Relações de Fronteira

cartaz_relacoes530

Após um mês í  deriva pelas margens do lago artificial de Itaipu, o projeto Trânsito í  Margem do Lago convida para o evento “Relações de Fronteira”.

Será um encontro com pessoas que, em suas experiências artí­sticas ou expressivas, ampliam diálogos acerca de questões culturais de fronteira.

Estarão presentes:
Claudia Washington,
Felipe Prando,
Lúcio de Araújo e
Rachel Bragatto (Curitiba);
Sara Blanco (Puerto Indio);
Tati Wells (Rio de Janeiro).

O evento é gratuito e aberto ao público.

Local: Sala Scabi – Solar do Barão – 2ú andar, Bloco Central – Rua Carlos Cavalcanti, 533 – Curitiba – Paraná – Brasil
Data: 11/03/2010 í s 19h30

Arquivos para divulgação:

Relações de Fronteira – Cartaz
arquivo pdf em 96 dpi
Relações de Fronteira – Cartazarquivo pdf em 300 dpi
Relações de Fronteira – Cartazarquivo jpg em resolução 980 x 1386
Relações de Fronteira – Cartazarquivo jpg em resolução 530 x 750

http://margemdolago.transitos.org

aniversário pirata – panetone em infinito pelo infinito

glerm 11mai2008: Oi amigos,
Ja dando o recado mas vou dar de novo várias vezes essa semana.
Dia 17 de maio próximo sábado estamos querendo pilhar a inauguração oficial do espaço 8!8 aqui no água verde.
mapa: http://casa.devolts.org
Aproveitando também que é meu aniversário! 🙂
Vai estar presente também o amigo pan&tone de Porto Alegre com seus brinquedinhos eletrônicos hackeados dialogando com toscolão e toscolissess.
Aliás durante todo o fim de semana vai rolar uma imersão de artesanato de volts, pra quem quiser aparecer.
Queria pedir para amigos que querm fazer um som que tragam instrumentos e amps, pois a tendencia é rolar barulho.
E também pedir se alguem poderia me descolar um projetor, pra gente fazer uma sessão de filmes e afins.
que tal?
claudia 12mai2008: Legal, Seção de filmes!
Seria bom se alguém pudesse emprestar um projetor ou ajudar no aluguel de um, custa R$ 100,00 a diária.
barbara 14mai2008: Glerm, Feliz aniversario pra vc e pro 818 !! Um ano cheio de luz e brisa!!
balbino 15mai2008: ja to acendendo as velas! será que rola uma promoção do avião??
caralha santos dumont


818 17mai2008: caraia glerm e panetone!

aCAMPAMENTo SardinhA…

animacamping

Motivados pelo deslocamento do Espaço Contramão (1) de Florianópolis í  Curitiba durante esse próximo fim-de-semana, dias 29 e 30 de setembro de 2007, em sua 12ê edição (2), quando acolheremos algumas de suas propositoras – Adriana Barreto, Tamara Willerding, Bruna Mansani – para um diálogo cultural e artí­stico, e, antes de tudo, existencial, vimos aqui convidar a comunidade eouí­stica afim para um acampamento no jardim da e/ou (3). Nesse perí­odo, em que pretendemos estabelecer uma brecha de acontecimentos experimentais na suposta linearidade do tempo, faremos uso dos instrumentos culturais fogueira, sardinha assada, música, imagens, corpo, conversa, softwares livres e de muitos outros etecéteras para vivenciarmos esse momento de liberdade e encontro coletivo.

Os desejosos em participar do acampamento por gentileza encaminhem seus e comentários e solicitações de reserva de área no gramado para gotonewtown[arroba]gmail.com , com o tí­tulo acampamento em si, para o email até sexta-feira (28/09) í  meia noite, por questões de logí­stica de programação e uso do espaço, ainda que isso possa ser subvertido. Sem justificativas convincentes outras, além da própria limitação territorial, imagina-se o quintal ocupado por barracas de pequeno porte. Será fundamental uma cooperação econômica per capta de R$ cincão entre os fruidores do fluxo para que possamos garantir nossa sardinha e garapirinha, e, conseqüentemente, a manutenção e o desdobramento do processo numa orientação de consciência alterada, a partir de algumas bases estruturais.

Sugestão do dia: algo mais para o imaterial, situacional e performático.

Seja fruidor do fluxo você também! Traga algo imaterial para compartilhar conosco!

Lugar e/ou:
mapeou
Rua Cel. João Guilherme Guimarães, 1.150, Bom Retiro.

A 2 quadras do cruzamento da Hugo Simas com Tapajós.

Cronograma de atividades detalhado:

Não sabemos precisar quando inicia o acampamento, pois será na somatória das derivações individuais que a convergência coletiva materializar-se-á. Entretanto, vagamente, esperamos a montagem das barracas a partir de sábado pela manhã (29/09); que uma leva de sardinha na brasa já possa ser comida í  tarde; e que as coisas todas estejam se adensando ao cair da noite. E na dimensão noturna, o grande lapso de planejamentos tomará corpo, abrindo-se para flashs de memória das intenções antes elencadas:

1) Espaço Contramão:

(…) estamos dessa vez bem mais espectadoras do que nunca… (…) nós vamos c/ a placa, c/ a malinha da biblioteca e tb c/ coisas p mostrar (…)

2) e/ou:

câmbio simbólico/indicial (ou troca do desapego): selecione um de seus objetos pessoais – coisas guardadas a tempos, das quais não consegue desprender-se, ou nunca pensou desfazer-se delas – traga-os para uma troca.
A dinâmica da ação está por configurar-se.

3) Orquestra Organismo:

usar o nbp de forno
DESCOBRI DESCOBRI!!!!!!!!!!!!!!!!!
a fogueira do e/ou é o elo perdido entre a geladeira e o nbp!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
menu do cozinhando puros dados: sardinha assada no NBP.

e/ou:

nbp + sardinha assada = cozinhando puros dados (4)

OBS 1.: tragam alto-falantes de brinquedos e/ou brinquedos sonoros.

OBS 2.: seria dessa vez a passagem adiante do NBP por RB?

5) epa!:

albergue para beija-flores : parte do jardim da e/ou é destinado ao cultivo de plantas cujas flores atraem colibris. Quem quiser pode trazer alguma muda para colaborar nessa construção. A idéia é projetar o jardim como um lugar de referência para encontro, alimento e aconchego no imaginário e no cotidiano dos colibris. E favorecer situações de encantamento mais constantes a nós, humanos, ao apreciar a presença aproximada deles, num lugar em comum, resgatando-nos a um nós trans-espécies, eu-nosnós-me natural, co-habitantes.

6) -+ toscolão (Glerm) -+ eletrototem (Lúcio Araújo) -+ computambor (Glerm, Lúcio e LucidaSans) -+ instrumentos musicais diversos -+

7) Mais novos hits do cancioneiro de Octávio Camargo.

8) Chamamentos da Graúna.

9) Garapirinha, com lançamento público do sabor derivado maracujá.

10) + Salvio Nienkí¶tter, Claudia Washington, aniversários de Lúcio Araújo e Goto, fogueira em si, acampamento em si, acontecimentos imprevisí­veis, etecéteras &… atividade de extensão: feirinha de domingo no Largo da Ordem…

…e/ou…

…Curitiba, 27/09/07…

contraeou

Notas:

(1) Contramão é um espaço móvel que migra através de residências propondo intervenções artí­sticas dentro do ambiente doméstico. Por concepção ele se molda e se adapta de acordo com o espaço de ocupação do momento e a configuração das pessoas envolvidas, ou seja, a cada mês ou exposição o evento acontece numa casa diferente, tendo seu dono como curador, que delimitará espaço, artista(s), perí­odo e horário de visitação. Existe desde outubro de 2005 e até o momento foram realizadas 11 edições, 9 em Florianópolis e 2 em São José – SC.

(2) A 12ê edição do Espaço Contramão – espaço contramão na e/ou: acampamento… – é a primeira migração do fluxo, enquanto base de acolhimento, para o além-fronteiras interestaduais, afirmando o obstinado ir adiante do Contramão num roteiro libertário de viagem, reinventado a cada parada. Essa nova conexão de indiví­duos desdobra-se a partir do: Agenciamento coletivo: epa!. Curadoria: Oní­rikson Flux. Realização: coletiva.

(3) e/ou: (…) O que e/ou quer, ou melhor, o que nós queremos: propor uma situação produtiva, reflexiva e de trocas de experiências sobre arte. E/ou: redimensionar a importância da arte em nossas vidas, acreditando nessa atividade cultural como uma possibilidade crí­tica, sensibilizante e conscientizadora do indiví­duo e da coletividade. E/ou, ainda: ampliar e aprofundar o espaço e o tempo do encontro entre as pessoas, no sentido de uma comunhão coletiva, conví­vio criativo e aperfeiçoamento humanos. Nós / os outros / nosso contexto relacional / a humanidade / as trocas. A ção coletiva, diferença afirmativa, proposições artí­sticas, circuitos, autogestão cultural, troca de idéias e experiências, vivências, intercâmbio, diálogo, reflexão e produção. (…)

(4) (…) vivemos uma época de sobrecarga de informações e possibilidade de conexão de redes moldadas em discursos similares que ultrapassam fronteiras sociais e geopolí­ticas. Por outro lado a organização cartesiana e sistemática destes dados, para qualquer tipo de função institucionalizada (da arte í  engenharia; do ativismo ao academicismo) tende a diluir-se no espaço onde ela quer tomar forma, e o fluxo de identidades que tocaram-se em subjetividade acaba perdendo a força moldando-se aos espaços, entrando em contradições e adquirindo um significado “institucional”. Observar estes discursos e “dados” como uma dança caótica de entidades, em forma de rituais simbolistas, teatros da crueldade e estetização da ação direta, molda sua prática e ética numa percepção imediata da dimensão humana. Esta é a busca destas performances.

Em “Cozinhando Puros Dados” trabalhamos com uma cozinha no espaço da mostra que pode conectar-se com outros participantes pela Internet em qualquer lugar do planeta. A cozinha estará incubando o conceito antropológico de “Cru e Cozido” trabalhado por Levi Strauss: a criação de processos rituais que estabelecem uma dialética daquilo que era um dado “puro” e sem função e que passará até o final do perí­odo da mostra assumir diversas dimensões de significado, convergindo intenções dos “cozinheiros”. A cozinha também pode ser vista como o espaço onde existe freqüentemente coletividade para a construção daquilo que nos alimenta. Busca-se construir uma metáfora da cozinha como espaço de “alquimia” onde a tal dialética ferve as intenções de coletividade e a fome (ou gula) é um anseio que nos traz de volta a dimensão humana. (…)

Nota entre Notas: Os trechos aqui destacados foram retirados do manifesto Cozinhando Puros Dados – Spaghetti al 5 Volts, acessado em: http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/?p=2331


ui don nid nou edukeixion!

Na Casa da Claudete

Casa da Claudete (para Claudete Pereira Jorge, Octávio Camargo, Luiz Felipe Leprevost e todos que frequentam a casa da Claudete)

na casa da Claudete
os cristos são descrucificados.
religiões são formadas,
reformadas e destruí­das.
legiões e batalhões de idéias
são postas em sentido em versos
conservados em vodka.

na casa da Claudete
o marxismo também é tomado com coca-cola
o stalinismo cuspido pra fora da janela
e homero lido a marteladas
de mais ou menos 5.000 palavras.

na casa da Claudete
o incrí­vel Hulk é um adorável covarde
o jantar é a luz de velas pela falta de pagamento
os mestres são amigos do peito
que carinhosamente
mandamos para aquele lugar.

na casa da Claudete
um uno mil pára no meio do caminho
e í  pé buscamos o combustí­vel
num posto da rua de baixo.
lá não se cala a boca, se fala mais alto.
lá, adormecer é um ato de revolta.
é uma pausa para a volta triunfal.

“aliás, a casa dela
definitivamente não é a minha”
foi o que eu pensei
a última vez que adormeci
num dos cantos
da casa da Claudete.

alexandre frança

quer mais? entre no blog Blues Curitibano e confira as novidades.

venha <-- conquista de Espassssso

______enquanto isso em curitiba:

Sexta:

Festival-aniversário-Processo-mnfdosngonodsososdodsdgspds,,çv,dsdpog!

Casa da Karina (envelhecendo na cidade)
Travessa Bom Retiro, 27. Bom Retiro.
Curitiba/PR. fones: 41-3352-2927 e 99745493.
levem cervejas e instrumentos musicais

Sábado:

Domingo:

—– enquanto isso em Sp:

…….

AÇÃO COLETIVA CONTRA A REINTEGRAÇÃO DE POSSE
DO EDIFICIO PRESTES MAIA, MSTC

QUE LÂGICA É ESSA, QUE PRIORIZA O IMÂVEL E NÃO O HUMANO?!

O Movimento

O MSTC – Movimento Sem Teto do Centro é composto por cerca de 8 mil
pessoas lideradas por dez mulheres. Cada coordenação reside em um
prédio diferente, sendo que em cada um, além de um coordenador geral,
há uma segunda coordenação, eleita anualmente pelo movimento.

Mulheres, crianças, jovens e homens fazem parte desse movimento. São
trabalhadores na cidade de São Paulo, a maior parte mão de obra
formal, em empregos como cobradores de ônibus, catadores de papelão
para a reciclagem, são faxineiras, lavadeiras e costureiras que í 
noite vão para a ocupação e participam da vida interna e polí­tica do
movimento, para lutar por moradia. Além disso, atuam na organização de
propostas concretas para o centro de São Paulo, interferindo
diretamente nas polí­ticas públicas como, planejamentos de habitação,
criação de trabalhos cooperados, redes de produção educacional e
cultural.

O Edifí­cio Prestes Maia

O gigantesco edifí­cio modernista denominado Prestes Maia ficou ocioso
por 20 anos! As taxas de impostos não pagas, acumulou uma dí­vida
superior a 4 milhões de reais, ou seja, 2 milhões a menos que o valor
do prédio junto í  prefeitura de São Paulo. A Constituição brasileira
prevê em um dos seus artigos que, caso um imóvel se torne ocioso por
mais de cinco anos, passa a ser bem público. A presença do movimento
nesse imóvel público tensiona as desigualdades sociais e joga foco
para questões bastante urgentes que dizem respeito a todos nós
cidadãos.

Sua localização: Avenida Prestes Maia 911, centro de São Paulo, sobre
o Metrô da Estação da Luz, ao lado da Pinacoteca.

Integração sem posse X Reintegração de posse

Há três anos, 3 mil pessoas habitam esse edifí­cio. Crianças nasceram,
muitos morreram; juntos passaram por incêndio, suicí­dio, rearranjos
coletivos, comemorações…Essas famí­lias criaram ví­nculos
trabalhistas, cooperativos e afetivos a partir desse lugar que
habitam.

Agora estão prestes a serem despejados, pois os donos do edifí­cio,
Srs. Jorge Hamuche (Hamuche Jeans) e Eduardo Amorim, não abrem mão do
imóvel. Eles entraram com um pedido de reintegração de posse e este
foi aceito.

A lógica é, “o Judiciário se responsabiliza pela coisa e não pelo
pessoal “. Essas foram as palavras da representante do Judiciário na
reintegração de posse do Edifí­cio Guapira, no final do ano passado.

Se não for para moradia popular, que outra utilização pública terá
esse edifí­cio?Uma possí­vel negociação se torna inviável, a partir do
momento que é inegável a potencialidade econômica para esses senhores.

O MTSC opera na aceleração desse processo de passagem, pressionando a
compra do edifí­cio por parte das autoridades para transformá-la em
moradia popular. Em meio a essas tensas negociações, surgem
especulações bancárias e imobiliárias, jogos financeiros e geralmente,
despejo dos movimentos de ocupação.

Colaboração

Diagnosticada a situação, se faz urgente (pois a reintegração pode
acontecer a qualquer momento) divulgá-la, para que toda a sociedade
fique ciente dessa realidade. Queremos a inversão da lógica já
estabelecida, chamando a atenção das autoridades e mí­dias em geral
para o que está acontecendo nessa ocupação.

Somos provedores de cultura, mas antes somos, cidadãos. Apoiamos o
Movimento dos Sem Teto do Centro, a ocupação do edifí­cio Preste Maia,
legitimando sua autonomia, suas propostas públicas de, ocupação,
moradias populares, educação, projetos cooperados e suas, nossas,
manifestações.

FAZEM-SE NECESSíRIOS ESCÂNDALOS!!!

AÇÂO COLETIVA DE APOIO AO MSTC CONTRA A REINTEGRAÇÃO

Chamada para Ação Coletiva no Prestes Maia!

Em face da proximidade da reintegração do Prestes Maia e da urgência
mostrada pelo Movimento, decidimos realizar uma Ação Coletiva contra a

reintegração de posse neste sábado, dia 02/07, a partir das 14h.

A idéia é fazer ações nas calçadas em frente aos dois edifí­cios que
compõem a ocupação, na Av. Prestes Maia e na Rua Brigadeiro Tobias,
realizando inclusive intervenções nas fachadas dos dois prédios.

Algumas ações planejadas:

– montagem da exposição SPLAC, realizada neste domingo pelo EIA –
Experiência Imersiva Ambiental, de trabalhos que questionam a
especulação imobiliária.

– projeção de ví­deos do ACMSTC – Arte e Cultura no Movimento Sem Teto
do Centro, sobre a Reintegração da ocupação Guapira do Comunas Urbanas
e outros sobre movimentos populares e ocupações;

– lambe-lambes da Bijarí­ sobre a gentrificação;

– homens- placa e panfletagem;

– instalação de uma tira de pano vermelho na fachada;

– produção de ví­deos e documentação em fotografia;

– instalação de ilha de rede auto-sustentável para a circulação
simultânea de informações na Internet ;

– instalação sonora / DJs.

Outras ações estão sendo propostas. Pretendemos fazer o maior
escândalo possí­vel e contar com a participação de pessoas de diversas
áreas , cultural, polí­tica e intelectual, procurando mobilizar a
sociedade contra a reintegração. Precisamos de toda a força possí­vel
nas ações, contatos com aliados e divulgação na imprensa.

Para todos que queiram participar, haverá uma reunião com o MSTC
nesta quarta-feira í s 19:30 da noite na sede do Movimento, na Av. São
João 1495.

Confirmada a participação:

Catadores de Histórias, Esqueleto Coletivo, EIA, TEMP, A Revolução não
será televisionada, Elefante, Comunas Urbanas, Comunas da Terra / MST,
Nova Pasta, mm não é confete, Bijari, Cia. Cachorra, Ateliê Espaço
Coringa, Coletivo Tuxxx, CMI – Centro de Mí­dia Independente, Comunas
da Terra, Cena Dinâmica, Fórum Centro Vivo, Gavin Adans, Cristiane
Arenas, Os Bigodistas, Marcha
Mundial das Mulheres, Imagético, Cabeza Marginal, Iatã Cannabrava,
Letí­cia Rita, Base V, Mí­dia Tática, Instituto Polis, Fórum Centro
Vivo, Daniel Arrubio, Suely Rolnik, Peter Pelbart, Toni Venturi, Xico
Sá, Lucas Bambozzi, Grupo C.O.B.A.I.A, Rui Amaral, Artbr,
Radioatividade, Grupo Dragão da Gravura, Evaldo Mocarzel.

MANIFESTO DO MSTC- MOVIMENTO DOS SEM TETOS NO CENTRO- 2005 / retirado
do site do movimento: www.mstc.org.br

O que é o MSTC?
O Movimento Sem-Teto do Centro é uma articulação de grupos de base e
de Associações de Moradores das ocupações e projetos já conquistados.
É um espaço de formulação de propostas e de lutas por moradia ao mesmo
tempo em que procura se articular com outras lutas populares
organizadas pelo movimento social.

Quais são as orientações e princí­pios do que norteiam o MSTC?
1. incentivar a população que não tem moradia a pleitear recursos do
Estado e/ou dos beneficiários do modelo econômico para a realização de
projetos habitacionais e construção de moradias populares, que atendam
suas necessidades enquanto população excluí­da, possibilitando assim a
manutenção da estrutura familiar.

2. no processo de luta por moradia, organizar grupos e associações
populares autônomas e permanentes, que garantam a ampla participação
democrática das pessoas e famí­lias. A organização própria é um
instrumento para desenvolver as famí­lias e suas lideranças, garantindo
a continuidade da luta e transformando aquela população excluí­da em
agentes de sua própria história.

3. inter-relacionar-se, unir-se, o máximo possí­vel, prioritariamente
com o maior número de outros grupos populares de luta por moradia, e
também com outras lutas populares. Em primeiro lugar, para conseguir
seus objetivos especí­ficos. Em segundo lugar, de modo combinado com o
primeiro, para construir um movimento social forte que ataque as
causas da miséria, lutando por uma Reforma Urbana efetiva.

4. travar a luta permanente pelo direito í  moradia – nunca freá-la,
sob pretexto algum – porque somente através da luta é possí­vel colocar
na ordem do dia as reivindicações populares frente ao sistema de
exclusão que aí­ está. Serão implementadas todas as formas de luta e
ações, decididas pelo coletivo, desde iniciativas diretas,
negociações, intermediações, etc.

5. como perspectiva mais ampla, buscar o desenvolvimento fí­sico,
econômico, profissional e cultural das famí­lias sem-teto, tendo como
horizonte a construção de uma sociedade fraterna e igualitária,
socialista.

6. nas conjunturas eleitorais, incentivar para que o movimento se
engaje na eleição de candidatos efetivamente comprometidos com as
causas populares.

CARTA MANIFESTO EM APOIO AO MSTC

Tendo em vista que a ocupação Prestes Maia sofre reintegração de
posse, e que pode ser despejada a qualquer momento, nós artistas,
produtores, cineastas, video-makers, educadores, agentes de cultura em
geral, que desde o ano de 2003 estamos conectados ao MSTC, devido ao
encontro denominado Arte Contemporânea no Movimento dos Sem Teto do
Centro, ocorrido no edifí­cio Prestes Maia, assim como outros eventos
de igual porte, interamos nosso apoio ao projeto de ocupação do prédio
Prestes Maia, ocupação esta que existe desde o ano 2001.

Ao longo desses três anos, essa ocupação tem mostrado publicamente sua
capacidade de organização em projetos locais de educação, cultura,
formação de base, lideranças, cooperativas, tendo trazido notórias
mudanças tanto para os moradores do prédio, quanto para a comunidade
em torno.

Nós declaramos publicamente nosso apoio í s reivindicações do MSTC para
o edifí­cio Prestes Maia, e pedimos as autoridades competentes que com
urgência, revertam o quadro de reintegração de posse e despejo que
nesse momento ameaça o movimento. Pedimos também que o MSTC, assim
como toda a Frente de Luta por Moradia, sejam acolhidos em suas
propostas e projetos para o centro de São Paulo, no que diz respeito a
moradia, trabalho, educação e cultura.

Certos que seremos ouvidos em nosso apelo público, nessa lista assinam
abaixo pessoas fí­sicas, instituições e organizações formais ou
informais que endossam essa carta manifesto.