espirais, eflúvios doces e embriagadores.
Ornamentavam ainda o local as estátuas de Flora, Pamona, Ceres e Vesta, cada qual representando uma estação do ano, os bustos de Minerva, a sabedoria, Vênus, a representar o amor e a beleza, e Apolo, o inspirador das belas artes.
Tudo contribuía para um conjunto delicioso e harmônico, fazendo lembrar os tempos das glorificações. Em pleno ar livre, aos poetas gregos na Acrópole.
Parecia reviver os tempos de Píndaro, Anacreonte, e Safo; ressurgia o século de Péricles, quando Atenas atingiu o apogeu nas artes, ciências e letras.
Ao chegar, o poeta homenageado dirigiu-se, debaixo de estrepitosas palmas e aclamações, para o templo, onde tomou assento em um banco grego, sendo logo após, brilhantemente saudado pela talentosa oradora do Grêmio das Normalistas, a qual, em nome dessa agremiação, o presenteou com um chic ramalhete de flores.
Chegada de Emiliano Perneta no Passeio Público, em 20 de agosto de 1911 – data de sua coroação como príncipe dos poetas paranaenses. O poeta traz nas mãos as flores oferecidas por uma criança.
Falou em seguida o orador oficial, o consagrado tribuno e homem das letras Dario Veloso, que com a palavra vibrante de que é possuidor, se incumbiu de expor em nome da coletividade os fins daquela justa e digna festa.
Via-se então, o príncipe da oratória paranaense coroando com frases rutilantes e economiásticas ao príncipe da poesia.
Em evocações ao passado helênico, o magistral tribuno, lembrando os jogos olímpicos da Grécia, mostrou que, a exemplo dos helenos, í Curitiba cabem as glórias e os triunfos alcançados por Emiliano Perneta.
Referindo-se a Ilusão, Dario Veloso fez ver que o poeta reflete em seus versos todas as agruras, quimeras e ilusões dos primeiros anos da era cristã í época da Renascença, e que através daquela melodia intensa, daquele sonho, durante mil e quinhentos anos – quando já íamos galgando a escarpa terrífica do Calvário, para crucificá-lo como um novo Cristo – esse Gólgota se transmuda, num oceano de luz, esparsa por essa beleza esplandente de Sol, que ilumina e vivifica. O orador, voltado para o fulgor azulado deste céu pagão, exaltou a bondade da natureza, que tanto cooperou para maior encanto das festividades.
– Vede bem poeta, observai. Apolo deteve sua luminosa quádriga para contemplar-vos.
Ao finalizar, o homenageante entregou a Emiliano, em nome da cidade de Curitiba, uma finíssima encadernação de Ilusão, aureolada por uma coroa de louros naturais, tudo dentro de uma lavorada caixa feita de custosas madeiras do Paraná.
Em seguida três graciosas senhoritas recitaram, com o maior brilho possível, alguns sonetos do poeta.
Terminando o que estava prescrito, ergueu-se o homenageado e disse não poder responder ao discurso de Dario Veloso, pois que este, não esteve admirável – afirmou, esteve assombroso.
Acrescentou que como prova da mais sincera gratidão ia ler os expressivos versos já publicados em seu livro – “para que todos que eu amo sejam felizes”. Então os espaços saturaram-se da melodia límpida e sonora da sua voz argentina, enquanto o auditório, eletrizado, sentia-se ascender í s regiões empíricas do além.
O recitativo terminou debaixo de palmas ruidosas e aclamações febris daqueles que o escutavam, enlevados pela harmonia dos versos arrebatadores que só Emiliano sabe produzir.
Essa sublime sagração pública permanecerá inolvidada no coração de todos os paranaenses, será conservada tradicionalmente, para que nossos posteriores possam dizer, no futuro, que o Paraná, ao menos uma vez, reviveu a vida espiritual da Grécia antiga, na qual houve um Píndaro, glorificado por esse novo povo helênico, robusto, belo, sereno e jovial”.
Oscar Gomes.
Fanal, Curitiba, 1 de setembro de 1911.
Banquete no Passeio Público no ígape na Ilha da Ilusão, em homenagem a Bueno Monteiro, em março de 1915.
da esquerda para a direita: Francisco Leite, Heitor França, Rodrigo Junior, Generoso Borges, Clemente Ritz, Emiliano Perneta, Celestino Junior, Bueno Monteiro e Santa Rita.
Residência d0 artista em Curitiba, í Rua Aquidaban, 413. Atual rua Emiliano Perneta.
fonte. Revista Textura # 2 / julho 1981
ed. Secretaria do Estado da Cultura e do Esporte
que textinho, hein Oscar Gomes?
o parnasianismo Ã?© dose…
Mas acho que podemos repetir o “chic ramalhete de flores da talentosa oradora do GrÃ?ªmio das Normalistas”. Chamemos a Miss Piscinas do Santa MÃ?´nica.
Quanto ao “120 anos esta noite” no post anterior, nÃ?£o era literal, foi mais uma brincadeira com o tÃ?Âtulo do livro do Paulo Francis (30 anos esta noite) para indicar a iminÃ?ªncia da comemoraÃ?§Ã?£o.
Parece-me que 02 de maio (inauguraÃ?§Ã?£o pÃ?ºblica) Ã?© a data “oficial”, como se vÃ?ª abaixo:
“O Passeio PÃ?ºblico foi fundado no mÃ?ªs de fevereiro (nÃ?£o se sabe precisamente o dia) do ano de 1886, pelo prefeito Dr. Alfredo d’ Escragnolle Taunay. No dia 2 de maio de 1886, foi inaugurado publicamente, com as obras verificadas atÃ?© aquela data.
O Passeio PÃ?ºblico estÃ?¡ localizado na regiÃ?£o norte da cidade de Curitiba sobre as beiras do pantanoso rio BelÃ?©m. AliÃ?¡s um dos motivos da construÃ?§Ã?£o do parque, que ocuparia a regiÃ?£o do ââ?¬Å? pÃ?¢ntanoââ?¬Â do rio BelÃ?©m, causador ,segundo a populaÃ?§Ã?£o da Ã?©poca, de terrÃ?Âveis enfermidades.
Na verdade, mesmo na �©poca, n�£o havia uma planta do parque e o projeto feito pelo Engenheiro Jo�£o Lazzarini teve de ser abandonado, devido a in�ºmeras modifica�§�µes que foi necess�¡rio introduzir, em virtude da natureza do terreno.
Ã?â?¬ princÃ?Âpio surgiu a idÃ?©ia de unir a diversÃ?£o e passatempo da populaÃ?§Ã?£o Ã? tambÃ?©m um meio de renda do parque. TambÃ?©m tinha-se o objetivo de instalar gÃ?´ndolas para que nas tardes de primavera e verÃ?£o a populaÃ?§Ã?£o pudesse desfrutar de um agradÃ?¡vel passeio pelos rios e lagos do parque.
E por fim quando as obras o parque estivessem acabado, haveriam de construir em seu centro um agradÃ?¡vel chalÃ?©, para servir ao pÃ?ºblico, que desfrutaria debaixo de frondosas Ã?¡rvores suaves dias tropicais”.
http://www.floresta.ufpr.br/~paisagem/areasverdes/parques/parques.htm
===========================================
Como nÃ?£o se sabe o dia de fevereiro em que o Passeio foi criado, podemos fazer a coroaÃ?§Ã?£o da IlusÃ?£o em 29/02/06 (…). Ou esperar maio.
Meu maior receio �© que a municipalidade aproveite a efem�©ride para mais um programa demag�³gico, colocando tubos met�¡licos, lixeiras coloridas, cortar �¡rvores, tirar as putas, transformarem o Pascoale (que j�¡ foi amplamente descaracterizado pela passagem do tempo) em um restaurante japon�ªs (convidando o Imperador Akihito para cortar a fita).
A coroaÃ?§Ã?£o da Ilha da IlusÃ?£o pode ser a construÃ?§Ã?£o mÃ?Âtica que atrapalhe (ou torne ridÃ?Âcula), de alguma forma, a continuidade da descaracterizaÃ?§Ã?£o episÃ?³dica do patrimÃ?´nio sÃ?Âgnico REAL desta comunidade.
afoga o playboy no rio. deem um jeito nisso. entrega essa coroa de flores duma vez.
ent�£o vamo que vamo!
apoiado!
mas em 29/02/06 estou ocupado.
Achei isso em http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/delirio.html
“O culto delirante em torno de Leminski”
WILSON MARTINS
in Prosa & Verso, O Globo, 30.11.96
Em agosto de 1911, tudo o que havia de intelectual e artÃ?Âstico em Curitiba assistiu Ã? Festa da Primavera numa ilha do Passeio PÃ?ºblico a fim de sagrar Emiliano Perneta como PrÃ?Âncipe dos Poetas no momento em que publicava o volume de “IlusÃ?£o”. No ambiente de fervente helenismo entÃ?£o promovido pelo neopitagÃ?³rico Dario Vellozo, os oficiantes, envoltos em clÃ?¢mides largas e solenes, chegaram em luxuosas carruagens e longas procissÃ?µes, entoando hinos religiosos da antiga HÃ?©lade. “Foi um espetÃ?¡culo dificilmente imaginÃ?¡vel em outras circunstÃ?¢ncias”, escreve Andrade Muricy no “Panorama do movimento simbolista brasileiro”.
Como a um tragedista ou um Ã?©pico helÃ?ªnico, ou a um poeta da Academia Romana da RenascenÃ?§a, coroaram Emiliano Perneta. A coroa que lhe cingiu a fronte, numa cerimÃ?´nia nobre e singela, era de louros naturais, mas a dÃ?¡diva ilustre, que lhe fizeram alguns milhares de admiradores, foi de um simples exemplar de “IlusÃ?£o”, revestido de veludo e com o nome e o tÃ?Âtulo em letras de ouro verdadeiro, num cofre de madeiras preciosas, hoje no Museu Paranaense. (…) A admiraÃ?§Ã?£o a Emiliano Perneta fÃ?ª-lo vitorioso naquela prova perigosa, em que, dada a quotidianice tediosa do decorum burguÃ?ªs, tal apoteose poderia beirar o rÃ?Âdiculo.
Essas imagens retornam com as reediÃ?§Ã?µes de “IlusÃ?£o” e de “CinerÃ?¡rio”, de Dario Vellozo, organizadas por Cassiana Lacerda Carollo (Curitiba: Prefeitura Municipal, 1996). Se Dario Vellozo representou no Brasil o lado religioso e atÃ?© ocultista da Ã?©poca simbolista, seu contemporÃ?¢neo EmÃ?Âlio de Menezes (“Poesia lÃ?Ârica & satÃ?Ârica”. EdiÃ?§Ã?£o crÃ?Âtica de Cassiana Lacerda Carollo. Curitiba: Prefeitura Municipal, 1996) situa-se literalmente no pÃ?³lo oposto, pertencendo Ã? geraÃ?§Ã?£o realista dos parnasianos. Observe-se, de passagem, que, no enquadramento cronolÃ?³gico, a escola simbolista nÃ?£o sucedeu Ã? parnasiana, como nos fazem crer os manuais didÃ?¡ticos: ambas sÃ?£o rigorosamente paralelas. Produto da reaÃ?§Ã?£o “espiritualista” finissecular, nem por isso o simbolismo deixou de ser uma ilha (jÃ?¡ que falamos delas…) na impetuosa corrente parnasiana. Uma e outra vinham de fontes francesas, que os modernistas de fato nÃ?£o repudiaram, embora lhes acrescentassem as italianas, impostas pela vitalidade avassaladora de Marinetti e seus amigos.
Tal situaÃ?§Ã?£o durou atÃ?© Ã? Ã?ºltima guerra mundial, que, fortalecendo o prestÃ?Âgio das literaturas de lÃ?Ângua inglesa, introduziu novos mestres do pensamento crÃ?Âtico e da criaÃ?§Ã?£o poÃ?©tica, nomeadamente T. S. Eliot, James Joyce e Pound, que fascinaram os discÃ?Âpulos brasileiros: “um dia desses quero ser / um grande poeta inglÃ?ªs”, escrevia Paulo Leminski em “Caprichos & relachos” (1983), comeÃ?§ando os exercÃ?Âcios desde logo com alguns pequenos poemas na lÃ?Ângua canÃ?´nica.
Os fundos de gaveta que compÃ?µem “O ex-estranho” (Curitiba / SÃ?£o Paulo: Prefeitura Municipal / Iluminuras, 1996), se nada acrescentam ao que se conhecia, confirmam o culto delirante que se formou em torno dele: “sua obra”, diz na apresentaÃ?§Ã?£o Geraldo Pougy, presidente da FundaÃ?§Ã?£o Cultural de Curitiba, “vai um passo alÃ?©m da renovaÃ?§Ã?£o de James Joyce e GuimarÃ?£es Rosa”.
Nada menos. Apresentados na pauta habitual de hipÃ?©rbole crÃ?Âtica por Fred GÃ?³es e Ã?Âlvaro Marins, os “Melhores poemas” de Paulo Leminski (SÃ?£o Paulo: Global, 1996), formam o texto canÃ?´nico para uma leitura crÃ?Âtica que se torna cada vez mais urgente.
As manifestaÃ?§Ã?µes provincianas que sÃ?£o os eventos Perhappiness, realizados anualmente em sua memÃ?³ria, assemelham-se, nas palavras do crÃ?Âtico Miguel Sanches Neto, Ã? coroaÃ?§Ã?£o de Emiliano Perneta.
A Curitiba de hoje, que se vÃ?ª tambÃ?©m como uma ilha da cultura civilizada nestes mares tropicais, coroa metonimicamente em Leminski a modernidade a que ele aspira. “O poeta foi institucionalizado”, conclui ele, “erigido em sÃ?Âmbolo cultural da cidade: houve uma passagem da experiÃ?ªncia marginal de franco-atirador para o perÃ?Âodo de canonizaÃ?§Ã?£o”.
Por inesperado, Ezra Pound, cujo domÃ?Ânio do chinÃ?ªs, segundo os entendidos, deixava algo a desejar, popularizou entre nÃ?³s a imitaÃ?§Ã?£o da poesia oriental, traduzida em laboriosas imitaÃ?§Ã?µes, como em Wilson Bueno (“Pequeno tratado de brinquedos”, Curitiba / SÃ?£o Paulo: Prefeitura Municipal / Iluminuras, 1996), poemas de solfejos gratuitos a que falta a autencidade existencial e humana que se encontra, por exemplo, em FÃ?¡bio Campana (“O paraÃ?Âso em chamas”) e Walmor Marcelino (“Malva, frÃ?¡guas e meÃ?§anilhas”), ambos de 1994 na Travessa dos Editores, em Curitiba.
SÃ?£o poetas da cidade (no sentido cÃ?Âvico da palavra) e por isso mesmo da vida real, da aventura ideolÃ?³gica, agora dissolvida no Ã?¡cido corrosivo do desengano. Foram “passageiros da utopia”, lÃ?ª-se no verso de Walmor Marcellino, a que FÃ?¡bio Campana responde em contracanto:
“Minha geraÃ?§Ã?£o transitou em sonhos / entre a idade de ouro que nÃ?£o conheceu / e o mundo novo que nÃ?£o conquistou. / Tombou na guerra fria, / pisando em falso, / nas ilusÃ?µes herÃ?³icas. / Onde, meu amigo, /guardamos as bandeiras da Ã?ºltima passeata?”. Intitula-se “EsperanÃ?§a” o poema em que Walmor Marcellino se via como “passageiro da utopia” ou da “EsperanÃ?§a” (tÃ?Âtulo de um poema): “ParaÃ?Âso das Antilhas”, escreve ele, “esperanÃ?§a desta AmÃ?©rica”. Contudo, Ã?© de melancolia e memÃ?³rias afetivas o tom geral das duas coletÃ?¢neas, nostalgia que procura compensar pela inocÃ?ªncia da infÃ?¢ncia as desilusÃ?µes da idade adulta. Em Walmor Marcellino o prÃ?³prio tÃ?Âtulo reconduz ao “verde paraÃ?Âso” da infÃ?¢ncia perdida; FÃ?¡bio Campana encontra um capÃ?Âtulo da histÃ?³ria do ParanÃ?¡ na histÃ?³ria de sua famÃ?Âlia: “Vieram de longe” (…) “buscando coragem / buscando caminho”.
Wilson Martins Ã?© crÃ?Âtico literÃ?¡rio dos jornais O Globo (RJ) e Gazeta do Povo (PR).
quem se habilita a interferir na foto do banquete,
como j�¡ o fizeram na pra�§a 19 de dezembro (homem nu)?
CARPE DIEM
A partir de hoje
Tudo ser�¡ agora.
Meus sonhos
A minha realidade constante
E as segundas e ter�§as-feiras
Tamb�©m ser�£o fins de semana.
Amarei meus defeitos
Para que amem minhas virtudes
E farei da crian�§a que h�¡ em mim
Um palha�§o louco sempre a sorrir,
Pois n�£o viverei como quem morre lentamente
Pedindo desculpas
Por n�£o ter coragem de ser feliz.
Sou Professor estadual e Escritor. Em meu blog: prof.satiro@blogspot.com tem um pouco de meu trabalho. Abra�§o!