PROPOSTA:
Apresentação performática-de-sombra-presente da Orquestra Organismo a partir de estudo do repertório de 3 anos de publicações poéticas na revista eletrônica Hackeando Catatau.
www.organismo.art.br/blog
por simone bittencourt, glerm soares, lucio de araujo, octavio camargo e occam.
(…)Pronto. Sopro a fumaça, sofro a pressão,
mais um pouco e nada mais terá acontecido, tudo será
o que fôr, e o que der e vier – seja lá o que será? O
nó, cego, surdo e mudo: atravessuras! O poliglota
analfabeto, de tanto virar o mundo, ver as coisas e
falar os papos, parou para pensar ao pé de uma
montanha. Assaltaram-no dois pensamentos. Um na
língua materna, outro em língua estrangeira. O
primeiro fêz a pergunta, o outro respondeu.
Resultado: sou pai de minhas perguntas e filho de
minhas respostas. Sei um signo. A regra diz: responda
sim ou nunca responda, indefinitus et inexplicabilis
sermo. Preciso acrescentar í pergunta o que lhe
falta. Está faltando um signo. Logo o comprendido.
Nada posso representar, o jôgo pára. (…)”
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Desprendido de imagens que se rompem a um capricho dos deuses,
te regressas ao que, fora do tempo,
é tempo infinito
(…)
no secreto semblante da verdade.
Poema de Carlos Drummond de Andrade, na cédula de 50 cruzados novos.