ergo sum ERGO


Vem vindo de longe um pensamento longo que todo mundo está pensando o tempo todo, e tem! Quem diria, hein? Oxalá isso aconteça, para a saúde da minha cabeça! Seja feliz, e escarneça dos santos sacramentos,

nem está batizado, e já bebe vinho.

A paisagem, maior que o sonho, padroeira das bestas feras, varada por uma flecha persa! Acocoroxar! Contamino tudo que conto com essa bôca cúmplice: culpas lavadas a lágrima, púrpura só se lava em sangue! Tusso, e vejo um eclipse. Presente, um prêso pronto se apresentando! Da alçada do coração, a laçada do pensamento, o laço!

. Nulo no ato. Ali. Não fôsse isso. Livre, o equilí­brio entre balanças vazias. De súbita presença fica uma certeza, uma dúvida a ficar: um mistério para variar, uma avaria só para constar. Quero durar; eu hei de haver.

Eis-me sendo: sou-o.

Libera um ser fora do tempo, contando para ninguém, consigo. Pode ser heresia, doença ou efeito das circunstâncias controversas que ora atravesso. O alvitre, livre. E, onde, agora, aquêle lugar? Aqui, nunca. Tem alguém por aí­ dizendo o que eu ando falando, respondão, senhor dos ecos e dos gestos! Extinção da vontade do eu, eco no apagar da vela, extinção do eu na extensão do mesmo, atenção para nada de si.

Não, êsse pensamento recuso, refuto e repilo! Constato crescerem em mim, contra o degas e em prol dessa joça. Você sabe de que está falando? Não? Estranho proceder!

Nada aqui onde apóies pensar, não é casa da sogra essa falta de estátuas nas tumbas, sarcófagos nos palácios, epitáfios nos obeliscos, triunfos nos arcos, estirpes nos nomes.

Fico feito um sí­sifo deixando insatisfeitas as voltas automáticas das hipóteses. Coordenadas em ordem, a própria, entregue í  própria sorte. A linha é o menor ponto entre dois caminhos: a bom, a meia, a mais ou menos uma. Ã?Å ste pensar permanente prossegue pesando no presente momento. Artiksewski me tirará pelo coração a tempo da via das minhas dúvidas. Unhas e lentes dum mecanismo de passarinhos operam desde milagres até metamorfoses. Omito.

Uma lei vai vigorar aqui. A lei é esta: assim não vale. A lei é estável. Qual o nome da lei? Um nome bem natural, a lei da máxima é múltipla. Faça o que te apetece, falte quando te fazem falta! Assim não vale. Ali está aquilo.

Afastamento dos fatos, isolamento silencioso. Aqui é isso. Isso sai por uma porta e entra por outra, isso é uma raridade no dia de hoje. Uma coisa rara é coisa notável. Isso houve hoje. Um olhar de Janus aboliu a atualidade. Cara e coroa, cara e máscara. Aquilo está feito. Algo não andou bem. Houve um negócio. O próprio. Uma manifestação monstro adentrou-se nas dobras do terreno e concentrou-se no óbvio. Passa o tempo, o monstro não se mostra, que demora para uma demonstração.

Queriam colocar-me aí­.
Quero ficar aqui, me respeitem. Eu assumo várias formas, ou arrumo vários casos. Caí­ em mim e nos que me equivocam, arranjem um outro eu mesmo que eu não dou mais para ser o próprio.

Ã?Å le mesmo reconhecendo isso, foi levado a efeito. Isso não serve, temos que apresentar exemplos. Acostume-se com isto. Conosco, conosco,

ei-lo

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