Duração

ANOTAÇÃ?â?¢ES A PARTIR DE A DIALÉTICA DA DURAÇÃO DE GASTON BACHELARD

A DISTENSÃO E O NADA

  • a dualidade na unidade
  • sucessão
  • devir
  • o tempo é hesitação
  • o tempo é contí­nuo como possibilidade, como nada. Ele é descontí­nuo como ser
  • partimos não de uma unidade mas de uma dualidade temporal
  • durar no tempo / permanecer no espaço

Numa palavra , sempre vimos, tomada no detalhe de seu curso, uma duração precisa fervilhar de lacunas.” 8

A PSICOLOGIA DOS FEN��MENOS TEMPORAIS

  • lembrança do passado ââ?°Â  lembrança de nossa duração
  • é o acréscimo de razões que faz a coragem
  • continuidade de um esforço / intensidade de um esforço
  • geometrização do esforço – volume muscular / aritmetização do esforço – número de músculos
  • homográficas
  • supremacia do tempo desejado sobre o tempo vivido
  • possibilidade das repetições, liberdade dos começos, agrupamento ativo e polimorfo dos instantes realizadores
  • conduta do começo / psicologia da mudança
  • conduta do nada
  • condutas adiadas

O tempo é o que se sabe dele.” 36

DURAÇÃO E CAUSALIDADE FíSICAS

  • necessidades lingüí­sticas e espacilalizantes (que) dominam nossa inteligência
  • causalidade/participação
  • indispensável papel polêmico das falsas hipóteses
  • antes da intuição há o espanto
  • potência / ato
  • causa / efeito
  • dupla continuidade do espaço e do tempo
  • toda causalidade torna orgânicos o tempo e o espaço

Toda causalidade se exprime no descontí­nuo dos estados.” 53

A causalidade fí­sica não se quantifica pela duração.” 54

DURAÇÃO E CAUSALIDADE INTELECTUAIS

  • dinâmica
  • cinemática
  • descrição de destreza
  • comparação, dialética, dualismo
  • esquema de desencadeamento (sinais breves e simples)

Nosso espí­rito, em sua atividade pura, é um detector temporal ultrasensí­vel.” 66

A CONSOLIDAÇÃO TEMPORAL

  • oposição = instantes / intervalos
  • tempo recusado / tempo utilizado
  • consolidados de coexistência
  • consolidados de sucessão
  • mnemotécnicos
  • Só há conhecimento por intercalação.”(Dupreel)
  • crescimento por densidade (a vida é essencialmente)
  • estabelecimento da forma
  • intercalação material
  • intervalo da causa ou efeito
  • evolução pela probabilidade

…, uma duração é, não um dado, mas uma obra.” 74

AS SUPERPOSICÃ?â?¢ES TEMPORAIS

  • duração é relativa
  • o tempo tem várias dimensões
  • o tempo tem uma espessura
  • o tempo só aparece como contí­nuo graças a superposição de muitos tempos independentes
  • depreender e descobrir o tempo (Hegel)
  • o tempo não é cifra do movimento
  • o tempo não é ordem dos fenômenos
  • tempo visual
  • tempo verbal
  • o tempo visual corre mais depressa que o tempo verbal, estes se superpõem
  • parasitas temporais
  • cogitos superpostos
  • sucessão do “penso logo existo” ao “penso que penso logo existo.”
  • cogito cogitem?
  • cogito cartesiano, plenamente horizontal
  • eu peso que eu penso
  • eu penso que penso
  • eu peso que penso que penso (cogito)ó (experiências consecutivas em seu poder formalizante)(uma dimensão do espirito)
  • o tempo vulgar (horizontal) transitivo
  • o fingimento tem menos densidade que um sentimento autêntico, a densidade é compensada pela intensidade
  • fingimento = superposição temporal / não está colado sobre a trama contí­nua da vida
  • para todos os sentimentos fingidos o sincronismo é primordial
  • Crime e Castigo – Dostoievski
  • (fingimento)í² – o fingimento do fingimento
  • (fingimento)ó = ?
  • Paul Valéry

Jean de Latour, Examen de Paul Valéry

A continuidade seria então o resultado de superposições temporais.” (Lecomte du Nouy) 86

AS METíFORAS DA DURACÃO

 

  • filosofia Bergsoniana
  • a intensidade faz a duração
  • a relação estabelecida entre a duração e a intensidade dos sons é direta
  • vida acidentada e livre
  • poesia surrealista
  • causalidade poética
  • o principio das freqüências domina o principio das medidas = a questão “quantas vezes?” precede a questão “quanto tempo?”

A continuidade do tecido sonoro e tão frágil que um corte local determina por vezes uma ruptura em outro local.” 106

 

 

A RITMANíLISE

 

  • Paul Valéry – durações essencialmente dialéticas, construí­das sobre ondulações e ritmos
  • Pinheiro dos Santos, Lúcio Alberto. La rythmanalyse. RJ, 1931
  • estabilidade / desordem temporal
  • simetria / ritmia
  • a ritmanálise procura motivos de dualidade para a atividade espiritual
  • A sublimação não é um impeto obscuro é um chamado
  • A função do indiví­duo é enganar-se

A matéria não está exposta no espaço, indiferente ao tempo; não subsiste nele de forma constante, inerte, numa duração uniforme. Tampouco vive nele como alguma coisa que se desgosta e se dispersa. Não á apenas sensí­vel aos ritmos: existe, com toda forca do termo, no plano do ritmo, e o tempo em que ela desenvolve algumas manifestações delicadas é um tempo ondulante, tempo que só tem um modo de ser uniforme: a regularidade de sua freqüência.” 119