Estudos para um naufrágio lunar compartilhado

primeiros estudos para o projeto “Esqueci todo esse conhecimento”. Apenas o primeiro diapasão.

(baseado em estudos de violão de Octavio Camargo e estudos para Toscolino de Glerm Soares)

I) Rito da Caverna


Dentro daquela caverna chamava a atenção o fato
De que rabiscos com sangue de porco do mato
Descreviam órbitas em antenas de latão

Nômades sem Satélite…

Um ábaco de barro
e válvulas de carvão
calculava em estalos e faí­scas
O risco da reinvenção

Eis que aproxima-se então
Um ser SEM corpo fechado
Com as tripas saltitando
em Ditongos sincronizando
Suas 3 cordas vocais
pendurados num banjo de bambu

Pousado sobre as tarrachas um urubu
Com cabeça de Uirapuru
Saiu logo latindo, miando e grousnando mais que pí­fano de Caruaru

Na fronte a marca do velho mundo:
‘Processador Turing’s Bite”.

Da sua testa projetou-se um holograma
A imagem da sepultura de um velho bhrama
O amistoso e sorumbático epitáfio:
“Nem tente, fio”.

e Gritou gutural:
– “A dor que deveras mente
apagarei de sua memória!
Junto com toda História
Numerais e Alfabetos
e renascerás entre Naufrágos!”

#shutdown -r now!

(continua…)

Descartografando Cartesanatos: Jardins de Volts e/ou Desafiatlux

descartografando

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É um dos primeiros objetos relacionais concretizados e assumidos da tempestade cerebral que tem acontecido neste periodo de experimentação no conSerto Interfaces. Representação pictórica de uma espécie de mapa cerebral, trouxe algumas das sugestões e direções que emergiram na busca pela idéia do que seriam estes “novos rituais”.

A partir da urgência de sí­ntese, surge o contraponto de forma entre o tal colapso da informação total, que hoje vivemos em sua plenitude com as redes informacionais. Aqui nos aparecem cristalizadas numa percepção descendente da percepção de um sujeito pós-histórico no limbo joyceano da prosa-poema polifônica versus o sujeito instantâneo da busca atemporal zen de formas como o haikai e outros retumbantes epitáfios.

Curioso perceber que o haikai tenta definir 3 eixos, assim como a base da matemática dos números reais, dos chamados eixos cartesianos. O surto pictórico é em função de buscar o ponto de fuga para além da tridimensionalidade: não apenas um quarto eixo, mas uma quarta dimensão, trazendo novos planos por derivação de novos conjuntos, onde o eixo da relatividade de Einstein do objeto tridimensional observador da função do tempo é apenas um metáfora do universo de conjuntos de números complexos. Salta aos olhos: Reapropriação da ciência como arte. Discussão do Espectro Eletromagnético como espaço para trânsito autônomo de idéias.

Imaginemos então o ponto de fuga como um dado real. Cantar um mundo pós-digital, pós-industrial, onde todo esse lixo descartado pelo consumo poderia tornar-se semente de um mundo mais consciente da própria presença e ação no espaço do aqui-agora. Tomemos então em tal representação pictórica como um “ponto de fuga” como aquele que na composição, define o vetor que simultaneamente gera e é gerado pela “pira-faí­sca” do dito compositor.

Neste ponto encontramos o “compositor” oferecendo sua alma para um ritual que traz algumas ações diretas pautadas por uma metareciclagem daquele refugo de onde a ciência não serviu ao conformismo da linha de produção. Ali este “compositor” divide-se no tal termo “imaginário” (no sentido que encontramos na matemática). Dois números imaginários divididos entre si resultam em um número real.

Novos instrumentos eletroacústicos, agora independentes de uma produção em série e industrializada, alimentados pela energia elétrica direta da natureza. Um toscolão (metade violão, metade destroços de uma apocaliptica era digital) alimentado por uma bateria de limões, que ritualisticamente tornam-se logo em seguida combustí­vel para bebidas a serem consumidas nestes jogos não-competitivos de roda.

Televisão analógica descartada do seio de conví­vio da sala de estar letárgica da famí­lia nuclear, agora servindo de instrumento musical em conexão direta com outros subsistemas de recombinação inteligente do que queremos conectar em saltos quânticos pelas redes de informação total. E na base destas redes, kernels (núcleos de software-hardware) ideológicos. Poemas distribuí­dos em códigos abertos de sistemas operacionais livres. Inscrições em circuitos ideológicos, strictu sensu.

E das faí­scas geradas: novas piras em seu sentido grego, retornando a uma semântica primata, em seu sentido primal. O fogo transitando entre espaços, alimentando novos rituais. Libertado o Prometeu acorrentado, construindo satélites com sucata, agora voando de aldeia em aldeia, voando e bebendo com os corvos, espalhando a combustão.

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A confusão das línguas não deixa margem para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as esperanças de todos nós






 
 

a justa razão aqui delira
leminski – fragmento do catatau
pg 34 ed. sulina

leitura eletrônica em inglês – catataulido.ogg

1.jpg

“Preserva-se do real numa turris ebúrnea; o real
vem aí, o real está para

> chegar, eis o advento! Vrijburg defende-se,

se defendam vrijburgueses

> o cerco aperta, alerta, alarde, alarme, atalaia!
Todo o tiro é susto

, Todo > fumo – espanto, todo
cuidado – 



pouco caso

.
Vem nos negros dos quilombos,
> nas
> naus dos carcamanos,
na cara destes bichos:
basiliscos brasilicos queimam a
> cana, entre as chamas passando pendôes.

Cairás, torre de
Vrijburg

, de
> grande
> ruína.
Passeio entre cobras e es-
corpiões meu calcanhar de Aquino,
caminhar > de

Aq

uiles.

E essa torre da Babel do orgulho de Marcgravf e Spix,

pedra
> sobre pedra não ficará,
o mato virá sobre a pedra
e a pedra a espera da
> treva fica podre e vira hera a
pedra que era…

A confusão das línguas não
> deixa
margem
para o rio das dúvidas banhar a ouro e verde as
esperanças dos
> planos de todos nós:
as tábuas de eclipses de
Marcgravf não entram em
> acordo > com as de
Grauswinkel;
Japikse pensa que é macaco o aí que
Rovlox diz fruto
> dos coitos danados de
toupinamboults e tamanduás
;
Grauswinkel, perito nas
> manhas dos corpos celestes, nas manchas do sol e
outras raridades urânicas
>

é um lunático

;
Spix, cabeça de selva, onde uma

aiurupara
e

stá
pousada em cada
> embuayembo, uma aiurucuruca, um aiurucurau, uma
aiurucatinga, um tuim, uma
> tuipara, uma tuitirica, uma arara, uma
araracá, uma araracã, um araracanga,
> uma araraúna, em cada galho do
catálogo de caapomonga, caetimay, taioia,
> ibabiraba, ibiraobi! Viveiro? Isso está
tudo morto!

Por eles, as árvores
> nasciam com o nome em latim na casca, os animais
com o nome na testa dentro
> da moda que a besta do apocalipse lançou
com uma dízima periódica por
> diadema,
cada homem já nascia escrito em peito

o epitáfio,

os
frutos
brotariam
com o receituário
de suas propriedades,
virtudes e contraindicações.
> Esse é emético, esse
é diurético, esse é
antisséptico,
> laxante, dispéptico, adstringente

, isso é letal.”


Orquestra Organismo no e_squina

oi amigos, tamos essa semana ali no sesc da esquina com alguns instrumentos que estamos construindo e prontos pra fazer um som com vocês (ou pra construir + instrumentos)

cheguem lá das 18 até 20hs qqer dia dessa semana (de 25 a 28 de setembro)

Endereço:. Rua Visconde do Rio Branco, 969

apareçam e levem amigos, a entrada é franca

abraço

glerm

Descartógrafos!

Excelente video da Vasssssss com a mais pura descartografia e suas novas bases:

– “Máscara Libertária” –
(RB, VvVanderlyne e Vitoriamario)

A galera vai no cinismo
Mas restam Bases
Para Novas Bases
Da personalidade

áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!
áDESCARTOGRíFOS!

electrio

electrio.jpg
This is the THE THEREMIN ELECTRO-ENSEMBLE later called THE
ELECTRIO circa 1932. The thereminist on the left is Leon Theremin’s assistant, Julius Goldberg, playing his RCA theremin with the customized “lightning bolt” art deco, brass nickel chrome antennas. The musician seated in the center of the photo playing the “theremin cello” is the late Leonid Bolotine with whom I studied in New York City in the mid 1960’s. Pianist Gleb Yellin is on the right playing a theremin keyboard. In 1932, the ensemble could be heard on the radio every Monday afternoon at 2:15 over the Columbia Network, KMBC. The picture was taken in the broadcast studio and is from the collection of thereminist David McCornack.

theremin

Here is the Goldberg theremin as it is today, after restoration. It has a new set of hardwood legs, a mahogany finish and a new, nickel plated brass “lightning bolt” pitch antenna made by a master metal worker to match the original. Julius Goldberg was quite a showman and while the distinctive antennas may look striking on stage, the pitch antenna is not practical for precision playing because the configuration of the electromagnetic field emanating from it is as irregular and jagged as the antenna itself. When I record with the instrument, I replace the “lightning bolt” with the standard RCA rod that came with the theremin. The Julius Goldberg RCA theremin can be heard on two cuts from my theremin recording, MANY VOICES.

A close-up of the front of the theremin shows the brass PITCH and VOLUME escutcheons that were part of the 1929 RCA theremin design.

The open cabinet doors reveal the replacement power transformer (the black box in the lower right section of the cabinet). The original RCA transformer blew up on the day of one of John Snyder’s concerts. John was lucky to find an expert who managed to replace it just in time for the performance. Other than the transformer, and one or two small additions made by Julius Goldberg himself, the theremin is entirely original.

As vintage theremins age, their capacitance degenerates as the plates on the old fashioned “trimming condensers” (the three white cards just below the vacuum tubes) begin to wear. This degeneration causes the theremin to lose its high notes. It can be easily corrected by the addition of a few pico farads of capacitance across the circuit. Exactly how much to add must be determined by trial and error. In the photo above, you can see the “alligator clips” that I have added to the trimming condensers to facilitate experimentation.

This is the back of the Julius Goldberg RCA theremin before restoration, legless, and sitting on a low table. People sometimes ask why so many vintage theremins had their legs cut off. If you want to know the answer to this question, just try and get one into the back seat of your car. At some point in the Goldberg theremin’s history, probably in the “Hippy Era” of the late 1960’s, it had been painted a sickly green colour in order to contemporize it. When I acquired the theremin, its previous owner, John Snyder, had stripped off the green paint but had never refinished the cabinet.

Julius Goldberg “kid proofed” his theremin, perhaps following the birth of his children. He added a lock and key to the cabinet doors in order to keep little hands from getting big electric shocks while poking around inside the cabinet. When I restored this instrument, I asked a number of fellow thereminists if they thought I should replace the victorian ormolu fixtures with original vintage RCA doorknobs and everyone felt I should leave them, since they are a part of the instrument’s history.

Although the RCA theremin was originally a mass produced, factory made instrument, they do not all sound the same. Over time, the slow degrading of parts, the addition of different elements, replacements, etc., have contributed to the distinctive voices of these electronic treasures. In a way, this process could be compared to the changes that take place in acoustic instruments as wood, glue and varnish begin to undergo certain natural transformations and repairs and restorations are made sometimes over several centuries.

I affectionately call this theremin “Goldie”. Her voice is exceptionally bright and clear which, to my ears, makes her sound particularly appropriate for certain types of music. If you would like to hear a sample of this sound, click on the link below. This is “Goldie” singing the opening section of Orpheus’ lament, CHE FARO SENZ’ EURIDICE from ORFEO by the Austrian composer, C. W. Gluck (1714 – 1787). This is a short excerpt from the entire piece which can be heard on MANY VOICES.