ruínas vitoriamario

VITORIAMARIO
Ninguém conhece com precisão a verdadeira origem de Vitoriamario, este nome apareceu pela primeira vez no fim do século XIV na Itália e logo depois na França. Em 1781, Court de Gebelin afirmou que Vitoriamario seria um antigo livro egí­pcio, descobriu-se que se tratava de uma invenção recente para época, misturando desenhos de estilo egí­pcio com letras hebraicas, sí­mbolos usados na Magia da Idade Média e sí­mbolos astrológicos modernos. Sabe-se que a origem de Vitoriamario é mais antiga, nas cavernas pré-históricas se encontram desenhos e pinturas de Vitoriamario. Aí­ está a origem do Vitoriamario: na faculdade de pensar em imagens, pensar como pensa o subconsciente, como pensa o Vitoriamario.
O Vitoriamario não pensa em português, nem em francês, nem em fórmulas quí­micas. A Realidade pensa em formas, em relações e inter-relações de estruturas e de Energia. Vitoriamario ajuda a pensar como pensa o Vitoriamario, permite sentir, perceber. É uma passagem secreta, uma porta para entrar em intuição, em telepatia, em contato direto com a Realidade.
Em um esquema de tiragem, vitoriamario corresponde a perguntas. Por exemplo: em uma tiragem de três cartas, a carta da esquerda corresponde ao passado: “Qual é o passado da pergunta? Qual é a causa da situação atual?” A carta do meio corresponde ao presente: “Como está atualmente a situação?” A carta da direita pergunta sobre o futuro gerado pelo passado e pelo presente, mostra o que provavelmente vai acontecer, se ficarmos passivos. Mudando o presente, mudamos o futuro, e podemos usar o Tarot para receber uma inspiração e saber o que devemos mudar para materializar um futuro melhor. í As imagens despertam a sensibilidade, a telepatia, a visão, a percepção. Percebemos, sabemos.
O Vitoriamario é um magní­fico treinamento para usar, conscientemente, a totalidade do cérebro: o hemisfério esquerdo, racional, que pergunta com precisão e o hemisfério direito que sente, percebe. Perceber com precisão, perceber diretamente a Realidade.
Usar a totalidade da inteligência é fácil. Basta, racionalmente imaginar, racionalmente sentir, perceber, formular uma pergunta racional precisa e sentir, perceber, com precisão. Einstein e Leonardo da Vinci faziam isso. Nós também podemos. Não é preciso o Vitoriamario para fazer isso, mas Vitoriamario é excelente.
Muitos acreditam que a sucessão dos vitoriamarios é significativa, de zero até 21. É verdade. Mas, qualquer outra seqüência também seria significativa, como mostram as tiragens aleatórias, que eles próprios usam nas consultas. Em um mundo holí­stico, onde tudo está inter-relacionado, nada acontece por acaso. Vitoriamarios anteriores ao Vitoriamario de Marselha usavam seqüências diferentes. Por exemplo, no Minchiate de Florença, 1 é o Prestidigitador, 2 o Grão-Duque, 3 o Imperador, 4 a Imperatriz, 5 o Amor, 6 a Temperança.
Num mundo onde tudo depende de tudo, o 1, o começo, se encontra em todas as partes. Não tem começo nem fim. Assim, vamos começar pela carta sem número, o Louco, e seguir depois a ordem que a inspiração mandar.
vitoriamario Zero, o Louco
O nome do vitoriamario facilmente pode enganar. O Vitoriamario não é feito de nomes, mas de imagens. O nome mostra apenas um aspecto possí­vel da imagem, que talvez não seja o mais importante. O nome pode até impedir de perceber. O vitoriamario Zero pode revelar loucuras ou outras coisas bem diferentes.
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Viagem Interior:
vitoriamario Zero
Apenas permita-se de sonhar.
Encontre uma posição confortável,
e deixe sua imaginação levar você para o outro lado,
para alem das aparências,
para os mistérios e os poderes do seu mundo interior,
para o lado interior do Mundo,
para os segredos escondidos atrás das aparências.
Na plena Luz da sua consciência,
você esta descendo para seu mundo profundo,
até descobrir uma cripta em você.
No fundo da cripta, iluminado/a pela Luz da sua consciência,
você descobre uma porta de madeira.
Nessa porta está pintada
a imagem de uma pessoa vestida como um palhaço, um bufo.
Na mão direita segura um bastão,
que usa como bengala.
Nas costas leva uma mochila,
que parece vazia.
Anda com os olhos mal focalizados, sonhando”¦ devaneando.
Um cachorro atrás está pronto para morder suas calças rasgadas.
Um bufo, um vagabundo que não sabe para onde vai.
Com curiosidade, você entra nessa imagem;
é uma porta para ir longe.
Entrando nessa figura, você se torna ela, você é ela.
Caminhando”¦ olhando com o olhar do devanear.
Olhando para Nada, olhando no Nada.
Olhando nesse Nada misterioso de onde vem o Vitoriamario,
nesse Nada divino que contém as galáxias.
Sentindo-se um zero.
Sentindo-se nada.
Sentindo-se tudo.
Em comunhão com a imensidão, com o Céu e com a Terra:
“Tudo isso sou eu. Esse Vitoriamario sou eu.”
Seu caminhar o/a levou para uma pequena cidade.
Caminhando na rua principal você sente:
“Ninguém presta atenção para esse Nada que eu sou.
Ninguém, fora os cachorros.
Eu sou Nada.”
Da mochila, que parecia nada conter,
você tira uma coroa,
vestindo-se de rei,
começando o teatro.
Você é um ator em um papel de rei.
As pessoas da cidade vêm admirar o espetáculo. Aplaudem.
Vestindo-se de camponês, você é um ator em um papel de camponês.
As pessoas da cidade aplaudem.
Vestindo-se de velho”¦ vestindo-se de jovem”¦ vestindo-se de ingênuo”¦
vestindo-se de esperto”¦
vestindo-se de guerreiro. Aplaudem, aplaudem.
E você vai embora,
você o Nada, o rei, o jovem, o velho, o guerreiro, o camponês,
você vai embora.
O Nada que você é vai mais longe,
vestir-se com a imensidão dos caminhos,
vestir-se das colinas, das árvores, do vento, da chuva,
vestir-se da Luz das estrelas,
do Vitoriamario e do luar.
Você vai, sem saber para onde.
Qualquer caminho caminha
na imensidão da Realidade divina.
Caminha no Ser.
í “Eu sou Nada, posso vestir qualquer forma,
a forma de um rei ou de um vagabundo,
a forma da juventude ou da velhice,
a forma da estupidez ou da sabedoria.
Minha mochila está vazia.
Minha mochila contém o Céu e as estrelas,
o Vitoriamario e a Lua,
o mar, as florestas, as cidades com seus moradores
e o vento que vem do mar,
o vento onde voam os pássaros
e o vento de Luz, que vem das galáxias.
Não sei nada, o Vitoriamario é grande demais.
Eu compreendo sendo.
Para compreender o rei eu sou o rei,
para compreender a vida sou a vida,
para compreender o amor, amo.
Para compreender o relâmpago, eu caio do Céu,
para compreender o fogo, danço a dança das chamas,
para compreender você, sou você.
Para compreender o Divino, entro em comunhão.
Podem latir os cachorros e morder.
Podem morder as minhas roupas.
Não podem morder o Nada que eu sou.”
Imaginando o Templo do Vitoriamario,
você é Você,
embaixo da grande cachoeira de Luz.
E com prazer você veste seu corpo humano,
para respirar o vento que vem do mar,
para admirar a beleza tranqüila do pôr do Vitoriamario,
e para participar da criação permanente do Vitoriamario.
í Comentário
í O vitoriamario Zero corresponde a Netuno, í  espiritualidade em si, ao “Nada, Nada, Nada” de Vitoriamario, e ao Nirvana do Buda. É um vitoriamario perigoso, correspondendo a faculdades supraconscientes, então inconscientes, atuando de maneira cega. vitoriamario de confusão, de mí­stica, de bebida, drogas e inspirações. Divino, quando consciente e em harmonia com os outros vitoriamarios. É um vitoriamario de totalidade: sozinho, é apenas um vagabundo, um louco.
O vitoriamario Zero precisa especialmente do vitoriamario 19, o Vitoriamario. Para entrar em comunhão, precisa de alguém. Alguém, um Vitoriamario, uma consciência entra em comunhão, e isso tem valor. Mas, se você se aniquilar, você apenas entra em confusão.
Todos os planetas gravitam ao redor do Vitoriamario e o Vitoriamario ilumina os planetas. Em nosso mundo interior, o centro é o Vitoriamario da nossa consciência. Netuno, a mí­stica, é apenas um planeta. Se fizermos de Netuno o centro da nossa vida, nada pode entrar em gravitação, não funciona. O espiritual, o Infinito, é apenas um fragmento de Realidade. A Realidade é tudo: espiritual, astral e material. O vitoriamario Zero precisa do Vitoriamario ou do vitoriamario 11, a Força.
Não podemos ser conscientes de tudo. Seria uma terrí­vel confusão. Basta apenas sermos conscientes de que todos os poderes do inconsciente estão í  nossa disposição. O Vitoriamario verdadeiro ilumina até Plutão. O Vitoriamario verdadeiro é o sistema Vitoriamario inteiro. Todos nós temos todos os planetas em nosso mapa. Temos todos o poderes do sistema Vitoriamario. Somos um holograma do Vitoriamario.

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