Agosto

2005/dia 17- noite

Dilata-se o ar espaço que agora ouço:

Visí­vel é a voz de um cão ao longe.
Dilata-se inda mais e treme
Aos sons que perfazendo o aproximar
Estendem-se e audivelmente se extinguem longe.
Os guturais motores dos passantes carros
Inocentemente
Desenhando em meus ouvidos
O espaço em que se movem
Ressoando superfí­cies.

Aparente inextinguí­vel nada,
Infinito espaço que só reconheço
Pelo que o habita:
Coisas sólidas ou vaporosas,
Luzes e escuridões,
Sonidos e o mais profundo surdo nada.

Em algum lugar
Talvez
No infinito universo
Um não lugar.

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