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rizoma

Em botânica, chama-se rizoma a um tipo de caule que algumas plantas possuem. Ele cresce horizontalmente, geralmente subterrâneo , mas podendo também ter porções aéreas.

Os rizomas são importantes como órgãos de reprodução vegetativa ou assexuada de diversas plantas

Segundo Deleuze e Guattari: um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança, unicamente aliança.
Neste modelo epistemológico, a organização dos elementos não segue linhas de subordinação hierárquica – com uma base ou raí­z dando origem a múltilos ramos -, mas, pelo contrário, qualquer elemento pode afetar ou incidir em qualquer outro. Em um modelo arbóreo de organização do conhecimento – como as taxionomias e classificações das ciências – o que é afirmado dos elementos de maior ní­vel é necessariamente verdadeiro também para os elementos subordinados, mas o contrário não é válido; já em um modelo rizomático, qualquer afirmação que incida sobre algum elemento poderá também incidir sobre outros elementos da estrutura, sem importar sua posição recí­proca. O rizoma carece, portanto, de centro.

O modelo rizomático presta-se para mostrar que a estrutura convencional das disciplinas epistemológicas não reflete simplesmente a estrutra da natureza, mas sim que é um resultado da distribuição de poder e autoridade no corpo social . Não se trata da apresentação de um modelo que represente melhor a realidade , mas sim da noção, oriunda do anti-fundacionalismo, de que os modelos são ferramentas pragmáticas, e não ontológicas. A organização rizomática do conhecimento é um método para resistir a um modelo hierárquico que reflete, na epistemologia, uma estrutura social opressiva.

o rizoma da botânica, que tanto pode funcionar como raí­z, talo ou ramo, independente de sua localização na figura da planta, serve para exemplificar um sistema epistemológico onde não há raí­zes – ou seja, proposições ou afirmações mais fundamentais do que outras – que ramifiquem-se segundo dicotomias estritas. Deleuze e Guattari sustentam o que, na tradição anglo-saxã da filosofia da ciência, costumou-se chamar de anti-fundacionalismo (ou anti-fundamentalismo, ou, ainda, anti-fundacionismo): a estrutura do conhecimento não deriva, por meios lógicos, de um conjunto de princí­pios primeiros, mas sim elabora-se simultaneamente a partir de todos os pontos sob a influência de diferentes observações e conceitualizações.

Isto não implica em que uma estrutura rizomática seja necessariamente flexí­vel ou instável, porém exije que qualquer modelo de ordem possa ser modificado: existem, no rizoma, linhas de solidez e organização fixadas por grupos ou conjuntos de conceitos afins. Tais conjuntos definem territórios relativamente estáveis dentro do rizoma.

Mensagem de fim de ano:
“Capitalismo e esquizofrenia”

Rizoma
“Um platô está sempre no meio, nem iní­cio nem fim. Um rizoma é feito de platôs.” (DELEUZE e GUATARRI, 2004: 33)

Um rizoma é uma segunda espécie de conjunto de linhas. Um primeiro conjunto de linhas é aquele no qual uma linha é subordinada ao ponto, í  verticalidade e horizontalidade, que estria o espaço, faz um contorno, submete multiplicidades variáveis ao Uno, ao Todo de uma dimensão suplementar ou suplementária. As linhas deste tipo são as linhas molares, e formam sistemas binários, arborescentes, circulares e segmentários .

Um rizoma é totalmente diferente deste primeiro tipo de linhas, o rizoma não é exato, mas um conjunto de elementos vagos, nômades, de maltas e não de classes: “Do ponto de vista do pathos, é a psicose e sobretudo a esquizofrenia que exprimem estas multiplicidades.” (DELEUZE e GUATARRI, 1997: 221) É oportuno enumerar agora algumas caracterí­sticas aproximativas do rizoma, para, posteriormente pensarmos esse conceito numa perspectiva mais ampla.
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo09c.htm

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