BEAB� de Waldemar Cordeiro 1968

beaba

Este programa foi concebido como um primeiro passo para gerar “palavras” ao acaso. A forma mais simples de gerar “palavras” ao acaso, seria sortear conjuntos de letras de vários comprimentos (por ex., conjuntos de cinco letras). Os conjuntos gerados teriam pouca semelhança com palavras de uma lí­ngua, se bem que, por acaso algumas das “palavras” geradas poderiam existir. Para gerar “palavras” com sonoridade semelhante í  de uma determinada lí­ngua, devemos descobrir algumas de suas regras caracterí­sticas . No caso do português, definimos as seguintes regras para nossas primeiras tentativas:

a) As “palavras” teriam seis (6) letras .

b) As “palavras” alternariam vogais (v) e consoantes (c).

c) As probabilidades da escolha dos conjuntos vc e cv deveriam refletir as probabilidades com que estes conjuntos aparecem na lí­ngua portuguesa.

Assim as palavras seriam do tipo cvcvcv ou vcvcvc.

Para atribuir as probabilidades, deveriamos fazer um estudo detalhado das probabilidades com que, por ex., os vários pares cv e vc (ou trí­ades cvc e vcv) aparecem na lí­ngua purtuguesa, particularmente nas palavras com seis letras. Por simplicidade, verificamos num dicionário quantas linhas eram usadas para palavras que se iniciavam com os pares ab, ac, ad ….az,….eb,ec,…..ub, uc,…..uz,ba,be,…..zu.

De posse dessas probabilidades, sorteamos, usando uma rotina de números ao pseudo-acaso, séries de números que foram usados para escolher trí­ades de pares cv e vc.

Os conjuntos mais comuns na lí­ngua portuguesa, como CA, BO, AL, ES etc., apareciam mais freqüentemente do que os conjuntos raros como ZU, UX etc.

Assim, algumas possí­veis palavras seriam por ex. CACETE, BOLADA, ACABAC etc. (não havia censura para possí­veis “palavrões”!).

As palavras geradas tinham uma sonoridade claramente semelhante í  sonoridade das palavras realmente existentes na lí­ngua portuguesa. Uma fração das “palavras” geradas existia realmente.

Posterirmente foi atribuido um número que indicava se a palavra era formada por conjuntos de alta ou baixa probabilidade de existir na lí­ngua portuguesa. Se verificou que se o número era grande (alta probabilidade), era de fato mais provável que a “palavra” realmente existia.

Foram realizadas algumas listagens de palavras e, por ocasião da Exposição de 1986 no MAC/USP, foi programado um micocomputador para reproduzir o “BEAB큔 e os visitantes podiam levar uma folha pessoal, com palavras geradas pelo micro, que era diferente de qualquer outra.

Waldemar Cordeiro / Giorgio Moscati, USP
Beabá, 1968
press out put, 10 páginas: 40 x 28 cm
cópia xerox
Coleção Famí­lia Cordeiro

DESAFIATLUX – O NASCIMENTO

Só para avisar que amanhã

SEGUNDA-FEIRA

DIA 15 DE AGOSTO DE 2005

A PARTIR DAS 19h00

DESAFIATLUX – RITUAL DE NASCIMENTO DO ORGANISMO.

COMPAREÇA!

LOCAL: SESC DA ESQUINA – 2ú ANDAR – GALERIA DO SESC – Curitiba

Encontro DESAFIATLUX no Sábado

Como já está chegando e alguns solicitaram, marcamos uma reunião no ESTÃ?â?¢DIO Matema

A reunião tem o propósito de definirmos as ações a serem feitas no Sesc

Sábado 06/08/05 a partir das 15:33

endereço:

Galeria Ritz, 2ú Andar – sala 207 ao lado da porta preta.

Centro – Curitiba

Lucio: 32746756 – 91812921
Glerm: 32281074 – 99889285

Confirmem a presença

Declaração dos direitos vitoriamario

vitoriamario

A indústria do espetáculo e da ordem imaterial me deve dinheiro. Não vou fazer acordos com ela até eu ter o que me é devido. Por todas as vezes em que apareci na TV, no cinema ou no rádio, como transeunte casual ou como elemento da paisagem, e minha imagem nunca foi paga; por todas as vezes em que meus rastros, inscrições, grafites, fotografias, disposição de objetos no espaço (como em acidentes catastróficos ou espetaculares, atos de vandalismo, fraudes imobiliárias etc.) foram utilizados sem o meu conhecimento em shows e telejornais; por todas as palavras e expressões de impacto comunicativo que eu criei nos bares da periferia, nas praças, nos muros, nos centros sociais, que passaram a ser siglas de programas, poderosos slogans publicitários ou nomes de sorvetes embalados, sem eu ver um tostão; por todas as vezes nas quais meu nome e dados pessoais foram colocados para trabalhar de graça dentro de cálculos estatí­sticos, para adequar í  demanda, definir estratégias de marketing, aumentar a produtividade de empresas que não poderiam me ser mais alheias; pela publicidade que faço continuamente usando camisetas, mochilas, meias, casacos, sungas toalhas com marcas e slogans comerciais, sem que meu corpo receba uma remuneração como outdoor publicitário; por tudo isso, e muito mais ainda, a indústria do espetáculo integrado me deve dinheiro! que seria difí­cil calcular singularmente o quanto me devem. Mas isso não é de jeito nenhum necessário, pois eu sou Vitóriamário, o múltiplo e multí­plice. E tudo que a indústria do espetáculo me deve, deve aos muitos que eu sou, e me deve porque eu sou muitos. Nesse sentido, podemos fechar um acordo para uma remuneração por empreitada geral. Vocês não terão paz até eu ter dinheiro! MUITO DINHEIRO PORQUE EU SOU MUITOS. RENDA DE CIDADANIA PARA VITÂRIAMàRIO!!!

Desafiatlux URGENTE

Quebrado o Jejum, vem o determinismo Desafiatlux:

1- Preciso COM MíXIMA URGÃ?Å NCIA saber o que cada um vai desenvolver no Desafiatlux, em que dia especificamente dos que seguem abaixo, pois gostaria de organizar melhor as ações dos dias e impedir que uma ação entre em conflito com outra. (algo como um “roteiro”)

2- Preciso também que me mandem uma lista dos materiais que cada um vai precisar, tenho que preparar isso até no máximo terça-feira (02 de agosto) enviar para o Sesc e ver o que eles vão disponibilizar, caso contrário cada um terá que se responsabilizar pelo seu próprio material.

Agenda

15/08 – segunda – abertura da exposição – nascimento do ORGANISMO (ritual da pulsão de vida)

Video sobre a gênese do ORGANISMO
Concerto celebração com Matema
Primeiras palavras de ORGANISMO
Produção do álbum de fotos do nascimento de ORGANISMO
Ritual de conexão do ORGANISMO no “pleroma da sociedade”
Depoimentos

19/08 – sexta – batismo na instituição ARTE. (religião – rumo – crença – psiquê)

Missa-celebração de batismo de ORGANISMO na ARTE – Sincretismo de diversas missas e anti-missas. O estádio do espelho
Ferro de batismo, água benta, etc.
Invocações, promessas e oferendas

26/08 – sexta – perda da virgindade (sexo – sexualização – gênero – escolha)

Interação para acoplamento de “armas fálicas” do ORGANISMO
Interação para acoplamento de “úteros” do ORGANISMO
Obras, discursos e desconstruções sobre gênero e escolha
O anti-édipo
Sala para coleta de esperma (com freezer e cabine)
Rituais de acasalamento e troca de genes: primeiro convite a alguma continuidade fora do espaço do Sesc

02/09 – sexta – formatura (mercado – globalização – indústria)

Ação direta simultânea em cidades diferentes em Outdoors e Webdoors
Criação de manifestos sobre “papel do artista” em “mercado”
Ativismo e lucro
MenSALÃO de arte polí­tica. Exposição de cartuns polí­ticos
Apresentação do happening “A Incrí­vel Máquina de Fazer Moedas”
Saí­da para as ruas para colagem de stickers e intervenções urbanas

09/09 – sexta – casamento (aliança de clãs – patriarcado/matriarcado – estruturalismo e parentesco)

Ações com trocas e permutações de indí­viduos
Filmes sobre encontros de “deriva” entre pessoas desconhecidas
Ritual de conexão do Organismo com algum outro ORGANISMO localizado e criado externamente ao espaço da mostra
Trabalho sobre a genealogia destes fluxos de coletividade

16/09 – sexta – reprodução (destino – impotência sobre o outro – responsabilidade)

Ritos de popularização do mito ORGANISMO pela cidade
Banalização e profanação do seu nome em manifesto
Criação e discussão de uma problemática sobre a identidade ORGANISMO e os futuros avatares
Festas simultanêas em locais distintos

22/09 – quinta – miniauditório – Teatro Guaí­ra – 21h00

Ação Secreta, Hackeando ORGANISMO

23/09 – sexta – julgamento (inscrição na história – visão do outro – espetacularização do mito)

Ritual Tribunal de Júri sobre o papel de ORGANISMO na arte contemporãnea
Julgamento sobre a ação de ORGANISMO
Iní­cio da semana de aplicação da pena
Jejum
Inscrição histórica do processo

30/09 – sexta – morte (desmonte – desmanche – inscrição no inconsciente coletivo)

Desafiatlux
Desmonte do projeto
Ritual de celebração em jam aberta
Registro final do “desencarnar” – ritual de Páscoa
Intervenções artí­sticas nos cemitérios da cidade

Pra quem ainda não sabe direito o que está acontecendo :
http://hackeandocatatau.arquiviagem.net/?p=77

Sistema de arte ou sistemas de arte?

sesc

Sistema de arte ou sistemas de arte?

Existe o sistemão e me parece que tudo que surge de novo fora dele gera um novo sistema… Outrora, seriam movimentos, hoje vejo-os como sistemas. Sim e não, ainda não tenho certeza disso, mas uma coisa me parece certa – se tentarmos arrolar todos os tipos de trabalhos e ações artí­sticas veremos que desde as mais antigas formas de nosso mercado, as galerias, í s intermediárias, as instituições, até as mais novas, que lidam com processos abertos, polí­tica, intervenções no espaço público – encontra-se um ponto comum: a nossa total inabilidade para lidar e criar no contexto econômico-financeiro. Seja para lidar com sistemas já existentes e/ou ultrapassados ou para criar novas formas de conduta, nos colocamos sempre fora, como se o contexto econômico não fosse polí­tico e como se o pensar e criticar (n)essa esfera não pudesse ser matéria de nosso trabalho. Essa questão é imensa e mexe desde com o próprio sentido do trabalho até com a herança histórica do mecenato e das nossas relações com o poder.

O artista de galeria hoje não assina contrato, não tem controle sobre o preço final de sua obra e vê a mais-valia de seu trabalho bancando a inépcia dos galeristas em lidar com novas formas de comércio de arte na contemporaneidade.

O artista de instituição não recebe pelo seu trabalho e muitas vezes paga para ver o seu trabalho devidamente montado e iluminado. Eventualmente, recebem em forma de escambo alguns produtos como textos, catálogos, convites. Recebimento integral e em espécie, que cubra a execução da obra e cachê, é rarí­ssimo!

O artista que lida com outras formas de atuação geralmente pratica uma mescla de várias coisas, enquanto segue o seu processo e busca novas respostas para velhas perguntas: Como produzir livremente? Algum dia fomos livres para produzir? Algum ser humano é incondicionalmente livre?

Alguns de nós ainda criam produtos. Os produtos mudaram, mas o mercado os engessam perseguindo ainda a tal aura do objeto único, insistindo em tiragens mí­nimas, que não mais se relacionam com o processo e limitação do suporte, mas apenas com a demanda do mercado. Outros prestam serviços, mas não são agenciados e nem remunerados devidamente. Existe uma total confusão temporal atingindo o nosso mercado de trabalho e nunca nos detemos para analisar suas causas e conseqüências.

Como exemplo de uma tentativa de remuneração por serviço, temos o Canal Contemporâneo, cujo processo já leva quatro anos e meio; sua cobrança de assinaturas, que funciona como uma espécie de vaquinha entre a comunidade para promover a sua autosustentabilidade, ainda não é capaz, depois de três anos em vigor, de gerar sua auto-suficiência. Ou seja, aquilo que ele oferece a sua comunidade não é suficiente para gerar sua independência financeira e, para seduzir outras contribuições, seria necessário oferecer mais. Para oferecer mais, é preciso mais recursos para investir nessa demanda. Aí­ entram as parcerias com instituições e patrocinadores… Faz parte do processo, certo, mas como entrar em contato com outras esferas do sistema sem prejudicar a substância do trabalho?

Tenho pesadelos ao pensar na situação atual do PT, que, como partido, pretendia obter os seus recursos de campanha na própria coletividade, através das contribuições vindas de seus integrantes. Em que momento isso mudou? Em que momento o crescimento do partido gerou uma demanda maior do que a que a sua própria coletividade podia bancar?

Enfim, pensar o nosso contexto com o ruí­do dos acontecimentos nacionais, pensar micro e macro cruzando todas as experiências e resultados, não é mole, não…

Abraços,
Patricia Canetti

chat 25/07/2005

Last Message 2 minutes ago

* lucio de araujo : tava no posto, tirei umas fotos e desloquei uma cadeira que na verdade é um posto
* lucio de araujo : dae
* guest_7624 : já que seu telefone não tá ligado Glerminho, vou deixar pra encontrar vcs outro dia ;-(
* guest_7624 : vcs ainda estão por aí­? voltei da aula agora e acabei de passar no posto e não tinha ninguém
* organismo : blz
* glerm : falou… lucio, vamos combinar de deixar seu computador na minha casa esta semana pra eu tentar fazer a placa de ví­deo funcionar
* organismo : ok valeu, melhoras ai
* glerm : blargh to podre. vo nessa
* organismo : blz
* glerm : vou tentar colocá-lo daqui a poco
* organismo : ok
* glerm : é que eu não to com o meu computador aqui agora. ele ta fora da net
* glerm : í«linkí»
* glerm : decobri este esquema: í«linkí»
* organismo : mando por email
* glerm : mas ja passei pra ogg
* glerm : nao da agora
* glerm : parece um filme
* organismo : da pra manda um trexo agora (interr)
* glerm : eu escutei tudo, 1:40
* glerm : é muito masssa a espacialização dos dois microfones em stereo
* glerm : ficou ótimo
* glerm : a do nascimento, da ultima quarta
* organismo : qual delas
* glerm : fiquei ouvindo ontem a gravação
* organismo : boa
* glerm : 16/09 – sexta – reprodução (destino – impotência sobre o outro – responsabilidade) Ritos de popularização do mito ORGANISMO pela cidade Banalização e profanação do seu nome em manifesto Criação e discussão de uma problemática sobre a identidade ORGANISMO e os futuros avatares Festas simultanêas em locais distintos
* organismo : por mim tudo bem (octavio)
* glerm : ces vão no posto?
* glerm : ok
* organismo : ok (interrogaçao)
* organismo : o rafael volta na quarta das 18 as 19 e 30
* organismo : ecumeniada 19 de agosto de 2005
* organismo : outra coisa que ta rolando e a proposta do octavio de fala sacra no dia do batismo
* glerm : du caralho isso

ASPAS

O Em-si

Segundo a fenomenologia e o existencialismo, o mundo é povoado de seres Em-si. Podemos entender um Em-si como qualquer objeto existente no mundo e que possui uma essência definida. Uma caneta, por exemplo, é um objeto criado para suprir uma necessidade: a escrita. Para criá-lo, parte-se de uma ideia que é concretizada e o objecto construí­do enquadra-se nessa essência prévia. Um ser Em-si não tem potencialidades nem consciência de si ou do mundo. Ele apenas é. Os objectos do mundo apresentam-se í  consciência humana através das suas manifestações fí­sicas (fenómenos ).

O Para-si

A consciência humana é um tipo diferente de ser, por possuir conhecimento a seu próprio respeito e a respeito do mundo. É uma forma diferente de ser, chamada Para-si. É o Para-si que faz as relações temporais e funcionais entre os seres Em-si e ao fazer isso constrói um sentido para o mundo em que vive. O Para-si não tem uma essência definida. Ele não é resultado de uma idéia pré-existente. Como o existencialismo sartriano é ateu, ele não admite a existência de um criador que tenha predeterminado a essência e os fins de cada pessoa. É preciso que o Para-si exista e durante essa existência ele define, a cada momento o que é sua essência. Cada pessoa só tem como essência imutável, aquilo que já viveu. Posso saber que o que fui se definiu por algumas caracterí­sticas ou qualidades, bem como pelos atos que já realizei, mas tenho a liberdade de mudar minha vida deste momento em diante. Nada me compele a manter esta essência, que só é conhecida em retrospecto. Podemos afirmar que meu ser passado é um Em-si, possui uma essência conhecida, mas essa essência não é predeterminada. Ela só existe no passado. Por isso se diz no existencialismo que “a existência precede e governa a essência”. Por esta mesma razão cada Para-si tem a liberdade de fazer de si o que quiser.

Relativo ao Carbono 14

Carbono 14

Calendário
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Para outros significados de Calendário, ver Calendário (desambiguação) .

Um calendário é um sistema de medida para longos perí­odos de tempo. Calendários geralmente definem unidades de espaço em termos de dias, com unidades maiores para múltiplos dias. Essas unidades recebem nomes ou números para facilitar a lembrança de eventos ou acontecimentos históricos e planejar eventos futuros. A palavra calendário é usada também para descrever o aparato fí­sico (geralmente de papel) para o uso do sistema (por exemplo, calendário de mesa), e também um conjunto particular de eventos planejados.

Um momento é um perí­odo muito curto de tempo (o quanto não importa, já que é menor que o menor perí­odo de tempo). Um dia é um conjunto de momentos; normalmente, um dia tem 24 horas. Uma data é um nome de um dia, de acordo com algumas convenções. Um calendário é uma convenção nominal de dias.

Praticamente todos os sistemas de calendário utilizam uma unidade coloquialmente chamada de “ano” que se aproxima do ano tropical da Terra (ou seja, o tempo que leva um completo ciclo de estações) para facilitar o planejamento de atividades agrí­colas. Muitos calendários também usam uma unidade de tempo chamada ” mês” baseado nas fases da Lua no céu; um calendário lunar é aquele no qual os dias são numerados dentro de cada ciclo de fases da Lua. Como o comprimento do mês lunar não se encaixa em um divisor exato dentro do ano tropical, um calendário puramente lunar rapidamente se perde dentro das estações. Os calendários lunares compensam isso adicionando um mês extra quando necessário para realinhar os meses com as estações.

No ocidente, o calendário juliano baseado em anos foi adotado. Ele numera os dias dentro dos meses, que são mais longos que o ciclo lunar, por isso não é conveniente para seguir as fases da Lua, mas faz um trabalho melhor seguindo as estações. Infelizmente, o ano tropical da Terra não é um múltiplo exato dos dias (é de aproximadamente 365,2422 dias), então lentamente cai fora de sincronia com as estações. Por essa razão, o calendário gregoriano foi adotado mais tarde na maior parte do ocidente. Por usar um sistema flexí­vel de ano bissexto, pode ser ajustado para fechar com as estações como desejado.

Calendários podem definir outras unidades de tempo, como a semana, para o propósito de planejar atividades regulares que não se encaixam facilmente com meses ou anos.

Calendários podem ser completos ou incompletos. Calendários completos oferecem um modo de nomear cada dia consecutivo, enquanto calendários incompletos não. O primeiro calendário romano — que não tinha tinha nenhum modo de designar os dias dos meses de inverno que não fosse agrupar todos juntos como “inverno” — é um exemplo de um calendário incompleto, enquanto o calendário gregoriano é um exemplo de calendário completo.

Calendários em uso na Terra são freqüentemente lunares, solares, luni-solares ou arbitrários. Um calendário lunar é sincronizado com o movimento da Lua; um exemplo disso é o calendário islâmico. Um calendário solar é sincronizado com o movimento do [[Sol]; um exemplo é o calendário persa . Um calendário luni-solar é sincronizado com ambos os movimentos do Sol e da Lua; um exemplo é o calendário hebraico. Um calendário abritrário não é sincronizado nem com o Sol nem com a Lua. Um exemplo disso é o calendário juliano usado por astrônomos. Há alguns calendários que parecem ser sincronizados com o movimento de Vênus, como o calendário egí­pcio; a sincronização com Vênus parece ocorrer principalmente em civilizações próximas ao equador.

Calendários podem ser pragmáticos, teóricos ou mistos. Um calendário pragmático é o que é baseado na observação; um exemplo é o calendário religioso islâmico. Um calendário teórico é aquele que é baseado em um conjunto estrito de regras; um exemplo é o calendário hebraico. Um calendário misto combinas ambos. Calendários mistos normalmente começam como calendários teóricos, mas são ajustados pragmaticamente quando algum tipo de assincronia se torna aparente; a mudança do calendário juliano para o calendário gregoriano é um exemplo, e o próprio calendário gregoriano pode ter que receber algum ajuste próximo ao ano 4000 (como foi proposto por G. Romme para o calendário revolucionário francês revisado). Houveram algumas propostas para a reforma do calendário, como o calendário mundial ou calendário perpétuo. As Nações Unidas consideraram a adoção de um calendário reformado por um tempo nos anos 50, mas essas propostas perderam muito de sua popularidade.

O calendário gregoriano, como um exemplo final, é completo, solar e misto.
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Sistemas de calendário

* Calendário asteca
* Calendário chinês
* Calendário egí­pcio
* Calendário gregoriano
* Calendário hebraico
* Calendário islâmico
* Calendário juliano
* Calendário maia
* Calendário romano
* Calendário solar
* Calendário lunar

Que legaaaalllll!!!

zumbibola

É preciso perceber que o seu hálito é ruim. E você ainda tem o hábito de falar muito próximo í s pessoas…. consulte um dentista ou pergunte com sinceridade í  alguma amigo ou amiga como é o seu hálito, e eles te dirão. Você leu numa revista que mascar um dente de alho pela manhã faz muito bem í  saúde, mas e os outros que são obrigado a sentir o cheiro de alho em sua boca o dia todo? Você gosta de sanduí­che de mortadela com guaraná sem gelo. Isso pode ser do seu gosto, mas a mortadela fermentando em seu estômago o faz arrotar azedo a tarde toda…

Você perdeu a noção do ridí­culo e pensa que é engraçado(a) o tempo todo. Faz piadinhas de todo mundo, ironiza com a roupa dos colegas, põe apelido no primeiro que passa í  sua frente. Todos riem e você pensa que é engraçado…. Muitas pessoas riem é “de vocꔝ e não das gracinhas que você faz. Aquela sua mania de contar piadas toda vez que chega perto de um grupo, saiba que muitas vezes é ridicularizada por todos. Você deixa de ser levado(a) a sério e fica conhecido como o(a) engraçadinho(a) de mau gosto e só!

Ah, e cuidado! Decididamente você não freqüentou uma pré-escola pois é incapaz de saber que pessoas educadas, no mí­nimo, pedem desculpas, dizem “por favor” e “obrigado” e além disso pedem licença ao passar ou ao interromper uma conversa. Você não! Você parece que saiu de uma estrebaria! Você é grosso(a) e não percebe. Você entra no meio das conversas sem pedir licença. Você passa na frente dos outros atropelando todo mundo como uma motoniveladora. Você pede as coisas sem dizer “por favor” e quando recebe parece nunca ter ouvido a palavra “obrigado” que da sua boca nunca foi ouvida. “Desculpe-me” então, jamais alguém ouvirá. Você não se subordina a essas “bobagens”….

Mais uma coisa. Você não se apercebe, mas as pessoas já colocaram em você o apelido de “gambᔝ! Você não usa desodorante; não lava suas roupas com a necessária freqüência. Você cheira a cigarro. Seu cabelo parece uma caixa ambulante de charutos! Não custa usar um perfume. Hoje existem lavandas que não são caras e que podem tirar aquele odor de corpo que o(a) caracteriza e que todos notam. As células olfativas se adaptam com muita rapidez e você não sente o próprio cheiro que todos abominam. Vivemos num paí­s tropical e nem sempre temos ar condicionado í  nossa disposição em todos os lugares. Assim, o suor é normal e quase sempre tem um cheiro não muito agradável. Pense nisso. Invista num bom desodorante e perca o medo de tomar um bom banho todos os dias…. Seus colegas de trabalho ficarão muito gratos!

Desculpe, mas eu sou seu amigo e tinha que dizer isso, pro seu próprio bem.

Inutensílio

Inutensí­lio – Paulo Leminski

A ditadura da utilidade
A burguesia criou um universo onde todo gesto tem que ser útil. Tudo tem que ter um para quê, desde que os mercadores, com a Revolução Mercantil, Francesa e Industrial, substituí­ram no poder aquela nobreza cultivadora de inúteis heráldicas, pompas não rentábeis e ostentosas cerimônias intransitivas. Parecia coisa de í­ndio. Ou de negro. O pragmatismo de empresários, vendedores e compradores, mete preço em cima de tudo. Porque tudo tem que dar lucro. Há trezentos anos, pelo menos, a ditadura da utilidade é unha e carne com o lucrocentrismo de toda essa nossa civilização. E o princí­pio da utilidade corrompe todos os setores da vida, nos fazendo crer que a própria vida tem que dar lucro. Vida é o dom dos deuses, para ser saboreada intensamente até que a Bomba de Nêutrons ou o vazamento da usina nuclear nos separe deste pedaço de carne pulsante, único bem de que temos certeza.

Além da utilidade
O amor. A amizade. O conví­vio. O júbilo do gol. A festa. A embriaguez. A poesia. A rebeldia. Os estados de graça. A possessão diabólica. A plenitude da carne. O orgasmo. Estas coisas não precisam de justificação nem de justificativas.
Todos sabemos que elas são a própria finalidade da vida. As únicas coisas grandes e boas, que pode nos dar esta passagem pela crosta deste terceiro planeta depois do Sol (alguém conhece coisa além- Cartas í  redação). Fazemos as coisas úteis para ter acesso a estes dons absolutos e finais. A luta do trabalhador por melhores condições de vida é, no fundo, luta pelo acesso a estes bens, brilhando além dos horizontes estreitos do útil, do prático e do lucro.
Coisas inúteis (ou “in-úteis”) são a própria finalidade da vida.
Vivemos num mundo contra a vida. A verdadeira vida. Que é feita de júbilo, liberdade e fulgor animal.
Cem mil anos-luz além da utilidade, que a mí­stica imigrante do trabalho cultiva em nós, flores perversas no jardim do diabo, nome que damos a todas as forças que nos afastam da nossa felicidade, enquanto eu ou enquanto tribo.
A poesia é u principio do prazer no uso da linguagem. E os poderes deste mundo não suportam o prazer. A sociedade industrial, centrada no trabalho servo-mecânico, dos USA í  URSS, compra, por salário, o potencial erótico das pessoas em troca de performances produtivas, numericamente calculáveis.
A função da poesia é a função do prazer na vida humana.
Quem quer que a poesia sirva para alguma coisa não ama a poesia. Ama outra coisa. Afinal, a arte só tem alcance prático em suas manifestações inferiores, na diluição da informação original. Os que exigem conteúdos querem que a poesia produza um lucro ideológico.
O lucro da poesia, quando verdadeira, é o surgimento de novos objetos no mundo. Objetos que signifiquem a capacidade da gente de produzir mundos novos. Uma capacidade in-útil. Além da utilidade.
Existe uma polí­tica na poesia que não se confunde com a polí­tica que vai na cabeça dos polí­ticos. Uma polí­tica mais complexa, mais rarefeita, uma luz polí­tica ultra-violeta ou infra-vermelha. Uma polí­tica profunda, que é crí­tica da própria polí­tica, enquanto modo limitado de ver a vida.

O indispensável in-útil
As pessoas sem imaginação estão sempre querendo que a arte sirva para alguma coisa. Servir. Prestar. O serviço militar. Dar lucro. Não enxergam que a arte (a poesia é arte) é a única chance que o homem tem de vivenciar a experiência de um mundo da liberdade, além da necessidade. As utopias, afinal de contas, são, sobretudo, obras de arte. E obras de arte são rebeldias.
A rebeldia é um bem absoluto. Sua manifestação na linguagem chamamos poesia, inestimável inutensí­lio.
As várias prosas do cotidiano e do(s) sistema(s) tentam domar a megera.
Mas ela sempre volta a incomodar.
Com o radical incômodo de urna coisa in-útil num mundo onde tudo tem que dar um lucro e ter um por quê.
Pra que por quê?

In ANSEIOS CRIPTICOS, Ed. Criar, Curitiba, PR, 1986, p. 58-60.

NOTA: Este ensaio foi acrescido ao final do ensaio ARTE IN-ÚTIL, ARTE LIVRE? e publicado com pequenas modificações sob o tí­tulo A ARTE E OUTROS INUTENSíLIOS no jornal Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, p. 92, 18/10/1986, e apresentado como primeira aula do curso POESIA 5 LIÇÃ?â?¢ES ministrado por Leminski na Fundação Armando ílvares Penteado, em São Paulo em 20/10/1986.

http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/kamiquase/nindex.htm

chat 190705

Last Message 2 hours, 1 minute ago

* occam : chuá
* glerm : falou flow
* glerm : flw
* occam : z
* occam : l
* occam : b
* glerm : vou mostrar o orquestra olho pra vcs
* occam : blz
* occam : blz
* glerm : blz amanhã 20 hs
* glerm : logica: c > copy n > new v > paste (quaqua)
* occam : gelerm to indjo
* glerm : :
* occam : sure
* glerm : gica
* glerm : tem lo
* glerm : sim
* glerm : deu certo?
* occam : obvio, claro e cristalino
* glerm : para salvar o selecionado falça o seguinte: control c depois control n depois control v
* occam : eu também
* occam : eu também
* occam : eu também
* occam : eu também
* occam : eu vou com certeza
* occam : tamo ligados
* glerm : amanhã 20 hs
* glerm : ces tem que aparecer
* glerm : voces tão ligados que eu to marcando gravação e ação pra amanhã no matema?
* occam : como salvar em arquivo exclusivo somente o que foi selecionado?
* occam : tem que fuçar um pouco em cada um
* occam : rolou conseguimos localizar
* glerm : deu certo o efeito?
* glerm : alooooooooo
* glerm : e escolha um efeito

Ã?ndios do Brasil – onça mandou contar

EM FOCO: uma importante cerimônia dos í­ndios araras, centrada num poste, erigido no pátio, em cujo topo, até tempos recentes, se punha o crânio de um inimigo, hoje substituí­do por uma bola de lama. Só isso já desperta a atenção do leitor, pois, vivendo os araras sobre o divisor que separa as águas que correm para o Iriri, afluente do Xingu, das que descem diretamente para o Amazonas (mas destas últimas retirados após lograrem o contato amistoso com os brancos), eles têm como vizinhos vários outros grupos tribais que também faziam a caça de cabeças, por uma extensa área, desde o Xingu até o Madeira. Entretanto, tais grupos pertenciam ao tronco tupi, enquanto os araras, da famí­lia caribe, constituí­ssem talvez a única exceção.

Mas o Autor opta por não comparar, permanecendo no universo dos araras, entre os quais realizou pesquisa de campo de cerca de quatorze meses em várias etapas, distribuí­das pelos anos 1987, 1988, 1992 e 1994.

Começa por uma apresentação geral da cerimônia e das condições em que é realizada. Mostra-nos como cada tipo de festa arara inclui uma festa menor e pode ser englobada por outra maior, desde aquelas festas de beber, passando para as de beber e comer, para as em que também se tocam instrumentos musicais, se canta e se dança, até chegar í  mais inclusiva e complexa, que é a do Ieipari, o poste encimado pelo crânio do inimigo. Descreve a elaboração da bebida fermentada de tubérculos, frutas ou milho, a maneira de oferecê-la, sua relação com substâncias como leite e esperma. Examina as técnicas de caça, o contato que um xamã (todos os homens araras são mais ou menos familiarizados com as atividades xamânicas) estabelece com um ser, dono de uma espécie animal, pedindo-lhe que os dê para criá-los, abrindo a oportunidade assim para que os outros homens possam abatê-los. Descreve os instrumentos de sopro, a ordem em que tocam, os seres a que estão associadas suas músicas. Mostra como os caçadores, aguardados com a bebida fermentada, que devem retribuir com carne, entram na aldeia a fingir um ataque, uma encenação agressiva omitida na forma mais abrangente do rito, quando há o Ieipari. Expõe o tratamento do inimigo, o que lhe dizem no cântico entoado antes de matá-lo e esquartejá-lo. Além do crânio, que integra um instrumento musical antes de vir a coroar o poste ritual, outras partes do corpo lhe são retiradas, mas seu destino, talvez por lacuna na memória dos araras atuais, é apenas esboçado: os ossos das mãos e dos pés, a pele do rosto, o escalpo, as ví­sceras. Descreve a ereção do poste, como os homens o descascam com pancadas e palavras agressivas, e como as mulheres o abraçam fortemente e nele esfregam sensualmente suas vulvas. A carne trazida pelos caçadores disposta em torno do poste, assim como uma panela com bebida fermentada colocada ao pé do mesmo, são como ofertas do Ieipari. E as mulheres, ao tomarem desta bebida, dizem reveladoramente que estão bebendo um filho.

Essa apresentação inicial, que constitui o primeiro capí­tulo, é em si mesma autônoma, não depende do que segue para ser compreendida. Dir-se-ia que o livro se compõe de partes que acrescentam mais sentido í  apresentação inicial, mas elas próprias também autônomas.

O capí­tulo referente í  cosmogonia e í  cosmologia aponta a origem de certos elementos integrantes do rito ou aspectos da condição humana que levam a sua realização: o instrumento de sopro que a divindade principal tocava para manter a calma e boa ordem no céu, onde a humanidade vivia de modo paradisí­aco, e que hoje faz a música de fundo das festas; a eclosão de um conflito que redundou na quebra da casca do céu, obrigando a humanidade a viver sobre os seus fragmentos, misturada aos seres maléficos até então mantidos do lado de fora; o ensino da festa, destinada a trazer novos filhos, pelo bicho-preguiça, que também deu aos humanos as flautas, a tecelagem em algodão e palha e povoou a mata de animais de caça; a recusa das mulheres em continuar a aplicar as técnicas destinadas a trazer de volta í  vida aqueles que morriam, como faziam antes da catástrofe, de modo que a morte se instalou definitivamente entre os humanos e serviu para que a divindade, agora transformada na vingativa onça preta, transformasse as partes em que divide os corpos dos defuntos numa série de seres danosos; a viabilização da caça por intermédio das relações de reciprocidade entre os xamãs e os espí­ritos donos de animais, em que estes dão í queles bichos para criar e por sua vez criam um certo tipo daqueles seres danosos oriundos dos mortos. Se o primeiro capí­tulo sublinha a ausência da vingança nas palavras que os araras dirigem ao inimigo, o segundo não trabalha o teor da vingança que atribui ao ser supremo.

A vingança ou sua ausência no conflito com o inimigo poderia ter sido um dos temas de discussão no terceiro capí­tulo, que se limita ao contato entre os araras e os brancos. Não tenta reconstituir as relações dos araras com outras etnias indí­genas, a não ser com os caiapós, mas estes apenas enquanto participantes das frentes de atração. Chama a atenção para o fato de os brancos não se contarem entre as ví­timas cujas cabeças serviam de centro ao rito arara, até o momento em que a construção da Transamazônica pressionou fortemente pelo estabelecimento do contacto. Que etnias indí­genas teriam sido alvo das incursões araras, que motivos os moviam contra elas, ou, ao contrário, que razões os faziam limitar-se í  defensiva são perguntas que talvez o Autor não tenha feito ou, se as fez, das respostas não tirou proveito.

No quarto capí­tulo examina a coexistência de uma classificação horizontal dos termos de parentesco, aplicada aos membros da própria unidade residencial, com uma oblí­qua, referente í s relações com outras unidades. Mostra como oferecimento ritual da bebida fermentada, que se faz entre a irmã (ou o marido dela) e o irmão, moradores de casas diferentes, é coerente com a classificação oblí­qua. Observa também que um homem, ao dar sua irmã em casamento, pode reivindicar em troca a filha daquele que a recebeu, que não precisa necessariamente ser filha dessa ou de outra irmã. E ainda, quando uma mulher, dentre aquelas com quem, pelo jogo das trocas, pode aspirar a ter como esposa, se casa com outro homem, este último passa a lhe dever uma irmã ou filha. Em outras palavras, uma esposa reivindicada que se torna cônjuge de outro gera dí­vida como se fosse uma irmã a este cedida. Sem dúvida tudo isso é muito convincente e feito com maestria, apesar de as trocas de mulheres examinadas nos casos concretos mais parecerem deduções das genealogias do que descritas em depoimentos dos araras. Mas tendo em vista o rito que constitui o tema do livro, este capí­tulo talvez fosse o lugar de examinar também certas relações como a dos amigos de guerra, que, ao sacrificarem juntos um inimigo, trocavam entre si temporariamente as esposas. Se, tal como a dos amigos de caça (recrutados entre os afins reais do mesmo grupo residencial), essa parceria tinha como protótipo genealógico a relação MB/ZS, mas escolhidos em outros grupos residenciais, no passado grupos locais distintos, ela poderia ter sido mais um motivo para o Autor examinar a guerra como um fator de articulação entre os vários grupos locais. Quem guardava o crânio do inimigo e o usava como instrumento musical? Quem guardava os ossos dos membros, a pele da face, o escalpo? Como se fazia a circulação desses troféus? Que importância teriam estes nos ritos de passagem relativos í  idade? São questões que poderiam ter sido exploradas neste capí­tulo.

O quinto capí­tulo na verdade abrange dois. Sua parte inicial (pp. 305-343) trata da relação entre os modos de dar, as coisas dadas e as relações sociais envolvidas, de um lado, e os valores morais, de outro. A classificação das formas de dar bens e prestar serviços mostra-se sobremodo complexa, a ponto de mal poder ser ilustrada pela clássica esfera que combina os diferentes tipos de troca com a distância social, desde o núcleo da reciprocidade generalizada caracterí­stica dos parentes próximos até a capa mais externa da reciprocidade negativa associada aos inimigos. Além disso, no caso dos araras, esse gradiente é distorcido pelos ideais de generosidade, gentileza, solidariedade, de maneira que a representação gráfica escolhida pelo Autor lembra os esquemas demonstrativos da influência do Sol e da Lua nas marés oceânicas (p. 337).

Na segunda metade do capí­tulo (pp. 343-385), o Autor retoma o grande rito anteriormente descrito e o analisa segundo três seqüências, paralelas: a sucessão de festas, a das músicas, que já apresentara anteriormente, e a ordem das fases (marcadas por tarefas ou deslocamentos dos participantes). Uma incursão na teoria da linguagem de Hjelmslev não nos parece ter trazido novas luzes para a compreensão do rito. Por outro lado, neste capí­tulo e na conclusão, que o segue, a idéia de “sacrifí­cio”, presente no tí­tulo do livro, é tratada de modo demasiado sumário; Hubert e Mauss não são convocados, e nem mesmo aquele que os seguiu no exame do mais discutido dos ritos de tratamento dos inimigos em nosso continente, Florestan Fernandes.

Tal como a classificação da bebidas de acordo com a altura das partes dos vegetais das quais são produzidas (figura da p. 62) ou tal como o poste Ieipari, centro do grande rito, poderí­amos dizer que a interpretação desenvolvida no livro passa do mais substancioso para o mais etéreo í  medida que se desloca da base para o topo. Muito de mistério ainda paira sobre a cabeça do inimigo. Mas certamente o Autor continuará a busca de mais sentido com a elaboração de outros trabalhos.

portunhol e criolo


Ciudad del Este es la tí­pica ciudad de frontera… Entre Paraguay y Brasil, es un poco hí­brida, pero al mismo tiempo, tiene su propio toque… El aroma de actividades ilegales y contrabando de todo tipo llena el aire… El calor, las calles abarrotadas, los miles y miles de objetos en venta…

Conversa chat 17/07/2005

Last Message 3 hours, 30 minutes ago

ler de baixo pra cima

* octavio : fui
* octavio : to no ar
* Lois Lancaster : Abraço a todos. FUI
* Lois Lancaster : Bom, então tá, conversamos outra hora.
* Lois Lancaster : É, mas aí­ não rola o processo de interação com o público, fica uma parada meio inerte.
* nillow : vc pode vir no final de semana.. e preparar com a gente e o resultado fica durante a semana
* Lois Lancaster : OK. Mas esse horário é bom. Pode ser em algum outro domingo.
* nillow : vamo marca um outro horario melhor.. esse chat ta dando creps!!
* Lois Lancaster : Em tempo – legal que dia 26 de agosto tem programação, é meu aniversário 😉
* Lois Lancaster : Não posso mais faltar ao trabalho, pra mim só dá fim-de-semana
* Lois Lancaster : PERGUNTA – é pra sacanear mesmo ou vocÃ?Å s estão colocando tudo durante a semana porque?
* glerm : da uma olha mais pra baixo naquele post com a foto do frenkeinstein. da uma lida e me pergunta.
* glerm : da uma olha mais pra baixo naquele post com a foto do frenkeinstein. da uma lida e me pergunta.
* Lois Lancaster : Qual o perí­odo da mostra mesmo?
* Lois Lancaster : Tem que ficar numa sala fechada. E por ironia, a última vez que apresentei ela usei um amp Ciclotron 🙁
* Lois Lancaster : O que? A performance? No formato da sala que a abrigar. Pode ficar rolando por 4 horas ou mais
* nillow : ta em q formato?
* lucio de araujo : tenho uma espeingarda de pressão e uns chumbinhos
* Lois Lancaster : Legal. Esse mês já gastei todas minhas economias, mas vamos ver um fim-de-semana em agosto, melhor mês do mundo
* nillow : melhor impossivel!!
* Lois Lancaster : Pode incorporar mais instrumentos do pessoal daí­
* Lois Lancaster : Eu tenho uma performance com baixo baseada numa velha piada, já apresentei por aqui na bienal de dança
* glerm : sim, claro. se voce quiser pintar aqui seria massa
* nillow : claro.. demoro
* Lois Lancaster : Ou tem que ser educativo/didático?
* Lois Lancaster : Essa mostra é pro que quiser rolar? Posso mandar algum trabalho?
* nillow : 3 canais um de voz, um de teclado e um pra guita… irado
* glerm : da ideia ae. pergunta alguma coisa. FALA SÉERIO
* Lois Lancaster : Não, vocês ficam mandando um monte de coisa que não vou poder aproveitar, pescar algo aí­ no neio é difí­cil.
* glerm : c leu a parada da mostra, lois?
* Lois Lancaster : Hahahah Ciclotron é muito sarapa.
* nillow : tem um ciclotron serve?
* Lois Lancaster : Vocês têm amp Gallien – Krueger de baixo aí­?
* glerm : irc
* Lois Lancaster : Isso! Nada

portu�±ol / portunhol

enviada pelo alexandre, mais farinha pro angú:

portuí±ol / portunhol

O que é o portunhol? Uma lí­ngua? Uma sí­ntese entre o português e o
espanhol? Um diálogo espontâneo entre idiomas parecidos? Uma
necessidade recí­proca de comunicação? Uma invenção de fronteiras? Uma
linguagem de viagem?

Partindo do uso do portunhol como cruzamento, como fusão, esta
convocatória o convida a pensar encontros, misturas, pontes,
sobreposições, confusões, erros, mal-entendidos, confluências,
interseções entre Brasil e Argentina.

Todos aqueles que desejarem participar da mostra portuí±ol / portunhol
poderão enviar:

objetos, palavras, fotos, desenhos, canções, ví­deos, poemas, mails,
contos, pinturas, instrumentos, diários, performances, tortas, filmes,
barulhos, passos de dança, cartas, páginas web, slides, drinques,
roupa, esculturas, revistas, crônicas, instalações, movimentos,
gravações, sons, esportes, artefatos, ensaios, blogs, danças, etc.,
etc”¦.

Enviar anexo: nome, endereço, e-mail, dados da obra e informação que
julgue necessária.

O material recebido será exposto no próximo mês de agosto na Fundación
Centro de Estudos Brasileiros.

Data de inscrição: de 15 de junho ao 22 de julho de 2005

Coordenação: Karina Granieri / Ivana M. Vollaro

Fundación Centro de Estudos Brasileiros

Esmeralda 969 / Buenos Aires, Argentina

Tel. 011 4313-6715 (de 15 a 19 hs.)

e-mail : galeria@funceb.org.ar

www.funceb.org.ar

Soldenstein

Desafiatlux

Proposta de ocupação do espaço oferecido pelo SESC da Esquina, entre 15 de agosto a 30 de setembro de 2005, como obra-processo que discorre sobre a condição do artista ativista na era da informação total das redes globais autônomas.
Usando de um processo ritualí­stico que percorre todo o perí­odo da mostra, a obra propõe tornar-se uma métafora do “agenciamento coletivo” com o qual a Orquestra Organismo vem trabalhando desde sua formação. Para isto a obra discursa sobre o nascimento de um “ser-instalação” representado por uma entidade plástica-sonora: um conceito, uma escultura ou corpos conectados ao mundo externo, localizados num espaço de mostra artí­stica. Como um “Frankeinstein” construí­do de fragmentos de máquinas, orgãos de animais (identidade da semelhança dos orgãos e tecidos), objetos do cotidianos e inessencialidades, sobretudo conexões com o mundo da informação em rede por meio da internet e outras mí­dias. O público da mostra tem datas cifradas durante a exposição para interagir num processo de socialização do Organismo, onde ele será influenciado pelas aspas a sua volta.

A Orquestra Organismo é um corpo semiótico agenciador de coletivos de arte. Este fluxo acontece em convergência com as ações de articulação entre os grupos: Matema, Museu do Poste, Embaplab, Dezenhistas, Epa, Interlux, Esqueleto Coletivo, Situação, Ruí­do/mm, Estúdio Livre, Debian-pr, Zumbi do Mato, na Listaleminski e na revista eletrônica Hackeando Catatau, por enquanto.

Agenda

15/08 – segunda – abertura da exposição – nascimento do ORGANISMO (ritual da pulsão de vida)

Video sobre a gênese do ORGANISMO
Concerto celebração com Matema
Primeiras palavras de ORGANISMO
Produção do álbum de fotos do nascimento de ORGANISMO
Ritual de conexão do ORGANISMO no “pleroma da sociedade”
Depoimentos

19/08 – sexta – batismo na instituição ARTE. (religião – rumo – crença – psiquê)

Missa-celebração de batismo de ORGANISMO na ARTE – Sincretismo de diversas missas e anti-missas. O estádio do espelho
Ferro de batismo, água benta, etc.
Invocações, promessas e oferendas

26/08 – sexta – perda da virgindade (sexo – sexualização – gênero – escolha)

Interação para acoplamento de “armas fálicas” do ORGANISMO
Interação para acoplamento de “úteros” do ORGANISMO
Obras, discursos e desconstruções sobre gênero e escolha
O anti-édipo
Sala para coleta de esperma (com freezer e cabine)
Rituais de acasalamento e troca de genes: primeiro convite a alguma continuidade fora do espaço do Sesc

02/09 – sexta – formatura (mercado – globalização – indústria)

Ação direta simultânea em cidades diferentes em Outdoors e Webdoors
Criação de manifestos sobre “papel do artista” em “mercado”
Ativismo e lucro
MenSALÃO de arte polí­tica. Exposição de cartuns polí­ticos
Apresentação do happening “A Incrí­vel Máquina de Fazer Moedas”
Saí­da para as ruas para colagem de stickers e intervenções urbanas

09/09 – sexta – casamento (aliança de clãs – patriarcado/matriarcado – estruturalismo e parentesco)

Ações com trocas e permutações de indí­viduos
Filmes sobre encontros de “deriva” entre pessoas desconhecidas
Ritual de conexão do Organismo com algum outro ORGANISMO localizado e criado externamente ao espaço da mostra
Trabalho sobre a genealogia destes fluxos de coletividade

16/09 – sexta – reprodução (destino – impotência sobre o outro – responsabilidade)

Ritos de popularização do mito ORGANISMO pela cidade
Banalização e profanação do seu nome em manifesto
Criação e discussão de uma problemática sobre a identidade ORGANISMO e os futuros avatares
Festas simultanêas em locais distintos

22/09 – quinta – miniauditório – Teatro Guaí­ra – 21h00

Ação Secreta, Hackeando ORGANISMO

23/09 – sexta – julgamento (inscrição na história – visão do outro – espetacularização do mito)

Ritual Tribunal de Júri sobre o papel de ORGANISMO na arte contemporãnea
Julgamento sobre a ação de ORGANISMO
Iní­cio da semana de aplicação da pena
Jejum
Inscrição histórica do processo

30/09 – sexta – morte (desmonte – desmanche – inscrição no inconsciente coletivo)

Desafiatlux
Desmonte do projeto
Ritual de celebração em jam aberta
Registro final do “desencarnar” – ritual de Páscoa
Intervenções artí­sticas nos cemitérios da cidade