Guimarães Rosa, doidim, doidim pra escrever Grande Sertão, Veredas.
Guimarães Rosa, doidim, doidim pra escrever Grande Sertão, Veredas.
Enjoyce yourself!
Paulo Leminski, Rogério Dias e Solda. Grupo de percussão também denominado Delirium Tremens, que só fazia apresentações matinais, se a tremedeira fosse brava. Quando alguém aparentemente estava solando, estava é tendo uma convulsão. Era época do Bar Kapelle, década de 80.
foto: Francisco Kava
Estava escrevendo este poema na agência onde eu e Leminski trabalhávamos. Sem conseguir achar um final apropriado, tirei o papel da máquina e deixei em cima da minha mesa. Quando voltei o Polaco havia terminado com a dignidade de sempre o poema, aparentemente sem fim.
Solda
vai
meu amigo
desta vez
eu não vou contigo
a morte
é um vício
muito antigo
só que nunca
aconteceu comigo
pode ir
que eu não ligo
eu fico por aqui
separando
o tijolo do trigo
Solda
Em 2003, em Teresina (cidade de Torquato Neto), Piauí, encontrei um estagiário dôO Pasquim, Bruno Delacave, de uns 17 anos que sabia todos os poemas do Paulo Leminski de cor. Quando descobriu que eu fiz parte da história do velho Artychewski, tornou-se meu fã e até hoje trocamos e-mails. Hoje, é um grande poeta. (Solda)
Um polaco pelado nas paredes da cidade! Cubram-no!
foto: Dico Kremer
Vivo fosse, a Besta dos Pinheirais estaria completando 61 anos bem vividos.
Retta, o moço de Santa Maria, finalmente descobriu o seu boneco.
Salvio, no Castelo do Conde Drácula, fotografado por Gilson Camargo.
É não é que a Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil, estava certa quando disse que tinha medo do governo Lula?
Este é o Botecário, Dicionário Internacional de Sobrevivência no Boteco, Sem Mestre, de Dante Mendonça. Com ele, você pode pedir um conhaque em Buriti Alegre ou em Glascow sem enrolar a língua.
Pela Objetiva, Toninho Vaz lançou dia 19, na Ghignone, Edwiges, a santa libertária, que não fez votos de pobreza pra poder pagar a conta dos devedores.
Ohne Worte!
Em 1979, a Editora Beija-Flor lançou em Curitiba o livro ” Pra Mim Chega”, homenagem dos cartunistas paranaenses a Torquato Neto.
Nacos de verdade deixam um vazio amargo,
de uma intensidade tal que, mesmo passados alguns anos
desse tempo obscuro, são uma denúncia, sempre que evocados.
Pra Mim Chega é o último poema de Torquato Neto.
Um poema holocausto.
Um bilhete suicida.
Depois desse bilhete, o ato.
E Torquato o fez.
Nosso respeito e nossa homenagem ao seu trabalho.
E ao seu humor fatal.
No sul não se faz humor risonho e franco.
A mordaça é grande, a mordacidade maior.
Não é, Millôr?
rettamozo
Mulheres, cheguei!