Agosto, manhã de quarta, dia 24 em 2005.

Amanheceu assim: o céu ao sul em sombras
(enquanto o sol de sua casa vinha)
E logo em chuva espessa se transforma.
Vertido em águas
Sobre os tetos e caminhos
Vem aos homens, o céu,
Que nunca o alcançam.

Noite de quarta-feira, dia 24 em 2005.

Levada
Em enxurrada,
Pela serra abaixo vou
Até o mar
E fico.

Ficar olhando o mar,
Sorrir pras suas ondas que sorriem,
Dentes alvos.
Boca/mar
Com o seu canto/espuma
Chamando-me
à sua vastidão salgada,
A outras ífricas além.
Perder-se-me quero

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